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O SEGREDO DO DESERTO DE GOBI Ofereço esse livro a todos que mesmo por um instante tenham parado para ver o mundo, não como ele se mostra viciosamente no dia a dia, mas sim pelo plano da imaginação. ITAMAR CORREA LEITE

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O SEGREDO DO

DESERTO DE GOBI

Ofereço esse livro a todos que

mesmo por um instante tenham

parado para ver o mundo, não

como ele se mostra viciosamente

no dia a dia, mas sim pelo plano

da imaginação.

ITAMAR CORREA LEITE

PENSAMENTOS

A imaginação é a porta por onde podemos

escapar, quando percebemos que a nossa

realidade está insuportável.

As realidades coexistentes em cada existente se

conflitam, desde o momento que o existente

começa a pensar antes de agir impulsivamente.

A vida é muito diferente do que conhecemos;

para viver é necessário o mínimo de reposição de

energia extraída da natureza, o resto faz parte do

imaginário coletivo.

A humanidade é tão imaginativa que teve que

criar deuses concebedores e coibidores para

conter ao poder da imaginação humana.

Agradeço ao universo de universos pela

energia e pela sabedoria herdada através

da evolução existencial

O SEGREDO DO

DESERTO DE GOBI

EM UM CENTRO DE OBSERVAÇÃO

ESPACIAL NO INTERIOR DA CHINA,

UM GRUPO DE CIENTISTAS

RASTREAVA O DESERTO DE GOBI NA

MONGÓLIA, VIA SATÉLITE, EM

BUSCA DE VESTÍGIOS DE ANOMALIAS

MAGNÉTICAS QUE ESTAVAM

ACONTECENDO EM RADARES DE

SEGURANÇA NACIONAL, ATÉ QUE

UM DOS CIENTISTAS QUE

MONITORAVA UMA DAS DIVERSAS

TELAS DE QUADRANTES LEVANTA-SE

COM O SEMBLANTE ASSUSTADO E

DIZENDO TER VISTO ALGO

ESTRANHO NA TELA, TODOS

SINTONIZARAM O QUADRANTE QUE

ELE MONITORAVA, MAS NINGUÉM

VIU NADA, ELE CONTINUOU

AFIRMANDO TER VISTO UMA

FORMAÇÃO CIRCULAR DE GRANDE

PORTE, SEUS COLEGAS, POR

PRECACAUÇÃO REGISTRARAM O

QUADRANTE E CONTINUARAM O

RASTREAMENTO, ATÉ QUE OUTRO

CIENTISTA MANIFESTA-SE DIZENDO

TER VISTO A MESMA FORMAÇÃO,

MAS EM OUTRO QUADRANTE E

MUITO DISTANTE DO ANTERIOR,

ONDE FORA VISTO.

ESSE CASO PROVOCOU CONSULTAS

DE OUTROS SATÉLITES, ALGO

ESTAVA ALI EM MEIO AO DESERTO,

ERA ENORME, CIRCULAR E SE MOVIA

EM GRANDE VELOCIDADE.

MAS QUE SEGREDO AS AREIAS DO

DESERTO DE GOBI RESERVAVA, À

TECNOLOGIA DE RASTREAMENTO

VIA SATÉLITES?

UM DOS CIENTISTAS SE ARRISCA

DIZENDO QUE ERA A CIDADE DOS

FILHOS DE DEUS, SHAMBALA A

CIDADE INVISÍVEL QUE

ATORMENTAVA AS MENTES DE

QUEM A AVISTAVA E DESAPARECIA

COM SEUS VISITANTES; O SEGREDO

DO DESERTO DE GOBI, NÃO É SÓ O

QUE AS AREIAS DO IMPLACÁVEL

DESERTO CAUSTICANTE, QUE MEXE

COM O IMAGINÁRIO, MAS É

REALMENTE ALGO QUE ESTÁ LÁ.

O avistamento por satélite, da

possível existência de Shambhala ou

de algo que estava sob as areias

causticantes fosse o assunto mais

comentado nas rodas dos bastidores

do governo chinês, isso vazou ao

mundo ocidental e para a

comunidade científica ocidental, mas

principalmente para alguns que já

tinham um fascínio em especial pelo

assunto; a um Frances, Mr. Jody que

é um proeminente arqueólogo, a um

inglês, Mr. Brian que é um geólogo e

antropólogo, profundo conhecedor

do deserto de Gobi, a uma alemã,

MS. Gisla, antropóloga proeminente

e a uma ruça, MS. Olga, expert em

computação e antropóloga, que

escrevera um livro sobre Shambhala.

Através de inúmeros e-mails trocados entre eles, unem-se para

uma viagem de pesquisa no deserto de Gobi, em busca dessas aparições... Seus auxiliares estavam com certo medo de adentrarem nesse misterioso deserto, mal chegaram a Ulaanbataar na Mongólia e começaram as pesquisas sobre as lendas de Shambhala, parecia que havia muita coisa por saber... Após um dia ali, reunindo mais informações, a Dra. Gisla reúne a equipe e seguem viagem ainda na madrugada fria, para encontrar-se com seus colegas que já estavam em campo, meio encolhida devido ao frio, ela lia o livro que a colega Olga escrevera sobre Shambhala, no carro que a levava.

A imagem que tinha de tudo aquilo era de uma aventura aos confins da realidade humana, pois estava colocando seu doutorado em cheque, tudo que envolvia a

expedição era fantástico, não condizia nada com a ciência... No livro que estava lendo dizia sobre “O reino invisível de Shambhala, que é habitado por seres muito antigos pertencentes aos remotos tempos da 3º Raça Humana, os jurássicos Lemurianos.

Esta 3ª Raça experimentou as primeiras formas humanóides caracterizada pelas diferenças de sexo e modo de procriação ovo-vivíparo e sexuada (fecundação com contato físico; nove meses dentro do corpo da mãe, como "ovóide em desenvolvimento" e a seguir, o nascimento, como uma miniatura de pessoa adulta, para um novo período, mais longo de infinitas complementações existenciais do desenvolvimento físico).

As pessoas da Terceira Raça eram assexuadas, tornaram-se bissexuais

ou hermafroditas (ou ainda, andróginos) e, finalmente, dividiram-se em gêneros heterossexuais, macho e fêmea. Contudo, essa evolução não foi homogênea: enquanto a maioria dos Lemurianos aos poucos se torna sexuados, uma parcela se manteve virgem (assexuada); recusaram a função reprodutiva e tornaram-se "Deuses", uma Dinastia Divinal e imaculada.

A introdução do sexo na ontologia humana provocou acentuadas mudanças de comportamento na Raça: o desejo, que servia como força propulsora da "conservação da espécie", também engendrou desequilíbrios emocionais e, deste modo, o "pecado" surgiu no mundo nas diferentes formas de violência.

Os primeiros sexuados, dotados de desejo e carentes de inteligência, procriaram com animais dando

origem às sub-raças ferozes que não tardaram a se destruir mutuamente - na primeira metade da Era Mesozóica.

Enquanto isso, vetores da geologia, do clima e do Cosmo trabalhavam provocando convulsões climáticas e estruturais no planeta.

Uma era Glacial começava; a humanidade física agora tinha de se proteger dos humores da Terra.

Foi então que, em socorro da Raça manifestaram-se os Nirmanakayas, Serpentes Sábias, Dragões de Luz e os precursores dos Iluminados (Buddhas) - reis divinos que ensinaram artes e ciências.

Estes Iluminados viveram entre os homens até meados do período de

existência da Quarta Raça, a Raça Atlante.

Quando a iniqüidade, os maus instintos, a maldade, enfim, começaram a tomar conta de todos os povos do mundo, a civilização Atlante, decadente, viu seus Reis divinos se retirarem para a remota Ilha ou reino de Shambhala - para uns, Agarthi, para outros - de onde presidiram o fim da Quarta Raça, escapando de um cataclismo e viram o alvorecer da atual Quinta Raça - da qual, agora, testemunham a degenerescência “...

_ Dra Gisla!... Doutora! (o motorista, Sr. Jen, chamando por ela) e com um olhar distante ela responde a ele: _ Sim, já vi que chegamos obrigada!... Sr. Jen, o que sabe sobre o que viemos fazer aqui?

O Sr Jen, já do lado de fora do carro, aproxima-se da janela de onde ela falava e disse: _ Doutora, o que sei é o que muitos sabem, não deveríamos estar aqui para essas pesquisas, se eles quisessem ser descobertos por nós, já teriam feito isso há milênios! (ele sai a reverenciando)

A Dra. Olga aproxima-se sorrindo e se percebia em seus olhos que estava tomada pela magia desse lugar onde eles estavam acampados, a Dra. Gisla sai do carro e a abraça dizendo: _ Minha amiga, que fascinante isso tudo, e aproposito, eu estou lendo seu livro... Ele é muito interessante, ainda mais vindo de uma cética como você!

A Dra. Olga sorri ao ouvir o que a amiga lhe disse, se afasta, abre seus braços ao céu e dá um giro dizendo: _ Isso é mágico minha amiga!... (ela

volta-se para a colega), que sorri e pergunta: _ Olga cadê os rapazes?

A Dra. Olga de pronto responde: _ O Brian está arrumando seus pertences e o Jody foi até aquelas colinas ali!... Eles estão como crianças, não param de me perguntar sobre Shambala!... Vamos lá, vamos ajudar o Brian com suas coisas, ele acha que esqueceu um aparelho e está nervosamente a procura desse.

A Dra. Gisla sorri e acompanha a colega até a barraca do colega, o Dr. Brian, que ao vê-las sorri e abraça a amiga Gisla, dizendo: _ Estou começando a enlouquecer, parece que existe uma maldição nessa Shambala, eu estou começando a entender a maldição de Shambhala!... São casos como o do orientalista alemão Albert Grunwedel, que viveu no começo do século XX e enlouqueceu enquanto

trabalhava na tradução de textos sobre Shambala; atirou-se pela janela e morreu em um momento de insanidade, talvez procurando por algo como eu estivesse até agora! (ele diz isso abraçando fortemente a amiga Gisla, sacudindo-a dentre seus braços)

Essa se recompõe e diz: _ Mas o que você esqueceu afinal?

Ele sorri e responde, voltando a procurar: _ Meu diário, eu sei que trouxe, mas não o encontro!

Ela de pronto retruca: _ Abra outro, depois anexe!

Ele com a voz baixa e olhando para todos os lados, como que se certificando de que ninguém mais, além dos três ali, só que ouviriam: _ Eu tenho dentro do meu diário, um objeto que encontrei em Gobi e esse

é uma chave especial, qual pode abrir a porta do maior segredo da humanidade!

A Dra. Olga aproxima-se dizendo: _ Eu sabia que você tinha achado algo aqui em Gobi, alguns colegas comentaram que você havia achado um metal estranho.

A Dra. Gisla manifesta-se: _ Eu não sabia disso!... Que metal é esse?

Nesse momento entra na tenda o Dr. Jody e dizendo: _ Onde está minha antropóloga predileta?!

Ela com um sorriso espontâneo no rosto se volta a ele e o abraça dizendo: _ Frances maluco, o que você foi fazer lá naquela colina?

Ele sorrindo lhe diz: _ Fui buscar contato com as linhas de energias no deserto;..._ Você sabia que em lugares com pouca influência

humana, se pode chegar a freqüências ultra humanas de comunicação?... _Se pode ver por entre dimensões e mesmo se comunicar com o passado e possíveis futuros de nossa realidade!

