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A2 o Estado Mato Grosso do Sul Campo Grande - MS | Quinta-feira, 15 de setembro de 2016 OPINIãO DO LEITOR A RESPEITO DA EDIçãO DE ONTEM 1 Coletivamente, a manchete de Sábado: Foi: 70% muito importante | 0% pouco importante 30% importante | 0% sem importância 2 Os textos da primeira página continham algum exagero em relação às páginas internas? 0% SIM 100% NãO 3 A charge da edição de ontem foi: 70% interessante | 5% indiferente 20% pouco interessante | 5% não viu 4 Qual foi a notícia mais importante? 5 Dê a sua avaliação à edição de ontem: 90% ótimo | 10% bom | 0% regular | 0% ruim “Marquinhos é investigado pelo MPF por doação ilegal para campanha” “Marquinhos é investigado pelo MPF por doação ilegal para campanha” Rua 14 de Julho, 204 - vila Santa Dorotheia Campo Grande - MS - CEP 79004-392 - PABX: (67) 3345-9000 Comercial | (67) 3345-9030 - [email protected] - [email protected] | Circulação | Atendimento ao assinante: (67) 3345-9050 [email protected] Representantes | Brasília - DF - LC Comunicação e Marketing - SEPS 709/909 lote D sala 215 edifício FAPE - Cep: 70.390-095 Asa Sul - Tel: (61) 3711 8712 / 3443 0462 - e-mail: [email protected] | Rio de Janeiro - RJ - Planejamento Negócios de Mídia LTDA - Avenida Rio Branco, 45, sala 11/15 - Tel: (21) 2263-6468 | São Paulo - SP - Planejamento Negócios de Mídia LTDA - Avenida Jandira, 667 – Bairro Moema - CEP: 04080-004 - Tel: (11) 2985-9444 Fundado em 2 de dezembro de 2002 “Somos o que fazemos. No dia em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.” Padre Antônio Vieira Diretor Rafael Vallér Editor Executivo Humberto Marques [email protected] Opinião [email protected] Política [email protected] Cidades Gabriel Neris [email protected] Economia e Agronegócios Flávio Brito [email protected] Esportes Luciano Shakihama [email protected] Artes e Lazer Elusa Prado [email protected] Cadernos Especiais e Concursos Daiany Albuquerque [email protected] Fotografia Saul Schramm fotografi[email protected] Arte [email protected] Coordenação de pauta Moisés Palácios [email protected] ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (67) 3345-9050 A CIDADE é SUA, O PROBLEMA é NOSSO: [email protected] Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul As possibilidades tecnológicas dos aplicativos são muito mais amplas do que o ambiente tradicional da web Gerson Luiz Mello Martins, jornalista e pesquisador do PPGCOM e Ciberjor-UFMS [email protected] Opinião O Observatório de Arquitetura e Urbanismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) premiou ontem os campo-grandenses com um dos mais aprofundados estudos sobre a ocupação dos espaços da cidade. Conforme o levantamento, que teve entre seus coordenadores o arquiteto, professor e colu- nista do O Estado, Ângelo Arruda, os chamados “vazios urbanos” compreendem cerca de 25% das áreas particu- lares da cidade, enquanto outros 11% sem uso pertencem às diferentes esferas do poder público. Espaços que, por sua natureza –em alguns aspectos literalmente falando–, poderiam ter alguma destinação que ajudasse a resolver um dos mais latentes problemas da Campo Grande atual. A Capital sul-mato-grossense é uma cidade extrema- mente horizontal, na qual a ocupação se deu a partir do loteamento de áreas antes integrantes da zona rural, lo- gicamente cada vez mais distantes de seu eixo central. Ao permitir que o município se expandisse dessa forma, sem nenhuma contenção de fatores como especulação imo- biliária, ganhamos bairros e regiões inteiras distantes, exigindo investimentos massivos para a interligação e a contraprestação de serviços públicos à população que paga caros impostos. Afinal, qual família admitiria perder horas se deslocando a outra parte da cidade atrás de atendimento médico ou de uma escola para seus filhos? Mais bairros exigem mais estruturas de saúde, educação, segurança pública, transporte –não apenas coletivo, mas avenidas capazes de absorver o tráfego de milhares de pessoas indo e vindo todos os dias– e outros serviços mais ou menos demandados. Torna a cidade cara. Um investimento que poderia ser menor caso a ocupação se voltasse para dentro da zona urbana de Campo Grande, isto é, se esses mesmos vazios fossem racionalmente ocupados ou se estimulasse a urbanização adequada de determinadas partes da cidade. O momento para a apresentação desse estudo não po- deria ser mais propício. Neste momento, encaminhamos