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O Maior Maluco do Riso! - static.fnac-static.com · à monstro do Frankenstein). Por isso, nunca tenho de ter medo de que venham a correr para me agarrar ... para um bully dar-nos

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EU CÓMICOO Maior Maluco do Riso!

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Eu e este tipo

somos bue comicos!

´

JAMES PATTERSON é um dos escritores mais bem-sucedidos em todo o mundo, autor das coleções infantojuvenis Maximum Ride, Witch & Wizard e Daniel X (ficção científica), do li-vro Med Head e da coleção policial protagonizada pelo detetive Alex Cross. As suas obras são bestsellers internacionais, tendo recebido vários prémios ao longo da sua carreira, incluindo o de Autor do Ano 2010 dos Children’s Choice Book Awards. Foi o autor que mais livros vendeu em 2010 e 2011 em todo o mundo. Vive na Florida.

CHRIS GRABENSTEIN é um autor multipremiado pelos seus thrillers e livros de mistérios. Colaborou com James Patterson no livro Daniel X: Armageddon. Vive em Nova Iorque.

LAURA PARK, artoonista e ilustradora, desenhou todas as ilus-trações de Escola: Os piores anos da minha vida e Escola 2: O re-belde está de volta!, ambos escritos por James Patterson. Vive em Chicago com o seu animal de estimação, uma pomba.

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PRÓLOGO

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A SUAR EM BICA

Alguma vez fizeram uma palermice daquelas mes-mo grandes, como, sei lá… tentar pôr uma sala cheia de gente a rir até cair para o lado?

Que disparate, não é?

UM

CONCURSO

MAIS COMICOO MIUDO

Do MUNDO

--

N i ngu Em

quer s a b er d e

h i s tor i a s d e

LOIRAS!

NADAde piadas

secas!

PROIBIDO

a adultos!!!

-

-

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Pois bem, é por isso que a minha humilde história vai começar com um pouco de tensão, daquela chata, e mais um bocadinho de drama a atirar para o pesado (e ainda, esperemos, algumas piadas, senão damos todos em doidos).

Ora bem, então como é que me fui meter nesta alhada? Como é que fui parar ao palco de um clube de comédia, vermelho como um leitão a assar debaixo de um foco de luz que punha em destaque as manchas de suor da minha camisola (incluindo aquela que tem o formato do Jabba, da Guerra das Estrelas), diante de milhares de olhos que me observam, penetrantes?

Boa pergunta, esta que me colocam.O que ando eu, Jamie Grimm, a fazer, tentando

ganhar um concurso chamado O Miúdo Mais Cómico do Mundo? Que ideia foi a minha?

Esperem: a coisa vai piorar.Enquanto o público olhava para mim, à espera de

que eu dissesse alguma coisa engraçada, eu estava no palco a engasgar-me.

Isso mesmo – deu-me uma branca.De maneira que disse apenas: «Não, estou só a falar

para dentro.»Mas esse era o ponto alto da piada. No fim.

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Só faltava tudo aquilo que vinha antes do final da piada. Ou seja, tudo aquilo de que não me lembrava.

De modo que suei um pouco mais. E o público observou-me um pouco mais.

Acho que não é bem assim que devia decorrer a atuação de um comediante. Tenho quase a certeza de que uma coisa destas envolve piadas. E pessoas a rir.

O putobloqueou!

Esta tao geladoque parece um Calippo!

´ ~

Ao menos conseguiu dizer alguma coisa.

Falar para dentro? Que piada e esta?´

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– Hum… Olá. – Finalmente, consegui pronunciar algumas palavras. – No outro dia, lá na escola, uma professora foi dar-nos uma aula de substituição. Era muito durona. Parecia o Darth Vader, mas em mulher. Tinha a mesma respiração pesada, a mesma voz grave. Ao fazer a chamada, a professora perguntou: «Estás a mascar pastilha?» E eu respondi: «Não, estou só a falar para dentro.»

Esperei (durante o que pareceram ser horas) e, sim, o público soltou uma ligeira risada. Não foi propriamente uma gargalhada, mas foi melhor do que nada.

Muito bem. Ufa! Sei contar uma piada. Nem tudo está perdido. Ainda. Mas esperem aí um segundo. Temos de falar sobre outro assunto. É preciso orientar a história noutro sentido.

«Outro sentido?», perguntam vocês. «Já?»Pois é. E por esta não esperavam, acreditem em

mim.Para ser franco, nem eu esperava.

Falar para dentro? Que piada e esta?

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DOIS

SENHORAS E SENHORES… EU!

Oh, nao! Acho que estacionei no sitio errado.´

~

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Olá. Passo a apresentar-me: sou o Jamie Grimm. Sou co me diante, mas não faço stand-up; faço piadas sentado na minha cadeira de rodas.