O Brian retruca: _ Ou seja, senhoras, o Jody foi tirar uma soneca!

O Jody manifesta-se contrário ao que disse o amigo, dizendo: _ Não é simplesmente uma soneca é um desligamento da realidade coletiva e a conexão com minha realidade pessoal! (Todos riram da explicação do Jody, até mesmo ele)

O Brian recomeça a busca pelo seu diário, quando o Jody percebe o que ele estava procurando e encosta-se a uma mochila que estava pendurada às costas do Brian e introduz algo nela, nesse momento ele se afasta dizendo: _ Bom, eu vou deixar vocês

por um momento, vou tomar um banho para me refrescar e depois nos reuniremos para o jantar!

As moças também se despedem do Brian, que após algum tempo mais de busca do seu diário, também começa a arrumar suas coisas e retira a pequena mochila de suas costas, deixando-a encima do catre, até que em busca de um pente que sabia que estava na mochila, encontra seu diário... Sem entender, mas feliz de ter achado seu diário, confere se dentro desse havia o seu tesouro arqueológico e lá estava o objeto intacto, ele o leva junto à barraca refeitório do acampamento, para mostrar aos amigos o objeto que ele tanto guardou segredo até então.

Ele sentou-se em uma mesa longe dos demais que lá estavam jantando e aguardou aos colegas cientistas chegarem, pouco tempo depois as

duas amigas aparecem na porta da tenda e ele as chama, elas se aproximam cumprimentando aos demais que lá estavam e se sentam ao lado do Brian.

Elas ainda estavam se aconchegando á mesa, quando o Brian retira de dentro da camisa o seu diário, ele sorri e diz: _ Senhoras, achei meu diário!..._ Agora vou mostrar a vocês, o que posso afirmar ser a maior descoberta arqueológica da história..._ Vejam o meu tesouro!... _ Ah, olhem o laudo químico do objeto! (Ele retira de dentre páginas do diário uma lauda da analise química do objeto)

A Gisla pega a lauda nas mãos e com os olhos fixos nessa, murmura:_ Que é isso?..._ Não acredito!..._ Aqui diz que a cadeia atômica desse metal não tem registro!

O Brian faz sinal com a mão para que ela falasse mais baixo e diz:_ Agora o prato principal, vejam... Prestem atenção nas inscrições cuneiformes! (Ele põe na palma da mão o objeto e aponta para uma linha que o circulava com inscrições cuneiformes)

A Olga pega o objeto nas mãos e começa a ler as inscrições cuneiformes e volta-se aos colegas dizendo:_ Aqui diz que esse objeto é um selo testemunhal da terceira raça, mas a cunhagem é perfeita, total simetria... É... Incrível!

Nesse momento o Jody aproxima-se dizendo:_ Vocês não sabem o quanto eu me energizei segurando esse objeto acima da cabeça, lá encima da duna!

O Brian que estava com um sorriso estampado no rosto, fecha a

fisionomia e retruca dizendo: _ Então foi você?... _ Seu canastrão, me deixou procurando pelo meu diário o dia inteiro!

O Jody sorri e responde:_ Mas te devolvi sem nenhum grão de areia junto!..._ Desculpe-me meu amigo, mas era necessário e eu posso explicar o porquê desse meu ato falho!

A Olga sem tirar os olhos do objeto diz:_ Senhores, o objeto esta mais brilhante!..._ Parece que está intensificando a luz refletida nele!

A Gisla pega o objeto, o observa mais atentamente e diz:_ E o mais intrigante é que a faixa onde estão às inscrições cuneiformes está ficando opaca!

O Brian pegou a peça e percebe que justo na faixa das inscrições estava

ficando muito quente e pressionou na toalha da mesa o objeto segurando-o pelas extremidades, quando ele levanta o objeto, eles percebem na mesa estampada parte das inscrições cuneiformes, todos se entre olham e nesse momento se aproximam vários homens da equipe de técnicos que os acompanhavam nessa expedição, um deles, o engenheiro técnico em explosivos, o Mr. Edgard manifesta-se dizendo:_ Senhores vocês estão percebendo a luz que está emanando da mesa de vocês?

E todos ali simplesmente calaram e se entre olham espantados com tal manifestação, o Brian pega a peça e a coloca dentro do nicho de seu diário, a Gisla lhe devolve a lauda, ele guarda por debaixo da camisa o diário e sorrindo diz: _ O que temos

para comer?... Eu estou faminto e vocês?

Todos voltam para seus lugares e os quatro cientistas se servem em silêncio, comem sem proferirem uma só palavra, até que o Brian diz:_ Bom, eu acredito que isso não nos permite divulgar o ocorrido, ao menos até sabermos o que causou essa manifestação no objeto!

Todos concordaram com a sugestão do Brian, O Jody manifesta-se dizendo:_ Creio que tenho que dizer a vocês o que se manifestou a mim projetado desse objeto, quando o expus ao sol lá na duna!... _ Eu estava meditando e lembrei-me de expor ao sol o objeto, pedindo mentalmente e por concentrar-me nele, que me mostrasse o caminho para Shambhala, quando o ergui acima de minha cabeça, o objeto começou a esquentar e eu dirigi

minhas mãos para as suas extremidades e nesse momento uma espécie de micro choque começou em minhas mãos e no mesmo instante uma espécie de esfera de energia me envolveu, me assustei e deixei cair o objeto ao solo e a esfera que me envolveu desaparecera.

A Dra Olga manifesta-se: _ Em minhas pesquisas eu li sobre um objeto esférico, que é uma espécie de veículo de transporte extra dimensional!

A Dra Gisla comenta:_ Eu li em seu livro sobre esse tipo de transporte!

O Dr. Jody confirma:_ Eu já havia lido algo anterior ao seu livro e achei muito fantástico para me chamar a atenção na época, mas agora e após eu quase sair em uma viagem extra dimensional, posso afirmar que quando segurei o objeto com as

mãos em suas extremidades, eu me integrei a uma energia!

O Dr. Brian manifesta-se com o olhar fixo no colega, dizendo:_ Jody, você me tirou o prazer da descoberta, você é um ladrão!

O Jody sorriu e disse:_ Meu amigo, só quis antecipar o que você vai descobrir amanhã e nós, vis mortais ficaremos assistindo, isto é..._ Se você assim quiser que assistamos!

A Olga se manifesta:_ Vocês não fazem idéia dessa descoberta..._ Não se trata apenas de um veículo de transporte..._ É algo muito alem disso, esse objeto é um portal extra dimensional!

A Gisla retruca sorrindo:_ Vocês estão ficando meio atordoados, talvez o cansaço da extenuante viagem até aqui, amanhã veremos o

que aconteceu aqui e também com o Jody, com calma e senso acadêmico.

Todos concordaram com a colega cientista e se recolheram, na manhã seguinte, umas risadas histéricas acordam a todos no acampamento, ao saírem de suas barracas para averiguarem do que se tratava isso, se deparam com o Brian flutuando e conforme o movimento que ele fazia no objeto ele aparecia dentro de uma esfera que mudava de cor, a esfera se aproximou do solo e penetrou nele, como se esse não existisse, todos ficaram espantados com isso, nem mesmo mexeu em um grão de areia e derrepente volta à superfície do solo o Brian dizendo:_ Fantástico!... _ Não tenho como descrever o que senti!

O Jody retruca:_ Eu sabia disso, mas deixei você ter essa sensação, eu

tinha certeza de que você iria fazer isso sozinho, seu mesquinho!

O Brian sorri e aproxima-se do grupo atônito dizendo:_ Eu estive guardando esse objeto por tantos anos e só agora descobri o real valor dele, não tenho como explicar a interação entre o corpo humano e o resto do universo, através desse objeto, mas a sensação é de plena integração, como se não existisse matéria, só o pensamento!

O Jody manifesta-se dizendo:_ Eu senti exatamente isso ontem ao usar o objeto, isso é fantástico e indescritível!

As moças sorriem do duelo dos dois colegas e a Olga se manifesta tentando explicar o que aconteceu:_ Senhores esse objeto emite ondas magnéticas confluentes, formando uma onda magnética esférica e

controlada por impulsos bio-elétricos do cérebro, com isso o portador desse objeto se despolariza e se integra à onda esférica, que responde às ondas cerebrais direcionais é como um pedaço de cortiça que flutua estático em uma superfície líquida e sem receber influência de ondulações nessa superfície, só se deslocará se houver influencia mecânica nessa para tal.

A Gisla concordando com a explicação da colega e diz:_ Exatamente, mas quem ou o que construiu tal tecnologia?..._ É tudo muito fantástico, muito alem de nossa compreensão tecnológica!

O Brian sorri e diz:_ É exatamente isso que viemos descobrir! (Ele volta-se para o Sr Edgard e diz)..._ Senhor Edgard, reúna a equipe, pois vamos fazer umas escavações aqui mesmo no centro do acampamento, achei

algo que precisamos estudar, deve estar há dez metros de profundidade no máximo e creio que há uns dez metros atrás de mim onde estou!

O Sr Edgard, ao ouvi-lo começa a instruir a equipe para que desmontem as barracas e as remontem no outro extremo do vale onde estão agora, o Jody volta-se para o Brian dizendo:_ O que exatamente vamos desenterrar?

O Brian responde de imediato:_ Vocês verão, esperem e verão!... _ Vou deixar que vejam, não vou adiantar nada!

Nesse momento aproxima-se o Edgard dizendo:_ Dr. Brian, eu vou começar a mudar o acampamento, após o café da manhã, por tanto, e assim, até o horário do almoço tudo estará mudado e daremos início nas escavações.

O Brian agradece e faz um pedido ao Edgard:_ Edgard, por favor, tenham cuidado com a remoção do achado é muito valioso!

O Jody, intrigado diz:_ Você está achando que é o rei do pedaço, mas não é seu geólogo arrogante!..._ Por que não nos diz o que achou lá enterrado?

O Brian sorri ao ouvir o colega disse e diz:_ Existe um corpo lá, talvez o dono desse objeto!..._ Eu encontrei aqui nessa região, durante a perfuração de um poço com mais de 50 metros de profundidade, eu estava buscando o solo por baixo dessa areia toda e dei de cara com essa descoberta!

O Jody sorri ao ouvir o que contara o Brian e diz:_ Vou contar para as moças, que Shambhala está mais perto do que imaginávamos!

O Brian concorda e diz:_ Precisamos fazer algumas pesquisas com o objeto, quero saber se ele funciona com várias pessoas juntas na mesma esfera!... Se ele responde a outras espécies alem da humana... Se alem de transporte extra-materia, esse objeto guarda mais alguma surpresa!... Mas antes vamos tomar nosso café, eu estou faminto!

O Jody sorri e diz:_ É, eu já vi que temos muito a fazer aqui em Gobi!

Após o café da manhã, os quatro cientistas se dirigiram para a grande duna, as moças estavam a alguns passos atrás dos dois e ouviam nitidamente as hipóteses e ironias dos dois, sobre quem descobriu o que, até que os dois sumiram na frente delas, a Olga corre até o exato local e não vê vestígios de nada, elas tentam escavar o local com as mãos, mas não havia nada ali e

desesperadas retornam ao acampamento, esse já estava sendo removido para o local determinado pelo Brian, a Gisla chama pelo Sr. Jen, que estava parado e fumando ao lado do veículo ele estava observando as duas acenando para ele.

