8
MÓDULO EAT24 Recolha de informação alimentar através de dois questionários às 24 horas anteriores (ou diários alimentares de dois dias nas crianças com idade <10 anos), sincronizada com dados de composição nutricional dos alimentos e receitas da Tabela da Composição de Alimentos Portuguesa (INSA), adaptada. A quantificação de porções alimentares incluiu um manual fotográfico especificamente desenvolvido para o efeito (1048 fotos de alimentos e 39 fotos de medidas caseiras). A classificação e descrição dos alimentos foi realizada com base no sistema FoodEx2. Esta informação permite caracterizar dimensões de consumo alimentar e nutricional e de segurança alimentar. MÓDULO MOVE Recolha de informação de atividade física incluindo os sub-módulos International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), Activity Choice Index (ACI), diários de atividade física e outros comportamentos de atividade física, sincronizados com os dados de equivalentes metabólicos associados aos diferentes tipos de atividades, sempre que aplicável. Esta informação permite caracterizar dimensões de comportamentos sedentários, atividades desportivas e escolhas ativas na rotina diária. MÓDULO YOU Recolha de informação sociodemográfica, de saúde geral, de antropometria, de insegurança alimentar e de propensão alimentar. POPULAÇÃO-ALVO População residente em Portugal com idades compreendidas entre os 3 meses e os 84 anos, selecionada aleatoriamente por um processo de amostragem bietápica, a partir do Registo Nacional de Utentes do SNS. Avaliaram-se 6553 indivíduos, dos quais 5811 completaram duas entrevistas, com representatividade para as 7 Unidades Territoriais para Fins Estatísticos - NUTS II: Norte, Cen- tro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores. RECOLHA DE INFORMAÇÃO Realizada através de entrevistas presenciais, distribuídas durante 12 meses (outubro 2015 a setembro 2016) e intervaladas no tempo entre 8 a 15 dias (no caso de 2 entrevistas). A metodo- logia utilizada incluiu ferramentas e protocolos harmonizados no contexto Europeu, integrados numa plataforma eletrónica assistida por computador, especificamente desenvolvida para o projeto (Plataforma “You eAT&Move”). O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, IAN-AF 2015-2016, permitiu a criação de uma base descritiva com informação de representatividade nacional sobre três grandes domínios: a alimentação e nutrição, a atividade física e o estado nutricional da população Portuguesa. 24 NOTA METODOLÓGICA: Toda a informação apresentada está ponderada para a distribuição da população Portuguesa, de acordo com informa- ção do Registo Nacional de Utentes (RNU) do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Após ponderação, a amostra final apresenta uma distribuição semelhante à população residente em Portugal, de acordo com informação do INE - Census 2011. A informação alimentar representa a média de dois dias alimentares, ajustada para a variabilidade intra-individual e, no caso de alimentos menos frequentes, para a frequência de consumo.

O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, IAN-AF 2015 … Brochura... · 2018. 11. 2. · O contributo percentual de gordura saturada é superior nas crianças (12,1%)

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MÓDULO EAT24

Recolha de informação alimentar através de dois questionários às 24 horas anteriores (ou diários alimentares de dois dias nas crianças com idade <10 anos), sincronizada com dados de composição nutricional dos alimentos e receitas da Tabela da Composição de Alimentos Portuguesa (INSA), adaptada. A quantificação de porções alimentares incluiu um manual fotográfico especificamente desenvolvido para o efeito (1048 fotos de alimentos e 39 fotos de medidas caseiras). A classificação e descrição dos alimentos foi realizada com base no sistema FoodEx2. Esta informação permite caracterizar dimensões de consumo alimentar e nutricional e de segurança alimentar.

MÓDULO MOVE

Recolha de informação de atividade física incluindo os sub-módulos International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), Activity Choice Index (ACI), diários de atividade física e outros comportamentos de atividade física, sincronizados com os dados de equivalentes metabólicos associados aos diferentes tipos de atividades, sempre que aplicável. Esta informação permite caracterizar dimensões de comportamentos sedentários, atividades desportivas e escolhas ativas na rotina diária.

MÓDULO YOU

Recolha de informação sociodemográfica, de saúde geral, de antropometria, de insegurança alimentar e de propensão alimentar.

