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HISTÓRIAS DEAVENTURAS

7º ANO A — NOVEMBRO DE 2012

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APRESENTAÇÃO

O livro “Histórias de Aventuras” é o resultado de um longo processo vivido pelos alunos durante o 1º semestre na leitura e estudo das narrativas de aven-tura, entre eles os romances clássicos dos autores do século XIX e as histórias contemporâneas de aventura que recorrem a elementos fantásticos e mágicos, até chegarmos aos relatos verídicos.

A produção escrita de um texto de aventura envolveu diferentes etapas de trabalho individuais e coletivas, que solicitaram dos alunos muita perseveran-ça e dedicação. Cada classe organizou-se em pequenos grupos, as “oficinas de texto”, com o propósito de elaborar coletivamente a trama de uma história de aventura, delineando seus personagens, seus cenários, o contexto histórico, o conflito e o desfecho, com a finalidade de se basear nesse roteiro coletivo para a escrita das produções individuais.

Essa vivência proporcionou aos alunos condições de apresentar suas ideias, ouvir as dos colegas, trocar opiniões e, dessa forma, permitir que os escritores, durante a produção individual, pudessem enriquecer o roteiro original, valen-do-se de seus recursos pessoais de estilo e de linguagem.

Depois de produzidos, os textos de cada aluno passaram por momentos de leitura nos grupos de criação, com a intenção de apontar aspectos que poderiam ser melhorados, sempre considerando o roteiro original.

Este livro reúne uma produção de cada grupo de criação após uma seleção feita pelos professores e alunos. O texto selecionado passou por uma nova leitu-ra e revisão do próprio autor, de acordo com a última versão produzida. Ainda assim, alguns textos apresentarão algumas incorreções gramaticais ou estilísti-cas, o que se deve a nossa intenção de respeitar o limite das possibilidades de cada autor-revisor.

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ÍNDICE

A máquina do tempo.............................................................6O coração de gelo................................................................11Nunca pegue um atalho........................................................15Um desaparecimento muito estranho....................................21A visão de Rita...................................................................25Aurora...............................................................................29O reencontro.....................................................................33

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A MÁQUINA DO TEMPO

Nathan era um homem muito bonito, todos diziam que era parecido com um galã, pois sempre usava terno preto e óculos escuros. Num certo dia, em seu trabalho, seu chefe o chamou para conversar. Ele estava preocupado com o que aconteceria com seu emprego, pois seu chefe andava muito decepcionado com as tarefas de Nathan que estavam sendo mal feitas.

Nathan saiu da sala do seu chefe muito chateado, pois acabara de ser despedi-do. Ele pegou suas coisas e foi para casa.

Nathan era um homem muito esperto, tinha tudo para fazer sucesso na vida, queria ser famoso a qualquer custo. Pensou em como fazer isso por horas seguidas e nenhuma ideia vinha em mente, até que teve uma realmente brilhante: Faria uma máquina do tempo, por mais que essa ideia fosse a mais louca que ocorreu há anos. Era um de seus melhores planos, pois ninguém nunca havia conseguido inventar uma máquina do tempo e, por Nathan sempre ter tirado as notas mais altas na escola, recebido prêmios por suas invenções e trabalhos muito bem feitos, por ser adiantado dois anos devido à sua inteligência excessiva, estava certo que conseguiria construí-la com facilidade.

Seu estudo começou na terça-feira da semana seguinte em que foi despedido de seu emprego. No fim de semana juntou todas as suas economias e comprou os materiais necessários para construir a máquina do tempo e um controle remoto, para o caso de perder sua máquina de vista ou alguém roubá-la.

Após três meses de muito trabalho e dedicação para terminar a sua tão espe-rada e desejada máquina do tempo Nathan conseguiu terminá-la com sucesso. A máquina estava em perfeito estado, mas a única coisa que faltava verificar era se realmente estava funcionando.

Ao invés de testá-la no dia em que seu trabalho foi realizado, ele foi a um bar para jantar depois de ter passado três meses comendo apenas comidas encomen-

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dadas de restaurantes baratos. No dia seguinte Nathan estava pronto para ir ao futuro e ver coisas que ninguém nunca viu.

Trocou-se, tomou seu café da manhã e pegou o controle remoto. Foi em di-reção à máquina, tomou coragem e definiu o ano em que gostaria de ir. Digitou “2100” e apertou o botão “travel”. Durante sua passagem para o ano 2100, que só se via preto, Nathan sentiu sendo puxado para baixo, viu uma luz branca e acabou apagando.

Ele acordou realmente tonto vendo várias coisas repetidas ao redor dele. Ele não estava no futuro, nem no passado, muito menos no presente. Ele estava em alguma outra dimensão irreconhecível, era um lugar mais parecido com os jogos em que ele jogava quando criança. Começou a explorar o lugar tentando achar algum habitante desse mundo, mas só via coisas incríveis nunca vistas por nin-guém. Pelo menos era o que ele achava...

Nathan andou por horas seguidas sem encontrar ninguém, até que uma pessoa bem pequena saiu de trás de uma árvore. Era um anão, que falou:

— Olá, senhor.

— Olá — Nathan disse.

— Queria lhe informar que durante sua passagem para o futuro no ano 2100, sua máquina deu um curto circuito que acabou trazendo o senhor para essa di-mensão. Isso aconteceu com muitos viajantes que queriam conhecer a graça de serem famosos em seu tempo. Eles só são trazidos aqui por esse exato motivo, não ter uma grande razão para ir ao futuro ou passado, apenas por motivos ego-ístas. Então, estou lhe adiantando antes de fazer algo errado por aqui: você tem apenas 48h para sair, mas terá que passar por três desafios e consertar a máqui-na do tempo. Caso você não seja capaz de cumprí-los, após um segundo que se passar de seu tempo, você será destruído.

Nathan realmente se assustou com as explicações que o anão deu.

— Mas eu não sei onde está a máquina — disse Nathan.

— Vou indicar o caminho, mas primeiro terá que cumprir os três desafios propostos — argumentou o anão.

— Mas... — foi o que conseguiu dizer Nathan, antes do anão desaparecer.

Ele começou a correr e procurar uma saída daquele mundo louco. Avistou uma ponte que poderia tirá-lo de lá, mas ao tentar passar, ela desmontou, fa-zendo-o cair. Um gigante surgiu da água dizendo:

— Você apenas poderá passar se acertar minha charada!

— E qual seria? — perguntou Nathan.

