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O mundo é um moinho

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Revista Catraca Livre

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Há quase trinta anos, a ocupação da Empresa Moinho Santa Cruz deflagrava o surgimento de uma das maiores favelas no dilacerado coração da mais cosmopolita e desigual cidade da América do Sul.

O modesto cotidianosofreu substancial e negativa mudança na manhã de 22 de dezembro de 2011, quando labaredas e chamas reduziram concretos, madeiras, móveis, pertences,histórias e vidas a umcenário de destruição,desespero, desamparo e incertezas.

A versão dos moradores expõe a postura de uma gestão política voltada aos privilégios do setor imobiliário, cujo um dos principais interesses está na revitalização da região Central de São Paulo, a exemplo da“Operação Urbana Lapa-Brás”.

A acusação dos moradores assume verossímilrelevância quando desencontros de informaçõese uma atípica rapidez no processo de aprovaçãoorçamentária para a implosão do edifício sãolevados ao debate público.

Composta por aproximadamente 800 famílias, a favela do Moinho se espreme abaixo do viaduto Orlando Murgel, entre o cruzamento da Rua Dr. Elias Chaves com a Avenida Rio Branco.