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Apostila de Redação. O estudo do parágrafo dissertativo
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Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 1
O PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO
RELAÇÃO ENTRE TESE E ARGUMENTO
De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser compreendida de duas
maneiras principais:
Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque Argumento (T→ pq→A):
(A→ pt→T)
“O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas
doenças relacionadas ao tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso (Ainda, e, também, relação
de adição → quando se enumeram argumentos a favor de sua tese), as empresas têm
grandes prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido aos males
causados pelo fumo. Portanto (logo, por conseguinte, por isso, então → observem a
relação semântica de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam proibidas
quaisquer propagandas de cigarros em todos os meios de comunicação.”
(T→ pq→A)
O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer forma de propaganda de
cigarro, porque (uma vez que, já que, dado que, pois→ relação de causalidade) ele
gasta, todos os anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas doenças
relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda que, não obstante, mesmo que →
relação de oposição: usam-se as concessivas para refutar o argumento oposto) os
ganhos com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles compensam o dinheiro gasto
com essas doenças.
EXERCÍCIOS
Identifique o sentido argumentativo dos seguintes textos, e separe, por meio de barras, a
tese e o(s) argumento(s).
a) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso. É econômico,
nunca dá defeito e tem espaço suficiente para transportar toda a minha família.”
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 2
b) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; além disso, todo ano batemos
recordes de produção agrícola. Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais
modernos do mundo. definitivamente, somos o país do futuro.”
c) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para dar errado: nossa
diferença de idade é grande e nossos gostos são quase que opostos. Além disso, a
família dela é terrível.”
d) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política social por aqui implementada é
vista como demagogia, paternalismo.”
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS
1. ARGUMENTAÇÃO POR CAUSA/CONSEQUÊNCIA (RACIOCÍNIO LÓGICO)
Uma maneira eficaz de defender um ponto de vista é explicar os motivos que levaram
você a posicionar-se daquela forma. Esse é um dos tipos de argumentos mais frequentes
e eficazes, visto que argumentar é, justamente, dizer os porquês que sustentam sua tese.
Veja o trecho abaixo, retirado do artigo “Por um país da mala branca”, de Mauro Chaves.
TEXTO
Já que os valores morais da sociedade brasileira se encontram tão destroçados
(pelo menos no momento), é preciso buscar novas formas de conter os distúrbios de
nosso convívio humano e as ameaças à nossa já precária coesão social. E já que nossa
sociedade se mostra tão avessa à punição pelo desrespeito à lei (pois a cada eleição
perdoa tantos nas urnas), façamo-la, de vez, cumprir a lei apenas mediante incentivos.
Recente moda futebolística pode-nos apontar o caminho dessa transformação, que
troca a sanção pelo estímulo e a punição pela perda de vantagem. É a chamada prática
da "mala branca", pela qual um clube paga a outro para que este ganhe. É claro que isso
nada tem que ver com o suborno da "mala preta" - a execrável compra de goleiros,
zagueiros e outros de um time para que deixem a bola passar e percam o jogo. A "mala
branca", ao contrário, é um saudável incentivo para que os profissionais do esporte ajam
corretamente, isto é, esforcem-se ao máximo para ganhar um jogo.
COMENTÁRIO
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 3
Logo no primeiro parágrafo, o autor explicita nos seguintes trechos a tese que
defende: “é preciso buscar novas formas de conter os distúrbios de nosso convívio
humano e as ameaças à nossa já precária coesão social” e “façamo-la, de vez, cumprir a
lei apenas mediante incentivos”. Segundo o autor, para tornar a lei mais eficiente, é
preciso substituir práticas punitivas por incentivos a quem cumpre os regulamentos.
Para sustentar essa tese, lança mão no mesmo parágrafo de dois argumentos de
valor causal: “os valores morais da sociedade brasileira se encontram tão destroçados
(pelo menos no momento)” e “nossa sociedade se mostra tão avessa à punição pelo
desrespeito à lei (pois a cada eleição perdoa tantos nas urnas)”. Veja que ambos os
argumentos expressam os motivos pelos quais o autor adota sua tese; logo, são
introduzidos por um conectivo que expressa relação de causa (“já que”), como você viu na
lição sobre coesão textual.
No entanto, na hora de produzir seu próprio texto, tome cuidado para não
expressar uma falsa relação de causa/consequência entre ideias que são apenas
próximas, mas não desencadeadoras uma da outra.
2. ARGUMENTAÇÃO POR EXEMPLIFICAÇÃO
Um exemplo sempre traz força à argumentação, pois mostra casos reais em que a tese
se prova verdadeira. Nesse sentido, é muito importante selecionar exemplos fortes,
preferencialmente de conhecimento geral ou surpreendentes. Um exemplo mal escolhido,
por ser pouco representativo, por exemplo, pode suscitar no leitor desconfiança e uma
forte contra argumentação. Veja abaixo, em um trecho da reportagem “Afinal, nossas
urnas eletrônicas são ou não totalmente seguras?”, de Sérgio Pires, como a
exemplificação foi empregada para defender determinado ponto de vista.
TEXTO
Afinal, nossas urnas eletrônicas são ou não totalmente seguras?
Há anos o assunto é motivo de discussões. Nessa semana, de novo. O professor
do Instituto de Computação da Universidade de Campinas, Jorge Stolfi, disse em
audiência na Câmara Federal que as urnas eletrônicas utilizadas nas eleições no Brasil
não são seguras e permitem fraudes. E mais: que o sistema pode ter interferências para
beneficiar um ou outro candidato sem que a fraude seja detectada. Lembrou que vários
países – Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Inglaterra, entre outros – não utilizam as
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 4
urnas eletrônicas como no Brasil porque já detectaram que elas não são imunes ao que
chamou de “riscos incontornáveis” de fraude. Destacou que a única maneira de fazer com
que o sistema seja totalmente seguro é adotar o voto impresso, como maneira
complementar para a segurança da votação. O professor afirmou ainda, contrariando
técnicos dos TREs e do próprio TSE, que há sérios riscos “de fraudes feitas por pessoas
internas ao sistema, que não podem ser detectadas antes, durante ou depois da eleição".
E agora, José?
COMENTÁRIO
Jorge Stolfi manifesta claramente seu ponto de vista no trecho “as urnas
eletrônicas utilizadas nas eleições no Brasil não são seguras e permitem fraudes. E mais:
(...) o sistema pode ter interferências para beneficiar um ou outro candidato sem que a
fraude seja detectada”. Para defender essa opinião, utiliza como argumento exemplos de
países que discordam do sistema de votação eletrônica: “vários países – Estados Unidos,
Alemanha, Holanda e Inglaterra, entre outros – não utilizam as urnas eletrônicas como no
Brasil porque já detectaram que elas não são imunes ao que chamou de ‘riscos
incontornáveis’ de fraude”.
Perceba que o professor do Instituto de Computação da Universidade de Campinas
foi cuidadoso na seleção dos países que empregou para respaldar sua tese: Estados
Unidos, Alemanha, Holanda e Inglaterra são todos países desenvolvidos que têm
organizações políticas democráticas mundialmente reconhecidas.
3. ARGUMENTAÇÃO POR DADOS ESTATÍSTICOS (PROVAS CONCRETAS)
Para provar o que se diz, dados estatísticos são comumente utilizados, visto que são fruto
de pesquisas feitas por órgãos de reconhecimento público. É preciso tomar cuidado, no
entanto, para selecionar quais dados serão usados, citando a fonte de que foram
retirados. Veja abaixo como o uso de valores numéricos calculados por agências
especializadas foi usado no artigo “Mulheres das classes C e D são as que mais creem
que Brasil vai melhorar em 2009”.
TEXTO
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 5
De acordo com pesquisa realizada pelo IBOPE, a pedido da agência de publicidade
141 SoHo Square, as mulheres das classes C e D são as que mais acreditam que o Brasil
não está bem, mas vai melhorar em 2009, com índices de 46% e 44%, respectivamente.
Na classe A, o percentual verificado foi de 41%.
Além disso, a pesquisa intitulada "O Sonho é maior que o medo - Panorama sobre
o comportamento de compra das mulheres brasileiras" apurou que 41% das mulheres da
classe C e 36% da D avaliam que a economia brasileira está sólida, mas vai sofrer o
impacto da crise.
Na opinião do presidente da agência que encomendou o estudo, Mauro Motryn, os
números mostram que as mulheres de menor poder aquisitivo parecem não querer
acreditar na crise. "Elas estão felizes de finalmente terem entrado no mercado de
consumo que até fecham o bolso agora (...) Mas estão esperando muito a volta do crédito
no início do ano para poderem continuar comprando."
COMENTÁRIO
Mauro Motryn tem um ponto de vista claro diante do comportamento das mulheres
das classes C e D em relação à crise econômica: "Elas estão felizes de finalmente terem
entrado no mercado de consumo que até fecham o bolso agora (...) Mas estão esperando
muito a volta do crédito no início do ano para poderem continuar comprando." Para
justificar esse posicionamento, o presidente da agência de publicidade 141 SoHo Square
baseia-se em dados estatísticos de pesquisa que encomendou ao IBOPE, segundo a qual
“as mulheres das classes C e D são as que mais acreditam que o Brasil não está bem,
mas vai melhorar em 2009, com índices de 46% e 44%, respectivamente. Na classe A, o
percentual verificado foi de 41%”.
4. ARGUMENTAÇÃO POR TESTEMUNHO DE AUTORIDADE (ARGUMENTO DE
AUTORIDADE)
Nos textos de escrita acadêmica, é muito frequente que, para respaldar uma tese, um
autor se refira a pesquisas anteriores, de outro pesquisador. Para isso, cite a fonte de
onde retirou a citação empregada em seu texto, tendo cuidado de empregar como
argumento as palavras de alguém reconhecido como profundo conhecedor da causa
discutida. Veja abaixo como esse recurso foi empregado na argumentação do artigo
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 6
“Produção científica no Brasil sobe, mas não o número de patentes”, do qual
transcrevemos um trecho a seguir.
TEXTO
A produção científica brasileira subiu de 2006 para 2007 e representa 2,02% de
todos os artigos científicos publicados no mundo, mas esse conhecimento ainda não se
traduz na prática. Quando se analisa o registro de patentes nos Estados Unidos, o índice
brasileiro é próximo a zero.
"O Brasil está muito atrás de outros países que até produzem menos artigos
científicos. Dificilmente um País que produz ciência não faz as duas coisas. Todos têm
ciência e patentes, mas não é o caso do Brasil", disse Jorge Guimarães, presidente da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).
COMENTÁRIO
O autor do artigo, em sua argumentação, denuncia o baixo número de patentes
registrado no Brasil, apesar da alta produção científica. Para defender essa tese, clara
logo no primeiro parágrafo, o autor se vale das palavras de uma autoridade no assunto,
Jorge Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino
Superior (Capes). A própria instituição por ele presidida é reconhecida internacionalmente
como referência no que diz respeito à pesquisa científica.
5. ARGUMENTAÇÃO POR CONTRA ARGUMENTAÇÃO
Muitas vezes, ao redigir um texto argumentativo, você já imagina quais serão os possíveis
posicionamentos contrários de alguns leitores. Para fortalecer sua argumentação, você
pode citar essas visões diferentes da sua e contrapor-se a elas, utilizando o que
chamamos de contra argumentação. É preciso tomar cuidado, no entanto, para refutar
com consistência os argumentos que se opõem à sua tese, ou seu posicionamento pode
perder credibilidade. Observe o trecho abaixo, retirado do artigo “Crise e poder”, de
Rubens Ricupero, e atente para o uso que o autor fez da contra argumentação para
respaldar sua tese.
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 7
TEXTO
A crise econômica é também uma crise da globalização. Dizia-se antes que o
poder do Estado estava sendo corroído pela interdependência da globalização. Ora, o que
vimos é que esta foi de fato responsável pelo contágio da doença. O remédio, porém, vem
sendo administrado pelo Estado nacional por meio dos bancos centrais e dos Tesouros.
A primeira conclusão, portanto, é que, apesar da globalização, permanece intacta a
configuração dominada pelo Estado-Nação, cujo poder em relação ao mercado e à
sociedade é reforçado pela crise.
COMENTÁRIO
A tese central defendida pelo autor no trecho analisado é que, “apesar da
globalização, permanece intacta a configuração dominada pelo Estado-Nação”. No
entanto, para chegar a essa afirmativa, o texto parte de uma ideia contrária a ela: “Dizia-
se antes que o poder do Estado estava sendo corroído pela interdependência da
globalização”.
Veja que essa ideia contrária à tese foi introduzida pela expressão “dizia-se”, a qual
não define quem é que dizia que o poder do Estado estava sendo corroído pela
interdependência da globalização. O agente responsável por essa ação não pode ser
identificado no texto. Só o que sabemos é que não se diz mais isso; chega-se a tal
conclusão pelo tempo do próprio verbo em “dizia-se”.
É importante perceber que a oposição entre essa afirmativa inicial e a tese
defendida pelo autor não torna o texto contraditório. Na verdade, para fortalecer sua
argumentação, o autor afirma algo que era dito antigamente para logo rechaçar essa
ideia, na frase: “O remédio, porém, vem sendo administrado pelo Estado nacional por
meio dos bancos centrais e dos Tesouros”. A palavra “porém”, conectivo de oposição
(conforme você estudou na lição sobre coesão textual) introduz uma ressalva à ideia
inicial do texto, dando suporte à tese defendida pelo autor.
EXERCÍCIOS
1. O texto dissertativo está completamente desorganizado do ponto de vista
estrutural, mas se você encaixar as peças nos lugares corretos tudo ficará bem.
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 8
LEIA OS PARÁGRAFOS A SEGUIR:
a) Sendo assim, pode-se dizer que, talvez, pelo uso constante de temas apocalípticos em
obras de ficção, muita gente não leve a sério as atuais ameaças à continuidade da vida
na Terra. Entretanto é hora de separar a ficção da realidade e agir. De nada nos adianta
acreditar que somos capazes de corrigir o que nos é prejudicial se não nos propusermos
a fazer alguma coisa em relação ao que nos prejudica.
b) A consciência de que o ser humano pode corrigir aquilo que lhe é prejudicial determina
para muitos que o fim do mundo não está próximo. Há quem diga que é da natureza
humana distorcer informações para obter as conclusões desejadas. Para esses, os
cientistas são muito pessimistas sobre o futuro da humanidade, anunciando que o
aquecimento global, decorrente do efeito estufa e o desflorestamento, vão nos matar em
poucas décadas.
c) A visão apocalíptica do momento é o aquecimento global. Sabe-se que o planeta ficou
um grau Celsius mais quente no último século e que, se o ritmo das agressões ambientais
não regredir, a temperatura subirá ainda mais com consequências dramáticas para o
nosso planeta.
d) Sabe-se, ainda, que o aquecimento da Terra é fato e incontestável. Infelizmente não se
trata de distorção com a finalidade de criar um clima de fim dos tempos. Equivocam-se,
portanto, aqueles que atribuem demasiado pessimismo aos cientistas. Pensando desse
modo, alienam-se e deixam de fazer a parte que cabe a cada cidadão na grande tarefa
coletiva de preservação do ambiente.
e) Verdade que não é esta a primeira vez que se fala em perigo iminente para a
continuidade da vida na Terra. É da natureza humana um certo grau de atração por
catástrofes, fato que explica o grande sucesso de filmes em que cidades inteiras
desaparecem ou o mundo simplesmente acaba. Além disso, são muitos os episódios
reais em que populações foram amedrontadas pela possibilidade do fim do mundo, um
deles no início do século 20 quando o cometa Haley se aproximou da Terra e pensou-se
que se chocaria contra ela.
Você deve ter observado que o texto está com os parágrafos trocados e, dessa forma,
fica sem coerência. Cabe a você, agora, agrupá-los escrevendo o texto na ordem correta.
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 10
Abaixo você verá para cada tema uma possibilidade de tese
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 11
PROPOSTA TESE
1998 –Viver e Aprender. (Música “O que é o que é?” de Gonzaguinha)
Tese: Tudo que acontece na vida deve servir como aprendizado.
1999 - Cidadania e participação social. Tese: Só se é cidadão quando se participa socialmente.
2000 - Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?
Tese: Crianças e adolescentes têm seus direitos desrespeitados no Brasil.
2001 - Desenvolvimento e preservação ambiental: Como conciliar os interesses em conflito?
Tese: O desenvolvimento é inevitável, mas deve acontecer baseado na sustentabilidade.
2002 - O direito de votar – Como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais?
Tese: Votar foi um direito muito difícil de ser conquistado. Por isso, o voto deve servir como ferramenta de transformação social.
2003 - A violência na sociedade brasileira – como mudar as regras do Jogo?
Tese: No Brasil, a violência tem sido banalizada pelos órgãos de segurança pública e, principalmente, pela sociedade.
2004 - Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?
Tese: A liberdade de informação é um direito do ser humano, mas que vem sendo desrespeitado de tempos em tempos, o que tem permitido abusos como o preconceito linguístico e o preconceito racial.
2005 - O trabalho infantil na sociedade brasileira.
Tese: O trabalho feito por crianças, no Brasil, ainda acontece por causa da grande desigualdade social, da ineficácia do ECA e da impunidade dos infratores.
2006 - O poder de transformação da leitura.
Tese: A leitura é uma competência que, se bem executada, pode dar ao ser humano: mais conhecimento, mais perspectiva de realização e, consequentemente, um lugar melhor no mundo.
2007 - O desafio de se conviver com as diferenças.
Tese: Considerar o mundo sob o prisma da igualdade é entender que as pessoas são diferentes tanto na compleição física quanto nas aptidões intelectuais.
2008 - Amazônia - a máquina de chuva.
Tese: Dizer que a Amazônia é o “pulmão do mundo” é aceitá-la como parte de um corpo. E já que cuidamos do nosso corpo, devamos cuidar da Amazônia preservando-a e envidando esforços para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.
2009 - O indivíduo frente à ética nacional.
Tese: No Brasil, desde os tempos mais remotos, o estabelecimento da Ética tem sido um dilema individual. É hora de tornar a postura ética um anseio coletivo para mudar os quadros sociais, culturais e políticos do nosso país.
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 12
2010 – O trabalho na construção da dignidade humana.
Tese: O trabalho, que ao longo dos tempos foi considerado atividade indigna, tem hoje a função de promover a dignidade, o bem estar, mas isso só acontecerá quando todas as funções forem reconhecidas pela sua importância e, consequentemente, bem remuneradas.
2011 – Viver em rede no século XXI Tese: Para Constituição Brasileira, Carta Magna do país, a liberdade de consciência, de culto e de pensamento são direitos invioláveis. Hoje, no século XXI, os cidadãos enxergam a Internet como aliada social e política, já que através dela a interação com amigos e conhecidos é facilitada e, ao mesmo tempo, ocorre com mais rapidez e simplicidade a disseminação de projetos e ideais. A questão, porém, é a dificuldade que tantos encontram em separar o público do privado, isto é, o que deve ou não ser colocado em rede.
2012 – O movimento imigratório para o Brasil no século XXI
Tese: Durante, principalmente, a década de
1980, o Brasil mostrou-se um país de emigração. Na chamada década perdida, inúmeros brasileiros deixaram o país em busca de melhores condições de vida. No século XXI, um fenômeno inverso é evidente: a chegada ao Brasil de grandes contingentes imigratórios, com indivíduos de países subdesenvolvidos latino-americanos. No entanto, as condições precárias de vida dessas pessoas são desafios ao governo e à sociedade brasileira para a plena adaptação de todos os cidadãos à nova realidade.
2013 – Efeitos da implantação da lei seca no Brasil
Tese: A chamada Lei Seca foi instituída no Brasil quando o Poder Legislativo alterou alguns dispositivos do Código de Trânsito Nacional, tornando mais rígidas a fiscalização e a punição da embriaguez ao volante. Essa mudança na lei acarretou uma série de efeitos positivos, mas não deixou de gerar também implicações negativas.
2014 – Publicidade infantil em questão no Brasil
Tese: Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas “Memórias Póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de empresários e anunciantes em relação à publicidade para crianças é uma das faces mais perversas de uma sociedade que se despe de valores éticos em nome do estímulo ao consumo. Reverter esse quadro sem ferir a liberdade de expressão – eis a missão de um país que se diz democrático.
Ateliê da Palavra – Fabiana Pinto Página 13
Agora que você reviu todos os temas do Enem, e uma tese apresentada para cada
um, escolha cinco deles para produzir seus parágrafos de desenvolvimento a partir
da tese já apresentada. Lembre-se, nós vimos cinco tipos de parágrafos
argumentativos. Agora é a sua vez:
1. ARGUMENTAÇÃO POR CAUSA/CONSEQUÊNCIA (RACIOCÍNIO LÓGICO)
Proposta ano ___________
2. ARGUMENTAÇÃO POR EXEMPLIFICAÇÃO
Proposta ano ___________
3. ARGUMENTAÇÃO POR DADOS ESTATÍSTICOS (PROVAS CONCRETAS)
Proposta ano ___________
4. ARGUMENTAÇÃO POR TESTEMUNHO DE AUTORIDADE (ARGUMENTO DE
AUTORIDADE)
Proposta ano ___________
5. ARGUMENTAÇÃO POR CONTRA ARGUMENTAÇÃO
Proposta ano ___________