— O que é que todos podem sentar, menos você? — falou o gigante.

Nathan sabia a resposta daquela charada, pois quando era pequeno ele e seus amigos adoravam brincar de charadas e a fizeram.

— No colo! Todos podem sentar, menos eu.

— Está certo, pode passar.

Ele passou correndo, mal conseguia esperar para o próximo desafio, pensan-do que eram apenas charadas...

A noite estava por vir e Nathan estava cansado, então resolveu descansar para no dia seguinte poder cumprir os outros desafios propostos. Avistou uma árvore que lhe parecia confortável o suficiente para uma noite. Ele se deitou e logo caiu em um sono profundo.

Acordou disposto para cumprir seu próximo desafio. Logo reencontrou o anão que lhe falou:

— Parabéns pelo seu primeiro desafio, você o realizou com sucesso. A g o r a terá de passar por esse: Está vendo esta floresta?

— Sim – respondeu Nathan.

— Você terá que atravessá-la. Lá há grandes animais raivosos que você terá de enfrentá-los e matá-los. Lembre-se: terá que estar vivo no final do percurso.

O anão entregou-lhe uma espada de prata bem grande e um pouco pesa-da. Nathan entrou naquela enorme e escura floresta e observou grandes animais correndo em sua direção. Ele rapidamente ergueu sua espada, penetrando a lâ-mina neles. Ele correu pela floresta enquanto os animais o atacavam, mas Na-than sempre conseguia matá-los. Enxergou uma grande claridade à sua frente. Era a saída... Missão cumprida!

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A sirene tocou e uma voz alta e grossa falou:

— Parabéns!!! Conseguiu cumprir seu segundo desafio.

O anão apareceu atrás de Nathan:

— O senhor é realmente muito bom em desafios, mas o último sempre é o mais difícil. Vamos ver se consegue cumprí-lo.

O anão guiou o rapaz para um campo com uma grande cesta de maçãs e falou:

— Nesta cesta de maçãs apenas uma delas não está envenenada. Você terá que morder apenas uma maçã. Caso esteja envenenada, você morrerá.

Nathan observou a cesta repleta de maçãs e observou que em todas elas ha-viam uma discreta mancha amarela, provavelmente a região por onde injetaram o veneno. Nathan desesperadamente checa uma por uma até achar a sem man-cha. Deu uma mordida e não sentiu nada, nem tontura, nem enjoo.

— Parabéns, você foi o primeiro viajante a conseguir chegar ao último desafio e cumpri-lo com sucesso.

— Obrigado — disse Nathan.

O anão levou Nathan até sua máquina do tempo. Ele consertou-a e, enfim, colocou o ano desejado, digitando “2012” e apertando o botão “travel”.

Nathan chegou em casa e estava tudo igual, exceto por um detalhe, sua má-quina não tinha vindo. Nathan resolveu escrever um livro sobre sua aventura, que se tornou um Best Seller. Depois de pouco tempo, ele estava milionário!

TEXTO Marina Faria Rodrilla ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO André Athayde Gimenes, Francisco Losada Totaro, Maria Fernanda Pires Galvão, Marina Faria Rodrilla

O CORAÇÃO DE GELO Laura era uma mulher muito bonita, de pele clara e seus olhos bem escuros. Ti-nha uma inteligência extraordinária. Ela era curiosa, ágil e seu cotidiano era normal. Isso tudo não a diferenciava muito de nós, mas Laura morava em outro planeta.

Um dia, a bela moça estava muito cansada, esperando o ônibus para ir ao trabalho. Sem prestar atenção, entrou no ônibus errado. Laura sabia que o ca-minho era longo e resolveu dar um cochilo…

Quando acordou e olhou o relógio, Laura viu que já havia passado muito tempo e resolveu perguntar ao motorista o que havia acontecido. Chegando na cabine ela percebeu que o ônibus andava sozinho. Laura desconfiou que algo es-tava errado: “Nunca vi um ônibus andar sozinho... o ônibus para meu trabalho sempre tem um motorista...” — pensou.

O ônibus deu uma forte freada e foi aí que se deu um fato importante na his-toria: Laura levou uma pancada forte na cabeça e desmaiou.

Quando acordou, desceu do ônibus e viu ao seu redor um lugar bonito, mas com alguns aspectos diferentes do lugar onde ela vivia: muito mais movimen-tada e cheia de pessoas diferentes... Como era muito curiosa foi andando pela cidade, que descobriu que se chamava Gionefre e ficava no país Ahacara.

Laura queria muito voltar para casa e retomar sua vida, então resolveu ir ao encontro do rei de Ahacara e pedir ajuda a ele.

A cidade era pequena e lá existiam reis e rainhas. O rei de Ahacara era um homem rude e mal que ganhou o trono quando muito jovem, por herança, após seus pais terem morrido. Esse homem era chamado de Shirx. Ninguém sabia muito sobre ele, mas diziam que quando pequeno uma feiticeira trancou o bom coração do menino dentro de um coração de gelo, por inveja do seu poder.

Laura descobriu que Shirx morava no Triangulo das Montanhas, na mais alta delas e foi atrás dele.

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Quando chegou, identificou a montanha e a escalou. Achou o palácio, mas fi-cou com medo de entrar num lugar onde vivia um homem malvado e que ela não conhecia. Então, teve uma idéia: Laura subiu pelo outro lado da montanha e fi-cou observando pela janela… FOI AMOR A PRIMEIRA VISTA! Ele era um homem bonito, forte, parecia muito inteligente e Laura logo se apaixonou. A vontade que ela tinha era de salvá-lo o mais rápido possível, mas não era tão fácil assim.

Laura desceu a colina e foi atrás de informações que podiam ajudá-la a salvar Shirx.

Andando pela cidade, viu um beco deserto e entrou para tentar achar algo. No final do beco, a mulher achou uma casinha simples e muito velha. Uma placa pendurada na porta dizia: “Mago Jiguchs- tudo sobre magia e bruxaria.” Ao ler a placa Laura bateu na porta e chamou pelo mago:

— Oláaa... Tem alguém ai? Mago Jiguchs...?

Uma voz muito fraca respondeu:

— Pode entrar!

Laura entrou devagar e fechou a porta.

— O que você procura?

— Preciso de ajuda! Não conheço este lugar e fui pedir ajuda ao rei para me ajudar a voltar para casa. Chegando lá, vi Shirx e me apaixonei. Gostaria de sal-vá-lo.

— E como você pretende isso? Como será que posso te ajudá-la?

