O Goleiro de Handebol

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  • 5/11/2018 O Goleiro de Handebol

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    DVDs de Comportamento Videos de comportamento no trabalho. Melhore sua atitude. www.LinkClual i ty.com.brCurso Futebol Curso pela Internet com Certificado Experimente Antes de Pagar. www.Buzzero.comDesenvolvimento Pessoas Gestao Oesempenho e Competencias, T&O In e Outdoor, Coaching www.wisdom.com.br/

    Pm~nqO;>$ C008ieo goleiro de handebol* Lic en ci an do e m E du ca ~ ii o F is ic a.* *L ic en cia nd o e m E du ca ~ iio F is ic a.***FC/DEF.UNESP/Bauru .(Brasil)

    Carlos Rogerio Thiengo*th [email protected] Vitorio**

    r icvitor [email protected]. Dra. Lilian Aparecida Ferreira***l i l [email protected]

    Resumoo g ole iro d e h an de bo l te rn co mo fu n~ iio p rin cip al a d efe sa d a m eta , se nd o in cu mb id o ta mb em d e o rie nta r se us c om pa nh eiro s e p artic ip ar d as a ~o es o fe ns iv asd e s eu tim e. O s p ro fe ss ore s e /o u tre in ad ore s d a m od alid ad e re m a re sp on sa bilid ad e d e e stim ula r o s jo ve ns a o cu pa r e sta p osi~ ao , se nd o p ara is to n ec es sa rlo q uees tes de tenham 0 c on he cim en to d as s ua s p rin cip ais c ar ac te ris ti ca s. P o r in te rm e dio d e u ma p es qu is a b ib lio gr af ic a, o bj etiv ou -s e n es se e st ud o d eli mit ar 0 p ap el d og ol eir o d e h an de bo l, a bo rd an do s ua s p ri nc ip ai s c ar ac te ris ti ca s fis ic as , m o to ra s, te cn ic as , ta tic as e p si co lo gic as . D en tr e o s a trib uto s fis ic os r ele va nte s p ar a a p os i~ a os ao d es ta ca do s a s c ara ct eri st ic as a nt ro po metr lc as ( es ta tu ra e e nv er ga du ra ) e a s c ap ac id ad es mot ora s (v elo cid ad e, c oo rd en ac ac e d es tr ez a, ft ex ib ilid ad e, fo rc e,p or en cia e re sis re nc ia .) . N o a mb ito r ec nic o- ta tic o o s e le m en to s p re po nd era nt es s ao : d es lo ca me nt os , p os ic io na men to , p os tu ra e a s d e fe sa s ( em b ola s a lt as , m ed ia s ebaixas). E por fim , destaca-se a coragem , a calm a, a concentracso, a decisao e 0 e stilo c om o ca ra cte ris tic as p sic olo gic as fu nd am en ta is p ara o s g ole iro s d eh an de bo l. E m bo ra 0 tre in am en to e sp ecific o p ara g ole iro se ja d e g ra nd e im po rta ncia , o s jo ve ns q ue a lm eja m a tu ar n es sa p os i~ ao d ev em re ce be r u ma fo rm a~ aov aria da e a mp la a nte s d a e sp ec ia liza ~a o. N os p ro ce sse s d e a pre nd iz ag em in ic ia l, p or vo lta d os 1 3-1 4 a n os d e id ad e, a lg un s cu id ad os m ere ce m d esta qu e c om o: n aofa ze r d a p os i~ ao u rn lu ga r p ara ca stig os e n em u tiliza -Ia c om o re cu rso p ara a bs orv er a lu no s p ou co h ab ilid os os .U nite rm os : G ole iro d e h an de bo l. A pre nd iz ag em d o h an de bo l. E ns in o d o h an de bo l.

    http:/ /www.efdeportes.com/Revlsta D igital - Buenos Aires -Allo 11 - N 100 - Septlembre de 2006

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    IntroducaoVarias sao as modalidades esportivas onde encontramos a posic;aode goleiro (futebol, futsal, beach soccer,

    handebol, polo-aquatico, entre outras), em todas elas, atribui-se a ele grande responsabilidade no desempenho desua equipe. Fernandes (1994, p.87), referindo-se ao futebol de campo, afirma: "toda grande equipe corneca com umgrande goleiro". Barela (1998, p.85) ilustra essa responsabilidade narrando um fato ocorrido no aeroporto de Roma,onde ao embarcar para uma viagem, 0 PapaJoao Paulo II encontrou com uma equipe de futebol e declarou a umreporter: "no ceu tarnbem tem futebol, meu filho, e os santos rnartires jogam no gol".

    No handebol nao e diferente, Barela (1998), considera que 50% do rendimento de uma equipe e fruto do trabalhodo seu goleiro. Mas infelizmente poucos estudos de carater cientlfico ao redor da posic;aotem sido desenvolvidos,dificultando a organizac;aodo treinamento e a preparacao dos goleiros.

    A falta de conhecimento e incentivo sobre a posic;aoacaba influenciando negativamente os iniciantes em optar pelafunr;ao. Sendo este fato descrito por Bayer (1987), que traz resultados de uma pesquisa feita em territOrio frances,onde os jovens se sentem pouco motivados a atuarem no goI, considerando este um posicionamento puramentedefensivo que restringe a rnarcecao de goIs (primeiro objetivo do jogo), fazendo com que a maioria dos goleirossejam descobertas por acaso, geralmente quando ha falta de um responsavel para jogar como goleiro.

    Sabendo da importancia deste para equipe, e necessarlo que os professores ou treinadores da modalidadeconhec;amas principais caracterlsticas e ar;6esdo goleiro de handebol, para que seja posslvel estimular os jovens aocupar esta posir;ao,que e de grande relevanda para 0 sucessoda equipe.Neste sentido, a presente pesquisa, pautada por uma pesquisa blblloqraflca, visa delimitar 0 papel do goleiro dehandebol dentro da equipe; abordando suas principais caracterlsticas ffsicas, motoras, tecnlcas, tancas e psicologicas.

    1. 0 papel do goleiro de handebol dentro da equipeo goleiro de handebol representa primeiramente a ultima barreira defensiva, tendo suas defesas importancia

    fundamental no sucesso de sua equipe. De acordo com Barela (1998), nos ultimos campeonatos mundiais, osarremates tiveram a seguinte estatlstica: 37% foram convertidos, 32% foram para fora e 31% foram defendidos pelogoleiro. Mesmo de forma superficial, esses nurneros demonstram a grande participac;aodos goleiros dentro daspartidas. Essasinformac;6es nao trazem ainda outras ac;6espraticadas pelos goleiros, que podemos destacar como:postura, colocacao e safdas de gol; que certamente influenciam no desenvolvimento do jogo e no seu resultado.

