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0 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia Estefanie Michelle Mendes Pereira O PRAZER DA LEITURA LINS – SP 2019

O PRAZER DA LEITURA - UniSALESIANOconquistar meus objetivos. Filho você é o motivo de minhas conquistas, é tudo por você. Michelle . 5 ... dando forças e coragem para eu prosseguir

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pedagogia

Estefanie Michelle Mendes Pereira

O PRAZER DA LEITURA

LINS – SP

2019

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ESTEFANIE MICHELLE MENDES PEREIRA

O PRAZER DA LEITURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação da Profª. Mª. Fatima Eliana Frigatto Bozzo

LINS – SP

2019

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Pereira, Estefanie Michelle Mendes

O Prazer da leitura / Estefanie Michelle Mendes Pereira – – Lins,

2019.

50p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em

Pedagogia, 2019.

Orientador: Fatima Eliana Frigatto Bozzo

1. Leitura. 2. Criança. 3.Prazer. I Título.

CDU 37

P49p

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu filho Leonardo, que sempre me deu forças para

conquistar meus objetivos. Filho você é o motivo de minhas conquistas, é tudo por

você.

Michelle

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por sua presença constante em minha vida,

abençoando-me nos momentos que eu mais precisei, e por me conceder sabedoria,

força de vontade e paciência durante estes 4 anos.

Aos meus pais, Rogério e Jovely,que me deram toda estrutura para que eu

chegasse até aqui, sempre me apoiando e me incentivando para que eu nunca

desistisse.

A minha vó Geralda, que sempre acreditou em meu sonho, sempre me

incentivando quando eu brincava de professora na casa dela, sempre dizendo “você

vai ser uma boa professora”.

Ao meu filho Leonardo, que sempre me compreendeu nos momentos de

estudos e nas ausências, durante as noites que estava na faculdade, sempre me

dando forças e coragem para eu prosseguir até aqui.

Ao meu futuro marido,Lucas, pelo companheirismo, atenção, paciência e

ajuda em todo momento que precisei, sempre estando ao meu lado, dando forças e

me apoiando em todos os momentos.

À minha orientadora, Fatima Eliana Frigatto Bozzo, estando sempre presente

e contribuindo para a realização deste trabalho.

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RESUMO

A leitura é um dos meios mais importantes para a concepção da aprendizagem em relação ao ensino escolar, pois possibilita o revigoramento de ideias e ações, proporciona a ampliação dos conhecimentos gerais e específicos e possibilita a melhora intelectual doleito ora em estudo as crianças em fase de alfabetização. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar os fatores que contribuem para a formação de leitores que leem por prazer, analisar métodos usados para estimular a leitura fora da sala de aula com os alunose verificar quais leituras são adequadas para se ler por prazer. A pesquisa foi desenvolvida por meio de levantamentos bibliográficos com intuito de buscar teorias adequadas para que o professor possa contribuir com o processo de estímulo e incentivo à leitura prazerosa. Como resultado, foi percebido que cabe ao professor a função de estimular a criança a estimar uma boa leitura. Este deverá intervir com métodos adequados, contribuindo para a busca de uma aprendizagem que seja significativa para criança. O presente estudo também cita o sistema lúdico de aprendizagem, em que a criança aprende brincando e ganha mais confiança em si mesma. Ainda houve a dissertação em relação à implantação tecnológica como uma ferramenta de ensino devido ao seu vasto conteúdo, rapidez de acesso e diferentes meios sociais de pesquisa. Conclui-se que quanto mais oportunidades o aluno puder vivenciar, ouvindo, vendo e sentindo, em relação a variadas formas de leitura, maior será o seu repertório imaginário, e assim, há o aumento da sensibilidade do aluno, para que no futuro ele possa compreender com mais clareza o que ele lê e ouve. Nesse sentido, disserta-se que uma leitura prazerosa desenvolve a imaginação, a emoção e os sentimentos da criança de forma significativa.

Palavras-chave: Leitura. Criança. Prazer.

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ABSTRACT

Reading is one of the most important form of communication for the conception of new learning, invigoration of ideas and actions, expansion of knowledge(general and specific) enabling the intellectual improvement of those who read. The objective was to identify the factors that contribute to the formation of readers who read for pleasure; analyze methods used with students to stimulate reading outside the classroom;check which readings are appropriate to read for pleasure. The research was conducted through bibliographic surveys in order to search for appropriate theories, so those could contribute to the process of stimulating and encouraging pleasant reading. Results showed that is the teacher’s responsibility to stimulate the children in enjoying a good reading. Appropriate methods should be used to contribute to the pursuit of meaningful learning for children. The present study also cites the playful learning, where the children learns by playing, gaining more confidence in themselves; in addition, the use of technology as a teaching tool, could be addressed due to its vast content, speed of access, and different ways of doing social media search. In conclusion, the more opportunities the student can experience, such as listening, seeing and feeling in regard to reading, the greater will be their imaginary repertoire. Thus, there is an increase of the student's sensitivity, so that he can understand more clearly what he reads and hears, in future situations. In summary, it can be concluded that a pleasant reading develops the imagination, emotion, and feelings of the children significantly. Keywords: Reading. Child. Pleasure

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: A leitura.............................................................................................. 12

Figura 2: Família............................................................................................... 17

Figura 3: Biblioteca na escola............................................................................ 19

Figura 4: Diversidades....................................................................................... 21

Figura 5: Diversidades textuais......................................................................... 21

Figura 6: Calendário escolar............................................................................. 23

Figura 7: Balões das histórias.......................................................................... 24

Figura 8: História em quadrinhos....................................................................... 25

Figura 9: Carta enigmática............................................................................... 26

Figura 10: A raposa e a cegonha..................................................................... 28

Figura 11: Cinderela....................................................................................... 29

Figura 12: Borboletinha..................................................................................... 31

Figura 13: Hoje é domingo................................................................................ 32

Figura 14: Contação de história......................................................................... 34

Figura 15: Contação partilhada......................................................................... 34

Figura 16: Leitura compartilhada....................................................................... 36

Figura 17: Professor incentivando a leitura....................................................... 37

Figura 18: Jogo.................................................................................................. 40

Figura 19: Tablet................................................................................................ 44

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10

CAPÍTULO I – A IMPORTÂNCIA DA LEITURA............................................... 12

1 A LEITURA............................................................................................. 13

CAPÍTULO II –DIVERSIDADES DE TEXTOS E GÊNEROS TEXTUAIS......... 21

1 DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS............................................................ 22

CAPÍTULO III –ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS NO DESENVOLVIMENTO DA

LEITURA...................................................................................................... 34

1 ESTRATÉGIAS USADAS PELO PROFESSOR EM SALA DE AULA. 35

CONCLUSÃO................................................................................................... 46

REFERÊNCIAS................................................................................................. 48

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INTRODUÇÃO

A literatura é fundamental para o desenvolvimento da criança, e quando feita

pelo professor, faz com que a criança tenha nas mãos uma caixinha de surpresas,

em que ela pode descobrir algo novo e se transportar para um mundo de fantasias

ou algo desconhecido que cause curiosidade, deixando a criança mais interessada

pela leitura.

Mostrar para a criança um repertório rico de leituras variadas irá ajudá-la a

compreender o mundo de ângulos diferentes, conhecer culturas e etnias globais

eampliar horizontes de um mundo repleto de informações e conhecimentos.

Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar os fatores que contribuem para

a formação de leitores que leem por prazer, analisar métodos usados para estimular

a leitura fora da sala de aula com os alunos e verificar quais leituras são adequadas

para se ler por prazer.

A pesquisa foi desenvolvida por meio da literatura bibliográfica com intuito de

buscar teorias adequadas para que o professor possa contribuir com o processo de

estímulo e incentivo à leitura prazerosa.

Segundo Rottae Pedroso (2016), fala-se de leitura em sentido estrito quando

a atenção se dirige para um texto escrito, não estando em jogo sua extensão ou

complexidade:

O texto pode conter apenas uma palavra ou pode servir para expor sentimentos e ideias ou para estimular a reflexão. A leitura é, portanto uma forma dedar sentido ao que esta escrita e não de decodificar a palavra em sons.(ROTTA; PEDROSO, 2016, p.134)

Segundo a definição de Bamberger (1995, p.10), "a primeira motivação para

ler é simplesmente a alegria de praticar habilidade recém-descoberta e do domínio

de uma habilidade mecânica".

Kleiman (1989, p.13) ainda diz que

a compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento do mundo, que o “leitor consegue construir o sentido do texto. E porque o leitor utiliza justamente diversos níveis de conhecimento que interagem entre si, a leitura é considerada um processo interativo. Pode-se dizer com segurança que sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão. [...]

