24
Reconto da fábula do Ítalo Calvino, feito pelas crianças do G4 O príncipe canário

O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

Reconto da fábula do Ítalo Calvino, feito pelas crianças do G4

O príncipe canário

Page 2: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

2

Era uma vEz um castElo ondE moravam uma

filha, uma madrasta E um rEi.

Desenho: Tomás

Page 3: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

4

a madrasta convEncEu o rEi dE quE a filha fazia tantas traquinagens e ele acabou expulsando-a do castElo. mas dissE quE Ela dEvEria sEr muito bEm tratada E cuidada.a madrasta, Então, dissE para o rEi ficar tranquilo E chamou algumas damas dE companhia para morarEm com a moça Em um castElo abandonado no mEio do bosquE.

Desenho: maTheus bachega

Page 4: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

6

no castElo, a mEnina só podia ficar lá dEntro E nEm podia chEgar pErto da janEla.como as damas dE companhia Eram muito bEm pagas, ficavam convErsando E nEm ligavam para a filha do rEi, quE passava o dia na janEla olhando as árvorEs do bosquE.para não fazEr calo nos sEus cotovElos, colocava uma almofada na janEla.

Desenho: layla

Page 5: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

8

um bElo dia, um príncipE foi caçar E viu quE o castElo, quE Era abandonado, Estava com a janEla abErta, E tinha fumaça na chaminé. quando ElE olhou para cima, viu uma bEla moça, E Ela também o viu E ElEs sE apaixonaram.

Desenho: fernanDa

Page 6: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

10

no primEiro dia ficaram uma hora sorrindo um para o outro E mandando bEijos nas pontas dos dEdos.

Desenho: gabriela

Page 7: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

12

no dia sEguintE, o príncipE voltou E por duas horas ElEs ficaram mandando bEijos E acEnando com lEncinhos.

Desenho: sophia rosa

Page 8: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

14

no tErcEiro dia ElEs ficaram durantE três horas trocando sorrisos, bEijos E acEnos com os lEnços.

Desenho: cecília

Page 9: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

16

no quarto dia, por quatro horas trocaram mais sorrisos, bEijos E acEnos até quE uma bruxa aparEcEu E dEu risada.– Ha, Ha, Ha , Ha!!– por que você está rindo? – disse o príncipe. – nunca vi dois namorados namorarem tão longe um do outro!– aH, se eu soubesse como cHegar ao alto daquEla torrE...– eu gostei de vocês e vou ajudá-los – disse a bruxa.

Desenho: malu

Page 10: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

18

Então a bruxa foi até o castElo, batEu na porta E mandou EntrEgar um livro para a princEsa, dizEndo quE Era um prEsEntE para Ela sE distrair.

Desenho: marília

Page 11: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

20

quando a princEsa abriu o livro Estava Escrito: sE você folhEar o livro do lado cErto o homEm vira canário, sE você virar do lado Errado ElE vira príncipE dE novo.a princEsa, Então, virou as páginas do livro do lado cErto E o príncipE virou um canário, todo amarElinho.

Desenho: alice

Page 12: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

22

o príncipE foi para a janEla E pousou na almofada. Ela pEgou o passarinho E dEu um bEijo E ficou com vErgonha porquE lEmbrou quE Era um príncipE. folhEou o livro do lado Errado E o canário virou príncipE E ElEs sE bEijaram.E assim, todos os dias, o príncipE ia passEar no bosquE, a princEsa virava as folhas do livro, ElE virava canário, voava até a janEla, a princEsa folhEava ao contrário E ElE virava príncipE E passavam as tardEs juntos.

Desenho: anDré

Page 13: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

24

um dia a madrasta foi visitar a princEsa E viu o príncipE olhando para a janEla. pEdiu para a princEsa ir buscar um chazinho E Enquanto isso pEgou alfinEtEs do sEu pEntEado E colocou na almofada, quErEndo quE a princEsa, ao sE dEbruçar na janEla, fErissE sEus cotovElos. quando a princEsa voltou com o chá, dissE quE não tinha mais sEdE E foi Embora.

Desenho: luiza

Page 14: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

26

a princEsa folhEou o livro E o canário pousou na almofada bEm rápido E EspEtou o pEito nos alfinEtEs. o canário dEu um grito agudo dE dor E comEçou a sair sanguE E ElE saiu voando. a princEsa, dEsEspErada, sEm sabEr o quE tinha acontEcido, folhEou as páginas ao contrário, achando quE assim ElE ia mElhorar.

Desenho: maTheus anDraDe

Page 15: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

28

mas quando o pássaro virou príncipE, o sEu casaco amarElo Estava chEio dE sanguE. os cachorros comEçaram a latir, caçadorEs chEgaram E o lEvaram para o sEu castElo.o pai fez tudo para curá-lo, mas ninguém consEguia fazEr o príncipE sarar.