    Alem do carater defensivo, podemos atribuir ao goleiro outras func;6es relevantes, entre elas uma granderesponsabilidade na orlentacao tanca de sua equipe, pols 0 seu posicionamento em quadra Ihe oferece visao

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    priv ileg iada podendo de form a seg ura orientar seus com panheiros tanto nas atitudes defensivas com o tarn bern nasp ra nc es o fe ns iva s, s en do e le m uita s v ez es u tiliz ad o c om o c ap ita o d a e qu ip e p or a pre se nta r g ra nd e lid era nc ;a . A in dapodem os creditar ao gole iro grande im portancia nas ac;6es ofensivas, considerado por m uitos tre inadores com o 0p rim eiro a ta ca nte , is to q ua nd o e le in ic ia o s co ntra -a ta qu es , d an do ritm o in ic ia l a o jo go . P o de nd o s er ta rn be rn 0 ult imoa ta ca nte , q ua nd o s ua e qu ip e e sta in fe rio riz ad a n um eric am en te o u m arc ad a s ob p re ssa o, a ss im a tu an do fo ra d a a re a,e u rn e fic ie nte a po ia do r d o s eu a ta q ue (B ARE LA , 1 99 8) .2 . c ar ac te ris ti ca s dos go le ir os de handebo l

    P a ra q ue 0 a tle ta o cu pa nte d a p os ic ;a o d e g ole iro v en ha o bte r s uc es so n a re aliz ac ;a o d e s ua s fu nc ;6 es , e necessarloq u e e ste te nh a a lg um as c ar ac te rfs tic as ffs ic as , re cn ic as , ta nc as e p slc olo q lc as q u e s e e nq u ad rem n as e sp ec ific id ad es ee xig en cia s d as p artid as , s en do q u e e sta s p od em fa cilita r a o tim iza c; ao d o d es em pe nh o, n ao p od en do s er v ista s co molim itantes na escolha de jovens para a func;ao. A ausenda de algum as dessas aptid6es pode ser com pensada pelod es en vo lv im en to d e o utr as c ap ac id ad es . E xemp lific an do , p od em os ilu str ar u rn d es en vo lv im e nto d o p os ic io name nto emd etrim en to d a v elo cid ad e d e d es lo cam en to , s en do q u e 0 d es en vo lv im e nto d o p rim e ir o re su lta em um a m aio r fa cilid ad ena execucao das defesas. M as, q uanto m aior for 0 nurnero de atributos presente no gole iro , m aior sera a sua chancen a o bte nc ao d o s uc es so p era nte a s d ificu ld ad es im po sta s a e le n o d es en ro la r d a s ua v id a e sp ortiva .caracteris ticas r lSicas

    C om fin alid ad e d ld atlc a, a pre se nta re mo s a s c ara cte rfs tic as ffs ic as d os g ole iro s d e h an de bo l d ivid id as e m: p erfila nt ro pometr lc c e c ap ac id ad es mo to ra s.2.1. Per fi l antropometr ico

    De a co rd o B ay er (1 98 7), a F ed era c; ao R om an a d e H an de bo l, c on sid era d ife re nte s fa to re s n a s ele c;a o d e g ole iro s,s en do q ue , a os a sp ec to s m orfo lo qlc os s ao a trib ufd os 4 0% d es te p ro ce ss o, re sta nd o 6 0% q ue s ao d iv id id os ig ua lm en tee ntre a s q u alid ad es pslcoloqtcas e m otoras. Sabendo da relevanda d es te a sp ec to , 0 a uto r a cim a, co lo ca a e sta tu racomo sendo responsavel por 50% , a re lac;ao altura/peso contribu indo com 25% e a envergadura com os 25%res ta n tes.Ehret e cols. (2002) trazem como 1,90 m a estatura ideal para 0 gole iro de handebol m asculino de altodesem penho, assim com o B ayer (1987), q ue tarnbem inform a a estatura das gole iras, devendo esta e star em torno de1 ,7 5 m . A pe sa r d es se s d ad os s er em id ea liz ad os p ela lite ra tu ra , e g ra nd e a p os si bil id ad e d e e nc on tr armos g ole ir os (a s)q ue apresentam altura menor q ue a citada, mas com enorme potencia l tecnlco, E ss es d ad os r efe re nc ia m a tle ta seuropeus, sendo q ue no B rasil, em estudo realizado por M ecchia (1983), enco ntram os valores rnedlos de 1,78 m parahom e ns e 1,67 m para m ulheres q ue disputaram os cam peonatos b rasile iros, fem in ino e m asculino, rea lizados pelaC on te de ra ce o B ra sile ira d e H an de bo l e d o C am pe on ato P a ulis ta d e H an de bo l m as cu lin o d e 1 98 2 n as c ate go ria s a du ltoe junio r.

    O u t ra c ar ac te rf sti ca fu nd amenta l e a envergadura, esta som ada com a estatura, e re sp on sa ve l p or co brir a m aio rparte da meta, assim Bayer (1987) traz a envergadura de 2,00 m para hom ens e 1,82 m para mulheres como asideais.H a ta mb em im po rta nc ia d o c on tro le d o p es o p ara e sse s a tle ta s, p ols e ste in flu en cia d ire ta me nte n a v elo cid ad e d osd es lo ca me nto s, a ss im p ara a s e sta tu ra s id ea liza da s n o p ara qra fo a nte rio r, te mo s c om o p es o id ea l p ara h om en s 9 0 kge para m ulheres 70 kg . C om e ss es v alo re s m ed lo s te rfa mo s u ma re la c;a o a ltu ra /p es o d e 1 ,0 5 p ara o s g ole iro s d o s ex omasculino e fem in ino. Mas nao devemos esq uecer a im portancia do estudo da composlcao corpora l, po ls ap or ce nta gem d e g ord ur a c or po ra l e t ar nb e rn u rn in dic at iv o d a c on d ic ;a o f fs ic a d o in di vfd uo .

    Tabela 1. M ed id as a ntro po me tr lc as d e g ole ir os d e h an de bo l (e xtr afd os d e B AY ER 1 98 7, p . 3 48 ).

