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O TRABALHO ATUAL COMO FORMA HISTÓRICA Adriana Alves Outubro - 2009 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DISCIPLINA SOCIOLOGIA DO TRABALHO

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O TRABALHO ATUAL COMO FORMA HISTÓRICA

Adriana AlvesOutubro - 2009

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

DISCIPLINA SOCIOLOGIA DO TRABALHO

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O TRABALHO ATUAL COMO FORMA HISTÓRICA

Atualmente, o trabalho é visto como uma obrigação

Constituído de tarefas monótonas, que exigem dedicação permanente

Contrato aceito não pela função, mas pelo que proporciona: horários livres, férias, salário e prestigio.

Esta organização é recente e começou a ser implantada no final do século XVII e início do

século XIX.

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TRABALHO

Objetivo do trabalho

Antepassados – sobrevivência, realizaçãoAtual – aquisição de bens

Nossas necessidades pessoais estimuladas pela comunicação de massa, crescem muito mais rapidamente do que nossas possibilidades.

Nosso desejos x nossos recursosFrustração

A sociedade nutre uma imagem de existência de oportunidade para todos que não corresponde a realidade

EfeitoSensação de fracasso, perda de estima e auto culpabilidade

Conversão das pessoas em ganhadores e perdedores, triunfantes e fracassados

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MUNDO DO TRABALHOSociedade de subsistência Sociedade industrializada

Produção para a satisfação das necessidades

Produção decidida pelo patrão

Trabalho indissociáveis de seus fins. Conseqüência da vida em seu conjunto

Sujeita-se a reestruturação do mercado ou da compra de produtos produzidos

Trabalhador decide quando, onde e como produzir e em que rítmo

Trabalho em si – carga, uma fonte de desprazer, um esforço

Satisfação realizada com de esforço variável dependendo da natureza e da tecnologia a seu alcance

Satisfação –excedente e lucro

Não há diferença entre trabalho, ócio, ocupação e rituais

O ócio é tempo livre de desfrute e da entrega as inclinações pessoais

Atividades produtivas muitas vezes são dimensões recreativas e sociais

O espaço é separado, produção x consumo; público x privado

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O QUE É TRABALHO?

Hegel

O trabalho em sua forma pertence exclusivamente ao homem, pois somente ele tem a capacidade de projetar em sua cabeça algo, antes de construí-la.

O trabalho é uma forma de liberdade, em primeiro lugar, porque o homem pode ir além de suas necessidades naturais. Em segundo lugar por que o processo de trabalho dá ao homem a capacidade de dar forma ao mundo exterior de acordo com sua vontade.

Não pode haver liberdade sem trabalho, o trabalho é uma forma de liberdade.

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O QUE É TRABALHO?

Marx

O trabalho é uma efetivação de uma vontade transformadora do homem.

O aspecto de liberdade reside no elemento de vontade

A dissociação entre o elemento consciente e o elemento puramente físico do trabalho torna possível sua alienação

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O QUE É TRABALHO?

Max WeberDever e vocação com um fim absoluto em si mesmo e não o ganho

material obtido através dele;A atitude do trabalhador comprometido com o que faz não é produto

da natureza mas sim produto de um longo e árduo processo educativo;

O capitalismo é uma organização econômica racional assentada no trabalho livre e orientada para um mercado real, não para mera especulação ou rapinagem.

O espírito do capitalismo é a conduta racional baseada na idéias de vocação, nascida do espírito do ascetismo cristão;

A riqueza só é eticamente má para um gozo de vida no ócio e no pecado, e sua aquisição só é ruim se o propósito for para uma vida folgada e despreocupada;

Querer ser pobre é o mesmo que ser doente, reprovável em relação à glorificação do trabalho e derrogatório quanto a Glória de Deus.

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O QUE É TRABALHO?

Emile Durkheim

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TRABALHO GÊNESE E EVOLUÇÃO

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TRABALHO - GÊNESE

A história do trabalho teve sua origem na busca humana de formas de satisfazer suas necessidades biológicas de sobrevivência.

Na economia de subsistência, o trabalhador decidia o que produzir, como produzir, quando e a que ritmo, era dono do seu tempo.

