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PREÇOS: No Rio*. $500 Nos Estados.$600 O TICO -TOCO I ANNO XXVIII 0 Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores RIO DE JANEIRO, 24 DE JUNHO DE 193' Uma viagem imprevista tXontinuação) N. 1.342 No porão do "Cap Argola". onde Carrapicho e Goia- bada se occultaram. grandes caixotes mal arrumados... .. . cornam de um para outro lado. á mercê das vagas que agitavam o navio Em vão os dois desventurados... i. .procuraram deter aquella massa pesada que os espre mia, ameaçando-cs de morte horrível Goiabada não.. ... podia mais. e a despeito das recommendações de Car- rapicho. abriu a bocca pedindo soccorro. e berrou tanto... 1 \^//^'\ 7]>J ví\-arV^^ ^JIhl .. que despertou a attenção dc um marinheiro Esta- «/am descobertos! Irremediavelmente perdidos! O mari rinheiro compíehendera . ...tudo PasiUü-Uiti então a mão pesada e levou-os. trêmulos e derretido»' em suores (rio», á presença da commandante(Continua).

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PREÇOS:

No Rio *. $500Nos Estados .$600O TICO -TOCO

I ANNO XXVIII

0 Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores

RIO DE JANEIRO, 24 DE JUNHO DE 193'

Uma viagem imprevistatXontinuação)

N. 1.342

No porão do "Cap Argola". onde Carrapicho e Goia-bada se occultaram. grandes caixotes mal arrumados..... . cornam de um para outro lado. á mercê das vagas queagitavam o navio Em vão os dois desventurados...

i. .procuraram deter aquella massa pesada que os espremia, ameaçando-cs de morte horrível Goiabada já não..

... podia mais. e a despeito das recommendações de Car-rapicho. abriu a bocca pedindo soccorro. e berrou tanto...

1 \^//^'\ 7] >J ví\ -arV^^ ^JIhl

.. que despertou a attenção dc um marinheiro Esta-«/am descobertos! Irremediavelmente perdidos! O maririnheiro compíehendera .

...tudo PasiUü-Uiti então a mão pesada e levou-os.trêmulos e derretido»' em suores (rio», á presença dacommandante (Continua).

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O TICO-TICO 2í — Junho — rS31

Grande Concurso ie São João tf 0 Tico-TicoConforme estava annur.ciado. encer-

rimos no dia 10 do corrente o recebi-mento de soluções deste grande certa-me, cujo sorteio será realizado dentrode poucos dias. No próximo numero da-remos a relação final dos nomes dosleitores que enviaram soluções.

Eis a continuação dos nome» do*fconcurrentes que entrarão em sorteio.

701 — Aldo Weber Vieira da Rosa702 — Ludovico Júlio Frizzaria703 — Zelia Appareeida Laino704 — Altiva de Assis Pereira705 — Marina Guimarães706 — Kdda Pcdrario Soares707 — Cecília Alves Ramos708 — Elza da Silva Guimarães709 — João Baptista710 —- Carlos Alberto Dias Pereira711 — Heloisa da Fonseca Rodrigues

Lopes712 — Ocircma Barq. Neves713 — Nelson) Porto da Silva Dores714 — Waldir Pereira d. Castro715 — Hélio Luiz Mendes716 — José Antônio Mathias

<717 — I.eda de Souza Vin'i•718 — Aurelia Villani719 — Catharina Villani720 — Stella L Martinez7_'l — Manoel Peixoto Ginordani121 — Alcides Ro-723 — Onofre Jcbim Rosslcr•724 — Carmelita Villani725 — Adriano Martins Jr.726 — Nuno Alvares Pereira727 — Yára da Cunha S:!\v:ra028 — Newton Machado

- Jani de Arruda Câmara730 — Cecília Coelho da Silva•731 — Juracy Amaral Man uso7'2 — Neuza Amaral Mattoso733 — Eleuza Xavier de Azevedo734 — Sylvete Mendonça de Freitas735 — Helbar Penha Valle

João R. da Sih737 — Abel Duarte738 — Mario dc Mello Leilão7 — Waldemiro de Siqm i

Ruth Azcr741 Manoel Domingos Comes Filho742 Marisa Vianna Antunes743 Maria Rossini744 Lucilia dc Oliveira745 Dorival Soares746 Zilma Silva747 Io*úia Vicente Lor-c»'748 Túlio Tavares:749 F.va Si babe Bandeira;750 Leda de Faria Pinto"751 Francisco Caetano Vieira T752 Lygia Coutinho dc Faria753 Ivaldo Furialit754 — Ildcfonso Tawares Paes755 — Vivaldo Coracy Soares da Gama756 — Maria dc Lourdc» Barros M757 — Fausto Vianna Castilho758 —• Maria de Lourdes Oliveira759 — Fernando Fogliati060 Paulo Garcia dc Oliveira•761 Paulo Rodarte MachadoT 2 Diva Pentagna763 —¦ Fsraeralda Teixeira dc Mello764 Nculza Cavalcanti

Leda Gil Sarandy700 — Vera David de Sanion

767 — Maria da Graça «Martins768 — Luzua Barhoza Machado

Francisco P. Veras770 — Joaquim Leonardo dos Santos771 — Lauro Augusto Gomes772 — IMmir Domingues da Silva.773 — Creusa Tavares da Silva774 — Raymundo Baldcz Ital >775 — Nelson Corrêa Gondim

Georziris Colombo777 — I-"ilomena Lotufo77S — laymc Pimenta7?) — Adriano Tomazoni

Eurydice Antunes Mesquita781 — liaria P. Nasscr782 — Pérsio Ribeiro Porto783 — America Gonçalves Duarte784 — Sebastião M. Rodrigues Filho785 — Arnaldo Hartog786 — Marcello Bidart da SiN-a7V7 — Maria Costa Figueiredo788 — Maria Helena Vaccari789 — Nadir Debuse790 — Rosa Pacheco da R-7')1 — Sebastião Penedo

Hilda Grohmann dc OliveiraZelia Peixoto

794 — Talvannc YouqgMagdalena roa Lima

Dalila Aonila797 — Alencar Leandro798 — José Maria, Ferreira da S'!va799 — Ceíina Denizart Martini800 — Álvaro de Andrade801 — Odylson Forret8*12 — Geraldo Azevedo Villela803 — Oscar Freire804 — Milton Barroso <!e Campoi

Flmano dc Oliveira LagoRachel N"vo de Macedo

807 — Gustavo Nunes Leite808 — Maria Leonor Pirassinunga809 — Joaquim Chaigneau Machado

MartinhoSylvia Fortes Ruch

811 — Fdda Pedrario Soares812 — Neyde Gonçalves GouicS813 — Helina I814 — Octavio Conceição de Mendonça815 — Armando Hacfcbart

— Eduardo da Silva Aihayle817 — N< .818 — Luiz F.miHo de Macedo819 — Noemia Machado820 — Ruth Lopes Bandeira

Maria Eugenia BarretoS22 — Waldomiro GuarnicriR23 — Dcci) Corrêa de OI;824 — Maria do Carmo OI-

Adail M. Guimarãesc Cardo>o Ni

Que reme d/ql/Sã co/z/M (JÕPOQ

DtNTB?PRfE//?A SEMPRE —

CêrêdoD?LustoSã

S27 — Alfredo Odilon Duarte N828 — Maria Alice Duarte829 — Antônio Jovino <!a Fonseca830 — Maria d> Carmo J. da Fonseca831 — Noemia Francisca MunizM2 Schocair833 — Fernando Tavares834 — Beatriz O! i Leite835 — Paulo Ezer cie Alencar Almeida836 — Eloiza Alonso Duque Estrada837 — Jayme C Vianna838 — Anathalia Malta Lootcns839 — Antônio Bra-alio de Oliveira

teves840 — II ria éo ('•• ¦ • da Cesta Ra-

mos841 — Kiniiiii Marcos Frauçois812 — Rubens Joaí da Cesta843 — Kdinea Tararrs de Mello844 — Orlando NascimentoS45 — Lacsaao (.umes dc Pinho84') — José Falcão de Mendonça847 — Paulo Ayres Falcão de MendonçaK4S — Darcy de Souza Cardoso' — Orlando Esteves de Mattos850 — Antônio Esteves dc MattoiS51 — Pedrina de Carvalho1 — Luiz da Cunha Braga853 — Jorge Soares TibauS5t — l;i«é afaria de Arruda Novita855 — Gilberto R. Ratto

Miguel Cardcnio Pereira Tire*857 — Luiz de Luca858 — leda Carrazedo859 — Marilia Dias Leal860 — Emiio Amorim da Cruz861 — Olavo Clareia

n Garcia863 — Sétimo Provenzano864 — Miguel Provenzano

iettinha Ccres Aragão Va-liante

I.udma Frotta867 — Orlandina Duarte de Carvalho808 — Ventura Fernandes Alves869 — Aklcmyr da Silva e Souza870 — Mauricio Savim Grilb871 — Francisco Luiz Santos Per-Maria José Garcia Ribeiro873 — José Felizardo874 — Maria Appareeida do Nascimento875 — NaiWe Varella876 — Oswaldo C dc Souza877 — Paulo da Rosa Corria878 — Dolly Joncs879 — Et hei Bauzcr380 — Maria José Coutinho Man,Ma881 — Maria das Dores Machado

- Valcntim Moreira Filho883 — Hélio Barretto Lins884 — Nilda Posada5£5 — Rvbcrto Geraldo de Oliveira C=n-

tizani886 — Neuza Barrozo887 — Fredy c Dulce !888 — Jadyr Sou:889 - \ramis Sayio890 — Maria de Lourdes Lima891 — I.ucinda Augu-ia Ali892 — 1 Iclios Amaral893 — Francisco José Rodrig.894 — Sylvia Obcrlandcr895 — Mario Cardoso Fonte «o Ar896 — Maria de Lourdes Figneiredo897 — Mario Rocha Aguiar898 — Marij Rocha Aguiar900 — Adhaurv da Cni c R

l

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2\ — Junho — littl — 3 — 0 TICO-TICO

A CARIDADEA caridade, unia das mais liellas

viftudea da alma, consiste no de-votamento desinteressado ao nosso; ãuio.

[n pirada oo amor <lc Deus. «piemais sublimes exemplos

de caridade, tem i>or base — "Fa-zer aos outros o que desejámos queuns façam". A caridade é compa-nheira inseparável da bondade) cpara liem exercel-a é necessário quenos sintamos fortes para o sacrifi-i ', promptos ine sof-

. ra alguma cousa de nóa mesmRespeitar c> direito, allieios não

prejudica a quem quer que st ia.causando d< . mostrar-se ho-

to era toil« >.- os actos <!e vida, éser justo; auxiliar ao opprimidc,

o, esclarecer o igno-rante, cuidar dos enfermos, é serca: A caridade não consisteunicamente na protecção (pie «lis-pensamos ao primeiro pobre queencontramos, na esmola que deixa-mos cahir il 'inerte no P

um infeliz.Ser caridoso não c s('( abri

tudo, mostrar indul-cia pelas faltas de ontrem, dar

iios, dissipar os cr'preveni' .: iiiimi-

perigos tpic mi, de-fcndel- ra as injurias <? ilumnlas acdmpanhando-oá nas dô-

que os attinjam.iecer trabalb ie ca-

i . .11 de meios d« tencia ctainl>cin praticar a caricomo renunciai dos benefícios a quetenhamos direito c d^ prazeres davida em favor dos outn

Reconciliarperdpar os inimigo-, dar a esnsem recompensa, agir sempre desin-t ; lamente, pelo coração, i fa-rer o bem. é saber praücar a cari-dade,.

Khãithã PeqtU

^ÊssWWWSbí x - fn

BB£

O MAIOR THESOURO DA MAMÃEGRAÇAS

AO

LICOR DE CACAUVERMIFUGO XAVIER

O LOMBRIGUEIRO IDEALnao contem óleo,dispensa purgante,egostoso.náb tem dieta

o mosriiORo kcoxomico garrafas de papelü professor Uinger,

scientista vieiincn >briu umi dc tahianho conimum,

que pode ser eve-zes.

•atcrial empregado }¦> não é:« madeira, ma- uma

cão de nitro susceptível deser impregnada dc substancias chi-micas. A producção da chamma sefaz como no ro comnunn.

Uma vez servido, o phosphoro capagado immediátamente e

i centenas de vezes aniextineção da substancia básica.

de se fazerem guardaria-le mesa, meias de seda, e ex-os, tudo isto de papel, ut.li-¦ acfualmente na America, tara-

bem para fazer guardar-chuvas.Mas ainda não «5 tudo.

Segundo noticias da Inglaterra,| ce que os inglezes acaham delançar no mercado nytndial umamachina automática que fabricagarrafal de papel perfeitamente im-permeáveis, permittihdq seyem tapa-das hcrnicticainetUe.