Elas se aproximam falando atropeladamente ao mesmo tempo com o Sr Jen, que joga o cigarro fora nesse instante e diz:_ Senhoras, onde estão os senhores Brian e Jody?

O Sr. Edgard ao vê-las agitadas, aproxima-se já com semblante de preocupação e dizendo:_ Houve alguma coisa com vocês?... Onde estão os senhores Brian e Joly?

Elas se voltam a ele e se atropelando em explicações e relatos, dizem que estavam atrás dos dois quando esses sumiram no ar, o Edgard se espanta

com o relato das moças e hesita em falar algo, nesse momento o Sr. Jen se manifesta dizendo:_ Não há mais o que fazer por eles, já entraram em Shambhala, agora só sairão de lá mortos... Eu já fiz muitas viagens para esse local e já ouvi muitas histórias, eu mesmo vivenciei certa vez, dois amigos meus, que trabalhavam como carregadores, se adiantaram à frente de nosso grupo e sumiram bem aos nossos olhos, tentamos procurar por eles, até escavamos o solo, mas não encontramos nenhum vestígio deles!

O Sr. Edgard manifesta-se:_ Não podemos aceitar isso, eles devem ter sido tragados pela areia, talvez uma falha na estrutura da duna, eu vou enviar ao local o nosso detector ultrasonografo, ele detecta objetos estranhos à estrutura do solo até cinqüenta metros de profundidade!

A Olga diz:_ Vamos sim, eu conheço esse tipo de aparelhagem de detecção, eu mesma já operei um desses!

A Gisla ao ouvir a amiga, volta-se ao Sr. Edgard e diz: _ É isso, monte uma equipe para acompanharem a Olga nessa sondagem lá no local do desaparecimento e nós vamos nos concentrar nas escavações no local que o Brian determinou, eu acho que lá teremos a resposta para esses sumiços!

O Sr. Jen manifesta-se dizendo:_ Esse é o melhor caminho Dra. Gisla!... Teremos que acordar ao antigo!

Ao ouvirem ao Sr. Jen, eles voltam o olhar para ele, que sorri e diz:_ Isso mesmo, a saída é acordar o antigo, ele poderá mostrar o caminho até Shambala!

Eles então começam a organizar as duas equipes, em pouco tempo já estão em campo com suas tarefas, a equipe da Olga começa a usar o escâner no solo onde sumiram os dois cientistas e nada, por horas seguidas, o Sol já estava se pondo, quando eles já estavam começando a recolher os emissores de freqüências dos quadrantes explorados, acontece um registro muito rápido na tela de telemetria do escâner, parecia ser uma esfera; a Olga fica eufórica com o avistamento e pede que mudem os emissores para outro quadrante, mas nada encontraram mais alguns minutos de rastreamento e resolvem voltar ao acampamento.

As escavações estavam avançando bem, no local determinado pelo Brian, encontraram mais dois objetos como o que fora encontrado pelo Brian, a Gisla os mostra a Olga e as

duas ficam eufóricas com esses achados e se entusiasmam em continuar noite adentro com as escavações, os trabalhadores estavam já cansados com o extenuante trabalho, quando se deparam com uma esfera de energia, que emitia uma luz intensa no local, as máquinas conseguem após várias tentativas, tirarem essa esfera de luz das entranhas da areia, colocam a esfera no solo e focam os refletores de luz para ela, na tentativa de conseguir enxergar através dessa, mas nada conseguem, o Sr Edgard dispensa a turma que estava extenuada, dizendo:_ Senhoras, senhores, acho que devemos deixar essa pesquisa para amanhã, tenho certeza de que não sairá daqui, deixarei um vigia por precaução, vamos descansar!

Durante a madrugada, a luz intensa se propagava por entre as barracas, formando sombras, a Gisla não conseguia pegar no sono e de olhos fixos nessas sombras, como que tentando distrair ao cérebro até chegar o sono, quando percebe uma mudança nas sombras, ela senta-se em seu catre, hesitante em levantar-se, observa que as sombras mudaram completamente e subitamente sumiu, ela levanta-se apressadamente e se veste acordando a amiga Olga, dizendo:_ Olga, acorde... Temos algo muito estranho acontecendo lá fora!... Acorde mulher... Russa dorminhoca!

A Olga dá um salto do catre e mecanicamente se veste rapidamente e sem proferir uma sílaba se quer; a Gisla a acompanha sem comentar nada, as duas se deparam ao sair da barraca com um

vulto, uma silhueta por entre a luz do objeto, elas hesitam em se aproximar desse vulto, até que esse começa a aproximar-se delas e dizendo:_ Olá, eu acordei vocês... Desculpem-me, não era minha intenção!

As duas se entre olham e como ensaiadas dizem:_ Brian é você?... O que aconteceu, onde está o Jody?

Ele se aproxima com um sorriso estampado e dizendo:_ Meninas, que experiência, eu e o Jody fomos tragados por uma fenda que se fechou à nossa volta, o Jody teve a presença de segurar minha mão e eu percebi que era para eu usar o objeto, nos dois o seguramos e fomos envoltos na esfera de energia, mas repletos de areia, mesmo assim saímos daquela situação a quilômetros daqui, nos refizemos e tentamos nos orientar e voltamos

para o acampamento, simplesmente seguindo os impulsos contrários às nossas ordens de caminho, o objeto acabou nos trazendo para cá, meio que contra o que mandávamos seguir!

A Gisla manifesta-se abraçando ao Brian que retribui hesitante, ela sorri e diz:_ Que bom que nada aconteceu com vocês, mas cadê o Dr. Joly?

Ele hesita em responder e a Olga manifesta-se dizendo:_ Alguma coisa me diz, que vocês estão escondendo alguma informação... Cadê o Joly?

Ao perceber que as moças estão aflitas ele responde:_ Calma meninas, o Joly está bem, ele está conversando com o Sr, Jen!

A Olga diz:_ Vamos até eles então!

Ele responde a ela dizendo:_ Vão vocês, quero tomar um banho, tirar

essa areia de minhas entranhas e dormir um pouco!

As duas concordam com o Brian que segue para sua barraca e elas na direção da intensa luz emanada da esfera encontrada, se aproximam do Joly e o abraçam dizendo:_ Frances maluco, o que houve alem do que o Brian já nos relatou?

Ele retribui a alegria das duas com um sorriso aberto e diz:_ Calma senhoras, tudo ficou bem, foi só um susto, se não fosse o objeto na mão do Brian e de eu encontrar a sua mão durante a vertiginosa e inesperada queda, eu não saberia dizer onde iríamos parar!... Mas tudo deu certo, o que está estranho é essa esfera ativada, conhecendo um pouco as funções desse objeto, algo me diz que alguém está vivo dentro da esfera, pois não largou as extremidades do objeto e assim ele

não desativou!... Eu estou instruindo ao Sr. Jen, que se propôs a ficar de vigilância aqui e enquanto isso nós vamos descansar um pouco, pois percebi que o dia foi bem agitado por aqui!

A Olga segura no braço do Joly e diz:_ Ah!... Nós nos esquecemos de dizer ao Brian e essa você vai saber primeiro que ele!... A equipe do Edgard encontrou mais dois objetos iguais ao que o Brian encontrara!

A Gisla confirma dizendo:_ É verdade, nessa você venceu!

O Jody sorri e diz:_ Derrepente eu perdi o sono... Onde estão os objetos?... Não vou conseguir relaxar sem antes botar as mãos nesses objetos!

A Olga sorri e diz: _ Vá tomar um banho, tirar essa areia toda, comer

alguma coisa e daí nós mostraremos a você os objetos!

O Jody aceita a proposta dizendo:_ Boa idéia, mas nada de mostrar os objetos ao Brian antes de mim!

Algum tempo depois, já estava o Jody batendo na barraca das moças e sussurrando:_ Meninas!... Olá!..., Acordem!

A Gisla sai da barraca dizendo:_ A Olga está dormindo, vou mostrar a você os objetos, mas lá na tenda refeitório, já está amanhecendo daqui a pouco, assim já fazemos o nosso desjejum.

Já na tenda refeitório, a Gisla tira de um alforje um pacote em panos, coloca sobre uma mesa e abre lentamente ao pacote, o Jody está imóvel, com olhar fixo nas mãos da Gisla, derrepente o Jody põe as mãos

dele junto às dela e apressado começa a desenrolar os objetos.

A Gisla retira as mãos e sorrindo, diz: _ Parece uma criança afoita, às vezes eu me pego pensando em respostas, do por que de eu te dar atenção, você é egoísta!

O Jody embriagado com a expectativa, nem dá atenção ao que diz a Gisla, ele segura em sua mão um dos objetos e chama a atenção da Gisla que estava ainda reclamando da atitude infantil dele:_ Minha querida Gisla, isso é extraordinário!... Leia o que está escrito!

Ela com um olhar de ódio e puxa ao objeto da mão do Jody dizendo:_ Você não ouve nunca o que digo, sempre tem alguma coisa entre a gente!

Ele entre olhar para o objeto, qual ela sacou-lhe da mão, quanto para os olhos da Gisla, hesita por um momento e diz: _ Você estava tentando me dizer algo e eu não lhe dei atenção, desculpe-me, mas, por favor, não era minha intenção magoá-la de forma alguma, nos conhecemos há muitos anos e sempre a admirei seu jeito especial de ser!

Ela abre um sorriso hesitante, olha fixamente para os olhos dele e diz:_ Aqui está escrito a mesma coisa do outro qual o Brian achou!... Só isso e no outro também!

Ele também abre um sorriso hesitante ao ouvi-la e manifesta-se:_ Sim, eu sei o que realmente você quer dizer, mas sei que nunca havia percebido esse seu interesse, eu tenho isso comigo, nunca sei o que dizer quando devo dizer algo

importante!... Mas vou tentar lhe dar mais atenção!

A Gisla sorri e diz:_ Me desculpe por esse meu jeito grosseiro de falar, mas o que estamos esperando encontrar nessa conversa?... Alem dos objetos aqui sobre a mesa!

O Jody hesita em responder, assente com a cabeça, concordando com a colega, sorri e diz:_ Eu sempre tive a maior consideração por você, te admiro pelo seu caráter e profissionalismo e nunca tentaria insinuar nada para você, pois lhe tenho muito respeito!

Nesse momento entra na tenda o Brian e o Edgard, que ouviram ao que dizia o Jody para a Gisla, o Brian aproxima-se dos dois e diz:_ Espero não ter perdido nada aqui!... O Edgard me disse que acharam mais objetos e gostaria de vê-los!

Sem olhar para o Brian, os dois empurraram aos objetos, misturando-os dentre os panos e na direção do Brian, que amparou aos objetos para que não caíssem da mesa e com voz áspera diz:_ Meus queridos colegas, devo informar-lhes de que não viemos aqui a passeio!... Precisamos de um mínimo profissionalismo aqui!

Enquanto ele esbraveja, os dois se levantam e caminham para fora da tenda, deixando ao Brian falando sozinho, ele volta-se para o Edgard e diz:_ Isso é profissionalismo?

Nesse momento aparece ali, meio sem fôlego, o Sr. Jen dizendo:_ Senhores, senhora, eu tenho uma notícia para dar a vocês!

A Gisla põe a mão no ombro do Sr. Jen e diz:_ Calma meu amigo, o que existe de tanta importância?