Não existia separação entre o espaço familiar e o de trabalho, optavam pela duração e a intensidade do trabalho, de acordo com as necessidades de produção.

A medida que as necessidades foram sendo satisfeitas, ampliaram-se, contribuindo para a criação de novas relações, que passaram a determinar a condição histórica do trabalho (Oliveira, 1987).

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GRÉCIA ANTIGA

Os gregos apontavam distinções entre o esforço do trabalho na terra, a fabricação do artesão e a atividade livre do cidadão que discutia os problemas da comunidade.

O trabalho na terra possuía, originalmente, para eles, valor e prestígio, pois estabelecia um elo com a divindade, que rege a fertilidade da terra e os ciclos naturais.

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GRÉCIA ANTIGA

Para os gregos, a vida humana e suas atividades desenvolviam-se em dois espaços diferenciados: na esfera da vida privada e na esfera da vida pública.

Havia uma separação entre os trabalhos realizados no espaço privado (doméstico) e os praticados no espaço público, o trabalho da polis: daí a distinção entre os diferentes esforços despendidos e os diferentes entendimentos sobre o trabalho.

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GRÉCIA ANTIGA

As atividades realizadas na esfera da vida privada eram atividades específicas do labor, atividades estas que aproximavam o homem dos animais.

Embora fossem atividades de manutenção da vida, tudo o que era gerado era imediatamente consumido.

O labor mantinha os homens circunscritos diante de sua mortalidade biológica.

Segundo essa linha de raciocínio, o que o homem produzia pelo labor não lhe permitia inscrever-se

na ordem da imortalidade. Arendt (2007),

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GRÉCIA ANTIGA

Superar a sujeição à vida biológica e, simultaneamente, transcender a atividade de labor era o ideal grego para a vida humana.

Nessa superação da sujeição às necessidades vitais realizava-se a liberdade, não como um fim em si mesma, mas como um passaporte ou salvo-conduto para o ingresso no direito de participação na esfera da vida pública, da polis.

A liberdade era um meio para que o homem se tornasse cidadão.

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GRÉCIA ANTIGA

"O que impediu que a polis violasse as vidas privadas de seus cidadãos, vendo como sagrados os limites que cercavam cada

propriedade, não foi o respeito pela propriedade privada, tal como a

concebemos, mas o fato de que, sem ser o dono de sua casa, o homem não podia

participar dos negócios do mundo, porque não tinha nele lugar algum que lhe

pertencesse" (Arendt, 2007 p.39).

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GRÉCIA ANTIGA

Ser livre significava, ao mesmo tempo, não estar sujeito às necessidades da

vida nem ao comando de outro e também não comandar. Não significava domínio, como também não significava

submissão.

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GRÉCIA ANTIGA

Na antiguidade greco-romana vigorou o modo de produção escravagista.

No ano 310 a.C., havia, em Atenas, 400.000 escravos para 21.000 cidadãos.

As propriedades cresciam e mais e mais trabalhos eram feitos por escravos, fiscalizados por feitores, também escravos, em proveito do senhor ausente.

"Aos poucos, o trabalho do camponês foi substituído pelo escravo, já que era mais conveniente comprar um indivíduo inteiramente submetido ao seu dono do que contratar um homem livre" (Durant, 1955, p.273).

o escravo grego é escravo por condição política, e não por condição econômica.

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GRÉCIA ANTIGA

Os escravos, às vezes, ocupavam posições profissionais de responsabilidade, o que era um indício da abstenção radical da

classe dirigente de toda a forma de trabalho produtivo, qualquer que ele fosse, mesmo de caráter executivo. Os senhores

consideravam tanto o trabalho agrícola quanto o artesanal como "adaptações" à natureza, e não como sua transformação,

sendo, como tal, formas de serviço.

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GRÉCIA ANTIGA

A necessidade de escravos justificava-se , em virtude do caráter de natureza servil de que estavam envolvidas todas as tarefas que servissem às necessidades de manutenção da vida.

A escravidão, na Antiguidade, não era, primordialmente, uma forma de obter mão-de-obra barata, nem instrumento de exploração para fins de lucro. Constituía-se na tentativa de excluir o labor das condições da vida humana. Uma vez que se considerava que tudo o que o homem tinha em comum com as outras formas de vida animal era inumano.