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O TICO-TICO ^4 — 2i — Junho — 19." I

POESIA DA ESCOLADE

Theophilo BarbosaE'

UM LWKO QUE TODOS DEVEM LER

Todos üs Senhoras São Interessadas..= f 81 REVISTA PUM 0 LIS 1

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A LAGRIMA

A lagrima é a mais completa das

preces, porque a lagrima é a ulti-

ma expressão do sentimento. Quan-

Depois de muito andar, do sol

já não se via senão o fulgor aver-molhado; já se ouvia o silvar das

cobras e a igreja próxima badalava

do os lábios perdem a voz, diz todo cumpassadamente a ave-maria. Ke

o coração pela lagrima.Jax

regressar de tão magni-fico passeio, agradavclmente im-

pressionados com a belleza magis-trai da Natureza, ao cair do dia.

Jayme Augusto.

Um passeio no c

Eram 16 l|2 horas. O sol come-

cava já a se esconder. Resolvemosíazer um passeio pelo campo; lá

chegando, tivemos deante dos 0II103um espectaculo magnífico: lindasborboletas esvoaçavam brilhando

aos raios do sol, e um pomar portodo campo apresentava-nos as ar-vores corregadas de frutos, ostm-tando suas copas verdurosas. Imlindo regato corria mansamente

por entre a verdura do campo, ser-

pejando aqui c acolá. As cigarras¦cantavam, os pássaros, occultos na

ramagem das arvores, chilrcavam.

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O TICO -TICOrQíQfcy\ S. \ «r~í\_^>v_i-_. ^ c—-,...£_. .

ç&y& s^ssOsL \s\ ^ y í&.&aJ_ _È_A

Iteil.ii n«i -Chefe: Carlos Manhães — Dir_'..«>i • («rente A. de «Souza e SilvaAssignatura — Brasil: 1 anno, 25$000; 8 mezes, 1-$000; — Estrangeiro: 1 anuo, 60Í90U; 6 mezes, 35Í0.Í).

As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e serão acceitas annual ou semestralmen-te._TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que «pôde ser feita a>or vale postal ou car-' ta registrada com valor declarado), deve ser dirigida á Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telephoues: Gereucia: 2-1.44.

Escriptorio: 2-5260 Directoria: 2-6264.Succursal, em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plínio Cav.il canti — Rua Senador FeIJó, 27, 8" andar, salas 86 e 87.LJ

CiÇOQf^K^OVOJL JL Gr U JL D O _____?_.

Mens netinhos:

Numa cartmha bem escripta, Ruth, lindanetinha residente em Santos, pergunta-me porque razão a água d0 mar é salgada.

Vou responder á intelligente menina, napalestra de hoje, e.vocês que ainda não sabema razão de possuírem as águas do mar bas-tante sal, prestem attenção ao que lhes voureferir. Sabem todos os meninos que o solfaz evaporar a água do mar, mas tão somentea água. 0 sal que o mar contém não se eva-porá com a água e vae ficando no oceano.Mas de onde vem esse sal? Dos rios, meus ne-tinhos. São os rios, que dissolvem tudo queencontram na sua carreira para o niar, quelevam o sal para os oceanos. As águas dosrios tambem são salgadas mas em tão peque-quena quantidade que nós não percebemos.O mar, porém, tem as suas &_ua_ muito sal-

gadas porque accumula todo o sal que os rioslhe têm trazido durante séculos e séculos.,Uma espécie de sal que mais se encontra nomar é a que todos nós conhecemos pelo nomede sal de cozinha, embora outros saes estejamdissolvidos no mar, tambem levados pelosrios. Em lição passada Vovô já disse a vocêscomo se obtém esse sal de cozinha. Elle é oproducto que fica repousado n0 funüo das sa-linas, represas de água do mar que o sol eva-porá por completo. Além dos saes, meus ne-tinhos, muitas outras substancias existem emdissolução nas águas do mar, com0 o iodo, acal e um sep[\ numero de ácidos.

Com0 viram os meus netinhos, o mar temas suas águas salgadas porque os rios, que aelle vão ter, levam-lhe sempre o sal que dis-solvem nos seus cursos.

VôVô

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O TICO-TICO — 6 2í — Junho — 1931

NASCIMENTOS ¦< Q TICO-TICO" MUNDANO

Um conselho!,Méut senhores e senhoras!...Sem ser poire, sem ser rico,Um cüiiseilio !... ás ijnartas-feircts,Comprae sempre — O TJCO-TICO l.

.> •$ Recebeu onome de Wanda a lin-da menina que acabou«le florir o lar do Sr.Cícero de Mendonça e de sua esposa D. Odette de Mendonça.

* Nasceu a menina Elza, filha do Sr. Eustacio daCunha e de sua esposa D. A'ayde Vieira da Cunha.

* O lar do Sr. Bened Co Peregrino e de sua•cnhora D. Alayde Antunes Peregrino acha-se enriquecidoco.n o nascimento de seu interessante filhinho Hclyr.

*í> ••• Nasceu a 7 deste mez o menino Lauro, filhinhodo Sr. Álvaro Ferreira e de sua esposa D. Leonor dc Al-meida Ferreira-

? Chama-tc Wanda a linda men na que desde o dia3 deste mez está florindo com Bens encantos o lar doDr. Amadeu de Mello e de sua esposa D. Olga Pinheirode Mello.

ANNIVERSARIOS

? Faz annos hoje o menino Antônio redro, filho doDr. Caio de Miranda.

¦v <è> Fenundinha «le Almeida Lemos, nossa encanta-«k>ra anvguinha, festejou hon-tem a passagem de seu anui-?ersario natalicio.

'i> -* Completa hoje seisannos a graciosa Hyldeth,filh nha do Dr. Antônio daSü-va Morersa.

* ? Fez annos saUtadoultimo o nosso prezado ami-gu'nho Paulo de Noronha.

•* * Passou a 10 deste mera data natal ca da graciosamenina Maria Clara, filhinhado Sr. Paulino de S. Campos.

? Faz annos hoje o menino Álvaro, filho do Sr. Ma-noel do Nascimento.

** ? Lai-inha Pinheiro, nos. a leitora residente em Bar-bacena, festeja hoje a passagem de seu anniversario natalcio.

? Completou annos hontem o nosso intelligente ami-guinho Henrique Vieira de Almeida Campos.

NA BERLINDA,,.? Entrando no "Nada alem de 2$000", encontrei os

ites objectos da Rua Barão de S. Borja: Edgard A.de Souza, um annel; Maria Eugenia Mac-Cord, uma panella;Georgette M. Maia, uma escova de dentes; Nancy Mar ade Souza, uma peça de renda; Li vio M. Caldo, um lápis:Clara Mac-Cord. uma bola de gaz; Geraldo G. Coelho, umpar de abotoaduras; Ivo C. dc Albuquerque, um ra-a-queijo;Maria de Lourdes de Souza, uma boneca; Maria Antoniettade S:queira, uma fruteira; Giselia M. Maia, uma

? Estão na berlinda os alumnos do 2o anno C. doExternato S. !*rto. pelas suas gracinhas; WaMe-mar, por ser pihcrio; Mauric o. pelo seu gracioso modo de

andar; Ovidio, por pa-recer estrangeiro; Nel-son, pelos seus perfeito,mappas; Aloysio, porser a nos.a masootte;Mario Marques, pelasua "pallidez"; Candi-

| .Ia sua pontuali-dade; Nunes, pela suacalma; Paulo Couto, porser santinho; Moutinho,por ser o mas intelli-

lelfride. pel oeu Indo terno; Amilar,

pela sua agilidade; Os-

ser

waldo Pereira, por ser!»«;_. mathematico; JoséNnnan, pela sua gor-dura; Antônio Rodri-

____ gues, peios seu- bcüosdentes; Arthur, por

hont anrig-, e em por set Hngttaiwlo.**' * J.stão na berlinda os seguintes meninos e meni-db 6"* anno da Escola Americana: Es-o, por t.r gaato;

por .-.r gorducha; Geraldo, por ter os olhos escuros;Maria Antonietta, por _.r tonta; Maria N'azar.:h, p-irter o cabello coitado.

EM LEILÃO...

' •¦' Estão em le lão os seguintes rapazes e senhoritasdo bairro do Fonseca: Quanto dâo pelas modas da HildaKeis? pela belleza do Nelto Sa.amogo? pelo sorri-o daIrene Lopes pela boquinha da Delta Reynier? pelos ohosda Nadyr Monteiro? i>clas graças da Conceição Mende-?pela delífcadeza de Mario Rocha? pelo andar da Maria

. Xavier? pela gordura da Mula Fortuna? pela den-fadara do Y.Vr Rocha pelos ciúmes da Zenith Mendes?pela palhaçada do Mariano? pelas ondas da EIsa Reynier?

sorriso da Zaira Reynier? pelos o'hos da Alice Es-teves? pelo bigodinho deEoanci pela belleza da LiHaBeuicio? pelo socego daLuiza Reis? pelo porte doLuz Carlos Madeira? pelascalças do Christino Rocha?pelo coque da Ac'rema Ro-cha? pela bondade do Ma-noel Machado ?

NO JARDIM...

? ? Querendo offerecer«ma corbcille a uma ami-

guinha, escolhi as seguntes flores na Rua Visconde de SãoVicente; Catharina, unia uapoula; Cypriano, um principe ne-

So; Cecy, uma açucena; Cyra, uma sempre-viva; Darcy, umntberoo; Diva, unia dhalia; Euclydes, um bello amor-

perfeito; Gastão. uni enorme gira-sol; Guiomar, uma pe-quena accaca; Haydée. uma dama da noite; Helena, umamimosa margarda; Jacvra. uma angélica; Jujura, uma pa!-ma de Santa Rita; Julia, uma camelia; Leda, uma hortencia;Léa. uma benita azaléa; Lourdes. uma margarda; Lucy, umacrav.na; Lenir, uma saudade; Luiz, um bellissimo jasmin;Mariaznlia. uma modesta violeta; Malvino, um beijo defrade; Nair, uma magnolia; Raphael. um I ndo cravo; Zilah,uma perfumada rosa, e eu, por ser a dona, uma flor deabóbora. — Princeza Encantada.

NO CINEMA...? ? Foram contratados para um film os seguintes me-e meninai da Andaraby: Paulo, o Ramon Nov.irro;

Alice, a Ailen Pringle; Carlos, o Charla Rogers; Lelita. aEleanor Boardman; Mario o Ben Lyon; Esther, a BebeI)anie's; Octav o, o Ri-cardo Cortez; IAlice White; Nilo, o

Cooper; Ma*rol; Ro-

berto. o Rod Li Ro.f ic;Lucy. a Vilnu Baalty;Arthur, o WillamHains; I.ui/inha, aAnita Page; Lnco.o Richard Dix; Dina.a Norma Shearer: Al?aro. o Harod UCacilda. a Raquel Tor-res; Léo, o Coüer Jr. II

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2. — Junho — 1931 — 7 — O TICO-TICO

J^ O E S

Batendo as asas de ouro no corpo avelludado e côr de mel,uma abelha voava ao redor de uma amphora, onde flores diversasestavam collocadas a enfeitar os degráos de um altar. O perfumesubjil se espalhava no ar e a abelha, a cada flor, mimosa, quiz bei-jar. Mas eis que, flor a flor, retrahindo, medrosa, as pétalas gentis,falou á abelhinha: — Não macules — eu peço — a pureza idealde meu viver. O branco do meu corpo é a innocencia, cada pétalaminha é um symbolo querido de virgem castidade. Eu sou o lyrioque tenho de enfeitar a mesa branca da santa cummunhão. Deixa-me em paz! E a abelha, a voejar, batendo as asas de ouro, quizum osculo dar numa outra flor. — Não me deves beijar, douradaabelha. A coroa de noiva de uma joven espera-me ansiosa. Eu vou,com meu perfume, embalsamar o ar de um templo illuminado nahora de um casamento. Quero ser sempre pura, pois angélica eusou! E a abelha, a voejar, batendo as asas de ouro, quiz outra florbeijar. — Deixa que eu viva sempre immaculada e bella, inspi-rando os poetas, enfeitando os altares. Eu sou a flor que tenhoem cada pétala o feitio ideal de um coração. Rosa pura hei de sere não quero o teu beijo! E a abelha, a voejar, batendo as asas deouro, foi outia flor beijar. E ao contrario da angélica e do lyrio,bem differente até da linda rosa, a flor deixou que a abelha peque-nina lhe desse um longo beijo. — Como te chamas, linda flor tãotriste que trazes a vestir teu corpo frágil esse manto tão roxo? —•O meu nome é saudade, linda abelha, e vivo da lembrança de umavida que foi, de uma vida passada, que me deu esse manto de dore de agonia. Dentro do meu soffrer eu nem sei se ainda existo.Insensível ao amor, á alegria, a tudo, nem o beijo me attrahe. Eemquanto aguardo a morte vou vivendo, a afagar, num? ternurainfinda, a lembrança e a tristeza da saudade.