O Sr. Jen respira profundamente e diz:_ Sim é muito importante, ele acordou, o antigo acordou!... Igual ao que contam as lendas dos antigos, ele acordaria e mudaria a humanidade!

Os colegas ao ouvirem o que disse o Sr. Jen correram na direção da esfera e ao se aproximarem, se deparam com uma presença de um ser humanóide com cabeça de réptil, ele tinha aproximadamente uns dois metros de altura e vestia uma túnica de um tecido reluzente e de cor azul, seu pescoço alongado ostentava a uma corrente com uma espécie de medalhão, qual essa sustentava.

O Ser estranho, sem hesitar, se aproxima deles dizendo:_ Não temam a mim, sou de paz e em breve irei regressar ao meu povo, por tanto necessitamos conversar muito e em pouco tempo!... _ Gostaria de ter a

presença de todos desse acampamento, por favor, vão chamar a todos!

O Sr. Jen e o Edgard saíram por chamar aos demais no acampamento, começam em pouco tempo a chegarem, o ser antigo, como assim o trata o Sr. Jen, fica imóvel a espera, a cada um que se aproxima o choque em se deparar com tal figura é desorientador.

O Brian se aproxima do ser e diz:_ Estamos todos aqui senhor, o que tem a nos dizer?

O ser se manifesta então:_ Sou Shin, mestre do tempo de Shambhala e fiquei aguardando vocês a alguns meses, pois necessitava alertar a todos vocês sobre um grande perigo que vocês correm aqui, tentando desvendar o segredo de Shambhala, não que o perigo seja Shambhala,

mas sim um ser criado por Shambhala é um ser de energia, no principio ele era um campo de força, uma proteção para Shambhala; mas ficou descontrolado e hoje somos prisioneiros desse ser, mesmo com tanta tecnologia, o meu povo não consegue anular o Nian ele prevê nossos passos e intercepta qualquer ação contraria ao seu domínio;... Por isso simulei minha morte, como uma forma de acesso a vocês sem que ele saiba!

O Sr. Joly manifesta-se dizendo:_ Sr. Shin, eu acredito que ninguém tem mais dúvida desse problema que vocês enfrentam, mas o que poderíamos fazer para auxiliá-los?... Acredito que somos muito inferiores a vocês, tecnologicamente e fisicamente falando!

O Sr. Shin responde prontamente:_ Na verdade, em nada poderiam nos

ajudar diretamente, mas indiretamente sim... Todos da equipe de vocês perecerão por causa do Nian, ele provocou deslocamentos do solo e vocês foram tragados... Eu disse foram, pois isso irá acontecer em breve, ou não, vocês tem muito pouco tempo!... _ eu simulei o meu perecimento junto com vocês, eu já falei com vocês muitas vezes e fizemos várias tentativas de extra-transportar ao grupo todo, devido a imprecisão de reentradas temporais, cheguei a deixar vários indícios que acelerassem o processo de contato entre nós, alguns se perderam no tempo de vocês... Esses extra-transportadores que sua equipe desenterrou antes de mim, foi o que restou de vocês na última tentativa, infelizmente não posso levar vocês comigo, em meu extra-transportador, pois sou a única chance de vocês conseguirem se

salvar do Nian... _ Temos que ser rápidos, restam poucos minutos, quero que se juntem em círculos, pondo as mãos sobre as mãos dos outros, vamos formar dois círculos, por favor, Olga segure um extra-transportador e Gisla ao outro, cada uma de vocês será o centro de um círculo, quero que todos visualizem Shambhala como sendo o centro do universo, o núcleo de cada uma de suas células, por favor, que sejam rápidos nessa formação!... _ Precisamos sair daqui agora!

Ao ouvirem ao Sr. Shin, todos se entre olham e começam a formar os círculos, a Olga volta-se ao Brian, buscando um dos objetos, ele rapidamente entrega um a ela e o outro à Gisla, os círculos se formam rapidamente, a equipe de trabalhadores se acotovelam por um espaço aos círculos e quando as

moças unem as mãos nas extremidades dos objetos ele envolve a todos em cada círculo; A Olga grita repetitivamente a palavra Shambhala, todos no seu círculo a acompanham; A Gisla em seu círculo repete a palavra Shambala rapidamente:_ Shambhala, Shambhala, Shambhala!

Percebem então uns vultos ao redor da esfera formada por cada círculo, um dos vultos se aproxima e gesticulando faz sinal para que elas parassem de segurar as duas extremidades dos extra-transportadores, a Olga de imediato atendeu às gesticulações e desfez a esfera largando uma das mãos do objeto, nesse momento o Sr. Shin caminha até a outra esfera e em segundos gesticulando, a Gisla o acata.

O Sr. Shin estava radiante de alegria, outros da raça dele se aproximam radiantes e cumprimentam aos da equipe e ao Sr. Shin, ele e os de sua espécie repetem a saudação:_ Bem vindos à Shambhala!

Após esse júbilo de boas vindas, a equipe perdera o receio de estarem dentre colossais répteis hominídeos em suas túnicas brancas, mas mesmo naqueles rostos temíveis de répteis, os olhares de todos ali eram ternos, transmitiam a paz.

O Jody aproxima-se do Sr. Shin e diz:_ Parece que estamos em uma clareira!..._ Onde estamos?

O Sr. Shin responde:_ Em Shambhala!... _ Shambhala não é uma cidade ou nave, ela é uma dimensão... Shambhala é um universo e o portal dentre nossos universos é o deserto de Gobi, cujo

guardião é o Nian!..._ Nós temos conexão com muitos universos e nesses, em milhares de planetas vivos como o de vocês, qual conhecemos como o planeta Hú.

A Gisla aproxima-se deles e diz:_ Sr. Shin, por que ter guardiões nos portais?

Ele de pronto responde:_ Por causa de outra espécie reptiliana, os krons, eles são comedores de mamíferos superiores, eles existem em bandos, dominam nossa tecnologia extra-dimensional e são muito mais fortes que nós os Shan e como não podemos com eles, desenvolvemos esses seres de energia, os Nian são controlados por nossas mentes e não fazem mal a nenhuma espécie, menos o Nian de Hú, seu planeta... Esse se rebelou, não aceita nosso comando, creio ser por motivo

próprio aparentemente está em ordem!

O Joly retruca:_ Como ele é feito de energia, não há como desativá-lo?

O Sr. Shin sorri e diz:_ É um ser vivo, em sendo não podemos interferir em seus propósitos!... E o Nian não está pondo em risco a humanidade, ao contrário, se os Krons abrirem o portal, eles perecerão!

O Joly retruca:_ Isso é que é um bom cão de guarda!

A Olga e o Brian se aproximam e o Brian diz:_ Sr. Shin, qual o objetivo de vocês, em nos trazer para sua dimensão?... Poderíamos ter saído daquela situação e irmos a qualquer lugar em nossa dimensão!

O Sr. Shin responde prontamente:_ É que preciso mostra a vocês o real objetivo de minhas viagens

temporais para salvá-los do destino que o Nian reservava a vocês!... É certo que eu poderia fazer isso em qualquer lugar de sua dimensão, mas quero mostrar a vocês, algumas coisas no tempo daqui e depois iremos viajar pelo tempo em sua dimensão.

O Joly manifesta-se:_ Mas todos nós?

O Sr. Shin responde sorrindo:_ Não, o pior já passou... O Sr. Jen e os outros da minha espécie irão cuidar do bem estar do resto da equipe enquanto estivermos fora.

O Joly, intrigado pergunta:_ O senhor conhece ao Sr. Jen?

O Sr. Jen manifesta-se:_ Sim, eu faço parte dos guardiões do portal dos deuses!

O Sr. Shin diz:_ Durante o desenvolvimento de sua espécie, nós

aproveitamos para desenvolver um grupo hereditário, que trata de proteger ao portal, não permitindo que ninguém ultrapasse os limites de Nian, mas creio que o Sr. Jen como herdeiro, não seguiu as regras e assim vocês e muitos antes pereceram..._ Agora quero oferecer a todos, algo para comerem, por favor, reúnam-se em círculo no centro da clareira.

Todos acataram ao pedido do Sr. Shin e como magia aparece uma mesa circular, repleta de alimentos, no centro do círculo formado por todos ali na clareira; Os anfitriões puxam ao lado esquerdos deles a alavanca que trazia um acento até eles e todos da equipe copiaram a ação e acomodaram-se ao redor da mesa fartaram-se em meio a muitas histórias extraordinárias dos anfitriões.

O Brian com os olhos arregalados diz:_ Os alimentos mais deliciosos e exóticos que já saboreei... Eles são por essência, compatíveis com os alimentos de nosso planeta!

A Olga sorri e diz:_ Meu Deus, isso está uma delicia!

Todos os anfitriões sorriem e o Sr. Shin manifesta-se:_ Tudo aqui nessa mesa é fruto de nossa imaginação e do poder que desenvolvemos em manipular a matéria à nossa volta!

O Joly manifesta-se:_ Senhor Shin, não sei como, mas acabo de pensar em um prato em especial e esse apareceu em minha frente!

A Gisla sorri e diz:_ Joly cuidado com seus pensamentos a mesa!

Todos os da equipe, começam a pigarrear e a rir, a Olga levanta-se e diz:_ Eu devo estender a observação

da Gisla a todos os rapazes aqui presente!

O Sr. Shin sorri da situação e diz:_ Nós somos como aos humanos, nossa base alimentar é exatamente a mesma de vocês, então não fica difícil elaborarmos pratos que façam os gostos de vocês humanos, pois temos os mesmos gostos!... A materialização dos alimentos é por manipulação das orbitas de sub-partículas elementares, que são a base da matéria, com o domínio das ondas bio-magnéticas temos como manipular a essas, transformando em tudo o que quisermos, assim suprimos nossas necessidades fisiológicas, que dividimos em necessária e prazerosa, como o almoço que oferecemos a vocês!

O Joly retruca:_ Ainda bem, mas não é mesmo?

O Sr. Shin sorri e responde ao retruco do Joly:_ Sim, você tem razão, pois nossos primos, os Krons agora estariam se fartando de vocês!..._ Infelizmente eles não querem desenvolver a existência, vivem por um período muito curto e desde o nascimento são levados a animália de predador, mesmo com essa vivência curta deles, apresentam uma inteligência superior, pois eles copiam nossa tecnologia e isso nos dá muito trabalho pelos universos a fora, coibindo a colheita deles!

A Gisla de olhos arregalados manifesta-se perguntando:_ Sr. Shin, a colheita que o senhor se refere é de humanos?

Ele responde prontamente:_ Sim, eles desenvolveram a raça humana para o prazer que eles têm às caçadas, vocês são híbridos, a genética de vocês recebeu muitas

informações implantadas por eles, para que providos de raciocínio rápido, os fariam reagir e fazerem mecanismos de defesa contra eles, a ausência de pelagem em vocês é para uma melhor digestão, a constituição óssea bem frágil e de fácil dissolvência, mas nutridos de muita proteína e da astúcia de enfrentarem aos seus algozes... Existem humanos semeados em muitos planetas e em quase todos os universos onde temos o domínio dos portais extra-dimensionais!

O Brian volta-se ao Sr. Shin e diz:_ O que somos então é alimento e diversão para os nossos criadores?

