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1 FACULDADE ALFREDO NASSER INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE LETRAS O ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO ANNY CAROLINY TAVARES PEIXOTO APARECIDA DE GOIÂNIA 2011

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FACULDADE ALFREDO NASSER INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LETRAS O ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO

ENSINO MÉDIO

ANNY CAROLINY TAVARES PEIXOTO

APARECIDA DE GOIÂNIA 2011

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ANNY CAROLINY TAVARES PEIXOTO

O ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO

Monografia apresentada ao Instituto Superior de Educação, da Faculdade Alfredo Nasser, sob a orientação do prof. Me. Newton Paulo Monteiro como parte dos requisitos para a conclusão do curso de Letras.

APARECIDA DE GOIÂNIA 2011

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ANNY CAROLINY TAVAVARES PEIXOTO

O ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO

Esta monografia foi julgado adequado para a obtenção de titulo de Licenciado(a) em Letras e aprovado em sua forma final pela banca examinadora abaixo constituída, na área de ensino e aprendizagem de Língua Inglesa.

Aparecida de Goiânia, ____ de Junho de 2011.

BANCA EXAMINADORA ____________________________________ Orientador (a): Prof. Me. Newton Monteiro. ____________________________________ Prof.(a)______________________________ ____________________________________ Prof.(a)

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Dedico esta monografia a duas pessoas César Peixoto e Narciza Tavares que em nenhum momento mediram esforços para a realização dos meus sonhos, me ensinaram a fazer as melhores escolhas, me mostraram que honestidade e respeito são essenciais à vida, e que devemos sempre lutar pelo que queremos. A eles devo a pessoa que me tornei, sou extremamente feliz e tenho orgulho de chamá-los de Pai e Mãe. AMO VOCÊS.

5

AGRADECIMENTOS

A Deus porque Ele é o condutor dos meus passos e que permitiu

chegar até onde estou agora.

À minha família pelo amor e dedicação dispensados a mim em

todos os momentos da vida.

Ao meu orientador Prof. Me. Newton Paulo Monteiro que com

paciência e competência conduziu esse trabalho.

À Prof. Ms. Dorothéia Barbara dos Santos por me tirar do senso

comum e me fazer falar em público. Muito Obrigada!

Ao amigo Thiago Cabral pela amizade, paciência e apoio

financeiro.

Aos meus amigos pelo apoio, compreensão e respeito nesses

quatro anos de muita ausência, vou recompensá-los.

Aos colegas de curso pela força que me deram nessa

caminhada.

A todos os professores da UNIFAN que contribuíram para a

minha formação acadêmica.

A todos que contribuíram na realização deste trabalho.

6

“Saber quando se deve esperar é o grande segredo do sucesso”. (Xavier Maistre)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................... 08

CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO......................................................... 10

1 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA

INGLESA.............................................................................................................

10

1.1 A Didática: uma abordagem Geral................................................................ 12

1.2 Fatores que contribuem para o Insucesso do Aprendizado da LE nas

Escolas Públicas.................................................................................................

13

1.3 Propostas Para o Ensino de Língua Inglesa no Ensino Médio: Música,

Filmes e a Informática.........................................................................................

METODOLOGIA.................................................................................................

15

17

CAPITULO II – APLICAÇÃO DO ESTUDO DE CAMPO................................... 18

2 Caracterização da Escola A............................................................................. 18

2.1 Caracterização da Escola B.......................................................................... 18

2.2 Análise dos Dados e Resultados.................................................................. 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................

36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 37

ANEXO 1............................................................................................................. 38

8

INTRODUÇÃO

Compreende-se que os desafios enfrentados pelo professor como o

número excessivo de alunos por turma, escassez de material, deficiência de

conhecimentos e aprofundamento linguístico e tantos outros fatores podem

desestimular o professor e refletir diretamente na aprendizagem do aluno, assim

como na sua postura em relação ao processo de ensino e aprendizagem dessa

língua complexa e importante para a sua formação. Portanto, o professor ainda é

peça fundamental nesse processo e faz toda a diferença. Ele não pode assumir

uma postura passiva e permitir que a Língua Inglesa seja sinônimo de disciplina

desinteressante.

Mudanças e avanços têm sido observados em diferentes campos do

conhecimento e de maneira bastante significativa. Portanto, as áreas da

aprendizagem não ficaram imunes a essas transformações que vêm acontecendo

ao longo do tempo e de forma rápida. Como toda área de conhecimento, a Língua

Estrangeira ou segunda língua, também passou por esse processo de mudanças

e ainda tem passado.

O que motivou esse estudo foi justamente o desejo de se descobrir novas

possibilidades e melhores condições de aprendizagem da Língua Inglesa dentro

do contexto da sala de aula e buscar entender os fatores que conduzem para uma

postura de rejeição ao ensino e aprendizagem dessa língua que possui grande

relevância para a formação do aluno. Discutir sobre o ensino e a aprendizagem da

Língua Inglesa implica em questionar por que o ensino dessa língua estrangeira

em escolas públicas, por diversas vezes, se caracteriza pelo insucesso.

É possível perceber que, em um grupo de estudantes, existem aqueles que

se identificam com essa língua estrangeira e que a vêm como sendo algo

importante, mas, também há aqueles que não se interessam por ela, a

consideram insignificante, sem sentido e irrelevante. Tendo esse fator como ponto

de partida para essa pesquisa, busca-se responder alguns questionamentos

como, por exemplo, por que essa resistência com a língua inglesa, já que ela está

presente em todos os lugares da sociedade contemporânea? A possível resposta

pode estar no fato de que, para muitos, essa língua jamais será usada fora da

escola, o que se configura como sendo algo errôneo, pois a língua inglesa está

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estampada em todos os lugares da vida cotidiana de um indivíduo e possui grande

relevância, pois, atualmente, ela configura-se como sendo a língua universal,

falada em praticamente todo o mundo, além de estar presente em tudo o que nos

cerca.

Tentar sensibilizar os alunos, em especial, os que frequentam escolas

públicas e fazer com que entendam a sua importância é um dos grandes desafios

do professor de Língua Inglesa da atualidade. Desafio que necessita ser

enfrentado e superado para que o insucesso não seja uma constante nas escolas

públicas do país.

