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Situação histórico-educacional no Estado Novo na Era Vargas.
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ESTADO NOVOESTADO NOVO
CONTEXTUALIZAÇÃO – ERA VARGAS
• Fim da República Velha;
• Sec. XX: período de muitas revoltas operárias
• 1922 – Criação do partido comunista que apoiou o
movimento operário
• Vargas (1930 – 1934) – Governo Provisório
• Vargas (1934 – 1937) – Governo Constitucional
• Vargas (1937 – 1945) – Estado Novo
O Governo Provisório
• Nesse governo houve a criação de dois novos ministérios:
•Trabalho, indústria e comércio;
•Educação e saúde;
• Os sindicatos e os sistemas de comunicação foram controlados;
• Com a morte de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC) foi desencadeada a revolução constitucionalista de 1932. São Paulo foi derrotada pelas tropas federais, mesmo assim Vargas convocou a Assembleia Constituinte, e, em 1934 foi criada a nova constituição e Vargas foi consolidado na presidência.
O Governo Constitucional
• Foi marcado pelo surgimento de duas correntes políticas antagônicas
• A Ação Integralista Brasileira: liderada por Plínio Salgado, contava com a classe conservadorista da sociedade (ideais fascistas)
• A Aliança Nacional Libertadora: Liderada por Luiz Carlos Prestes (comunista)
– Na metade de 30 os comunistas começaram a fazer frente ao governo de Vargas e esse por sua vez fez uma dissolução na Aliança Nacional Libertadora, o que provocou em 1935 a intentona comunista ou a revolução vermelha.
– Vargas conseguiu conter a rebelião e muitos dos participantes foram presos e torturados, outros mortos. Carlos Prestes cumpriu pena de dezesseis anos de prisão.
Reformas Educacionais e Ideários pedagógicos no início dos anos 30
Reforma de Francisco Campos Durou 40 anos a política do café-com-leite;
Associação Brasileira da Educação Nascida em 1924 era responsável pela
organização, promoção e realização do congresso bastante concorrido;
Manifesto dos pioneiros da educação nova Segundo o manifesto dos pioneiros o maior
problema da educação do país está na insuficiência dos planos do governo;
Propostas Pedagógicas dos anos 30:
Quatro grupos de ideias para educação brasileira:– Liberal– Católico– Integralista– Comunista
Doutrina do liberalismo – Caráter econômico e político,
calada na ideia de liberdade individual. Defesa da
liberdade de comprar e vender bens, sustentáculos
das modernas economias de mercado.
Propostas Pedagógicas dos anos 30:
1 O Ideário liberal e seus teóricos: Francisco Campos – problema da educação;
1.1 Cardeais do movimento renovador: Anísio Teixeira Fernando de Azevedo (1926) Lourenço Filho
2 Ideário Católico IGREJA E ESTADO
2.1 O Cardeal Dom Leme2.2 Alceu Moroso Lima
Três momentos da formação integral católica:• Nascimento à morte (Educação) = Difundir hábitos;• Puberdade à morte (Instrução) = Ministrar conhecimentos;• Maturidade à morte (cultura) = Elevar a personalidade individual e
social.
Propostas Pedagógicas dos anos 30:
3 Ideário Integralista Ação Integralista Brasileira (AIB) – Plínio Salgado
3.1 Sindicato Integralista FUNÇÕES EDUCAÇÃO
3.2 Pedagogia Integralista Dom Hélder Câmara – Estado: garantia das
classes sociais 3.3 Características
Família Sindicato Educação Feminina Testes vocacionais
Propostas Pedagógicas dos anos 30:
4 Ideário ComunistaJosé Neves:
• Escolanovismo• Pedagogia Marxista• Formação Cultural• Formação técnica• Classe operária
5 A educação na constituinte de 1933-34 1932- Elaboração de um anteprojeto de constituição Associação Brasileira de Educação
O Estado Novo
No dia 10 de novembro de 1937 o presidente Getúlio Vargas anunciava o Estado Novo em cadeia de rádio. Iniciava-se um período de ditadura na História do Brasil.
Alegando a existência de um plano comunista para tomada do poder (Plano Cohen)
Getúlio fechou o Congresso nacional e impôs ao pais uma nova constituição, que ficaria conhecida depois como “Polaca” por ter se inspirado na Constituição da Polônia, de tendência fascista.
O principal acontecimento na política externa foi o desenvolvimento da 2ª guerra mundial (1939-1945), responsável pela grande contradição do governo Vargas, que dependia economicamente dos EUA e possuía uma política semelhante à alemã. A derrota do Nazi-fascismo contribuiu decisivamente para o fim do Estado Novo.
Em 1939, durante o Estado Novo, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), inicialmente sob a direção do jornalista Lourival Fontes.
Contexto
As funções do Departamento, conforme própria cartilha interna explica, eram de “centralizar, coordenar, orientar, e superintender a propaganda nacional, interna ou externa (...) fazer censura ao Teatro, do Cinema, de funções recreativas e esportivas (…) da radiodifusão, da literatura (…) e da imprensa (…) promover, organizar, patrocinar ou auxiliar manifestações cívicas ou exposições demonstrativas das atividades do Governo”.
Contexto
A organização do ensino legada pelo “Estado Novo”
Constituição de 1937 Getúlio Vargas - Golpe militar –
Instaura-se o regime denominado Estado Novo;
No campo da política educacional – Leis Orgânicas o Ensino definidas pelo Ministro da Educação Gustavo Capanema;
Constituições anteriores a de 1937: 1824 – outorgada pelo Imperador 1891- constituição republicana 1934 – Constituição produzida pela
Assembleia Nacional Constituinte A Carta de 1937 inverteu as
tendências democráticas da Carta de 1934
CONSTITUIÇÃO DE 1934 CONSTITUIÇÃO DE 1937
“Artigo 149- A educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e estrangeiros domiciliados no país (...)”
“ Artigo 125- A educação integral da prole é o primeiro dever e o direito natural dos pais. O Estado não será estranho a esse dever, colaborando, de maneira principal ou subsidiária, para facilitar a sua execução de suprir as deficiências e lacunas da educação particular”.
“ Artigo 150- parágrafo único- a) ensino primário integral gratuito e de frequência obrigatória extensiva aos adultos; b)tendência a gratuidade do ensino educativo ulterior ao primário, a fim de o tornar mais acessível (...)
“Artigo 130- O ensino primário é obrigatório e gratuito. A gratuidade, porém, não exclui o dever de solidariedade dos menos para com os mais necessitados; assim, por ocasião da matrícula, será exigida aos que não alegarem, ou notoriamente não puderem alegar, escassez de recursos, uma contribuição módica e mensal para a caixa escolar”.
Consequências práticas:
O Estado Novo não estava disposto a direcionar os recursos dos impostos para democratizar a educação para a população: este papel caberia aos mais ricos prover a educação dos mais pobres numa espécie de ação caritativa;
A carta 1937 isenta o Estado da responsabilidade de prover a população o ensino público e gratuito instalou-se um dualismo educacional:
- Os ricos proveriam seus estudos através do sistema público ou privado;
- Os pobres teriam como destino as escolas profissionais; O Estado assume como dever do estado a sustentação do ensino pré-
vocacional e profissional; cristaliza a divisão entre pobres e ricos e extingue a igualdade formal entre cidadãos, o que seria a lógica do Estado liberal-democrático.
A carta de 1934 determinou porcentagens dos impostos municipais e da união destinada a educação e exigiu o concurso público para o magistério enquanto que a carta de 1934 não determinou sobre o orçamento educacional, tampouco a questão referente a formação dos quadros.
Leis Orgânicas do Ensino
Necessidade dos pobres (base da política Vargas – estilo populista)
Vargas pai dos pobres e mãe dos ricos; As leis orgânicas do ensino:
Moldaram muito mais o ensino posterior ao Estado Novo que propriamente o período da ditadura;
Também conhecida como “Reforma Capanema”; Ordenaram o ensino primário, secundário,
industrial, comercial, normal e agrícola; Reforma elitista e conservadora que marcou muito
a história da educação em nosso país O Estado Novo e a criação de entidades: INEP, IPHAN,
SENAI, SENAC – deram importância fundamental a educação formal no país;
Leis Orgânicas do Ensino
O Estado Novo como fortalecedor do regime econômico:
– Preservar as fontes que já possuía– Criar novas frentes de lucro a fim de substituir
as importações;
Consolidação das Leis do Trabalho Ensino profissionalizante para os menos favorecidos
por necessidade dos avanços industriais; As leis orgânicas e o dualismo educacional:
ELITE CONDUTORA x DEMOCRACIA LIBERAL
Leis Orgânicas do Ensino
A ditadura impôs ao sistema público de educação uma divisão daqueles que podiam estudar mais e aqueles que estudavam pouco e logo ingressavam no campo de trabalho.
TRABALHISMO e ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Leis Orgânicas do Ensino
Uma democracia posterior continuada.
Constituição do sistema Educacional:
* Engessamento Vertical dos grupos sociais
PARA AS ELITES: Do primário ao ginásio;Do ginásio ao colégioDo colégio a algum curso superior.
PARA OS POBRES:(caso tivesse) Do primário ao profissionalizante As vezes superior da mesma área do curso profissionalizante*.
Leis Orgânicas do Ensino
Ensino PrimárioEnsino Secundário
A legislação foi clara:
“A ESCOLA DEVERIA CONTRIBUIR PARA A DIVISÃO DE CLASSES, E DESDE CEDO,
SEPARAR PELAS DIFERENÇAS DE CHANCES DE AQUISIÇÃO CULTURAL,
DIRIGENTES E DIIGIDOS”.