— Será que o senhor sabe me dizer como destrancar o coração do rei?

— Bom, para destrancar o coração de gelo você precisa de uma chave...

— Onde está esta chave?— interrompeu Laura.

— Calma... Você deve achar a colina mais larga da cidade e achar um buraco muito fundo na “base” da colina. Entre nesse buraco e saberá o que fazer.

Laura saiu a procura da colina. Encontrou-a não muito longe dali. Horas de-pois achou o buraco e entrou nele para achar a chave. Só que não foi tão fácil assim, Laura entrou quieta e atenta e logo avistou um gigante dormindo guar-dando uma caixa dourada. Laura foi andando sorrateiramente e quando estava quase pegando a caixa, a moça pisou em uma pedra e o gigante acordou.

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A agilidade de Laura foi eficaz e ela conseguiu pegar a caixa e se esconder em uma fenda da gruta. Laura conseguiu escapar e continuou a viagem.

Ela saiu da caverna e abriu a caixa. Não encontrou a chave, mas sim um mapa que mostrava uma grande floresta e depois dela uma capelinha. A capelinha ti-nha umas flores em sua volta e, dentro dela, estava desenhada uma pequena chave. Laura teve a certeza de que a encontraria.

Laura seguiu viagem e chegou a uma enorme floresta. No meio do caminho, leões começaram a se aproximar e, rapidamente, a moça pegou gravetos do chão e os jogou. Todos os leões que pareciam ser raivosos se transformaram em ani-mais dóceis e todos correram atrás dos gravetos.

Andou mais um pouco e Laura deu de cara com um rio enorme. Algumas pedras traçavam um caminho, mas entre elas existia um enorme espaço e seria muito difícil atravessar o rio por elas. Mesmo assim, Laura se arriscou e começou a passagem por uma grande pedra, a mais perto da margem do rio onde ela es-tava. Ao pisar na pedra grande algumas outras afundaram, tornando o caminho mais difícil. Laura se preocupou. Deu um grande salto e caiu em uma pedra bem pequena. Assim, três pedras surgiram e completaram o caminho. Laura perce-beu que pisando em pedras menores o caminho ficaria mais fácil. Foi assim, pu-lando de pedra em pedra, que Laura chegou à capelinha. Abriu a pequena porta e apanhou a chave.

Correndo, Laura fez todo o caminho de volta e chegou à cidade novamente.

Laura passou a noite toda perambulando pelas ruas, esperando o amanhecer para ir ao palácio de rei e salvá-lo. Quando parou para pensar em um plano, teve a idéia de entrar pela janela do quarto do rei e colocar a chave no peito dele. Assim, o coração sairia do peito e seria fácil terminar o plano de destrancar o coração de gelo.

Imediatamente, Laura colocou o plano em ação e teve sucesso, pois o palácio não tinha muita segurança.

O rei voltou ao normal e quando olhou para Laura, se apaixonou. Os dois se casaram e assim o país de Ahacara ganhou um “novo” rei e uma nova rainha.

TEXTO Ana Carolina Ciseski Gonçalves ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO Ana Carolina Ciseski Gonçalves, João Rocha de Lemos Rocco Machado, Marina Man

NUNCA PEGUE UM ATALHO

Em um dia chuvoso, na Austrália, eu, Derek Rubinston, fui deixado por meu pai na casa da minha tia Margarie, pois ele teria que fazer uma viagem a trabalho para Sidney.

Eu era um menino rico, muito mimado, com estatura baixa e um corpo bem fraco, órfão de mãe e com 13 anos de idade.

Fui deixado na casa de minha tia com uma mochila que acabara de ganhar de meu pai, com todos os meus pertences para um mês. Estava feliz por passar uns dias lá, pois a adorava e ela tinha um filho, meu primo, chamado Jonas. Ele tinha a minha idade e eu precisava de um amigo para interagir tanto tempo lá, mesmo não tendo muita intimidade com ele.

Logo depois de me despedir de meu pai, bati na porta, otimista e nervoso, esperando que Margarie abrisse-a. Quando ela abriu, me abraçou e me deu um anel como presente de estadia e, mesmo não gostando do presente, fiz questão de usá-lo para sua satisfação.

A casa era muito moderna, com uma bela biblioteca repleta de livros antigos organizados em estantes conforme o gênero e uma sala cheia de poltronas. A cozinha tinha várias máquinas importadas e chiques.

Margarie me levou ao quarto de meu primo Jonas e me apresentou a ele como se nem nos conhecessemos, o que não era longe de ser verdade. Ele estava jo-gando videogame e aproveitei para jogar uma partida.

Fomos para a biblioteca. Fui procurar algum livro na estante de magia e achei um bem pequeno, com a imagem de um anel semelhante ao meu. Abri o livro e, antes que pudesse ler a primeira palavra ou reagir, todos os livros caíram no chão.

Fiquei imóvel pensando o que poderia ter causado o fato, mas a tarefa de recolher os livros interrompeu meus pensamentos. Achei-o interessante, então

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peguei o anel e o livro e coloquei em minha mochila e, como já era bem tarde, fomos dormir.

No dia seguinte, acordamos juntos e tomamos café da manhã. Meu primo e eu saímos pra dar uma volta no parque. Levamos o anel, o livrinho e a mochila.

Jonas pegou um atalho por uma rua estreita e mal iluminada. No meio do caminho, encontramos um homem suspeito, calvo e alto, mas continuamos a jornada.

O homem colocou um pano com um líquido desconhecido sobre nossos na-rizes e desmaiamos.

Acordei com dor de cabeça, fome e com o braço esquerdo todo ralado. Quan-do analisei ao meu redor, percebi que estava em um lugar subterrâneo com mui-tas crianças a minha volta e sem meu primo e minha mochila com meus perten-ces, o anel e o livro.

Quando me levantei, um homem muito velho veio em minha direção. Era o sequestrador. Ele me disse:

— Meu nome é Robinson, e você, pivete, está destinado a trabalhar para o resto de sua vida como escravo para mim, aqui no meu canavial.

Logo rebati:

— Onde está meu primo e minha mochila com meus pertences?

— Devolverei sua mochila. Quanto ao seu primo, não faço ideia de onde ele esteja.

— Faz sim! — gritei quase desmaiando de fome — você é quem nos seques-trou! Você o matou?

— Não seja bobo, não o matei! Para que faria isso? — e saiu andando para me dar comida.

Comi silenciosamente. Eu nunca tinha passado por tanta fome em toda mi-nha vida.