Por diversas vezes, percebe-se que o aluno até simpatiza com o professor

da disciplina, mas rejeita a aprendizagem da Língua Estrangeira. Nesse sentido, o

presente artigo justifica-se, pois, pretende analisar fatores que contribuem para

esse sentimento de rejeição à Língua Inglesa e sugerir algumas metodologias que

possam auxiliar o professor a tornar as aulas mais estimulantes e atrativas, além

de possibilitar o enfrentamento de desafios que implicam sua prática docente.

Além disso, analisa os problemas enfrentados pelas escolas públicas como: salas

de aula com um número excessivo de alunos, falta de material pedagógico,

deficiência na formação e capacitação do professor de Língua Inglesa, entre

outros problemas que influenciam no processo de ensino e aprendizagem do

aluno.

Este estudo se justifica, pois contribui para o aprofundamento do tema por

meio de leituras e análises em obras de autores renomados no assunto, além de

possibilitar a futuras pesquisas acadêmicas, mais subsídios teóricos e práticos em

relação à complexidade do Ensino de Língua Estrangeira nas escolas públicas do

Brasil.

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CAPÍTULO I

REFERENCIAL TEÓRICO

1 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA

Existem diversas razões para se aprender a Língua Inglesa, econômicas,

diplomáticas, sociais, comerciais, militares, etc. Entretanto, seja pelo motivo que

for, é muito antiga a necessidade de se aprender a falar outro idioma e entrar em

contato com mundos diferentes do que se está inserido. É possível que os

primeiros contatos com uma língua estrangeira tenha sido pelo contato direto com

um nativo falante de outra língua. Paralelamente a essa forma natural de se

aprender outro idioma, também é fato que alguns povos possuem a preocupação

de se ensinar e aprender outros idiomas de maneira sistematizada.

Do ponto de vista de Germain (1993 apud TAVARES, 2009), há indícios de

que as primeiras provas da existência de uma lingua estrangeira advêm da

conquista gradativa dos sumérios pelos acadianos (3000-2350 a.C) que adotaram

o sistema de escrita dos sumérios e aprenderam, dessa forma, a língua dos povos

conquistados. Os romanos seguiram o exemplo e buscavam também aprender a

língua falada pelos povos conquistados. Data do terceiro século da nossa era o

surgimento dos primeiros manuais de aprendizagem de uma língua estrangeira.

Eram os manuais bilíngües, enfatizando a prática do vocabulário e da

conversação.

O ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras sempre estiveram

presente, ao longo da história da humanidade, como sendo algo de grande

relevância em intercâmbios do comércio, da política, ciência e também cultural

entre as nações. Nesse sentido, a busca pelo aprendizado de uma língua

estrangeira resultou na criação e evolução de abordagens de ensino com o

objetivo de melhorar esse ensino e as demandas do mercado.

Tavares1 (2009) aponta que o pensamento que abrange o Brasil sobre o

sentido de aprender a Língua Inglesa está relacionado ao prestígio social e ao

1 Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco, coordenadora do grupo de pesquisa.

Língua, Cultura e Ensino do Diretório de CNPq. “Ensino e Aprendizagem de Língua”.

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desenvolvimento de competência profissional que um sujeito alcança ao aprendê-

la.

Lopes (1996 apud TAVARES, 2009) ressalta que os meios de comunicação

das massas têm difundido a importância do conhecimento da Língua Inglesa para

os negócios, trabalho, pesquisas e tanto outros fatores. A Globalização da

economia também exerce forte influência nesse sentido reforçando a relevância

de se aprender a Língua Inglesa. De acordo com Silveira (1999 apud TAVARES,

2009):

Aprender e ensinar línguas estrangeiras pode fazer parte de um grande projeto humanizador da educação lingüística: promover o diálogo intercultural entre as nações, estimular o respeito às identidades culturais e facilitar a socialização dos conhecimentos produzidos nos quatro cantos do mundo. Nesse sentido, a verdadeira globalização deve ser um processo de humanização, de alargamento dos horizontes comunicacionais do ser humano e não um processo de dominação econômico-cultural e de exclusão social (SILVEIRA, 1999 apud TAVARES, 2009, p.2)

Em virtude da valorização que se tem dado ao estudo dessa língua

estrangeira, a mesma tem conquistado o status de língua internacional e, como

consequência disso, surgem cada vez mais escolas particulares, cursos

especializados e programas de treinamentos voltados para o ensino da Língua

Inglesa, além de ser possível perceber a prioridade notória referente à

aprendizagem dessa língua nas instituições públicas do país. Nas palavras de

Lopes (1996 apud TAVARES, 2009):

Todas as disciplinas devem colaborar para fazer o educando chegar mais perto de si mesmo, isto é, entender melhor o seu papel político, social e histórico. A aprendizagem de uma LE, ao contrário do que podem pensar alguns, fornece talvez o material primeiro para tal entendimento de si mesmo e de sua própria cultura, já que facilita o distanciamento crítico através da aproximação com uma outra cultura (LOPES, 1996, apud TAVARES, 2009 p. 43)

Não se pode negar que a qualidade do ensino ainda necessita de muitas

transformações, pois, ainda deixa muito a desejar, principalmente nas escolas

públicas de Ensino Médio. Embora o ensino de Língua Inglesa seja uma

obrigatoriedade nas instituições públicas, ainda não existe uma discussão

aprofundada entre os responsáveis da área sobre as reais funções sociais para a

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aprendizagem dessa língua estrangeira e sobre a melhor forma de considerá-la a

partir do contexto da sala de aula. Por essa razão, estudiosos brasileiros têm

tentado reavaliar a posição do ensino e aprendizagem dessa lingua nas escolas

brasileiras. Para esses estudos utilizam correntes teóricas que questionam sob

diversos ângulos como: questão pedagógica, didática, linguística e a interacional.

1.1 A Didática: uma abordagem geral

A Didática configura-se com sendo parte dos conhecimentos pedagógicos

de grande relevância para o processo educativo, pois, sua função consiste em

analisar o processo de ensino e não está limitada à sala de aula. Como enfatiza

Libâneo (1994, p.15) “Para compreendermos a importância do ensino para a

formação humana, é preciso considerá-lo no conjunto das tarefas educativas

exigidas pela vida em sociedade”. A pedagogia investiga a teoria e a prática da

educação enquanto que, a didática estuda os objetivos, conteúdos, meios e

condições do processo de ensino. Está fundamentada na Pedagogia sendo,

portanto, disciplina pedagógica. A Didática reúne estudos das mais variadas

ciências que auxiliam a Pedagogia e, assim sendo, também reúne no campo de

conhecimentos objetivos e formas da ação pedagógica na escola.

Libâneo (1994, p.16) aponta que a docência é parte inserida no processo

educativo mais amplo, ou seja, mais global, cujos membros da sociedade são

capacitados para participarem da vida social. A educação é, portanto, um

fenômeno social e universal necessária para a existência e o funcionamento de

todas as sociedades. Cabem a essas sociedades possibilitar que os seus

membros tenham acesso a uma boa formação, auxiliando no desenvolvimento

desses indivíduos no que tange às suas capacidades físicas e espirituais,

capacitando-os para uma participação mais ativa e transformadora em todos os

aspectos da vida social. De acordo com esse autor:

Não há sociedade sem prática educativa nem prática educativa sem sociedade. A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em função de necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade (LIBÂNEO, 1994, p.17)

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A sociedade e a educação caminham juntas, uma precisa do auxílio da

outra. A educação transforma a sociedade, mas, é a sociedade que deve

promover essa educação para tornar os indivíduos aptos para atenderem às

necessidades do meio social em que está inserido. É através da educação que o

meio social exerce influência sobre os indivíduos e, estes, ao compreenderem e

recriarem essas influências tornam-se capazes de relacionar de forma ativa e

transformadora o meio social. Os conhecimentos manifestam essas influências, e

estas, também vão ser refletidas através das experiências, dos valores, hábitos,

crenças e técnicas acumuladas ao longo do tempo pelas novas gerações.

Os indivíduos estão inseridos necessária e inevitavelmente no meio social

e, portanto, a educação compreende os processos formativos que vão ocorrendo

ao longo de sua vida no meio do qual fazem parte. Dessa forma, a educação não

acontece apenas no âmbito escolar, mas, em todas as instituições existentes

numa sociedade como, por exemplo, a família, a igreja e outros. Suas finalidades

variam de acordo com a fase em que o indivíduo encontra-se e a instituição.

De acordo com Libâneo (1994, p.25), Didática e metodologias de ensino de

cada matéria em específico formam uma unidade cujas relações são recíprocas. A

Didática então, trata da teoria geral do ensino. Segundo o autor: “As metodologias

específicas, integrando o campo da Didática, ocupam-se dos conteúdos e

métodos próprios de cada matéria na sua relação com fins educacionais” (Ibidem,

p.26). Através da Didática são generalizados os processos e procedimentos

obtidos na investigação das disciplinas específicas. Não se pode esquecer que a

didática de línguas tem metodologias muito específicas não consideradas pelos

estudos da educação como, por exemplo, a abordagem comunicativa, método

direto, método audiolingual, entre outros.

1.2 Fatores que Contribuem para o Insucesso do Aprendiz de LE nas

Escolas Públicas

O processo de ensino e aprendizagem da Língua Estrangeira, tratada a

partir de agora como LE, nas escolas públicas do Brasil não tem apresentado

resultados satisfatórios. O que se percebe é que esse ensino se efetiva apenas

nos cursos livres de idiomas. Contudo, o acesso a essas instituições é limitado a

uma classe mais privilegiada. Entretanto, o ensino de LE nas instituições públicas

14

tem sido foco constante de discussões sobre as causas dessa deficiência, as

mesmas também apresentam questões que tentam explicar seu fracasso.

Para Moita (1996), existe a ideologia da falta de aptidão do aluno de

escolas públicas no que tange ao aprendizado de línguas estrangeiras. Enfatiza

ainda que, autores apontam a sociologia, a psicologia e a educação como

auxiliares na criação de conceitos de cunho ideológico que mascaram o fracasso

do ensino como sendo o reflexo da condição social do aluno. O autor revela que

essas afirmações contribuem para que a crença dos professores de que a

condição social do aluno de instituições públicas impossibilita a expansão do

conhecimento linguístico se perpetue.

Leffa (2005) aponta para a falta de parâmetros metodológicos como sendo

os responsáveis pelo fracasso do aprendizado de LE nas escolas públicas.

Sublinha que, é observável a tentativa frustrada de se aplicar o método conhecido

como Gramática e Tradução. Esse método apresenta a LE de maneira

fragmentada por meio de frases desvinculadas de significado. Os objetivos para

os quais o aluno deveria estudar a LE, também é apontado por esse autor como

estando completamente dissociados do contexto social em que o aprendiz se

encontra. Dessa forma, o ensino e aprendizagem de LE torna-se insignificante

para o aprendiz das escolas públicas.

Em relação ao ensino da pronúncia, Poedjosoedarmo (2004) aborda os

motivos pelos quais ela acredita que se deve ensinar a pronúncia, mesmo quando

ela é considerada desnecessária tendo em vista a quantidade de sotaques

existentes. Toma por ponto de partida o ensino da Língua Inglesa que,

atualmente, está sendo cada vez mais utilizada em esfera global. Ressalta que as

pessoas aprendem a falar Inglês para se comunicarem com pessoas que estejam

também aprendendo a falar esse idioma e não, necessariamente porque estão

migrando para países que falam essa língua. O ensino da pronúncia é necessário

porque possibilita maior coerência na comunicação entre os falantes, pois, se

cada um possuir a pronúncia que lhe aprouver, essa comunicação falha, não se

completa. Outro fator que justifica a importância de se ensinar a pronúncia é o de

que, o estudante ao aprender a pronúncia adequada, não se constrange diante de

situações em que a requeiram de forma no mínimo satisfatória. O estudante

poderá sair bem melhor numa situação em que deverá conduzir a comunicação de

forma parcial ou totalmente no idioma inglês.

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O ensino tem a prioridade de levar o falante ao melhor nível possível de

apreensão da Língua Inglesa para que possa causar a melhor impressão possível

no ouvinte. Quando se aprende a pronuncia de forma adequada, esse falante

poderá, por exemplo, participar de uma entrevista sem maiores constrangimentos.

A autora cita exemplos de que, se o falante não pronuncia bem determinados

sons, pode ser considerado, por exemplo, um marginal em Nova York.

1.3 Propostas Para o Ensino de Língua Inglesa no Ensino Médio – Música,

Filmes e a Informática.

