24
O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Novembro de 2019 Ano XI - Nº 127 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J QUANDO A HISTÓRIA SE REPETE! O Soberano Grande Comendador, ilustre e Poderoso Irmão Jorge Luiz de Andrade Lins, 33°, assim como os ilustres e Poderosos Soberanos Grandes Comendadores Montezuma e Bonifácio, fizeram uso no passado em relação a D. Pedro I, concedeu a quebra de interstício para que o ilus- tre Irmão Hamilton Mourão, no exercício de Vice-Presidente da República do Brasil, impossibilita- do de frequentar, regularmente, os Altos Graus, pudesse auferir o patamar maior do Rito mais pra- ticado no Brasil. > 04 e 05 Sapientíssimo Irmão Hamilton Mourão 33º

O MALAHETE Nº 127 - NOVEMBRO 2019 PARA PDF · do à Mestre Maçom 3 dias depois. A história, mais tarde, repetir-se-ia quando do surgimento do Supremo Conselho, por Montezuma. O

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

Linhares - ES, Novembro de 2019Ano XI - Nº 127

[email protected]

Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

QUANDO A HISTÓRIA SE REPETE!O Soberano Grande Comendador, ilustre e Poderoso Irmão Jorge Luiz de Andrade Lins, 33°, assim como os ilustres e Poderosos Soberanos Grandes Comendadores Montezuma e Bonifácio, fizeram uso no passado em relação a D. Pedro I, concedeu a quebra de interstício para que o ilus-tre Irmão Hamilton Mourão, no exercício de Vice-Presidente da República do Brasil, impossibilita-do de frequentar, regularmente, os Altos Graus, pudesse auferir o patamar maior do Rito mais pra-ticado no Brasil. > 04 e 05

Sapientíssimo Irmão Hamilton Mourão 33º

02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019

O Malhete 03O Malhete Novembro de 2019

O Grande Oriente do Brasil, entra na Campanha Novembro Azul. Através da Secretaria Geral de Pre-

vidência e Assistência, no mês Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, buscan-do reforçar a conscien�zação sobre o assunto, encaminha orientações aos Irmãos sobre esse tema de extrema necessidade e importância para os mem-bros e irmãos da federação Gobiana, pois você meu irmão Gobiano, é a pessoa mais importante para nós e para sua família. Abaixo as orientações:O câncer de próstata, �po mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Bra-sil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Ins�tuto Nacional do Câncer (Inca).

O que é a próstata?É uma glândula do sistema reprodutor

masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela locali-za-se abaixo da bexiga e sua principal fun-ção, juntamente com as vesículas .seminais, é produzir o esperma

Sintomas:Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sina-is começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, difi-cultando a cura. Na fase avançada, os sin-tomas são:

Ÿ dor óssea;Ÿ dores ao urinar;Ÿ vontade de urinar com frequência;Ÿ presença de sangue na urina e/ou no

sêmen.

Fatores de risco:Ÿ histórico familiar de câncer de prósta-

ta: pai, irmão e �o;Ÿ raça: homens negros sofrem maior inci-

dência deste �po de câncer;Ÿ obesidade.

Prevenção e tratamento:A única forma de garan�r a cura do câncer de próstata é o diagnós�co precoce.

Mesmo na ausência de sintomas, homens a par�r dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (an�geno prostá�co específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de prósta-ta são diagnos�cados somente pela alte-ração no toque retal. Outros exames pode-rão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que re�ram fragmentos da próstata para aná-lise, guiadas pelo ultrassom transretal.A indicação da melhor forma de trata-mento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamen-to da doença e expecta�va de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância a�va, na qual periodicamente se faz um monitoramen-to da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.

Fontes: Agência Brasil e Sociedade Brasi-leira de Urologia

CAMPANHA: NOVEMBRO AZULPrevina-se, você é a pessoa mais importante para nós e para sua família.

02 O Malhete0204 O MalheteNovembro de 2019

Por Ir\ Francisco Feitosa

Buscamos, de uma forma bastante sucinta, trazer sua trajetória profano e maçônica, a fim de apresentar nosso

Irmão Mourão aos nossos leitores. Também, de forma síntese, apresentamos a decisão do Soberano Grande Comendador, utilizando-se de sua prerrogativa, consubstanciada no arti-go 23 do Estatuto do Supremo Conselho, no que se refere a quebra de interstício, apoiado na jurisprudência de fato ocorrido no início do século XIX. Este fato histórico, registrado nas páginas da profícua história do Supremo Con-selho, intitula esta edição – “Quando a Histó-ria se Repete!”, quando, mais uma vez, con-funde-se com a própria história da nação bra-sileira.

Nascido na capital rio-grandense, em 15 de agosto de 1953, Antônio Hamilton Martins Mourão, assumiu, em janeiro de 2019, o hon-roso cargo, para qual foi eleito, de Vice-Presidente da República, sendo o 25o da histó-ria brasileira. General de Exército, da Reser-va, possui ascendência indígena, sendo filho do, também, General de Divisão Antônio Hamilton Mourão.

Iniciado na Augusta e Respeitável Loja Sim-

bólica Liberdade e Justiça no 208, no Oriente de Ijuí, jurisdicionada ao GORS – Grande Ori-ente do Rio Grande do Sul, que trabalha no REAA, nosso ilustre Irmão galgou todos os graus do simbolismo. Sua ligação com a Ordem maçônica vai mais além, já que seu filho, nosso Sobrinho Antonio Hamilton Ros-sell Mourão, trata-se de um DeMolay Senior, iniciado no Capítulo DeMolay Ijuí no 237.

Nosso Irmão Mourão, durante sua carreira militar, comandou a 6a Divisão do Exército e o Comando Militar Sul, organizações milita-res situadas na capital gaúcha, Porto Alegre. Como General da ativa, devido suas enormes atribuições e compromissos, não lhe sobrava tempo para dar continuidade a sua vida maçô-nica. Mesmo assim, filiou-se à ARLS “Repú-blica de França no 326”, do Oriente de Porto Alegre, também, jurisdicionada ao Grande Oriente do Estado do Rio Grande do Sul, em cuja Loja reservava-se, a reuniões eventuais, justo por ter em seu quadro, algumas persona-lidades proeminentes na sociedade, impedi-das, por motivos diversos, de ter frequência regular aos trabalhos ritualísticos.

Ao manifestar a vontade de dar continuida-de ao estudo do Rito mais praticado no Brasil, viu-se, mais uma vez, impossibilitado por suas atribuições como militar de alta patente, exercendo cargos que lhe exigia inteira dedi-cação, impossibilitando-o do privilégio de estudar e absorver os excelsos Arcanos do REAA. Quando deixou a vida ativa, foi convi-dado a dar sua prestimosa participação à polí-

tica de nosso Brasil, candidatando-se como Vice-Presidente, na chapa que logrou vitória nas últimas eleições.

Assim como aconteceu em momentos espe-cialíssimo, envolvendo ilustres brasileiros, em que a história do Brasil se confunde com a própria história maçônica, a citar o caso em que, nosso Irmão José Bonifácio de Andrada e Silva – Grão-Mestre do Grande Oriente Brasí-lico (1822), que mais tarde assumiria como Soberano Grande Comendador de nosso Supremo Conselho (1835), usando da prerro-gativa de Grão-Mestre, concedeu a quebra de interstício ao Imperador D. Pedro I – Irmão Guatimozin), iniciado em 02 de agosto de 1822, na Loja Comércio e Artes, sendo exalta-do à Mestre Maçom 3 dias depois.

A história, mais tarde, repetir-se-ia quando do surgimento do Supremo Conselho, por Montezuma. O próprio Irmão José Bonifácio, em 1833, que era iniciado no Rito Moderno, foi investido por Montezuma nos Graus do REAA, até o Grau 33, usando de suas prerro-gativas de Soberano Grande Comendador. Ilustre e Poderoso Irmão Francisco Gê Acaia-ba de Montezuma, 33° - fundador e primeiro Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho. Vale ressaltar que, nosso Irmão José Bonifácio viria, mais tarde, assumir o comando maior do Supremo Conselho, como Soberano Grande Comendador, em outubro de 1835.

>>>

QUANDO A HISTÓRIA SE REPETE!General Hamilton Mourão é investido no Grau 33º

O Malhete 05O Malhete Novembro de 2019

Cabe salientar que, o Estatu-to do Supremo Conselho, em seus artigos 62, e o 23, de que trata as “principais atribuições, direitos e obrigações do Sobe-rano Grande Comendador”, em sua letra “f”, apresenta como uma de suas prerrogati-vas “conceder dispensa de lapso de tempo nos interstícios de Graus”. Além da situação em que se enquadra o nosso Vice- Presidente da República, com base neste mesmo artigo, o Soberano Grande Comenda-dor, também, poderá conceder tal benefício para Irmãos com estado de saúde, em situação terminal, ou mesmo, “pós- mor-te”.

Nosso ilustre Irmão Hamilton Mourão, antes de ser investido no Grau 33°, no Vale de Ijuí, semanas antes, no Vale de Brasília, Distrito Federal, havia sido iniciado no Grau 32° - Sublime Príncipe do Real Segredo. Atendendo à solicitação da Inspe-toria Litúrgica do DF, com base no artigo 62 do Estatuto do Supremo Conselho, o Soberano Grande Comendador, concedeu a quebra do interstício, investindo-o no Grau 33° - Grande Inspetor Geral.

Usando de tal prerrogativa, o Soberano Grande Comendador, ilustre e Poderoso Irmão Jorge Luiz de Andrade Lins, 33°, assim como os ilustres e Poderosos Sobe-ranos Grandes Comendadores Montezuma e Bonifácio, fizeram uso no passado, con-cedeu a quebra de interstício para que o ilus-tre Irmão Hamilton Mourão, no exercício de Vice-Presidente da República do Brasil, impossibilitado de frequentar, regularmen-te, os Altos Graus, pudesse auferir o pata-

mar maior do Rito mais praticado no Bra-sil.

O palco desse momento não poderia ser outro, senão o Vale de Ijuí, cidade que, esco-lheu para dar início a sua vida maçônica e que, em sua vida militar ativa, comandou o 27o Grupo de Artilharia de Campanha. Este Vale tem como Soberano Grande Inspetor Litúrgico e Membro Efetivo para o estado do Rio Grande do Sul, o Poderoso Irmão Rui Sílvio Stragliotto, 33°, cujos filhos participaram, na mesma época, do mesmo Capítulo DeMolay – Ijuí no 237.

A cerimônia de investidura presidida pelo Soberano Grande Comendador, seguiu, rigorosamente, o que preceitua o ritual do Grau 33. A turma teve como rece-piendário o ilustre Irmão Mourão, que, tam-bém, foi seu orador. Fazendo uso da pala-vra, o Poderoso Irmão Hamilton Mourão, 33°, disse-se muitíssimo satisfeito pela belíssima sessão de investidura e agrade-

ceu a singular oportunidade, ao Soberano Grande Comendador.