Laborar significava ser escravizado pela necessidade, a escravidão era inerente às condições da vida humana (Arendt, 2007).

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GRÉCIA ANTIGA

Aristóteles inicia sua discussão sobre escravidão (Política) com a afirmação de

que "sem o necessário, nem a vida, nem a boa vida são possíveis". Ter escravos era a

forma de dominar a necessidade. Os camponeses, que produziam o necessário para a vida, são classificados, tanto por Platão como por Aristóteles, na mesma categoria de escravos (Arendt, 2007).

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GRÉCIA ANTIGA

A expansão habitacional levou à conquista de novas áreas de cultivo, originando, com a atividade de plantio, as noções de propriedade e de produto excedente.

O produto excedente, aquele que não era imediatamente consumido, foi gradativamente gerando uma classe ociosa, e a propriedade, tal como se encontra em estágios posteriores da evolução econômica, separou-se do trabalho, a ponto de estabelecer-se a desapropriação total de quem trabalha pelo suposto direito de propriedade do ocioso.

Nesse contexto, inseriu-se a prática da guerra, que transformou os povos conquistados em produtores comprometidos com a entrega de seus excedentes aos donos da terra.

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GRÉCIA ANTIGA

Entendida a economia dessa maneira, os bens materiais só tinham valor pela

sua utilização. A produção e a distribuição não se correlacionavam a interesses econômicos específicos de

posse de bens.

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IMPÉRIO ROMANO

Após a instalação do Império Romano, apesar de as atividades agrícolas continuarem sendo a ocupação

predominante, o comércio foi fortalecido, tornando-se Roma o centro do comércio

internacional, havendo, então, uma diversificação de atividades que perdurou

até o final da Idade Antiga.

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ERA CRISTÃ

Na tradição judaico-cristã, o trabalho associa-se também à noção de punição, maldição. Na Bíblia, o trabalho é apresentado como uma necessidade que leva à fadiga e que resulta

de uma maldição: "comerás o pão com o suor de teu rosto" (Gn. 3,19). Decorre desse princípio bíblico o sentido de obrigação,

dever, responsabilidade, impregnado à noção de trabalho.

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ERA CRISTÃ

São Bento também - grande influência na concepção do trabalho, baseando-se na necessidade de salvação do homem e sua aproximação a Deus, por meio do trabalho e como forma de não cair em tentação.

Os beneditinos, colocando em prática seu lema "ora et labora" (reza e trabalha), tiveram papel decisivo na reconstrução da Europa após a queda do império Romano

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IDADE MÉDIA

A Idade Média representa um período de transformações significativas, em relação às épocas anteriores, principalmente no que diz respeito ao predomínio da vida rural.

Ao modo de produção escravagista da Antiguidade, sucedeu-se o feudal e os trabalhadores típicos passaram a ser os servos que, por não terem a posse da terra, estabeleciam uma relação servil de trabalho, produzindo para si e também para todos os habitantes do feudo.

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IDADE MÉDIA

O Feudalismo constituía-se em um sistema de produção para uso.

Pela natureza da produção em si, não havia trabalho excedente, conseqüentemente, não se produzia para gerar excedente e nem se manifestava um apetite insaciável.

Os feudos eram auto-suficientes, inexistindo o comércio.

Ideologia de que os servos existiam para servir aos senhores. O servo trabalhava a terra, e o senhor manejava o servo.

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IDADE MÉDIA

A sociedade feudal era composta de três classes: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores (camponeses e servos).

A Igreja exercia o papel de prestar ajuda espiritual, por meio dos sacerdotes. Simultaneamente, adquiriu grande poder e riqueza em terras. O único sentido de riqueza que prevalecia naquela época era a posse da terra, já que ela proporcionava as mercadorias de que se necessitava e constituía a chave da fortuna.

Os guerreiros eram militares, representados pela nobreza, que se ocupava da proteção militar em caso de guerra.

Os trabalhadores, por sua vez, produziam para ambas as outras classes, cultivando as terras que arrendavam e, também, a propriedade do senhor feudal, em troca de proteção espiritual e militar. (Hubermann 1981)

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IDADE MÉDIA

Com o advento da Reforma Protestante, o trabalho foi uma vez mais fortalecido como a chave da vida.