CARLOS MANHÃES

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O TICO-TICO s — Junho — l:i::i

Dolores prometteu una grande recorri-pensa a Hernandez se elle conseguisse salvarteu filhe. A ameaça do Abutre da Montanhatinha-se tomado em realidade. O joven Diogo.privado de tcda a alimentação, agonisavalentamente na gruta onde estava prisioneiro.Felizmente um íorte temporal arrebentou .-,.

... e í agui da chuva penetrou nas cavidadesda gruta escorrendo gotta a gotta Diogo a be-beu avidamente. Na manhã do quinto dia umclamor espantoso se «levou no campo dosbandidos. Uma das sentinellas acabara deperceber a approximação de numerosos solda-dos Que vinham escalando as montanhas.

jo»é — o Bandido socegou seus co-r.hf.ros e deu ordens para se preparar a lugaetn direcção ao Mor.ie dAlmeyralda. Os ban-didoi recolheram todo o dinheiro, jóias eobjecto" preciosos que tinham e puzeram-sea caminho conduzindo os prisioneiros que

- ainda em seu poder.

Diogo estava em tal estado de fraquezaque nio poude acompanhal-os O Abutremandou uazel-o á sua presença e apontando-lhe uma pistola — "Tu tens que morrer, disseelle. um pouco mais cedo. ou mais tarde ..não importa?..." — Calmo e sem temor, o es-tudande reunindo todas suas torças ouviu ...

... tirmc e em pe a ameaça do bandido Nomomento de apertar o gatilho da arma. unitiunor apoderou-se da mão do Abutre e umasingular commoçlo se apoderou delle. De re-pente uma bala silvou aos seus ouvidos. Hei-nandez appareceu. dentre rochas escondida»pgi a-bustos. E atraz deilc os chapcos dos ...

w 1 GJÃaÍ Pf 3W... O Alulir. soltando umablasphcmia. tez íogo. Diogo cahiu Depois,d-m salto o bandido lançou-te para a (rente..,Mas. innumeros soldados irromperam de todos•s lados e impediram lhe a passagem. Aomesmo tempo uma mulhei precipitou-se sobreo corpo do infeliz moço A' sua vista. •Abutrt ficou tomado de espanto *e oavor: ...

... elle reconheceu Doloresl H atjue,...bem o reconheceu Josél exclama, desgra-çado. desgraçado, acabas de matar teu filho!"— José fica um segundo aparvalhado . tunacontracçio dolorosa apodera-se de sua phy-s.onomia... e de repente, puxando o punhalda cintura, enterra-o até ao cabo no seu cora-çãol Por felicidade o tiro de pistola que ...

... Diogo recebeu fie José. r.io o feriu e:avc-mente. Cuidadosamente logo tratado o moçorr-.-.ro breve se restabeleceu Todos os bandi»dos foram presos ou mortos c seus prísionei-ros foram postos em liberdade Todo o paisficou livre dos bandidos. Hernandez recebeuo prêmio merecido. Quanto ao Abutre daMontanha, elle mesmo poz fim aos seus crimes.

Leiam CINEARTE a mais completa rei ista de cinoma que se publica no Brasil.- j

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2'. — .Timlin — 1931 _ 9 _ O TICO-TICO

Asaventuras

doRatinhoCurioso

(Dc$aihcs dc WallDvmcy c U. B. Iucrkr,

exclusividade para0 TICO-TICO. cm

todo o Bra*il\Ratinho Curioso estava desesperado porque queria .. .uma motocycletta. Era a salva-

impedir o casamento de Uaeaquita com seu Guedes. ção! Montou na machina e partiu.Por isso saltou uma janella e viu... Mas a machina...

" ;¦¦.. ~~Z 1 V ¦ Mê ^ ^ iip _ i

...estava presa a uma corrente e Um carrinho de creança e umaRatinho Curioso levou formidável gaiola com um pássaro estavam, po- . R*hnho CunC£0 Poz ° Passaro M c"r*

rém, ali perto. rinho e "*** a correr-tombe.

^" V ¦¦ ' ~~~*~ it i< | y^^-r TrTsrea^ *4tam Sh*.v ta^çr—r^CeTuT^S 1._

Um «policial ficou até espantado de idas Ratinho Curioso fez-lhe uma ...correr para impedir o casamentover um bébé tão feio. careta muito feia e desabalou a... da Macaijuifa com seu Guedes.

**:—¦„*, ¦!¦ ¦'-.' .->. Wm\

: cm" » v r ?

_____ "^-c--" CBtJ ./ j. B^w^afT^^PlM!^E- ^j^^iiij^^^.- -lilft *~«*V P_J W' '¦

O pretor já estava realizando a ee-rimonia quando Ratinho Curioso en.Irçu a irritar:

— O noivo é meu marido. Este bébé è filho do noivo. Pa-remi Parem! A Macaquila teve um desmaio.

{Continua)

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O TICO-TICO — 10 — 21 — Junho 1931

HaHHHH-r*-—-r-~Mvrrr-r-^_M|H _________.____H ______H___7\'<r_^*<l______-____l

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l_______5^^5 ____kA;;v^-_^ _______ -^^^^^^^^^^f^^*-_x^________ É___l___i___\-X^N^v^^^_^í___R_.^__^__P __________,-_____ __É__L^^^

LIÇÕES DE ASTRONOMIASEGUNDA LIÇÃO — POR CARLOS CASTELLO BRANCO

Meus amiguinhos:

As grandes descobertas scieiüifi-cas que têm revolucionado as ideaida humanidade nunca foram rece-bidas sem uma certa relutância,tendo quasi sempre os seus autoressido perseguidos pela ignorância doscontemporâneos. A historia esticheia dc exemplos para apoio desta

verdade.

Avaliem portanto os meus ami-

guinhos como seriam acolhidos o?sábios que ousaram affirmar pelaprimeira vez que a terra rodava em

torno do sol e não o sol em tornodelia e que em vez de quadrada ti-

nha a fôrma de uma bola achatadanos pólos (como uma laranja, porexemplo). Copemico escapou á cri-tica que teria provocado a sua llteo-ria relativa ao movimento da terraunicamente por ter morrido no mes-i dia cm que vinha á luz da pu-blicidade a sua obra immortal ondedemonstrava claramente o erro se-

pular da humanidade.

Porém mais tarde Callileu (i) pa-gou com a lilterdade a sua fé nadoutrina de Copemico.

O globo terrestre gira sobre s\

mesmo cm vinte c quatro horas .• movimento faz girar apparen-

temente o eco inteiro em torno de

nó-, é essa a primeira verdade dc-mon st rada por Copemico c o pri-metro ponto que temos a examinar.Cumpre primeiramente, segundo os

tos da Astronomia Popular do

grande sábio Camillo Flammarion

(i ) Gallieu, a-tronomo italiano,nascido em Pi_a em 1546.

(o maior dos a-tronomos modtr-1 começar precisamente o nosso

estudo \k\ > exame geral da posiçãoda terra no espaço e do conju

geral dos seu- movimentos. O movi-mento da rotação diurna não é oúnico que anima a terra arrebatada

pdo poder da gravitáção, gira emvolta do sol na distancia de2.544.000 kilómetros por dia ou106.000 Icilon* r hora ou

vinte e nove kifometros por seguri-do.

vogamos no espaço com a ve-locidade mil c cincoenta vezes maior

que o mais rápido dirigivel con-struido pelo engenho humano.

Portanto, vêem que a terra é umdos milhões de astros do céo. Se umdc vocês, meus amiguinhos, se ele-vasse, dc longe .veria a terra co-mo uma estrella vista dc Venus oude Mercúrio, a mais brilhante docéo. O movimento do nosso globocm torno do sol dá-nos a suecessãodas estações do anno, o movimentosobre si próprio dá cm resultado asuecessão dos dias e das noites. Asi -as divisões do tempo são for-madas por esses dois movimentos.Se a terra não girasse, se o univer-so fosse movei não haveria horasnem dias, nem noites, nem annos,nem, séculos, mas o mundo caminha.

Ainda, meus amigtunhos. have-mos de fazer juntos uma viagem áLua, a Ncptuno e a Júpiter, Vcnusc Marte c a outros muitos planetas,mas o vácuo é immenso, não temprincipio nem fim. ha I .lhões c bi-lhões de mundos correndo no infini.

.tte.tando assim a existência deDeu-, sublime Creador de todas ai

. dc todos o

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2i — Junho — 1931 — 11 — O TICO-TICO

FAUSTINA QUIZ FALAR COM 0 PRÍNCIPE DE GALLES...SAfíE-y. T Vl5irA^o^R,HC,^PB B>ACOLÁ' NACPUELLA

Quando aqui esteve o querido ... um dia sahiu á rua com esse guntou a um senho, gordo si po*principe dc Gallcs, Faustina uuiz propósito. deria lhe indicar onde se achava oconhecel-o, e... Chegando na Avenida per- Principe.

— E acolá naquella casa. lhe ...bicas, subindo pelo morro em perguntou a uma mulher se p--.lia-respondeu o homem. busca do Principe. _he informar o logar onde se acha'E Faustina lá foi, suando em... Assim que chegou na tal casa,... va o Principe de Gaita

-. __- r- ¦ .

Ella, a mulher, disse que conlic-çla um príncipe de...

.-. .'j > mas nao sabia bemsi era este, um...

.. .maluco que tinha a mania de _cfprincipe de gallos,.

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O TICO-TICO 12 — 2i — Junho — 1931

T Êsss\wmL 0^ < ~~~\

A SoberbaCastigada

Adaptação de Galvão de Queirci.ne.-oiusrraçao de Luiz. 26

mo— 3i j

Branca Rosa, a fillia do moleiro. eraa joven mais linda do povoado. Sali-aella d sto e passava longas lioras emfrente a»o espelho, arrumando os cabel-Io. loiros e co!locando enfeites e ador-j que mas lhe realçassem a belleza.Tinha umas lindas mãos de bem cuida-das unhai, que eram seu encanto edesvelo. Por nada deste mundo fariaqualquer trabalho que maltratasse suasmão-.

Acabado o arranjo de sua "toiletk- ',

em que gastava meio dia. empregava hresto do tempo em se deixar ficar ájanella, para que todos a admii«em.

Soberba as'im, como era. é claro quenão podia contar com a sympathianinguém, se bem que seu pae fossemuita querido, por ser um homembom e honesto.

Um dia. em que se festejava o pi-droe ro do logar, houve uma grreunião na praça j.rblica a que Uforam com as melhores roupas de quedisponham. Branca Rosa foi tan '

e não é preciso dizer que, bella comoera. e vestida caprichosamente, e-tava

iiibrante.No melhor da festa, quando pn^ra-

va, Branca Rosa encontrou uma veih-nha coberta com um manto negro e

que andava com dif('cu'dade,j]í a um bordão.

A ve'hinha parou á frente de Bran-ca Ro*a. inipedindo-lhe a passagem.

Olá, velha! — gritou ella impa-c , Ilte — por que não sahe do caminho,de ua-.a vez?

A velha voltou o rosto, todo coberte

dc rugas e respondeu:— For q*e c0:a '--0 P JCa

delcadeza, formosa menina.' Vim, co-mo tu, ver a festa...

Bem podia* ter ficado em ca-a,para não vir atrapalhar os outr»s!

Acreditas que não tenho o direitode vir a festa? — perguntoua velha.

Com a tua idade e com e-sa ca-ra:

'¦ IMenina, — disse a anca — tam-

bem eu tive a tua idade. Fui como tue tu a:nda virás, um dia, a ficar comoeu!

A menina ru gostosamente, em res-ás palavras da velha. E acerei-

contou:Nunca serei tão feia como tu!

Mas vamos: »ahes ou não sahes docaminho, de uma vez?

Já vou, não precisas ficar irada...Mai. porém, deu dois pa sos es que

calie de joehos, apoiando-se sobre ummontão de terra molhada.

Branca Ro a ioHoq uma gargalhada._ vés — d sse. Se em vez de me

olhar, olhasse* o teu caminho, não ca-hiri

Ajuda-me a levantar-me, minhaí lha, pediu a velha estemlcndolhe amão suja de barro.

Ksiás louca, velha? Vou lá sujarminhas mãos?!

Não sejas má!... Ajuda-me! —implorou a infeliz, velhinha.

Nunca sujarei minhas mãos delama! — exclamou Branca tU

Pos bem! — disse a velhinha er-

guendo-se de repente e sacudindo Omamo, ao mesmo tempo que se tranrformava numa formosa mulher — Soa

a Viitude e vim experimentarteu caracter. Castigarei tua soberba!

i ar de barro a mão, poisdi-M,r agora viverás melt da ne'le!

do a com sua var nlia, mágica,íormou-a em unia rã.