    Homens MulheresAltura 1,90 m . 1,75 m .Peso 85 kg 70 kgAltura x IOO/Peso 1,05 1,05Envergadura 2,00 m . 1,82 m.

    2 .2 . capac idades motorasA s q ua lid ad es ffs ic as rn ais im po rta nte s p ara 0 g ole iro d e h an de bo l, c la ss ific ad as p or o rd em d e im po rta nc ia s ao :

    v elo cid ad e, c oo rd en ac ao e d es tre za , fle xib ilid ad e, fo rc ;a , potence e re sis te nc ia . 0 d es en vo lv im e nto d es sa s v ale nd asp od e o fe re ce r s us te nta ca o p ar a 0 a pr en diz ad o e 0a prim ora me nto d os e le me nto s te cn ic os e ta tlc os c ara cte rfs tico d ogoleiro.

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    1. Ve loc idade motoraA velocidade motora e definida por Zaciorsky (apud BARBANTI, 2001), como uma qualidade ffsica no

    movimento humano, a capacidade de executar, num espar;o de tempo minimo, ar;oes motoras sob exigenciasdadas. Barbanti (2001), diferencia a manlfestacao velocidade motora nos jogos coletivos em: velocidade dereacao, velocidade de locornocao (deslocamento), velocidade de movimentos acfcl icos (agi lidade) e velocidadede forr;a.

    I VELOCIDADE MOTORA NOS JOGOS COLETIVOS II

    I I I IVELOCIDADE VELOCIDADE DE VELOCIDADE DE VELOCIDADE

    DE MOVIMENTOS LOCOMO~AO DEREA~AO AcicLICOS (MAXIMA) FOR~A

    t t t tVoleibol Futebol Futebol Basq uetebolBasq uetebol Basq uetebol Handebol FutebolHandebol Handebol Basquetebol HandebolFutebol Voleibol Rugby Rugby

    Rugby VoleibolFigura 1. Manifesta~aoda velocidade motora nosjogos coletivos (extraido de BARSANTI, 2001,p. 69).

    Barela (1998) atribui 0 aprimoramento da velocidade sob todos os pontos de vista e, predominantemente avelocidade de rear;ao e a de deslocamento em pequenas distancias como fundamental para 0 sucesso dogoleiro de handebol. Sabendo da importancia deste requisito motor, faz-se necessarlo um estudo maisaprofundado de cada forma de rnanlfestacao da velocidade motora presentes nas ar;oes dos goleiros dehandebol.

    A velocidade motora de rear;ao e definida por Wei neck (1999) como a capacidade de rear;ao a um estimulonum menor espaco de tempo. Importa neste espar;o de tempo a captacao do estimulo pelos orgaos sensoria is,a condir;ao para os locais de percepcao central, os fenomenos de percepcso central e os impulsos ate 0estimulo no muscelo, onde ha a representaceo do movimento. 0 tempo de rear;ao e positivamente inf luenciadopela concentracao, atenr;ao, aquecimento, e por uma tensao pre-muscular. Mas tarnbern e afetado de formanegativa por fatores como frio, barulho e uma concentracao deficiente. (BARBANTI, 2001).

    Temos dols tipos de velocidade de reacao: a velocidade de rear;ao simples, a velocidade de rear;ao complexae dentro desta ultima encontramos a velocidade de rear;ao por escolha.

    A velocidade de rear;ao motora simples consiste na resposta por um movimento anteriormente conhecido,por um sinal, sendo que a maneira mais conhecida para desenvolve-la e atraves de uma rear;ao repetida 0mais rapido possivel a um sinal repentino ou a uma mudanr;a no meio ambiente. Os exercfcios mais comunsutilizados para desenvolver esta capacidade sao as safdas de todas as formas, com mudanr;a sinalizada dadirer;ao do movimento, jogos de rear;ao e jogos com bola (BARBANTI, 2001).

    Ja, a velocidade de rear;ao motora complexa e a que mais aparece nos jogos desportivos coletivos ecaracter iza-se pela entedpacao da trajetorla de wo da bola, ou da ar;ao dos adversarlos, Esta pode seravaliada quando observamos as ar;oes de um goleiro, por exemplo, durante um ataque ele precisa ver a bola,calcular a sua direr;ao e sua velocidade de wo, escolher a ar;ao, e poder realizar 0 plano. Quando ele consegueprever a trajetOria de W O da bola fica maior 0 tempo de rear;ao facilitando a sua intervenr;ao. Os jogos combolas pequenas, jogos de rear;ao com diminuir;ao do tempo de aparecimento do estimulo ou aparecimentorepentino do objeto sao exercfcios que ajudam a desenvolver a velocidade de rear;ao motora complexa. Outrotipo de velocidade de rear;ao motora complexa e a rear;ao por escolha, que esta ligada a escolha de umarear;ao de movimento necessaria a possfvels ar;oes que resultam do comportamento do adversarlo, dosparceiros ou da situar;ao. A dificuldade deste tipo de rear;ao reside no fato das numerosas mudanr;as desituar;ao no jogo e no comportamento dos adversaries. Para alguns autores, dentre eles Zaciorsky (apudBARBANTI, 2001), os atletas de alto rendimento reagem quase que instantaneamente, de forma parecida coma rear;ao simples, isto so e possivel, porque esses atletas reagem mais nas ar;oes preparatOrias que precedemos movimentos e nem tanto aos movimentos do adversarlo (BARBANTI, 2001).

    Como no handebol a velocidade da bola nos arremessos e muito alta, e necessarlo que 0goleiro tenha umagrande capacidade de rear;ao (principalmente a velocidade motora de rear;ao complexa por escolha) paraimpedir que esta atinja a sua meta. Em funr;ao disto e necessarlo a automatizacao dos movimentos(principalmente os defensivos), atraves de exercfcios especfficos e da antecipar;ao das ar;oes do adversarlo,reduzindo assim 0 tempo de sua rear;ao.

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    Para Bayer (1987), a velocidade de real;ao e um fator essencialmente heredltarlo e pouco pode sermelhorado, apesar disto, quando 0 jogador aprende a perceber certos elementos significativos do jogo elepode antecipar-se.