POPULAÇÃO-ALVO

População residente em Portugal com idades compreendidas entre os 3 meses e os 84 anos, selecionada aleatoriamente por um processo de amostragem bietápica, a partir do Registo Nacional de Utentes do SNS. Avaliaram-se 6553 indivíduos, dos quais 5811 completaram duas entrevistas, com representatividade para as 7 Unidades Territoriais para Fins Estatísticos - NUTS II: Norte, Cen-tro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores.

RECOLHA DE INFORMAÇÃO

Realizada através de entrevistas presenciais, distribuídas durante 12 meses (outubro 2015 a setembro 2016) e intervaladas no tempo entre 8 a 15 dias (no caso de 2 entrevistas). A metodo- logia utilizada incluiu ferramentas e protocolos harmonizados no contexto Europeu, integrados numa plataforma eletrónica assistida por computador, especificamente desenvolvida para o projeto (Plataforma “You eAT&Move”).

O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, IAN-AF 2015-2016, permitiu a criação de uma base descritiva com informação de representatividade nacional sobre três grandes domínios: a alimentação e nutrição, a atividade física e o estado nutricional da população Portuguesa.

24

NOTA METODOLÓGICA: Toda a informação apresentada está ponderada para a distribuição da população Portuguesa, de acordo com informa-ção do Registo Nacional de Utentes (RNU) do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Após ponderação, a amostra final apresenta uma distribuição semelhante à população residente em Portugal, de acordo com informação do INE - Census 2011. A informação alimentar representa a média de dois dias alimentares, ajustada para a variabilidade intra-individual e, no caso de alimentos menos frequentes, para a frequência de consumo.

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Cumprimento das recomendações para grupos de alimentos em comparação com a Roda dos Alimentos

Prevalência de consumo de refrigerantes e néctares ≥ 220g/dia

Consumo habitual de grupos e sub-grupos de alimentos (média g/dia), por grupos etários

O IAN-AF 2015-2016 estimou o consumo alimentar habitual da população Portuguesa com base em 2479 alimentos e 1696 receitas. Os itens alimentares foram detalhadamente caracterizados por 29 facetas e 634 descritores, de acordo com a classificação FoodEx2.

Aproximadamente um em cada dois Portugueses (56%) não consome a quantidade de fruta e produtos hortícolas recomendada pela Organização Mundial da Saúde. A inadequação é mais elevada nas crianças e nos adoles-centes e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, ultrapassando os 70%. Na população nacional 46% consumiu sopa em pelo menos um dos dias reportados. Quando consumida, a quantidade média é de uma porção diária.

Aproximadamente 1,8 milhões de Portugueses (18% da população) con-somem pelo menos um refrigerante ou néctares por dia, dos quais 14% são refrigerantes. Esta prevalência é particularmente elevada nos ado-lescentes (42%, 34% nas raparigas e 51% nos rapazes). Nos adolescentes que bebem refrigerantes, 25% bebe aproximadamente dois refrigerantes por dia. O consumo é mais elevado nos Açores comparando com as outras regiões geográficas.

Prevalência de consumo de fruta e produtos hortícolas < 400g/dia

TotalCrianças

AdolescentesAdultos

Idosos

0 60 120 180 240

Refrigerantes

Néctares e sumos

100%

Café

Chá e infusões

Vinho

Cerveja

0 100 200 300 400

10581312

911

2094

131109

97129

166

153134133

153171

10054

86104

113

178177

204180

162

Fruta

Produtos hortícolas

Leguminosas

Pão e tostas

Massa, arroz, batata e outros

tubérculos

Cereais de pequeno-almoço e

infantis

0 100 200 300 400

189

151917

1610141715

167267

250149

156

6187

7263

38

11779

130129

80

4225

334446

Leite

Iogurte e outros leites fermentados

Queijo e Requeijão

Carne (brancas, vermelhas e charcutaria)

Pescado (peixe, crustáceos, derivados)

Ovos

100%

75%

50%

25%

0%

Nacional Feminino Masculino

Total Crianças (<10 anos)

Adolescentes (10-17 anos)

Adultos (18-64 anos)

Idosos (65-84 anos)

56% 60

%

53%

72% 74

%

71% 78

%

80%

75%

57%

61%

53%

40% 44

%

36%

Nacional Feminino Masculino100%

75%

50%

25%

0%Total Crianças

(<10 anos)Adolescentes (10-17 anos)