Transformada, assim, num bcho ti/>Branca Ro*» começou a ser des-

prezada de tolos, indo para a umcharco onde havia muitos sapos.

l.evou. então, dahi por dian-inta vida amargurada, chi-

furdando na lama que tantohorror lhe causara sempre.

As as tardes ella sah ado charco e se ponha a cho-rar, lamentan;lo-se, sem queninguém, entretanto, a es-cutasse e viesse soccorrel-a. AoC< ntrario, nunca faltava ummenino que a persegpedi

Branca Rosa agora comprehendra osoíiriiiieuto dos humildes e asem razão dos desdenhosos: compre-bendia todo o mal que hav a feito epouco a pouco seu coração foi abra.*-dando, seus sentimentos tornaram,se ma s caridosos, mais humanos. Jánão sentia orgulho e começou a mos-trar-se di igente e scrviçal. Os sapo-,ao vel-a tão attenta, começaram a tra-tal-a melhor e Branca Rosa conheceua -aüsíação de se sentir contente quan-do ajudava a'guem.

Certa occasião, em que chovia co-amente e soprava um vento furi<'

Branca Rosa ouviu uns gritos desoccorro. Deteve-se, para averiguarquem estava em perigo. Era uma rivelha que, do fundo de um barranco,ped a auxilio. Tinha cahido de c 'a enão se poda voltar sem auxilio, tãovelha e fraca era.

Branca Roa não vacülou e foi pre-s!ar-lhc soccorro, arriscando a cadapano a vida. pois o terreno era escor-regadio e o barranco muito profundo.1'or fim, chegou até á velha rã. dr;de ter sofírdo alguns golpes e diver-sas arranhaduras.

- muito boa, filha. e emsoccorro de uma pobre velha! — d

Kstamos- neste mundo para n >sajudar uns aos outros... Mas, comose sente a senhora?

Estou bem... estou bem, graça*ao teu auxilio. As velhas não servemjá para mais nada!

Não diga assim, avóznha! Nãoha nada inútil.

Alegra-me ouvir-te fa!ar i !que tu tens bons sentimre mesmo insanle produ

uma grande claridade, cessou a chuva.deaappareotnva as nuvens, brilhou umsol formoso e surgiu ante o- iattonitos de Branca a fada Virtude.

Branca Roía — disse-lhe ella —já • do teu coração o peccadoda tobctba e agora pód*. ¦ cr u 1 k•ociedaiic.

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2. — Junho — '19.°,í — 13 O TICO-TICO

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Milton e Gelson,do Sr. José da Rocha.

Própria — Sergipe.

Orlando e Waldyr. filhos doSr. Metnoel P. Rosas —

Cafitei.

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HE* f *- ¦¦ - '• S

t-iffio Moreira e seus pri-mos Iovan e Iseu —

SSo Paulo.

Cilbcl, filho do Sr.<ldino Freire — Fran-

ca — 5. Paulo.r UM INCÊNDIO-—-»—*--

Era ait» noite.A cidade dormia.1'ara os lados dc ura castello onde

reinava sempre a felicidade, ouviam-s: critos afflictivos.

Augnientavara mais e mais.A'^"ra ji se ouvia choro de crian-

ca»- misturado com os gritos: in-cendio! incêndio I soccorro 1

A visinhança acordou assuntada.O fogo devorava avidamente o

mais bello castello da cidade. A fa-"'"lia já estava na rua. porém aindatinha ficado no segando andar umacriança de 3 annos. A mãe' em des-espero, queria metter-se pelas cham-mas par^ ir salvar o filho. Não con-leotinu».

O fogo já tinha liquidado o ter-cciro andar, quando chegaram osl»"mbeiros. Ouviu-se um grito: "Sat-vem roeu filho ijnc está no segundoandar", e um destemido bombeiroatiroujse ás chammas. Ia salvar acriança.

As bombas jorravam água.Passaram-se minutos.Appareceu numa das j^ncllas do

primeiro andar, no meio de fumaça cchammas, o intrépido bombeiro. Bo-taram-lhe a cícada e elle desceu car-regando a criança semi-morta, umpouco queimada.

As bombas ent-nuav. m Jorrandoágua, porém o fogo era t3o devora-flor qne a água nada influía e emPouco tempo o grande edificio esta-va reduzi !o a cinza*.

Allair Guedes Pereira(13 annos)

Corrigiste-te porque soffrestc e será%a?:ora. boa.

Não esqueça* que lia hum Ides a quemé uma crueldade fazer chorar. Vaerteembora e sê feiz!

E, tocando-a com sua varinha ma-Rica. íel-a voltar a ser a menina for-mosa que era antes. Seus pae», ra-diantes, cobriram-na de enricas.

Desde então a filha do moleiro é ajoven mais formosa do povoado, mas

•em a melhor, mais trabaMiadorae mais caritat va

¥/T~»]v7^{ \

/^V .^ .wáf ^*_i__í'

Chrorr\os...Um ninho fofo no esgalhoDe cajazeiro floridoFui descobrir, sem trabalhoNo quintal, muito escondido.

Dada a noticia, — espantalho l —Entre as crianças, que arruidol£ logo vou pelo atalho,Do bando infantil seguido.

Ao pé do arvoredo explico:E' um ninho de tico-tico;Qmin o tirar será mau.

F. os bons garotos, a olhalo,Partem, ouvindo o qtie falo,Nos seus cavallo de pao.

Abilio ífarreto

| ~ ~a ~¦ — ~ ~'- —_ ~. —li —11—i i —n— —i —i —„ ~i —>.-*¦!.i—i. -|_i~l_a-|._

SOBRE RUYBARBOSA

Contando apenas onze annos,por ocçasião de uma festa lite-raria, pronunciou um discursotão sentencioso e cbeio de lindasimagens, que seu pae, radiantedc alegria, inquiriu do directordo collegio:

Você não collaborou nestediscurso do Ruy?

A mesma pergunta lhe iafazer, retorquiu Macahubas.

j Presente á festa, Muniz Barre-to pediu immediatamente a pa-lavra, improvisando estas qua-

\ dras:

Admira, uma creança!O engenho, o critério, e o tinoQue possue este meninoPara pensar e dizer.

Não, não me illudo na minhaBem firmada prophecia:Um gigante da BahiaNa tribuna elle ha de ser.

Concluído o curso, o barão de-clarou ao dr. Barbosa: — Seufilho nada mais tem a aprendercommigo.

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O TICO-TICO — 14 — 2i — Junho — 19.. I

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PAGINA DE BORDADOS

O Tico-Tico offerece á escolha deMamãe alegres motivos para enfeitaras roupinhas de bébé.

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§MENINO ! — Muita cousa você aprendeu, lendo este

numero do O TICO-TICO. O seu a,migo, o seu vizinho, o soucollega de coliegio tambem podem saber que encontrarão leiturainstructiva e agradável nas paginas deste jornal. Aconselhe vocêque todos comprem O TICO-TICO.

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2'« — .Junho — 19.11 — 15 0 TICO-TICO

Mestre VicenteConto de Lucilo Varejão

Por muito tempo viveu mestreVicente, naquella cabeça a que odono só entregava vez por outra agordura de uma dedada da mais le-gitima banha de porco.

E mestre Vicente — que comovocês já imaginaram era nada maisdo que um piolho — ficou roliço degordo.

-Ninguém o incomniulava. Na-quei Ia carapinlia pente não ia nemnas festas tradicionaes do anno. Ese ia, não entrava.

í-j-1

-A- _F*atr*ií>Não é demais lembrar que a

noção de Pátria é aquella quemuito deve interessar os nossossentimentos.

Para nós, os brasileiros, Pátriae esse pedaço livre da America,a que os nossos antepassados de-noniinaram Brasil, por terem,em as terras descobertas, encon-trado uma madeira, cuja cor ver-melha se assemelhava á brasa.

O nosso paiz, cuja extensãoterritorial é de 8.528.218 k. q.e que cada geração o vae rece-bendo e passando a uma outraque se suecede, nós temos que re-cebel-o de nossos pães — amal-o,tratal-o com o carinho que nosmerece a memória dos que nol-oentregaram e depois transferil-oa uma outra geração que virá de-

de nós.Amemos a nns«a Pátria e pro-

curemos servil-a com a dedica-Ção e o amor que merecem oberço que nos embalou e o re-gaço augusto em que dormimosos nossos primeiros somnos daadolescência. — Jayme Augusto.

O cabellereiro, quando apparecia— e isso mesmo de muito em muitotempo, limitava-se a aparal-a de le-ve.

Desembaraçar era impossível1— dizia. Só raspando o quengo.

E o dono da cabeça — um negropachola:

Qual! Deus me Kvre disso.De modo que mestre Vicente era

o rei daquelle pequene domínio. An-dava por aquella mattaria, corria,ensaiava até alguns "vôos.

Comtudo, quem com elle convi-vesse, notaria que mestre Vicentenão estava satisfeito.

Lamentava-se da prisão em quevivia e desejava maiores horizontes.

E foi assim que um bello dia, em-quanto o dono da cabeça conversa-va com a patroa, mestre Vicentevoou e zás! na cabeça desta.

Na nova cabeça per fumada e cheiade accio, o piolho começou logo aencher-se de planos.

Agora, sim, virar-se-ia num prin-cipe, teria banhos de loção, passea-ria na alta roda.

Mestre Vicente estava positiva-mente radiante.

E tanto andou, virou, mexeu, quea senhora cocou a cabeça e dis_-e:

TJí! Que nojo! Parece que es-tou com um piolho.

Mestre Vicente ouviu aquillo ge-lado e mais gelado ficou quando aviu ir á gaveta da penteadeira etirar um instrumento.

Era um pente fino e o pobre pio-lho se convenceu de que chegara asua hora.

Fugir aos dentes separados de umpente eommum, isso sempre lhe pa-recera fácil. \

Mas subtrahir-se ao arrasto posi-tivo daquelles dentes tão unidos erao que lhe parecia difficil.

Comtudo o instineto de conserva-ção o ajudou. Sempre deu o fora ámaldita rede que pretendia pescal-o.

Mas logo umá voz:Maria!

Era a dona da cabeça, que chama-va.

Vê se encontras aqui um pio-lho.

Mestre Vicente viu chegar umanegra e já premeditava escapar-seqi.ando dois dedos o agarraramcom violência.

1— Peguei.1— Unha nelle.E foi só.A scena se passou tao rapiaa quê

mestre Vicente ainda ouviu o estalodo seu próprio corpo.

Moralidade: -Se estás bem aqui por que queres!

ir adeante?

A. -PeiintiA penna é a arma da literatu-

ra. E' o instrumento que deveser mais usado pelos povos cul-tos do globo.

O papel da penna é importan-te na historia da humanidade;sem ella jamais se poderiamguardar as tradições, a vida dospovos e os factos mais impor-tantes que se tem passado nasuperfície da terra.

Muito antes de Guttemberg m-ventar a imprensa, já a pennaexercia suas funeções de trans-missora, isto é, já transmittia o-factos de uma geração passada

á geração presente.A penna é pois arma com que

se deve combater o analphabe-tismo, espancando assim as tre-vas da ignorância.

Jayme Augusto

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§§15

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Collem as duas oe-

ças em cartonna de r*»-

guiar grossura e pro

:edam com a figura B

do modo nor que esta

explicado ao lado.

O modelo, visto de

costas, ensina como,

con. um movimento

de vae e vem, podem

vocês ver dois garotos

fazendo caretas.

u3

^ooecO VISTO pelasCOSTAS

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O TICO-TICO — 18 — U — junho — 1931

m

Trabalhos de agulha

A BOLSA DE MÃOA menina tem linhas de côr e um pedaço

de panno qualquer? Se tiver, vai, sem duvida,

approveitar a suggestão que aqui deixamos pa-

ra fazer uma bolsa de mão, muito bonita e de

grande utilidade para a menina, pois servirá

para guardar uma infinidade de objectos. Para

a confecção da bolsa de mão nenhuma outra

explicação precisamos dar, além da que se evi-

dencia olhando para o modello que vae junto.

Na bolsa de mão podem as lindas leitoras

bordar motivos vários, como bonecas, animaes

ou mesmo as iniciaes do nome.

***{/)***

ÍCV -'-'¦¦•-!.

w

AMOR FILIALO amor filial é o primeiro amor do homem. Mal abri-

mos os olhos para este mundo encantador e medonho, aprimeira creatura que nos estende os braços, que nos aca-rinha, que beija nossi minúscula mão, é o ser que nosdeu a vida, é a nossa mãe.

A < lia d»u:iios todo oo.io amor, toda nossa dedica-ção, toda nona veneração. E, quanto nuis canunharmoi,quanto mais conhrcrrmoi a vida com todas suas alegriasc dores, tanto mais sentiremos a neccsiidadc dc teu cora-ção amigo. I- r amiga c ella; pois aconselha-

rncoraja-nos, auxilia-nos com sus poucas forçai,,k- quando attingimos ao sopé da montanha, muitas

«a, lá está este ser abiugado que nos levaao cimo, livrando-nos dos perigo! e abysmos; c, quando oattingimos, ella já se acha no cume da montanha — que

i mais do que a existência huimna, cujo espiritoMUipre ás alturas, ao infinito...