O Sr. Shin responde:_ Sim, mas infelizmente para eles, em Hú eles se deram por vencidos, vocês tiveram a chance de evoluírem, após um cataclismo que quase dizimou a vida no planeta Hú, isso causou um

distúrbio no portal e os Krons que ficaram em Hú pereceram e outros não puderam voltar para a colheita... _ Bom, assim que vocês quiserem, nós iremos viajar por minha dimensão, tenho muito a mostrar a vocês, preciso prepará-los para o que terão que fazer por sua dimensão e aos planetas de colheitas dos Krons!

Os quatro se levantam quase que imediatamente juntos, o Sr. Shin levanta-se e diz aos seus que continuassem a servir aos demais e chama aos quatro que os acompanhassem ele pega o transportador e pede que os quatro coloquem suas mãos sobre as dele, a esfera se forma e eles desaparecem na frente de seus amigos da equipe.

Quase que instantaneamente eles visualizam outra paisagem, que se aclara assim que o Sr. Shin desativa o transportador, ele pede aos quatro

para que os sigam, caminham por entre uma formação rochosa até uma saliência de uma rocha imensa e mostra um esqueleto, aparentemente humano fossilizado na rocha, ele volta-se para o grupo e diz:_ Nós não sabemos a origem temporal desse fóssil, mas podemos crer que existe essa rocha a mais de um bilhão de anos do seu tempo, esse lugar todo é um museu a céu aberto, que criamos para estudos dos universos, essa rocha e outras mais, que ainda vou mostrar a vocês, foram retiradas de seu planeta e transportadas para cá; por esse fóssil podemos observar que vocês evoluíram de tamanho e tecnologias... Vamos, tenho mais a mostrar a vocês!

A Gisla sorri ao ouvir o que relatou o anfitrião e diz:_ Infelizmente, em nossa era, temos um impeditivo para

que divulguemos essas descobertas paleolíticas!

Eles caminham mais um pouco e o Sr. Shin pede ao grupo que parasse, aponta para uma espécie de laje de argila, aparentava ser o leito fossilizado de um lago, ele volta-se ao grupo e diz:_ Dentro desse lajedo fóssil existe uma nave criada pela humanidade, aparentemente essa nave tem vinte milhões de anos anteriores a hoje, conforme o tempo em seu planeta;... Essa nave foi localizada por acidente, nós estávamos procurando sinais de vida nesse lajedo fóssil!

A Olga manifesta-se:_ Eu sabia que havia algo estranho nos registros históricos da evolução humana na Terra, quero dizer, em Hú!

O Sr. Shin confirma dizendo:_ Sim, há uma lacuna de milhões de anos entre

os hominídeos e a humanidade em Hú, mas isso porque os Krons ainda criavam o plantel deles, a humanidade levou algumas eras para evoluir, após a interferência genética que os Krons fizeram; Muitas raças se desenvolveram a partir dessa interferência, algumas raças hibridas ainda continuam servindo de alimento a vocês humanos, isso é uma das heranças genéticas dos Krons, pois vocês receberam de herança deles muitos dos seus maus costumes, prazer em guerrear, caçar, inteligência superior e outra sorte de sentimentos passionais.

Os quatro se entre olham ao ouvir o relato do Sr. Shin; a Gisla manifesta sua opinião dizendo:_ Eu não me vejo como essa descrição sua!

O Sr. Shin sorri ao ouvi-la e diz:_ Isso porque vocês estão evoluindo,

começaram a superar o criador, por isso é que começamos a protegê-los dos fins para quais vocês foram projetados, existem civilizações humanas, já muito mais evoluídas que vocês, isso em diversos mundos pelos universos a fora... _ Bom, por aqui já mostrei o que queria para vocês, agora quero levá-los para a dimensão de vocês, em alguns dos planetas habitados em seu universo!

O Jody estampa um sorriso e diz:_ Não mereço isso... Eu vou conhecer outros mundos?

O Sr. Shin sorri ao ouvi-lo e diz: _ Na verdade Dr. Jody, nós temos a herança do universo de universos em cada uma de nossas células e nossas memórias tem registros subconscientes de todas as raças que se interligaram até esse momento... A minha raça tem aproximadamente cinco bilhões de anos de evolução...,

dos anos como vocês contam... e trazemos esse conhecimento evolutivo, conscientes de nosso real estado evolutivo, desde nosso primeiro bilhão de anos, até que criamos o conceito de consciência plena;... Tudo no universo de universos é interligado, mas a memória hereditária, de linhagens diferentes deixa essa consciência em bloqueio durante a vida de um existente, por conflito de egos, que inconscientemente as deixam de herança para as suas próximas gerações, tornando a existência um círculo vicioso e com poucas possibilidades de se evoluir existencialmente.

O Brian percebe o que está tentando dizer o Sr. Shin e manifesta-se dizendo:_ O senhor quer dizer que a sexualidade faz a evolução existencial conflitar-se, por receber

herança genética de duas vias existenciais?

O Sr. Shin sorri e confirma gesticulando e diz:_ Sim, levo como exemplo o transportador, para que eu possa usá-lo juntamente com outros a transportar, temos todos que pensarmos em um só objetivo, se apenas um de nós se recusar ao objetivo, o transportador fica em deriva extra-universal, até que retomemos o mesmo ideal, ou seja, não adianta de nada a tecnologia de amplificação de ondas bio-magnéticas cerebrais do Extra-Transportador, pois ele só responde ao comando único da consciência existencial que o opera;... Isso nos remete a responder a sua pergunta, com a seguinte pergunta:... Como poderias seguir dois caminhos que se divergem, ao mesmo tempo?... Um seria real e outro ilusório ou então

alternando os caminhos, ora em uma realidade pessoal, ora em outra... Esse transtorno de realidades deixa muito pouco espaço para a evolução existencial e faz com que o existente busque por saídas ou refúgios em realidades coletivas, que inconscientemente buscam a mesma resposta, deixando suscetíveis os existentes aos anseios de alguns que acreditam que o poder sobre os outros existentes seja o caminho!

O Brian retruca:_ Isso faz sentido!

O Jody sorri e diz:_ Imagine o quadro, nós sermos assexuados, o prazer existencial é a essência do sexo!... _ Não há porque existir sem essa condição!

A Gisla sorri e manifesta-se dizendo:_ Essa reação, Jody, mostra quão ligados aos prazeres tórpidos que a sexualidade mescla para a única

finalidade de extensão da espécie, nossos ícones de poder e beleza se resumem em um só objetivo inconsciente, extensão da espécie... Eu entendi perfeitamente o que quer dizer o Sr. Shin, a miscigenação evolui a memória mecânica e bloqueia a evolução da essência existencial, que é o compartilhamento do todo!

O Sr. Shin sorri e confirma o que a Gisla disse:_ É exatamente isso!... Acredito que agora poderemos ir, pois tenho muito por mostrar a vocês!

A Olga manifesta-se dizendo:_ Sr. Shin, essa nave é feita de que material?

Ele responde de pronto:_ É feita de madeira e resinas!... A datação leva à vinte milhões de anos, conforme o tempo que vocês contam!

Eles formam o círculo ao redor do Extra-Transportador e no mesmo instante eles são envoltos pela esfera de energia, durante a formação do círculo, o Sr. Shin disse para que imaginassem o planeta Terra em uma época remota e momentos depois, já visualizavam outro ambiente ao redor da esfera.

A Olga se afasta do grupo, com o olhar fixo no céu e isso chamou a atenção do resto do grupo, a Gisla se aproxima da amiga e diz:_ O que são aquelas coisas no céu?

O Sr. Shin antecipa-se em responder:_ São naves, eles estão vindo nos receber!

O Brian põe sua mão acima dos olhos, como um sombreiro e olhando fixamente as tais naves, diz:_ São esferas como essa que usamos?

O Sr. Shin responde:_ Não, essas são iguais a que está fossilizada naquele lajedo.

O Jody volta-se para o Sr. Shin e diz:_ Como eles sabiam que estávamos aqui?

O Sr. Shin sorri e responde prontamente:_ Eles são a quarta raça, vocês irão conhecê-los em breve!..._ São telepatas.

A Olga manifesta-se dizendo: São lemurianos?

O Sr. Shin responde:_ Sim, eles são os lemurianos, uma raça de paranormais e são tão grandes e fortes como os Krons..._ Coexistem com vocês contemporaneamente, eles são os guardiões da quinta raça, a qual pertencem vocês humanos atuais em seu planeta.

O Joly manifesta-se:_ Eles estão chegando perto!

O Sr. Shin sorri e diz:_ Eles só tem cara de mau, mas na verdade eles são seres superiores!... _ São herdeiros da minha espécie, que sofreram modificações genéticas, ou seja, os Krons fizeram um frequenciador de matéria, através da tecnologia do Extra-Transportador, esse frequenciador molecular faz com que um óvulo se auto-fecunde e assim fizeram muitos testes com fêmeas de diversas espécies, até chegarem a um hibrido satisfatório, que pudesse satisfazer seus prazeres de caça, esses híbridos foram inseridos no ambiente de um planeta visinho ao Hú ou Terra, como vocês o chamam e eles se multiplicaram;... Os Krons não contavam com a surpresa da natureza, que fez os lemurianos que também são

simbióticos dos Entrantes, evoluírem paranormalmente e em inteligência superior, isso dificultou muito a colheita periódica que os Krons faziam nesse planeta, até que em uma das colheitas, um grupo de lemurianos conseguem penetrar na mente de um dos caçadores kron e o fizeram transportá-los, para que saíssem de um cerco que faziam outros caçadores krons, assim esse Kron os trouxe para Hú... Aqui eles se organizaram e se multiplicaram, auxiliaram aos hominídeos sobreviventes do último cataclismo, aqui implantados pelos Krons há milênios, como plantel de colheitas futuras, com tecnologia de cultivos, armamentos, curas e ensinamentos existenciais.

A Gisla manifesta uma dúvida:_ Sr. Shin, os Krons voltaram aqui desde

que os primeiros lemurianos chegaram?

O Sr. Shin sorri e diz:_ Sim, vieram até o novo cataclismo, qual os krons presenciaram e onde muitos deles pereceram, então abandonaram por centenas de milênios ao Hú e isso elevou as chances de evolução do povo daqui, ainda mais com a ajuda dos lemurianos!... Falando nisso, olhem, eles estão aterrissando suas naves... Eu sempre me emociono quando as vejo de perto!... Eles estão chegando.

Nem bem o Sr, Shin termina de falar, aparecem os lemurianos, seres com mais de três metros de altura, corpos fortes e rostos atarracados, aparentavam possuir pouca visão periférica e suas narinas eram quase que imperceptível e o maxilar inferior salientava ao queixo, tinham

a cabeça fina frontalmente, mas alongada lateralmente.

Seis lemurianos se posicionaram a frente do Sr. Shin e o reverenciaram e esse retribuiu a reverencia, por alguns instantes só se olhavam, não proferiram nenhuma palavra, os quatro cientistas, pasmos se entre olham, até que o Sr. Shin volta-se para eles dizendo:_ Desculpem por isso, mas os lemurianos só se comunicam por telepatia, que, aliás, foi desenvolvida na espécie por não possuírem cordas vocais sofisticadas que possibilite a modulação de palavras, mas só conseguem se comunicar entre eles e com os de minha espécie;... Aqui nessa época de Hú, ainda não havíamos pensado em proteger os portais, através do Nian, então desenvolvemos um meio de comunicação com os lemurianos por telepatia!