Adultos (18-64 anos)

Idosos (65-84 anos)

18%

11%

26%

22%

21%

23%

42%

34%

51%

19%

10%

28%

3% 2% 4%

Os Portugueses estão a consumir mais ‘carne, pescado e ovos’, lacticínios e ‘cereais, derivados e tubérculos’ e menos produtos hortofrutícolas e leguminosas, comparando com os consumos recomendados pela Roda dos Alimentos Portu-guesa. O conjunto de alimentos não incluídos na Roda, como bolachas, bolos e doces, snacks salgados e pizzas, bebidas alcoólicas e bebidas não alcoólicas (excluindo água), contabiliza um contributo percentual de 29%.

O consumo de carne vermelha (incluindo char-cutaria), associado a risco de cancro do cólon (>100 g/dia), é realizado por mais de 2,3 milhões de Portugueses (23% da população).

O azeite continua a ser a gordura mais consumi-da, comparando com o consumo de óleos vege-tais. A manteiga é consumida em maior quanti-dade do que as margarinas/minarinas.

O consumo médio de bebidas alcoólicas é maior nos homens (249g/dia) em comparação com as mulheres (44g/dia) e nos homens idosos (350g/dia) em comparação com os homens adultos (234g/dia). Ainda 5% dos idosos bebe diariamen-te mais de 1 litro (1324 g) de bebida alcoólica e nos adultos o valor é de 981g. O vinho é em média a bebida mais consumida, mas entre os consumidores é maior a quantidade de cerveja.

CONSUMO ALIMENTAR

8856

161100

26

2020

3821

8

551

866

56

778

228791

Consumo alimentar edível.

Consumo alimentar bruto.

0 100 200 300F: 26

M: 148F: 13*M: 16*

F = Feminino; M = Masculino *Adolescentes entre 15-17 anos.

F: 24M: 125

F: 37M: 270

F: 8M: 90

F: 2*M: 14*

F: 9M: 103

F: 3M: 50

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O contributo percentual de gordura saturada é superior nas crianças (12,1%) e adolescentes (12,0%), apesar do consumo médio ser superior nos adolescentes (28 g/dia) e nos adultos (24 g/dia).

Prevalência de ingestão de micronutrientes abaixo das necessidades médias, por sexo e de acordo com valores de referência

INGESTÃO NUTRICIONAL

Verificou-se que 83,2% das crianças e 35,2% dos adolescentes têm uma ingestão diária de Proteí-na superior a 2g/kg/peso; A prevalência de ina-dequação da ingestão de Hidratos de Carbono é superior nos adultos e idosos, sendo que 44,7% e 48,6% apresentam valores inferiores ao reco-mentado (<45% VET); Aproximadamente 24% da

população ingere Gordura acima do recomenda-do (>35% VET), sendo essa prevalência superior nos adolescentes (30%) e adultos (26%).

Os micronutrientes com maior proporção da população abaixo das necessidades médias, a nível nacional, são o cálcio e o folato, com per-centagens superiores no sexo feminino e nos

idosos. Estas inadequações consideram já o contributo da suplementação nutricional, que curiosamente revela que o cálcio é o micro-nutriente mais ingerido em suplemento neste grupo etário.

a AR – Average Requirement (EFSA) b UL – Tolerable Upper Intake Level (DRIs, EUA)

Contributo percentual de macronutrientes e álcool para a ingestão energética total, nacional, por sexo e grupo etário (%VET - valor energético total diário)

Distribuição espacial (por região NUTS II) da ingestão energética média (kcal/dia)

Proteína (%VET) Hidratos de carbono (%VET) Gordura total (%VET) Álcool (%VET)

1909 kcal/dia

1900 kcal/dia

1895 kcal/dia

1905 kcal/dia

1908 kcal/dia

CÁLCIO < AR ª

FOLATO < AR ª

VITAMINA A < AR ª

VITAMINA C < AR ª

FERRO < AR ª

16,5

%

3,3%

38,1

%

39,6

%

22,7

%

29,2

%

66,2

%

54,2

%

60,6

%

47%

A nível nacional, os contributos médios para o aporte energético diário são de 19,9% de proteína, 46,6% de hidratos de carbono e 31,4% de gordura. O contributo da gordura é superior em adolescentes e adultos. Na população com 15 ou mais anos, o contributo médio do álcool é de 2,2% para as mulheres e de 5,9% para os homens, sendo que 8,5% das mulheres e 25,8% dos homens apresenta um consumo elevado ou excessivo (>12 e >24 g/dia, respetivamente).

