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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU CENTRO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL – CEPAE I CONGRESSO NACIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA I CONALIBRAS-UFU ISSN 2447-4959 Realização: O ENSINO DE LIBRAS NO AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO APRENDIZAGEM: UM RECORTE DE UMA PESQUISA REALIZADA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFJF EIXO 1: Libras: Linguística, Ensino e Aquisição 1.2: Ensino de Libras como L1/L2 Camila, RIBEIRO LISBOA 1 Resumo: Neste trabalho, apresento um recorte de uma pesquisa realizada como trabalho de conclusão de curso, requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) (FERREIRA, 2014). Nessa pesquisa, analisamos como o Moodle, enquanto recurso didático, proporciona o aprendizado das noções básicas para a comunicação e a interação com surdos falantes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para identificar a organização da disciplina de Libras no Moodle, bem como conhecer as diferentes atividades propostas nessa plataforma, reconhecendo como elas proporcionam o aprendizado da Libras, utilizamos os seguintes referenciais teóricos: Bruno (2010), Teixeira (2010) e Mattos (2011), em relação a Educação a Distância (EaD); e no que se refere à Libras, Brito (1995), Quadros e Karnopp (2004), Quadros (2007) e Lacerda (2009). Tais referenciais teóricos nos possibilitaram desenvolver a pesquisa na interface EaD/Libras. Analisamos a disciplina em questão no Moodle da turma do primeiro semestre de 2011 (UAB 1) do polo de Ilicínea. Apresentamos, então, nesta pesquisa (i) a organização da disciplina; (ii) exemplos de duas atividades selecionadas e (iii) o aprendizado da Libras, a partir das atividades evidenciadas. Concluímos que a disciplina de Libras oferecida em um ambiente virtual de ensino aprendizagem (AVEA) proporciona o aprendizado das noções básicas de uma língua gesto-visual, no caso a Libras, potencializando estratégias e possibilidades de abordagens para o ensino dessa língua. Palavras-chave: Ensino de Libras; Educação a Distância; Moodle. Introdução A Lei nº 10.436/2002 reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão dos surdos brasileiros, o que proporcionou grande visibilidade a essa língua. Em seguida, com a promulgação do Decreto nº 5.626/2005, estabeleceu-se que a Libras deve ser oferecida nas Instituições de Ensino Superior (IES) como disciplina obrigatória, nos cursos de formação de professores, e como disciplina optativa, nos demais cursos. A partir dessa obrigatoriedade, muitas 1 Graduada em Pedagogia, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Pós-graduanda em Educação no Ensino Fundamental, pelo Colégio de Aplicação João XXIII-UFJF. Tradutora e Intérprete de Libras/Português da UFJF. Integrante do Grupo de Estudos Linguísticos da Libras (Gelli) e do projeto interinstitucional Libras e Saúde: acessibilidade no atendimento clínico (UFJF-UFSC). Tradutora e Intérprete de Libras/Português, pelo CASBH (2012). Atuou, de 2013 a 2015, como tradutora e intérprete de Libras/Português na rede estadual de ensino de Minas Gerais. E- mail: [email protected].

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O ENSINO DE LIBRAS NO AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO APRENDIZAGEM: UM RECORTE DE UMA PESQUISA REALIZADA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFJF

EIXO 1: Libras: Linguística, Ensino e Aquisição 1.2: Ensino de Libras como L1/L2

Camila, RIBEIRO LISBOA1

Resumo: Neste trabalho, apresento um recorte de uma pesquisa realizada como trabalho de conclusão de curso, requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) (FERREIRA, 2014). Nessa pesquisa, analisamos como o Moodle, enquanto recurso didático, proporciona o aprendizado das noções básicas para a comunicação e a interação com surdos falantes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para identificar a organização da disciplina de Libras no Moodle, bem como conhecer as diferentes atividades propostas nessa plataforma, reconhecendo como elas proporcionam o aprendizado da Libras, utilizamos os seguintes referenciais teóricos: Bruno (2010), Teixeira (2010) e Mattos (2011), em relação a Educação a Distância (EaD); e no que se refere à Libras, Brito (1995), Quadros e Karnopp (2004), Quadros (2007) e Lacerda (2009). Tais referenciais teóricos nos possibilitaram desenvolver a pesquisa na interface EaD/Libras. Analisamos a disciplina em questão no Moodle da turma do primeiro semestre de 2011 (UAB 1) do polo de Ilicínea. Apresentamos, então, nesta pesquisa (i) a organização da disciplina; (ii) exemplos de duas atividades selecionadas e (iii) o aprendizado da Libras, a partir das atividades evidenciadas. Concluímos que a disciplina de Libras oferecida em um ambiente virtual de ensino aprendizagem (AVEA) proporciona o aprendizado das noções básicas de uma língua gesto-visual, no caso a Libras, potencializando estratégias e possibilidades de abordagens para o ensino dessa língua. Palavras-chave: Ensino de Libras; Educação a Distância; Moodle. Introdução

A Lei nº 10.436/2002 reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão dos

surdos brasileiros, o que proporcionou grande visibilidade a essa língua. Em seguida, com a

promulgação do Decreto nº 5.626/2005, estabeleceu-se que a Libras deve ser oferecida nas

Instituições de Ensino Superior (IES) como disciplina obrigatória, nos cursos de formação de

professores, e como disciplina optativa, nos demais cursos. A partir dessa obrigatoriedade, muitas

1 Graduada em Pedagogia, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Pós-graduanda em Educação no Ensino Fundamental, pelo Colégio de Aplicação João XXIII-UFJF. Tradutora e Intérprete de Libras/Português da UFJF. Integrante do Grupo de Estudos Linguísticos da Libras (Gelli) e do projeto interinstitucional Libras e Saúde: acessibilidade no atendimento clínico (UFJF-UFSC). Tradutora e Intérprete de Libras/Português, pelo CASBH (2012). Atuou, de 2013 a 2015, como tradutora e intérprete de Libras/Português na rede estadual de ensino de Minas Gerais. E-mail: [email protected].

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IES se depararam com alguns problemas, entre eles o número insuficiente de professores para

ministrar a disciplina e a carência de material didático para o ensino da língua. Nesse contexto,

muitas IES iniciaram sua produção de materiais didáticos, com o intuito de se adequarem ao

Decreto, oferecendo a disciplina. Tais produções viram nos AVEAs a viabilidade para o ensino de

uma língua gesto-visual2.

O desenvolvimento da pesquisa proposta se torna relevante, no sentido de que,

historicamente, a EaD vem conquistando seu espaço na educação, como uma modalidade de ensino.

Antes, mediada por correspondências, por rádio e pela televisão; hoje, pelo uso do computador e

pelo uso da internet/web. Além disso, atualmente, através do uso da internet/web, a EaD se tornou

uma política pública para a educação através da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Antes de avançar em direção à reflexão proposta para este trabalho, é importante mencionar

que, no que se refere à produção acadêmica, durante uma busca no site da Biblioteca Digital

Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), poucos trabalhos, envolvendo a disciplina de Libras em

AVEAs, foram encontrados: a partir do termo ‘UAB’, das 83 dissertações e teses encontradas,

nenhuma tratava da disciplina de Libras; a partir do termo ‘libras’, dos 202 trabalhos encontrados,

apenas um mencionava o ensino de Libras, na formação de professores a distância; por fim, a partir

do termo ‘disciplina libras’ foram encontrados 22 trabalhos, todavia muitos deles já tinham sido

contemplados na busca a partir do segundo termo pesquisado.

A presente pesquisa, portanto, torna-se relevante por articular um assunto ainda incipiente

na produção acadêmica, a saber, o ensino de Libras na EaD, mediado pelo

computador/internet/web, em face da obrigatoriedade do oferecimento da disciplina de Libras nos

cursos de formação de professores.