debates envolvendo a reforma do Plano Diretor –que justamente delimita de que forma a cidade deve crescer– e também participamos de um processo eleitoral onde os eleitos terão a responsabilidade de conduzir a Campo Grande de agora e dos próximos anos e décadas. A cidade que precisamos e queremos deve avaliar agora como deseja ser no futuro. Vazios Marcos Borges Gerson Luiz Mello Martins E m outubro próximo, o Grupo de Pesquisa em Ci- berjornalismo da UFMS realiza, pela sétima vez, o Congresso Internacional de Ciberjornalismo. O evento, que se tornou referência na área e o único no Brasil, vai reunir, novamente, os principais pesquisadores que produzem ciência sobre jornalismo na internet, tec- nologia móvel e redes sociais, entre outros temas. Campo Grande se torna, pelo sétimo ano, a capital brasileira de tecnologia em jornalismo na internet. A iniciativa tem apoio das principais agências de fo- mento à pesquisa no país, principalmente da Capes, nos anos anteriores, e da Fundect, um apoio imprescindível do governo do Estado, desde o ano passado no Governo Reinaldo Azambuja. De outro lado, mesmo por se cons- tituir num evento de reconhecimento internacional e reunir profissionais e pesquisadores de referência em todo o mundo, participaram profissionais como Gumer- cindo Lafuente, jornalista que revolucionou o principal jornal da Espanha (El País); Rosental Alves, jornalista brasileiro que dirige um dos principais centros de pes- quisa sobre jornalismo na internet na Universidade do Texas (EUA); também um dos principais pesquisadores portugueses em dispositivos móveis, João Canavilhas; e os principais pensadores brasileiros que tratam de jornalismo e tecnologia, como Eduardo Pellanda (PUC- -RS), Walter Teixeira Lima (Ufap), Denis Renó (Unesp), Marcos Palácios (UFBA), um dos pioneiros nos estudos sobre jornalismo na internet, além de Elias Machado (UFSC) e Suzana Barbosa (UFBA), entre tantos outros nomes importantes e de respeitabilidade internacional. A despeito do reconhecimento internacional, da marca que registra Campo Grande, a UFMS e Mato Grosso do Sul no cenário mundial como centro de tecnologia e pes- quisa em Ciberjornalismo, a mídia local está alienada do processo, participa muito pouco. Os profissionais locais têm receio de se integrar aos debates. Segundo os pró- prios profissionais locais, um dos motivos é a contestação de um trabalho ainda precário e com procedimentos arcaicos. O reconhecimento, no entanto, é marcado pelo interesse da Subsecretaria de Comunicação, principal fonte de informação do governo do Estado, para quali- ficar seu modus operandi e proporcionar um processo de comunicação jornalística de maneira eficiente. O congresso de 2016, na continuidade da perspectiva de reunir os principais pesquisadores e profissionais da área, terá a participação do professor da Rutgers Uni- versity, John Pavlik, autor do livro “Jornalismo e Novas Mídias”; do jornalista que atuou muitos anos na Folha de S.Paulo e foi fundador do UOL, Caio Túlio Costa; do professor doutor Eduardo Pellanda, PhD pelo MIT (Ins- tituto de Tecnologia de Massachusetts); de Leão Serva, jornalista da Folha de S.Paulo; do professor da Unesp e especialista em narrativas transmídia, Denis Renó; Koldo Meso, professor e catedrático da Universidade do País Basco (Espanha); da professora doutora Irati Agir- reakeunaga, também da Universidade do País Basco; do professor e especialista em design de internet, doutor Ro- drigo Cunha, para discutir a “appificação” do jornalismo, ou seja, a tendência de se usar aplicativos de jornais para distribuição e produção da informação jornalística. Com a popularização dos smartphones, os celulares inteligentes, está consolidado que a leitura das notícias é feita, principalmente, pelo celular, seja por meio das redes sociais ou aplicativos dos jornais. As possibilidades tecnológicas dos aplicativos são muito mais amplas do que o ambiente tradicional da web, acessado via computa- dores. Aplicativos como o Snapchat abrem possibilidades enormes de contextualização da informação jornalística que reúne, num mesmo ambiente, texto, áudio, vídeo, gráficos e animações, além da tradicional imagem fotográfica. Todos esses recursos implicam numa efici- ência maior ainda para a compreensão da informação e também para a atratividade da leitura jornalística. Heitor Freire D esde que o ser humano se sentiu em comunidade, começou a evoluir pela convivência, troca de expe- riências, solidariedade