Conseguem aceitar esta ideia? Algumas pes soas conseguem. Outras, não. Às vezes, nem eu próprio consigo lidar com isto (praticamente todas as manhãs, quando acordo e olho para o espelho).

Mas sabem, é aquilo que se costuma dizer: «Se a vida te der limões, aprende a fazer malabarismo.»

Ou, melhor ainda, aprende a fazer rir.Foi isso que decidi fazer. Tentei ensinar-me a mim

mesmo a ser engraçado. Consultei todos os livros e sites humorísticos que havia para ler, de modo a poder tornar-me um comediante e pôr as pessoas a rir.

Acho que se pode dizer que fiquei obcecado por me tornar um humorista de stand-up – embora não possa vir a sê-lo, pelo menos literalmente.

Mas ao contrário do que acontece com muitos outros trabalhos de casa (Matemática, sabes bem que estou a falar de ti), este foi divertido.

Estudei todos os grandes nomes: Jon Stewart, Jerry Seinfeld, Kevin James, Ellen DeGeneres, Chris Rock, Steven Wright, Joan Rivers, George Carlin.

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PIADAS para TOTOSPreparacao + ponto alto da piada + timing = HA-HA2

Riso abafado x riso forcado

= BAH!!Piada furada

As palavras que tenham a letra X

sao SEMPRE comicas:

Xaropada,

Xilofone,

Xingar,

Xerife.

. . .AH, ESPERA, JA PERCEBI!

Porque e que

a galinha

Peidos Arrotos

HUM?

NAO PERCEBO

~

-

´

~,,

-~

-Ideias para

piadas:

Zombies

Pinguins

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HUM?

Enchi dezenas de cadernos com piadas inventadas por mim, como aquela que contei no concurso.

– Uau, temos casa cheia – comentei, observando o público. – Só há lugares para quem aceite ficar em pé. Ainda bem que trouxe a minha própria cadeira.

Demorou uns segundos, mas eles riram-se – assim que lhes dei a entender que não havia problema, sor-rindo também.

E esta segunda gargalhada? Bem, não há dúvida de que foi mais sonora do que aquela primeira risada. Quem sabe se eu não ganharia mesmo?

Já não estava apenas nervoso, estava empol gado!Queria mesmo, mesmo, mesmo dar o meu melhor

para me tornar o Miúdo Mais Cómico do Mundo.É que, de certa forma, toda a minha vida pare-

cia ter convergido para esse momento de emoção (e trans pi ração…) sob as luzes da ribalta!

Um dia sem sol e

alegria

e como... bem... a n

oite!

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PRIMEIRA PARTEO Caminho até Ronkonkoma

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Capítulo 1

BEM-VINDOS AO MEU MUNDO

Ei! Acho que estamos a pôr a carroça à frente dos bois. Se calhar devíamos voltar ao princípio.

Vejamos então um dia típico da minha vida nor-mal e rotineira em Long Beach, um subúrbio da cidade de Nova Iorque, muito antes da minha deveras estranha aparição no Clube de Comédia de Ronkonkoma.

Cá estou eu, um miúdo normal, num dia normal, a abrir a porta normal de uma casa normal e a dirigir--se para uma escola banal.

Os zombies andam por toda a parte.Pelo menos, é isso que vejo. Podem chamar-lhes

«pessoas normais»: para mim, estes tipos assustado-res que se arrastam pelos passeios são mortos-vivos!

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PARE. OLHE.

P R O V E

o delicioso

MacCerebro

burguer

MacCereb

ro

Sacie o

seu ape

tite

PARA TODO O SEMPRE.

Cér ebro

-

-

CAMBALEIE.

TAX I-

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Não passam de uma data de monstros sem cére-bro que trepam para fora dos seus buracos no chão e se arrastam para os seus trabalhos, todos os dias. Acenam na minha direção e cumprimentam-me com um grunhido: «Oláa, Jaamie!» Devolvo o cumprimen-to e o grunhido.

E quais são as ruas que os meus amigos zombies preferem? Os becos sem saída, como é óbvio.

Felizmente, os meus vizinhos andam extremamen-te devagar (com muito arrastar de pés e um cambalear à monstro do Frankenstein). Por isso, nunca tenho de ter medo de que venham a correr para me agarrar e tirar-me o cérebro às colheradas, como se eu fosse um pudim de dose individual.

Há um zombie que encontro quase todas as ma-nhãs. Costuma estar a bebericar o café e a comer um bolo.

«Os zombies comem bolos com as mãos?», poderão perguntar vocês.

Não. Normalmente comem as mãos à parte.Estão a ver aqueles polícias que supervisionam

as portas das escolas? Há um que consegue mandar parar o trânsito só por erguer uma mão. De outra pessoa, claro.