Objetivo

2 “A ‘modalidade’ de uma língua pode ser definida como sendo os sistemas físicos ou biológicos de transmissão por meio dos quais a fonética de uma língua se realiza. Existem sistemas diferentes de produção e percepção. Para as línguas orais a produção conta com o sistema vocal e a percepção depende do sistema auditivo. Línguas orais podem ser categorizadas, portanto, como sendo expressas na modalidade vocal-auditiva. Línguas de sinais, por outro lado, dependem do sistema gestual para a produção e do sistema visual para a percepção. Portanto, línguas de sinais são expressas na modalidade gesto-visual” (McBURNEY, 2004, p. 351 apud RODRIGUES, 2013, p. 43-44).

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Diante desse breve panorama apresentado, pesquisamos como o uso do Moodle3 possibilita

o aprendizado da Libras, na disciplina do curso de Pedagogia a distância da UFJF, uma vez que esse

recurso didático permite a realização de diversas atividades, as quais favorecem o contato com uma

língua de modalidade gesto-visual. Para alcançar esse objetivo central, alguns objetivos específicos

foram necessários, como por exemplo: (i) identificar a organização da disciplina de Libras no

Moodle; (ii) conhecer as diferentes atividades propostas; (iii) reconhecer como cada atividade

proporciona o aprendizado da Libras.

Fundamentação Teórico-Metodológica

A fundamentação teórica que conduzirá esta pesquisa será dividida em dois blocos, um

referente à temática da EaD e outro ao ensino de Língua de Sinais. Para este, visando à discussão,

por exemplo, dos processos de ensino-aprendizagem de uma língua gesto-visual, fazendo, inclusive,

uma articulação desses aspectos em relação ao AVEA, usamos Brito (1995), Felipe (2002), Quadros

(2004, 2007), Lacerda (2009) e Temoteo (2012), e para aquele, visando à explicitação de questões

relativas à EaD, bem como aos desafios da implementação do curso de Pedagogia na EaD, da UFJF,

usamos Teixeira (2010), Bruno (2010) e Mattos (2011).

Para o trabalho de conclusão de curso, observamos, semana a semana, como se desenvolveu

a disciplina. Nesse artigo, no entanto, apresento um recorte, trazendo alguns exemplos de atividades

e suas contribuições para o aprendizado da Libras. Vale ressaltar que as fundamentações teórico-

metodológicas, brevemente apresentadas, foram indispensáveis para o desenvolvimento desta

pesquisa.

A EaD – regulamentação no Brasil

A EaD percorreu, desde o século XIX, um longo e diversificado caminho até a sua garantia

legal. Dentre os materiais utilizados na EaD, Mattos (2011) cita os três principais, que são: a

correspondência (primeira geração), a televisão (segunda geração) e a internet (terceira geração).

3 “Moodle é um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem. [...] é Open Source, ou seja, aberto, livre e gratuito. Isso significa que ele pode ser carregado, utilizado, modificado e até distribuído.” (CEAD, s. d.).

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Nas duas primeiras gerações, as distâncias físicas impossibilitavam, de fato, um contato

mais direto. Porém, na geração da internet,

alunos distantes do professor falam com ele, são vistos por ele, dialogam em tempo real, lêem o que o professor escreve no quadro branco [...]. Arquivos de textos, slides e fotos podem ser apresentados nas telas de computador. (TEIXEIRA, 2010, p. 13).

Assim, a terceira geração, ao ampliar, substancialmente, as possibilidades de atividades

desenvolvidas no AVEA, viabiliza e, até mesmo, potencializa o aprendizado de uma língua gesto-

visual.