O consumo médio nacional de açúcares simples é de 84 g/dia, sendo que 35 g/dia correspondem a açúcares livres*. Cerca de 2,5 milhões de Por-tugueses (24%) consomem açúcares livres acima do limite recomendado pela OMS (10% do aporte energético), sendo esta prevalência superior nos adolescentes (48,7%) e nas crianças (40,7%). Os alimentos que mais contribuem para o seu consu-mo são o açúcar “de mesa” adicionado a alimen-tos e bebidas (21,4%), os doces (como rebuçados, gomas, compotas, mel, chocolates, entre outros) (16,7%) e os refrigerantes (11,9%).

Em média, os Portugueses consomem 7,4 g de sal por dia. Aproximadamente, 3,7 milhões de mulheres (63,2%) e 4,4 milhões de homens (88,9%) apresen-tam uma ingestão de sódio acima do nível máximo tolerado.

Os alimentos que mais contribuem para o aporte de sódio são o Pão e tos-tas (19%), a sopa (8%) e a charcutaria e carnes processadas (7%).

44,1%

1

8,2% 30,3%Homens A

dulto

s (1

8-64

)

5,2%

3,2%

Mulheres Idos

as (6

5-84

)

49,3%

19

,5% 30,3%

Homens Idoso

s (6

5-84

)

44,2%

1

7,5% 27,7%

9,9%

Mulheres Adolesc

ente

s (1

5-17

)

48,8%

19

,4% 32,4%

0,5%

Homens Adolesce

ntes

(15-

17)

44,1%

18

,1% 31,2%

0,5%

Mulheres Adultas

(18-

64)

47,2%

2

0,2% 32,3%

2%19,9% 46,6% 31,4%

19,9% 48% 31,9%

18% 45,1% 30%

18,6% 51,2% 31,5%

19,8% 49,1% 32,4%

20,2% 45,7% 31,8%

19,5% 46,7% 29,4%

Total

Mulheres

Homens

Crianças(<10 anos)

Adolescentes(10-17 anos)

Adultos(18-64 anos)

Idosos(65-84)

*Açúcares livres: Monossacarídeos e dissacarídeos adi-cionados aos alimentos pela indústria, restauração ou consumidor, além de açúcares presentes naturalmente no mel, xaropes e sumos de fruta naturais ou concen-trados.

AÇÚCARES LIVRES > 10% VET

26,3% 20,1%

SÓDIO > UL b

63,2

% 88,9

%

Açores: 1913 kcal/dia

Madeira:1915 kcal/dia

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COMPORTAMENTOS ALIMENTARES

Prevalência de uso de suplementos alimentares/nutricionais no último ano (ultimo mês nas crianças)

A prevalência nacional de consumo de pequeno-almoço é de 94,7%, sen-do semelhante entre os grupos etários. Nem toda a população faz as re-feições do almoço e do jantar diariamente. Das refeições intercalares, a mais frequente é o lanche da tarde (85,8%). As crianças são o grupo etário que faz mais frequentemente a merenda do meio da manhã.

Os Portugueses tomam o pequeno-almoço mais frequentemente por vol-ta das 8h da manhã, o almoço pelas 13h e o jantar pelas 20h. A refeição com mais variabilidade no horário é a merenda da tarde (lanche).

Nos que reportaram ter dietas especiais (6,8%), as mais frequentes são: restrição de sódio (30%), restrição de gordura e/ou colesterol (19%), dieta para diabéticos (17%), restrição em lactose (12%) e restrição ca-lórica (por iniciativa própria) (12%).

Cerca de 2,7 milhões de Portugueses (26,6% da população) usou suplementação alimentar/nutricional nos últimos 12 meses, sendo esta prevalência superior no sexo feminino e nos indivíduos adultos e idosos. O micronutriente em suplemento mais ingerido pelos idosos é o cálcio e pelas crianças a vitamina D. Nas crianças com idade inferior a 3 anos, 81,7% utilizou alguma vez suplementação. Nos adolescentes os suplementos mais utilizados são os multivitamínicos e a proteina whey. Nos adultos os mais utilizados foram também a proteina whey e o magnésio.