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Haverá mesmo zombies no caminho que faço para a escola todas as manhãs?

Claro que sim! Mas só na minha cabeça. Só na minha imaginação. Acho que se pode dizer que tento ver o lado cómico de todas as situações. Bem que podiam tentar fazer isto, um dia destes. Torna a vida muito mais interessante.

Mas então, como foi que acabei neste subúrbio de mortos-vivos, não muito longe da cidade de Nova Iorque?

Pois bem, meus amigos, essa é uma história deve-ras interessante…

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UM DESCONHECIDO NUMA TERRA AINDA MAIS DESCONHECIDA

Mudei-me para Long Beach, em Long Island, há poucos meses, vindo de uma terra pequena. Acho que se pode mesmo dizer que sou um saloio que vem do campo.

Capítulo 2

Proxima saida

Almoco

Hum... Espero nao me ter esquecido de trazer as minhas pulgas!

,

~

- -

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Resumindo, não sou de Long Beach, nem me parece que alguma vez me venha a sentir em casa aqui. Alguma vez sentiram que não encaixam? Que não pertencem a um lugar, mas que estão como que presos a esse sítio? Pois, é precisamente assim que me sinto todos os dias.

Mudar para uma cidade novinha em folha implica também ter de enfrentar uma data de miúdos novos, e de putos brutos, numa escola desconhecida.

Como em todas as escolas que frequentei, os corredores da Secundária de Long Beach estão forrados com cartazes de todos os tipos a apelar ao fim da violência entre alunos. Só que há um problema: acho que os miúdos que batem não leem muito. Saber ler não é requisito obrigatório nos tão reputados campos do insulto, do murro e da agressão em geral.

Querem saber o segredo para não ser agredido?Bem, não tenho provas científicas, nem nada que

se pareça, mas a minha experiência diz-me que a comédia ajuda. A maior parte das vezes, pelo menos.

Isso mesmo: nunca subestimem o poder de uma boa gargalhada. É uma arma capaz de travar os monstros mais temíveis da secundária.

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Por exemplo, se atirarmos uma piada ao bully da escola, ele (ou ela) poderá ficar tão distraído com o ataque de riso que o assoma que nem se lembra de nos responder. É verdade: torna-se muito difícil para um bully dar-nos um soco se estiver agarrado à barriga, debruçado, a rir às gargalhadas.

Ri, e o mundo rira contigo; da um pum, e o mundo deixara

de rir.

BULLYING!BATE NOBULLYINGFORA

COM OBULLYING!

VENCE O

--

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Assim, todas as manhãs, antes de ires para a escola, não te esqueças de embrulhar umas boas piadas juntamente com o almoço. Por exemplo, podes distrair o teu bully com uma piada rápida de um dos meus comediantes preferidos de sempre, Steven Wright: «Achas que, quando pediam ao George Washington para apresentar uma identificação, ele se limitava a sacar de uma nota de dólar?»

Se isso não funcionar, podes optar por uma daque-las do Homer Simpson, que nunca falham: «Telefo-nista? Dê-me o número do 112!»

No fundo, o que quero dizer é que rir é saudável. Muito mais saudável do que levar um soco na barriga. Sobretudo se tivermos tomado um pequeno-almoço substancial.

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Capítulo 3

O JAMIE SALVA A SITUAÇÃO

Claro que a minha nova escola me dá toda a espécie de oportunidades de testar as minhas teorias.

É que, depois de passar pela minha Zona de Zombies Imaginária, tenho um outro demónio à minha espera. Este, bem verdadeiro.

Apresento-vos o Stevie Kosgrov. Considerado o Bully do Ano em Long Beach, pelo terceiro ano consecutivo. Um verdadeiro profissional e mestre do desastre, Kosgrov espalha o terror pela Secundária de Long Beach.

Ao passar pelo recreio, encontrei-o a angariar uns trocos, fazendo experiências com a gravidade com um rapaz do sexto ano. Coitado do miúdo, estava mesmo metido num sarilho. Sei bem do que falo porque já estive no lugar dele: de pernas para o ar, com as moedas dos bolsos a cair para o chão.

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Dirigi-me para junto de Kosgrov e da sua vítima.

Por dentro, estava a tremer, mas tentei não trans-parecer o que sentia. Os bullies sentem o cheiro do medo. E do suor. Além de que têm bastante jeito para tratar de miúdos armados em heróis.

– Oi, Stevie – cumprimentei, da forma mais calma e descontraída que consegui. – Tudo bem?

– Desaparece, Grimm. Estou ocupado.– Na boa. Uma pergunta: ouviste falar da Praga?– Não.

Isto e bem melhor do que um

multibanco!Nada temas:

chegou o comediante para te proteger!

-

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– Não te preocupes. Eu também nunca fui à Europa.