Um exemplo de AVEA com uma significativa proposta e organização para o aprendizado da

Libras pode ser encontrado no Moodle, afinal, ele

oferece aos cursos vários recursos para o aluno utilizar o ambiente da web e suas interfaces. As possibilidades oferecidas pela plataforma são inúmeras: fóruns, diários, questionários, banco de dados, textos wiki (textos coletivos), publicação de textos, de imagens, de vídeos, podcast, além de chats, power point animado, mensagens individuais entre outros. (MATTOS, 2011, p. 26).

No Brasil, a aprovação de diversas leis incentivou e proporcionou o crescimento da EaD.

Entre as legislações importantes para essa modalidade de ensino é possível citar: (i) a Lei nº

9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB); (ii) a Lei nº 10.172/2001

(Plano Nacional de Educação – PNE); (iii) os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a

Distância; (iv) o Decreto nº 5.622/2005.

A Educação a Distância na Faculdade de Educação (Faced) – UFJF

As regulamentações da EaD, apresentadas brevemente acima, implicaram em alguns

desdobramentos, como por exemplo, o Projeto Veredas. Vale citar que “a educação a distância na

FACED iniciou-se com o projeto Veredas, que formou 14 mil professores no Estado de Minas

Gerais no período de 2002-2005.” (BRUNO; BORGES; SILVA, 2010, p. 5).

Em 2005, a UFJF encerrou a sua participação na EaD com o Projeto Veredas. Foi também

nesse ano que a universidade iniciou uma nova trajetória na EaD, por meio da UAB. O Governo

Federal objetiva, com a UAB, oferecer cursos de nível superior a distância a alunos com

dificuldades de acesso a esse nível de escolarização.

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Diante de grandes conquistas e avanços da EaD e da UAB no Brasil, Teixeira (2010, p. 17)

acredita que “atualmente, a UAB é a ação de maior envergadura implementada pelo Governo

Federal para a formação de professores para a educação básica.”. De fato, a EaD vem se ampliando

e garantindo cada vez mais seu espaço nas discussões educacionais, no Brasil. Seu crescimento

pôde ser vivenciado, também, na UFJF, através dos cursos de licenciatura oferecidos, entre eles o

de Pedagogia.

Na matriz curricular das primeiras turmas do curso de Pedagogia a distância (UAB 1 e UAB

2) consta a disciplina de Libras (UABPED 052), no 8º período, em conformidade com o Decreto nº

5.626/2005.

A Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002

O reconhecimento da Libras, através da Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, foi muito

significativo para os surdos brasileiros, afinal tal reconhecimento possibilitou a luta por outros

direitos. De acordo com essa lei, em seu Art. 1º, “é reconhecida como meio legal de comunicação e

expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados.”.

No Brasil, um longo caminho foi percorrido até a aprovação da Lei de Libras.

Anteriormente à aprovação dessa lei, outras legislações demonstraram que a Libras começara a ser

discutida nas políticas públicas.

Várias diretrizes e leis orientam as políticas públicas para a educação de surdos – a Lei nº. 10.098/94, de 23 de março de 1994, especialmente o capítulo VII, que legisla sobre a acessibilidade à língua de sinais, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial (Resolução CNE/CEB nº. 2, de 11 de setembro de 2001). (LACERDA, 2009, p. 23).

No estado de Minas Gerais, foi aprovada em 10 de janeiro de 1991 a Lei nº 10.379. A

legislação “reconhece oficialmente, no Estado de Minas Gerais, como meio de comunicação

objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais –

LIBRAS.”.

Uma importante contribuição para o reconhecimento da Libras foram os registros

lexicográficos que, conforme Temoteo (2012), iniciaram-se no século XIX. Entre alguns registros, a

autora cita: Flaustino Gama (1875); Eugênio Oates (1969); John Peterson (1981); Peterson e

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Ensminger (1984, 1987); Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira (1991);

Testemunhas de Jeová (1992); Capovilla, Raphael e Macedo (1998) e Capovilla e Raphael (2001).