e pela competição. Assim, ao longo dos tempos, foi se congregando em tribos, aldeias, povoados, países, nacionalidades etc. Quando as profissões foram se estabelecendo, aper- feiçoando, evoluindo, sentiu-se a necessidade de pro- mover reuniões que permitissem um aprimoramento profissional, excelência no desempenho –fora do circuito acadêmico–, onde os protagonistas seriam os atores nos cenários de cada profissão. Assim surgiram os congressos, grandes reuniões de cada profissão propiciando troca de ideias, experiências e vivências, possibilitando aos assistentes a oportunidade de compartilhamento e evolução. No mercado imobiliário não foi diferente. Desde o começo, os líderes que inspiraram e lideraram os nossos colegas sentindo a necessidade de promover uma união da classe começaram em 1957, no Rio de Janeiro, quando só existiam seis sindicatos, realizando o primeiro Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis, que a partir daí foi se expandindo por todo o país, chegando à sua 26ª versão com um temário atualíssimo: “O Brasil passado a limpo”. Congresso este realizado na semana passada em Bonito. Em Mato Grosso do Sul, já havia sido realizado o 12º Congresso em 1983. À época, como presidente do sindi- cato, senti na pele o que representava o compromisso e a responsabilidade de organizar e promover um evento dessa natureza. Contei com o apoio inestimável do colega Antônio Simas, do Sindicato de São Paulo, coordenador- -geral do Congresso. E com a participação indispensável dos colegas Levi Faustino Ratier, Claudemir das Neves, Carlos Roberto Charles Gonçalves, Onofre Rodrigues de Santana e Farid Sandre de Melo (in memoriam), que se ombrearam comigo na realização do evento. Hoje não foi diferente. A presidente Marta Recalde Lino (que presidiu o Congresso com porte de rainha) contou, desde o princípio, com o apoio do colega Joaquim Antônio Mendonça Ribeiro, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, e liderou uma equipe constituída por companheiros dedicados, competentes, leais e com- promissados com a classe, como James Antônio Gomes (responsável pela escolha do Estado, em 2014, em Curi- tiba, quando presidente do Sindicato; foi o coordenador- -geral do congresso), William Morais, Walter Aparecido Leite Júnior (também ex-presidente do sindicato), João Henrique Pestana, João Araújo, contando ainda com a so- lidariedade e a participação do presidente do Creci, Delso José de Souza. Esta equipe percorreu todos os quadrantes do Estado, divulgando o Congresso. Foram gigantes. Destaco também a participação feminina com Ales- sandra Souza, Iara Garcia e Lucimar Silva, e ainda Adriano Machado e Frederico Soares Metz. Gratas revelações. Des- taco como fundamental a participação da secretária-geral do sindicato, Ione Santos Souza, sem dúvida a espinha dorsal da instituição. É evidente que quando se citam as pessoas envolvidas, corre-se o risco de algum esqueci- mento, do que, desde já me penitencio. Agora, o Congresso com o tema “Brasil Passado a Limpo”, proporcionou a todos os participantes, entre outras, a oportunidade de reciclagem profissional (Marketing Imobiliário e Tecnologia, Mercado Imobiliário Nacional e Internacional, o novo Código de Processo Civil e o Mercado Imobiliário, Seguro Fiança e Capitalização), e de assistir a momentos históricos na profissão como o lançamento da plataforma Fenaci e Universidade Corporativa. Destaco as palestras: de avaliação comportamental, “Ética e Corrupção no Mundo Contemporâneo: Tem so- lução?”, proferida pelo professor Leandro Karnal, “Ética na Política e Análise do Momento Atual”, pelo ex-senador Pedro Simon, que do alto de seus 86 anos de vida e 60 de política deu uma aula de história. O ciclo de palestras se encerrou com chave de ouro: “Brasil Passado a Limpo: 10 Medidas Contra a Corrupção”, pela procuradora e membro da Operação Lava Jato Jerusa Burmann Viecili. O Congresso foi também testemunha de uma verda- deira união da nossa profissão, com a participação mar- cante do presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoro da Silva. Enfim, uma realização de gigantes, com as bênçãos de Deus. * O Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul, realizou em Bonito, de 4 a 6 de setembro, o 26º Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis. O jornal e o aplicativo de celular Uma grande realização Jornalista e pesquisador do PPGCOM e Ciberjor-UFMS Corretor de imóveis e advogado Editorial