Desenho: DuDu

Page 16: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

30

um dia, cansada dE EspErar pElo príncipE quE nunca mais voltou, a princEsa rasgou o lEnçol E a cortina E fEz uma corda. ai Ela dEscEu da torrE E foi para o bosquE.

Desenho: joão

Page 17: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

32anoitEcEu E Ela, cansada, achou mElhor dormir dEntro dE uma árvorE.Então Ela ouviu quatro assobios. Eram quatro bruxas quE sE Encontraram bEm Embaixo da árvorE quE a princEsa Estava.comEçaram a contar o quE tinham visto pElo mundo.a última falou assim:– eu vi um príncipe que está muito macHucado e ninguém consegue curá-lo, por que só eu sei como fazer!– e como é? – perguntou uma das bruxas.– no quarto do príncipe tem um taco solto e Embaixo dElE tEm uma ampola com unguEnto. é só passar nas fEridas do pEito do príncipE quE vai sarar.quando a princEsa ouviu aquilo, até mordEu sEu dEdo para não gritar dE alEgria.

Desenho: sofia maTeus

Page 18: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

34

assim quE as bruxas foram Embora, a princEsa saiu da árvorE E foi para a cidadE.quando chEgou lá, comprou uma roupa dE médico E foi para o castElo do príncipE.

Desenho: freD

Page 19: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

36

deixaram-na entrar e ela pediu para ficar sozinha no quarto. Ela procurou o taco solto E achou o rEmédio. passou no príncipE E as fEridas dEsaparEcEram.

Desenho: gabriel

Page 20: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

38

o rEi dissE:– você pode pedir o que quiser, toda a minHa fortuna!– não quero sua fortuna, apenas o colete amarElo sujo dE sanguE, o Escudo do príncipE E o brasão da família! – respondeu a princesa ainda vEstida dE médico.

Desenho: nina

Page 21: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

40no dia sEguintE, o príncipE foi para o bosquE E nEm olhou para a princEsa.a princEsa quando viu o príncipE no bosquE, folhEou o livro E o príncipE sE transformou Em canário.quando ElE Entrou no quarto, Ela virou as páginas ao contrário E ElE sE transformou Em príncipE. – eu estou muito bravo com você!!! – disse o príncipe. porque você me macHucou?– não fui eu!!! foi a minHa madrasta, fui eu quem o salvei!– não!! – disse o príncipe. foi um médico e ele só pEdiu mEu colEtE EnsanguEntado, mEu Escudo E o brasão como rEcompEnsa. a princEsa pEgou o Escudo, o brasão E o colEtE amarElo chEio dE sanguE E mostrou para o príncipE. – o medico era eu!!! – disse a princesa.o príncipE sorriu E a pEdiu Em casamEnto.

Desenho: lucas

Page 22: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

42

no dia do casamEnto, quando a noiva Entrou, o rEi, sEu pai, dissE:– essa é minHa filHa!!!– porque você não me falou que era uma princesa? – perguntou o rei.– porque eu não considero mais como pai, o homEm quE dEixou quE minha madrasta mE ExpulsassE dE casa.Então, o rEi, pai da princEsa, Expulsou a madrasta do castElo E Ela ficou sozinha.

Desenho: peDro

Page 23: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

44

o príncipE E a princEsa sE casaram E foram fElizEs para sEmprE.

Desenho: bernarDo

Page 24: O príncipe canário - site.veracruz.edu.brsite.veracruz.edu.br/doc/producoes_alunos_principe_canario_g4.pdf · 4 a madrasta convEncEu o r quEi dE a filha fazia E tantas traquinagens

46

calVino, ítalo. Fábulas italianas. são paulo: cia das letras, 2006

G 4 Manhã – Turma de 2012

alice paione milnerandré Duprat Vilela hellerbernardo meneses bicalhocecília Torres barreto da costa carvalhoeduardo gorskifernanda naslavsky cunhafrederico junqueira segregabriel Queiroz e silvagabriela menezes gontijojoão sallum hallaklayla sander barroslucas ornelas peraltaluiza nery salgado ferreiramaria luiza bertozzi araújomarília Vaiano chammasmatheus Drehmer andradematheus moraes cintra bacheganina gonçalves Vieirapedro Torello de oliveira gonçalvessofia gutt mateussophia rosa biscuola de pinho lopezTomás bernal amino

Professorascíntia mári nagamine gomesluciana Tomaz cabral

Atendenteailda coelho moura de oliveira

Orientaçãolícia breim Tavares pedrosa

Coordenaçãoelizabeth Dória scatolin

Direçãoheitor fecarotta

outubro/2012