O material de embalagem mais utilizado é claramente o plástico (71,2% dos materiais reportados), seguido do vidro (9,4%)

Prevalência de suplementação com ácido fólico em grávidas

Prevalência de suplementação nutricional em crianças < 3 anos

Prevalência de consumo diário de certos produtos biológicos, entre os consumidores

Os produtos hortícolas e a fruta orgânica são os mais consumidos diariamente.

Os produtos de agricultura biológica (com certificação) são consumidos por 11,6% da população nacional e menos frequentemente pelos idosos - 5,8%.

Prevalência de indivíduos que consomem produtos biológicos

Total Mulheres Homens Adultos (18-64) Idosos (65-84)

Fruta orgânica

0% 5% 10% 15% 20%

VegetaisBagas

Batatas

Carne

Ovos

Leite

Queijo

Café

Apenas 41,4% das mulheres grávidas reportou ter feito suplementação com ácido fólico antes de en-gravidar, atingindo os 93,6% durante o 1º trimestre de gravidez.

0% 10% 20% 30% 40%

Total 26,6%

Mulheres

Homens

Crianças (3-9)

Adolescentes (10-17)

Adultos (18-64)

Idosos (65-84)

Uso de suplementos

Ferro

Vitamina D

Vitamina C

Fluor

Multi- vitamínico

Uso de ácido fólico antes de

engravidar

Uso de ácido fólico no 1º

trimestre

0% 25% 50% 75% 100%

0% 25% 50% 75% 100%31,5%

21,5%

6,2%

16,0%

29,2%

28,4%

41,4%

93,6%

81,7%

11,4%

95,2%

6,0%

1,3%

10,1%

14,7%

1,7%

16,7%

4,3%

0,2%

1,5%

0,9%

0,9%

0,6%

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10,7%

Açores: 13,4%

Madeira:13,4%

INSEGURANÇA ALIMENTAR

Prevalência de insegurança alimentar, para o total nacional Distribuição espacial (por região NUTS II) da prevalência de Insegurança Alimentar

Prevalência de insegurança alimentar, por sexo

Prevalência de insegurança alimentar, em adultos e idosos

Prevalência de insegurança alimentar, nos agregados com e sem <18 anos

Prevalência de Insegurança Alimentar, por níveis de escolaridade, para o total nacional e nos agregados com e sem <18 anos

Prevalência de Insegurança Alimentar, por classes de rendimento

10,6%

8,5%

11,6%

5,8%

2,6%Insegurança alimentar

moderada e alta

7,5%Insegurança alimentar

ligeira

89,9% Segurança alimentar

10,1% Insegurança

alimentar

MULHERES 12,3%

HOMENS 7,8%

ADULTOS 10,4%

IDOSOS 8,8%

COM 11,4%

SEM 9,4%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

50%

40%

30%

20%

10%

0%Total

19,1

%

Agregados familiares sem <18

Agregados familiares com <18

Insegurança alimentar total

Insegurança alimentar ligeira

Insegurança alimentar moderada e grave

7,6%

2,8%

16,3

%

6,4%

2,3%

30,9

%

9,9%

2,6%

37,8

%

15,0

%

4,9%

1,5%

24,4

%

10,7

%

4,3%

1,6%

14,9

%

3,4%

0,7%

0,1%

Nenhum, 1º e 2º ciclo EBS 3º ciclo EBS Ensino superior Menos de 485€ 485 - 970€ Mais de 1940€971 - 1940€

Em 2015-2016, 10% das famílias em Portugal experimentaram insegurança alimentar, ou seja, tiveram dificuldade, durante este período, de fornecer alimentos suficientes a toda a família, devido à falta de recursos financeiros; a maioria destas famílias tem menores de 18 anos. Existem disparidades por região nas prevalências de insegurança alimentar padronizadas para sexo e idade, mais elevadas nas Regiões Autónomas e com situações de maior severidade no Alentejo.

Uma em quatro famílias indicaram experimentar insegurança alimentar moderada ou grave, durante este período.