Quando chegamos ao apogeu da mocidade, nossa mãejá chegou a» declinio — «.-\clhicc — a cabeça branca, aimãos tremulas, toda esta figura veneranda, todo este or-

-mo enfraquecido, alqucbrado pelo soffrimento, en-che i de respeito, de admiração, de uma dedi-cação santa, sublime.

Quanta doçura sentimos ao dizer estas bcllai pala-mi — minhi mãe (mamãe) — E' um balsamo que curaas nossas feridas moraes. Um grande pesar nos invade,ao Icmbrarmo-nos que qualquer infelicidade pode encherde lagrimas estei olhos que nos confortaram, que noscensuraram meigamente, quando cm criança faziam i ai-guma travessura.

mos um desejo immenso dc afastar todoi oi pe-rigos( todas as maguas, todo tofírimcnto physico c mo-ral d i creatura á qual votamos um grande amor — o amorda nossa infância, da nossa adolescência, da nossa mocida-dc <.uc nos ac. inpanlia em. toda nossa vida, poii tua me-

ria nos segura ao fim, ao ultimo alento...A eternidade sc approxima; com ella a lembrança dei amorosa mãe te doenha na noiia imaginação; ounent) da vida futura, em que pensamos encontrar os

BDtcf que n»i foram ca roa, dá-noi a resignação.A eHa prdimo» que interceda a Dcuj por nó», po-

brei peregrinos e que a luz divina illumirtc noisa alma,que, desejamos se assemelhe á sua.

Toda mulher que sabe ser mie, i cumpridora doiever, é bondi-a p ra com oa infelizes, pois, icu pcn>a-mento conttautc é a felicidade dc teus filho*.

Proporcionando o bem aos seus tcmelhantcs, pede aeaa retrii-ulçáo os brns terrenos e eipirituaei paraserei que o Onmipotcnte lhe confiou, — para »cut

fllil i.

A tio tublime creatura, i nosia mie, devemo» tem-pre render o culto de amor filial, o primeiro amor quenos acalenta deide oa mait tcnroí annos. — Isabtx 1 ut-»hfa Lona.

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2Í — Junho — 1931 — 19 — 0 TICO-TICO

Seu Nicoláu, mais conhc-cido abreviadamente por *ScuNico, era uni homem que nãoacreditava em nada e nem tinhamedo de coisa alguma.

Quando se falava em fantas-ma, assombração, almas do ou-tro mundo, ou lobishomem nafrente delle, Seu Nico sorria ecaçoava da gente. Nem do sacy-paire elle tinha medo!

Sempre destemido/» facão nacintura, espingarda ao hombrocharuto na bocca, Seu Nico pas-sava, ás vezes, dias e noites nomeio do matto caçando.

Era o divertimento delle.A distracção era o charuto. Só ti-

rava o charuto da bocca para co-nier c para dormir.

A's vezes dormia até com elle nosdentes, e não foi uma vez nem duasfjue acordou com o peito da cami-sa queimado pelo charuto accesoque lhe cahira do queixo quandoe-'e pegara no somno.

Aquillo havia de lhe fazer malll'»i dia.

¦Não demorou muito que não lheaI >pareces<e uma azia no estômago

*-* um calor de fogo nas guéllas, tu-1,0 devido á seceura do fumo.

^ dputor recommcndou que elleI':ir*'^se com aquillo. Partisse oc !aruto em dois ou tres pedacinhos

50 filmasse um por dÍ3, cada j.e-<ac!»ho depois do almoço ou dojantar.

Rrande saenlicio Seu Nicofez isso. Mas vi-

¥

via desolado._.. Não acha-I^^L va graça cm

\M ~t nada. A co-

mida para elle

J£&*~~ não tinha mais

gosto.

^•r^2^H______P^^^

0 sacy perêrêFicou doente da mesma maneira.

Não tinha mais a azia nem o calorde fogo na garganta, mas andavabanzando como cobra que perdeu a

peçonha.Sua vingança era caçar. Ia para o

matto cedinho e voltava noite fe-chada, trazendo pacas, raposas, ta-tús, cachinguelcs...

Todo bicho que passasse ao ai-cance do seu tiro via a queda. Eraum bicho morto.

Certo dia elle amanheceu com ca-ra de mais doente.

Disse que tivera febre de noite esonhou que tinha atirado numa ser-

pente grande com asas no meio damatta. Pegou da espingarda e foi.aJiindo.

A gente aconselhou que elle nãofosse. Elle era teimoso quando esta-va bom, quanto mais assim doente...

Disse que não tinha nada de mais.

A íebre já tinha jiassado, elle que-ria matar a serpente, e mettcu-.se na

malta.lVsou lá o dia inteiro. Chegou a

noite e elle não voltou.A gente ficou com cuidado. Nâo

lhe tives.e acontecido alguma cou-/*•

sa. . .Elle não andava Ia muito bom da E. W ANDERU.

cabeça, não... Aquillo era scisma.Fomos ver si o encontrava-

mos. Bate daqui, bate dali, de-mos com uma coisa cahida nõmeio da matta. Accendemos oisqueiro e vimos que era SeuNico. Estava desacordado. Car-regámos com elle para o rancho.Demos-lhe mésinha boa paramaleita e elle foi melhorando.

Quando abriu os olhos a pri«meira coisa que disse foi: •—•O sacy.'...

¦— Vosmecê viu, Seu Nico?li— Vi, sim, respondeu elle, sem

poder se levantar do girau..E explicou o "caso":

Elle veiu pulando, pulando,pulando* num pé só, com um barre-tinho encarnado na cabeça, carapi-nha, e um cachimbo na bocca... Che-

gou perto de mim e pediu:Ocê nãc tem um pedacinho

dc fumo pra mim, Seu Nico?E elle sabia seu nome?Sabia, sim.. . Eu procurei tini

pedacinho de charuto... Não linhamais. Fumara os dois que me re*-tavam. Elle ahi me atirou no chão...

Fiquei no chão...Não sei mais de naaa...

Está vendo? O senhor diziaqtíe não acreditava... Tá hi... Mas Oculpado disso foi o doutor que "im-

prohibiu vosmecê" de fumar, e sódeixava umas migalhas de charuto...

Foi mesmo... Foi o doutor oculpado... Foi elle, sim....

E o pobre Nicoláu,no delírio da febre,ainda julgava ver osacy-pcrêrè, pulan-do, pulando a lhepedir fumo pano seu pito...

tÁ ....

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O TICO-TICO — 20 — 2i _ Junho _ 1931

Couío eu "gostaria, minha máezi-nin querida, de ser sempre peque-nino assim!...

Como eu seria feliz, se sempre fos-se pequenino assim!..,

Como eu gostaria de dormir sem-prc cu teu regaço, ouvindo sem-

pre aquella historia "Era uma vez'a acariciar o meu adormecer!...

Como eu seria feliz, se nuncamais eu crescesse, se sempre fosse

pequenino assim I...

Como eu gostaria dc ser sempreacariciado por ti, mãezinha queri-da!...

C< mo eu gostaria ouvir sempre atua voz carinhosa, toda encanto, to-idfl bondade, que çmbala meus so*nhos de ventura, de felicidade!...

Como eu gostaria, mãezinha que-rida. ser eternamente beijado porti.

i^AttMwmil

WtWaM\\\m\Wk-í^^

jCoiiio ciilícrí^ríclízLnA' MINHA MÃEZINHA

*--*-j-*«j--ij-u-\r-j\j*u^^ ^^/^¦'^*^^*^¦'l^^^¦*v^v^%¦^^v'Nl^^^¦/•»^^^

O Castigoda

desobediência

Uma mulher viuva tiniu um fi-

lho, único, chamado Mario.

Iímbora sua mãe fosse pobre, poijvivia da lavagem de roupas dos

seiii freguezes, Mario, com seus

amigos, aprendeu a andar de bicy-

cleta.

Uma tarde, Mario appareceu u-i.i

tuna bicycleta em casa, dizendo:— Mamãe, agora vou andar na

bicycleta que um amico me cm-ou.

i\ iiiãe, preveniu-lhe para que naofosse passear na estrada onde lia-via a pirambeira.

Montou na bfcytJcta, e sahiu em

tsycrra^^HbldlTiha'

Faltando leite á sopinha,Isaura, certa manha,muito cedo, á cadcirinlia,ouviu da sua mama:

*- H«.je o leite vtiu a»síin;é leite dc vacca preta.Toma a sopinha até o fim,c vae brincar na salcta.

Isaura, a linda innocentcque tem tres annos de idade,poz-se a rir gostosamente,deu risadas á vontade...

E replicou-lhe, sabida— senhora do paladar —•mal a sopinha bebida,fazendo a Üng' br:

— O' mãginha, iV/ir» c café;si fais anil áija feicndo!

Muia a vaquinha atei}fitia a vacca. bebendo...

Alarico Cintra

Como cü seria feliz, se sempre fos-se -.couenino assim!...

Como eu gostaria, mãezinha que-rida. que nunca me faltasse o tuaeterna affeição!.. .

io cu seria feliz, mãezinhaquerida, se sempre fosse pequenino

o, se* nunca mais crescesse, sepie fosse pequenino assim!.,,

Como cu gostaria, mãezinha que-. de dormi.* sempre cm tcui

Uraçps, ouvindo a tua voz maviosa,itar-me aquella historia 'Kra

unia vez".

Cmiin eu gostaria, mãezinha que-rida, de ser sempre pequenino 35-

'...

Conto eu -cria feliz, se sempre fos-se pequenino assim!.. .

Se nunca mais crescesse, como euseria feliz!. ...

// li 1.1 O

direcção á entrada, onde havia o

precipício. Ia descuidado. Dc re-

pente, a bicycleta dá dc encontro• .' uma pedra, mudando de dirce-

. c cahiria na pirambeira, se nãoe o sangue frio de Mario, que

se lembrou dos freios da machina,lançando mão dei

Voltou i»ara casa, entregou a bi-cyclcta ao ami**o c, como fosse tar-«le, foram dormir.

iou que estava no lado deuma pirambeira c, como ficamtonto, canta no... a«-oalho do

quarto.

Acordou. Tinha um braço <]ue-

brado, cm conseqüência da queda.

Foi c-tc o castigo do desobedi-

PUC.

/('-,' i tbcrlo Canalha

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_. _ Xnnhn — lft.11 21 O TICO-TICO

ENCANTOS SORRIDENTES DA VIDA

B|'i^^_____

-~^j__^J ________ í^___r __ Btíft í __SMP**"f__^^____r__i ___L ^p^-__4_B ____f*lr _P^V__i___hPN____í

nossa graciosaleitorazinha

Ramona

Milton, filho do sr. Gly-ccrio Póvoas — Ponta

Fora

Aristides, filho do sr.Tte. Annibal Barrei.)— S. João d'El-Rey

Ismael c Maria Apparecida, fi-llios do sr. Josc Antônio da

Silva

Pensamentos-cncialmente sof-

írtr e como o viver é querer, to-da a existência é essencialmentedôr. — Seliopenhaucr.

* _As eternas, as l>oap, as santa;criações do espirito e do cora-crio. sio todas geradas nas for-ças mvsteriosas e fecundas dosilencio. — Graça Aranha.

* *Xesta vida ninguém con

viver o próprio sonho: a vida étão curta e o sonho tão grande!¦— 1 iclor Hu

* *P_ra convencer ba>ta falar ao

espirito, mas para persuadir é.chegar até o coração.

Auguesseau.* *

Não le faz nada pelo an*não se faz tudo por elle. — Ruy.

* *O amor verdadeiro e protun-

do toma virtuosos os honMulheres. — Aí. Donnay.

* *Uma vida feliz é impossível;

o «pie o homem pode realizar de"tais bello é uma vida heróica.

Scliopciijiauer.

•jA-

/ i 1 l

__j_____Minha terra

Minha terraTem uma india morena,

Toda enfeitada de penna

Que anda caçando ao luar.-

Minha terraTem tambem uma palmeira.

Parece a rede maneira

Ao vento, a se embaraçar...

Minha terra

Que tem do OM a belleza

tem do mar a tristeza

Tem outra coisa tambem:Minha terra,Na sua simplicidadeTem a palavra

'•saudade" S

Que as outras terras não têm!

Luiz Peixoto

Cousas curiosasDesde 1690 o Japão faz da

soja o seu cultivo como base dealimento de sua população, em-quanto que a China faz o mes-mu com 0 arroz, como a Mand-clniria, que ainda abastece osmercados europeus.

O ;al dissolvido em ammonia-co tira as nodoas de gordura.

O único macaco todo branco,cuja existência se conhece, foirecentemente levado para Lon-dres.