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Kleiman (1989) explica que o aluno precisa ter conhecimento linguístico,

conhecimento textual e conhecimento de mundo, e essas três funções juntas fazem

com que o leitor compreenda o texto de forma clara e entender o que o autor quer

passar por meio de seus livros.

O capítulo I “A importância da leitura" trata a importância da leitura na

concepção de novas aprendizagens ampliando os conhecimentos do indivíduo.

No capítulo II "Diversidades de textos e gêneros textuais" é abordada a

variedade de textos e gêneros textuais que o professor pode oferecer aos alunos,

criando um prazer pela leitura.

No capítulo III “Estratégia pedagógica no desenvolvimento da leitura” são

apresentados os recursos pedagógicos que o professor pode utilizar em sala de

aula, para incentivar a leitura.

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CAPÍTULO I

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA Figura 1 - A leitura

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=a+importancia+da+leitura&source

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1 A LEITURA

Para melhor clareza sobre o significado do ato de leitura, atenta-se para sua

definição etimológica, desta forma a consulta ao Dicionário Aurélio nos remete a

seguinte definição de Leitura:"1. Ato ou efeito de ler; 2. Arte ou hábito de ler; 3.

Aquilo que se lê; 4. O que se lê, considerado em conjunto. 5. Arte de decifrar e fixar

um texto de um autor, segundo determinado critério". (FERREIRA,1988, p.390)

Souza (1992) afirma que leitura é basicamente o ato de perceber e atribuir

significados por meio de uma conjunção de fatores pessoais tais como o momento, o

lugar e as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um

determinado contexto, e esse processo leva o indivíduo a uma compreensão

particular da realidade. Ademais, há que se destacar a importância da leitura, pois

abrange vários conhecimentos, e além de aumentar o conhecimento, o hábito da

leitura ajuda no vocabulário e na elaboração textual.

A criança que possui o hábito de ler, torna-semais sociável, em relação a

outra criança, que não desenvolve o hábito da leitura.Assim, presumivelmente, a

leitura será uma habilidade necessária, para que, ocorra um bom amadurecimento

do processo de aprendizagem da criança. Na concepção de Bamberger (1995, p.

31):

Quando aprendemos a ler bem não há fronteiras. A pessoa que sabe ler não só viaja para outros países, como também viaja no passado, no futuro, no mundo da tecnologia, na natureza, no espaço externo. Também descobre o caminho para parte mais intima do coração humano e passa a conhecer-se melhor e a conhecer melhor os outros.

A redescoberta da leitura demonstra a inteligência como cada indivíduo

constrói para o seu desenvolvimento e construção do futuro, pois é de extrema

importância.

Pela leitura, ampliam-se as possibilidades de interlocução e compreensão,

possibilitando novos saberes de construção de mundo, e quando a sociedade nega

ao cidadão o ao ato de ler, está lhe negando a possibilidade de constituição

constituir-se enquanto pessoa. Por todos esses motivos, percebe-se a grande

importância da leitura na educação.

Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo; que certas respostas podem ser encontradas na escrita; é poder ter acesso a essa escrita; é construir uma resposta que integre parte das novas informações ao que já se é (...). Um poema ou uma receita, um jornal ou um romance,

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provocam questionamentos, exploração do texto e respostas de natureza diferente; mas o ato de ler, em qualquer caso, é o meio de interrogar a escrita e não tolera a amputação de nenhum de seus aspectos. (FOUCAMBERT, 1998, p.5)

Quando se tem o hábito de leitura, tudo fica mais fácil. O gosto de ler se torna

outro e a criança tem um novo olhar para o mundo, com mais criatividade e

confiança.

Segundo Prado (1996, p. 19-20):

o livro leva a criança a desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a sociabilidade, o senso crítico, a imaginação criadora, e algo fundamental, o livro leva a criança a aprender o português. É lendo que se aprende a ler, a escrever e interpretar. É por meio do texto literário (poesia ou prosa) que ela vai desenvolver o plano das ideias e entender a gramática, suporte técnico da linguagem. Estudá-la, desconhecendo as estruturas poético-literárias da leitura, é como aprender a ler, escrever e interpretar, e não aprender a pensar.

A leitura é um dos meios mais importantes para a concepção de novas

aprendizagens, pois possibilita o revigoramento de ideias e ações e proporciona

ampliar e adquirir novos conhecimentos, proporcionando a melhora de quem lê. É

por meio da leitura que se pode desenvolver o vocabulário e estimular o raciocínio e

a interpretação.

Na visão de Bamberger (1995, p.13):

Se conseguirmos levar a criança sistematicamente para a experiência positiva antes que as histórias em quadrinhos, as revistas ilustradas e a torrente de imagens veiculadas pelos meios de comunicação de massa tomem conta dela, estaremos ajudando o seu desenvolvimento como ser humano.

A criança deve ter prazer com o que está lendo, pois mesmo que para uns

seja desinteressante, para outros é encantador, e alguns entram na história que

estão lendo. Hoje, o uso dos “smartphones”, sem controle, pelos pais ou

responsáveis, possivelmente acaba atrapalhando as crianças de lerem um bom livro,

por isso é importante que se estimule e se incentive a leitura na própria família.

De acordo com Kleimam e Morais (1999, p. 31):

Apesar da existência de tecnologia que facilita ou cria novas formas de comunicação, as exigências de leitura são cada vez maiores. Tecnologias como a televisão, o cinema, o rádio, o computador não têm usurpado o lugar privilegiado da palavra escrita; pelo contrário, eles aumentaram as demandas de leitura feitas aos cidadãos para se entregarem na sociedade contemporânea, pois o indivíduo que é leitor.

De acordo com Prado (1996, p.18), a leitura:

- Enriquece o vocabulário;

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- Facilita a aquisição de experiência; - Amplia o conhecimento da língua; - Desperta a inteligência; - Aviva a imaginação; - Clareia as ideias; - Aperfeiçoa a cultura; - Fornece-nos soluções de problemas já resolvidos por outras pessoas.

Assim, a criança descobre um mundo de conhecimento, mas isso deve vir

desde a infância para que, ao passar do tempo, ela sinta prazer em pegar um livro

para ler. Para isso, a escola também precisa ajudar incentivando os alunos a terem

prazer de ser bons leitores. Um meio é fazer cantos de leitura com livros expostos

dentro da sala de aula, onde a criança crie interesse de olhar e querer ler. Além

disso, a escola deve ter uma biblioteca com vários gêneros textuais.

De acordo com Bamberger (1995, p.69), "sempre que possível, os encontros

com livros devem ser experiências realmente ativas para as crianças. Exposições de

livros na sala de aula, desenhos e composições escritas sobre eles são uma adição

interessante ao currículo normal".

Como dito, trabalhar com projetos de leitura em sala de aula e também ajuda

bastante, pois envolve a família e nada melhor que a leitura com os pais, pois há

crianças que se sentem mais seguras e confiantes. Com o hábito de leitura em casa,

tudo fica mais fácil, já que os pais podem ajudar pedindo para que as crianças leiam

embalagens, cartazes de lojas, placas e anúncios, etc. Dessa forma, cria-se o hábito

de leitura onde elas não se sintam na obrigação de ter que fazer uma leitura, e sim

ler por vontade e prazer.

Staiger (apud BAMBERGER, 1995, p.61) destaca quatro pontos de método

de leitura:

1. Estimulação do pleno uso das capacidades do indivíduo na leitura de modo que influa o quanto puder no seu bem-estar e conduza a autorrealização; 2. Emprego eficiente da leitura como instrumento de aprendizado e indagação; e também de relaxamento e fuga; 3. Constante alargamento dos interesses de leitura pelos estudantes; 4. Estimulação de uma atitude para com a leitura que conduza a um interesse permanente pela leitura de muitos gêneros e para inúmeros fins.

A conversa também obtém maior fluência por meio da prática da leitura. De

acordo com Cardoso e Pelozo (2007), a leitura desenvolve a capacidade intelectual

e a criatividade do indivíduo e deve fazer parte do cotidiano. Os primeiros contatos

do indivíduo com a leitura são de fundamental importância para suas percepções

futuras, pois interferem na formação de um ser humano crítico, capaz de encontrar

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as possíveis resoluções para os problemas sofridos pela sociedade a qual se

pertence. Sendo assim, a reflexão sobre o ensino e incentivo da leitura é

indispensável nos dias de hoje.

Afirma Kriegl (2002) que ninguém se torna leitor por um ato de obediência,

ninguém nasce gostando de leitura. A influência dos adultos como referência é

bastante importante na medida em que são vistos lendo ou escrevendo.