O jornal e o aplicativo de celular - 【ポイント10 ... · nologia móvel e redes sociais, entre outros temas. ... tecnologia em jornalismo na internet. ... A despeito do reconhecimento

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A2 o Estado Mato Grosso do Sul Campo Grande - MS | Quinta-feira, 15 de setembro de 2016

OpiniãO dO leitOr a respeitO da ediçãO de Ontem

1 Co le ti va men te, a man che te de Sábado:

Foi: 70% mui to im por tan te | 0% pouco im por tan te 30% im por tan te | 0% sem im por tân cia

2 Os tex tos da pri mei ra pá gi na con ti nham algum exa ge ro em re la ção às pá gi nas in ter nas? 0% sim 100% nãO

3 A charge da edição de ontem foi: 70% interessante | 5% indiferente 20% pouco interessante | 5% não viu

4 Qual foi a notícia mais importante?

5 dê a sua avaliação à edição de ontem: 90% ótimo | 10% bom | 0% regular | 0% ruim

“marquinhos é investigado pelo mpFpor doação ilegal para campanha”

“marquinhos é investigado pelo mpFpor doação ilegal para campanha”

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“somos o que fazemos. no dia em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.”

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Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

As possibilidades tecnológicas dos aplicativos são muito mais amplas do que o ambiente tradicional da webGerson Luiz Mello Martins, jornalista e pesquisador do PPGCOM e Ciberjor-UFMS

[email protected]ão

O Observatório de Arquitetura e Urbanismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) premiou ontem os campo-grandenses com um

dos mais aprofundados estudos sobre a ocupação dos espaços da cidade. Conforme o levantamento, que teve entre seus coordenadores o arquiteto, professor e colu-nista do O Estado, Ângelo Arruda, os chamados “vazios urbanos” compreendem cerca de 25% das áreas particu-lares da cidade, enquanto outros 11% sem uso pertencem às diferentes esferas do poder público. Espaços que, por sua natureza –em alguns aspectos literalmente falando–, poderiam ter alguma destinação que ajudasse a resolver um dos mais latentes problemas da Campo Grande atual.

A Capital sul-mato-grossense é uma cidade extrema-mente horizontal, na qual a ocupação se deu a partir do loteamento de áreas antes integrantes da zona rural, lo-gicamente cada vez mais distantes de seu eixo central. Ao permitir que o município se expandisse dessa forma, sem nenhuma contenção de fatores como especulação imo-biliária, ganhamos bairros e regiões inteiras distantes, exigindo investimentos massivos para a interligação e a contraprestação de serviços públicos à população que

paga caros impostos. Afinal, qual família admitiria perder horas se deslocando a outra parte da cidade atrás de atendimento médico ou de uma escola para seus filhos?

Mais bairros exigem mais estruturas de saúde, educação, segurança pública, transporte –não apenas coletivo, mas avenidas capazes de absorver o tráfego de milhares de pessoas indo e vindo todos os dias– e outros serviços mais ou menos demandados. Torna a cidade cara. Um investimento que poderia ser menor caso a ocupação se voltasse para dentro da zona urbana de Campo Grande, isto é, se esses mesmos vazios fossem racionalmente ocupados ou se estimulasse a urbanização adequada de determinadas partes da cidade.

O momento para a apresentação desse estudo não po-deria ser mais propício. Neste momento, encaminhamos debates envolvendo a reforma do Plano Diretor –que justamente delimita de que forma a cidade deve crescer– e também participamos de um processo eleitoral onde os eleitos terão a responsabilidade de conduzir a Campo Grande de agora e dos próximos anos e décadas. A cidade que precisamos e queremos deve avaliar agora como deseja ser no futuro.

Vazios Marcos Borges

Gerson luiz mello martins

Em outubro próximo, o Grupo de Pesquisa em Ci-berjornalismo da UFMS realiza, pela sétima vez, o Congresso Internacional de Ciberjornalismo. O

evento, que se tornou referência na área e o único no Brasil, vai reunir, novamente, os principais pesquisadores que produzem ciência sobre jornalismo na internet, tec-nologia móvel e redes sociais, entre outros temas. Campo Grande se torna, pelo sétimo ano, a capital brasileira de tecnologia em jornalismo na internet.

A iniciativa tem apoio das principais agências de fo-mento à pesquisa no país, principalmente da Capes, nos anos anteriores, e da Fundect, um apoio imprescindível do governo do Estado, desde o ano passado no Governo Reinaldo Azambuja. De outro lado, mesmo por se cons-tituir num evento de reconhecimento internacional e reunir profissionais e pesquisadores de referência em todo o mundo, participaram profissionais como Gumer-cindo Lafuente, jornalista que revolucionou o principal jornal da Espanha (El País); Rosental Alves, jornalista brasileiro que dirige um dos principais centros de pes-quisa sobre jornalismo na internet na Universidade do Texas (EUA); também um dos principais pesquisadores portugueses em dispositivos móveis, João Canavilhas; e os principais pensadores brasileiros que tratam de

jornalismo e tecnologia, como Eduardo Pellanda (PUC--RS), Walter Teixeira Lima (Ufap), Denis Renó (Unesp), Marcos Palácios (UFBA), um dos pioneiros nos estudos sobre jornalismo na internet, além de Elias Machado (UFSC) e Suzana Barbosa (UFBA), entre tantos outros nomes importantes e de respeitabilidade internacional.

A despeito do reconhecimento internacional, da marca que registra Campo Grande, a UFMS e Mato Grosso do Sul no cenário mundial como centro de tecnologia e pes-quisa em Ciberjornalismo, a mídia local está alienada do processo, participa muito pouco. Os profissionais locais têm receio de se integrar aos debates. Segundo os pró-prios profissionais locais, um dos motivos é a contestação de um trabalho ainda precário e com procedimentos arcaicos. O reconhecimento, no entanto, é marcado pelo interesse da Subsecretaria de Comunicação, principal fonte de informação do governo do Estado, para quali-ficar seu modus operandi e proporcionar um processo de comunicação jornalística de maneira eficiente.

O congresso de 2016, na continuidade da perspectiva de reunir os principais pesquisadores e profissionais da área, terá a participação do professor da Rutgers Uni-versity, John Pavlik, autor do livro “Jornalismo e Novas Mídias”; do jornalista que atuou muitos anos na Folha de S.Paulo e foi fundador do UOL, Caio Túlio Costa; do professor doutor Eduardo Pellanda, PhD pelo MIT (Ins-

tituto de Tecnologia de Massachusetts); de Leão Serva, jornalista da Folha de S.Paulo; do professor da Unesp e especialista em narrativas transmídia, Denis Renó; Koldo Meso, professor e catedrático da Universidade do País Basco (Espanha); da professora doutora Irati Agir-reakeunaga, também da Universidade do País Basco; do professor e especialista em design de internet, doutor Ro-drigo Cunha, para discutir a “appificação” do jornalismo, ou seja, a tendência de se usar aplicativos de jornais para distribuição e produção da informação jornalística.

Com a popularização dos smartphones, os celulares inteligentes, está consolidado que a leitura das notícias é feita, principalmente, pelo celular, seja por meio das redes sociais ou aplicativos dos jornais. As possibilidades tecnológicas dos aplicativos são muito mais amplas do que o ambiente tradicional da web, acessado via computa-dores. Aplicativos como o Snapchat abrem possibilidades enormes de contextualização da informação jornalística que reúne, num mesmo ambiente, texto, áudio, vídeo, gráficos e animações, além da tradicional imagem fotográfica. Todos esses recursos implicam numa efici-ência maior ainda para a compreensão da informação e também para a atratividade da leitura jornalística.

Heitor Freire

Desde que o ser humano se sentiu em comunidade, começou a evoluir pela convivência, troca de expe-riências, solidariedade e pela competição. Assim,

ao longo dos tempos, foi se congregando em tribos, aldeias, povoados, países, nacionalidades etc.