    Tabela 2. V elocid ad e da b ola em la n~ am entD s a o go l (ex tra fd o d e B AY ER 1 98 7, p . 34 8).Distancia do lencemanto Velocidade de Bola Dura-;:ao do vfio

    (Km/h) miles imos/seg.100 400

    10 metros 72 50060 60050 750100 360

    09 metros 70 45060 54050 680100 280

    07 metros 70 35060 420

    Outra forma de menltestacao da velocidade, que e utilizada nas al;oes dos goleiros de handebolprincipalmente nos deslocamentos laterais e saidas da area, e a velocidade de locomocao (deslocamento); estatarnbern e conhecida como velocidade maxima ou velocidade de sprint. Grosser (apud BARBANTI, 2001), apontaque 0 aproveitamento da valencia acima depende do desenvolvimento da rapidez, do nivel de forca dlnamlca,do dominic da tecnica do movimento, da elasticidade muscular, da frequenda do movimento e da coordenaceo,mas esta forma de velocidade e independente das demais. Assim para a potenclallzacao da velocidade delocomocao, faz-se necessarlo um treinamento sistematico voltado para a formal;ao da alternancla rltmlca dacontracao e relaxamento muscular. 0 treinamento deve promover uma contracao muscular raplda e forte e,tarnbem, um melhor relaxamento da musculatura. Considere-se que, aqui, a fase de relaxamento nao e taoimportante apenas para 0 metabolismo, mas para a recuperacao dos processos nervosos. Como forma detreinamento da velocidade maxima, devem ser aplicados exerdcios executados na maior rapidez possivel, maspara isso eles devem estar bem dominados, para que durante a execul;ao 0 maior esforc;o esteja concentradona velocidade de execucao e nao na tecnlca dos movimentos (ZACIORSKY apud BARBANTI, 2001). A dural;aodos exerdcios nao devera ser longa e as pausas entre os estimulos devem ser completas, pois neste tipo detreinamento e necessaria a recuperaceo total do fosfato de alta energia (ATP-CP), principal fonte enerqeticados exerdcios em contracao maxima. No treinamento sugere-se realizar exerdcios de coordenacao e inerval;ao(skippings, dribbling, cornblnacoes saito-sprint etc.), corridas lanc;adas, corridas com velocidade variada,corridas em descidas etc.

    A velocidade de movimentos adclicos ou agilidade apresenta-se de maneira relevante no deslocamento dosgoleiros de handebol, esta e definida por Barbanti (2001) como a realizac;ao de movimentos rapldos commudanc;a de direl;ao e depende do mecanisme blornecanlco da musculatura, do corte transversal dos rnusculos,da elasticidade muscular, da flexibilidade articular, da coordenacao e do perfeito domlnlo da recnica domovimento.

    De acordo com Weineck (1999), 0 momenta ideal para 0 desenvolvimento da agil idade, ocorre na infanciaescolar tardia (a partir dos dez anos are a entrada na puberdade), cors ta tacao tarnbern realizada por Thiengoe Silva (2004), pois nesta etapa da vida ocorre a rnaturacao dos analisadores corpora is e 0 sistema dealavancas corpora is apresenta boa proporcionalidade, caracterizando a idade como a fase da "agilidade felina".Assim, aconselha-se que 0 treinamento nesta faixa etarla seja desenvolvido objetivando esta valencia, naosendo diferente com os jovens goleiros de handebol.

    Alem das manifestac;oes da velocidade acima citadas, temos a velocidade de forc;a (esta sera abordada maisadiante no toplco potencia) e a velocidade especffica do jogo. Esta ultima e caracter izada pela capacidade deexecutar os movimentos ou deslocamentos espedficos do jogo no menor tempo possivel. No treinamento, paradesenvolver a velocidade espedfica do jogo e necessarlo levar em conslderacso os seguintes aspectos:

    a. os exerdcios devem ser executados apos um aquecimento, com preparacao de todo 0 corpo para asal;oes motoras;

    b. 0 tempo de dural;ao dos exerdcios deve ser suficiente para que os mesmos sejam executados sem adiminuil;ao da velocidade maxima;

    c. 0 nurnero de repeucdes deve ser significativo para que nao seja permitida uma diminuic;ao da velocidadede execul;ao;

    d. a durac;ao dos perfodos de descanso entre as repencees deve ser 0 necessarlo para que a proxima senede exerdcios comece com a mesma velocidade;

    e. os exerdcios de velocidade devem ser executados na primeira parte da sessao de treinamento. Sereal izados quando ha fadiga, desenvolve-se a resistencia de velocidade, nao a velocidade.

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    Alern desses elem entos, sao ind icados jogos de reacao de todas as form as, sa idas de todas as form as,eceleracoes, jogos com bolas em cam pos com dlrnensoes m enores ou q uadra m enores, corridas curtas coms afd as v aria da s, c or rid as c om mud an c; a d e d ire c; ao e tc . (B AR BANT I, 2 00 1) .

    2. Coordena~ao e destrezaB are la ( 19 98 ) a firm a q u e a c oo rd en ac ao e u rn re q uis ito ln dls pe ns av el a u rn g ole iro , 0 b orn o rd en am en to d os