O velho me deu a mochila, me levou ao lugar onde eu trabalharia e me ensi-nou o que tinha que fazer.

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2120

Trabalhei várias horas junto de muitas outras crianças, então decidi fugir e reen-contrar meu pai, mas antes disso, tinha de encontrar Jonas e bolar um bom plano.

No canavial, me “camuflei” por entre as outras crianças e fui procurar meu primo, que já podia chamar de amigo. Depois de andar muito, descobri uma casa abandonada muito antiga. Entrei e vi uma gaiola com um pássaro. Fui chegando mais perto e observando melhor suas penas marrons. Peguei-o, coloquei o anel que estava na mochila e tirei o livrinho para começar a ler e me entreter. Era um livro de feitiços, que o anel funcionava como se fosse uma varinha! Procurei um feitiço que fazia animais falarem e logo pronunciei uma palavra:

— Ccaduch.

No mesmo instante, o animal começou a falar de comida e comprovei que o feitiço funcionava. Perguntei a ele quem o deixou lá e o pássaro respondeu com uma voz estridente:

— Foi o Sr.Robinson, pois descobriu coisas importantes sobre mim.

Disse que meu objetivo era fugir e queria ajuda. Com isso o pássaro falou que podia ajudar e bolar um plano para encontrarmos meu primo e fugirmos, mas para isso, tive que libertá-lo da gaiola.

Voltamos juntos para o canavial sem ninguém perceber que eu havia desapa-recido.

Na plantação, começamos a conversar de novo:

— Você sabe o que é isso? Perguntei curioso mostrando o anel.

O pássaro olhou fixamente para o objeto e respondeu:

— Esse é o Anel Fórax. Ele pertencia a uma bruxa chamada Carmem. Como conseguiu? Ele é mágico!

— Minha tia me deu de presente. Acho que ela conseguiu numa loja de jóias raras e caras.

Mudando de assunto, perguntei como íamos fugir. A ave ficou pensando por um tempo, paralisada e disse que o primeiro passo para fugir era reencontrar meu primo.

Ao final do dia, todas as crianças foram recolhidas e levadas para o dormitório.

A noite estava tranquila, eu estava cansado, quase adormecendo, quando al-gum tipo de animal começou a entrar sorrateiramente pela porta do quarto. Ele estava indo na direção de minha mochila, nisso, percebi rapidamente que estavam tentando roubar algo dela. Eu estava com medo, então resolvi agir ra-pidamente. Peguei cuidadosamente uma estaca de madeira do chão e comecei a bater em sua cabeça, até ele parar de se mover e, nisso, começaram a entrar novos animais com o mesmo objetivo. Batalhei intensamente para matá-los.

No fim, matei todos e percebi que estavam atrás de meu anel, por isso, guar-dei-o com mais cuidado ainda, num zíper com cadeado.

Resolvi então estudar o livro de feitiços para alguma emergência.

No dia seguinte, eu e o pássaro nos encontramos novamente e fomos em bus-ca de Jonas.

No canavial, fomos discretamente caminhando a procura dele e chegamos numa das casas. O pássaro olhou pela janela e viu o Sr. Robinson segurando um menino e logo me avisou.

— Ele é meu primo!!! — gritei desesperado e ao mesmo tempo feliz por achá-lo.

O Sr. Robinson estava espiando por uma das janelas. Ele estava amarrando Jonas em uma cadeira e pegando uma faca.

O pássaro, tentando ajudar ao máximo, ficou o tempo todo se debatendo contra o vidro para chamar a atenção do homem, mas não funcionou. Jonas es-tava morto na cadeira...

O ditado popular ”o que não mata, fortalece” se aplicou nessa situação, pois consegui aguentar a dor e tristeza depois da morte do primo e seguir na minha missão.

Fomos em direção ao corpo morto com a ajuda de um feitiço que faz os dois ficarem invisíveis.

Lá, percebemos que no bolso da calça de Jonas havia um caderninho de ano-tações de Robinson. O pássaro disse que lá havia um mapa das suas terras, mos-trando como sair de lá. Bolamos um plano para pegá-lo, que íamos colocar em prática em breve.

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Logo que amanheceu, fomos para a casa abandonada. Esperamos ali por aproximadamente uma hora até que o homem fosse à cidade.

Saímos da casa e corremos pela floresta que havia do lado do canavial, mas percebemos que tinham vários cães de guarda ali. Então usei um feitiço de du-plicação para confundi-los. Quando os bichos viram os clones, saíram correndo atrás deles enquanto passávamos pelo outro lado. Assim, conseguimos fugir.

Paramos de correr quando avistamos uma cidade grande. Observando-a melhor, descobrimos que era Sidney!

Lembrei-me que meu pai havia feito uma viagem para lá, então fomos pro-curá-lo. Passaram-se dias e nada... Estávamos cansados e havíamos comido muito pouco, apenas o que algumas pessoas nos deram quando pedimos comida na rua. Quando sentamos no banco de uma praça, olhei para uma livraria e vi meu pai saindo de lá!!! Gritei seu nome e saí correndo em sua direção. Ele me abraçou, feliz e um pouco confuso, por me encontrar.

Contei-lhe como havia parado lá e conseguido achá-lo. Expliquei sobre o anel mágico e a ave, mas meu pai não foi capaz de acreditar e, por fim, voltamos para casa da minha tia, que estava preocupada e já sem esperanças de nos achar. Contei-lhe sobre o Jonas e todos nós ficamos muito tristes pelo ocorrido. Minha tia veio morar conosco, o pássaro virou nosso animal de estimação e a vida vol-tou ao normal.

TEXTO André Vinicius Melo Aranha ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO André Vinicius Melo Aranha, Rodrigo Peiter Carballido Mendes, Tiago Mestriner Costa

Luke era um menino de 17 anos de idade, media 1,85 metros de altura e gos-tava de praticar esportes, principalmente os que envolvessem água. Era um me-nino muito curioso, inteligente e corajoso.

Um dia Luke foi à praia nadar um pouco. Chegando lá, percebeu que a praia estava deserta por isso podia pular das pedras ao mar, coisa que não conseguia fazer quando a praia estivava cheia. Luke tomou distância e pulou, mas antes de cair no mar percebeu que não estava mais no ar, estava caído no chão, em um mundo desconhecido!

Ficou observando atentamente para floresta e viu umas folhas muito bonitas e uma bela borboleta. Reparou também que o lugar onde estava era muito seme-lhante à Terra.