A cerimônia de investidura do Irmão Mourão, apenas, foi possível, conciliando em sua agenda, compromissos anterior-mente assumidos com autoridades naque-la região. Por volta das 11h20, logo que terminou a cerimônia de investidura, nem pôde ficar para o ágape fraternal, embar-cando para Brasília, a fim de assumir a Presidência da República, já que o Presi-dente Jair Bolsonaro, em cumprimento de sua agenda oficial, teve que viajar para o exterior.¨¨¨

02 O Malhete0206 O MalheteNovembro de 2019

Autor: María Perales Poveda

O escritor Francisco Umbral disse que os maçons eram para Franco o que os jude-us para Hitler e a alegação não é de todo

excessiva se considerarmos que, de todos os sis-temas totalitários da Europa do século XX que perseguiam a Maçonaria, Franco foi quem fez. com maior crueldade e que foram além no assé-dio e nos métodos empregados com a Maçonaria. Uma obsessão atribuída, em grande parte, ao fato de ter tentado começar duas vezes na Ordem e ter sido rejeitada nas duas vezes, o que acabou desencadeando toda uma "cruzada anti-maçônica»

Então, o que aconteceu, desde tentar iniciar na Ordem até a repressão brutal durante a guerra civil e no período imediato do pós-guerra, dois momentos em que a repressão e a violência foram exercidas de maneiras diferentes.

Desde o início do levante e durante a guerra , na chamada zona nacional, havia no âmbito da repressão generalizada que afetava todos os par-tidos políticos republicanos e esquerdistas uma brutal espiral anti-maçônica.

Os primeiros meses após a revolta de julho de 1936 foram invadidos e as lojas espanholas foram saqueadas , suas propriedades foram apre-endidas e a documentação confiscada, servindo para poder ir, cidade por cidade em casa, parando pedreiros e sem julgamento prévio e sem julga-mento. mais razão do que o fato de ser um

maçom, para prosseguir com a execução impla-cável dos membros da "ordem", eles receberam o passaporte e, nas paredes de prisões e cemitérios, foram baleados sem mais delongas.

Desde o golpe militar de 1936, uma contagem estonteante foi precipitada contra os maçons que, desde o primeiro momento, se tornaram um dos principais inimigos em todas as áreas controla-das pelo lado rebelde.

Em 15 de setembro de 1936, foi publicado o primeiro decreto contra a Maçonaria, obviamen-te nessa data, muitos maçons espanhóis já havi-am sido baleados. Durante a guerra, Franco havia criado uma série de organizações destina-das a coletar e classificar toda a documentação maçônica. Em abril de 1937, foi criado o Escritó-rio de Pesquisa e Propaganda anticomunista e em maio a Delegação Nacional de Assuntos Especi-ais foi organizada e consolidada em junho no Serviço de Recuperação de Documentos. O regi-me parecia não ter sido suficiente

Terminada a guerra e proclamada a vitória dos rebeldes, foi necessário purgar, até que fosse com-pletamente erradicada tudo o que os vencedores tinham como causa do desvio da nação. Nas pala-vras de Franco, "tivemos que endireitar a nação tortuosa" para que o uso continuado da violência fosse outro elemento na batalha entre o bem e o mal, entre a cidade de Deus e os "sem Deus" , isto é, a anti- Espanha .

Uma anti- Espanha , em grande parte, verte-brado em torno da tríade alvenaria-judaísmo- comunismo , que teve que ser submetida e, acima de tudo, reeducada para servir a "nova Espanha ", a dos vencedores. Com base nisso, será dada uma curiosa legislação anti-maçônica, refletindo a obsessão de Franco por esse assunto.

Como aponta Santos Juliá, a guerra civil espa-

nhola terminou com um vencedor que extermi-nou o perdedor. Foi baseado na retórica das "duas Espanha" para construir em suas cinzas o mito da única Espanha, a verdadeira, a autêntica, e na luta até a morte contra a outra Espanha, a anti Espa-nha, que enfrentavam a tradição católica funda-mentalista do século XIX , que ele considerava antinacional o que não era católico, era a Espa-nha evangelizadora do martelo dos hereges, a luz de Trento e a espada de Roma. Portanto, era urgente e essencial neutralizar a mentalidade dilacerante dos católicos espanhóis, expressa em vozes judaico-sônicas.

Com base nisso e já nos momentos do pós-guerra, começou uma repressão muito mais metó-dica e sistemática e em 1940 foi promulgada a conhecida Lei sobre a repressão da Maçonaria e do comunismo, que, como afirma V. Sampedro muito bem, na expressão máxima da arbitrarie-dade legal a serviço da repressão ideológica e política.

Desde seu primeiro artigo, a lei é suficiente-mente ilustrativa do alcance punitivo extraordi-nário concedido à sua aplicação e, em seu artigo 12, estabelece a criação e composição de um Tri-bunal Especial para a Repressão da Maçonaria e do Comunismo (TERMC), as penalidades varia-ram de apreensão de ativos até a maior reclusão. Os maçons, além das sanções econômicas, foram automaticamente separados de qualquer empre-go ou cargo público (vitalício). Penalidades de vinte a trinta anos de prisão foram estabelecidas para os graus superiores e de doze a vinte para os cooperadores. Ele foi abolido em 8 de fevereiro de 1964, depois que muitas de suas funções foram transferidas para o Tribunal da Ordem Pública em 1963.¨¨¨

OS MAÇONS FORAM PARA FRANCO OQUE OS JUDEUS FORAM PARA HITLER

Adolf Hitler e o general Francisco Franco

O Malhete 07O Malhete Novembro de 2019

Compre na amazon.com.brClique nos banners abaixo para ser direcionado às páginas do site

O jornal O Malhete acaba de iniciar uma parceria com o maior site de vendas do mundo, a Amazon. Essa parceria trás para você leitor, a oportunidade de aproveitar o melhor conteúdo maçônico do Brasil e ainda desfrutar das promo-ções diárias ofertadas pela Amazon. Aproveitem!

T.'.F.'.A.'.Ir.'. Luiz Sérgio Castro - Editor

O Malhete &

PARCERIA

02 O Malhete0208 O MalheteNovembro de 2019

Amados irmãos, esse assunto é tratado com muita preocupação por aqueles que realmente vivenciam e amam a

nossa Sublime Instituição. Perspectivas som-brias se arvoram bruxuleantes nos horizontes. As estatísticas mostram que a Maçonaria vem definhando, notadamente na Europa , na Amé-rica do Norte, na Ásia, na Oceania, na África, na América do Sul, e o Brasil é o único País onde os números ainda permanecem favorá-veis, mas estamos vendo um desvirtuamento da Doutrina sob múltiplos aspectos, com dis-putas de Potências, vaidades pessoais, globa-lização canibalesca, com perversão dos bons costumes, Falta de compromisso com a Ordem, Ritualística prostituida, também a situação econômica mundial e de segurança pessoal em nossos Templos, estão impactando negativamente nessa análise . Vamos ter que encarar também a necessidade de avaliação sobre a participação feminina: quanto tempo ainda irá prevalecer o Landmark que proíbe a participação delas na Ordem?

A Globalização e a divulgação maciça de nossa doutrina, sessões ritualísticas, trabalhos maçônicos etc , fazem com que o Perjurismo grasse a velocidade meteórica, expondo de maneira até mesmo vulgar, nossos augustos mistérios. Assim sendo, cabe lembrar que, apesar de todo o seu passado glorioso e ainda figurar no rol das organizações que se desta-cam no cenário mundial, a Maçonaria, tal como várias outras instituições tradicionais, tem pela frente o desafio de conviver com as turbulências trazidas com o advento da pós-modernidade. De que forma uma organização tão rica em tradições e alicerçada sobre sóli-

dos princípios morais, dará conta de singrar os mares tormentosos destes tempos pós-modernos, nos quais tudo é posto em xeque, das instituições às crenças? Como lidar como o novo, sem abrir mão de seus princípios e pro-pósitos?

Desafios enormes se avizinham. O Que Fazer? Como evitar o desmoronamento das colunas de nossa Ordem? O que nos reserva o Futuro? Há perspectivas de virarmos o jogo?

Essas questões tiram o sono daqueles que realmente são maçons em verdade é essência. E para nossa tristeza:” SÃO UMA MINORIA NOS DIAS DE HOJE”. O maior Patrimônio da Maçonaria sempre foi e sempre será o “VERDADEIRO IRMÃO” e não as vaidades pessoais, a portentosidade do edifício EXTERIOR, As medalhas ufanescamente exibidas por Autoridades, Dirigentes e outros Pavões de Avental, que vão de encontro a simplicidade e humildade que habitam nos corações daqueles que verdadeiramente rece-beram a luz do macrocosmo e persistem com ela , iluminando suas mentes e seus corações .

Mas, como “a Ordem é seus membros”, perguntamos: Estamos qualificados para operarmos competentemente nesse quadro avassalador que se apresenta ao homem da sociedade contemporânea?

Refletir para reconstruir talvez seja o lema a ser adotado pela atual geração de maçons, a fim de reestruturar a Ordem maçônica nesse limiar do Terceiro Milênio.

Em muitas situações, convivemos com os outros e com o mundo afastando-nos, descon-fiando, destruindo. Isto é, não acolhemos, e, é claro, recebemos o mesmo em troca, tanto em termos de violência entre pessoas quanto em relação às catástrofes naturais: enchentes, secas e outras conseqüências da agressão ao meio ambiente. Ou seja, vivemos em conflito com a ordem natural das coisas e em desacor-do com nossa biologia.

Esse ânimo de não acolher, não comparti-lhar, dividir, separar, manifesta-se em todas as dimensões do cotidiano.

O que propomos é apenas uma reflexão : “Revolução muda tudo, menos o coração do homem.”

Nós, seres humanos, por natureza temos necessidade de explicações. Precisamos entender a nós mesmos, compreender os outros e o mundo em que vivemos. Dessa necessidade nasceu a ciência, e das aplicações dela originou-se a tecnologia.

Entretanto, há outros domínios de nossa existência que não podem ser explicados pela ciência. Neles a tecnologia não atua, ou não age do modo objetivo, concreto e eficaz com que opera no lado mecânico e concreto do nosso viver. Esse imenso âmbito inclui os sentimentos, emoções, intuição e a subjetivi-dade.

Tivemos em Nova Viçosa , BA, o III ENCONTRO DE GESTORES DE LOJAS MAÇÔNICAS DAS TRÊS FRONTEIRAS. A Evasão da Maçonaria no mundo e no Brasil , foi retratada com um brilhantismo ímpar, pelo Amado Ir e Past Soberano do Grande Oriente da Bahia (GOBA-COMAB) Gilberto Lima da Silva, que abordou com grande lucidez E com sua contumaz competência e dedicação, assunto tão preocupante, apresentando esta-tísticas dos últimos 100 anos da História da Maçonaria universal. Projeta números preo-cupantes para o futuro da Ordem no Mundo , mas ressalva que no Brasil, as projeções são mais alvissareiras, e mostra razões de que esta-mos começando a trabalhar sobre o futuro da

Maçonaria: o NEÓFITO. >>>

A MAÇONARIA NO SÉCULO XXIGrandes desafios pedem soluções eficazes e urgentes.

O Malhete 09O Malhete Novembro de 2019

A reflexão de mudarmos paradigmas, de investimento pesado nas sindicâncias, deixando de inflar nossas oficinas com pessoas que são dignas de serem nossos amigos, mas não de serem nossos irmãos, trabalhar a verdadeira liturgia Ritualística, sem achismos, sem enxertos de outros ritos, com Padronização por Potências , evitando os verdadeira disparates e heresias que presenciamos em oficinas de mesma Potência, onde Pavões se alardeiam em donos de lojas e fazem a sua vontade prevalecer até mesmo sobre nossas Leis.

Esse assunto é pulsante, controverso, até mesmo um pouco cabuloso, mas tem que ser leva-do a baila, para que possamos refletir no futuro que nos aguarda.

O Amado Ir Fenelon Barbosa dizia: Somos todos egoístas em maior ou menor grau. Por outro lado, e também em maior ou menor grau, também somos todos altruístas, com exceção é claro, das patologias sociais. Mas o fato é que em determinados momentos da vida a balança pode oscilar mais para um lado ou para o outro, a depender de um conjunto complexo de circunstâ-ncias entrelaçadas.

O egoísmo nos leva ao isolamento, à não-participação, ao individualismo. Estreita e obs-curece nosso horizonte mental. Conduz à compe-titividade, ao privilégio do valor econômico sobre os valores humanos, ao autoritarismo, ao nacionalismo xenófobo e à exclusão.

O altruísmo nos conduz à socialização, à participação e à individualidade. Amplia e torna claro o nosso horizonte mental. Leva à competê-ncia do conviver, ao diálogo entre o valor econômico e os valores humanos, à democracia, à nacionalidade e à inclusão.

No egoísmo, a tendência é participar negativa-mente. No altruísmo, tendemos a participar de modo positivo.

Seu pensamento no leva a meditar sobre o iní-cio de nossa explanação: “ O futuro da Maçona-ria está dentro de Nós mesmos, do Verdadeiro Irmão, e não dentro de Potências, Obediências e outras divisões que a vaidade nos infringiu ao longo da História da Maçonaria Universal. Tudo passa pelo próprio ser Unitario Maçom e se com-plementa no coletivo.

Eis aqui um ponto da maior importância. Para viver a Maçonaria é preciso, antes de tudo, evitar o mais possível as armadilhas do auto-engano. É ter em mente que, de um lado, nenhum de nós é totalmente favorecido pelo bom senso. E que, de outra parte, todos tendemos a resistir às mudan-ças, em maior ou menor grau.

Assim, para aprender a lidar com o auto-engano, é necessário o conhecimento perfeito e vivenciar o V.I.T.R.I.O.L.. E neste ponto nos vemos diante de uma das formas mais comuns de auto-engano: imaginamos, ingenuamente, que podemos nos conhecer

sem a ajuda dos outros. E, ainda de modo mais ingênuo, imaginamos que é possível o autoco-nhecimento de pessoas isoladas do mundo.

Para viver Maçonicamente é preciso ter cons-ciência do auto-engano e do Auto Conhecimen-to. O autoconhecimento implica conhecer o outro (e deixar-se conhecer por ele) e conhecer o mundo (e deixar-se conhecer por ele).

Viver Maçonicamente é, portanto, ampliar ao máximo as idéias de diálogo e a vida é um processo de conhecimento; logo, se quisermos conhecê-la é preciso saber como os seres vivos conhecem.

Após tudo isso dito, podemos agora concluir que a essência da atividade Maçônica é a inclusão do outro. Todos os caminhos a ela con-duzem e dela retomam. Mas o modo de encontrá-los e as maneiras de trilhá-los requerem energia e persistência, num grau que desafia a todos nós. As "sociedades totalmente administradas" resul-taram em sociedades quase que totalmente mer-cantilizadas. No mundo atual, caminha-se para a divinização do "mercado", do dinheiro, do “vil metal”, que a tudo permeia e condiciona.

Admitamos ou não, esses fatos fazem parte do nosso cotidiano. A Maçonaria trabalha justamen-te em meio a essa cultura. Nossa tarefa é questio-ná-la, analisá-la, transformá-la. O sucesso de nosso empenho constitui a diferença entre o desencanto e a esperança, não apenas a abstrata e poética, mas aquela à qual se somam a vontade e a

ação. “Não quero dizer, porém, que, porque esperançoso, atribuo à minha esperança o poder de transformar a realidade e, assim convencido, parto para o embate sem levar em consideração dados concretos, materiais, afirmando que a minha esperança basta. Minha esperança é necessária, mas não é suficiente. Ela só, não ganha a luta, mas sem ela a luta fraqueja e titube-ia. Precisamos da esperança crítica, como o peixe necessita da água despoluída”.

Voltamos a afirmar que por mais que sejam escuras e sombrias as nuvens que se avizinham para a Maçonaria, por mais que tenhamos pom-bos e outros Pavões de aventais ditando normas e mandando em lojas, por mais que sejamos expostos de maneira perjurada e prostituida em redes sociais, mídia, livros, publicações outras , por mais que ainda estava faltando compromisso dos ditos irmãos com nossos usos e costumes, existe uma chama que teima de maneira titube-ante em persistir mesmo contra todas as pers-p e c t i v a s c o n t r á r i a s , A C H A M A D A VERDADEIRA LUZ. Essa não se apagará nunca e será sempre avivada , sempre que forem iniciados homens verdadeiramente livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem e que sejam lapidados em sua caminhada pelo maço e cinzel, esquadrinhados pelo Esquadro e o Compasso, e tenham na Singeleza do Nível e do Prumo, na força da alavanca do amor fraternal, a construção de seu Templo da Verdade: O templo Interior de seu VITRIOL, das Verdades eternas , onde a Construção seja diária e que a cada dia, sejamos melhores que o dia anterior.

Quem viver Viverá!!!A Maior Riqueza , A Maior Beleza, A Maior

Força e a Maior Sabedoria da Maçonaria, existe dentro do Verdadeiro Irmão. O HOMEM MAÇOM! E isso será sempre Eterno!¨¨¨

02 O Malhete0210 O MalheteNovembro de 2019

Descendente da linhagem da Loja Leão e Cordeiro Nº 192 , foi consagrada em 1789 por cinco gerações. Posteriormen-

te, a Loja Chelsea foi consagrada em 19 de maio de 1905.

Wolfe Lyon, Venerável Mestre do Earl's Court Nº 2765, percebeu que muitos de seus membros da profissão teatral também eram

irmãos maçônicos entusiasmados, mas seus deveres profissionais os impediam de partici-par ativamente de seus deveres maçônicos.

Com o qual, foi proposto formar uma nova Loja para reconciliar ambas as facetas. Eles planejavam se reunir à noite para que o traba-lho terminasse antes que os deveres da noite os chamassem.

Os Irmãos foram ao Chelsea Palace para usar suas belas salas de reuniões para celebrar suas Tenidas e, uma vez concedidas a permis-são, foi apresentada uma petição ao Duque de Connaught, Grão-Mestre da época, assinado por 34 irmãos.

OS FUNDADORES

Seus fundadores v ieram de vár ias lojas, a saber: Earl's Court 2765, Asaph 1319, Liverpool Dra-matic 1609, St Luke's 144 , Lodge Italia 2687, Orpheus 1706, Camden 704, Ken-n i n g t o n 1 3 8 1 , Brownrigg 1638, Can-non 1539, Emblema-tic 1321, Blackwater

1977, Becontee 1288, Pimilico 1772, Loja da Luz 2721 e Camaradas 2740.

As profissões dos fundadores variaram de diretores e gerentes de teatro, artistas de music hall, agentes de concertos e music hall, come-diantes, diretores de música, diretores de pal-co, a um diretor de fotografia e um estofador de teatro.

Indiscutivelmente, os dois fundadores mais famosos foram George Robey (um dos mais famosos comediantes, cantores e atores ingle-ses da época) e George Mozart. Robey , 'O Pri-meiro Ministro da Mirth', um dos comediantes de maior sucesso no music hall. Ele recebeu o título de Sir em 1954 e viveu até os 85 anos de idade.

George Mozart foi um dos melhores imita-dores e artistas de pantomima, fabricando os melhores armários nos principais auditórios de Londres por quase 30 anos. O Times o des-creveu como "um homenzinho baixo, robusto e bonito, com cara de macaco, cheio de ener-gia".

A Loja Chelsea nº 3098 foi consagrada por Sir Edward Letchworth, Grande Secretário. No final da cerimônia, James W. Mathews foi instalado como o primeiro Venerável Mestre da Chelsea.

>>>

LOJA CHELSEA 3098, A LOJA DE ARTISTAS FAMOSOSEm 1905, um grupo de artistas e músicos fundou uma Loja que estava destinada a se tornar uma das mais conhecidas na Maçonaria. Este é a Loja Chelsea Nº 3098

Rick Wakeman , pianista da lendária banda de rock "YES"

Peter Sellers, um dos atores mais famosos da Loja Chelsea 3098

O Malhete 11O Malhete Novembro de 2019

Nos últimos 114 anos, a Chelsea Lodge mantém seus membros relaciona-dos ao mundo do entretenimento. Cerca de 1.200 irmãos do mundo do entreteni-mento já trabalharam em musicais, vari-edades , circo, pantomima, comédia, mágica, ventriloquismo, filmes mudos e talkies, filmes, rádio e televisão.

Apresentações históricas

Todos os anos na televisão, a BBC e a ITV transmitem alternadamente o Royal Command Performance . O primeiro foi reali-zado no Palace The-atre, em Londres, em 1º de julho de 1912, diante do rei George V e da rai-nha Mary. Todos os membros da Chel-sea Lodge nº 3098 participaram.

George Robey interpretou o prefeito de Mudcumdyke , Charlie Whittle apare-ceu no Garden Party da Variety e Harry Claff dirigiu o hino nacional. Também no outdoor encontramos o famoso ator da época, Albert Le Fre.

Os rendimentos das apresentações da Royal Variety vão para o fundo de carida-de de Entertainment Artists, mantido pela Brinsworth House, inaugurado em 1911 para artistas aposentados.

NotíciasHoje, vários membros do Chelsea aju-

dam a administrar o fundo, incluindo Lau-rie Mansfield (presidente e agente tea-tral), Peter Prichard (vice-presidente e produtor), Ray Donn (tesoureiro e Vene-rável Mestre no centenário da Chelsea Lodge 2004-2005 ) e Peter Elliott , admi-nistrador executivo (ex-mestre e ator).

Se olharmos para trás, durante a longa existência da Loja, seus membros devem estar satisfeitos com o que eles e seus pre-decessores realizaram. Se todos os fun-dadores tivessem vivido para ver os Teni-das de hoje, não ficariam desapontados.