    s egm en to s, a tran sto rm aca o d e po sic ;o es a ntltec nlc as e m p os lc oes tec nlc as e 0 perfe ito dom fnio da bola saod ep en de nte s d a c oo rd en ec eo e d a d es tre za .S eg un do W eine ck (1 99 9), as ca pac id ad es co ord ena tiv as sa o de te rm ina das s ob re tu do p elo p ro ce sso d osm ovim en to s e de vem s er re gulam en ta do s. E stas c ap acida des p erm item a o a tle ta m an ife sta r a c; oe s m o to ra s ems itua c;o es p rev is fv eis (e ste re ottp os ) e im prev is fv eis (ad aptac ao), a le m d e d es env olve r 0 a pren diz ad o e 0dom fnio de movimentos nos esportes, diferenciando-se em capacidades potencia is e adq uiridas. Asc apa cid ad es p ote nc ia is re ferem -se a re quisito s b as le os g era is p ara 0 d es em pe nh o em d iv ers os m ov im en to s,enq uanto q ue as capacidades adq uiridas referem -se aos movimentos ja aprendidos e parcia lmenteautomatizados.A inda seguindo W eineck (1999), dentro das capacidades potencia is tem os as capacidades gerais e ascapacidades especfficas. A s gerais estao re lacionadas com as m anifestac;oes em diversos setores da vidacotid iana e esportiva, de m odo q ue q ualq uer m ovim ento possa ser executado de m odo efic iente e cria tivo. Ja,a s ca pa cid ad es p ote nc ia is e sp ecffic as d a c oorde na ce o fo rm am -s e n o co nte xto d e um a m oda lida de e spo rtiv aespecffica e representam a possibilidade de variac;ao em uma determ inada tecnlca esportiva, e la ecaracterizada por m ovim entos especfficos para as m odalidades esportivas. D essa form a as capacidadesc oo rd en ativ as s ao re q uis ito s p ara 0 co ntro le d e situ ac ;o es q ue req ue re m rea coe s rap ld as, A ha bilid ade e deg ra nde im po rtan cia na p ro filax ia d e le so es (p erm ite e vita r to mb os , c olls de s e etc.), s end o ta rn be m a ba se p araa capacidade de aprendizado sensorial e m otor, facilitando 0 aprendizado m otor de m ovim entos diffce is ecomplexos, caracterfsticos dos goleiros. Alem disso, as capacidades coordenativas perm item q ue urnm ovim ento seja executado com econom ia e preclsao, perm itindo num segundo m om ento 0 a pre nd iz ad o d enovas tecnlcas e sp ortiv as e c or re ca o d e m ov im en to s ja a utoma tiz ad os .O s com ponentes das capacidades coordenativas sao: capacidade de adaptac;ao m otora, capacidade dediferenciac;ao e contro le , capacidade de reacao, capacidade de eq ulllb rlo , capacidade de ritm o, assim com ocapacidade de com blnacao e concatenacao de m ovim entos. D e m odo geral pode-se dizer q ue ta l capacidadeapresenta seu desenvolvim ento m axim o por volta dos sete anos are 0 in fc io da p ube rd ade , p ois ne sta ida deo bse rv a-s e urn rap tdo a mad ure cim en to d o s istem a n erv os o c entra l, e , p ara le la men te u ma m elh or fun c;a o ouca,acustlca e do processam ento de intorm acdes, de m odo a facilitar a execuc;ao de m ovim entos rna is d iffce is.A ss im to rn a- se n ec es sa rio 0 tr ein am en to o po rtu no d as c ap ac id ad es c oo rd en ativ as , p ois e ste s era d ec is iv o p ar ao n fv el d e d es en vo lv im en to a tin gid o p os te rio rm en te d en tr o d a m od alid ad e e sc olh id a.

    C on clu i- se q u e, p ar a 0 s uc es so e sp ortiv o em mod alid ad es q u e re q ue rem m ov im en to s d iffc eis e c om ple xo s, 0d es en vo lv im en to d as c ap ac id ad es c oo rd en ativ as n o p er fo do o tlr no d a a pre nd iz ag em e 0 prim eiro passe para aa quisic;a o d e urn re pe rtO r io m oto r am plo q ue p os te riorm en te se ra es pec ifica do d en tro d a fun c; ao a trib ufda aog ole iro . Em o utra s p ala vr as , 0 im po rta nte n o in fc io d a v id a e sp ortiv a e ex plo ra r e d ese nvo lv er d e fo rm a ide al a sc ap ac id ad es c oo rd en ativ as , p ara q u e p os te rio rm en te s e c on stru a o s g es to s e sp or tiv os e sp ec ffic os d a p os ic ;a o.3. Flexibilidade

    A f lex ib i li dade e defin ida por W eineck (1999) com o: " e a capacidade e a caracterfstica de urn atleta deexecutar m ovim entos de grande am plitude, ou sob forc;as externas, ou ainda q ue req ueiram a m ovim entacaod e m uita s a rtic ula c; oe s" (p. 4 70). 0 autor ainda destaca q ue esta capacidade e u rn r eq u is ito ( compo ne nt e)e lem entar para um a boa execucao de m ovim entos sob os aspectos q ualita tivos e q uantita tivos, po ls com 0a um en to d a fle xibilid ad e, o s e xe rcfc io s po dem se r re aliza dos co m m aio r a mplitu de de m ovim en to s, m aior fo rc ;a ,m aio r ra pide z, c om m ais fa cilid ad e, a le m d os m ov im en to s se re m ex ecu ta dos de form a rna is flue nte e e ficie nte .

    N o tre inam ento da flexibilidade com gole iros de handebol deve-se buscar a m axim izac;ao desta valenciaffs ica, tanto na forma estatica q uanto d ina m ica, po is as defesas como a chamada de "X" e as defesasrea liz ada s em bo la s b aixa s, n ece ssita m d e u ma b oa a mp litu de d e m ov im en to . A au sen cla do de sen volvim en todesta capacidade ffs ica pode contribuir para a ocorrencia de estiram ento excessivo da m usculatura e outrasle sd es n o a pa re lh o l oc omo to r.

    4. For~aN a te oria d o tre in am en to , a forc; a e e nte nd id a c om o p re ss up os to p ar a 0 ren dim ento q ue p erm ite s up era r ouse opor a uma reslstencla, Com o grandeza ffs ica, segundo a Lei de Newton, e la e 0 produto da m assa pelaa celerac ao, n o e ntan to , a o re fe rir-s e a o m ov im en to e sp ortivo , po de-se d is tin guir a fo rc ;a in te rn a (p ro du zid a

    pelos rnusculos, ligamentos e tendoes) e a forc;a externa (q ue age externamente ao corpo humano, pore xemp lo : a g ra vid a d e, 0 atrito , a reslstencla do ar, a oposic ;ao exercida par urn adversano, ou urn peso q ue seq ueira le va nta r). E ssa c ap acida de de ex erc er ten sao c on tra u ma res is te nc ia n ao e e quipa ra vel a o c on ceito da

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    nstca, por iSSO,em treinamento ns tc o , us a- se 0 termo c ap ac to ao e o e ro rc a. A te rr nmo to q ia e sp or nv a o ir er en cieprincipalmente a capacidade de forc;a maxima, a capacidade de forc;a raplda e a capacidade de reslstencla deforc;a (BARBANTI, 2001).