Manter-se por meio dele era um modo de servir a Deus.

As profissões passaram a ser vistas como fruto de uma vocação, e o trabalho, o caminho religioso para a salvação.

Para a ética do trabalho protestante de Martinho Lutero, trabalhar de forma árdua, diligente e abnegada equivale a cultivar a virtude (Huberman,1981).

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IDADE MÉDIA

Advento das cruzadas , alavanca o comércio. "Dezenas de milhares" de europeus atravessaram o

continente por terra e por mar, para conquistar a "Terra Prometida dos muçulmanos".

Os mercadores os acompanhavam, com a finalidade de fornecer as provisões de que necessitassem durante o caminho.

Ao regressar, os cruzados passavam a procurar pelas mercadorias a que tinham tido acesso durante a viagem.

Em decorrência, criaram-se novos hábitos de consumo de roupas e de comidas e, com isso, um novo mercado para os produtos.

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IDADE MÉDIA

Com o desenvolvimento do comércio acentuou-se o uso da tecnologia, desenvolvida para facilitar a realização do trabalho, bem como para aumentar o seu ritmo.

Estabeleceram-se novas relações sócio-econômicas e políticas.

Instituiu-se a cidade dos homens e nela se fez uma separação entre política e moral.

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IDADE MÉDIA

Nos séculos XI e XII, o comércio intensificou-se.

Intensificou-se a procura de mercadorias estrangeiras e desenvolveu-se a rota comercial do Mediterrâneo que se tornou a maior entre o Oriente e o Ocidente.

Aos poucos, o processo de troca simples, com utilização do dinheiro, tornou-se um processo de transação dupla. Assim, o uso do dinheiro, agilizando o intercâmbio de mercadorias, incentivou o comércio

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IDADE MÉDIA

O progresso das cidades e o uso do dinheiro possibilitaram aos artesãos abandonar o trabalho servil na agricultura e viver o seu ofício, não mais para satisfazer suas necessidades apenas, mas para atender à demanda.

O crescimento do comércio justificava-se, também, pela existência do artesanato enquanto profissão isolada, já que, até aquela época, na economia do mundo pré-moderno, a produção era limitada, e o próprio consumo dava-se dentro dos limites das necessidades físicas do ser humano.

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IDADE MÉDIA

A unidade industrial típica do final da Idade Média era uma pequena oficina, tendo um mestre como empregador em pequena escala, trabalhando lado a lado com seus ajudantes.

Os aprendizes eram jovens que viviam e trabalhavam com o artesão principal.

Tornar-se aprendiz era um passo sério. Representava um acordo entre o jovem, seus pais e o mestre artesão, segundo o qual, em troca de um pequeno pagamento (em alimento ou dinheiro) e a promessa de ser trabalhador e obediente, o jovem era iniciado na arte, morando com o mestre durante o aprendizado.

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IDADE MÉDIA/IDADE MODERNA

Do século XVI ao XVIII, os artesãos independentes da Idade Média

começaram a desaparecer e, em seu lugar, surgiram os assalariados, cada vez mais dependentes do capitalista-

mercador-intermediário-empreendedor (Huberman, 1981).

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IDADE MÉDIA/IDADE MODERNA

O crescimento industrial foi precedido por uma revolução agrária.

Na Inglaterra, depois de 1750, a colocação de cercas nas antigas pastagens comuns e campos abertos e o desenvolvimento da agricultura aumentaram a produção de alimentos para a população crescente e de matérias-primas para as indústrias em expansão.

Com a "colocação da primeira cerca surgiram os primeiros sem-terra e sem-teto da história da humanidade" (Polanyi, 1944; Salm, 1993).

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IDADE MODERNA

O século XVII foi a era das revoluções científicas de Galileu e Newton.

Esse período também compreendeu a primeira das revoluções liberal-democráticas que iriam redefinir a maioria dos governos do mundo.

Viu-se o surgimento da filosofia das instituições capitalistas. Foi o tempo de inúmeras controvérsias na Religião, na Filosofia e na Teoria Social.

Foi o grande divisor de períodos históricos. