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o frio em meu corpo como uma onda penetra fundo n'alma deporta o medo abre as portas da casa de par em par pra contar uma estória fria recita a sitra abençoa a loa abre a cabeça mas infelizmente não esquenta meu friento eu fazê o quê ser só ficar frio soa melhor do que funfar no calor do mal

O frio

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poema contemporâneo brasileiro, por Rodrigo Balan Uriartt, abril de 2015 em Bet Yehoshua, Israel.

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o frio

em meu corpo

como uma onda

penetra fundo n'alma

deporta o medo

abre as portas

da casa

de par em par

pra contar uma estória

fria

recita a sitra

abençoa a loa

abre a cabeça

mas

infelizmente

não esquenta

meu friento

eu

fazê o quê

ser só

ficar frio

soa melhor

do que funfar

no calor do

mal

acompanhado

de mim

não me importo

com essa desimportante

opinião alheia

: ópio povo

a mim

fico frio

e findo

o peido

humano

assim

:

perdeu playboy

rodrigo uriartt ~ abr. 15 ~ Israel