    A capacidade de forc;a maxima define-se como a forc;a maxima que pode ser desenvolvida por umaccntracao muscular maxima, podendo ser dina mica ou estates . A capacidade de forc;a raplda (po tenda ,velocidade de forc;a ou forc;a explosiva) consiste em superar uma reslstencla externa ao movimento comelevada rapidez de cont racao, E por fim a capacidade de reslstencla de forc;a 13a capacidade de opor-se afadiga no emprego repetido da forc;a, isto 13, realizar um esforc;o relativamente prolong ado com emprego deforc;a (BARBANTI, 2001).

    o treinamento da forc;a pode ser geral ou especffico. Treinamento geral quando se usam formas demovimento diversas daquelas tipicas de jogo ou atividade fisica, servindo para reforc;ar os setores muscularesque nao sao suficientemente solicitados no treinamento especial. Este tipo de treinamento deve compor a basepara suportar as cargas de treinamento especial. Barela (1998) destaca 0 desenvolvimento da forc;a baslca nosgoleiros como alicerce das outras manifestac;5es desse requisito, sendo que esta deve ser desenvolvida deforma otlrna e nao maxima. Como treinamento de forc;a especffico, entende-se os exercfcios que perm item aimitac;ao completa ou parcial das formas de movimentos realizados em compencao e jogo, 0 importante nestetipo de treinamento 13que se controle a coordenaceo dos movimentos, em outras palavras, a estrutura tecnicado movimento nao deve ser perturbada pela sobrecarga. Este tipo de treinamento so deve ser realizado quandohouver bom dominio da tecnica (BARBANTI, 2001).

    Os esportes coletivos sao caracterizados por movimentos de forc;a raplda como mostra a Figura abaixo.

    FOR~A NOS JOGOS COLETIVOS

    II I

    FOR~A FOR~A FOR~A FOR~ADE DE DE DE

    LAN~AMENTO SALTO "SPRINT" RESI STEN CIA

    II VERTICAL

    I IHORIZONTAL

    I, . I I , . rBeisebolP610 aquaticoHandebolFutebol

    VoleibolBasq uetebolHandebolFutebol

    FutebolBasq uetebolHandebolRugbyBeisebol

    FutebolBasquetebolVoleibolHandebolBeisebolRugby

    Figura 2 . C ara cte rislica s d a fo rc a ra pid a n os jo go s c ole tivo s d o p on ted e vista m ed in ic o (e xtra id o d e BARBANTI , 2 00 1; p . 5 7).De acordo com a figura, a forc;a explosiva no handebol manifesta-se de diferentes formas, mas, para os

    goleiros interessa principalmente a forc;a de lanc;amento e de saltos, tornado importante 0desenvolvimento dalrnpulsao em diversas formas, pols a utilizac;ao dos saltos 13 u ma pratica constante nas ac;5es motoras dosgoleiros de handebol.

    5. ResistenciaEntende-se por reslstenda motora, a capacidade de executar um movimento durante um longo tempo sem a

    perda aparente da efetividade do movimento. A qualidade da reslstenda 13 determinada pelo sistemacardiorrespiratOrio, pelo metabolismo, pelo sistema nervoso, pelo sistema organico, pela coordenacao dosmovimentos e pelos componentes pslquicos, A reslstencla nao 13apenas importante apenas para 0 rendimentoem esportes competitivos, mas 13um fator decisivo para 0 treinamento e para a recuperacso raplda apos ostreinamentos intensos (BARBANTI, 2001).

    Existem diversas classificac;5es ao redor da reslstencla dentro da teoria do treinamento, mas, a que chamaatenc;ao no treinamento de goleiros de handebol 13a reslstenda especffica. Ela 13entendida como a capacidadede resistir ao cansac;o em func;ao de uma determinada atividade e deve ser desenvolvida de acordo com asexigencias do jogo ou da compettcao, sendo importante desenvolver esta qualidade correspondente a

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    c oo ra en ac ;a o a e e xe rc ic io s e xe cu ra ao s n o j oq o ,D uran te m aio r p arte d o jog o o s g oleiro s rea liz am a s eu s de slo ca me ntos u tiliza ndo 0 me tabol ismo ae rob lo ,m as d ura nte a s c on trac ces e xp lo siva s p ara a re aliz ac ;a o d as d efes as a prin cip al v ia e nerq etlca e a u tiliza c;a o deA TP -C P . N este s entid o, e p re ciso d es env olve r a re sls te ncla ae rob la de u ma fo rm a otlrn a, p ois no s m om en to s derepouso, (i.e . entre um ataq ue e outro) esta contrlbu lre para a recuperacao m ais raplda, alem de retardar afadiga ao longo do desenro lar da partida, d im inuindo os erros tecn icos e taticos, manipu lando de formas atis fa tO r ia o s mo vim e nt os d ur an te 0 jogo.

    3. caracteristicas tecnicas e taticasComo v is to an te ri ormen te , 0 trabalho do gole iro nao se resum e apenas a deter a bola. P ara Bare la (1998) a ac;aos ob re a b ola na o e m ais q ue u ma fa se ln te rm edlarla e ntre o utra s d uas igu alm ente im porta ntes :a . D esloc am en to e atitu des an te s d o arre mate;b . R e cu pe ra c; ao e l an c; ame nto .o deslocam ento condic iona a defesa e a defesa condic iona a recoperacao e 0 la nc ;a me nto . 0 a uto r a cim a, a firm anao existir um a tecnica baslca do gole iro, m as sim vanes tecnicas eficazes q ue devem ter 0 d en om in ad or c om umassentado nas m esm as bases, sendo q ue 0 aspecto exterior varia m uito de gole iro para goleiro , m as para um bomdesem penho seus deslocam entos, postura, etc. devem obedecer a alguns princfp ios fundam entais q ue podem sercitados com o: deslocam ento e atitudes de preparacao da defesa, jogar adiantado ou atrasado, postura, atitude de

    p re -d ete sa , c ara cte rls tic as d a p re -d efe sa e tip os d e d efe sa . E ss es p rin cfp io s e sta o d es crito s m ais d eta lh ad am en te lo goabaixo.

    Deslocamentos e atitudes de prepara~aoda defesao go le iro d ev era se mp re es ta r po sicion ado n a b iss etriz d o a ng ulo de a ta que . N es sa b is setriz ele po de es ta r m ais oum eno s atra sa do. P o de aind a re du zir 0 angulo de ataq ue em func;ao da trajetorta da bola e em func;ao do arco dereferenda ou arco de deslocam ento. 0 arco de referenda e um arco im aginario q ue passa tangente aos do is postesvertica is da baliza e tem a sua corda maior no centro da mesma distancia q ue varia de 50 a 80 cm conforme asc ar ac te rls tic as d os g ole ir os ( BARELA, 1 99 8) .

    F ig ura 4 . B is se triz d o a ng ulo d e a ta qu e.