Podemos notar que são poucos os registros lexicográficos encontrados durante os séculos

XIX e XX, “por outro lado, no século XXI essa realidade começou a mudar com a democratização

das novas tecnologias digitais. Além dos livros e materiais em Libras, surgiram dicionários de

Libras online.” (TEMOTEO, 2012, p. 15).

Outra importante contribuição para o reconhecimento linguístico da Libras foram os estudos

linguísticos. Quadros (2007) cita os principais pesquisadores: Gladis Knak Rehfeldt (1981);

Fernandez (1990); Felipe (1993); Karnopp (1994); Ferreira-Britto (1995) e Quadros (1995, 1997,

1999). Enfim, “tais pesquisas associadas às atividades dirigidas pela Federação Nacional de

Educação e Integração do Surdo (FENEIS) foram responsáveis pelo reconhecimento da língua

brasileira de sinais como uma língua de fato no Brasil.” (QUADROS, 2007, p. 19).

A partir das pesquisas realizadas e, consequentemente, do reconhecimento linguístico da

Libras, a aprovação da Lei nº 10.436/2002 representou o resultado de anos de luta de pesquisadores,

bem como da comunidade surda brasileira. Gesser (2012, p. 94) afirma que “importante para essa

mobilização foram os créditos conferidos pelos meios acadêmicos de que as línguas de sinais dos

surdos são línguas naturais com estatuto linguístico.”. A Lei nº 10.436/2002 foi regulamentada, em

2005, pelo Decreto nº 5.626, o qual regulamentou, também, o art. 18 da Lei no 10.098/20004.

O Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005

O Decreto nº 5.626, aprovado em 22 de dezembro de 2005, aborda questões como a

formação de professor e de instrutor de Libras, a formação de tradutor e intérprete, o uso e a difusão

da Libras e do Português, na escolarização dos surdos, e a garantia do direito à educação e à saúde.

Dentre os tópicos exemplificados, nos interessa, particularmente, o capítulo II do decreto, o qual

trata da inclusão da Libras como disciplina curricular.

Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (BRASIL, 2005).

4 A Lei nº 10.098/2000 aborda normas gerais e critérios referentes à acessibilidade das pessoas com deficiência. No Art.18 é mencionado a implementação da formação, por exemplo, do profissional intérprete.

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Uma vez incluída na matriz do curso de Pedagogia a distância da UFJF, a disciplina de

Libras foi o componente principal para a realização da presente pesquisa.

A organização da disciplina de Libras no Moodle

A disciplina de Libras, objeto de análise neste trabalho, é organizada em 17 semanas. Na

página inicial (topo da disciplina) estão as primeiras informações da disciplina, por exemplo: (i) um

pequeno texto esclarecendo sobre o que o aluno irá aprender seguido de dicas que potencializarão

tal aprendizado; (ii) o plano de curso; (iii) o cronograma de atividades; (iv) vídeos de boas vindas

do professor e do tutor; (v) uma biblioteca.

SEMANA TÍTULO

01 Explicação acerca da língua de sinais, da surdez e dos aspectos linguísticos e culturais que envolvem a educação de surdos na atualidade.

02 História da educação de surdos.

03 Filosofias educacionais: oralismo, comunicação total e bilingüismo.

04 A legislação brasileira e os documentos (nacionais e internacionais) relacionados à educação de surdos.

05 Visões da Surdez: visão clínico-terapêutica versus visão sócio-antropológica.

06 Aspectos culturais e identidade(s) da(s) Comunidade(s) Surda(s).

07 Perspectivas atuais da educação bilíngüe de surdos e a proposta de uma pedagogia surda.

08 Diferenças e semelhanças entre as línguas orais e as de sinais.

09 Aprendendo a se apresentar em Libras.

10 Aprendendo a se apresentar em Libras (continuação).

11 Aprendendo a sinalizar a rotina diária.

12 Aprendendo a sinalizar a rotina diária (continuação).

13 Aprendendo a sinalizar a história de vida.

14 Semana de Reflexão.

15 Semana de Revisão.

16 Semana de Preparação para Avaliação Final - Aplicação do Questionário.

17 Semana de Finalização.

Organização semana a semana da disciplina de Libras no Moodle

Fonte: Ferreira, 2014

Em relação às semanas, no geral, todas possuem uma estrutura similar, contendo: (i) um

texto abordando uma temática específica (Texto Base); (ii) atividade de ensino de Libras como L2