O peso doe miolos humanosaugmenta o dobro nos primeirosmezes de vida, e o triplo antesdo fim do terceiro anno.

As mulheres são excluid.galerias do parlamento ja|porque, segundo um jornal des-se paiz. poderiam ser levadaspelos debates a promoveremagitação política no Império.

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O TICO-TICO — 22 — -Junho — 1931

iHO PINTASILGO

De pé, já sem febre... Eduardo,Muito fraco, emmegrecido,Rabugento, -aborrecido,Reclama contra o resguardo:

"Um pedaço de galünlia?"Eu desejo, vovózinha;"Voltar á carne e ao feijão;"Deixe eu sahir dc.-te quarto:''Quero correr!... Estou farto"De viver nesta pris.

"Que impeitinenda! (ella ex-dama)

poucos dias doente,"Cercado de tanta gente,"Tantos brinquedos na cama!"Olha, vem cá! meu nelinho,"Não vês o teu passarinho,• livre que elle nasceu!"Agora — alpiste e poleirol"Quem o fez prisioneiroDiz o menino; — "Fui eu".

O ptntasilgo trillava,Cantando serenamente. . .E a velha, calma e prudente.A lição aproveitava

"Elle canta... enclausurado!"Captivo... mas conformado!'Sem esperanças... e"1;. tu, que o livre pri"A

paciência já perdi'Restngas com tua avó!"

O ptntasilgo cantava.Saltitando. na gaiola...

. levantava:-"Aqui tens a liberdade...'Busca o teu ninho... em verdade

¦ aprender!."1 ei !

"Multo paciente hei dO pintasügo binava .Esvoaçando livremente;E o mem.-.o. alegremente,A vovózinha abraçava..,

Virgílio Cardoso de Oliveira

DO_ I M^^r UMi LJP^^ bordado

m* /^^^^^

¦Bi BB\__^ —-U. ¦ ^_ i 1—J

O que aqui se vê c facilmente sele copiar. Grandes "pois" de li-

nha brilhante, grossa, própria ja "lingerie*' dc casa que continua

r feito cm dois tons, fugir¦assim, ao classicisi bfanc >.que, apegar de bonito, não devetornar ti inte. . .

figUrir-oi deste ciumenta-rio: le: nhas de linho bran-

de 'cambraia de Imi

i-" que se vêem na tira deCÔr devem ser branco-, e no brancodo lençol *-crão rosa.

Cortinas de 'voile" rosa e qua*drados de "voile" branco, bordaa "pois" — o rosa no branco eii branco no n sa. \- i**iproceder com as differentes cores,

iK>r otitr. i cor demi; ali*dade diversa. — S.

UX ENTRE SOMBRASE" noite medonha c c-cura,Mm'

no firmam*Tremula estrella íulgura.

Falaharpa do \*en

Noite que assombra a memória,Noite que os mcd'<s comErma. triste, merencoria.

mtanto... minhalma oi.Dor que se traruíornia em « uMorte que sc rompe em vida.

hítuiuido ác Assis

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2i — Jiinli:» — 1931 — 23 — O TICO-TICO

/©©£-' VaJ

mm± * jH W * * --91

( W " roupas Pf^yr^T^]

Em Junho íaz frio... Deve fazerfrio. Porque espetamos a época dosagasalhos durante Maio inteiro, e,

no fim. é que a chuva baixou atemperatura.

Mesmo assim, acho que não incor-ro em "impropriedade", dando ai-guns modelos de "manteau" paraos meudinhos: o da fig. I, é de"drap" rosa. cortado em fôrma echa|iéo do mesmo tecido; fig. 2 —'"ka-ha" branco, também em fór-ma c guarnecido de pospontos detorçal de seda; fig. 3 — veludo dealg franzido nas hom-breiras, gola e punhos de "agneati"cinza claro; fig. 4 — "pardessus"

de "tweed" em vários tons dc cin-za; fig. 5, ''manteau" de crêpe azulde pervinca e pequena capa cahin-do nas costas; íig. 6 — "manteau"

de velulo de lã verde pálido, gola eaba do chapéo de "petit gris".

Agora, um grupo que lembra aprimavera: vestido de crêpe setimro*-a e babadinhos de "georgette"

do mesmo ton. plissados; "man-

teau" de crêpe azul de louça enfei-tado de nervuras; "garçonnet" deflanella branca e viezes de seda ver-melha na blusa; vestido de "geor-

gette" marfim bordado a Richelieu"azul. — S.

HISTORIA DOARLEQUIM

Na cidade de Campo? havaescolas, cujas educadoras eram mes-tias formadas na Esco'a Normal doDi-tricto Federal.

A Escola Pedro II era consideradacomo uma das primeiras. No 4* anuoprimário havia CO alumnos. sendoquasi todos men'ncs. Eram bastanteestudiosos; existia nos coraçõesdestes petizes o que chamamos amorfraternal. Durante o recreio brinca-vam muito; ao passo que, nas aulas,prestavam toda at.enção ás ex;ções dos mestres.

Celso, sendo o primeiro da turma,tendo coração generoso, explicavaaos mais atrazados, dentre elles Ar-lequim, que muita das vezes não en-tendia o que os professores ex-pücavam.

Nas férias, Celso ia quasi semprepara o Rio, visitar sçus avós e es-crevia para todos, prneipalmentepara Arlequim, que era seu maioramigo. Mulo antes do Carnaval, jádiscutiam qual seriam suas fantazia-Uns iam sahir de pierrot. outros depalhaço e cada um idealizava suatantaza.

Arlcquim só ouvia a pales'.ra ani-mada dos camaradas... Celso, per-cebendo alguma tristeza no amigo,foi a seu encontro e com carinhoperguntou-lhe:

— Não te vacs fantaziar esteanno?

Os grandes olhos de Arlequiw,cheios de lagrimas, permaneceramin-.moveis durante algum tempo; e.com vez tremula, disse: — Vontadetinha eu, mas como sabes sou po-bre e minha querida mãe acha~seadoentada; devido a isto. penso nãopoder comparti'har de tua a'egi'ameu muito querido amigo.

Celso, commovido, retirou-se. Con-uido com os collegas. combnou

fazer surpresa ao Arlequim; cadaum daria um pedaço de sua fantaziae ass m, Arlequim faria uma. paraele também brincar no Carnaval.

Arlequim, agradecido, abraçou osbons amigos, correu para ca-a ale-gre e entregou a dádiva á mãe que.sendo habilidosa, facilmente t;formou os trapos em uma bela fa-.i-tam. No segundo dia de Carnaval,Arlequim, muito bem trajado, pe-netrou nos salões, onde o esperavamcom grande ansiedade seus amigo-.

Foi quem mas se divertia, po»a; a todo o instante se lembrava que

sua fantazia representava a dedicaçãode uma mãe e a generosidade deamigos.

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O TICO-TICO — 24 — 2\ — Junho — 193'

Asaventuras

doGato Felix

{Desenho de Pat Sultivart

— txclusividade do "O

TICO-TTGO" para o Brasil) Dopois de ter conseguido entrar a bordo do E ouviu o capitão do navio di-navio, o nosso heróe Gato Felix escondeu-se dentro zer «pie iam para a Chinade um bote. Horn.r!I

Tíl * l I fv~ri—x s ~iz£zr

iPtíMÍÍ._i

Para a China elle não iria e Gato Felix .. .noutro navio. Es-fugiu de bordo. E logo depeís entrou..« tava com fome e foi...

.. .procurar comida. A cozinha e- rta;Um pedaço grande de carne desafiava o appe-tite de Gato Fcllr.—1144^4- Jtfflt

Ia o nosso heróe abocanhal-o quan-do surgiu, hediondamente feia. a ca-

7 (lO. . .

.. .cozinheiro, um preto mal encarado, feroz, ameaçador. Gato Felix

x3B x.. uni salto de SUStO e fu

tendo antes nilhado um nacofie carne.

^aa-ajaasj \* / /i^5! ¦"/ —~ *W i

Ia comer aquelle-...cai. «a :t rodar-lhe. Gato Felix largou o pe. — Voa morrer! Vou morrer !—dit•«arname cheiros-i Tonteiras? Que seria daco de carne e cabia no voz fraca o pobre lichano.guando sen tiu a... auuillo? cl ;a)

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_:_ Junho — 19.1 — 25 — 0 TICO-TIC*

r^ c_- ^*i_y<!3-J _ -_-^_ry-~JÜ£2jJS_--_~_I

Reco-RecoBclãpeAteilona queriam aprovei, ar odomingo para brincar» um boccado. Pana isso Porambuscar um enorme "papagaio"que lhes Unha sido...

.dado de presente. O vento estava favorável. Azei-ronarnepou ao telhado, segurando-o, com aiuda de Ré-co-Reco, e Botão pecava o Fio,...

•••por ser o mais pesado. Dentro em pouco o 'pa-

paçjaio" estava alto, bem alto. Então Peco-Recoquiz» seç*ur>al-o...

..e ma! rinha pecado no Pio, um pe de vento-mais forte carreou o*papa^aio" levando-o.de-pendurado, a espernear...

..emquanto os outros dois fritavam, muito espan-fados, e sem saber o que faz-er para salvar Oami$o pm rão prende perigo.

A Pinai o ven. o diminuiu um pouco e elle veio des-cendo,descendo,a.e'quecahiu rfum campo muito r^r-an-de, deshabi.ado. deserto.. ....

MODA BORDADO

_-_-.'_---_-_-Jw_-^j%-.-^ Numero de Junho á venda 'w^wwvwwww

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O TICO-TICO — 25 2i — Junho i__i

VConsultorio da CreançaFASTIO

•V mamães, desejando vêr os fi-lhinhos robustos e sadios, muito sepreoccupam com sua alimentação.Todavia, apesar do cuidado com qu»;é preparado o "menu" da creança,« a muitas vezes rejeita-o em ab-soluto, apenas outras pro-.vaiulo um pouquinho, recusando oresto. Começa dahi a luta para quea creança se alimente. Mil cousasção promettidas, historias compn-das são contada»;, na hora das refei-^õcs, na preoccupação de, di. trahin-do a creança, fazer a mesma alimen-far-se melhor.

Quasi sempre toda esta luta, todasessas tentativas são infrutíferas. Os'pães não sabem mais o que hão deíazer para resolver o problema. Tu-ido tem sido em vão. N3o raras ve-zes ameaçam os filhos com casti-gos e outras vezes falam na "Ve-lha" que carrega as creanças quenão comem bem. Apesar de tudo, acreança resiste. Continua rebelde.Não se alimenta. O habito de tor-çar a alimentação empurrando-ana bocea, além de intempestivo ccorrespondido quasi sempre pelovomito. A situação permanece, por-tanto sem solução. Que devemosfazer?

TRATAMENTONa presença dum caso de fastio

(devemos primeiramente verificar se

a creança está com regimen alimen-tar em condições, e, no caso affir-inativo saber se o observa. Não ra-ras vezes a creança tem o habito de

•iier guloseimas (bonbons, bal.no intervallo das refeições, outrasvezes -antes de iniciar o almoço ou

jantar bebe grande quantidadeifagi

A indisciplina de alimentação éuma causa importantissima dc fas-ti«>. Muita; vezes, tudo se resolveI/em, uma vez que a creança sejaâubmcttida a uma dieta intelligente.

Evitar os alimentos muilo quen-ou muito frio... Alterar a alimenta-ção para combater a monotonia do"menu"'. Não permittir as raçõesexaggcradas nem muito a. sucara-das. Aconselhar calma, de modotpie a creança se possa alimentarcom o vagar necessário, não haven-do necessidade de correr para ir á

Ia ou brincar, abandonando asrefeições quando mal as havia co-meçado. Ao lado desses cuidados,devemos insistir na pratica da gym-nastica, da vida ao ar livre, na praiiou no campo. Quando, apesar de to-das estas precauções, o fastio ouanorexia persiste, devemos observaro catado dos dentes, da garganta,do ouvido.

O fastio ainda é muitas vezes oresultado de tuberculose, lues, pyet

lite, adcnopatlua, vcnninosc, etc.Nestes casos só um exame medicopoderia esclarecer a situação e iu-diçar o melhor caminho a seguir.

CORRESPONDI-NCIA

Mme SILVA FERNANDES(Rio) «— Continue com a mesmaalimentação, somente deve aceres-centar uma colher das de chá deCazeon (nova formula) em cadamammadeira.

Mme VIEIRA DE SOUZA(Rio) — Pode dar duas vezes aodia uma colher das de sopa comcaldo de laranja.

Mme- ESTHER PIXHEIRO(Rio) — Divida uni comprimidodc helmitol em cinco partes e dêuma parte dc 3 em 3 horas com umpouco d'agua e assucar.