Para Bamberger (1995, p. 92),

o desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que começa no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora, através das influências da atmosfera cultural geral e dos esforços conscientes da educação e das escolas.

Desejável seria, que o hábito daleitura fosse estimulado pela família às

crianças, nos seus primeiros anos de vida, entretanto, por muitas vezes, o hábito da

leitura só é iniciado na escola, a qual tem a função de aprimorar o incentivo à leitura,

buscando oferecer meios que venham atrair o aluno para o desejo de se relacionar

com a leitura. Cardoso e Pelozo (2007) afirmam que, nos primeiros anos de

escolarização, o discente precisa ser incentivado e instigado a ler, de modo que se

torne um leitor autônomo e criativo.

Delmanto (2009), por sua vez, ressalta que a escola deve ter a preocupação

cada vez maior com a formação de leitores, ou seja, a escola deve direcionar o seu

trabalho para práticas cujo objetivo seja desenvolver nos alunos a capacidade de

fazer uso da leitura para enfrentar os desafios da vida em sociedade. A autora ainda

acrescenta que, diante das diversas transformações com as quais se convivem, a

escola precisa, mais do que nunca, fornecer ao estudante os instrumentos

necessários para que ele consiga buscar, analisar, selecionar, relacionar e organizar

as informações complexas do mundo contemporâneo.

Kleiman (1989) aborda que é essencial que, bem antes de chegar à escola, a

criança tenha contato com livros, pois o sucesso escolar é construído pela maneira

de viver em casa, sobretudo no que se refere ao aprendizado da leitura e da escrita.

Essa maneira trará consequências negativas ou positivas que tecem sua vida

afetiva.

Ao chegar à escola, a criança já traz com ela um conhecimento oferecido da

família e o meio social que vive. Afirma Piaget (1975, p.273) que:

A inteligência não é nata, depende da riqueza de estímulos presentes no meio físico, social e cultural no qual a criança vive. O conhecimento e a

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inteligência são progressivamente aprendidos por meio do relacionamento que o ser humano constrói comparativamente a outras ideias e conhecimentos já adquiridos.

A escola deve sempre estar presente durante todo o processo d

promovendo atividades em que a criança se sinta desafiada a buscar em outros

tipos de livro uma leitura complementar àquela realizada em sala.

Figura 2 – Família

Fonte : http://institutocrispoli.com.br/blog/importancia

A partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa

(1998), o objetivo da leitura no espaço escolar é formar leitores criativos e

competentes para tramar relações entre os

que ainda lerão.

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita. (BRASIL,1998, p.53)

A leitura forma a necessidade de familiarização com o mundo, favorece as

ideias e experiências intelectuais. Resultado: formação de uma filosofia de

compreensão do mundo que nos rodeia.

Sobre a responsabilidade da escola e da família em estimular o hábito de

leitura na infância, o PCN de Língua Portuguesa (BRASIL,1998, p.57) diz que: “A

leitura como prática social, é sempre um meio, nunca o fim”.

dom, e sim um ato de conquista de estímulos por pais e professores. E mais:

inteligência são progressivamente aprendidos por meio do relacionamento que o ser humano constrói comparativamente a outras ideias e conhecimentos já adquiridos.

eve sempre estar presente durante todo o processo d

promovendo atividades em que a criança se sinta desafiada a buscar em outros

tipos de livro uma leitura complementar àquela realizada em sala.

Família

http://institutocrispoli.com.br/blog/importancia-da-familia/

A partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa

(1998), o objetivo da leitura no espaço escolar é formar leitores criativos e

competentes para tramar relações entre os conhecimentos dos textos já lidos e os

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita. (BRASIL,1998, p.53)

A leitura forma a necessidade de familiarização com o mundo, favorece as

ideias e experiências intelectuais. Resultado: formação de uma filosofia de

compreensão do mundo que nos rodeia.

Sobre a responsabilidade da escola e da família em estimular o hábito de

leitura na infância, o PCN de Língua Portuguesa (BRASIL,1998, p.57) diz que: “A

social, é sempre um meio, nunca o fim”. Por isso, ler não é um

dom, e sim um ato de conquista de estímulos por pais e professores. E mais:

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inteligência são progressivamente aprendidos por meio do relacionamento que o ser humano constrói comparativamente a outras ideias e

eve sempre estar presente durante todo o processo da leitura,

promovendo atividades em que a criança se sinta desafiada a buscar em outros

tipos de livro uma leitura complementar àquela realizada em sala.

familia/

A partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa

(1998), o objetivo da leitura no espaço escolar é formar leitores criativos e

conhecimentos dos textos já lidos e os

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita.

A leitura forma a necessidade de familiarização com o mundo, favorece as

ideias e experiências intelectuais. Resultado: formação de uma filosofia de vida,

Sobre a responsabilidade da escola e da família em estimular o hábito de

leitura na infância, o PCN de Língua Portuguesa (BRASIL,1998, p.57) diz que: “A

Por isso, ler não é um

dom, e sim um ato de conquista de estímulos por pais e professores. E mais:

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Para que as dificuldades da leitura sejam superadas, a escola deve: dispor de uma boa biblioteca, de um acervo de classe com livros e outros materiais de leitura; organizar momentos de leitura livre em que o professor também leia. Para os alunos não acostumados com a participação em atos de leitura […] participem e conheçam o valor que a possuem, despertando o desejo de ler. É preciso que a escola ofereça condições para que os alunos construam aprendizagens na leitura, além de conquistar o educando de forma prazerosa, para que ele desenvolva o hábito de ler utilizando seus recursos e baseando-se num planejamento que atenda não só os alunos bem sucedidos, mas que dê maior ênfase aos que apresentam dificuldades como leitores, possibilitando um despertar para que as dificuldadestransformem-se em facilidade, sensibilizando-os e assegurando-os na apropriação de textos orais e escritos. (BRASIL, 1998, p.48)

Complementando, na visão de Vygostsky (2000, p.29), "A experiência social

exerce seu papel através do processo de imitação; quando a criança imita a forma

pela qual o adulto usa instrumentos e manipulam objetos, ela está dominando o

verdadeiro princípio envolvido numa atividade".

Sendo assim, ao fazer a leitura de uma história, é necessário que o leitor saia

de si e retrate os personagens, levando as crianças a se aventurarem e imaginar

que estão vivendo aquilo, estimulando, então, o gosto pela leitura.

Para Abramovich (1991, p.17):

Ler histórias para crianças, sempre, sempre [...] é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever do autor e, então pode ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento [...]

Fazer da leitura algo contínuo no ambiente escolar, levando o aluno a ter

conexão com variadas obras, facilita o seu desempenho em relação a atividades

futuras. O ato de ler precisa levar a criança à clareza do assunto lido e não

simplesmente repetição de informações, para que assim, teoricamente, dê-se a

concepção do conhecimento e a produção de qualquer outro texto.

De acordo com Freire (1989), linguagem e realidade precisam ser

relacionadas à experiência de vida dos alunos para ser valorizada. Não basta

reconhecer as palavras, mas fazê-las ter sentido, entendendo, percebendo e

relacionando o que se lê com a própria vida, ações, sentimentos. As crianças leem

quando os textos apresentam sentido para elas.

A leitura expressiva e contextualizada, que leve em consideração as

experiências do aluno enquanto componente do processo de aprendizagem, auxilia

muito para uma melhor e mais agradável conquista do processo de leitura. O prazer

de ler estimula e mantém viva a leitura.

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A escola também tem a responsabilidade de possibilitar estratégias e

condições para que ocorra o avanço individual do leitor, despertando-lhe gosto,

capacidade e competência. Assim, a escola deve contar com uma biblioteca ou um

espaço destinado à leitura, o que sem dúvida favorecerá o alcance de resultados

satisfatórios quanto aos objetivos desejados para o desenvolvimento das práticas

leitoras.

Figura 3 – Biblioteca na escola

Fonte: www,google.com.br, 2019.

“A biblioteca é vista muitas vezes como um lugar em que são armazenados

livros para leitura; um lugar destinado a alunos considerados indisciplinados, ou

ainda, de disseminação da informação”. (AMATO; GARCIA, 1998, p. 13).

A escola tem por obrigação oferecer a seus alunos acesso ao conhecimento e

à leitura, que mostra sem dúvida algum lugar de grande importância. O interesse de

ler, ou seja, a disponibilidade de livros corresponde a um papel decisivo no despertar

do interesse pela leitura.

A escola também pode incentivar com projetos de leitura interligando a leitura

satisfatória com a vida escolar e social do aluno, pois dessa forma, ele terá todo o

apoio da escola para que seu desenvolvimento seja de muita qualidade.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p.36):

Não se formam bons leitores oferecendo materiais empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da

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escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma a qualidade de suas vidas melhora com a leitura. No âmbito desta abordagem, fica evidente que os recursos didáticos e procedimentos devem viabilizar e enriquecer a forma como se procede a uma atividade, seja ela individual ou coletiva, com intuito de facilitar à criança desenvolver seus próprios esquemas mentais na organização do processo de aprendizagem. Sabe-se que os procedimentos estão relacionados ao domínio do uso de instrumentos de trabalho, que possibilitem a construção de conhecimento e o desenvolvimento de habilidades. Favorecem, portanto, a construção, por parte dos alunos, de instrumentos que os ajudarão a analisar os resultados de sua aprendizagem e oscaminhos percorridos para efetivá-la. Comoexemplo, tem-se a realização de pesquisas, produções textuais, resolução de problemas, elaboração de sínteses e outros.

Na maioria dos casos, o indivíduo não recebe apoio ou incentivo em casa

para manter o hábito de ler, pois, muitas vezes, há dificuldade financeira ou a pela

família não tem hábito nenhum de leitura. Com isso, onde os pais não leem os filhos

provavelmente não lerão também. É aí que a escola entra para completar essa

lacuna:

Muitos alunos talvez não tenham muitas oportunidades fora da escola, de familiarizar-se com a leitura; talvez não vejam muitos adultos lendo; talvez ninguém lhes leia livros com frequência. A escola não pode compensar as injustiças e as desigualdades sociais que nos assolam, mas pode fazer muito para evitar que sejam acirradas em seu interior. Ajudar os alunos a ler, a fazer com que se interessem pela leitura, é dotá-los de um instrumento de aculturação e de tomada de consciência cuja funcionalidade escapa dos limites da instituição. (SOLÉ, 1998, p. 51)

O desenvolvimento do aluno como leitor pode vir de dentro da escola, quando

o professor desenvolve projetos de leitura e incentiva a ida à biblioteca, realizando,

assim, seus deveres quanto ao papel de oferecer a cultura da leitura e formar

cidadãos competentes para compreender melhor o contexto do mundo em que estão

inseridos e lidar com questões sociais, emocionais, afetivas e psicológicas.

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CAPÍTULO II

DIVERSIDADES DE TEXTOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Figura 4 – Diversidades

Fonte: www.google.com.br Figura 5 – Diversidades textuais

Fonte: www.google.com.br

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1 DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS

A leitura não acontece somente quando se têm letras: existem vários tipos de

leituras por meio de diferentes textos, tais como cartaz, placas, embalagens e muitos

outros.

Jolibert (1994, p. 15) diz que "a leitura será feita de acordo com a

necessidade de cada um". Ademais, a leitura é essencial para que todos possam se

comunicar uns com os outros. Conforme Dolz e Schneuwly (1998, p. 75) "[...] O

gênero textual é um mega instrumento que fornece um suporte para a atividade, nas

situações de comunicação, e uma referência para os aprendizes [...]”.

Em sala de aula, por exemplo, há diferentes tipos de leitura, como ajudante

do dia, tabela de tarefa e calendário; momentos que possibilitam uma leitura diária

às crianças. Nesse passo, para descobrir informações, aprender as regras de um

jogo ou fazer uma receita, o professor pode propor leitura de cartazes, calendário,

cardápio e outros em sala de aula.

Figura 6 – Calendário escolar

Fonte: https://www.pinterest.

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Sabendo que a leitura é indispensável, é fundamental que o professor amplie

seu leque de gêneros textuais, ampliando sua visão e criando interesses para cada

tipo de texto, pois cada aluno terá um gênero preferido, terá interesse pela leitura

mesmo que ainda não saiba ler totalmente e assim poderá fazer a leitura pelas

imagens.

O professor estará trabalhando e incentivando o ato pela leitura e

despertando cada vez mais o interesse por outros tipos de leitura também, além de

proporcionar não somente dentro da sala de aula, mas em outros ambientes.

Segundo Santos (2014, p.7)

[...] Trabalhar a diversidade de textos aproxima o aluno aos textos ligados ao cotidiano, proporcionando condições para que ele compreenda a função dos gêneros textuais, facilitando o domínio sobre eles contribuindo para a prática da leitura e produção textual [...].

Salienta-se que antes do ato de leitura em classe, é importante que o

professor apresente aos alunos os tipos de gêneros textuais, bem como apresentar

umpouco da vida do autor do texto que precederá o ato de leitura. Ainda, o professor

deve falar um pouco sobre o porquê da escolha do livro que estará em estudo pelos

alunos, em seguida, deve explicar aos alunos quem é o ilustrador, qual é o gênero

textual e quais são as características que serão apresentadas na história ora sobre

análise.

Nesse sentido, após o professor passar aos alunos os gêneros textuaisque

precederá a leitura, com o início do ato, os alunos já começam a associar qual

gênero o professor está lendo e para que serve esse gênero textual.

A partir disso, a aula pode se tornar mais prazerosa e interessante, além de

auxiliar na melhoria do leitor e ouvinte de um texto.

Segundo Dolz e Schneuwly (1998, p. 5 - 6).

[...] Uma proposta de ensino/aprendizagem organizada a partir de gêneros textuais permite ao professor a observação e a avaliação das capacidades de linguagem dos alunos; antes e durante sua realização, fornecendo-lhe orientações mais precisas para sua intervenção didática. Para os alunos, o trabalho com gêneros constitui, por um lado, uma forma de se confrontar com situações sociais efetivas de produção e leitura de textos e, por outro, uma maneira de dominá-los progressivamente [...].

Trabalhar diversos gêneros textuais pode levar o aluno a aumentar o gosto

pela leitura, e também ajudar na capacidade de outras comunicações do dia a dia.

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O gênero história em quadrinhos, por exemplo, é um texto narrativo, em

queimagem e texto se complementam. A história toda é composta por ilustrações, e

há personagens centrais e secundários.

Nesse gênero textual, a linguagem é informal, e existem histórias em

quadrinhos de curta, média e longa extensão. O professor que trabalha com esse

gênero desperta interesse nas crianças por se tratar de um texto divertido e que

causa a curiosidade de querer descobrir o que está no próximo quadrinho, e com

isso trabalha-se a imaginação da criança e seu interesse pela leitura.

O gênero textual história em quadrinhos desperta o interesse nos leitores,

principalmente, pelo aspecto visual e ações de humor como componentes

motivadores de ensino – aprendizagem. “Tudo começou com humor, mas foi pela

ação e pela aventura que o gênero quadrinhos rompeu os limites das tiras de jornal

e conquistou revistas, livros, o rádio, o cinema, CD-Rooms interativos e internet”

(FEIJÓ, 1997, p.7).

Os artistas utilizam diversos recursos gráficos nesse gênero textual com o

intuito de trazer o leitor para "dentro" da história contada. Para comunicar as falas

das personagens, por exemplo, são empregados balões com textos escritos. O

formato desses balões também transmite intenções distintas.

Figura 7– Balões das histórias

Fonte:www. Google.com.br

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Figura 8 – História em quadrinhos

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/442760207096833511/

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As cartas enigmáticas são textos que levam os alunos a desenvolverem o

raciocínio e compreender o que é uma carta enigmática. Eles desenvolvem a escrita

do texto e usam operações matemáticas (adição e subtração) para seguir o

processo de construção das sílabas. Esse tipo de texto é desenvolvido com imagens

e pedaços de palavras que os alunos precisam decifrar.

Figura 9 – Carta enigmática

Fonte: http://escolamunicipaltancredonevesjf.

Há alguns gêneros textuais importantes para trabalhar com os alunos, que

poderá despertar o interesse e o prazer da leitura.

1.1 Fábulas

Antes de ser feita a leitura de um texto do gênero fábula, o professor pode

explicar as características da história para que fique mais claro o que é uma fábula;

gênero em que todos os personagens são animais querendo demonstrar algum tipo

de lição de moral. Trata-se de uma metáfora da vida real e dos seres

humanos,mostrando o que é certo e errado. Assim, com a leitura das fábulas, os

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alunos perceberão a importância de compreender lições de moral apresentadas,

levando em conta seu desenvolvimento crítico intelectual, sua imaginação e a

formulação de ideias.

De acordo com Santos (2012, p. 16),

[...] As fábulas exercem um poder de atração sobre as crianças, por serem leituras curtas e divertidas. Além disso, essas mencionam valores como: amor, honestidade, prudência, justiça, que podem ser trabalhados nos mais diversos espaços escolares [...].