Os quatro cientistas, ao ouvirem a explicação do Sr. Shin, reverenciaram aos lemurianos, que retribuíram as reverencias; o Sr. Shin sorri e diz:_ Eles estão agradecendo a presença de vocês e querem relatar a vocês diretamente, por favor, abram suas mentes para possibilitar o contato telepático.

Em pouco tempo, eles começaram a sentir uma dormência no couro cabeludo, como que um leve choque elétrico, mas não passou disso para a Gisla, o Brian e ao Jody, somente a Olga conseguiu conectar-se com os lemurianos, ela diz em voz alta:_ Sim!... _ Estou ouvindo vocês, sim!

O Sr. Shin sorrindo diz:_ Olga você foi a única que conseguiu o contato com os lemurianos, agora você será a interlocutora entre eles e seus colegas.

A Gisla manifesta-se dizendo:_ Poxa, por que nós não conseguimos o contato?

A Olga fica imóvel e de olhos fechados, esboçando sorrisos esporádicos por alguns segundos, o Sr. Shin gesticula aos outros para que aguardassem a Olga manifestar-se e ela sorri largamente, volta-se aos colegas e diz:_ que maravilhosa a explicação que eles me deram!..._ Primeiro se apresentaram, da esquerda para a direita, o Jorake, o Marunke, o Lareko, o Garake, o Legake e o Moruke... _ O Jorake disse que irão buscar um instrumento que eles inventaram para se comunicarem com os Imukes, como tratam os humanos aqui, eles fazem questão de se comunicarem com todos nós ao mesmo tempo.

Ela nem bem terminara de falar e um deles se dirigiu até a nave que estava

próxima deles; O Jody acompanhou ao lemuriano e parou de fronte à nave e começou a admirá-la, era imensa, uma esfera com mais ou menos trinta metros de diâmetro, a esfera estava suspensa no ar, a única parte da nave que quase se encostava ao solo era a escada que se abriu ao se aproximar o lemuriano, esse ao começar a subir, volta-se para o Jody e gesticula com a mão chamando ao Jody, que sem hesitar vai até a escada e começa a acompanhar o lemuriano, havia mais um lance de escada transversal ao patamar da escada que subira, ele sobe esse lance e se depara com uma plataforma com altura de cinco metros, suficientemente para a altura dos lemurianos que mediam por volta de três metros de altura; Nessa plataforma existiam catres e armários e rodeando as paredes, havia janelas, eles levavam vários

arcos e muitas flechas, uma escada vertical levava à outra plataforma, o Jody subiu até lá e percebeu que haviam várias piras acesas e suas chaminés iam até o teto dessa plataforma, a altura dessa plataforma era de cinco metros, havia uma escada vertical para o teto dessa plataforma, mas estava fechada e o Joly resolveu voltar à plataforma anterior, o lemuriano estava aguardando a ele com uma espécie de jarro de cerâmica com um canudo feito de bambu, o lemuriano colocou a boca naquele canudo e o Joly ouve uma voz saindo do jarro, dizendo:_ Nossa inventividade não agride a natureza, somos completamente servis à natureza, a nave é de bambu e forrada de um couro fino extraído de um peixe que se reproduz em abundância e nos serve de alimento, a sustentação da nave é por ar quente e o sistema

direcional é através das chaminés das piras, que são alimentadas com banha desse mesmo peixe.

O Jody, estupefato reverencia ao lemuriano, sem proferir nenhuma palavra; O lemuriano põe a boca novamente no canudo e diz:_ Sr. Jody, por favor, queira me ajudar com esses aparelhos, vamos levá-los aos outros.

O Jody pega dois desses jarros e os leva até aos outros; O Sr. Shin estava explicando a Gisla sobre o hipocampo e os cristais de cálcio que se formam nessa região do cérebro e que possibilitam a transmissão e recepção de ondas cerebrais em um raio de cinco metros e em alguns casos isolados, até a muito mais que isso; O Jody aproxima-se dos lemurianos e entrega-lhes os jarros com os canudos, eles de pronto começam a se comunicar em uma

língua que muito diferente do que se entendia, era uma forma de proferir sons que ajudavam a conexão telepática com todos ali, mesmo que tivessem impedimentos devidos ao hipocampo.

O Garake manifesta-se dizendo:_ O Sr. Shin explicou satisfatoriamente ao impedimento que alguns têm quanto à paranormalidades, esses cristais são formados por uma substância segregada pelo cérebro, agregando as partículas de cálcio, que se cristalizam e continuam a se agregarem até que se manifestam as paranormalidades no existente.

O Brian se manifesta dizendo:_ Todos os existentes podem se comunicar telepaticamente?

O Garake responde:_ Sim, alguns conseguem rapidamente esse acúmulo de cristais e outros precisam

estimular o cérebro para que isso aconteça, mas todos os existentes podem de um instante para outro, desenvolver paranormalidades... No caso dos da minha espécie, nós somos frutos de uma anomalia genética, na verdade fomos criados só para servirmos de alimento e prazer para os krons, nós não temos a fala, mas temos massa corpórea que se auto reproduz e que era só o que precisávamos ser, mas eles não previam nossa inteligência superior e nossas paranormalidades herdadas dos Entrantes, no princípio os krons nos deixavam livres em nosso planeta, vinham quase sempre e promoviam às caçadas, devido nossa constituição corpórea dificultávamos em sermos caçados e isso lhes dava muito prazer, com o passar das gerações, os Krons vinham esporadicamente e quando vinham, só colhiam aos que de nós eles

matavam e iam embora, isso se repetiu por milênios, até que um hecatombe interplanetária aconteceu; Uma explosão solar de grande magnitude abalou o sistema orbital dos planetas do sistema solar, do qual esse planeta também faz parte, o planeta começou a se alterar rapidamente, a cada ciclo solar mais alterações, secas prolongadas, diminuíram as visitas dos krons, nós percebíamos que algo de ruim estava acontecendo, mas não tínhamos como evitar, ou nos salvar de uma eminente hecatombe.

O Marunke intervém dizendo:_ Nosso povo não tinha essa tecnologia que vocês estão presenciando aqui e as condições que encontravam de sobrevida estavam enlouquecendo o nosso povo, os oceanos subiram acima do nível subitamente, terremotos, furacões e

erupções vulcânicas eram constantes, mas sentíamos que estávamos confinados a um destino único, o fim de um planeta.

O Garake continua sua explicação:_ O planeta, como nós sabemos agora, se fragmentou e virou um cinturão de asteróides, mas isso é cíclico, esse cinturão de asteróides se agrega formando o planeta novamente, isso a cada novecentos mil ciclos solares de Hú, que é como chamamos esse planeta que estamos... A confluência magnética do Sol, com as ondas magnéticas do centro da galáxia são quem provocam essa desintegração e reintegração do planeta Ex e faz todos os planetas que orbitam o Sol, também alterarem seus ciclos climáticos, suas placas tectônicas, os fluxos de magma e as mares, isso resulta em muitas perdas de existentes e em uma série de

modificações na geografia desse planeta, estamos criando essas naves para tentar salvar o maior número possível de existentes que conseguirmos... Antes de virmos para cá, a nave Kron pousou no planeta Mú, que é irmão desse planeta aqui, lá as conseqüências foram muito graves e os mares evaporaram a atmosféra, que era muito parecida com essa atmosfera rarefez-se, nós saímos de lá e fomos acolhidos aqui pelos Imukes e estamos aqui há milênios.

O Sr. Shin volta-se para os quatro e diz:_ Vocês estão entendo a gravidade da hecatombe?... Em breve a era em que vocês estão irá sofrer uma hecatombe, toda a estrutura geopolítica da civilização de sua era irá perecer, uma infra-instrutora de salva-guarda deverá ser providenciada com a máxima

urgência... Por vocês terem alta credibilidade mundial é que escolhi vocês para divulgarem ao eminente hecatombe..._ Existe em sua era, existentes ainda inconscientes, mas programados com soluções para situações como essa, vocês devem ativá-los.

O Brian manifesta-se dizendo:_ Seria muito bom se tivéssemos uma prova disso, pois tudo é inacreditável!

A Olga ao ouvir ao Brian, acrescenta dizendo:_ Vamos levar ao conhecimento do público o Extra-Transportador!

A Gisla intervém dizendo:_ Mas como encontrar esses programados e como foram programados?

O Sr. Shin de pronto responde:_ O Sr. Jody saberá explicar a vocês!

O Jody da um sorriso hesitante ao ouvir o Sr. Shin e diz:_ O que o senhor quer dizer com isso?

O Sr. Shin sorri e diz:_ Você tem um histórico de sonhos estranhos desde criança, relate isso aos seus amigos!

O Marunke se antecipa dizendo:_ Os entrantes estão por todos os universos e os existentes que foram infectados pelo vírus entrante, sofrem uma alteração no Hipocampo, que possibilita a conexão extra-dimensional entre existentes de todos os níveis de freqüências vibratórias e assim podem se comunicar e repassarem informações atemporais e aespaciais.

O Jody hesitante diz:_ Bem... Eu... Já tive sonhos nos quais eu tinha contato com pessoas estranhas e que me ensinavam muito, mas faz muito

tempo que não tenho esses sonhos!... Mas nada ao vivo, só em sonhos!

A Gisla diz gesticulando:_ Vai Jody!... Desembucha logo o que você aprendia!

Ele hesita e diz:_ Desde ainda muito criança, eu tenho sonhos com estranhos, que me ensinam coisas com as quais nenhuma universidade sonharia em ensinar;... Na verdade, nem eu acredito!

O Brian sorri ao ouvir o amigo e diz:_ Eu tinha certeza disso, você é fruto de experiências extraterrestre!

O Sr. Shin interrompe a brincadeira dos colegas dizendo:_ Sr. Jody, por favor, concentre-se!... O senhor deve concentrar-se em lembrar-se dos ensinamentos que recebera e o mais importante, localizar as pessoas que,

como você, também devem assumir suas funções!

A Olga aproxima-se do Jody e o rodeia dizendo: _ Eu só não entendi o porquê de você e outros terem sido escolhidos, pois se eu consegui receber a telepatia dos lemurianos, eu deveria também ter esse tipo de comunicação!

O Jody sorri e diz: _Olga eu não sei o que te dizer sobre nada disso, nem ao certo sei se isso que estamos vivenciando é real!

A Gisla volta-se ao Brian e lhe dá uma leve cotovelada, dizendo em voz baixa:_ Pergunte ao Sr. Shin, se poderíamos visitar os Imukes!

O Garake manifesta-se, antecipando-se à resposta do Sr. Shin e usando ao aparelho de fala, diz:_ Sim, vamos levá-los até uma aldeia próxima,

daqui podemos ir andando, se quiserem!

A Gisla contesta a forma de ir até a aldeia andando, dizendo:_ Ah, eu gostaria de conhecer a nave por dentro, assim eu faria as duas coisas, conhecer aos Imukes e a uma nave dessas!

A Olga manifesta-se dizendo: _ Eu também, não vejo a hora de entrar nessa nave!

O Brian retruca:_ Senhoras, segurem esse ímpeto!

O Jody sorri e comenta:_ Sabe esse prateado exótico da nave?... É o efeito de micro escamas, a carenagem toda é feita de couro de uma espécie de peixe e bambus!... É muito simples e funcional!

O Brian sorri ao ouvir ao amigo e manifesta-se:_ O Sr. Shin já havia dito isso, lá na dimensão dele!

O Sr. Shin intercede dizendo:_ Eu mostrei a vocês uma dessas naves incrustada em uma lama fossilizada... Agora vamos à aldeia?

Os lemurianos se levantam e começam a caminhar até a nave, os quatro cientistas os acompanham, quando, o Sr. Shin chama pelo Jody:_ Sr. Jody, venha comigo vamos andando, o senhor já conhece uma nave por dentro e até seu funcionamento.

O Jody sorri e aceita seguir a pé na companhia do Sr. Shin, em meio ao caminho o Jody começa a perceber que não estão só no caminho até a aldeia, um vulto se desloca acompanhando os passos deles, ele

se volta para o Sr. Shin e comenta:_ Acho que estamos sendo seguidos!

O Sr. Shin concorda gesticulando com a cabeça e diz:_ Eu sei, estou aguardando que se manifeste, eu lhe chamei nessa caminhada por isso.

O Jody ao ouvir o que disse o Sr. Shin, para e volta-se para a direção do vulto e observa por entre os arbustos que se tratava de um menino, que se aproxima e logo após, um homem com semblante de oriental vem logo atrás; o Sr. Shin os reverencia e esses reciprocamente respondem com reverencia e o menino manifesta-se:_ Você também é simbiótico?

O Jody hesita em responder e olha rapidamente para o Sr. Shin e volta-se ao menino dizendo:_ O que você quer dizer com simbiótico e quem são vocês?

Os dois estranhos sorriem e o homem com semblante de oriental manifesta-se dizendo:_ O Tato perguntou a você se és um simbiótico, mas ele sabe que és!

O menino sorri e diz:_ Não tema, eu sou como você, meu corpo primário é da mesma dimensão que você tem o seu... Aqui eu sou apenas cópia, mas você foi trazido aqui pelo Sr. Shin em matéria e não só consciência... Nós simbióticos podemos estar onde desejarmos e na forma que desejarmos, basta que deixemos que a massa de slétrons conduza as subpartículas elementais na materialização da forma desejada, na verdade para que isso aconteça, temos que nos transferir para o subconsciente e nos projetar para onde desejarmos, assim nos materializamos em qualquer dimensão e lugar, somente com a

nossa essência mental como guia, mas sem perder a referência matriz, se não corremos o risco de ficarmos presos em uma condição e nossa matriz se esvai!

O Jody sorri ao ver o menino explicando tudo aquilo e diz:_ Rapaz, você está afiado em explicações!... Mas de onde você tirou essas idéias?

O Sr. Shin sorri ao ouvir o que disse o Jody e manifesta-se: _ Eu combinei com o Sr. Xiang, para que ele trouxesse alguém de sua dimensão aqui, pois assim você abriria mais sua mente sobre o fato de ser um simbiótico dos entrantes!

Antes que o Jody pudesse manifestar-se, o Xiang manifesta-se sorrindo e dizendo:_ Minha raça não existe mais como a de vocês, somos energia apenas, a essência de nossas mentes, meu povo conseguiu

desenvolver uma tecnologia muito diferente da de vocês, assim e após bilhões de anos do seu tempo, começamos a manipular vírus e transferimos toda a nossa essência de realidade pessoal a corpos microscópicos, os vírus Entrantes, isso possibilita a nos adaptarmos em qualquer ambiente e condição e a transitarmos por entre dimensões, pois o vírus é a forma orgânica básica e de fácil construção com elementais, mas podemos viajar na forma que o Tato lhe descreveu há pouco!

O Tato manifesta-se:_ Quando eu digo simbiótico é sobre os vírus Entrantes que me refiro... Eles estão dentro de nós, mas alguns desenvolvem a extra comunicação e outros não!

O Jody manifesta-se dizendo:_ Mas se o Sr. Xiang é extra dimensional, você também é extra dimensional?

O Tato sorri e responde:_ Não, eu sou igual a você, somos simbióticos, você está aqui com seu corpo matriz e eu com minha réplica essencial.

O Jody com tom de perplexidade, diz:_ Mas que fim leva essa réplica, quando você volta para sua dimensão?

O Xiang manifesta-se:_ Esse corpo se desintegra no momento que a essência retorna ao corpo matriz;... Na realidade o próprio corpo matriz é uma réplica de linhas de memórias genéticas hereditárias, a essência existencial, no princípio é diplóide, pois recebe dos progenitores haplóides as informações cromossômicas da linhagem genética do pai e da mãe, as memórias

genéticas de ambos os progenitores são quem guiam a formação do diplóide gerado, assim com o decorrer existencial se forma a essência haplóide, nasce o eu, essa essência é quem dita as regras de conduta ao haplóide que se forma, criando a essência existencial;... O corpo réplica é apenas matéria Elemental agregada pelas informações da essência existencial.

O Tato sorri e diz:_ Mas nós podemos nos transformar em que ou quem quisermos, pois a essência existencial não tem forma física!

O Sr. Shin manifesta-se abruptamente e em voz alta: _ Protejam-se!

Todos se voltam para ele e o pacífico Sr. Shin expunha suas garras e

dentes, emitindo um grunhido estridente, no mesmo instante, uma grande ave terrestre se aproxima deles, saindo do nada, por entre a densa floresta, grunhindo e agitando a cabeça e suas curtas asas; a gigantesca ave ataca e o Sr. Shin se põe à frente do grupo, a ave hesita e muda o trajeto, tenta rodear o grupo, para atingir com seu bico em forma de bico de papagaio ao mais vulnerável, o Sr. Shin vai acompanhando a grande ave, gesticulando e grunhindo para essa, que rodeava o grupo freneticamente, até que se ouve um grunhido estridente e diferente aos dois opositores ali, era um grupo de Imukes com conchas à boca emitindo um som ensurdecedor, a ave se espanta e some dentro da densa floresta, com isso, os Imukes se aproximam e o Sr. Shin manifesta-se na língua imuke, dizendo a esses que

eles estavam indo a aldeia para conhecê-los e um Imuke se manifesta dizendo a eles que os acompanhassem até a aldeia.

O Jody ainda pálido por causa do ataque inesperado tenta se comunicar com o grupo de Imukes, gesticulando e estampando sorrisos, o Tato se manifesta dizendo:_ Não adianta assim, fica muito difícil eles interpretarem a você, tente a extra comunicação, você pode!

O Xiang sorri e diz: _ Tato, não deve dizer o que ele deve ou não fazer, é dele a escolha da variante a tomar!

O Tato sorri, olha para os Imukes e diz na língua desses:_ O meu amigo aqui ainda não tem fé nele mesmo!

O Imuke mais novo do grupo aproxima-se do Tato e diz: _ Eu sou Urok, sou filho do grande chefe!

O Tato sorri e diz:_ Nós todos somos irmãos, desde que pensemos, mesmo que tórpidamente... Somos irmãos, por tanto, somos filhos do universo de universos.

O Urok sorri e diz:_ Você é muito estranho menino!... Eu sou filho de Konrak o grande chefe!... Os lemurianos dizem a mesma coisa e eu não entendo isso!

O Jody manifesta-se:_ Que interessante!... Eu escuto palavras estranhas, mas entendo perfeitamente o que vocês estão conversando!

O Xiang sorri ao ouvir o Jody e diz:_ Quando falamos usamos impulsos bio-elétricos neurais e esses impulsos em forma de ondas cerebrais se propagam no universo, essas ondas são frutos da essência da consciência universal e essa tem linguagem única

O Jody confirma com a cabeça, ter entendido a explicação do Xiang e o Urok lhes diz:_ Vamos para a aldeia, aqui está ficando perigoso, um bando de Raptor pode aparecer e nos atacar!

O Xiang sorri e diz:_ Não temam ao ataque desses viventes, eles estão entretidos em outra caça agora!

O Urok volta-se ao Xiang e diz:_ Como voce pode saber isso?

O Xiang sorri e responde:_ eu segui a eles em freqüência mental e percebi que eles estão se alimentando agora e não nos importunarão.

O Tato sorri e retruca:_ Estão de barriga cheia já!

Enquanto caminham para a aldeia, eles brincam com esse assunto, até o Urok estava fazendo graça com as gigantescas aves pouco tempo

depois o Jody avista as grandes esferas pairando acima das árvores, eles se aproximam e deparam com uma imensa muralha, ao se aproximarem mais o Jody percebe que a aldeia não é cercada e sim um monte artificial, a cidade fica encima desse monte, ao se aproximarem mais, uma espécie de gôndola desce até eles, essa estava sustentada por uma espécie de guindaste, que era um troco imenso de arvore que tinha um contrapeso de pedra no outro estremo, atrelado a cordas manipuladas por vários Imukes, o Jody fica contemplando aquela eficaz engenharia de transporte e ele ouve o chamarem, ele se volta na direção da voz e percebe a Gisla sorrindo, ele vai até ela e os dois se abraçam, a Gisla olha nos olhos do Jody e diz:_ Isso aqui é fantástico, eles tem até encanamento de gás para as lâmpadas, no subterrâneo da cidade

tem tratamento de água e produção de gás, todas as casas tem higiene e hidráulica, iluminação a gás... Só falta telefone e televisão! (ela ri pelo que disse e o Jody também)... A Olga e o Brian se aproximam dizendo a mesma coisa, sobre a cidade.

O Urok chama a atenção de todos, dizendo:_ Meu pai o grande Konrak vai receber vocês agora!

Eles acompanham ao rapaz, por entre ruas, até chegarem a uma praça e qual ao centro havia uma construção grandiosa, rústica, mas muito bem elaborada, lá havia colunas de troncos gigantescos e alguns desses estavam sendo capeados por tijolos, havia alguns degraus que levavam a uma imensa porta de madeira entalhada, eles entram e se deparam com um imenso saguão com várias pessoas vestidas de mantos feitos de pele de

animais e peles de peixes, eles estavam conversando em grupos e ao verem ao grupo de estranhos, os reverenciavam enquanto eles se dirigiam até um salão com uma mesa enorme ao centro e no final uma elevação com um trono e nesse, sentado estava o grande Konrak, o supremo Imuke, o unificador das tribos, suas vestes eram feitas de pele de peixe e ornadas com pedaços de bambus e pedras coloridas.

O Urok vai até seu pai e se põe ao seu lado e de lá apresenta o grupo ao seu pai:_ Grande Konrak, esses são visitantes de outros tempos e queriam conhecer nosso reino!

O Rei Konrak os reverencia e diz:_ Viram o que os deuses vivos nos ajudaram a construir?... Sou muito grato aos deuses por esse progresso e união das tribos Imukes, antes só nos matávamos, hoje só

progredimos, não falta mais alimentos e nos protegemos de doenças e das feras e de nós mesmos!

A Olga se manifesta: Grande Konrak, eu percebi que sua aldeia é toda subterrânea, pois as casas não têm mais que um cômodo, seria por acaso acesso aos cômodos de cada uma das casas?

O Konrak sorri e responde:_ Sim todos os aposentos das casas são no subsolo e as construções acima são apenas o acesso e conservam o estilo simples que vivíamos antes dos deuses nos ajudarem a evoluir, mas esse estilo de cidade se dá por tradição, pois nossos antepassados vieram do céu em uma cidade como essa, por isso nós homenageamos nossa origem construindo cidades nesse formato!