Anso — As consultas sobre regimensa.iineiiU-í-., perturbações nutritivas e do-cnças das crianças podem ser dirigidas oapara o consultório oa para a residência doDr. Octa-io de Veiga.DR. OCTAVIO AXGEL.0 DA VEIGADos Cor_s_.Hor.os dc Hygiene Infantil (D.N. S. P.) — Medico da Creche da C_t_dos Expostos — Especialidade: Ducoçasdas Crianças — Regimcn* aliroentares. —Residência: Rua Jardim Botânico, 174 —Telephone 6-0327 — Consultório: Rua As-icmbléa, 87 — Telephooe 2-2604 — 2as.,

4as. c Co». — Dc 4 is 6 horas.

SA BONETE_M:

PREÇO PORPRECO-E O MELHOR!NA. PERFUMARIAS lOPES-Pin.-Pa._0._A7AUX._A.ARA7I.Í.,.__..-

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2* — Junho — 1D-J1 27 — O TICO-TICO

.TADO TO CONCURSO N. S.M9

/ Jn& /\

A svlurão txacta do CO.tevrso

Kolurioiiislas: — Alcyr Fonseca, Joel M.KatMte, Norah Escobar Moura. UHti-itinho n. Ratto. Galba da Fonseca \vi.il>er.Augusta li. Filho, Manoel Peixoto Giorda-nl, Berenioa Lisboa, I'aulo de Tharso. OH-SNUM ira, Odfcvaldo Cardoso Bctto,Bebasttao Botto, Felisberto Saldanha, .*.l-talr Fonseca. I0»i~a Wilches. Armando l'i-nho, Nair C 1'inho. Lauro Augusto Co-•n**, Jayme Carneiro. Geraldo BariLincoln FaUAo, Zulmira Lopes. SylviaAraujo, Adio Lopes Torrm, Kòet.ezer Fer-¦an., Mendonça. Juracy de Faria-^' .-rim. Alayde d'Aleasandro, Sydney deSouza. Kini.io M*-ncanlni, Gast&o Paulo,Alayde de Oliveira. José Maria Ferreira,¦Nelson I»orto da Silva Dores, G. do CottoI'aulo Mareillo Barcellos, IlelmoKr.-l)s Aquino, Manoel da Silva. José Au-1 no Damaecno, Aardel Geraldo. MariaOlocta da S:lva. OlyVnplo José doa Santos,Alberto VaHadares, Mary Campos de-Alva-•rcr.ça. TrlslAo Alves Feitura, Maria doLourdes Barcellos, Maria José Barcellos,' a C. de Mello. Maria Apparecida B.

>s, lldeilna Moacyr d«* Carvalho. Pau-lo A. Ferreira, Ary Marfim Amaral. RJ-*>ot .. ,a, Maria HelenaPalharea. Pedro Gomes. Cícero da FonsecaDiniz, .looel l'er<*lra N. ves. Walda Oliveira» Silva, Arlir.da Moraes. Stelllta de Lima,'r.ilvom-*. Jouno. Lu'z Cosia, Ananlas San-toa, João Baptista, Walter de Sousa Mello,Andy liu-a do Oliveira, Wcrner KraU,

i iMla C. IVrcira, Aldo Vieira do««sa. Gizclda Esteüa, Manoel Botelho Ga-

V I L U I. A S *

M_fe3*--^^^íí|v2)IP1LULAS DE PAPAINA E PODO

FHYLINA)Empregadas com successo nas moles-

tias do estômago, fígado ou intestino».Essas pílulas, além de tônicas, tio indi-fatias nas dyípcpsias. dores de cabeia,«nolesfiat do fígado e prisão de venire.Sio um poderoso digestivo e regulari-síiíot das funcçCes gastro-intestínae».

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lhardo, Djenane Simões, Madge Loghordey,Krno Schuvind, Carlos da Silva Teixeira,Honorio Lisboa, Maria José Pimentel, Ma-ria Angela Pessoa, Maria do Lourdes Pes-soa, Ita França, Gastão Rodrigues, Hercl-Ua Valente. José Henrique Araujo, Adal-i to Shmldt, Waldyr B. Oliveira Santos,Jordão Reginato, Tosinha Machado, Adet-nio Cardoso Botto, Paulo M. Fernandez,Maria do Lourdes, Clelia M. Fernandez,G>lda Maria Fernandez, Antônio Oloheshel,Aithur Bastos Barbosa, Joào MaurícioCardoso, Jorge A. Lima Figueredo. LenyCarneiro de Sâ, João Pintamar, YolandaArnaldo, Zlgomar Lacôrte, Juracy Pereira,' ..! d.* Az'velo Lima, Dolores Soares, Jo-¦I Goyta, Assis Alvarenga. Oswaldo Le-mos dos Santos, Izaura M. Brito, MariaDutra de Lima e Silva, Elza de AraujoOetavlano José Vidal, Yvonne Reis, Flori-ilha H^is. Ney ia Leal. Ruth Pinto da Crus.Nelaa Mandes, Talitha Fonseca, OndinaAleixo, Carmem Maria. Antônio Pimentel,Lea Silva. Joio Baptista, Lygia Bedtgcn,1 (aroldo Mattos, N*¦>• Lourdes da Costa,Marcilio Amynthas Jorge, Nathalia Coelho,Aftonso Müllod, Jurema de Campos, H.

Ij Aíbeneu Ousnaiiara íRua dos Oitls, 4J — (lave*

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rui*-**. Zalra Amaral. Sérgio Geral-d,. Roberto Bocha. Miro Macieira. I.eda¦'Am.a. K' píer

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nandrs Maria Ida Ruasv'm ' "arnelro. Pedr

Lima, Carl rre*i I..:'.!. J< • ¦'¦ A. Malhas. Maria

reta \*:ir ->n.Oinca de Freitas. Moacyr Correia, Jo»*' Oa

Silva Walf, Ireee Marques ao OliveiraJoão Jorge Barros, Antônio Marques daCarvalho, Leonidas de Freitas, Leocio Baa-tos. Edmundo Sodré, Oswaldo Mendes, Ro»berto de Britto Pereira, Ruth Pinto Nu-nes, Pedro Alanibcrt Teixeira, Checri Fa-rah, Haroldo Etlgard Strang, Myrlan daSouza Lopes, Milton Rocha, Wagner Zone-cher. Mana Ignez, José Maria Arruda,Acyr de Azevedo, Nilo Ruth, Joio Herna-ni Betiega, Roeiovalho Rego Souto, CarlosFerreira Botelho, Maria Eugeula, OswaldaMartins, Milton de Carvalho, Irmã Rif-fald, GWberto Leite de Barros, Ramlro Al.ves. Geraldo dos Santos, Levino de Souz-i,Domingos Troecoll, Maria Ferraz, Juran-lyC. Oliveira, Decio Geraldo da Silveira,Bracelnlm Bracclnl, Almir Baptista, PedroBaylio, Tupy Correia Porto, Tavlte Parai-so, Enid Barbosa, George Zaylor, JuracyrXavier Baptista, Hélio de Godoy Tavares,Octavio Teixeira, Arthur 8. Netto. JoãoPul.lio de Moura. Luziar Ferreira de Car-valho, Thomaz de Miura. Celio da Fonse-ca Brandão, José Fernandes Pena, ZezinhoS.ivar.so, Thais Maria do Prado, PauloRoberto Carvalho, Aracy Tenorlo deAlbuquerque, José de Araujo Pinheiro. Al-fredo Alves de Oliveira, José da Cruz VI-dal. Jur»ma de Castro Lyra, Vi]e José L.Abbate, Nelson P. de Amaral. HenriydieoAlmeida Barros. Avany Granville Costa.Luiz P. de Souza, Marina Carvalha Gas-tio Ávila Arreguy, Maria Celeste de Sâ,Oenny Cony, Nelson de Almeida. Luiz Car-los. Renée Borges Monteiro, Renato B.SNapoleSo, Ruth Blcca Ribeiro. Lilia Tran-jan. JoSo Carlos Guise, José Isola Filho.Helena de Borburema. Marina O. Gomes.Margarida Ramos Bittencourt. Lilette Lo-pes, Francisco Isoldi. Luiz Augusto Gan-tois de Carvalho, Walter José da Fonseca,Lapraro Antheres de Araujo, Rubem Dia*Leal, Nathalla Sinins. Mvriam SampaioTavares, Edesio Esleivez. Homero H.Rangel, Arnor Tavares ltego, Waikyrla dosSantos, Decio Teixeira de Vasconcellos,Hugo Banadas, Nelly Berto. Octavio JoséPagano Dyrce de Oliveira.

Foi premiado, com um rico livro d* his-torias Infantis, o concurrente.

OSWALDO LEMOS DOS SANTOSde 10 annos de Idade e residente A rua ltde Junho n. 59-A, em Corumbá. Estado deMatto Grosso.

\ mm ii contos 1Nenhum escriptor oa contista

brasileiro dc-e deixar de concor-

rer no Griimie Concurso de Con-

tos promovido pela rcvrst*» "Para

todos...» com graudea premloaem dinheiro, cujo total ultra,

passa a cinco contos de réis.

Leia em qualquer numero de».sa revista, cm paginas inteiras,

S as condições e bases pelas quaesí é regido esse "certamen", que

i s© encerrará iuipretcrivelmente

5 no dia 29 de Agosto.

¦:

i

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O TICO-TICO — 23 2í — Junho — 1»:.l

/ ^ r!.a^fc

meu filhinho:CA MO-MIU-INAEvita os accidentes oada DENTlf .«CO ' f ACIUTAa SAHIDAD03 DENTES#/g Ibdas ai pw)qrjnaet^_

A' venda cm *.o.!.iv as i)Ii:irinacíai

l)araunt)a5Íinbas

lUSlLlAlxi l>«> CONCURSO X. *

a»;

!• — CasacSo.f — Tanga — Manca.1* — O da contusão na cabaça.«• — l'« z.6* — A cliuva

Sétucionitlai: — "iolanoa Marques daCunlia, C:irm-:i .Maria, JorO Maria PMM|.¦ra, 1'edrosa He Paula, Oderico P. Tinto,Guilherme de Oliveira Itanford. Joio IUs-ta, Jard'.-; Geraldo de Souza. Maria Ap-•parecida II. Santos, Josi de A. Maihado,Myriam_*lAip<-a. Nathalina da Cunl.a, Si-rp oMoreira "liruho Schliwni. JoAo Baptista daÁvila, Itubena Glanneochlni, Maria There-za Castanheiro, Maria D. Augilo Onheiro, I>ali>y Fontes Duarte, Luii Ale-xandre, Attllio E. Monteiro <fe liar roa.gjrdttay Alexandre. DyUon Drumond. MariaBoarte, Adelmo Maurício Dotto. AlialdoCardoso JJotto, Tolanda Barros Freire, OI.

Frrnando Octavio <•Cella A. Lima Fi«-uelre<k», José *»!ao Jiotlo. Beatriz Latary. Levlno ¦Rodovalho B. Souto, Decio Geraldo S

«íermano da Costa, Orrh:Oliveira, J<»»í de Araujo Mnlieiro. Aur.-HoAVllohea. Maria Lytla Coimbra. HeüoImbra, Yolanda Aydos. -VVlnlclo Nal. pina-kl. Joio M. Cardoso, Teimo Souza Uma.Marta Ruffenia, Walkyria dos Sarlo. lUyraundo da .Iubel B. Gogllardo, Mariazinha Geves, Sebastlto Uott* do Barros.

Foi premiada, com um. luxuoso livro dafcjstorlas infantis, a concurrente:

OnCHIDEA IJ:i:i;ii*.a DA SILVA

da 1* annoa de Idade a moradora t A .a-n ila Suburbana n. 1»CJ, nesta Capital

MODA E BORDADOTA* A' VENDA A DE JUNHO

CONCURSO N. 3.564

PAIA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOSESTADOS PRÓXIMOS

Perguntas:

1» — E'le c pe'xeElla é calçado.

Que c?(2 syllabas)

Isabel Galhardo

2* — Com T sou um \Com F não sou grossaCom M estou dentro da terraCom S sou destino.

(2 syll:.l«.i)Da me»ma

3' — Qual a bebida cujo nome eformado pe'o advérbio e pela virtude?

(2 syllabaí)Odette Silva

4* — Qual o rio do Brabil que temjiome de côr?

(2 syllabas)Marina V. Ivma

5» — Qual o insecto cujo nome êformado pela onda e pelo fogo?

Í4 syHabas)Da mesma

As soluções devem ser enviadas iredacçâo d'0 Tico-Tico, devidamenteassignadas, separada» das de outrosquaesquer concursos e ainda acompa-nhadas do vale que vae publicado aseguir e tem o numero 3.564

0 MENINO...0 RAPAZ...0 HOMEM!i*

ATRAVEZ DAVIDA,

cm qualquer idade sócompram...