Depois de um tempo, Luke já estava muito desesperado, pois ainda não tinha conseguido achar o caminho de volta nem comida. Luke continuou andando e observando atenciosamente o lugar, quando encontrou um homem todo pin-tado, com uma flecha na mão. Luke achou que era um índio e, devagar, foi se aproximando:

— Com licença, mas onde estou?

— Quem é você? — perguntou o índio.

— Sou Luke, senhor. Eu sou da Terra. Estava na praia quando, de repente, vim parar aqui

— Às vezes uma pessoa pode ser teletransportada para outra dimensão. Você esta no mundo Arret. É um mundo gêmeo da Terra

— E como eu saio daqui?

— Só há um maneira de sair daqui

UM DESAPARECIMENTO MUITO ESTRANHO

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— E qual é?

— Terá que vencer o campeão da tribo de lutas em um duelo até a morte. Se ganhar, ele te dará um anel mágico que irá te levar de volta para seu mundo

— Não tenho outra escolha, certo? Você pode só me explicar como eu chego a essa tribo?

— Siga reto pela floresta.

— Obrigado.

— Boa sorte...

Luke olhou para a trilha, engoliu saliva e seguiu em frente.

No meio do caminho, a trilha já era escura. Havia uma densa neblina no ar e não dava para enxergar quase nada. Luke, sem querer, pisa em algo que o prende e o leva para cima. Era uma armadilha. Ele se debateu por algum tempo, ten-tando se desvencilhar da armadilha, mas não conseguiu. Quando olhou para o lado, avistou uma grande árvore cujas folhas tinham pontas e bordos afiados. Começou a se balançar a fim de alcançar e arrancar uma das folhas. Depois disso, usou-a para cortar a corda que o prendia. Por sorte, caiu em cima de arbustos, que amorteceram sua queda.

Depois disso, Luke seguiu seu caminho. Enquanto andava, ouviu barulhos, como se alguém o estivesse seguindo. De repente, um enorme urso apareceu na sua frente! Luke ficou paralisado, sem saber o que fazer. Já que não tinha nenhuma arma para se defender, não tinha outra alternativa senão correr... Ele saiu em disparada e o urso o seguiu. Enquanto corria, viu uma gruta e teve a ideia de se esconder. O urso, um pouco desorientado, procurou por ele por um tempo e seguiu por uma trilha, sumindo no meio da floresta. Luke aproveitou a oportunidade para escapar e seguiu em direção ao lado oposto do urso. Chegou a um ponto do seu destino que não havia mais a neblina, já dava para ver as casas da tribo onde Luke tinha que ir.

Chegando à tribo, Luke pediu informações a uma senhora. Ele queria saber onde desafiaria o campeão de lutas da tribo. Logo descobriu que teria que acha--lo, pois ele era o protetor da tribo e do anel então não ficava em um lugar só. Luke foi andando calmamente pela tribo até encontrar o campeão. Depois de um tempo caminhando Luke encontrou-o em cima de uma árvore observando atentamente

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a tribo. Quando eles se encontraram, Luke logo o desafiou e pediu que a batalha fosse no mesmo dia. O campeão aceitou e pediu que fosse ao por do sol, perto de uma praia.

Pontualmente, os dois lutadores estavam lá, prontos para o início da batalha. A tribo mandou fazer uma espada para Luke lutar contra o campeão.

A luta começa e Luke não sabia o que fazer, nunca tinha lutado antes. O cam-peão atacou o garoto sem piedade, de uma forma que ele não teve como reagir, ficando desarmado. O menino chutou a areia, que foi parar nos olhos do cam-peão. Ele colocou a mão no rosto e Luke aproveitou a oportunidade para desar-má-lo e matá-lo.

Depois disso, Luke, muito surpreso com a vitória, ficou observando as ca-ras das pessoas da tribo. Todos estavam muito impressionados, pois o campeão nunca tinha sido derrotado antes. Luke pediu o anel, o colocou no dedo fechou os olhos e pensou em sua casa. Quando abriu os olhos estava na praia novamen-te. Foi para casa onde encontrou seus pais, juntamente com a polícia. Quando viram Luke, o abraçaram, felizes por terem o filho de volta. Luke tinha certeza que se contasse aos pais o que tinha acontecido, eles não acreditariam, portanto, disse que estava muito cansado e acabou adormecendo na praia. A vida voltou ao normal, mas Luke nunca esquecerá sua grande aventura.

TEXTO Rogério Delfino Alves Júnior ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO Alex Grosman Radu Halpern, Bruno Canepa Tosi, Giorgia Maria Leme Parrini, Rogério Delfino Alves Júnior

Vou contar a história de quando minha vida se tornou muito mais legal e perigosa.

Eu tinha uma prima muito estranha chamada Rita. Ela tinha, desde que nas-ceu, uns problemas ainda não diagnosticados pelos médicos. Não tinha quase nenhum amigo e vivia muito afastada de sua família. Antes de eu chegar à casa de Rita em Sorocaba, no verão de 2003, ela estava tendo algumas visões inexpli-cáveis e achava que só eram sintomas de sua doença. Quando tinha essas visões, sentia dores em seu corpo. Depois de um tempo as visões se realizavam. Rita achava isso muito estranho, mas adorou descobrir um dom seu. Ela se divertia vendo coisas engraçadas acontecendo com pessoas que não gostava.

Certo dia, um homem chegou perto dela e perguntou:

— Boa tarde, jovem. Poderia me acompanhar? Seus pais sofreram um aci-dente e vamos leva-la ao hospital.

— Meu pai acabou de me ligar e está no trabalho. Não vou com você a lugar nenhum!

Rita não se lembra do homem encostar-se nela e só sentiu seus olhos fechan-do e os dele avermelhando. Quando acordou, se viu dentro de um carro e o ho-mem que a sequestrou estava falando no telefone, dizendo:

— Ele vai me presentear. Vou matá-la e nós vamos ficar ricos!

O homem olhou para trás e viu minha prima acordada. Ele estacionou o car-ro, levantou uma faca e... Rita havia sumido.

Ela não se lembrava de nada, apenas estava em casa, o que era muito es-tranho, porque quando o cara levantou a faca, pensou em sua casa e em como queria estar lá naquela hora. Em uma fração de segundo, ela se tele transportou.