A aprendizagem da Língua Inglesa, na grande maioria dos casos, é

concebida como sendo desnecessária pelos alunos, tendo em vista que, em

muitos casos, o aluno termina o Ensino Médio sem habilidades para usar a língua

em situações reais. Isso acontece porque as atividades quase sempre chegam

descontextualizadas, cansativas, fragmentadas e repetitivas. Isso faz com que o

aluno não se sinta motivado e vai desestimulado até o fim do ciclo.

Para motivar o aluno a aprender a Língua Inglesa, o professor deve utilizar

todos os mecanismos que puder para alcançar esse objetivo, isto é, lançar mão de

toda metodologia disponível e sempre buscar outras. A música no ensino da

língua inglesa é, por certo, uma estratégia bastante eficaz, pois, são muito ricas

para o ensino de listening, vocabulário, tópicos gramaticais, leitura, expressão

oral, produção de texto e ortografia.

Entretanto, o objetivo primeiro do professor que deseja utilizar a música

como instrumento pedagógico, deve ser a diversidade cultural, mostrando as

diferenças entre os povos e culturas, sempre tomando o cuidado para não reforçar

preconceitos.

Para Medina (2003), a música possibilita a memorização do vocabulário de

maneira não intencional, além de facilitar a escrita e ser um meio viável de

aquisição de uma segunda língua tanto para as crianças quanto para adultos.

A música também sensibiliza os educandos, pois, é fato que a música

sempre esteve presente na vida do ser humano e é o meio mais eficaz para se

chegar aos sentidos humanos. Dessa forma, a emoção fará com que os

educandos aprendam a língua inglesa com muito mais prazer.

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Outra metodologia interessante é a utilização de filmes no ensino de Língua

Inglesa, pois, um dos grandes desafios do ensino de uma língua estrangeira é

conseguir aproximar o educando da maneira como o idioma é efetivamente falado

na sua origem.

Os filmes, além de motivar os educandos, o uso de recursos multimídia em

aula torna o processo de ensino e aprendizagem mais próximo da realidade dos

mesmos. Entretanto, o educador de Língua Inglesa deve tomar o devido cuidado

na seleção dos filmes e deixar claro seus objetivos com relação ao que está

ministrando para que o uso do filme não se torne apenas num momento de

entretenimento.

O uso da informática é outro meio muito eficaz, principalmente levando em

consideração a Globalização da informação. Diariamente estão expostos sites na

Internet e salas de bate-papo em inglês. O ensino por meio do computador, além

de ser estimulante, possibilita ao educando o contato com um nativo e, com isso,

aprender a forma exata como se fala o idioma em países que ele é a língua

materna.

O professor pode utilizar tudo o que ele tem disponível na Internet como

ferramenta de apoio como: programas educativos, msn e outros sites, contudo,

sempre monitorando de forma rigorosa para que o educando não entre em contato

com o mundo obscuro dessa ferramenta.

Existem uma infinidade de cursos de língua estrangeira nos diversos sites

da Internet que podem servir de apoio para o educador que pretende utilizar essa

ferramenta, lembrando sempre do cuidado que deve ter ao propõr um site aos

seus estudantes.

Por meio da habilidade prática, o educador será habilitado a identificar os

itens de linguagem mais relevantes para cada grupo de estudantes, criando

alternativas simples e prazerosas para os problemas comuns entre eles durante o

ensino da Língua Inglesa.

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1 METODOLOGIA

O primeiro passo para o desenvolvimento deste estudo de caso é a

pesquisa bibliográfica. Esta implica na constante revisão bibliográfica dos temas

propostos.

O presente trabalho é separado em momentos distintos quanto à

aplicabilidade da pesquisa. Sendo que no primeiro momento adotou-se a pesquisa

bibliográfica. Marconi e Lakatos (1985) informam que a pesquisa bibliográfica, ou

fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao

tema de estudo, desde publicações avulsas, revistas, livros, monografias, etc.

A pesquisa bibliográfica é realizada por meio de livros e artigos científicos

para dar embasamento às ideias e aprofundar os conhecimentos. Neste caso,

foram utilizados autores conceituados de acordo com o tema abordado. Em outro

momento, é realizada a pesquisa de campo, pois, compreende-se que a mesma

envolve o estudo de determinado problema, a partir da coleta de informações /

dados com o fim de chegar a possíveis soluções. O estudo de caso contribui para

que as idéias apresentadas nesse trabalho ganhem força por meio da co-relação

entre essas ideias e os dados coletados na escola campo.

A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas da rede estadual de

ensino por meio da disponibilização de questionários para os estudantes do 3º

ano do ensino médio responderem, além da observação do trabalho dos

professores. O questionário aplicado nas duas escolas A e B contém 10 (dez)

questões subjetivas e dissertativas e, na escola A foram 21 alunos respondentes e

na escola B, somam 19 o número de respondentes.

18

CAPÍTULO II

APLICAÇÃO DO ESTUDO DE CAMPO

2.2 Caracterização da Escola A

Trata-se de uma escola da rede estadual de ensino que situa-se na cidade

de Jaupaci-GO. Conta com um corpo docente qualificado, pois, todos os

professores dessa escola possuem formação superior e pós-graduação. Sua

clientela é de baixa a média renda.

A escola atende alunos do turno matutino, da região e adjacências, além de

atender alguns alunos que vivem no campo. Possui laboratório de informática,

laboratório de ciências, biblioteca bem equipada e demais dependências inerentes

a uma escola. Sua gestão é democrática e, ao que foi possível observar, o

trabalho é colaborativo, ou seja, envolve a participação de todos nas decisões

acerca da escola. É uma escola bem estruturada e organizada.

2.3 Caracterização da Escola B A escola pesquisada situa-se na cidade de Aparecida de Goiânia e trata de

uma instituição da rede estadual de ensino no período noturno. Possui uma área

pequena, contudo, atende a uma clientela do bairro onde está localizada, além de

atender às comunidades vizinhas.

É uma escola bem organizada em sua estrutura, com Laboratório de

Informática ativo, Biblioteca bem munida de literaturas, salas de aulas com um

número máximo de 35 alunos e professores com formação superior e pós-

graduação na sua maioria e atende a uma clientela, cuja realidade econômica é

menos favorecida.

19

2.4 Análise dos dados e resultados Os gráficos que seguem abaixo, resultam da coleta de dados realizada nas

escolas A e B, por meio da aplicação de questionário com perguntas objetivas e

dissertativas como citado a priori. O primeiro gráfico apresentado refere-se ao

gênero dos participantes.