Considerando que toda fábula, apesar de envolver animais como

personagens, traz como objetivo mostrar as atitudes dos seres humanos ao

demonstrarem ambição, rivalidade, reconhecimento de valores e bondade.

Com a leitura de fábulas, o professor também ensina aos alunos lições de

bons modos, ética, caráter e muito mais, incentivando-os a refletir sobre alguns

atos comportamentais e a lidar com problemas e situações existentes na sociedade.

A estrutura da fábula, conforme Martins e Raupp, é composta de:

• Histórias curtas: há um só conflito, isso resulta numa narrativa resumida; • Diálogo: no que se refere à linguagem, a fábula é objetiva, gerando poucas descrições e muitos diálogos; • Personagens: os animais são usados como personagens que representam virtudes, defeitos e características dos seres humanos. São utilizados de forma simbólica para criticar ou exaltar esses comportamentos; • Moral: a moral escrita no final da fábula reproduz um provérbio, um dito popular, cujos temas principais são lealdade, generosidade e as virtudes do trabalho. (2013, p. 13)

Os personagens são os participantes de uma narrativa: ser humano, animal,

um ser fictício ou objeto. Os personagens podem ter nomes ou não e apresentar

características físicas e psicológicas.

O professor pode produzir com os alunos uma pequena fábula. Para isso, ele

deve pensar na moral da história – um ensinamento que deseja transmitir, definir os

animais que participarão da história (personagens) e criar situações que serão

vividas por eles. Deve, então, pedir para que dêem um título ao texto, poiso aluno é

o autor (MARTINS; RAUPP, 2013).

Leia a fábula, prestando atenção nas personagens escolhidas e observando

se suas características são importantes para o que acontece na história.

Vejamos uma fábula:

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Figura 10 - A raposa e a cegonha

Fonte: www.google.com.br

A RAPOSA E A CEGONHA Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso. Claro que a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre cegonha com seu bico comprido mal pôde tomar uma gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome. A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte. Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: “Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro". Moral: Trate os outros tal como deseja ser tratado. (ESOPO, 2005).

1.2 Contos de fadas

O professor poderá apresentar o conto de fadas mostrando que esse gênero

sempre começa com “Era uma vez” ou “Em certo dia”, e termina em “Foram felizes

para sempre”. Isso pode ajudar o aluno a diferenciar um gênero do outro. Ele

também pode apresentar uma história em que no começo tudo está indo muito bem,

de repente, há vários conflitos que precisam ser resolvidos entre os personagens e

no fim da história tudo é resolvido. O conto de fadas é uma ficção divertida que faz

com que a criança use a imaginação.

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Quando a criança ouve os contos de fadas, ela vivencia uma experiência de

estar na história, pois se imagina ali, criando uma fantasia.

Figura 11 – Cinderela

Fonte: https://opsicologoonline.com.br/historias-de-contos-de-fadas/

ERA UMA VEZ uma bela jovem chamada Cinderela que vivia com o seu pai, um comerciante viúvo e muito rico. Cinderela perdera a mãe ainda criança e o seu pai, pensando que Cinderela precisava de uma nova mãe, decidiu casar-se novamente. A madrasta da Cinderela, também era viúva e tinha duas filhas muito feias e muito más, do seu primeiro casamento. Como o pai de Cinderela viajava muito, a madrasta malvada e as suas novas irmãs obrigavam a Cinderela, na ausência do pai, a fazer todos os trabalhos domésticos, fazendo troça dela sempre que podiam, e fingindo-se muito amigas na presença do pai. Quando o pai de Cinderela morreu, por ordem da madrasta, Cinderela passou a dormir no sótão e a vestir-se de farrapos. Cinderela nada mais tinha que o seu pobre quarto e os seus amigos animais que habitavam na floresta. Um certo dia foi anunciado naquele reino que o Rei iria dar um baile no castelo, para que o seu filho, um jovem e belo príncipe, pudesse escolher entre todas as jovens do reino, aquela que seria sua esposa. Temendo que Cinderela fosse escolhida, pois ela era realmente muito bela, a madrasta proibiu Cinderela de ir ao baile, argumentando não ter roupas adequadas para vestir, enquanto suas irmãs experimentavam vestidos luxuosos para a festa. Cinderela como era muito habilidosa, decidiu fazer o seu próprio vestido, com ajuda dos seus amiguinhos da floresta. No final estava satisfeita, pois tinha conseguido fazer um bonito vestido. Mas, na noite do baile, a madrasta e as suas filhas descobriram o vestido e rasgaram-no em mil pedaços!

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Desolada, Cinderela foi para o seu quarto a chorar. Sentada à janela, lamentava-se: - Como sou infeliz! Não tenho nem tecido nem tempo para fazer um novo vestido… Nesse mesmo momento, apareceu a sua fada madrinha que lhe disse: -Não chores mais Cinderela, pois com a minha varinha mágica transformarei esta abóbora num coche puxado por quatro lindos cavalos brancos e destes panos velhos farei o mais formoso dos vestidos! E então, Cinderela apareceu vestida com um suntuoso vestido azul e uns delicados sapatinhos de cristal; ao seu lado encontrava-se uma luxuosa carruagem dourada e um cocheiro muito bem vestido que gentilmente, lhe abria a porta. Cinderela, feliz da vida, entrou na carruagem, mas não sem antes ouvir as recomendações da fada madrinha: - O encantamento terminará à meia-noite, por isso terás de voltar a casa antes da última badalada, pois tudo voltará a ser o que era. A jovem menina acenou que sim à fada com a cabeça, e partiu em direção ao castelo. Quando entrou no salão, Cinderela estava tão bela que a madrasta e as suas irmãs, apesar de acharem aquele rosto familiar, não conseguiram reconhecê-la. O príncipe, que não tinha demonstrado até então qualquer interesse pelas meninas que se encontravam na festa, mal viu Cinderela, apaixonou-se perdidamente por ela. Cinderela e o príncipe dançaram a noite inteira até que o relógio do castelo começou a tocar as doze badaladas. Cinderela, ao ouvir o relógio, fugiu correndo pela escadaria que levava até aos jardins, mas no caminho, deixou ficar um dos seus sapatos de cristal. O príncipe desolado apanhou o sapato e, no dia seguinte ordenou aos criados do palácio que procurassem por todo o reino a dona daquele pequeno e delicado sapato de cristal. Os criados foram percorrendo todas as casas e experimentando o sapato em cada uma das jovens. Quando chegaram à casa da Cinderela, a madrasta só chamou as suas duas filhas e ordenou ao criado que lhes colocasse o sapato. Por muito que se esforçassem, o sapato não serviu a nenhuma das irmãs. Foi então que Cinderela surgiu na sala, e o criado insistiu em calçar-lhe o sapato. Este entrou sem dificuldade alguma. A madrasta e as suas duas filhas nem queriam acreditar! O príncipe, sabendo do sucedido, veio imediatamente buscar a Cinderela, montado no seu cavalo branco e levou-a para o castelo, onde a apresentou ao rei e à rainha. Poucos dias depois, casaram-se numa linda festa, e foram felizes para sempre. Fonte:https://bebeatual.com/historias-cinderela_61

1.3 Cantigas de roda

Inserir na aula o gênero cantigas de roda, músicas da cultura popular que

passam de geração para geração, é de grande valia para o aprendizado da criança.

Com elas, o professor pode explicar características tais como letras de fácil

memorização, em que região elas são cantadas, apresentar rimas e repetições, etc.

As cantigas de roda são utilizadas em várias brincadeiras.

Segundo a autora Ribeiro e Euzebio (2013, p. 21).

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[...] As cantigas de roda possuem melodia e ritmo equivalentes à cultura local, com letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e, geralmente, com coreografias e letras que as crianças memorizam com facilidade [...].

Ao trabalhar com as cantigas de roda, o professor proporciona também a

leitura, já que ele pode levar a letra da cantiga impressa em uma folha para que os

alunos façam a leitura e cantem. O professor pode pedir que eles fiquem em roda e,

assim, estará desenvolvendo a interação um com o outro.

Figura 12 – Borboletinha

Fonte:https://www.jogosdaescola.com.br/

BORBOLETINHA Borboletinha tá na cozinha Fazendo chocolate Para a madrinha Poti, poti Perna de pau Olho de vidro E nariz de pica-pau Pau pau! Fonte: https://www.todamateria.com.br/cantigas-de-roda/

1.4 Parlendas

O professor pode apresentar para os alunos as parlendas, gênero que alguns

alunos já conhecem por ser apresentado no 1º ano como textos pequenos e com

rimas.

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De acordo com Ler e Escrever (SÃO PAULO, 2010, p. 9).