(Atividade da Semana)5; (iii) recomendação de textos e artigos (Referência Complementar); (iv)

sugestões de filmes (Filme do Momento); (v) indicações de site (Navegando na Net) e (vi) uma

sistematização da semana anterior (Reflexões).

5 Esse item é o foco da presente pesquisa.

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O Moodle conta com atividades variadas, o que muito contribui para o desenvolvimento da

disciplina6. Algumas atividades são: (i) wikis – construção de texto coletivo; (ii) hot potatoes –

ferramentas que viabilizam clicar, arrastar e/ou soltar a imagem selecionada, através de

preenchimento de espaços; (iii) glossários – cada aluno escolhe um termo/conceito para ser

pesquisado e registrado e (iv) fóruns – que podem ser criados pelo professor para tirar dúvidas,

fazer comentários de textos, reflexões sobre atividades anteriores ou postagens de respostas de

atividades propostas.

Resultados – é possível aprender libras no moodle?

Para a realização da atividade “Tirinhas”, o aluno deverá relacionar as sinalizações (em

vídeo) às tirinhas, arrastando-as ao vídeo correspondente.

Atividade “Tirinhas” Fonte: Ferreira, 2014

O objetivo principal dessa atividade é familiarizar os alunos com uma língua gesto-visual.

Além disso, ela objetiva explorar as expressões corporais e/ou faciais e trabalhar as relações

espaciais. É uma atividade na qual os alunos aprendem que “a língua de sinais brasileira [...] é

organizada espacialmente de forma tão complexa quanto às línguas orais-auditivas.” (QUADROS;

KARNOPP, 2004, p. 127).

6 As atividades variam de acordo com o assunto proposto para a semana.

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Por se tratar de uma narrativa, os alunos precisam ficar atentos à localização das

personagens, em relação ao espaço de sinalização. Isso porque

quando, em uma narrativa, o surdo faz menção a dois referentes, digamos Maria e João, ao referir-se novamente aos dois participantes da narrativa não-presentes, a tendência é a primeira ser localizada no seu lado dominante. (BRITO, 1995, p. 118).

Em relação às expressões corporais e/ou faciais, os alunos aprendem que elas “prestam dois

papéis nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas e diferenciação dos itens lexicais”

(QUADROS; KARNOPP, 2004, p. 60). Assim, nas narrativas apresentadas, torna-se de

fundamental importância olhar para o rosto, a cabeça e o tronco.

Atividade “Identificando a forma sinalizada” Fonte: Ferreira, 2014

O objetivo principal da atividade “Identificando a forma sinalizada” é desenvolver nos

alunos habilidades de percepção visual e de construção de “imagens”, no espaço. Além disso, ela

objetiva (i) explorar o uso de diferentes configurações de mão (CMs), (ii) trabalhar classificadores

de objetos e (iii) abordar as relações espaciais, na Libras.

No aprendizado da Libras, a CM é um tema de extrema relevância por se tratar do aspecto

fonológico da língua. De acordo com Ferreira-Brito (1995), a Libras apresenta 46 CMs. “Nas

línguas de sinais, as configurações de mãos juntamente com as localizações em que os sinais são

produzidos, os movimentos e as direções são as unidades menores que formam as palavras.”

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(QUADROS, 2007, p. 20, grifo nosso). E a alteração de um dos parâmetros7 pode alterar o sinal,

por exemplo [SAUDADE]8 e [GOSTAR]9.

Por sinalizar figuras geométricas, outro grande aprendizado com a atividade dessa semana se

refere aos classificadores (CLs).