OCAM1ZEIRO28/32 Assembléa

TENDES FERIDAS. ES PI-NHAS. MANCHAS, ULCE-RAS. ECZEMAS. emfim qual-quer moléstia de origem SY-

PHlUTICArnsae o poderoso

Elixir de Nogueira

do pharme*

Joio da

Chimico

Silva Sil-

veira

GRANOFDEPUKAT1VÜ DO SANGUE

Vinho Creosotadodo Pharm. Chim.

Joio da Silva SilveiraPODEROSO FOR-TIFICANTE PARAOS ANÊMICOS E

DEPAUPERADOSEmpregado com íuc-cesso o a i Tostes,liroocbites e Fraque-

ca geraL

Para este concurso, que será encer-rado no dia 16 de Julbo vindouro, da-remos como prenvo, por sorte, entre assluções certas, um rico livro de bis-lorias infantis.

¦*¦**-Ta—

JL\Ú

¦ML V M -J**e**w*aBasBBBaaa*irér^~A ¥

PARA «9CONCUSO

N*

A vos dias crianças-, que íoste menino

n«i te entoarmos um hyiuno,conlicct a v«iz.

— Deixac-ns idi-^cs-tc um «lia)vir a mim.

E híoje ri com (|tic alepria• acclamam ¦- a

Tu, que ama «iiniças,rccel>e o preito infantil:

H esperançasdo Bn

Jon.ühas Serrano

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24 — .Junho — 1931 — 29 — O TICO-TICO

^F^^^^^^-l^__r^_________L I__^V^ a^B_____r *€¦____¦ _____r *vl _B^ "^ l"^_____________

A LENDA DA GLYCINIAKm uma tormentosa noite dc outomnj

tim raio cahiu sobre nm velhíssimo plata-no que estava no meio de um prado e des-truiu todas as ramas. Somente o troncoficou direito como um pobre corpo miiti-lado c que dava piedade só de olhar.

Quando o jardineiro da quinta em queficava situado o prado deu conta do des-«stre, disse tristemente:

— Que pena terão os patrões quandoVoltarem á quinta, na primavera!

O platano ouviu as palavras c sentiu en-fcgclar-sc o coração.

lira desde quasi cerca de dois séculos Oamigo fiel.V o anjo tutelar daquclla íami-lia. Quantos meninos havia visto conver-ter. ii... e en, homens e logo cm paes e logo

TRADUZIDO POR NHAXHAPEQUEXA

em avôs! Com suas ramagens frondosasprotegera o somno dos pequeninos, ps jo-gos dos grandinhos e o trabalho c as lei-furas dos adultos 1 Todos lhe sabiam que-rer bem e o respeitavam. Que dor seriapara todos não vel-o mais! E o platanopensava com tristeza quasi com humilha-ção, nos olhares piedosos que se pousa-riam' cm seu pobre tronco.

O inverno passou tristemente, porém,mais triste foi a chegada da primavera. Emredor todas as plantas despertavam numaorgia de cores e perfumes: o platano eracomo um morto quedado em pé no meio

CONCURSO N. 3.563

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOS ESTADOS

¦¦Hi ! m < f ¦ c-oy 1

\ 3Í____-I-^á) Qy-^-*\~~~M

^¦^gHÍMMta^Mi^^kB^^MVI____________________D

Recortem os pedaços do "clichê"

fruto e formem uma "pose" dc Chi-quinho c Benjamin.

As soluções devem ser enviadas &'fdacção d"0 TicoTico, separada» das«e outros quaesquer concursos e acom-panJudas nâo só do vale que vae pu-' ulo a seguir e tem o n. 3.563 comotambém da assignatura deidade e re.idcncia do concurrente.

Tara este concurso, que serã encer-

rado no dia 20 de Julho vindouro,

daremos como premio, por sorte, entre

as soluções certas, um r-co livro dc

historias infantis.

wê**- *^f^^r*

Wr 3..03 tr^

dos vivos e cada dia mais se envergonha-va do seu velho aspecto e soffria maisprofundamente por sua sorte infeliz.

Uma madrugada, emquanto o fresco ro-cio passava, delicadamente nas flores eplantas convidando-as a accordar c cum-*>rir o labor diário, o tronco sentiu abase abrasada por uma plantinha que nãoconhecia.

Quem és?Chamo-me Glycinia e caminhei bas-

tante para vir consolar-te. Tenho tantacompaixão dos velhos! Sei que soffres epensei vir abrasar-te com meus subtisguias. Por agora não posso fazer nada:não tenho flores e as sementes me asso-inam bastante tarde.

Durante d:as e dias trabalhou cnc-.rn?-çadamente: dava voltas curiosas em redordo tronco e subia, subia rapidamente, en-volvendo-o todo, impaciente por chegar aocimo.

O velho platano estava commovido pelabondade daquella planta que o queria, aelle, pobre velho enferme! Sabia que qua-si -.n.p.e os jovens se esquecem que ai-gum dia envelhecerão também e não que-reto ser amigos de quem é muito velho demais.

Porém o acto piedoso e gentil da Gly-einia havia sido notado por quem podiarecompensai-o e em uma luminosa auroradc Abril um grande prodigio se deu: acaritativa plantinha se recobriu de bellis-airaot ramos de flores de um liiaz tênue,tinto, doce e melancólico que se barmoni-sava com a alma triste do vellio plaj,ano.O tronco da velha arvore se volveu en»um maciço oloroso de flores que todosadmiraram.

E, dahi por diante, quando volta Setem-bro, a planta da glycinia _ uma da» pri-meiras que desperta e cobre, rapidamente,com seu manto florido, os velhos muros,as casas pobres, os troncos mortos, dandoa todas estas cousas tristes uma illu.ãode juventude e de vida.

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O TICO-TICO 30 r-

flOs noíT\es dosiT\eus amigos

(MONÓLOGO)

JbTenho uma serie de amigos,Cada qual mais engraxado,E cujos nomes contrastamCom o typo do nomcalo;

E' de estatura baixinhaO que tem nome de Altino,Não gostando de viajarO chamado Peregrino.

Frisando bem o contrasteO Alvim é rapaz moreno;Tendo elevada estaturaMeu amigo João Pequeno.

O Bruno sempre foi claroE louro como... allemão.:O Pacifico é vidente,Mas o Cordeiro é um iefu».

O Armando Guerra... Coitado!...E' um tão pacato rapazQue vive armando... o precisoPara viver sempre em paz.

Prudente é um impulsivo,Não refleete no que diz.E o Felicíssimo, então?.. .1

i e::.c mais infeliz,

O Callado é falastrão,E o Franco tão reservadoE SOvina que não g.Nem dez réis de mel... coado.

O Prospero vive sempre-Clieio de atrazos na vida;Tudo lhe sahe is,l.m decadência sabida.

O Zé dos Santos... Cruz!...Credo!...

Vende nabiças por nabos;Hercjc, cm vez de "dos Santos",Devia ser Zé dos Diabos.

O Innocencio é ma!_¦" o Fortunato sem s(I Hilário c triste, não ri,E o Vivaldo é como a morte.

O Nasciso... Oh! como é feio!...O Pe&ro Velho é bem moço;O Juventino é que é vclh-.De encarqu;'liado arcabouço,;

O Antônio Gordo é franzino,E o Delgado é que é rotundo;O Altivo é modesto, humilde,.Sujeita-se a todo mundo.

O Genuíno me parecelin pnico... falsificado:Pinta ns cabellos e a liariaP'ra ser moço, o disfarçado.;

O Arco-Verde é... amarcllo,E o Montenegro*... alvaceuto.O Rocha um sujeito mollc...

Gentil brutal, odiento.

O Dcmosthcncs é gago,O Levino ben pendo,O Áureo tem calx:l]os pretosNada cm seu todo é dourada

O Pinto é forte, alto e larg'_,Um elephante parece,Emquanto o Forte... é fraquinhoComo um pinto que não cre.ee.

O Paulo Salgado é in.-ipido,De voz doce assucarada.

nto é amargo o Dulcidio,; mista camarada.

Tem o Servulo a mania3'. mandar e decidir;Não se presta a cousa alguma,Nem a ninguém quer servir.

O Justo faz injustiçasSe não encontra... vantagem...

apanha ecorreSem a mínima < ¦

O Veríssimo se faiaYc-se logo que elle mente.E o Severo c bonand

nho, meigo, indtiigcntÇ.

O Ventttra não tem sorte.Tal qual como o Fortunato;O Mareio fl te farJa

i gênio calmo, cordato.

O Baptista inda é pajE o Siiuplicio c... complicado;O Scctindino quer serPrimeiro em tudo encontrada

_'• — Junho — 1931

¦ Origem da palavralarapio ;

1'.' n niv: puramente romano; foiinventado 205 annos antes de érachristã.

Havia nesse tempo um pretorchamado I.UCUS AMARUS RU-FUS APIUS que era um perfeito

niciro.ü povo protestou mais de uma

vez contra os seus actos, mas o ho-niem tinha mai> ganância do qu.brio e não arrepiava carreira.

Que fez o povo?VingOU-se como costuma fazer.Das iuiciacs cotti que 0 pretor as-

signava — I.. A. R. Aptas — fc.a sua sentença dizendo Lar-apius.

O nome pegou: jà cincoenta an-dejiois andava no* livros dos

grammaticos c agora, nos moder-tempos, anda em cima de todos

aquelles que se apropriam das om-!' próximo.* * *

PENSAMENTOS

A nevoa? A oewoa i como a feli-cidade. Nós a vemos quando estádistante e da que nos rodeia não ve-mos nada. — Augusto GX

Eu nunca fecharei a porta dosfiicus sentidos. — Tagore.

A desgraça é a nossa melhor mes-tra. E' cila que ina o senti-do da vida. — Analôlê France.

Só os pobres sabem dividir. —Oscar Wiide.

tendo nenhum perfume,0 Firmo vacilla, é tropegoE dc cahir tem costume.,O Rt :is é republicano.O Constantino... inconstante;O I.vra não sal» musica,

infante.O Marinho enjoa a I* >rdo_O Job é rico, abastado,O n-V* munia,E do.

Dc todos cs>e- um sóAo nome correspondeu

ete; i o Pau. . linoE e«se Paulino... «¦ 9 eu.

E. wx ;)i-;iujíV

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Os lonhoi| Ue Nadai

» i * • /

0 «55»

%

deseja óio para

O sonho ilndo de todas as ereanças, na qua-dra festiva do Natal, é a figura veneraoda do -_ ~nY/velho Papae Noel.

Em cada creança vivem sempre, por essatempo, um desejo, um anseio, ama esperança,para a posse de um cobiçado brinquedo,que o velhinho das longas barbas bran-cas traz escondido no sacco de surpresas. -_r h/Pr— Vou ganhar uma bonecal — sonha a m©- \/

nina — Vou receber um trem de ferrol —menino. E cada brinquedo é um motivo de dese-

a noite risonha do Natal. Ha, porém, nau cousacobiçada por todas as ereanças — 6 o

ALMANACH p,uQ TICO-TICO" PARA 1931

Publicação das mais cuidadas, única no gênero em toao o mundo,Ü ALMANACH D"0 TICO-TICO" PARA 1931, que está

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tt h o, Carrr.picho. Jagunço, Benjamin,Jujuba,' Goiabada. Lamparina. Pipoca, Ka- ^^ • ,7Ximhown. Zé Macaco. Faustina e outros perso- ~*S*-Ísí*• _ens tio conheçidov das ereanças, tornam essa pu- ^_H-_-_-_-__-blicaçâo o maior e mais encantador livro Infantil.

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AS AVENTURAS DO CHtOUlNHO O AÇUDE

I 1 >! li " ^' > > '

Chiquinho estava gosando as lerias na Fazenda doAçude Grande, no Estado do Rio Vivia sempre passe-ando, e um dia sahiu a cavallo, levando Benjamim na sarupa. Numa curva do„.

.caminho, encontraram um boi pastando Chiquinh»teve medo do animal e passou por elle em disparada Oboi. vendo-o correr, deu para perseguil-o O cavallo. avsustado, cada vez corria mata, gaitando,..

«.córregos, valletas e ate cercas e porteiras alta», sem-pre perseguido pelo boi Os dois garotos, comquanto es-tivessem num cavallo em pello c com barbibacho. min-unham-se firmes, seguros como bona cavalleiro*. _

^s ¦ V.^ ,* ' ' * V^ J^"~ * ' ¦""»¦¦• — ' >w

Finalmente, chegaram á beira do Açude Grande. .cavallo, sem refugar. atirou-se ás tranquillas e profun-dae águas daquelle enorme reservatório. Os garoto»eram excellente».».

.. .nadadores, e por isso não lhes foi difficil. agarrado»is crinka do cavallo, alcançar a margem oppostoJagunço compartilhou da corte dos amigos, montado,porém, nas suas próprias...

¦-:*S': •'W

. .pernas. O boi desistiu da perseguição Os garotosvoltaram para casa molhados. * por outro caminhoDesta vea nio houve pancadaria, porque não tjou.tculpado».

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