A prevalência de insegurança alimentar é maior, durante este período, nas famílias com menores de 18 anos (11,4%), embora na sua expressão mais ligeira, revelando a incapacidade das crianças e jovens, nestas famí-lias, terem uma alimentação saudável, adequada e variada.

As famílias com rendimentos disponíveis inferiores e as famílias com baixa escolaridade apresentaram prevalências de insegurança alimentar subs-tancialmente mais elevadas e mais severas do que as restantes famílias.

A informação recolhida permitirá produzir conhecimento detalhado e ri-goroso sobre a insegurança alimentar em Portugal, nutrição e saúde.

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Açores 32,2%

Madeira29,1%

Apenas 36% dos jovens entre os 15-21 anos são considerados fisicamente ativos, cumprindo com as recomendações para a prática de atividade física. Essa percentagem ainda diminui nos adultos (27%) e nos idosos (22%).

A prevalência nacional de prática ‘regular’ de atividade física desportiva e/ou de lazer programada é de 41,8%, sendo mais elevada nas crianças (61%) e menor nos idosos (33%). Esta prevalência é inferior na Região Autónoma da Madeira (33,1%) e superior na região Norte (44,8%).

A prevalência de sedentarismo – nível mais baixo de atividade física – é de 37% para os jovens, 42% para os adultos e 48% para os idosos.

A prevalência de crianças (3-14 anos) que participa em brincadeiras ativas, em média 60 ou mais minutos por dia, é superior a 70%, independente-mente de ser um dia de semana ou de fim de semana. Durante a semana, a maioria das crianças (87%) passa duas ou menos horas por dia a ver te-levisão. Ao fim de semana, apenas 54,5% das crianças vê televisão por um período inferior ou igual a duas horas por dia.

ATIVIDADE FÍSICA

Distribuição espacial (por região NUTS II) da prevalência de indivíduos ativos, em indivíduos com 15 ou mais anos

32,8%

28.5%

19,8%

19.8%

21%

Tipos de atividades desportivas e/ou de lazer programadas e regulares, mais frequentes, por grupo etário

Tempo passado a ver televisão (≤ 2h/dia) em crianças dos 3 aos 14 anos de idade

Prevalência de participação em brincadeiras ativas (≥ 60 min/dia) em crianças dos 3 aos 14 anos de idade

Prevalência de indivíduos ativos e moderadamente ativos em jovens, adultos e idosos

Prevalência de sedentarismo em jovens, adultos e idosos

Moderadamente ativos

Ativos

Jovens (15-21 anos) Adultos (22-64 anos) Idosos (65-84 anos)

Jovens (15-21 anos) Adultos (22-64 anos) Idosos (65-84 anos)

Sim

Não

Prevalência de prática ‘regular’ de atividade física desportiva e/ou de lazer programada

70%

40%

30%

20%

10%

0%

50%

60%

Total Feminino Masculino Crianças (3-9 anos)

Adolescentes (10-17 anos)

Adultos (18-64 anos)

Idosos (65-84 anos)

41,8% 39,0%44,7%

61,0% 59,0%

40,3%33,1%

Adultos: Caminhada

Idosos: Caminhada

Crianças: Natação

Adolescentes: Futebol

Sem

ana

Fim

-de-

sem

ana

Raparigas Rapazes

69,9

%

75,4

%

74,5

%

82,5

%

Total

72,2

%

78,9

%

≤2h

TV /

sem

ana

≤2h

TV /

fds

Raparigas Rapazes

86,7

%

58,8

%

87,2

%

50,6

%

Total

87,0

%

54,5

%

Page 7: O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, IAN-AF 2015 … Brochura... · 2018. 11. 2. · O contributo percentual de gordura saturada é superior nas crianças (12,1%)

5,9 milhões de Portugueses (quase 6 em cada 10 Portugueses) têm obesi-dade ou pré-obesidade. Os idosos são o grupo mais vulnerável - 8 em cada 10 têm obesidade ou pré-obesidade.

As prevalências padronizadas para sexo e idade de obesidade abdominal são mais elevadas na RA Açores (61,7%) e na região Centro (59,8%) e mais reduzidas na AM Lisboa (45,5%) e no Norte (47,9%).

As prevalências de obesidade, de pré-obesidade e de obesidade abdominal são sempre superiores nos indivíduos menos escolarizados. Nos indivíduos com um nível de escolaridade inferior ao 2º ciclo do ensino básico a pre-valência de obesidade é de 38,5% enquanto nos indivíduos com ensino superior é de 13,2%. Nos idosos as disparidades por nível de escolaridade são inferiores.