02 O Malhete0212 O MalheteNovembro de 2019

Por Renata Turbiani – BBC News Brasil

No Brasil, segundo dados de uma pes-quisa realizada em 2017 pela Socie-dade Brasileira de Dermatologia

(SBD), ela acomete 1,31% das pessoas, sendo mais prevalente no Sul (1,86%) e no Sudeste (1,88%), possivelmente por conta de menor irradiação solar e da maior ascendên-cia europeia nessas regiões.

Ricardo Romiti, coordenador do Ambula-tório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e coorde-nador nacional da Campanha de Psoríase da SBD, explica que a enfermidade inicia-se, geralmente, na faixa dos 20 aos 30 anos, em ambos os sexos, e tende a persistir por toda a vida, com períodos de melhora e piora.

Sua causa é multifatorial, e passa pela pre-disposição genética. "Cerca de ⅓ dos pacien-tes têm algum familiar com o problema, e que não necessariamente é passado de pai para filho. O mais comum é se manifestar em outras gerações", diz o médico.

Diversos fatores ambientais também podem ser o gatilho para o surgimento ou o agravamento da patologia, como estresse, tempo frio, uso de alguns medicamentos (an-tidepressivos e anti-inflamatórios, por exem-plo), infecções, em especial a de garganta, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

E há ainda interferência do sistema imuno-lógico no desenvolvimento da patologia. A explicação é que os linfócitos (células res-ponsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que atacam as célu-las cutâneas saudáveis, fazendo com que elas sejam produzidas em maior quantidade e tenham o seu ciclo evolutivo antecipado.

"Em uma pessoa saudável, o amadureci-mento da camada mais superficial da pele se dá em, mais ou menos, um mês. Nas que têm psoríase, esse ritmo é acelerado, e o resultado é a descamação", comenta Romiti.

Tipos de psoríaseA psoríase pode se manifestar em qualquer

parte do corpo, mas tem predileção por algu-mas: couro cabeludo, cotovelos, joelhos e costas. Sua lesão clássica é uma placa eleva-da, avermelhada e com escamas esbranquiça-das que de desprendem facilmente.

Elas costumam coçar e doer. Em casos gra-

ves, a pele em torno das articulações corre o risco de rachar e sangrar.

Os outros tipos da doença, segundo a SBD, são: ungueal (afeta as unhas das mãos e dos pés), invertida (atinge, principalmente, áreas úmidas, como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos genitais) e palmoplantar (acomete mãos, pés e dedos).

Existem também as variantes mais graves, a pustulosa (forma lesões com pus), a eritro-dérmica (se espalha por todo corpo) e a artro-pática ou artrite psoriásica (causa inflamação nas articulações).

Neste último caso, além dos sintomas tra-dicionais, é normal ocorrer, nas articulações, inchaço, dor, rigidez progressiva e, se não houver tratamento adequado, destruição óssea e deformidades As áreas mais afetadas são dedos, coluna e quadril.

De acordo com o estudo Síndrome Meta-bólica e Artrite Psoriásica entre Pacientes com Psoríase: Qualidade de Vida e Prevalên-cia, produzido pelo Ambulatório de Psoríase do HC da USP de Ribeirão Preto, e patrocina-do pela biofarmacêutica AbbVie, 41,8% dos brasileiros que têm doença desenvolvem artrite psoriásica.

>>>

O QUE É PSORÍASE E POR QUE ELA PODECAUSAR PROBLEMAS NO CORAÇÃO?Você certamente já deve ter ouvido falar de psoríase, uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que atinge cerca de 2% da população mundial.

Psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que atinge cerca de 2% da população mundial

SAÚDE

O Malhete 13O Malhete Novembro de 2019

Complicações da doençaEm função de seu caráter sistêmico, a enfer-

midade, antes considerada somente de pele, agora também está associada a doenças do sistema cardiovascular. Uma delas é a chama-da síndrome metabólica, composta pelo peri-goso trio hipertensão arterial, diabetes e obe-sidade.

Pela pesquisa da USP-RP, ela atinge, no país, 50% dos psoriáticos. Apesar de ainda não serem totalmente conhecidas as razões dessa relação, sabe-se que o risco dessa popu-lação ser acometida pelo problema é cinco vezes maior do que entre os cidadãos em geral.

"Por provocar uma inflamação crônica que atinge diversas partes do organismo, a psoría-se também é fator de risco para infarto e aci-dente vascular cerebral (AVC)", acrescenta Maria Victória Suárez Restrepo, dermatolo-gista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O que também explica essa situação é o iso-lamento social decorrente da enfermidade. Como os pacientes evitam sair de casa e inte-ragir com os demais, muitos acabam adotando um estilo de vida pouco saudável, com prejuí-zos diretos e importantes no organismo.

Mais uma característica marcante da pso-ríase é o impacto que ela tem sobre a saúde mental. "É uma doença que causa um sofri-mento enorme por causa devido ao preconcei-to, levando muita gente a desenvolver depres-são e ansiedade e precisar de acompanhamen-to psiquiátrico", avalia a médica.

Segundo a especialista, isso se deve ao aspecto das lesões. "Como elas são na pele e ficam aparentes, visíveis, as pessoas acredi-tam se tratar de algo contagioso, aí discrimi-nam e se afastam do doente, reforçando o seu isolamento."

Tratamento da psoríaseO tratamento da psoríase é feito de acordo

com o tipo e a gravidade. Nos casos mais leves, com poucas lesões e localizadas, o Pro-

tocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), do Ministério da Saúde, determina a utilização de medicamentos externos, como corticosteroides, calcipotriol e ácido salicíli-co.

Nos moderados e graves, é indicada, como primeira opção, a fototerapia ultravioleta B (UVB) de banda estreita ou psoraleno (fotos-sensibilizante e estimulante da produção de melanina), associado à fototerapia com ultra-violeta A (PUVA).

Se não houver resposta após 20 sessões, ou o paciente apresentar alguma restrição, o passo seguinte é a introdução de medicamen-tos orais sistêmicos (metotrexato, acitretina e ciclosporina).

A última alternativa, quando nenhuma das anteriores der resultado, são os imunobiológi-cos. "Trata-se de uma nova geração de medi-camentos altamente eficazes e seguros, desen-volvidos especificamente para o controle da doença, e que atuam como anticorpos, bloque-ando a proteína que causa a inflamação", afir-ma Romiti, do HC-USP.

Recentemente, inclusive, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou quatro deles no tratamento gratuito da doença em estágio avan-

çado.São os seguintes: adalimumabe, recomen-

dado para a primeira etapa após falha da tera-pia padrão; secuquinumabe e ustequinumabe, recomendados para a segunda etapa, após falha da primeira; e etanercepte, recomendado após falha da terapia padrão em crianças.

Eles são aplicados por via subcutânea, como a insulina, uma vez por semana, uma vez por mês ou uma vez a cada três meses.

"Temos, hoje, nove biológicos diferentes disponíveis no Brasil (nem todos oferecidos pelo SUS), e cada um com um perfil de ação específico. Quanto mais opções, maiores são as chances de encontramos o tratamento ideal para cada paciente. Assim, a doença, mesmo não tendo cura, pode ser controlada e passar anos sem se manifestar", celebra Romiti.

Junto a tudo isso, os médicos garantem ser imprescindível adotar hábitos de vida mais saudáveis, com dieta equilibrada e prática regular de atividade física, evitar o tabagismo, o elitismo e o estresse, usar hidratante diaria-mente, tomar banho de sol com moderação, em horários apropriados, com proteção e sob a orientação do dermatologista.¨¨¨

02 O Malhete0214 O MalheteNovembro de 2019

O modelo Sprint é uma bicicleta elétrica, elegante e de alto desempenho. Ela é uma bicicleta auxiliada por pedal e você

pode estacioná-la em qualquer lugar, assim como uma bicicleta não elétrica. Vale desta-car que não há exigência de uma licença espe-cial.Estrutura de liga leve, muito leve, ó�mo acabamento (com cabos internos), motor potente com 750W, freios hidráulicos e bate-ria de longa duração proporcionam prazer e diversão em todas as situações. Você pode alcançar até 40km usando apenas o acelera-dor de torção no lado direito do guidão. A depender do terreno é possível alcançar apro-ximadamente 40km andando na bicicleta.A Sprint combina com todos os �pos de solo, isso, pois o seu pneu de 20" x 4” pode absor-ver facilmente os solavancos.É fácil desbloquear a bateria e re�rá-la de seu compar�mento para carregá-la em ambien-tes fechados. Porém, recomendamos uma bateria de backup separada ao percorrer lon-gas distâncias.O es�lo de banco da bike é prepa-rado para caber duas pessoas, possuindo um assento traseiro dobrável para o passageiro.

Especificações técnicasVelocidade máxima: 40 kmMotor: 48V 750 wa�s do motor do cubo traseiro.Alcance: 35-40 km, dependendo do terreno, inclinação, cavaleiro, peso, se os pedais são usados, etc.Tela de LCD: colorido, com con-troles de velocidade, nível de

assistência de pedal, quilometragem, tempo, etc.Pedal assist: 5 níveis de assistência para peda-is configurados no visor LCDFreios: Tektro E350 Travão Hidráulico; Tektro Brake LevelSensor PAS: Sensor de cadênciaHardware: Aço inoxidávelFrameset: 6061 liga de alumínioCabos: Interno no quadroPneus: Todo o terreno, 20" x4"Aros: Liga de alumínioPedais: Liga de alumínio e passo dobrávelGuarda cadeia: SimAcelerador: Torção do acelerador, lado direi-toAcessórios: Chifre, luz conduzida dianteiraPeso: 26 kg (mais leve!)Embalagem: 33 kg, (61 "x 30,7" x 10,2 ")Bateria: 48V 13Ah Samsung Bateria de iões de lí�o, incluindo um conjunto de teclas para a fixar na estruturaTempo de carregamento da bateria: 4-6 horas

Capacidade de peso: 150KgGaran�a: 1 ano para o quadro, rodas, bateria, motor e outras partes principais.Cor: PretoComprimento: 1,64cm (da roda dianteira até o final da roda traseira)Altura: 0,87cm (do assento ao solo)Altura: 1,11cm (do guidão ao solo). Altura é auto-ajustável.Largura (guiador): 0,75mDistância ao solo: 0,25m

Garan�aOferecemos apenas produtos da mais alta qualidade, dessa maneira, garan�mos que cada peça é projetada para atender às suas necessidades diárias e é fabricada para funci-onar perfeitamente, de modo que não haja defeitos. É por esse mo�vo que disponibiliza-mos uma garan�a para acabamento ou defei-to de material em nossas e-bikes, como segue:

Quadro: 1 anoMecânico (como rodas, engrena-gens, freios) e peças eletrônicas / elétricas (display, motor, contro-lador): 1 ano para defeitos de fábricaBateria e carregador: 1 ano con-tra defeitos de fabricação.

SPRINT 750A melhor experiência de passeio elétrico

O Malhete 15O Malhete Novembro de 2019

Por José Maurício Guimarães

A maçonaria herdada da França adora três palavrinhas que constam do ideário repu-blicanos daquele país: “liberté-egalité-

fraternité” (liberdade, igualdade e fraternidade). No Brasil, após a entrada da internet na maçonaria, surgiu uma plêiade iluminada de gênios libertários, pensadores igualitários e Philosophiæ Doctor “fra-ternitários” que se debruçam sobre a relevantíssima questão em saber o que veio primeiro:

− A maçonaria criou esse “liberté egalité frater-nité” ou foram os líderes da Revolução Francesa que adotaram “liberdade, igualdade e fraternidade” do velho Étienne de La Boétie?

Essa questão é tão fundamental para o nosso desenvolvimento pessoal e social, que prefiro discuti-la mais tarde − assim que a Academia Brasi-leira de Ciências proclamar, Urbi et Orbi, quem veio primeiro: a galinha ou o ovo.

O que me desorienta, além da iluminada clara e da dourada gema, é o tsunami de textos “maçôni-cos” abilolados que transbordam como galináceos excitados através dos celulares, tablets, notebooks e computadores. Nunca, desde a “Statuta et Ordina-menta Societatis Magistrorum Tapia et Lignamiis” (1248) ou do Regius Manuscript (Regius Poem - Halliwell, 1390) tanta gente falou tanto sobre mar-telos e pedras, ou de como os mestres obedecem aos oficiais, do desempenho de seus ofícios, e mesmo “quanto devem ter por retribuição os mes-tres oficiais”; nunca antes, garanto-lhes, tanta gente caiu do andaime, afora os que passaram das medi-das ou insistem em dançar fora do compasso provo-cando riso nos anjos.

Mas garanto-lhes também que nunca antes tão

poucos se dispuseram a “botar a mão na massa”.De toda essa sapiência, os mesmos sabichões

não se detêm na análise daquilo que carregam nas lapelas, sem conhecerem o correspondente signifi-cado – mormente a “Cruz de Lorena” e o tríptico “liberdade, igualdade, fraternidade”.

Não preciso definir nenhuma dessas insignes insígnias − pois assim com Freud explica tudo, qual-quer dicionário também explica:

FRATERNIDADE: é o laço de harmonia e união pelo afeto existente entre pessoas que lutam pelas mesmas causas.

LIBERDADE: é a possibilidade de a pessoa, que não sendo propriedade de outrem, se exprimir de acordo com sua vontade, sua consciência e sua natureza sem se submeter a qualquer força cons-trangedora física ou moral.

IGUALDADE: princípio segundo o qual todos os homens são submetidos às mesmas leis e gozam dos mesmos direitos e obrigações.

Mais fácil do que comer um quindim, não é mes-mo? Basta ter um dicionário (para os que gostam de livros) ou consultar no google (para os apressados).

Partindo do princípio que o quindim é um doce que tem como ingredientes gema de ovo, açúcar e coco ralado, afirmo-lhes que conhecer o significa-do ou a origem de alguma coisa não implica no domínio ou realização sobre a mesma. Você pode ter pleno conhecimento sobre uma harpa (instru-mento musical), sua origem e emprego na música; ler durante anos sobre a harpa, ouvir gravações, ir aos concertos... mas se não adquirir uma harpa, se não se dispuser a estudar música e contratar um professor desse instrumento, não conseguirá tocar uma nota sequer na harpa ou em qualquer outro instrumento. O mesmo acontece em maçonaria: não adianta saber os significados literais de liberda-de, igualdade, fraternidade, conforme visto acima; não adianta lermos sobre a Cruz de Lorena como emblema do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Acei-to; ou sobre o compasso, ou sobre o esquadro e as colunas. Não adianta nada reproduzir de cor todos os sinais, toques e palavras, dissertar sobre o seten-

trião ou sobre a “canícula do meio-dia”. Se não pra-ticarmos esses elementos em nós mesmos e na administração dos Graus, continuaremos como os psitacídeos − vivendo de palavras.

“PALAVRAS SÃO PALAVRAS, NADA MAIS QUE PALAVRAS...”, dizia Valfrido Canavieira, personagem de Chico Anysio.

Digo-lhes que a IGUALDADE está se tornando apenas uma palavra na maçonaria que estamos a praticar. Se todos os maçons são submetidos às mes-mas leis e gozam dos mesmos direitos e obrigações, por que uns poucos são mais iguais do que todos os outros? Sem a IGUALDADE que nos foi prometi-da na Ordem, desde a Iniciação no Grau de Apren-diz, como esperar que haja laços de harmonia e união entre os Irmãos? − como esperar o afeto bom e suave para vivermos unidos “como o óleo precio-so derramado sobre a cabeça de Aarão?” Como lutar pelas mesmas causas? Sem a prometida IGUALDADE, uns poucos tornam-se proprietári-os de tudo, legislam e julgam ao seu bel-prazer... e o óleo precioso se torna rançoso, coalha, perder a fluidez e não desce mais “sobre a barba, a barba de Aarão”!

“Vivemos tempos estranhos”, disse um jurista. E dessa estranheza, vejo acabar no mundo a possi-bilidade de expressão conforme nossa vontade. A mídia e a política tornam embrutecida a nossa cons-ciência; e os interesses pessoais se aproximam sor-rateiramente dos portais de nossos Templos para aviltarem nossa natureza.

Que Rui Barbosa me permita parafraseá-lo: Tri-unfam as nulidades e a desonra cresce a injustiça, agigantam-se os poderes nas mãos dos maus. Cedo ou tarde, estaremos submetidos à força constrange-dora – primeiro moral, depois física. Quanto a nós, pacientes e pertinazes obreiros, permaneçamos atentos: não desanimemos da virtude, jamais ria-mo-nos da honra nem tenhamos vergonha de ser-mos honestos.

Quem tem olhos, VEJA! Quem tem ouvidos, OUÇA!¨¨¨

PALAVRAS SÃO PALAVRAS, NADA MAIS QUE PALAVRAS

02 O Malhete0216 O MalheteNovembro de 2019

Por Vitor Manuel Adrião

A Ordem do Tosão de Ouro “teve o desígnio secreto de restabelecer os laços iniciáticos entre o Ocidente e o

Oriente, rompidos pela destruição da Ordem do Templo”, segundo o tradicionalista René Alleau. Tal afirmação é corroborada por vários factos que a História regista: o primei-ro deles será o de estarem presentes no momento da fundação desta Ordem vários nobres belgas e francos que andaram de liga-ções íntimas com a antiga Milícia Templária, abolida em 1312, afirmando o Diploma de Constituição desta Ordem que se destinava a “honrar os antigos cavaleiros que por seus altos e nobres feitos mereciam ser recomen-dados”, que não deixa de ser uma referência clara, apesar de encapotada, aos primitivos caveleiros templários; o outro facto, revela a aproximação da religião cristã dos cavalei-ros do Velocino, Velo ou Tosão de Ouro às ideias hetorodoxas e mesmo herméticas das religiões judaica e islâmica, o que poderá interpretar-se como um restabelecimento dos laços iniciáticos ou espirituais entre o Ocidente e o Oriente.

No dia 10 de Janeiro de 1429, para cele-brar o seu casamento com a infanta D. Isabel de Portugal, filha do rei D. João I, o Duque de Borgonha, Filipe III, o Bom, fundou esta Ordem de Cavalaria do Tosão de Ouro “em

reverência à Santa Virgem Maria e ao Bem-Aventurado Apóstolo Santo André”, segun-do o diploma de constituição da mesma. O acto solene passou-se na Catedral do Precio-so Sangue em Bruges, Bélgica, e nessa oca-sião passeou-se entre os convivas “um car-neiro vivo pintado de azul com os chifres dou-rados a ouro fino”, segundo Baron Reinffen-berg, sendo emblemático do Agnus Castus, o “Cordeiro Casto” ou “Imaculado”, expressi-vo do mesmo Agnus Dei que tollis peccata mundi (“Cordeiro de Deus que tirais os peca-dos do mundo”), que é o Cristo.

A Ordem do Tosão de Ouro chegou a ter 22 Capítulos Gerais antes de aos poucos se converter no que hoje é: exclusivamente honorífica, despossuída de qualquer signifi-cado e finalidade espiritual ou iniciática, o que começou registar-se após a morte de Car-los II de Espanha (1661-1700) e a conse-quente Guerra da Sucessão Espanhola, quan-do a Ordem dividiu-se em duas até à actuali-dade: a facção espanhola e a facção austría-ca, cada uma reclamando para si a legitimi-dade histórica, fazendo uso comum da língua

francesa. O actual rei Alberto II da Bélgica é um caso raro de ser cavaleiro de ambas as facções.

Originalmente, a Ordem do Tosão de Ouro cimentava-se fortemente na Tradição Her-mética, muito particularmente na Alquimia, transpondo o mito grego do argonauta Jasão que recolheu a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo pendurada num carvalho sagrado na Cólquida, ao sul das montanhas do Cáu-caso, como já contava Homero no século VIII a. C. Ora o carneiro, ou melhor, o velo-cino de ouro tonsado (donde tosão) por Jasão, aponta a demanda do tesouro espiritu-al, o da sabedoria divina em que assenvam os vereditos ou ordálias reais, de acordo com a natureza real desta Ordem de Tonsura. Jasão vem a ser tanto o ordálio quanto o alquimista ou adepto do fogo real capacitado a fabricar a Pedra Filosofal, ou seja, a atingir a quintes-sência da Matéria e com ela iluminar-se físi-ca e espiritualmente. Se o carvalho é indica-tivo do templo filosófico que é o laboratório alquímico, Jasão é o protótipo do Sábio Ilu-minado, e posteriormente o mito de funda-ção da Ordem do Tosão de Ouro associaria esse herói grego à pessoa do próprio Apósto-lo Santo André, pondo os predicados mitoló-gicos daquele neste que igualmente evange-lizara o país onde Jasão estivera em busca do Velocino, assim transformado em padroeiro dos alquimistas e construtores livres, enquanto Santa Maria seria associada à pró-pria Matéria-Prima e o Cristo ao cordeiro de ouro expressivo da Pedra Filosofal.

>>>

A MISTERIOSA ORDEM DO TOSÃO DE OURO

O Malhete 17O Malhete Novembro de 2019

Já no século IX o grego Suídas, no seu Lexi-con, propusera uma interpretação alquímica para Jasão. Em 1730, na Alemanha, Ehrd de Naxágoras escreveu um tratado de Alquimia a que deu o título de Aurum Velus, Order Golde-nes Vliess, e uns anos depois, em 1749, tam-bém na Alemanha, Hermann Fictuld publicou, com o mesmo título, novo estudo sobre Alqui-mia, nele expondo de modo preciso e sistemá-tico o simbolismo alquímico do périplo de Jasão, com uma análise do conteúdo e signifi-cado hermético dos cenários próprios da Ordem do Tosão de Ouro. Segundo Cornelius Agrippa (1486-1535), Filipe, o Bom, teria cria-do a precisamente Ordem do Tosão de Ouropara honrar os santos mistérios alquímicos. O simbolismo de todo o ritual prescrito para os usos e cerimónias da Ordem é analisado por Fictuld como dando o melhor suporte ao teste-munho de Agrippa.

De acordo com as primeiras , a OrdenançasOrdem realizava anualmente o seu Capítulo Geral no dia de Santo André (30 de Novem-bro), em Dijon. A reunião decorria sob a evo-cação de Santa Maria e de Santo André. No primeiro dia das festas em que se traduzia a celebração do Capítulo Geral, na sua visita obrigatória ao soberano, os cavaleiros vesti-am-se de púrpura, representando o ou citredoa afirmação da sua dignidade espiritual; no segundo dia, comemorando Santo André, ves-tiam-se de negro, expressando o ou nigredocor original da Matéria-Prima; no terceiro dia, festejando os esplendor da Mãe de Deus, ves-tiam-se de branco, cor do ou da purifi-albedocação da alma. O vermelho, ou , era a rubedocor comum do hábito usado nos outros dias do ano.

Púrpura é a cor usada pelos penitentes que com jejum e oração se purificam, antes de iniciarem a sua participação em qualquer gran-de celebração de comunhão com o Divino. Preparados, transformam-se durante a própria celebração: começam com o negro, passa mao branco e finalmente ao vermelho. Esta é, pre-cisamente, a sequência cronológica das cores do processo alquímico, a sequência de cores sempre afirmada para os mistérios sagradas da Grande Obra ou Arte Magna : o negro, o bran-co, o vermelho ( , , ). Na nigredo albedo rubedopreparação da Grande Obra, a Matéria-Prima começa por apodrecer, sujeita a total putrefac-ção, tornando-se negra; com o calor a que é

sujeita, de seguida torna-se branca, a cor da Luz, da Prata, da Vida do Caos que em si con-tém a Matéria-Prima; sob a ação continuada do Fogo Secreto (simbolizado pelo Carneiro) dos Filósofos, o branco da Perfeição torna-se vermelho, que empalidecendo num púrpura translúcido vem a assinalar a fábrica final da Pedra Filosófica.

Impõe-se também notar que a insígnia dis-tintiva da Ordem do Tosão de Ouro, pela qual os seus cavaleiros eram reconhecidos em qual-quer parte, era um colar de ouro composto por oito elementos em ouro maciço, cada um deles revestido por duas pedras de fuzil em aço. Dele pendia o sinal da Ordem, uma medalha revestida dum com a divisa do Velo de Ouro Mestre.

Todos os cavaleiros da Ordem deveriam trazer obrigatoriamente esse colar, sob pena de serem multados, e a ninguém mais era per-mitido usá-lo. Em batalha, o colar poderia ser usado sem o pendente. Quando danifica-Velo

do, deveria ser prontamente reparado pelo ourives, e durante o tempo da reparação o cava-leiro estava dispensado do seu uso, sem pena de multa. O referido colar não devia ser ador-nado com quaisquer outras jóias nem orna-mentos, nem podia ser vendido, dado ou alie-nado, fosse qual fosse a necessidade ou causa. Se algum dos cavaleiros o perdesse, deveria arranjar outro a suas expensas; se dele fosse despojado em batalha, o soberano deveria pro-videnciar para lhe dar outro. Em caso de morte ou expulsão da Ordem, deveria o colar ser res-tituído ao tesoureiro da mesma, no prazo de três meses.

No pendente no colar, Her-Velo de Ouro mann Fictuld viu o símbolo do rolo feito de pele de carneiro sobre o qual os antigos escre-viam, em letras de ouro, dentre outras altas ciências a da Arte da , ou seja, o Crisopeiamétodo de se fabricar o Ouro Alquímico representado pelo Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.

Com o colar de ouro donde pendia o , Veloos cavaleiros da usa-Ordem do Tosão de Ourovam ainda, sobre o peito, uma estrela de seis pontas formada por dois triângulos de ápices opostos, que aqui é um símbolo alquímico ele-mentar com duplo sentido, pois nele estão representados, simultaneamente, os quatro elementos naturais (Terra, Água, Fogo, Ar) e o casamento da Água “Rainha” (triângulo de vértice para baixo) com o Fogo “Rei” (triân-gulo de vértice para cima). Para os Alquimis-tas, o hexalfa é a Estrela Flamejante do , Azotho “Mercúrio dos Filósofos”, com o , o IgnisFogo Filosófico que tudo transforma, de acor-do com o clássico aforismo , “O Ignis mutat resFogo transforma tudo”.¨¨¨

(*) Vítor Manuel Adrião, renomado escritor esotérico português, é consultor de investi-gação filosófica e histórica, formado em História e Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa, tendo feito especialização na área medieval pela Universidade de Coimbra. Pre-sidente-Fundador da Comunidade Teúrgica Portuguesa e Director da Revista de Estudos Teúrgicos Pax, Adrião é profundo conhece-dor da História Medieval do Sagrado, sendo conferencista de diversos temas relaciona-dos ao esoterismo, às religiões oficiais, aos mitos e tradições portuguesas, às Ordens de Kurat (em Sintra) e do Santo Graal, das quais também faz parte.

02 O Malhete0218 O MalheteNovembro de 2019

Meus queridos Irmãos!Resolvi escrever esse artigo, para demons-

trar a importância do trabalho em nossas vidas e o quanto é prazeroso fazer o que a gente gos-ta.

O trabalho existe para preencher necessida-des concretas. Mas, o mais importante é a satisfação pessoal.

A infelicidade no trabalho compromete toda a existência, tornando as pessoas mais propensas a doenças e à deterioração física.

Quem gosta do que faz, faz bem feito. Se você não faz aquilo de que gosta, deve

aprender a gostar do que faz. É importante fazê-lo mesmo sem gostar, porém, se você pro-curar gostar dele, será mais bem sucedido.

Se você esta em um trabalho que não gosta, você tem duas opções: i) aprenda a gostar ou, ii) procure outro trabalho que goste de execu-tar, caso contrário, você ficará “malhando em ferro frio”, ou seja, não será feliz e tampouco bem sucedido.

Além de gostar do que faz, para efetiva-mente ser bem sucedido no trabalho, devemos desenvolver o famoso “CHA”, ou seja, desen-volver nossos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.

CONHECIMENTOS: É uma ótima forma-ção institucional. É a pessoa que tem ideias, domínio de técnicas da profissão e uma visão holística dos negócios. (Ex.: Formação acadê-mica, línguas, informática, cultura, conheci-mento técnico, etc.).

HABILIDADES: Está ligado à pessoa, é a capacidade de se relacionar, se comportar e progredir como ser humano. (Ex.: trabalhar em equipe, lidar com pessoas, boa comunica-ção, liderança).

ATITUDES: São as AÇÕES que tomamos no nosso trabalho. Está associada à MOTIVAÇÃO, pois são os motivos que nos fazem AGIR. “A ação é o alimento e a bebida que nutrirá o meu êxito.” (Og Mandino),

Ser uma pessoa motivada, é querer ser uma pessoa melhor, para isso acontecer você deve acreditar em você. Você precisa querer, “den-tro de você mesmo”, ser o máximo.

Nestes tempos difíceis que estamos pas-sando, quem está trabalhando deve buscar cada vez mais se qualificar, se dedicar e demonstrar todo seu entusiasmo pelo que está

fazendo, pois a concorrência é grande e dispu-tada.

Para você crescer no seu trabalho e ser bem sucedido, não se canse de fazer essa pergunta: Quem eu Sou? Você precisa conhecer a si mes-mo, vai precisar olhar para dentro de si, desco-brir seus desejos, medos, interesses e seus limi-tes. Trago uma frase de Deepak Chopra, que retrata isso: “Quando você descobre sua natu-reza essencial, quando sabe realmente quem é, encontra toda a sua potencialidade”.

Para finalizar e deixo para reflexão uma frase do Livro Minutos de Sabedoria de Torres Pastorino: “Trabalhe com entusiasmo e ale-gria, e o próprio trabalho trará, com seus resultados positivos, a solução de todas as suas dificuldades.”.

Saudações Fraternais! TFA!

Valdir MassucattiGrão Mestre Adjunto da Grande Loja

Maçônica do Estado do Espírito Santo

SORRIA, VOCÊ ESTÁ TRABALHANDO!

O Malhete 19O Malhete Novembro de 2019

TRIGO OU PÃO, HOMEM OU MAÇOM

No artigo anterior fiz menção ao termo “cotidiano”, representado por um peda-ço de pão e transcorremos na alegoria do

trigo/homem nas iniciações que o levaram ao pão/maçom.

Mas, não aprofundamos o suficiente no importante “cotidiano”.

Observando a História de nossa civilização constatamos que cada vez menos surgem gran-des gênios da pintura, grandes compositores, grandes cientistas, grandes heróis, grandes escritores, até mesmo grandes políticos. Ou seja, há uma escassez de grandes homens em escala mundial.

Talvez, seja por não haver grandes conquis-tas mais a serem feitas pela humanidade. Há um segmento do pensamento místico e religi-oso defensor de que os grandes avatares cum-priram a sua missão na evolução do plano ter-restre e já deixaram aqui sua marca como “Grandes Mestres”, em todos os setores da

civilização.Naturalmente, há o contraponto daqueles

que lembram das doenças que, como peste, não encontram cura, das guerras provocadas pelos ambiciosos, da fome, que é o cotidiano dos desafortunados e da inexorável morte.

Atuar frente a estes quatros flagelos da humanidade é o que se diz combater o bom combate; e ao terminar a jornada, ter a certeza de poder aguardar na fé.

Mas, não creio que no grau de evolução que se encontra a humanidade consigamos proeza de tamanha magnitude que extinguiremos estes Cavaleiros do Apocalipse.

Se não há, portanto, grandes coisas a reali-zar, o que devemos fazer? Pequenas coisas!

A mensagem do Irmão Chanceler é bem clara. Estamos envolvidos na Humanidade para torná-la feliz. De uma forma muito natu-ral, advinda de gestos de amor, demonstrações de tolerância, respeito às diferenças religio-sas, de raças e, principalmente, pelo aperfei-çoamento dos costumes.

Mas, isto não se faz em duas horas por noi-te, uma vez por semana, “a coberto” em Tem-plo Sagrado.

O mundo real não está Entre Colunas. As Borlas dos cantos do mundo são a Tirania, a

Ignorância, os Preconceitos e os Erros e a estes não se combate sem perigos.

Observe que não há “corrida do grau”. O que existe é “marcha do grau”. Perceba tam-bém que há harmonia nas “batidas”. E, quan-do ela não ocorre, ouvimos “profanamente batem....”. Aprendemos que os ensinamentos são graduados. De Grau em Grau nos eleva-mos. O que existe é a “Escada de Jacó” e não o “Elevador de Jacó”.

O trabalho do maçom é um cotidiano constante no sentido exato do trabalho diá-rio.

Mais é do que cumprir nossa cota diária na melhor ainda é compreendermos que o cotidiano maçônico, nada sagrada missão de tornar feliz a humanidade.

Fraternalmente,Sérgio Quirino

Grande 1º VigilanteGLMMG

02 O Malhete0220 O MalheteNovembro de 2019

Há uma plêiade de autores que são deno-minados “Intérpretes do Brasil” pela contribuição que deram para que pos-

samos entender um pouco do que se conhece como nação Brasileira. Pretendemos, periodi-camente, escrever sobre a essência da obra de cada um deles.

Começaremos por Sérgio Buarque de Holanda que, em sua obra maior “Raízes do Brasil”, bem explica a atual situação de nossa amada pátria brasilis. Primeiramente ele clas-sifica os europeus em Trabalhadores e Aventu-reiros. Sendo que os da península ibérica, espa-nhóis e portugueses, seriam Aventureiros, ou seja, buscam novas experiências, contentam-se com o provisório e preferem descobrir a con-solidar. Enquanto que os demais europeus de além Pirineus (Cadeia de montanhas que faz uma divisa natural entre a península ibérica e o restante da Europa) se alinhariam como Traba-lhadores pois privilegiam o esforço, a seguran-ça e esperam o resultado a longo prazo. Define a península ibérica como uma zona de transi-ção entre Europa e África. Mais a frente ele

subdivide os ibéricos em Semeadores e Ladri-lhadores. Os portugueses seriam Semeadores: plantavam cidades ao léu sem planejamento e nos locais mais fáceis de acessar. Já os espa-nhóis seriam Ladrilhadores: planejavam tanto o traçado como a localização de suas cidades, construindo-as onde fosse melhor, indepen-dente das dificuldades.

Noutro ponto da sua obra, Sérgio Buarque de Holanda compara a vida intelectual na Amé-rica espanhola e portuguesa. E nos traz infor-mações que dizem bem o motivo do Brasil ser o que é... Enquanto a Espanha criava em 1538 a primeira universidade nas suas colonias, em São Domingos, hoje capital da República Dominicana, o Brasil só viria a ter cursos supe-riores a partir de 1808 com a chegada da famí-lia imperial, fugida de Napoleão. “Ao fim do período colonial espanhol as antigas colonias contavam com 23 universidades, seis das quais de primeira categoria, sem contar as do México e Lima.” Universidade em terras brasi-leiras só no século XX, por volta de 1909. Tam-bém a impressão, seja de periódicos ou livros, era proibida no Brasil, só sendo liberada em 1808. Nas colonias espanholas já se imprimi-am livros desde 1535. Dá para entender o moti-vo do Brasil não ter nenhum ganhador de Prê-mio Nobel, já os países da América espanhola possuem vários.

Desleixo e abandono são duas palavras que

bem definem a essência da colonização portu-guesa. “A riqueza que o português vinha bus-car não era a que custa trabalho, mas sim a que custa ousadia. Essa exploração era funda-da no trabalho escravo, na monocultura, na grande propriedade sempre se distinguindo pelo muito que pediam da terra e o pouco que lhe davam em retribuição.”

O autor também aborda a questão dos arte-sãos. Comparando com a América espanhola onde as diversas categorias profissionais pos-suíam alto grau de organização e associação. Nos ofícios urbanos, no Brasil, reinavam o mesmo amor pelo ganho fácil predominante nos trabalhos rurais.

“Mesmo em seus melhores momentos, a obra realizada no Brasil pelos portugueses teve um caráter mais acentuado de feitoriza-ção do que de colonização. Não convinha que aqui se fizessem grandes obras, ao menos quando não produzissem imediatos benefíci-os. Nada que acarretasse maiores despesas ou resultasse em prejuízo para a metrópole.”

>>>

SÉRIE INTÉRPRETES DO BRASIL: SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

O Malhete 21O Malhete Novembro de 2019

Duas características da personalidade por-tuguesa, que levam a outra grande questão apontada pelo autor, são o personalismo e patrimonialismo. Até hoje sentimos a dificul-dade em separar o público do privado. As repartições públicas são encaradas como extensões do interesse particular em detri-mento de atender os objetivos da coletividade. Da mesma forma o apego a títulos e cargos. Título de Bacharel era garantia de acesso a cargos públicos. Muitas vezes não só a um, mas vários ao mesmo tempo sem que o titular exercesse na prática nenhum deles.

“Toda a estrutura de nossa sociedade colo-nial teve sua base fora dos meios urbanos. É preciso considerar esse fato para se compre-enderem exatamente as condições que, por via direta ou indireta, nos governaram até muito depois de proclamada nossa indepen-dência política e cujos reflexos não se apaga-ram ainda hoje.”

“Nos domínios rurais a autoridade do pro-prietário de terras não sofria réplica. Vontade caprichosa e despótica. O engenho era um organismo completo e se bastava a si mesmo. Capela, Escola primeiras letras, serrarias, alimentação das plantações, das criações e da caça. 'Nesta terra andam as coisas troca-das, porque toda ela não é república, sendo-o cada casa.' Neste ambiente o pátrio poder é virtualmente ilimitado e poucos freios existem para a sua tirania. Maior riqueza possível com o menor trabalho possível.”

“Estereotipada por longos anos de vida rural, a mentalidade de casa-grande invadiu assim as cidades e conquistou todas as profis-sões, até as mais humildes. Muitas das dificul-dades observadas, desde velhos tempos, no funcionamento dos nossos serviços públicos, devem ser atribuídas, sem dúvida, às mesmas causas. Toda a ordem administrativa do país, durante o império e mesmo depois, já no regi-me republicano, há de comportar elementos

estreitamente vinculados ao velho sistema senhorial. O título de Senhor de Engenho era considerado tão alto como os títulos de nobre-za do Reino de Portugal. Não admira pois, que nossa República tenha sido feita pelos positivistas, ou agnósticos, e nossa Indepen-dência fosse obra de maçons.”

“A democracia no Brasil foi sempre um lamentável mal-entendido. Uma aristocracia rural e semifeudal importou-a e tratou de aco-modá-la, onde fosse possível, aos seus direi-tos ou privilégios, os mesmos privilégios que tinham sido, no Velho Mundo, o alvo da luta da burguesia contra os aristocratas.” .

A falta de pensamento coletivo e associati-vo, de pensar no “eu” e não em “nós”, talvez seja o principal motivo de ainda estarmos a anos luz do chamado primeiro mundo. A obra merece uma leitura atenta e profunda, tal o

volume de informações ali contidas. Todas as alegações e conclusões emitidas pelo autor estão solidamente fundamentadas. Impossí-vel nestas poucas linhas traduzir as Raízes do Brasil, mas dá para ter uma noção da origem de nossas mazelas.

* Onde se encontra em itálico e entre aspas refere-se a citação direta de trechos e/ou pará-grafos da obra sob referência.

Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo !!!

Carlos Magno Monteiro Freitas – CIM 162.053Deputado Estadual ARLS Vale do Itapemirim – Mara-

taízes (ES)Presidente da PAEL GOB (ES) no Período Legislativo

2007/2011Venerável Mestre da ARLS Vale do Itapemirim de

1999/2003

Raizes do Brasil - SergioBuarque de Holanda

02 O Malhete0222 O MalheteNovembro de 2019

Por Christian Gadea Saguier

Acima de tudo, é muito provável que os maçons cristãos considerem a verdade dos fatos descritos abaixo; os emancipados da

doutrina cristã não abandonam a condição cética de considerar o evento provável, mas é certo que o pontificado deles constituiu uma fonte para a modernidade e suas políticas. , relatado hoje em uma galeria de Lino Tamayo publicada no El País de Madri, que reproduzo em parte, significa que outra Igreja fora de Bento XVI é possível.

Em 28 de outubro de 1958, neste dia meio sécu-lo atrás, o antigo Patriarca de Veneza Angello Giu-seppe Roncalli, que recebeu o nome de João XXIII, foi eleito Papa, após quase vinte anos de pontificado de Pio XII, muito criticado por sua insensibilidade antes. a perseguição dos judeus pelo nazismo, entre outras coisas.

Nada fez pensar na biografia do novo Papa que poderia levar a mudanças importantes na marcha da Igreja Católica, ancorada no cristianismo medi-eval; mas há aqueles que concordam que o cardeal Roncalli era maçom antes de chegar ao papado e essa condição teria permitido lançar uma das maio-res transformações da Igreja Católica, que passou do autoritarismo do piano ao conciliarismo, do fundamentalismo ao compromisso com a história, da Contra-Reforma à reforma, do Cristianismo à Modernidade, da aliança com o poder à Igreja dos pobres e do anátema ao diálogo. Terminou quatro séculos de Contra-Reforma, endossando, sem citar, a proposta de Lutero ("A Igreja deve estar em reforma permanente"), que foi então assumida pelo Concílio Vaticano II.

Segundo algumas fontes não confirmadas há alguns anos, um ilustre professor, Alfonso Sierra,

tentou publicar nos jornais da Cidade do México uma cópia de um suposto ato de iniciação em uma loja em Paris, onde é registrada a iniciação de Angelo Roncalli. Outra fonte indica que em 1935 ele foi convidado a entrar em uma sociedade ini-ciática herdeira dos ensinamentos rosacruzes e que Louis Claude de San Martin, o conde de Cagliostro e o conde Saint Germain dariam tanta força no passado. Isso é mencionado por Pier Carpi em seu livro The Prophecies of John XXIII , onde ele também menciona evidências documen-tais da iniciação maçônica na Turquia de Angelo Roncalli.

Está provado que, em 1960, João XXIII con-corda em prosseguir com os estudos sobre socie-dades esotéricas e iniciadoras em suas relações com a Igreja. Dois anos depois, ocorre o Concílio Vaticano II, onde as intervenções do Monsenhor Méndez Arceo marcarão um marco, durante a con-gregação geral 31 e 71, na qual ele pediu para abor-dar a questão da atitude da Igreja em relação às sociedades secretas e, especificamente, com alve-naria. Também foram levantadas vozes para modi-ficar a posição da Igreja com relação à Maçonaria, suprimindo textualmente o cânon 2335, para que a Maçonaria estivesse livre do veto da autoridade eclesiástica. A partir deste momento, a desconfi-ança eclesiástica da Maçonaria começou a desa-parecer e se reimpor desde novembro de 1983.

Com o pontificado de João XXIII, começa uma era de mudanças compulsivas na história da huma-nidade, que continuou ao longo dos anos sessenta do século passado. Foi, usando a expressão de Karl Jaspers aplicada a outra era histórica, o eixo temporal das utopias em que ocorreram transfor-mações importantes de todos os tipos: a revolução cubana, a independência dos países submetidos às potências européias, a luta pelos direitos civis, movimentos de libertação na América Latina, a revolução estudantil, a primavera de Praga, o diá-logo cristão-marxista etc. Todas as transforma-ções são encorajadas por uma filosofia de esperan-ça que teve sua tradução religiosa nas teologias da secularização, revolução, esperança e libertação.

Foi a utopia em ação!João XXIII realizou uma revolução copernica-

na na Igreja Católica. Com a convocação do Vati-cano II, ele recuperou a tradição democrática dos conselhos medievais de Basileia e Constança, que defendiam o conselho como uma forma colegiada de liderança da Igreja. No discurso de abertura do Vaticano II, ele mostrou seu distanciamento dos "profetas das calamidades que sempre anunciam eventos infelizes, como se o fim dos tempos fosse iminente". Ele criticou as alianças que o cristianis-mo fez, desde Constantino, entre o trono e o altar, denunciando a "interferência ilícita das autorida-des civis" no desenvolvimento dos conselhos ecu-mênicos e as ações supostamente protetoras dos "príncipes deste mundo" que respondeu a motiva-ções políticas e interesse próprio, e quanto dano eles geraram. Cantou, assim, o requerimento para a morte da Igreja do Cristianismo, considerado até então o único meio de realização do Cristianismo, e iniciou o diálogo com a Modernidade, que seus antecessores haviam condenado como o Anticris-to e o grande inimigo do a Igreja.

Ele endossou a cultura dos direitos humanos, sistematicamente anatematizada pelos papas desde a Revolução Francesa, e a incorporou à dou-trina social da Igreja em sua memorável encíclica Pacem in Terris, dirigida a "todos os homens de boa vontade" e publicou o 11 de abril de 1963, ape-nas dois meses antes de sua morte. Quinze anos após a adoção da Declaração Universal dos Direi-tos Humanos na ONU e depois de poucas resistên-cias da Igreja Católica em relação a ela, João XXIII assumiu-a em sua totalidade.

Sua participação na Maçonaria ainda é um mis-tério, mas com João XXIII houve primavera nova-mente na Igreja Católica, após séculos de inverna-da. Mas foi uma primavera curta na vida do cristi-anismo, que mal durou dez anos. Depois veio novamente o longo inverno, que já dura quarenta anos. Quando virá um novo João XXIII? Talvez em algumas lojas esteja sendo cultivado um futuro Papa que continuará com o legado de Roncalli. ̈

JOÃO XXIII, UM PAPA MAÇOM?

O Malhete 23O Malhete Novembro de 2019

Harry S. Truman assumiu a presidência dos Estados Unidos em 12 de abril de 1945, após a morte de Franklin Delano

Roosevelt. A Segunda Guerra Mundial estava praticamente terminada no front europeu, mas ainda estava longe do fim no front asiático. Embora tivessem sofrido grandes derrotas navais, os japoneses apresentavam grande poder de resistência.

Segundo as Forças Armadas, o Japão não se renderia sem que seu território fosse invadido. No entanto, um desembarque no arquipélago japonês teria um custo espetacular em recursos humanos e materiais, além de prolongar a guer-ra por, no mínimo, mais dois anos. Nesse con-texto surgiu o plano de obrigar o Japão a se ren-der mediante o ataque com bombas atômicas.

Truman, após consultar seus conselheiros, ordenou que as bombas atômicas fossem lan-çadas contra cidades dedicadas ao trabalho de guerra. Duas delas eram Hiroshima e Nagasa-ki. A rendição dos japoneses ocorreu imediata-mente em seguida, em agosto de 1945.

Antes disso, em julho, Truman testemunhou

a assinatura da carta da Organização das Nações Unidas, estabelecida com a esperança de preservação da paz.

Harry Truman nasceu em no Estado de Mis-souri em 1884. Ele cresceu em Independence e trabalhou como fazendeiro. Ao voltar da Fran-ça após a Primeira Guerra Mundial, ele se tor-nou ativo no Partido Democrata, pelo qual foi eleito senador em 1934. Na Segunda Guerra Mundial, ele comandou o comitê de investiga-ção de guerra do Senado antes de ser eleito vice-presidente de Franklin Roosevelt.

Até aquele momento, ele tinha seguido as políticas de seu bem sucedido antecessor. Mas ele logo desenvolveu as suas próprias. Ele apre-sentou ao Congresso um programa propondo a expansão do Seguro Social, um programa de emprego integral, uma lei permanente de prá-ticas justas de contratação de trabalhadores, um programa de moradias populares e reforma dos bairros pobres.

O programa, escreveu Truman, "simboliza a minha assunção ao cargo de presidente por meu próprio mérito". Ele se tornou conhecido como "Fair Deal". Nas eleições de 1948, o democrata Harry Truman venceu o republica-no Thomas Dewey

Nas relações exteriores, ele já vinha reali-zando uma liderança eficaz. Quando a União Soviética pressionou a Turquia e ameaçou

tomar a Grécia, ele pediu ao Congresso ajuda para os dois países, enunciando o programa que levaria seu nome -a Doutrina Truman.

Quando os russos bloquearam os setores orientais de Berlim, Truman ordenou um enor-me transporte aéreo para abastecer os berli-nenses até que os russos recuassem. Ele tam-bém negociou uma aliança militar para prote-ger os países ocidentais, a Organização do Tra-tado do Atlântico Norte (Otan), estabelecida em 1949.

Em junho de 1950, quando a Coréia do Norte comunista atacou a Coréia do Sul, Tru-man realizou prontamente uma conferência com seus conselheiros militares. Uma luta longa e desencorajadora se seguiu enquanto as forças da ONU mantinham posição acima da antiga fronteira da Coréia do Sul. Truman man-teve a guerra limitada, buscando não arriscar um conflito maior com a China e talvez a União Soviética.

Optando por não concorrer novamente, ele se aposentou em Independence. Ele morreu em 26 de dezembro de 1972, aos 88 anos, após uma luta obstinada pela vida.

Harry S. Truman era membro da Loja Belton Nº. 450 em Belton, Missouri, USA

HARRY S. TRUMAN

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS

02 O Malhete0224 O MalheteNovembro de 2019

No dia 26 de outubro de 2019, o Eminente Irmão LUCAS MORAES SITYÁ e o Poderoso Irmão MARCO ANTÔNIO ARONNE ABREU foram diplomados, pelo Egrégio Tribunal Eleitoral Maçôni-co do GOB-RS, e empossados, pela PAEL GOBRS, respectivamente, no cargo de Grão-Mestre Estadual e Grão-Mestre Estadual Adjunto do Grande Oriente do Brasil – Rio Grande do Sul (GOB-RS).

Estiveram presentes à Cerimônia, o Eminente Irmão Luiz Rodrigo Larsen Carstens, Grão Mestre de Honra do GOB-PR e membro do Conselho Federal do GOB, representando o Soberano Irmão Múcio Boni-fácio Guimarães, Grão-Mestre Geral do GOB, o Emi-nente Ir. Adalberto Aloísio Eingh, Grão Mestre de Honra do GOB-SC, e Assessor Especial do Grão-Mestre Geral, o Eminente Grão-Mestre do GOB-RS em exercício, Irmão Plauto Eugenio Chagas Giulian, que reassumiu as funções de Presidente da PAEL

GOB-RS, o Eminente Irmão Antonio Zuglian, Presi-dente da PAEL GOB-RS, em exercício até este ato, o Ir. Getúlio Rogerio Arbo Pavalak, Representante do Sereníssimo Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Rio Grande do Sul, o Soberano Grão-Mestre Irmão Celito Cristoffoli do GORGS.

Estiveram também presentes o Representante da Assembleia Legislativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Deputado Estadual Irmão Luciano Zucco, o representante do Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Irmão Alexandre Grivot Neto, além de inúmeras outras autoridades maçônicas, civis e militares.

Também representadas as 106 Lojas Maçônicas, os Deputados da SAFL e PAEL-RS, e 178 maçons, alem dos Visitantes e representantes das Entidades Paramaconicas, entre elas o representante do Schri-ners Ir. Fernando Kappel.

DIPLOMAÇÃO E POSSE DO NOVO GRÃO-MESTRE E GRÃO-MESTRE ADJUNTO DO GOB-RS

12

[email protected]

ORDEM DO MÉRITO MAÇÔNICO

No dia 23 de Outubro de 2019, DIA DO AVIADOR E DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA, nosso Ilustríssi-mo Irmão LAERCIO EDNEI DE OLIVEIRA, que ocupa o cargo de Grande Secretário Adjunto de Admi-nistração e Patrimônio do Grande Oriente Paulista, foi admitido no Corpo de Graduados Efetivos da Ordem do Mérito Aeronáutico, no Grau de Cavaleiro.A ORDEM DO MÉRITO AERONÁUTICO criada pelo Decreto-lei n° 5.961, de 1 de novembro de 1943, é destinada a premiar os militares da Aeronáutica Bra-sileira que tenham prestado notáveis serviços ao País ou se hajam distinguido no exercício de sua profissão. As admissões na Ordem e as promoções de seus gra-duados são feitas por Decretos do Presidente da Repú-blica, na qualidade de Grão-Mestre da Ordem, refe-rendados pelo Ministro da Aeronaútica. A entrega oficial das condecorações aos militares e civis brasile-iros foi realizada no dia 23 de outubro, "Dia do Avia-dor" em solenidade exclusiva para esse fim.

25° FESTIVAL DO GUARANÁ PROMOVIDO PELA LOJA MAÇÔNICA DR LIMA VERDE

A Presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Ceará e Coordenadora da Frafem Nacional para a Região Nordeste II, a cunhada e fraterna Andressa Monteiro, junta-mente com o irmão Leonardo Monte-iro, Assessor Especial do Grão Mes-tre Geral, estiveram presente no 25° Festival do Guaraná promovido pela Loja Maçônica Dr Lima Verde, Ori-ente de Limoeiro do Norte-Ce, com apoio e organização da Frafem Clube Princesas do Vale.

O Festival acontece com intuito de arrecadar recursos para promover o Natal Solidário, uma confraterniza-ção entre crianças e familiares de comunidades carentes da Cidade de Limoeiro do Norte, que leva até aos

participantes diversão, brincadeiras, sorteios e distribuição de brinquedos, alimentos e bebidas não alcoólicas.

A Presidente da Frafem Ceará parabeniza o Venerável Mestre da Loja Dr Lima Verde, o cunhado Mân-cio, por mais uma edição dessa belís-sima ação onde envolve moradores local e Família Maçônica.

CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA REALIZA SESSÃO DE HOMENAGEM À MAÇONARIA

No dia 29.10.2019, na Câmara Municipal de Goiâ-nia, o vereador Gustavo Cruvinel presidiu uma ses-são de homenagem à maço-naria goiana, 62 anos de Grande Oriente do Brasil – Goiás, 20 anos da loja João XXIII, Grande Loja do Esta-do de Goiás, parabenizando diversos maçons de Goiás de diversas instituições.

A mesa diretora foi composta pelo Vereador Cruvinel, pela Vereadora Cristina, pelo vice-presidente do Con-selho Federal do GOB, Eminente Irmão Silas Augusto de Souza, repre-sentando na ocasião o Soberano Grão Mestre por ocasião de sua homena-gem, pelo Poderoso Grão Mestre

Adjunto Mauro Marcondes, pelo Sere-nissimo Grão Mestre Adolfo Ribeiro Valadares, pelo Grão Mestre de Honra do GOB-GO, Oclécio Pereira de Frei-tas, pelo Venerável Mestre da João XXIII Elisson, pelo Grande Mestre Adjunto da Ordem DeMolay Freitas, e diversas outras representações.