ESCOLA A

ESCOLA B

QUANTO AO GÊNERO

53%

47%

FEM

MASC

Figura 1 – Referente ao sexo dos informantes.

QU AN TO AO GÊN ER O

62%

38%

FEM

MASC

20

Com relação ao gênero dos respondentes, verifica-se que na escola A

existe a predominância do sexo feminino sobre o masculino, tendo em vista que,

62% dos informantes pertencem ao gênero feminino e 38% do gênero masculino.

Na escola B, não há uma predominância de um gênero para o outro, pois, o

número de mulheres que responderam ao questionário é maior que o de homens

apenas em 6%, um número relativamente insignificante.

O gráfico que segue abaixo refere-se à primeira pergunta do questionário.

Nessa pergunta, os alunos deveriam responder se eles consideram o ensino da

Língua Inglesa importante para sua formação.

ESCOLA A

QUANTO A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA INGLESA PARA OS ALUNOS

100%

0%

0%

SIM

NÃO

ÀS VEZES

ESCOLA B

QUANTO A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LINGUA INGLESA PARA OS ALUNOS

80%

13%7%

SIM

NAO

ÀS VEZES

Figura 2 – Referente à primeira pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B

21

Observa-se que, na escola A, 100% dos alunos opinaram que a Lingua

Inglesa (a partir de agora LI) é importante para a formação dos mesmos, pois,

todos os alunos foram unânimes em suas respostas favoráveis. Contudo, na

escola B, há uma variação muito pequena entre os que acreditam que a LI seja

importante para a formação e os que não acreditam. Constata-se que a diferença

de opiniões é grande nesse quesito, pois, 80% dos respondentes afirmaram que

sim, a LI é importante para a sua formação, 13% acham que não e apenas 7%

não opinaram.

Tendo em vista, a porcentagem de respostas positivas somadas em ambas

as escolas, pode-se perceber que a LI é importante para eles, contudo, nem todos

possuem facilidade no seu aprendizado.

O próximo gráfico representa a segunda pergunta do questionário aplicado

que se refere ao interesse do professor pela disciplina, ou seja, se o professor

demonstra interesse pela disciplina de LI e, a essa pergunta, os alunos deveriam

justificar sua resposta.

ESCOLA A

QUANTO AO INTERESSE DO PROFESSOR PELA DISCIPLINA

100%

0%

0%

SIM

NÃO

ÀS VEZES

22

ESCOLA B

QUANTO AO INTERESSE DO PROFESSOR PELA DISCIPLINA

100%

0%

0%

SIM

NÃO

ÀS VEZES

Figura 3 – Referente à segunda pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B sobre o nível de interesse do professor (a) em relação à disciplina de Língua Inglesa.

Sobre o interesse que o professor (a) demonstra em sala de aula junto aos

seus alunos, a figura 3 revela que, todos os respondentes de ambas escolas são

unânimes em afirmar que sim, contudo, as justificativas implicam em algumas

particularidades tanto na escola A quanto na escola B.

Em relação às justificativas, a escola A evidencia que os alunos observam

mais seus professores e suas práticas pedagógicas e vale expôr algumas delas.

Na grande maioria das justificativas os alunos variaram entre: Aluno B.S, 16 anos

“a nossa professora gosta muito da matéria e quer nos ensinar” e, A.M.S, 17 anos,

“sim, ela se interessa, repete várias vezes quando não entendemos as questões”.

Alguns alunos ainda afirmaram que, C.D.A, 17 anos: “a nossa professora ama o

inglês e quer passar isso pra gente”. Apenas dois disseram: “ela tem interesse”.

A pesquisa na escola B revelou que, os alunos são mais indiferentes ao

fato do professor ter interesse ou não na disciplina. Fato esse comprovado em

suas justificativas evasivas ou até mesmo a falta delas. Nessa escola, as

justificativas foram quase unânimes e, muitos deles disseram: V.S.D, 15 anos

“porque ela explica a matéria com facilidade pra gente entender melhor” e, H.D.M,

15 anos: “ela explica muitas vezes”. O número de respondentes que não

23

justificaram sua resposta configura-se como pequeno, portanto 07 (sete) contra 12

(doze) que justificaram.

A terceira pergunta do questionário, representada pelo gráfico a seguir, diz

respeito à forma como a Língua Inglesa é ensinada pelo professor, isto é, se a

forma como o professor ensina essa disciplina ajuda no aprendizado do aluno.

ESCOLA A

A FORMA COMO A LI É ENSINADA AJUDA NO APRENDIZADO?

100%

0%

0%

SIM

NÃO

ÀS VEZES

ESCOLA B

A FORMA COMO A LI É ENSINADA AJUDA NO APRENDIZADO?

53%

0%

47%

SIM

NÃO

ÀS VEZES

Figura 4 – Referente à terceira pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B.

Conforme o resultado dos dados coletados em ambas escolas, nota-se

que, na escola A, 100% dos respondentes afirmaram que sim, a forma como a LI

é ensinada nessa escola contribui para o seu aprendizado. Todos os

24

respondentes justificaram suas respostas e, essas justificativas variaram em:

A.S.M, 15 anos, “Porque eu gosto da disciplina e a professora explica muito bem”

e J.P.A, 16 anos, “o inglês está cada vez mais em nossas vidas”. Outros disseram:

“a professora tem bastante calma e se interessa em nos ajudar”.

Na escola B, constata-se que a grande maioria, 53% acredita que a forma

como é ensinada a LI nessa escola, contribui para que eles aprendam, 47%

responderam que às vezes e nenhuma resposta foi negativa nesse quesito.

Contudo, as justificativas revelam muitas incertezas e alguns problemas em

relação ao material pedagógico, tendo em vista algumas respostas como: G.M.B,

16 anos, “Nem sempre o que a matéria tá pedindo pra você fazer você aprende”;

L.M.D, 16 anos, “é muito importante para as pessoas que elas saibam um pouco

sobre a disciplina”; M.C.S, 16 anos, “acho que deveria ser mais explícita quanto as

palavras escritas em inglês para português”; N.H.A, 18 anos, “tenho facilidades de

percepção, apesar de algumas coisas”.

O gráfico a seguir representa a quarta questão do questionário aplicado nas

escolas A e B, a qual questiona se as escolas oferecem recursos para favorecer o

aprendizaedo da Língua Inglesa pelos alunos de ambas as escolas.

ESCOLA A

RECURSOS OFERECIDOS PELA ESCOLA

33%

32%

32%

3%

LAB. DE INFOR.

BIBLIOTECA

DATA-SHOW

OUTROS

25

ESCOLA B

Figura 5 – Referente à 4º pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B

No que tange aos recursos oferecidos pelas escolas para o ensino da

Língua Inglesa, há uma diferenciação muito grande em relação a escola A e B.

Na escola A, pode-se observar que, 33% dos pesquisados afirmaram que a

escola oferece o Laboratório de Informática e que este é utilizado pelos

professores. Vale lembrar que a contagem das respostas se deu de forma

individual para cada item, contudo, 90% das fichas constavam assinalados todos

os itens. 32% dos informantes responderam que os professores têm à sua

disposição, assim como utilizam a Biblioteca da escola, 32% apontaram o Data-

Show como recurso mais utilizado e 3% ainda acrescentaram o Laboratório de

Ciências. Em virtude dos dados coletados referentes a essa questão, nota-se que

a escola está bem estruturada no que tange aos recursos, pois, nenhum aluno

respondeu não haver a presença deles na escola.

RECURSOS OFERECIDOS PELA ESCOLA

25%

58%

17% 0%

LAB. DE INFOR.

BIBLIOTECA

DATA-SHOW

OUTROS

26

A escola B possui uma realidade diferente, pois, 58% dos informantes

responderam que a escola disponibiliza a Biblioteca e, portanto, é a mais utilizada

por eles. 25% apontaram para a utilização do Laboratório de Informática, 17% a

utilização do Data-Show. Nenhum dos alunos informaram outros recursos e 3%

informaram que não é utilizado nenhum recurso. Os dados acima apresentados

revelam que, embora haja a presença desses recursos na escola, nem sempre

eles são utilizados pelos professores.

A quinta questão refere-se à opinião dos alunos sobre se o ensino da

Língua Inglesa pode ou não ser melhorado. Os dados obtidos por meio das

respostas dos pesquisados estão representados no gráfico abaixo.

ESCOLA A

O ENSINO DA LI PODE MELHORAR? COMO?

100%

0%

SIM

NAO

ESCOLA B

27

O ENSINO DA LI PODE MELHORAR? COMO?

84%

16%

SIM

NAO

Figura 6 – Referente à quinta questão do questionário aplicado nas escolas A e B.

Quando questionados se o ensino da Língua Inglesa poderia ser melhorado

e como isso pode acontecer, as respostas em ambas as escolas pesquisadas

apresentam também suas particularidades.

Na escola A, as respostas foram unânimes em apontar que sim, o ensino,

embora esteja bom, segundo eles, pode ser melhorado. Vejamos algumas das

justificativas apontadas por eles: A.H.S, 17 anos, “ uso de músicas em sala de

aula, aula campo para dar nome às coisas e lugares...”; L.F.S, 16 anos,

“dinâmicas e gincanas para ajudar no vocabulário”; S.M.F, 16 anos, “uso de

músicas em sala de aula, dinâmicas e gincanas para ajudar no vocabulário e uso

de filmes legendados”. Foi possível observar que o ítem mais apresentado nessas

respostas foi o uso da música, dinâmicas e gincanas, filmes legendados e a aula

de campo. Apenas um aluno não opinou sobre isso.

A escola B, por sua vez, apresenta um quadro diferenciado, pois, 84% dos

informantes disseram que sim, que o ensino da LI pode ser melhorado e, na

grande maioria das respostas apontaram para o interesse dos próprios alunos

como confirmado na seguinte resposta: C.A.F, 15 anos, “Sim, se os alunos

demonstrasse (em) mais interesse”. Outros apontaram para os trabalhos e a

leitura M.H.D.B, 16 anos, “Com trabalhos e mais leituras e tarefas”. Alguns alunos

apontaram que a melhoria viria, A.P.V, 17 anos, “si o Estado (au) almentasse a

28

carga horária da disciplina”. Uma das respostas apontou para a falta de acesso ao

livro didático J.C.M, 16 anos, “Pode começando pela oportunidade citada na 2ª

pergunta, dando livros para nós, pois, pagar apostila às vezes não cabe nas

economias de alguns alunos”. Dos alunos informantes que responderam que o

ensino não pode ser melhorado, um justificou dizendo: A.V.S,15 anos, “A

professora faz o possível e mesmo assim não adianta”, outro afirmou: P.R.C, 17

anos, “pra mim tá tudo ótimo” e por fim, outro informante não quis falar sobre o

assunto.

O próximo gráfico corresponde à sexta pergunta do questionário, na qual

questiona-se os alunos têm contato com a Língua Inglesa fora da escola.

ESCOLA A

VOCÊ TEM CONTATO COM A LINGUA INGLESA FORA DA SALA DE AULA? QUAL?

95%

5%

SIM

NAO

ESCOLA B

29

VOCÊ TEM ALGUM CONTATO COM A LI FORA DA ESCOLA? QUAL?

79%

21%

SIM

NAO

Figura 7- Referente à sexta questão do questionário aplicado nas escolas A e B.

Os dados da figura 7 revelam que, na escola A, os alunos têm acesso à

Língua Inglesa fora da escola no seu cotidiano, pois, 95% dos informantes

disseram ter acesso à LI fora da escola por diversos meios como: A.P.M, 16 anos,

“no computador, na televisão, nos filmes”. J.P.A. 17 anos, “filmes e livros”; M.C.E,

16 anos, “em filmes, livros, jogos, etc”; M.A.S, 16 anos, “Internet, livros, filmes

legendados”. Constata-se que, a predominancia está no acesso por meio de

livros, computadores, filmes legendados.

Na Escola B, 79% dos informantes disseram que têm acesso à LI por meio

de computadores, músicas, filmes legendados, contudo, a grande maioria não

justificou apontando qual era a forma de acesso fora da escola. 21% respondeu

que não tem nenhum contato com a LI fora da escola.

Comparando as duas escolas, nota-se que, a escola A apresenta um nível

de alunos mais interessados e com apoio mais adequado por parte da escola e

dos professores no sentido de aprenderem a LI com mais qualidade.

A sétima pergunta corresponde ao interesse que o professor demonstra

pelo aprendizado do aluno, isto é, foi perguntado aos alunos das escolas A e B se

o professor demonstra interesse pelo aprendizado dos seus alunos.

30

ESCOLA A

O PROFESSOR DEMONSTRA INTERESSE PELO SEU APRENDIZADO?

90%

0% 10%

SIM

NAO

ÀS VEZES

ESCOLA B

SEU PROFESSOR SE INTERESSA POR SEU APRENDIZADO?

95%

5% 0%

SIM

NAO

ÀS VEZES

Figura 8- Referente à sétima pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B

31

Os dados coletados na oitava questão do questionário aplicado nas escolas

A e B revelam que ambas as escolas possuem professores preocupados com o

aprendizado do aluno, pois, as respostas negativas foram mínimas em relação às

positivas.

Na escola A, 90% dos informantes responderam sim, o professor é

interessado pelo aprendizado do aluno, 0% disseram que não e 10% apontaram a

opção às vezes. Na escola B, 95% dos informantes disseram que sim, os

professores se empenham em favorecer um aprendizado consistente e de

qualidade, 5% disseram que não e nenhum informante respondeu que às vezes

nota-se esse interesse. Contudo, um fato constatado é alarmante, uma aluna

respondeu ao lado do item “não” o seguinte: A.P.M, 16 anos, “Ela fala para nós

para pelo ao menos fingir que estamos aprendendo”. Essa constatação é

lamentável, pois, o educador nunca pode sugerir ao aluno que ele finja que está

aprendendo, ele precisa chamar a atenção desse aluno para a importância do seu

conhecimento na sua vida pessoal e profissional.

A questão de número 8 do questionário aplicado nas escolas A e B é

referente ao que o aluno mais gosta ou não gosta nas aulas de Língua Inglesa.

Como se trata de uma questão de opinião, as respostas estão representadas por

duas tabelas correspondentes às duas escolas pesquisadas.

Escola A:

O que mais gosta O que não gosta

Música Ausência de Dinâmicas

Gosta de tudo Exercícios

Filmes legendados Falta de aulas diferentes

Leitura Indisciplina

Aulas de campo Excesso de Atividades

Apresentação de palavras novas

Dinâmicas

Os dados apresentados na tabela acima representam as opiniões dos

alunos da escola A em relação ao que mais gosta ou não gosta no ensino da

Língua Inglesa neste estabelecimento de ensino.

32

Pode-se perceber, de acordo com as respostas informadas, que os alunos

informantes gostam de atividades diversificadas que envolvem a música,

dinâmicas, aulas de campo, leitura, apresentação de novas palavras e filmes

legendados. 20% dos alunos afirmaram que gostam de tudo o que é ensinado. No

quesito ao que não gostam, a campeã foi a ausência de dinâmicas, seguida dos

exercícios que os alunos precisam responder em sala e em casa, da falta de aulas

diferenciadas, indisciplina e o excesso de atividades.

Pode-se notar que os alunos dessa escola são atentos e interessados em

um aprendizado de fato verdadeiro e consistente. Gostam da Língua Inglesa e

cobram mais dinamismo por parte de seus educadores.

Escola B:

O que mais gosta O que não gosta

Música Traduzir textos

Atividades no Caderno Correção no quadro de giz

Trabalho com o professor Fazer trabalhos em casa

Modo de explicar do professor Cópias de textos grandes

Treinos com Palavras Questionários ditados

Comprar material didático

Pressa do professor na explicação

Os dados apresentados na tabela acima representam as respostas dos

alunos pesquisados na escola B. Foram 19 alunos que responderam ao

questionário e, sobre o que mais gostam, 03 informantes disseram que gostam do

ensino por meio da música, 01 apontou que prefere fazer as atividades no

caderno, 09 alunos informaram que gostam de tudo, 01 informante disse que que

gosta da maneira como o professor explica e 05 informaram que gostam do treino

com palavras. A maioria dos informantes respondeu que não gosta de traduzir

textos o tempo todo, fazer trabalhos ou cópias de textos grandes, correções no

quadro com o aluno se expondo na frente da turma, questionários ditados, pois,

nem todas as palavras eles conhecem, o tempo curto que faz com que o professor

seja muito rápido na explicação e, portanto, impossibilitar o aprendizado de fato e,

por fim, o material didático que envolve apostilas e/ou textos complementares que

33

precisa ser comprado e nem sempre o aluno tem disponibilidade econômica para

isso.

O gráfico abaixo, diz respeito à nona pergunta do questionário que trata das

dificuldades em relação ao aprendizado da Língua Inglesa em ambas as escolas

pesquisadas.

ESCOLA A

QUANTO ÀS DIFICULDADES EM RELAÇÃO AO APRENDIZADO DA LI

14%

40%

40%

6% 0% LEITURA

ESCRITA

FALA

COMPREENSÃOORAL

OUTROS

ESCOLA B

QUANTO ÀS DIFICULDADE EM RELAÇÃO AO APRENDIZADO DA LI

13%

17%

48%

9%

13% LEITURA

ESCRITA

FALA

COMPREENSÃOORAL

OUTROS

Figura 10- Referente à nona pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B

34

Os dados da figura 10 revelam que há divergências também no que se

refere às dificuldades de aprendizado da Língua Inglesa por parte dos alunos

pesquisados nas escolas A e B. Embora as diferenças sejam pequenas, as

respostas indicam resultados divergentes.

Na escola A, 40% dos informantes disseram que possuem dificuldades com

a fala e a escrita, tendo em vista que há um empate nas respostas que apontam

para ambos. 14% apontam as dificuldades em relação à leitura e 6% informaram

que têm dificuldades com a compreensão oral.

Na escola B, 48% informaram que têm dificuldades de aprendizado

referente à fala, 17% responderam ter dificuldades com a escrita e 13% dos

informantes disseram que têm dificuldades no aprendizado da leitura e outros,

tendo em vista que há um empate nessas duas respostas. Com relação a outros

tipos de dificuldades, os informantes apontam para a dificuldade em entender o

que o professor explica em sala de aula.

Analisando os dois gráficos, constata-se que ambas as escolas apontam a

fala como sendo a maior dificuldade no aprendizado da Língua Inglesa. A maioria

diz que, sabe escrever a palavra, mas não sabe pronunciar, revelando que as

escolas devem se empenhar mais nessa questão.

A décima e última pergunta, representada pelo gráfico abaixo, refere-se ao

modo de ensinar do professor, ou seja, se o modo de ensinar do professor ajuda o

aluno a superar suas dificuldades.

ESCOLA A

QUANTO AO MODO DO PROFESSOR ENSINAR PARA O ALUNO SUPERAR AS DIFICULDADES

100%

0%

0%

SIM

NAO

ÀS VEZES

35

ESCOLA B

QUANTO AO MODO DO PROFESSOR ENSINAR PARA O ALUNO SUPERAR SUAS DIFICULDADES

53%

7%

40%SIM

NAO

ÀS VEZES

Figura 11- Referente à décima pergunta do questionário aplicado nas escolas A e B.

A última questão do questionário aplicado nas escolas A e B refere-se ao

modo como o professor ensina e se ele ajuda os alunos para que possam superar

suas dificuldades de aprendizado.

Na escola A, os dados revelam que, na grande maioria das vezes, o modo

como o professor ensina pode sim, ajudar na superação de suas dificuldades.

100% dos informantes disseram que sim, que o modo de ensino do professor

ajuda e muito na superação de dificuldades. Portanto, não houve nenhuma

resposta negativa nesse sentido. Isso revela que a prática pedagógica do

professor influencia significativamente no processo de ensino e aprendizagem

nessa escola.

Na escola B, 53% dos informantes disseram que sim, que o modo como o

professor ensina auxilia na superação de dificuldades. 40% responderam que às

vezes auxilia e 7% disseram que não auxilia.

Em suma, o que se pode constatar nos dados apresentados acima é que,

embora hajam opiniões contrárias, a metodologia do professor é fundamental para

a superação das dificuldades dos alunos em ambas as escolas pesquisadas.

36

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os fatores que possibilitam a rejeição dos alunos de Ensino Médio nas

escolas públicas podem estar relacionados com a prática docente, ou seja, às

metodologias adotadas pelo professor podem não ser estimulantes o suficiente

para que os alunos sintam-se atraídos pela aprendizagem dessa língua. A falta de

estrutura física e pedagógica da escola pública, a formação e capacitação do

professor compromete a aprendizagem da Língua Estrangeira no Ensino Médio.

A deficiência de material pedagógico e de um planejamento que estimule a

participação ativa do aluno da escola pública no ensino de Língua Inglesa pode

levar ao fracasso da aprendizagem. A falta de parâmetros metodológicos contribui

para o insucesso do aluno no ensino e aprendizagem da Língua Inglesa. A

postura reflexiva do docente pode contribuir para a melhoria do ensino e

aprendizagem da Língua Inglesa na escola pública.

Comparando as informações levantadas durante a realização deste estudo

nas escolas pesquisadas, constatou-se que as realidades diferem-se de uma

instituição para outra, uma cidade para outra, portanto, faz-se necessário que

considere essas diferenciações. São escolas da mesma rede de ensino, contudo,

com alunos diferentes, modos de pensar a Língua Inglesa específicos de cada

realidade. Os professores possuem dificuldades no que tange à aplicabilidade de

metodologias que sejam estimulantes, muito em virtude da falta de apoio

pedagógico nas escolas. Contudo, foi possível constatar e é merecido destacar

que, ambas as instituições buscam oferecer um ensino de qualidade para seus

alunos vencendo barreiras impostas pela realidade das mesmas.

37

REFERÊNCIAS

LEFFA, V.J. Metodologia do Ensino de Línguas. In: BOHN H. I; VANDRESEN, P. Tópicos em Linguistica Aplicada: o ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis:VFSC, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Didática – Magistério 2º Grau. São Paulo: Cortez, 1994. MEDINA, C.A. Musica Popular e Comunicação: um ensaio sociológico. Petrópoles: Vozes, 2003. MARCONI, M.A; LAKATOS, E.M. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1985. MOITA, L.P. Lopes. “Eles não aprendem português quanto mais inglês: a ideologia da falta de aptidão para aprender línguas estrangeiras em alunos de escola pública”. In:____. Oficina de linguistica aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino e aprendizagem de línguas. Campinas-SP:Mercado das Letras, 1996. MORAN, José Manuel. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2003. Consultado POEDJOSOEDARMO, Glória. O ENSINO DA PRONÚNCIA: Por Quê, O Quê, Quando e Como. 2004 SOUZA, Ruth C. Mitos, mágicas e espelhos: As novas tecnologias da informação e da comunicação na educação. Anais do XIX Simpósio Brasileiro de Política e Administração e I Congresso Luso Brasileiro de Política e Administração, Santos, 2006. Consultado

TAVARES, Roseanne Rocha. Ensino e Aprendizagem da Língua Inglesa. Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco, coordenadora do grupo de pesquisa. Língua, Cultura e Ensino do Diretório de CNPq. Professora de Graduação e Pós-Graduação em Letras, 2009.

38

FACULDADES ALFREDO NASSER – UNIFAN INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LETRAS

ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO

Colégio: ___________________________________________________ Aluno: _________________________ Professor: __________________ Série: __________ Idade: _________ Sexo ( ) M ( ) F Os dados coletados são para pesquisa acadêmica e sua identidade será mantida no mais absoluto sigilo.

1 Você considera o ensino de Língua Inglesa importante para a sua formação?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

2 O seu professor demonstra interesse pela disciplina? Justifique

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

Justificativa:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

3 A forma como a Língua Inglesa é ensinada ajuda você a aprender?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

4 A escola oferece recursos para você aprender?

( ) Laboratório de Informática ( ) Biblioteca ( ) Data-Show

Outros: ___________________________________________________________

5 Em sua opinião, o ensino de Língua Inglesa pode melhorar?

( ) Sim ( ) Não

Como?____________________________________________________________

6 Você tem algum contato com a Língua Inglesa fora da escola?

39

( ) Sim ( ) Não

7 O seu professor demonstra interesse pelo seu aprendizado?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

8 Mencione coisas que você gosta e não gosta nas aulas de Língua Inglesa

Gosta:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Não gosta:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

9 Quais são as suas dificuldades em relação ao aprendizado de Língua Inglesa?

( ) Leitura ( ) Escrita ( ) Compreensão Oral ( ) Fala

Outros: ___________________________________________________________

10 Você acha que o modo de ensinar do professor ajuda você a superar suas

dificuldades?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

Obrigada!