Quando as profissões foram se estabelecendo, aper-feiçoando, evoluindo, sentiu-se a necessidade de pro-mover reuniões que permitissem um aprimoramento profissional, excelência no desempenho –fora do circuito acadêmico–, onde os protagonistas seriam os atores nos cenários de cada profissão.

Assim surgiram os congressos, grandes reuniões de cada profissão propiciando troca de ideias, experiências e vivências, possibilitando aos assistentes a oportunidade de compartilhamento e evolução.

No mercado imobiliário não foi diferente. Desde o começo, os líderes que inspiraram e lideraram os nossos colegas sentindo a necessidade de promover uma união da classe começaram em 1957, no Rio de Janeiro, quando só existiam seis sindicatos, realizando o primeiro Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis, que a partir daí foi se expandindo por todo o país, chegando à sua 26ª versão com um temário atualíssimo: “O Brasil passado a limpo”. Congresso este realizado na semana passada em Bonito.

Em Mato Grosso do Sul, já havia sido realizado o 12º Congresso em 1983. À época, como presidente do sindi-cato, senti na pele o que representava o compromisso e

a responsabilidade de organizar e promover um evento dessa natureza. Contei com o apoio inestimável do colega Antônio Simas, do Sindicato de São Paulo, coordenador--geral do Congresso. E com a participação indispensável dos colegas Levi Faustino Ratier, Claudemir das Neves, Carlos Roberto Charles Gonçalves, Onofre Rodrigues de Santana e Farid Sandre de Melo (in memoriam), que se ombrearam comigo na realização do evento.

Hoje não foi diferente. A presidente Marta Recalde Lino (que presidiu o Congresso com porte de rainha) contou, desde o princípio, com o apoio do colega Joaquim Antônio Mendonça Ribeiro, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, e liderou uma equipe constituída por companheiros dedicados, competentes, leais e com-promissados com a classe, como James Antônio Gomes (responsável pela escolha do Estado, em 2014, em Curi-tiba, quando presidente do Sindicato; foi o coordenador--geral do congresso), William Morais, Walter Aparecido Leite Júnior (também ex-presidente do sindicato), João Henrique Pestana, João Araújo, contando ainda com a so-lidariedade e a participação do presidente do Creci, Delso José de Souza. Esta equipe percorreu todos os quadrantes do Estado, divulgando o Congresso. Foram gigantes.

Destaco também a participação feminina com Ales-sandra Souza, Iara Garcia e Lucimar Silva, e ainda Adriano Machado e Frederico Soares Metz. Gratas revelações. Des-taco como fundamental a participação da secretária-geral do sindicato, Ione Santos Souza, sem dúvida a espinha dorsal da instituição. É evidente que quando se citam as

pessoas envolvidas, corre-se o risco de algum esqueci-mento, do que, desde já me penitencio.

Agora, o Congresso com o tema “Brasil Passado a Limpo”, proporcionou a todos os participantes, entre outras, a oportunidade de reciclagem profissional (Marketing Imobiliário e Tecnologia, Mercado Imobiliário Nacional e Internacional, o novo Código de Processo Civil e o Mercado Imobiliário, Seguro Fiança e Capitalização), e de assistir a momentos históricos na profissão como o lançamento da plataforma Fenaci e Universidade Corporativa.

Destaco as palestras: de avaliação comportamental, “Ética e Corrupção no Mundo Contemporâneo: Tem so-lução?”, proferida pelo professor Leandro Karnal, “Ética na Política e Análise do Momento Atual”, pelo ex-senador Pedro Simon, que do alto de seus 86 anos de vida e 60 de política deu uma aula de história. O ciclo de palestras se encerrou com chave de ouro: “Brasil Passado a Limpo: 10 Medidas Contra a Corrupção”, pela procuradora e membro da Operação Lava Jato Jerusa Burmann Viecili.

O Congresso foi também testemunha de uma verda-deira união da nossa profissão, com a participação mar-cante do presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoro da Silva. Enfim, uma realização de gigantes, com as bênçãos de Deus.

* O Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul, realizou em Bonito, de 4 a 6 de setembro, o 26º Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis.

O jornal e o aplicativo de celular

Uma grande realização

Jornalista e pesquisador do PPGCOM e Ciberjor-UFMS

Corretor de imóveis e advogado

Editorial