[...] As parlendas são textos de tradição oral brasileira - isso quer dizer que foram feitas para ser faladas. A maioria delas é de domínio público, ou seja, não se sabe quem as inventou: foram simplesmente passadas de boca a boca, das pessoas mais velhas para as mais novas [...].

Como são textos pequenos que contêm rimas, parlendas é um gênero textual

oral que possui rica diversidade de valores tais como costumes, atitudes e crenças

populares. Por se tratar de um gênero conhecido pelas crianças e de fácil

memorização, é uma ótima ferramenta para que o professor trabalhe no processo de

aprendizagem de leitura.

[...] A parlenda é um rico enunciado lúdico pedagógico que diverte, ensina, pela forma rítmica, sonora e motora, uma vez que desenvolve as condições linguísticas e socioculturais do homem. Este texto da tradição oral é utilizado especialmente na fase infantil, como ferramenta de interação e divertimento [...]. (BEZERRA, RODRIGUES; 2010 p.67)

Figura 13 – Hoje é domingo

Fonte: https://museugrandesnovidades.com.br/

Hoje é domingo

Hoje é domingo Pede cachimbo O cachimbo é de barro Bate no jarro O jarro é ouro Bate no touro O touro é valente Bate na gente A gente é fraco Cai no buraco O buraco é fundo Acabou-se o mundo Fonte: http://letras.mus.br/palavra-cantada/

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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 26):

Todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Os vários gêneros existentes, por sua vez, constituem formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura, caracterizados por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção composicional. Pode-se ainda afirmar que a noção de gêneros se refere a “famílias” de textos que compartilham algumas características comuns, embora heterogênea, como visão geral da ação à qual o texto se articula, tipo de suporte comunicativo, extensão, grau de literalidade, por exemplo, existindo em um número quase ilimitado. Os gêneros são determinados historicamente. As intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, geram usos sociais que determinam os gêneros que darão formas ao texto. É por isso que, quando um texto começa com “era uma vez”, ninguém duvida de que está diante de um conto, porque todos conhecem tal gênero. Diante da expressão “senhoras e senhores”, a expectativa é ouvir um pronunciamento público ou uma apresentação de espetáculo, pois se sabe que nesses gêneros o texto, inequivocamente, tem essa formula inicial. Do mesmo modo, pode- se reconhecer outros gêneros como cartas, reportagens, anúncios, poema.

Assim, conforme citado logo acima, observa-se que existem diversos textos,

com diferentes gêneros textuais, com os quais o professor pode trabalhar de forma

mais ampla e variada em sala de aula, assim, sendo apresentadoascrianças um

grande leque de gêneros textuais, para que, seja despertado o interesse das

mesmas em relação à leitura, de forma mais criativa.

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CAPÍTULO III

ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA

Figura 14 –Contação de histórias

Fonte: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei

Figura 15 – Contação partilhada

Fonte: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=657&tbm

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1 ESTRATÉGIAS USADAS PELO PROFESSOR EM SALA DE AULA

Em relação às estratégias pedagógicas para o desenvolvimento da leitura,

devem ser consideradas neste estudo as seguintes técnicas/estratégias a serem

desenvolvidas nos anos iniciais do ensino fundamental para que a criança adquira

um maior foco e interesse na leitura, havendo, assim, um desenvolvimento e

amadurecimento da criança em relação à qualidade de leitura inclusive para os anos

seguintes de seu aprendizado escolar.

A escola, unida com o professor, não tem a penas o dever de ensinar o aluno

a ler, mas sim de criar situações para que ele realize sua própria aprendizagem,

conforme seus interesses e necessidades. A criança que é incentivada a ler

encontrará ali a continuação de seu modo de vida e de seus hábitos.

O ato de ler não é somente percorrer os olhos sobre palavras, frases ou

textos, mas escutar outra pessoa lendo, contando uma história. Exemplo disso é

quando o professor lê para a sala de aula, ou quando o aluno conta suas

experiências numa roda de conversa, quando ouve o colega contar uma história,

quando ouve uma música, quando “lê” ilustrações de um livro, quando tem acesso

aos livros da sala de aula ou da biblioteca.

Ler é ler escritos reais, que vão desde um nome de rua numa placa até um livro, passando por um cartaz, uma embalagem, um jornal, um panfleto, etc., no momento em que se precisa realmente deles numa determinada situação de vida, “pra valer” como dizem as crianças. E lendo de verdade, desde o início, que alguém se torna leitor e não aprendendo primeiro a ler. (JOLIBERT,1994, p.15).

Em sala de aula, o professor precisa colocar em prática tudo que

planejou para sua aula. A escola, com seu ambiente diversificado, propõe ao

professor que realize as atividades propostas no seu trabalho docente com muitas

opções para que o aluno consiga aprender o que está sendo proposto.

Bordenave e Pereira (2002) dizem que, para ensinar, o professor precisa ter

planejamento, pois sem um bom planejamento será difícil passar uma orientação

adequada para o aluno. As estratégias de ensino que os professores buscam devem

estimular todas as capacidades de aprendizagem do aluno tais como observação,

liderança e concentração.

Beherens (2009) esclarece que um dos maiores desafios do professor

consiste em desenvolver e reconstruir os caminhos da emoção, da sensibilidade e

dos valores sociais.

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É preciso conceber o ensino como processo ao mesmo tempo social e

pessoal, individual e coletivo (MORIN, 2003). Para Moraes (2002), o ensino é a

busca do conhecimento, possibilitando a conscientização do indivíduo sobre sua

própria existência. Freire (1996) define o ensino como provocação do professor por

meio tanto do que ele usa para ensinar quanto do modo como ensina.

O que vai determinar uma ou outra direção em parte é a didática, pois é o modo de fazer a educação que vai caracterizá-la. Não é o conteúdo do saber, mas o meio pelo qual este é transmitido, que vai reelaborá-lo, transformando-o em saber conservador ou progressista. (WACHOWICZ, 1995 p.13)

Logo, é preciso que o professor proponha atividades com as quais ele

consiga criar interesse no aluno e estímulo para aprender. Em sala de aula, deve-se

influenciar as crianças a terem o hábito de ler, usando métodos mais dinâmico que

as levem a ser bons leitores. Mas a questão é como aplicar essas atividades em

sala de aula.

Em data atual, um dos motivos pelos quais as crianças não têm o hábito da

leitura não se dá por culpa do professor, mas o problema reside no excesso de

tecnologia entregue às crianças de forma indevida; logo, elas ficam afastadas de

qualquer tipo de leitura e, assim, meios tecnológicos tais como computadores e

celulares, quando usados de forma incorreta, possivelmente causam o fenômeno

de tornar menos atraente o hábito da leitura, prática fundamental para o

aprendizado infantil.

Figura 16 – Leitura compartilhada

Fonte: www.google.com

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O professor deve ser criativo e inovador, além de ter paciência e muita

dedicação para criar o hábito de ler em seus alunos. Ele primeiramente deve

conscientizar-se de que a leitura é essencial na escola, na família e em qualquer

outro ambiente em que a criança vive.

Segundo Bamberger:

Todas as autoridades do Estado, da comunidade e da escola, todos os professores, pais e pedagogos precisam estar seriamente convencidos da importância da leitura e dos livros para a vida individual, social e cultural, se quiserem contribuir para melhorar a situação. (1987, p.9).

As atividades em grupo são muito importantes para o desenvolvimento do

aluno no ambiente escolar, pois a aludida prática de aprender em grupo acarreta ao

aluno mais confiança em si próprio, trazendo, assim, benefícios diversos e levando-o

a se beneficiar do ato de ler, pois quando realizada na modalidade em grupo,

possivelmente trará ao aluno um prazer que o meio convencional (leitura sozinho)

não traria.

É de suma importância que o professor oriente seus alunos, dizendo a eles

que o hábito da leitura acarreta à pessoa diversas informações sobre o mundo em

que vivemos. Assim, deve também o professor alertar seus alunos, no sentido em

que todo leitor possui um melhor entendimento sobre as coisas ao seu redor e só

tem a ganhar cultura e conhecimento. Logo, quem lê se destaca dos menos

informados, pois o leitor bem informado e consciente detém melhor

conhecimentoque quem não lê.

Figura 17 – Professor incentivando a leitura

Fonte: www.google.com

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Para que os alunos enxerguem a prática de leitura como diversão e distração,

o professor deve se preocupar em apresentar textos e livros que estejam de acordo

com a faixa etária o nível de desenvolvimento e dificuldade da classe, promovendo

diferentes tipos de leituras e possibilitando a formação de um bom leitor, que será

capaz de assimilar e compreender o sentido da leitura.

Abramovich (1993, p.56) ressalta que:

É muito importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias [...] escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e compreensão do mundo. Para contar uma história, seja qual for é bom saber como se faz. Afinal, nela se descobrem palavras novas, se entra em contato com a música e com a sonoridade das frases, dos nomes [...] Contar histórias é uma arte [...] é tão linda!!! É ela que equilibra o que é ouvido, como é sentido, e por isso não é nem remotamente declamação ou teatro. Ela é o uso simples e harmônico da voz.

Nesse sentido, e ainda sobre a criação do hábito da leitura, diga-se que nos

primeiros anos de aprendizagem do ensino fundamental, para que o ato de ler seja

mais bem aproveitado e entendido pelos alunos, o professor deve, dentro de sua

estratégia de ensino e anteriormente à execução em si da leitura do texto, promover

um contato prévio do tema que será abordado a fim de construir um melhor

entendimento do texto a ser lido por todos.

1.1 O lúdico no desenvolvimento da leitura

Sabe-se que o ato de alfabetização é um processo complexo que requer

atividades diferenciadas para que a criança possa compreender o processo da

leitura. Ou seja, há de se adotar diversos caminhos (estratégias pedagógicas) ante a

facilitação em relação à descoberta da leitura pela criança, tornando o processo de

aprendizagem uma forma prazerosa que atraia com mais facilidade a criança para o

mundo da leitura.

Atualmente, está bem difundido o processo o lúdico, que muito importante

para o crescimento físico e mental das crianças. Esse mecanismo torna-se um

instrumento facilitador no trabalho do professor em relação ao processo pedagógico;

assim, por ser um meio prazeroso de aprendizagem, a atividade lúdica

possivelmente refletirá no aluno uma forma mais significativa de ensino.

De acordo com Ramos (2003, p. 18), pode-se assimilar que

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as atividades didáticas relacionadas com jogos proporcionam aos alunos uma melhor compreensão das atividades propostas, levando os mesmos ao interesse e desenvolvimento cognitivo e assim possibilitando a interação entre professor/aluno e aluno/professor.

Piaget (1994, p. 25) vê o jogo como “um processo de ajuda ao

desenvolvimento da criança; acompanha-o, sendo, ao mesmo tempo, uma atividade

conseguinte de seu próprio crescimento”.

O lúdico auxilia no desenvolvimento da leitura, pois o aluno sentirá mais

vontade de participar das atividades em sala de aula porque o mecanismo lúdico

proporciona à criança uma forma de brincar e aprender ao mesmo tempo,

acarretando mais prazer durante o desenvolvimento das atividades propostas em

sala de aula.

Uma vez que brincar é uma ação com a qual a criança aprende cada vez

mais, Vygotsky(2007) destaca que:

[...] o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual da sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do eu é na realidade. Como no foco de lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento (p. 122).

Nesse passo, é possível a compreensão sobre a importância da implantação

da ferramenta de ensino no formato lúdico, voltada para o auxílio do ensino e da

aprendizagem escolar, dando ao aluno um benefício pessoal e comportamental.

Logo, o professor que trabalha com o recurso lúdico em sala de aula esta, de certa

forma, atualizando sua didática de ensino, possibilitando, assim, uma aula mais

divertida e criativa e consequentemente despertando o encanto em seus alunos no

querer aprender.

O sistema de ensino de forma lúdica promove vários pontos positivos para as

crianças como o desenvolvendo da socialização, autoconfiança, exercícios de

competitividade e também o trabalho em equipe, fazendo desenvolver a linguagem,

a concentração e o pensamento.

O uso do recurso de ensino lúdico aproxima o professor e o aluno; assim, tal

método favorece o trabalho do professor quanto ao direito de liberdade individual,

levando o aluno a se expressar de maneira natural; ainda, diga-se que tal exercício

ajuda alguns alunos a perderem a timidez.

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Diante da importância do lúdico para a melhoria das atividades pedagógicas,

Feijó (1992) afirma que:

Através do lúdico e de sua história, são recuperados os modos e costumes das civilizações. As possibilidades que o ele oferece á criança são enormes: é capaz de revelar as contradições existentes entre a perspectiva adulta e a infantil quando da interpretação do brinquedo; travar contato com desafios, buscar saciar a curiosidade de tudo, conhecer; representar as práticas sociais, liberar riqueza do imaginário infantil; enfrentar e superar barreiras e condicionamentos, oferecer a criação, imaginação e fantasia, desenvolvimento afetivo e cognitivo (p.185).

O lúdico é um importante auxiliador no desenvolvimento da aprendizagem da

criança através de jogos e brincadeiras, o que torna a aula mais divertida, podendo o

educador ensinar de uma forma diferente, pois ao mesmo em tempo que brinca, a

criança aprender a linguagem, a escrita e a leitura.

Porém, trabalhar um formato lúdico em sala de aula não é necessariamente

dispor de recursos como jogos educativos, mas sim usar recursos que tenham as

características educacionais lúdicas, ou seja, será válido o modo pelo qual o

professor elaborará sua estratégia de ensino, acoplando sua metodologia básica

com o sistema lúdico. Assim, o professor deve conscientizar em relação à grande

importância do lúdico em suas aulas, que não seja simplesmente a propositura de

um jogo entre colegas de sala, pois assim, na medida certa entre o

ensinar/aprender e a diversão, o aluno será estimulado cada vez mais a saber,

consequentemente, ocorrerá a facilidade do aluno pelo gosto da leitura e da

escrita.

Figura 18 - Jogo

Fonte: www.google.com.br

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Ramos, Ribeiro e Santos (2011, p. 42) apontam várias contribuições que se

referem à aprendizagem lúdica:

As atividades lúdicas possibilitam fomentar a formação do autoconceito positivo. As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que, através destas atividades, a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente. O jogo é produto de cultura, e seu uso permite a inserção da criança na sociedade. Brincar é uma necessidade básica como é a nutrição, a saúde, a habilitação e a educação. Brincar ajuda as crianças no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, as crianças formam conceitos, relacionam ideias, estabelecem relações lógicas, desenvolvem a expressão oral e corporal, reforçam habilidades sociais, reduzem a agressividade, integram-se na sociedade e constroem seu próprio conhecimento. O jogo é essencial para a saúde física e mental. O jogo permite à criança vivências do mundo adulto, e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário.

Sendo assim, os jogos voltados para o ensino têm muita importância na

aprendizagem do aluno. Por isso, o professor deve usar esse recurso pedagógico a

fim de proporcionar atividades prazerosas que contribuam para o aprendizado dos

alunos, ajudando na construção de conhecimento e da capacidade dos mesmos.

Por fim, é possível constatar que as atividades lúdicas, jogos e brincadeiras

dão prazer e motivação, deixando as crianças mais dispostas a participar das

atividades propostas em sala de aula; envolvendo-as em um trabalho coletivo em

grupo ou individual e possibilitando trabalhar regras comportamentais, atenção,

criatividade e divisão de tarefas, tudo isso para o desenvolvimento cognitivo dos

atos de aprendizagem dos alunos, de uma forma não convencional, mas sim

dinâmica.

1.2 Tecnologia

O uso da tecnologia na escola é uma ferramenta facilitadora no processo de

ensino e aprendizagem. Entre as tecnologias mais usadas para o aprendizado,

podemos citar a Internet, devido à sua ampla abrangência que permite ao aluno e

professor acessar os diferentes meios sociais no campo informatizado; ou seja, a

tecnologia Internet traz para a sala de aula uma grande diversidade textual que não

seria encontrada no âmbito escolar, criando no aluno um maior interesse pela

leitura.

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Nesse âmbito, propõe-se que o professor pesquise junto com os alunos, em

dispositivosde informática conectadosà Internet, contos e histórias preferencialmente

de culturas orientais não conhecidas em nosso cotidiano. Assim, ao terem contato

com o texto traduzido, ambos alunos e professor poderão desenvolver um interesse

naquele tipo de leitura devido à novidade cultural apresentada naquele texto que

aguça a imaginação da criança, fazendo-a imaginar uma nova realidade.

Prosseguindo com o tema, a tecnologia em benefício ao desenvolvimento da

leitura das crianças frequentadoras do ensino fundamental, pode-se utilizar em sala

de aula uma estação de trabalho (computador) ligada a um periférico de reprodução

(data show), permitindo ao professor criar a interação da questão abstrata com o

mundo real. Dessa forma, uma história textual poderá ser visualizada e ouvida pelos

alunos de forma animada. Logo, apresenta-se a seguinte proposta:

Professor em sala de aula pede aos alunos que se unam em grupos (máximo

4) e criem um capítulo de uma história com o tema estabelecido previamente e

depois ilustrem o texto que criaram. Por fim, utilizando de programa gráfico, o

professor construirá a história de forma animada com o texto e imagens fornecidas

pelos alunos. A consequência prática desses exercícios é despertar no aluno a

satisfação pessoal de ver uma ideia sua tornar-se “real”, aumentando, assim, o

interesse pelo hábito de leitura devido à sua satisfação pessoal ante aexperiência

citada logo acima.