Agora eu entro na história. Minha família foi viajar e eu fui passar duas se-manas com a minha tia Gabriela. Eu nunca gostei de minha prima e acho que ela

A VISÃO DE RITA

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também nunca gostou de mim. Um dia estávamos almoçando e Rita começou a se contorcer à mesa. Ela se levantou e foi para seu quarto. Eu a segui e a observei andando quando, de repente, desapareceu. Achei que eu estava delirando, mas não a achei em nenhum lugar da casa.

Depois de meia hora fui ao quarto dela e a vi em cima de sua cama.

— Onde você estava?

— Aqui no meu quarto.

— Não tente me enganar, eu te vi desaparecendo. Conte-me a verdade.

— Você não tinha direito de me seguir! Mas vou te contar: eu tenho poderes.

— Hahahaha! Boa piada!!

— Eu juro!

— Então prove.

Rita veio correndo e pulou em cima de mim. Em seguida nós aparecemos na Torre Eiffel, em Paris.

— RITA, me tire daqui agora!!

Ela pulou de novo em mim e nós voltamos para a casa dela. Rita me explicou tudo e falou que durante o almoço ficou muito assustada, pois teve a visão de todos de sua família sendo mortos por um assassino horrível. Me contou ainda que se ele não os liquidasse em dez dias, ele seria morto, então estava sedento por conseguir matá-los o quanto antes.

Nós decidimos partir em busca desse homem. Arrumamos nossa mala e partimos.

Fomos passando de cidade em cidade perguntando sobre esse homem que ela havia visto em suas visões. Conseguimos descobrir o nome dele quando o des-crevemos à um velhinho que morava em São Francisco Xavier, há 85 anos. As-sim a empreitada começou a ficar mais fácil, ou melhor, menos difícil.

Chegando a Nova York à procura de Hamlet - o assassino- uma mulher che-gou gritando:

— Por favor, venham comigo! Não consigo achar meu filho, me ajudem!!

Ela nos levou a um beco e lá tirou duas facas de sua roupa e as atirou em nossa direção. A que veio em mim não me acertou, mas a outra atingiu a perna de Rita.

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Eu dei um soco na mulher e ela caiu no chão. Fui para perto de Rita e pedi que ela nos tirasse dali. Ela não tinha energia suficiente, mas no final deu um jeito. Nós fomos parar em Paris de novo, porque foi o único lugar em que ela pensou. A mulher conseguiu me segurar no último segundo e se tele transportou junto.

Eu segurei a mulher com força pelo pescoço e fiz umas perguntas:

— Quem é você ?

— Eu fui enviada por Hamlet para matar Rita.

— Onde é a base do seu mestre?

A mulher não respondia. Eu a segurei mais forte e repeti a pergunta. Ela respondeu:

— Na usina nuclear, em Nova Jersey, mas cuidado, ele é muito forte!

Eu a deixei livre, mas falei para ela nunca mais aparecer na minha frente.

Primeiro passamos em um hospital para ver a perna de Rita e quando ela es-tava melhor, fomos à Nova Jersey.

Entramos no prédio e fomos ao terceiro andar, pois era o andar “vazio”. Quan-do chegamos, vimos um cara muito, mas muito forte. De apavorar qualquer um.

Ele atirou duas facas e nem conseguimos vê-las. Senti uma dor muito forte e vi a faca na minha barriga.

Rita saiu correndo e pulou em cima de Hamlet. Desapareceram...

Esperei duas horas e nada da Rita nem do homem aparecerem. Voltei para casa de minha tia, triste, sem saber o que pensar e falei que tinha ido viajar sem a Rita, apenas com uns amigos.

Tia Gabriela ficou muito preocupada com o sumiço de Rita. Depois de três semanas, apareceu a seguinte matéria no jornal:

“CRIANÇA É ENCONTRADA AFOGADA NO MAR, JUNTO COM UM HOMEM”.

Só eu sabia: Minha prima Rita havia se sacrificado, afogando-se junto com o bandido e assim, me protegendo e salvando nossa família. Essa era minha ver-dadeira e incrível prima!

TEXTO Luca Conti ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO Guilherme Jimenez Marino, Luca Conti, Natália Bettini Paes Leme

AURORA Harry, um jovem de 28 anos, muito corajoso e fiel aos seus amigos, era as-trônomo, pois quando era criança adorava observar as estrelas e brincar de as-tronauta. Em uma bela noite de inverno do ano 5032, estava pesquisando com seu telescópio planetas em outras galáxias, onde poderia haver vida! Decidiu isso, pois o planeta Terra estava com muitos problemas ambientais, poluição e causando várias doenças. Em uma galáxia bem longe da dele (mais ou menos 2 horas com a sua NAVE 2000) encontrou um planeta com características pareci-das com a da Terra. Chamou-o de Aurora, pois sua atmosfera era colorida e pa-recia com a aurora boreal. Por isso, Harry decidiu que junto com seis amigos de sua equipe, Helena, Marcelo, Julia, Luísa, Pedro e Fernando, iriam explorar esse planeta. Partiriam na manhã seguinte, precisava apenas comunicar aos seus co-legas sobre a expedição.

Harry avisou seus amigos e todos se prepararam.

***

Fizeram uma bela viagem... Tudo ocorreu bem. Chegaram ao planeta, e per-ceberam que nele existia gravidade! Não precisavam usar roupas especiais. Lá também havia ar puro. O lugar era muito parecido com a Terra, a uma única diferença era que nesse mundo não havia prédios nem poluição e parecia não ser habitado.

Montaram o acampamento e foram explorar a área. Encontraram muitas frutas que também existiam na Terra e outras com um formato esquisito, com muitas curvas e ondas. Também descobriram animais, que pareciam ser a mis-tura de dois ou mais bichos da Terra, como um peixe com cabeça de leão. Ex-traíram as frutas desconhecidas e sangue dos animais, pois quando chegassem a Terra, iriam examinar as substâncias.

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Estavam no acampamento e decidiram que, por segurança, à noite três deles ficariam de vigia enquanto os outros dormiam. Na noite seguinte seria a vez de Harry com Helena e Marcelo, seus dois melhores amigos.

***

No dia seguinte descobriram uma fonte de água, o que fez Harry pensar que poderia haver vida humana naquele lugar! Isto o deixou muito animado.

À noite, junto com seus amigos vigiando... Veem um vulto... Vão atrás e des-cobrem que era apenas um animal. Quando retornaram ao acampamento, todos os outros colegas tinham sumido! E a nave também! Encontraram algumas pe-gadas e resolveram segui-las.

Andaram muito e encontraram uma alienígena, de cor azul, sem nariz, ape-nas com dois furos e gravemente ferida. Cuidaram dela e em troca, ela contou que naquele planeta habitavam vários alienígenas e que os vários exploradores que tinham ido até eles, sempre eram mortos pelos aliens. Ela disse também ser contra isso e, quando se recusou a capturar os amigos de Harry, foi machucada. A alienígena mostrou a eles o caminho até uma fortaleza onde eles, os amigos de Harry, estavam escondidos. Em frente a esse local foram atacados por ani-mais selvagens e a habitante alienígena não resistiu, morrendo. Esconderam--se- atrás do mato para na manhã seguinte entrarem na fortaleza.

***

Acordaram muito cedo, ou melhor, Helena e Marcelo, porque Harry não adormeceu a noite inteira... Na porta da fortaleza havia três alienígenas que ata-caram os astrônomos logo que os viram. Os alienígenas eram lentos, ou seja, demoravam para raciocinar. Com isso foi muito mais fácil passar por eles. Os amigos apenas faziam muitos movimentos de kung fu, confundindo os aliens e conseguiram entrar pela porta da frente. Ao entrarem na fortaleza, viram que existia um rio repleto de crocodilos que a rodeava. Havia uma ponte, mas ela estava levantada. Dessa forma, eles teriam que descobrir uma maneira de atravessá-lo. Marcelo teve a ideia de usar alguns cipós de uma árvore próxima. Amarraram vários cipós formando uma enorme corda. Fizeram um laço numa

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das extremidades e o arremessaram para a outra margem, prendendo-o numa das hastes da estrutura da ponte. Assim, conseguiram atravessar o rio, chegando às escadas que davam acesso ao interior da fortaleza. Chegaram a uma sala onde estavam Julia, Luísa, Pedro e Fernando, junto à nave. Então, depois de acorda-rem os colegas, pegaram a nave e foram embora dali, o mais rápido possível.

Estavam tendo uma ótima viagem. Harry já tinha contado para seus amigos que foram capturados o que tinha acontecido quando eles estavam presos e os machucados dos mesmos já tinham sido tratados. Pensavam no que fariam ao chegar a Terra depois dessa aventura nesse planeta. De repente, dois alienígenas os atacaram. Só então, foi que perceberam que eles estavam escondidos na nave, o tempo inteiro. Estava acontecendo uma luta, até que Harry descobriu que ti-nham bombas na nave e que obviamente tinham sido postas pelos aliens. Quan-do seus colegas perceberam isso, enfiaram Harry com sua mochila na cápsula de emergência. Disseram que ele é quem deveria sobreviver, voltando para a Terra e explicando o que havia acontecido, pois na cápsula cabia apenas um ser humano. Quando a cápsula estava a certa distância da nave, tentando retornar pra salvar seus amigos, surgiu uma luz muito forte... A nave explodiu com os melhores ami-gos dele lá dentro. Eles morreram por Harry...

***

No dia seguinte, outro alienígena escondido na cápsula de emergência o ata-cou. Harry o matou com sua arma, mas o alien o havia ferido gravemente... Harry perdeu muito sangue e estava fraco. Não havia ninguém pra ajudá-lo e ele acabou morrendo, sozinho e sem conseguir cumprir sua missão.

TEXTO Julia Moutinho Ramalho Pinto ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO Júlia Miquelin dos Reis Silva, Julia Moutinho Ramalho Pinto, Luísa Trigo Gonçalves da Costa, Pedro de Aguiar Ferreira

O REENCONTRO Havia um homem chamado Luiz Carlos, um homem comum, de cabelos pre-tos, olhos castanhos, baixo e um pouco gordo. Ele não conhecia o pai e mesmo assim foi a sua procura. Luiz Carlos vivia em casa com sua mãe e ficava o dia inteiro fora estudando na faculdade. Um dia, chegou em casa e encontrou sua mãe bem doente. Logo perguntou o que ela tinha. Sua mãe respondeu:

— Bom, eu preferia não te contar, pois não queria lembrar esse assunto para não me deixar pior e também para não deixá-lo preocupado. Não quero seus estudos na faculdade, mas agora realmente não posso mais esconder. Enfim, há um bom tempo descobri que tenho uma doença rara, que só pode ser tratada com remédios caros.

— Fique tranquila, vou arranjar dinheiro suficiente para comprar os remédios.

O problema era que conseguir todos aqueles remédios caros era muito difícil porque Luiz Carlos e sua mãe eram muito pobres, ele não tinha completado a faculdade e não tinha emprego.

Em outro dia, voltando da faculdade, um homem o chamou de repente e começou a conversar com Luiz Carlos:

— Qual o seu nome? — perguntou o homem desconhecido

— Luiz Carlos

— E qual é o nome do seu pai?

— Não tenho pai- disse já desconfiando do homem.

— Mas mesmo sem conhecer ele, você provavelmente sabe o nome dele, não é?

— Ele se chamava Roberto

— Isso é bom — disse o homem — acho que sei quem é ele, você é muito parecido com ele! Se realmente é pessoa que eu estou pensando, mora em uma cidade atrás da nossa!

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Luiz Carlos saiu bem rápido, pois pensou que o homem podia ser um vaga-bundo qualquer querendo roubá-lo de alguma forma. Quando chegou em casa e viu como sua mãe estava mal, concluiu que se achasse o pai, iria pedir a aju-da dele para comprar os medicamentos que ela precisava. Como aquele homem afirmou a ele que conhecia seu pai, Luiz Carlos decidiu que deveria seguir o con-selho dele.

No dia seguinte, Luiz Carlos saiu cedo, falou para mãe que tinha compromis-sos com faculdade numa na cidade próxima e não sabia quando voltaria. Disse também para que se cuidasse e que se houvesse qualquer emergência era para pedir ajuda para os vizinhos ou ligar em seu celular. Andou muito, completa-mente confuso, pois não sabia se realmente havia feito a escolha certa quando seguiu o conselho do homem. Luiz Carlos encontrou uma pequena casinha, em um lugar distante de onde ele estava, e resolveu pedir informação a um homem que estava do lado de fora da casa.

— O que você faz aqui?— perguntou o dono da casa — não é bom ficar peram-bulando aqui por perto, volta para onde você veio!

— Não posso, estou procurando meu pai. Um homem me disse que ele mora por aqui. Queria saber se o senhor poderia me ajudar.

— Como ele se chama?

— Roberto.

— Apesar de achar que você deveria para sua casa, percebi que vai ser difícil tirar toda essa sua motivação. Se você seguir em frente, verá uma casinha, mas vou logo avisando, não será fácil. O homem que mora lá deve ter informações melhores que as minhas.

Ele então agradeceu e foi procurar a casa que o homem havia falado. Che-gando ao local indicado, Luiz Carlos percebeu que atravessar a mata, seria muito mais difícil do que ele esperava, pois era muito escuro e continha sons intimida-dores. Provavelmente, devia ter uma grande quantidade e variedade de animais selvagens.

Quando ele entrou na mata, além do medo que ele estava dos animais, teve que tomar mais cuidado para não encostar-se num dos espinhos que havia em quase todo o chão da floresta. O melhor jeito para não se machucar com os espinhos se-

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ria protegendo, de algum jeito, sua perna. Não demorou muito e ele teve uma boa ideia. Pegou duas folhas grandes e as enrolou em volta de toda a área “descoberta” de sua perna. Isso realmente ajudou, então ele continuou a travessia.

A caminhada não durou muito e finalmente ele chegou à casinha. Bateu na porta muitas vezes, mas ninguém a abriu, a casa parecia estar vazia. Já estava anoitecendo então ele resolveu dormir por ali mesmo, que seria mais seguro, rezando para que no outro dia o dono da casa voltasse. Quando Luiz Carlos acor-dou, por sorte o dono da casa estava lá.

— Bom dia — disse Luiz Carlos — estou procurando meu pai, ele se chama Roberto. O senhor sabe onde posso encontrá-lo?

— Desista — respondeu o homem — o próximo lugar que você passará é com certeza muito mais amedrontador do que você provavelmente já passou. Você só pode estar blefando sobre achar seu pai, nunca vai encontrá-lo, não sei nem por que ainda tenta. Já pode ir perdendo fé.

— Pelo menos tenho que tentar!Eu imploro o senhor não tem noção da im-portância disso. Pode me ajudar ao invés de ficar me desmotivando?!- diz Luiz Carlos irritado com o homem-.

— Bom, se isso é tão importante para você, posso até tentar ajudá-lo. Logo ali, há um pântano. Depois dele, há uma casa, talvez seu pai more lá.

— Obrigado — disse Luiz.

Após andar um pouco, ele chegou ao tal pântano. Então, veio uma preocu-pação: Como atravessaria? A pé seria extremamente difícil e dar a volta por todo aquele local demoraria muito tempo. Então, ele decidiu construir um mini bar-co. Juntou alguns galhos grandes e os amarrou com cipó. Para fazer o remo ele também usou um galho, só que de tamanho, diferente. Quando já estava na me-tade do caminho, viu que seu barquinho não iria resistir todo o caminho, então resolveu parar para reforçar as junções. A outra metade da travessia também foi estressante, pois parecia que o barco poderia se desfazer a qualquer momento.

Quando chegou na casinha, Luiz Carlos estava muito ansioso. Queria logo saber se seu pai morava mesmo ali. Bateu na porta e logo atenderam:

— Como você se chama?

— Roberto - respondeu o homem.

— Você tem filhos?

— Sim, apenas um: Luiz Carlos é o nome dele

— Olá pai — disse Luiz Carlos muito emocionado.

— Impossível, só posso estar delirando. Meu filho!!!!!! Jamais imaginei que fosse encontrá-lo novamente!!!!!!!

— Eu também não achei que fosse conhecê-lo. Porque você fugiu?! Deixou eu e minha mãe sozinhos!!

— Foi simplesmente para vocês não correrem riscos!! Nós éramos muito po-bres e infelizmente, para pagar as contas pedi dinheiro a um agiota, mas não tive condições de pagar o empréstimo e aquele maluco me ameaçou. Achei que se eu continuasse convivendo com vocês ele poderia lhes fazer algo de mal ou até matá-los. Por isso fugi e pedi para as pessoas que moram aqui por perto, que se alguém viesse a minha procura, teria que inventar alguma desculpa para não prosseguir. Mas parece que você estava seguindo tão bem seu objetivo que conseguiu me encontrar. Bom, era de se esperar, você puxou uma característica minha, eu era realmente determinado.

— Eu estava muito preocupado. Mamãe está muito doente e preciso de algum dinheiro ou alguma ajuda para pagar os medicamentos que ela precisa!

— Fique tranquilo, eu tenho dinheiro guardado para alguma emergência. Te-nho trabalhado aqui como cortador de árvores, que é um serviço duro e, por-tanto, muito bem pago. Mas e se aquele agiota, para quem eu devo o dinheiro descobrir que estou vivo e que voltarei?

— A dívida já está paga! Depois que você fugiu, ele conversou com mamãe sobre essa divida e ela pegou o pouco de dinheiro que tinha e pagou, para evitar outros possíveis problemas.

Então, Luiz Carlos e seu pai voltaram para casa. A mãe estava melhor e con-seguiram comprar os medicamentos. Juntos novamente, viveram felizes.

TEXTO Matheus Mandú Rodrigues dos Santos ROTEIRO E ILUSTRAÇÃO Marina Vieira Moraes Martins, Matheus Mandú Rodrigues dos Santos, Ricardo Daher Gonçalves Dias Teixeira, Victor Brito Ayala

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7º ano A

Alex Grosman Radu HalpernAndré Athayde GimenesAndré Vinicius Melo AranhaBruno Canepa TosiFrancisco Losada TotaroGuilherme Jimenez MarinoJoão Rocha de Lemos Rocco MachadoLuca ContiMatheus Mandú Rodrigues dos SantosPedro de Aguiar FerreiraRicardo Daher Gonçalves Dias TeixeiraRodrigo Peiter Carballido MendesRogério Delfino Alves JúniorTiago Mestriner CostaVictor Brito AyalaAna Carolina Ciseski GonçalvesGiorgia Maria Leme ParriniJúlia Miquelin dos Reis SilvaJulia Moutinho Ramalho PintoLuísa Trigo Gonçalves da CostaMaria Fernanda Pires GalvãoMarina Faria RodrillaMarina ManMarina Vieira Moraes MartinsNatália Bettini Paes Leme

ProfessorasMaria Mercedes RezadorDenise Castanho de Vasconcelos

CRÉDITOS

DireçãoMaria Stella Galli Mercadante

CoordenaçãoVera Lúcia Telles Cretella Conn

Assessoria PedagógicaMárcia das Dores Leite

OrientadoraGláucia de Britto Affonso

Novembro de 2012

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