    F ig ura 5 . A re o d e re fe re ne ia .

    logar adiantado ou atrasadoo g ole iro p osicio nad o de form a m ais a dia ntad a d im in ui 0 angulo de arrem ate do oponente, entre tanto, q uandoa ss um e u ma po sic; ao m ais a tras ad a, tem m ais te mpo pa ra rea gir a u ma fin aliz ac; ao . B are la (19 98) atrib ui a es colha do

    ___ :_: &_ - &_~_ - -- - _. 1 . __ .

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    postctonarnerun a tres aspectos:a . Mo rf olo gi co s ( alt ur a, e nv er ga du ra );b . Q ua lid ad es n erv os as ;c . S en sib ilid ad e d o g ole iro e m re la ;a o a s ua m eta .R e fe rin do -s e a o t er ce ir o a sp ec to c ita do , 0 a uto r c on clu i q ue 0 g ole ir o q u an do d eix a 0 gol e le passa a na o enxergar

    m ais a baliza, precisando enta~ senti-la , para q ue isso ocorra de form a satlstatona e n ec es sa rlo d es en vo lv er a e staq u alid ad e c om 0 jove m gole iro . 0 autor destaca q ue essa capacidade depende da E duca;ao F is ica recebida entre os04 e 10 a no s d e id ad e.

    PosturaP ara B are la (1998) um a m elhor condi;a o d e resposta a um ataq ue adversarlo e a postura de base, estru turada comos segu in te s p ri ndp io s : E sta bilid ad e: s em m ov im en to s a mp lo s, p es a po ia do s; E q uilib rio : b oa d is trib ui ;a o d o p es o c orp ora l s ob re o s d ois p es . (0 d es eq uilib rio c on tro la do fa vo re ce ra a a ; ao ); E m s ern ltle xa o: b ra ce s e p ern as s em ifle xio na da s, p re pa ra do s p ara a e xte ns ao .

    o c orp o d o g ole iro d ev ers e sta r lig eira me nte in clin ad o e e le va do so bre a s p la nta s d os p es . 0 g ole iro d es eq uilib ra doq ue n ao tiv er c on tro le s ob re e ss e d ese qu ilib rio te ra d ific uld ad es e m re a ;a o n o se ntid o o po sto a o d es eq uilib rio . 0 n aoflexionado llm ltara in te iram ente a sua am plitude de m ovim ento e nao tendo firm eza sobre os apoios te ra d ificu ldadeem la nc er d iv ers os s egm en to s.A atitude de pre - defesa

    P ara B are la (1998) a atitude de pre - defesa eo instante de estab ilidade em q ue a concentracao e m axim a. A pre-d ef es a e ln te rr ne dl ar la e ntr e 0 d es lo came nto e a d efe sa p ro pr ia m en te d ita , to rn an do a a ; ao g lo ba l h orn oq e ne a.

    3.1. caracteristicas da Dre-defesaD eslocam entos curtos, rap ldos e rasantes, onde os pes perdem apenas 0 m ln im o c on ta to c om 0 so lo ca rac te ri za

    essa etapa na s a;oes dos gole iros. N esse m om enta todo 0 campo de jogo esta sob 0 s eu c on tr ole , d es lo ca nd o- sesobre seu arco de referenda e tomando a postura de base com as pernas em sern l-flexao e 0 t ro n co l ig e ir amen tein clin ad o p ara fre nte n um d es eq uillb rio c on tro la do , p re ce de nd o m en ta lm en te a s ltu ac ao d o a ta qu e e p re ve nd o 0 localfu turo do arrem ate, a lern de oferecer continua m ente orlentacoes aos seus defensores sobre a m arcacao. Q uando aatacante recebe a bola e prepara-se para 0 arremate, 0 g ole iro s ai p ara a p re -d efe sa , in icia nd o 0 m ovim ento com aperna do lado do arrematador. Numa fra;ao de tem po 0 gole iro rem em ora os conhe cim entos sobre 0 referidoa ta ca nte ta is c om o, tip o d e a rre ma te p re fe rid o, p os slv el tra je to rla d a b ola , fo rc a d o a rre ma te , e tc . (B AR EL A, 1 99 8).

    Tipos de defesaA defesa propriam ente dita e 0 m om en to o nd e 0 gole iro en tra em contato com a bola. S egundo B are la (1998), 0a tle ta d ev e h ie ra rq u iz ar a lg um as re gr as p ar a 0 s uc es so d es te p ro ce dim e nto , c on fo rm e d es crito a ba ix o.1 . E vita r 0 gol.2 . R ecuperar a bola.3 . O p or a tra je to ria d a b ola a m aio r s up erfic ie c orp ora l p os slv el.4 . S eg ura r a b ola a o in ve s d e c on tro la -la .5. C ontro lar a bola ao inves de espalma-la,6. E spalm ar a bola ao lnves de rebate-la ,7. U sar as duas m aos sem pre q ue posslve l.8. C onservar os apoios ao in ves de saltar.9 . P re pa ra r-s e p ara a ; ao e o rg an iz ar, s in cro niz ar a s fa se s d a d efe sa .10. Es ta r a te n to a an te c lp a cao men ta l.1 1. O b se rv ar o s d es lo ca me nto s d os a ta ca nte s p ara te nta r p re ve r 0 tip o d e a rre ma te q ue s era u tiliz ad o.1. , 1 " \ a . . . . : , . ~ ; _a... ~ a . . . I I ,.. 1: ...

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    ~. UU:.t::IVcH d uejeun re UU:. urrlulu:, UUdLcn.dllLt:: d(JU:' d UUd Lt::1UILld(Jd:':'dUU d :'Ud nunc Ut:: urrlulu:,.

    Em uma frac;ao de segundo 0 goleiro opta pelo gesto motor que ele ira utilizar, caracterizando os diferentes tiposde defesas classificadas por Ehret e cols. (2002) como:

    D efesas em b olas altas: caracteriza-se pelas defesas realizadas quando a bola e arremessada na direc;ao ousobre a cabec;a do goleiro, estes arremates quase sempre visam os angulos superiores da meta. A tecnlcabastca de defesa escolhida pelo goleiro requer a utilizac;ao da passada e saito que traz as seguintescaracterlsticas: na posic;ao inicial os braces sao colocados descontraldos na altura do quadril. Em uma ac;ao dedefesa no angulo do gol ocorre sempre uma passada com saito, em que a lrnpulsao ocorre na perna que estamais longe da bola (perna de impulsao) estando a outra perna (perna de balanc;o) levemente flexionada. Ja,em uma defesa alta onde a bola foi lanc;ada no centro do gol, 0 goleiro (sempre que posslvel) deve apanhar abola com as duas maos. De acordo com a estatura do goleiro podem ocorrer sltuacoes nas quais a defesaocorra com uma so mao, devendo este ponto ser lavado em conslderaceo durante 0 treinamento.

    D efesas em b olas m eia altu ra: neste tipo de defesa utiliza-se ainda da tecnica de passada e saito, comodescrito anteriormente, com a perna de balanc;o ganhando um significado ainda maior. Com ela a porc;aoabaixo da linha do quadril fica protegida, pols esta ac;ao defensiva e executada quando a bola assume umaaltura entre 0 joelho do goleiro e a linha de seus ombros. Sempre que posslvel 0 goleiro deve privilegiar autilizac;ao das duas maos na defesa. Com a segunda mao 0 corpo todo do goleiro e colocado no angulo do gol,cobrindo uma area relativamente grande do mesmo pols a parte superior do corpo junto as maos e perna debalanc;o opdern-se a trajetOria da bola.

    D efesas em b olas b aixas: essa defesa realiza-se quando a bola assume uma trajetOria abaixo da linha dojoelho do goleiro, este por sua vez utiliza-se do fundamento de passada com saito, interceptando a bola com asrnaos e os pes simultaneamente. A perna de balanc;o deve estar flexionada e a mao que esta proxima 11boladeve ser levada para baixo no angulo correspondente. De acordo com a estatura do goleiro e a situac;ao dojogo pode ser necessario, de vez em quando, que 0 goleiro realize uma ac;ao defensiva com a utilizac;ao desaito e posicionamento de pernas, como na passagem sobre as barreiras no atletismo para poder alcanc;ar abola. E preciso observar que 0 tronco acompanha a perna e 0 balanc;o (que e a ac;ao de nao deixar 0 tronco irpara tras do gol), ja a mao e colocada como seguranc;a adicional.

    Lan~amentos p ro ximo s ao gol: 0 goleiro devers deixar sua posic;ao baslca so contra jogadores maisexper ientes e fechar 0 angulo de lanc;amento, 0 mesmo vale para a defesa de lanc;amento provenientes daspontas, pois se um jogador consegue realizar um lanc;amento relativamente livre, 0 angulo do lanc;amento podeser coberto com uma ou duas passadas no sentido do local do lanc;amento. A defesa do lanc;amento e realizadanovamente sob 0 princlpio da tecnlca da passada com saito, na qual as bolas lanc;adas podem ser defendidastarnbern com 0 auxlllo das maos, A salda do gol para fechar 0 angulo de lanc;amento contra lanc;amentoprovenientes das posic;oes de pontas deveria, no entanto, ser treinada de forma sistematica somente comjogadores tecnicamente avanc;ados.

    4 . ca rac te rist icas ps icol6gicasDentro do ultimo grupo de atributos caracterlsticos 11posic;ao de goleiro de handebol, Barela (199B) enumera os

    seguintes elementos: A coragem: qualidade fundamental considerando que um goleiro pode nao ter alguns requisitos importantes,

    contudo, sem coragem nao teremos um goleiro. A calma (autocontrole): que Ihe permite analisar com coerenda a situac;oes de jogo e tomar as dedsdes

    necessarlas, c on ce ntr ac ao : para acompanhar 0 jogo e ordenar rapidamente as suas respostas. Decisao: executar prontamente (sem hesltacao) a resposta encontrada para a situac;ao de jogo. Estilo: e a apresentacao da soma de conhecimentos de um goleiro que compoem uma forma particular de dar

    respostas corretas a problemas que tecnicamente seriam tratados com dificuldade.

    5 . Aspec tos re le va nte s na e sc olha de go le iro s de handebolPara Ehret e cols. (2002), temos que garantir 0 maior nurnero posslvel de experlenclas motoras dentro do handebol

    antes de especializar 0 jogador na posic;ao de goleiros. Devem-se tarnbem oferecer oportunidades, para que todosatuem na poslcao, nao util izando 0 reforc;o negativo como: 0 pior jogador deve ser 0 goleiro; pois a posic;ao de goleiroe importante no handebol atual e necessita de pessoas que gostem de atuar na posic;ao e que preencham requisitos(habilidade, mobilidade, etc.). E importante incentivar os jogadores que conseguem realizar as tarefas mais diflceisem outros jogos ou esportes para aturem como goleiros. Alem disso, a estatura deve ser considerada, mas nao deveser um fator de exdusao, pois mesmo no handebol de alto nlvel temos goleiros menores do que a altura ideal de 1,90

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    III.

    P or vo lta 1 1-1 2, d ep end end o d a ida de d e in lc io da p ra tlc a d a m od alid ade , 0 tr ein ad or d ev er a e nc on tr ar u rn jo ga do rre spo nsa vel pe la p os ic ;a o. S en do q ue, tao lo go, o s jo ven s a lc an cem u ma e statu ra relativ am en te es ta ve l, g era lm ente,isso ocorre por volta dos 13-14 anos, e posslve l in iciar urn tre inam ento da tecnica basica. Esse tre inam ento devev olta r-se pa ra as n oc oes e le me ntare s, c om o, po r e xe mp lo , a re cn ic a p ara a d efes a d e la nc ;a men to s p ara 0 g ol . D e vemser ofertados exerdcios para tecnlca de defesa em bolas baixas, m edias e altas, m as, tom ando cuidado, para naoim por um a form a unica de atuar, tendo em conta q ue cada goleiro apresenta urn estilo indiv idual e nem sem pre 0p ad ra o d e g oleiro s b ern s uce did os ca be n a inicia c;a o e spo rtiva . A ss im 0 tre in ado r de ve , de q ua lq ue r fo rm a, ob se rva ra s c ara cte rls tic as in div id ua is d os a pre nd iz es e c on sld era -la s n o p ro ce ss o d e tr ein am en to ( EHRE T e c ols ., 2 00 2).

    Considerac;5es f inaisG rande parte do sucesso das eq uipes depende da atuac;ao dos seus goleiros e diversos sao os aspectos q uecom p6em suas atuac;6es no handebol. N os processos de aprendizagem in ic ia l dessa espedfica posic ;ao, a lgunscuidados m erecem destaq ue com o: nao fazer da posic ;ao urn lugar para castigos e nem utlllza-la com o recurso paraabsorver a lunos pouco habilidosos, contribu indo ainda m ais com a exposic ;ao e hum ilhac;ao destes ult lmos, 0tre inam ento espedfico envolvendo estes jogadores deve estar adeq uado para as exigencias q ue eles encontraraonest a modal id ade espo rt iv a .

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