Os Cls são morfemas que existem em línguas orais e línguas de sinais. [...] As línguas de sinais, talvez por serem línguas espaços-visuais, fazem uso freqüente de vários tipos de Cls, explorando também morfologicamente o espaço multidimensional em que se realizam os sinais. [...] os Cls funcionam como partes do verbo em uma sentença, estes sendo chamados verbo de movimento ou de localização. (BRITO, 1995, p. 102-103).

Segundo Felipe (2002), apesar de algumas divergências sobre os CLs, em geral, há

pontos em comum, como por exemplo, a definição. Os CLs são “certas configurações de mãos que

funcionam como morfemas que marcam certas características de um objeto nas línguas de sinais”

(FELIPE, 2002, p. 7). Os CLs, segundo a autora, podem ser divididos em: especificadores de

tamanho e forma; classificador semântico, corpo, parte do corpo e instrumento, bem como

morfemas para outras propriedades de classes de nomes.

Discussão/Considerações finais

Tendo como base o questionamento “como o uso do Moodle, enquanto recurso didático,

possibilita o ensino e o aprendizado da Libras, no curso de Pedagogia a distância da UFJF?”,

procuramos: (i) identificar a organização da disciplina de Libras no Moodle; (ii) conhecer as

diferentes atividades propostas e (iii) reconhecer como as atividades proporcionam o aprendizado

da Libras.

Ao conhecer as atividades propostas e identificar como cada uma delas favorece o

aprendizado da Libras, vimos que o Moodle, por conter atividades diversificadas (textos, imagens,

vídeos, chats, wikis, glossário, fóruns, etc), contribui, significativamente, para o aprendizado das

7 Os parâmetros da língua de sinais são: Configuração de mão (CM); Movimento (M); Locação (L); Orientação da mão (Or) e Expressões não manuais (ENM). 8 “Mão direita em A horizontal, palma para dentro, tocando o lado esquerdo do peito. Mover a mão em um pequeno círculo vertical para a esquerda, duas vezes, com a expressão de tristeza.” (CAPOVILLA; RAPHAEL, 2008). 9 “Mão direita horizontal aberta, palma para dentro, tocando o peito. Movê-la, descendo círculos horizontais, para a esquerda.” (CAPOVILLA; RAPHAEL, 2008).

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU CENTRO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL – CEPAE I CONGRESSO NACIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-4959

Realização:

noções básicas para a comunicação e a interação com surdos falantes da Libras, uma língua gesto-

visual.

Ao observarmos a ementa da disciplina disponível na plataforma (desenvolvimento, em

nível básico, das habilidades de compreensão e expressão necessárias à comunicação com surdos

usuários da Língua de Sinais Brasileira – Libras. Introdução ao estudo das visões sobre a surdez e

sobre a educação de surdos. Conhecimentos básicos sobre os fundamentos linguísticos da Libras.

Estudo de aspectos culturais dos surdos brasileiros e suas implicações educacionais), e

considerarmos as atividades propostas, concluímos que os alunos têm acesso ao conhecimento

planejado pelo professor e pelo tutor.

Referências BRASIL, Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>. Acesso em: 03 ago. de 2015.

______. Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 18 jul. de 2013.

BRUNO; BORGES; SILVA. Sobre professores e redes (apresentação). In: BRUNO, A. R.; BORGES, E. M. B.; SILVA, L. S. P. (orgs.). Tem professor na rede. Juiz de Fora: UFJF, 2010.

CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira. Volume I e II. 3ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

CEAD. Conheça o Moodle. Disponível em: <http://www.cead.ufjf.br/?p=219>. Acesso em: 04 ago. de 2015.

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FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingüística e Filosofia, 1995.

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Realização:

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MATTOS, A. C. G., Convergência de mídias e educação: um estudo de cursos na modalidade a distância. 2011. 103 f. Monografia (Bacharel em Pedagogia). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011.

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