Ainda no tema, observa-se que as mídias educacionais/ferramentas

tecnológicas (Internet, computador) ao serem inseridas gradativamente no início do

fundamental, podem auxiliar as crianças no desenvolvimento da leitura e da escrita,

assimilando assim os atos cognitivos usados na aprendizagem em conjunto com a

nova experiência do uso da tecnologia em sala de aula, mesclando as disciplinas do

currículo escolar com uso da informática, como afirma Coscarelli (1998 apud

GRZESIUK, 2008):

A aprendizagem que está sendo examinada à luz das novas tecnologias refere-se a línguas, matemática, ciências humanas e naturais, artes [...] assim como habilidades intelectuais que estão associadas com essas várias matérias: habilidade de construir para si mesmo uma imagem mental da realidade, de raciocinar, de fazer julgamentos, de solucionar vários tipos de problemas, de inventar etc. Essa aprendizagem é também, por exemplo, o desenvolvimentode independência pessoal e responsabilidade, assim como várias habilidades sociais e de conduta. (p. 3).

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Aos poucos, o uso da tecnologia vai se incorporando ao contexto escolar,

visando à função da escola e ao papel do professor e dos alunos nessa

modernidade na educação.

A inserção dos computadores na rotina escolar dos alunos se dá de maneira coletiva, com objetivo de construir o aprendizado junto das crianças e permitir que eles interajam com todos. O professor facilitador da aprendizagem é interessante que tenha aceitação e preparação para a utilização dessas novas ferramentas para a melhoria do aprendizado do aluno e inovação das aulas. (HUTMACHER, 1995 apud ALMEIDA, 2000, p. 123).

O uso do computador/ferramentas tecnológicas não restringe a autonomia do

professor como educador, porém, o profissional do ensino não pode fazer uso

somente da ferramenta tecnológica por si só, ou seja, ao apresentar aos alunos um

recurso de informática, ele deve forçar a interação do aluno com tal recurso e

permitir um resultado prático em sala de aula a fim de beneficiar o aluno em seu

aprendizado e não só entretê-lo com a ferramenta tecnológica.

Segundo Almeida (2000, p. 84-85)

O professor deve desenvolver competências: procurar construir um quadro teórico coerente, que oriente sua conduta de professor mediador; dominar as técnicas de programação e os recursos de software em uso, de forma a fornecer subsídios aos alunos; procurar dominar os conteúdos do campo de exploração trabalhado no computador pelos alunos e, quando necessário, aprofundar estudos sobre eles, de forma a orientar a aprendizagem dos conteúdos e das respectivas estruturas envolvidos nas pesquisas; estar aberto a “aprender a aprender”; diante de um novo problema, assumir atitude de pesquisador e levantar hipóteses, realizar experimentos, reflexões, depurações e buscar a validade de suas experiências.

O professor deve estar sempre preparado para lidar com o novo. É preciso

desenvolver competências tais como orientar os recursos tecnológicos, possibilitar

atividades com temas presentes e de interesse dos alunos, elaborar projetos que

envolvam a turma e refletir sobre a tecnologia como ferramenta pedagógica.

Papert (1994) chamou de construcionista sua proposta de utilização do

computador, considerado uma ferramenta para a construção do conhecimento e

para o desenvolvimento do aluno. O autor diz que o uso do computador na sala de

aula é construcionista porque o aluno é o próprio construtor do conhecimento, e

essa ferramenta pedagógica possibilita muito o desenvolvimento da aprendizagem.

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A utilização do computador na pré-escola, como ferramenta de auxílio na aprendizagem infantil é muito importante para a construção do conhecimento dos alunos, as seguintes vantagens são encontradas: •Os softwares educacionais proporcionam uma integração entre professor e aluno realizando uma parceria no processo de ensino-aprendizagem. •Pensamentos críticos são desenvolvidos pelos alunos. •Estimula a pesquisa e a criatividade nos alunos. •Os alunos expressão sentimentos de alegria, motivação, emoção e cooperação ao concluírem uma tarefa quando são submetidos. A inserção da tecnologia nas turmas de educação infantil como no ensino fundamental I provoca nas crianças um impacto positivo no ensino-aprendizado, melhora o comportamento, motiva professores e alunos. (MATTEI apud GRZESIUK, 2008, p. 13).

Com o uso de ferramentas tecnológicas em atividades em sala de aula, o

professor possibilita aulas mais prazerosa, facilitando a aprendizagem de várias

atividades propostas pelo professor - como o uso do tablet.

Figura 19 - Tablet

Fonte: www.google.com.br

Outro recurso mais moderno é a lousa digital. Essa mídia pedagógica

simplifica as aulas do professor e proporciona ao aluno um conhecimento mais

prazeroso e interativo, uma vez que esse recurso de acesso rápido à Internet

combinado com a apresentação pedagógica do educador, permite aos alunos uma

maior compreensão da matéria. Ressalva-se que todo conteúdo tecnológico tem

que ser muito bem dosado pelo professor, em vista de que o aluno não pode perder

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seu foco entretido com a mídia digital, mas sim a citada mídia em sala de aula é

apenas um instrumento a mais na missão do ensino.

Dessa forma, por meio dos métodos lúdicos e informatizados, proporciona-se

melhor qualidade de ensino pelo professor aos alunos; nesse sentido, o uso das

variadas estratégias pedagógicas em sala de aula possibilita ao aluno uma nova

forma de aprendizagem, criando uma resposta cognitiva sobre o estudo escolar mais

rápida do que seria em relação ao estudo convencional.

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CONCLUSÃO

Conforme o conteúdo dissertado ao longo desta pesquisa, é possível influir

que há solução eficaz sobre o atual desinteresse das crianças em relação ao hábito

da leitura. Dessa forma, é possível apontar como a provável solução para esse

problema o incentivo pelo professor ante o estímulo em sala de aula pelo prazer da

leitura. Todavia, este ato é de difícil missão ao educador. Assim, o presente estudo

a demonstra os diferentes aspectos da importância da leitura nos primeiros anos do

ensino fundamental e os diversos mecanismos pedagógicos ante ao estímulo do

prazer da leitura nas crianças.

Logo, a escola possui como uma de suas responsabilidades fundamentais

ensinar o aluno a ler e incentivá-lo a ter pelo gosto da leitura, fazendo com que a

criança crie o hábito de ler. Dessa forma, a criança que desenvolve o prazer pela

leitura possuirá um domínio pleno de todas as matérias em geral apresentadas no

currículo escolar do ensino fundamental.

Neste sentido, o professor com a missão de despertar o prazer da leitura em

seus alunos vale-se da apresentação dos diversos gêneros textuais para despertar

na criança o interesse da leitura. Assim, faz-se necessário o trabalho do professor

em explorar este leque de diversidades textuais, a fim de que a criança ora leitora se

familiarize de forma prazerosa com o gênero que mais lhe agrade. Por tudo isso,

deve também o professor levar em conta a idade e o nível de desenvolvimento dos

alunos, além do interesse de cada um pelo gênero textual a fim de criar uma maior

afinidade entre as crianças e o texto a ser apresentado em sala de aula.

Quanto à conclusão do presente estudo, apontam-se os resultados positivos

sobre as diversas estratégias pedagógicas usadas pelo professor em sala de aula

em benefício do desenvolvimento da leitura das crianças ora alunos. Assim, nota-se

a grande importância do ato do professor ao ampliar seus meios de ensino por meio

das diversas ferramentas apresentadas nesta pesquisa, que citou os métodos de

iniciação, a leitura, os recursos lúdicos e os recursos tecnológicos que promovem

entre si um meio de ensino mais abrangente entre o aluno e o professor, a fim de

criar um maior prazer das crianças em relação ao ato de ler.

Posto isto, conclui-se que,por meio dos diversos meios de ensino

apresentados nesta pesquisa, convencionais e não convencionais, ao serem

aplicados os aludidos mecanismos de ensino de forma correta pelo professor em

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benefício dos alunos, proporciona-se aos mesmos a melhor qualidade de ensino.

Nesse sentido, ao descobrir o prazer da leitura, o aluno terá uma resposta cognitiva

sobre o aprendizado escolar, mais rápida em relação ao aluno possivelmente

desinteressado, que aprendeu a ler por obrigação.

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