O Sr. Shin manifesta-se dizendo:_ Essa primeira cidade é para onde vamos, após essa visita de vocês ao Rei dos Imukes!

O Brian arregala os olhos e sorri dizendo:_ Quer dizer que iremos conhecer a origem da espécie humana?

O Xiang sorri ao ouvir ao Brian e manifesta-se:_ Senhores e Senhoras vou deixá-los, tenho que levar o Tato para casa, Senhor Konrak, agradeço ao equilíbrio de sua excelente administração ao reino dos Imukes, o conhecimento adquirido pela evolução de vocês será de muita ajuda em eras futuras, continuem a evoluir!... Senhor Shin, agradeço sua iniciativa... Vocês cientistas, muito há para ser descoberto, o que estão vivenciando hoje, lhes será muito útil no futuro de cada um de vocês!

O Xiang reverencia a todos, seguido pelo Tato, os dois sorriem e desaparecem em meio a todos.

O Sr Shin volta-se ao Rei Konrak e pede permissão para que os cientistas visitassem a uma moradia, de pronto o Rei Konrak, com um gesto magnânimo permite e eles então se despedem do Rei e sua corte e saem do recinto reverenciando a todos e reciprocamente lhes reverenciavam.

O grupo sai do palácio e começa a caminhar por entre ruas da grande aldeia e escolhem uma das casas para entrarem, observam que existe uma escada, eles descem e se deparam com mais escada, assim foi por nove lances de escada, eles estavam a nove andares abaixo da cidade, era um saguão circular os moradores já os esperavam, eles tinham um sistema de iluminação a

gás, sistema de água encanada e tinham um banheiro que alimentava um biodigestor, que produzia o gás que aquecia e iluminava a própria casa.

O grupo de cientistas estava assombrado com a tecnologia simples e eficaz, A Olga faz uma pergunta à dona da casa:_ Senhora, o que se come normalmente aqui?... Desculpe-me, mas eu não vi aqui lugar para se fazer comida!

A dona da casa sorri e dirige-se até uma espécie de cone e diz:_ Nós comemos o que todos comem é só pedir!... Quer ver como?

A Gisla sorri e aproxima-se das duas, dizendo:_ Desculpe-me, mas a senhora está dizendo que esse é um interfone?

A senhora sorri e responde:_ Sim, vou demonstrar... (a senhora encosta a boca no tal cone e fala)... Alo... Preciso conexão com a cozinha... Cozinha?... (uma voz responde)... Sim!... (a senhora então faz um pedido)... Por favor, enviem para a família Perkron alimentos e mais cinco visitantes, que comerão com a família.

Enquanto esperam pelo alimento, a senhora faz outra chamada pelo cone:_ Alo... Minha filha, as pessoas não Imukes estão aqui!

Uma voz responde:_ Queria estar ai, mas não posso?

A Gisla ao ouvir a voz, diz:_ Que pena que ela não pode estar aqui... Mas de onde ela está falando, que seja tão difícil estar aqui e por que a voz é masculina?

A dona da casa responde sorrindo e muito naturalmente:_ Ela está em uma plataforma de plantio e só desce quando a Min completa um ciclo!

O Sr. Shin sorri e diz:_ Min é a Lua como vocês conhecem e o ciclo corresponde a um mês do seu tempo e a voz é masculina, pois é retransmitidas por lemurianos nesses aparelhos que lhes dá voz!

O Brian aproxima-se e diz:_ Nos conte mais sobre essa plataforma!

A dona da casa responde prontamente:_ Para não ofendermos a natureza, temos plataformas flutuantes, para todo tipo de produção as placas de argila que forram as paredes, manilhas para condução de gás, água e voz, utensílios domésticos, alimentos, tecidos e remédios... Usamos

plataformas flutuantes para podermos trabalhar, mas sem agredir a natureza!

O Jody manifesta-se dizendo:_ Mas como essas plataformas se mantêm flutuando?

O Sr Shin sorri e diz:_ Eu estava esperando essa pergunta... Tudo no sistema dessas cidades primitivas aos olhos de vocês é muito mais avançado do que a tecnologia que vocês em sua época usam... Vou explicar desde o Cone fone... Eles utilizam manilhas para conduzir, água para uso domestico... Gás para a iluminação e voz... Existe um centro de comunicação telepática que conecta as casas com qualquer lugar no planeta, o funcionamento é simples: os telepatas recebem a conexão por voz e telepaticamente se conecta com outro telepata, seja lá onde forem as distâncias

longínquas no planeta e retransmitem a resposta... O biogás produzidos dos dejetos da casa é um subproduto dessa água negra, através de uso de bactérias e esse biogás ilumina e aquece a casa, também é extraído um gás primário, o hidrogênio e esse é usado para manter flutuando as plataformas e também veículos particulares, dos quais eu irei mostra a vocês um em funcionamento... Eu fiz questão de trazer vocês nessa época para que sentissem o quão ínfimo é a tecnologia agressiva que vocês desenvolveram... Aqui nessa época, os Imukes ainda não desenvolveram a telepatia, mas irão desenvolver conforme evoluem... Após desenvolverem eles estarão livres do Cone fone e dos flutuadores, irão perceber que a natureza é apenas um fundo para a essência existencial... Vocês viram e se

deliciaram em minha dimensão, Shambhala é o resultado dessa evolução existencial.

O Jody comenta:_ Isso é extraordinário, se parece muito com alguns sonhos que tive!

A Olga sorri e diz:_ Isso é inacreditável... Toda essa comodidade, comunicação global, meio de transporte aéreo, produção industrial que não agride a natureza... Isso é utopia plena!... Pelo visto não há dinheiro circulante entre os Imukes!

O Sr Shin sorri e responde:_ A única riqueza aqui é o respeito mútuo, dos governantes até as mais singelas crianças nessa época, isso é a essência da evolução... Não há ícone de poder, religião e bens... Aqui as pessoas são donas de suas casas e preservam a integridade familiar,

ninguém fica sem fazer suas funções, desde que estejam em plena saúde e alegria.

Os cientistas se entreolham o Brian manifesta-se dizendo:_ Acredito que a humanidade precisaria mudar completamente o modo de ver a realidade coletiva, para que houvesse uma retomada da verdadeira evolução existencial.

A dona da casa os convida para a refeição, eles se sentam e se deliciam com a comida Imuke, uma salada de vegetais, queijos e suco de frutas.

Após a refeição, o Sr Shin levanta-se e diz:_ Bom, agora quero mostrar a vocês o veículo de transporte dos Imukes... Vamos lá?

Eles se despedem da família que os acolheu e foram para a rua, o Sr Shin vai até uma espécie de galpão, retira

um objeto parecido com uma mala, abre e desdobra o que parecia ser uma lona feita de pele de peixe, encaixa um cano que vinha do solo e começa a encher o objeto, começa a criar forma, parecia um charuto gigante e com asas, a base era o objeto que fora aberto no princípio da ação, um Imuke se aproxima e entra no objeto, suas pernas ficam livres e mal tocam o chão, pois o objeto estava começando a flutuar, o Imuke encaixa seus braços nessas asas, o Sr Shin sobe na garupa do objeto, o Imuke dá impulso com as pernas e o objeto sobe, o Imuke começa a movimentar as asas e o objeto começa a mover-se no ar, os dois circundam o quarteirão, sobrevoando as casas, pareciam uma imensa ave voando livremente no ar, derrepente o Imuke para de bater movimentar as asas e o objeto começa a descer , quase ao solo o

imuke começa a movimentar as asas, os seus pés tocam o solo levemente, ele dá uns passos e o objeto começa a desinflar, os dois saltam do objeto, o imuke começa a dobrá-lo encaixa dentro do objeto, fecha-o e o leva ao galpão.

Os cientistas estavam boquiabertos com o que viram, o Jody sorri e diz:_ Eu já havia visto isso em um sonho, me lembrei agora, que loucura, nunca imaginei em presenciar isso!

O Sr. Shin sorri e diz aproximando-se do grupo:_ Os lemurianos que inventaram isso, eles são muito criativos!... Eu fico maravilhado com a simplicidade e eficiência desse objeto voador!... Bom vamos nos despedir do rei e dos seus súditos e vamos para casa!

A Gisla se manifesta:_ Sr. Shin, onde vivem os lemurianos?

Ele responde prontamente:_ No ar, os poucos que vem ao solo são os que trabalham no serviço de comunicação, geralmente são os mais idosos que fazem esse serviço, eles vivem nessas imensas esferas, se alimentam de peixes crus e frutas, a vida deles é em função do bem estar dos Imukes... Agora vamos nos despedir de todos?

Após a despedida, todos se transportaram para o acampamento, os auxiliares estavam sentados sob a sombra da barraca refeitório, pareciam estar em transe hipnótico, a Olga aproxima-se do grupo, estranhando o comportamento, ela chama, acenando com a mão aos outros cientistas, eles se aproximam, já percebendo a forma de olhar dos auxiliares, o Jody manifesta-se dizendo:_ Isso é transe hipnótico, eu acho que os habitantes de

Shambhala não querem que essa gente saiba o que realmente aconteceu!

O Brian manifesta-se contrariamente ao que diz o Jody:_ Não entendo... Nos fez vivenciar tudo aquilo por quê?

A Gisla ao ouvir a pergunta do Brian, mostra a ele o cilindro e ele sorri e diz:_ É verdade, com esses objetos em mãos, poderemos começar a divulgar o que nos pediu o Sr. Shin!

Nesse instante, começam a se levantar os auxiliares, se entreolhavam, como se acordando de um breve cochilo, o Sr. Edgard volta-se para o Jody e diz:_ Esse calor nos deixa sonolentos após o almoço, desculpe!

O Jody sorri ao ouvi-lo e diz:_ Eu sei, acabo de acordar também... Sr.

Edgard reúna os equipamentos, vamos levantar acampamento... Vamos embora... Tudo que queríamos saber, nos já sabíamos!

O Sr, Edgard hesitante diz:_ Mas acabamos de montar o acampamento!

O Brian ao ouvir ao confuso engenheiro, sorri e diz:_ Recebemos um comunicado via rádio, o governo da Mongólia nos quer fora daqui!

Os quatro cientistas se entreolham num ar de cumplicidade, a Olga dá um grito, olhando para todos, que pararam com o que faziam e boquiabertos, ficaram esperando a explicação do súbito grito da Olga, ela sorri hesitante, se desculpa, volta-se para os outros cientistas e diz:_ Sumiu da minha mão o cilindro!

A Gisla, no mesmo instante percebe que o qual ela estava segurando, também sumira e diz:_ Gente o cilindro que eu portava, sumiu também, mas sinto ele ainda!... Olga será que esses objetos só se tornaram invisíveis?

A Olga diz:_ Se for isso vai ser difícil de achar, pois quando eu percebi que ele sumira eu me desesperei e se ele existia a areia engoliu!... Como fazer para encontrar agora o objeto?

Os cientistas se entreolham e o Jody dá uma idéia:_ Se nós enrolarmos o objeto que esta na mão da Gisla, assim preservará a esse, já o que estava com a Olga, não tem como detectarmos e esquecemos esse!

Os quatro cientistas sorriem, Pareciam estar vivenciando uma miragem coletiva, causada pelo sol causticante de Gobi, eles se abraçam

sorrindo e quando o Jody abraça a Gisla, os dois se afastam se olham fixamente e se beijam.

FIM?

SHAMBHALA