O miúdo de pernas para o ar que estava em vias de ficar sem dinheiro para o almoço riu-se da piada. O Stevie, não.

– E sabes a história daquele cam-peão de karaté que se alistou no exército?

– O que é que lhe aconteceu?– Bem, ouvi dizer que não correu

nada bem. Na primeira vez que fez a continência, por pouco não se matou.

A vítima de Kosgrov desmanchou-se a rir. O Kosgrov? Nem por isso.

Desesperado, tentei de novo, desta vez com o infa-lível «material Homer Simpson»:

– Ontem perguntei ao meu professor: «Mas por que motivo tenho de estudar Inglês? Não estou a pensar em ir a Inglaterra!»

O Stevie continuou sisudo, mas finalmente soltou os tornozelos do miúdo.

O puto caiu no chão, e desapareceu dali com a velo cidade de um carro de Fórmula Um.

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– Obrigado, Jamie! Fico a dever-te uma! – disse ele, ou pelo menos foi o que ouvi. Corria tão depressa que era difícil perceber.

Entretanto, o Kosgrov encontrou outro alvo para a sua fúria. Eu.

Avançou, agarrou ambos os braços da minha cadei ra e inclinou-se. Fiquei gelado, sem me mexer. É o que acontece quando o medo nos paralisa e temos a ca deira travada.

A julgar pelo seu hálito quente e fumegante, percebi que o Stevie Kosgrov acabara de se deliciar com uma taça de cereais de chocolate (com leite que já devia estar fora de validade).

– O que foi? – atirou o Kos grov. – Pensas que não apanhas só porque estás preso a uma cadeira de ro-das, puto esquisito?

– Sim – respondi. – É mais ou menos isso.

Afinal, eu estava muito en ga nado.

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Capítulo 4

PARA BAIXO E PARA CIMA

Fantástico!O Kosgrov mandou-me abaixo. Ou seja, deu-me um

murro com tanta força que acabei de costas no chão, como uma tartaruga virada ao contrário (sem contar com as perninhas a mexer). Fui aniquilado sem apelo nem agravo. Quer dizer, isto se o Kosgrov soubesse o significado da expressão, claro.

Ali deitado no chão, a olhar para o céu, com o cabelo cheio de gravilha, senti que cheguei lá, por fim.

Passarinho, passarinho do meu sonho,

porque fizeste isso ao meu olho?

Levanta-te, seu

inutil!-

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O Stevie Kosgrov bateu-me como se eu fosse um miúdo normal, igual aos outros.

Não me chamou aleijado, nem coxo, nem «Banana das Rodas». Limitou-se a acertar-me na barriga e a rir histericamente quando caí para trás. Até atirou a minha cadeira de rodas para o lado, com um pontapé, para que eu ainda parecesse mais indefeso, esparramado no chão de asfalto.

A isto chama-se progresso.O mundo acabara de se tornar num lugar melhor.Já não era o miúdo da cadeira de rodas (e não

apenas porque me fez cair dela). Sentia-me normal!Sabem, é que, quando nos colocam na prateleira

das «necessidades especiais», ser «normal» é a melhor sensação do mundo.

Por isso, obrigado, Stevie Kosgrov!Nesse momento compreendi por que motivo Vos-

sa Exce lência é o campeão. Atacas qualquer um, indepen dentemente da sua raça, origem, credo ou capa cidades físicas. És um predador da igualdade de oportunidades.

Felizmente, os meus dois melhores amigos, Pierce e Gaynor, vieram ter comigo e ajudaram-me a sentar-me.

Aqueles dois são mesmo fixes. Boa gente.

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– Ei, então? – protestei. – Fiquei à frente no marcador? Quero a desforra! Fui roubado. Onde está o Kosgrov? Deixem-me ir a ele! Ei, Adrian? Conse-guimos! Adriaaan!!!

Pois é, sou um grande fã do Rocky. Também gostei do Puro Aço. E de O Renascer do Campeão.

– Estás bem, Jamie? – perguntou o Pierce.– Nunca estive melhor. Foi espetacular!– A sério, Jamie, vá lá. Para de brincar.– Estou ótimo – insisti. – Não tenho nada partido.

Pelo menos, nada que não estivesse já estragado…

Hum... alguem se importa de me ajudar?

Pancada

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– Tens a certeza?– Absoluta. Acham que vos mentia?Voltámos para a escola. O Pierce e o Gaynor não

me empurram como se eu fosse um bebé de carrinho. Caminham sempre a meu lado, como compinchas.

Como se eu fosse um amigo igual aos outros.Acho que alguém disse uma vez que os amigos são

a família que escolhemos.Vocês nem imaginam a sorte que tenho por o Pierce

e o Gaynor me terem escolhido. São fantásticos. São os maiores.

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