ESTADO NUTRICIONAL

Prevalência de obesidade, por sexo e grupo etário

Prevalência de pré-obesidade, por sexo e grupo etário

22,0%

20,1%

28,2%

19,2%

22,5%

Açores 30,4%

Madeira22,3%

Prevalência de risco muito aumentado de obesidade abdominal (razão perímetro cintura-anca), para o total de adultos e por grupo etário

Obesidade

36,6%

36,2%

35,2%

36,3%

31,1%

Açores 31,2%

Madeira35,9%

Pré-obesidade

50%

40%

30%

20%

10%

0%Total Feminino Masculino Crianças

(<10 anos)Adolescentes (10-17 anos)

Adultos (18-64 anos)

Idosos (65-84 anos)

50%

40%

30%

20%

10%

0%Total Feminino Masculino Crianças

(<10 anos)Adolescentes (10-17 anos)

Adultos (18-64 anos)

Idosos (65-84 anos)

22,3

%

24,3

%

20,1

%

7,7% 8,7%

21,6

%

39,2

%

34,8

%

30,7

% 38,9

%

17,3

% 23,6

%

36,5

% 41,8

%

100%

80%

60%

40%

20%

0%Total Adultos (18-64 anos) Idosos (65-84 anos)

50,5

%

39,2

%

62,0

%

42,7

%

29,5

%

55,4

%

80,2

%

71,9

%

90,1

%

Nacional Feminino Masculino

A prevalência nacional de risco muito aumentado de obesidade abdominal (perímetro da cintura-anca) na população adulta é de 50,5%, superior no sexo masculino (62,0% vs. 39,2%). No grupo etário dos idosos, 80% apresenta obesidade abdominal.

A prevalência nacional de obesidade é de 22,3% superior no sexo feminino (24,3% vs. 20,1%) e de magnitude bastante superior nos indivíduos idosos (39,2%). A prevalência de pré-obesidade a nível nacional é de 34,8% e de eutrofia/magreza de 43,0%.

Existem disparidades por região - a Região Autónoma dos Açores (32,8%) e o Alentejo (27,6%) têm as prevalências de obesidade, padronizadas para sexo e idade, mais elevadas e as regiões Centro (19,0%) e Norte (21,5%) do país as mais baixas, próximas da média nacional (22%).

Os indicadores apresentados foram objetivamente medidos e classificados de acordo com os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde

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CONSÓRCIO

INSTITUIÇÕES DE APOIO

FINANCIAMENTO

Comentário final

A informação gerada pelo IAN-AF 2015-2016, recolhida de forma harmonizada a nível europeu, permite a avaliação de indicadores e a sua comparação com outros países, bem como suportará a definição de políticas públicas e intervenções na área alimentar e de atividade física ao nível europeu, nacional e regional.

A informação e as estruturas desenvolvidas no âmbito do projeto, representam um ponto de partida importante para a monitorização futura, idealmente integrada no tão desejado Sistema de Vigilância que inclua não só a componente de monitorização sustentada no tempo, mas também a de desenho, implementação e avaliação de intervenções.

O desenvolvimento de uma infraestrutura nacional que permita dar continuidade de forma sustentável às políticas públicas, não só do setor da saúde mas, em articulação com outros setores estreitamente relacionados com as áreas da alimentação e da atividade física, será da maior relevância para o país.

Como objetivo último pretende-se que esta informação possa resultar em benefícios para a saúde das populações e para a tão desejada sustentabilidade dos sistemas.

Informação detalhada sobre a metodologia do projeto e resultados adicionais disponível em www.ian-af.up.pt

Agradecemos a todos os que de alguma forma se envolveram neste projeto, e por serem muitos não poderão aqui ser nomeados. Contudo, agradecemos em particular a todos os participantes que voluntariamente, e sem qualquer contrapartida direta, se disponibilizaram a realizar duas entrevistas, deslocando-se por meios próprios às Unidades de Saúde ou abrindo-nos as portas de suas casas!

Programa EEA Grants - Iniciativa de Saúde

Secretaria Regionalda SaúdeInstituto de Adminisração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM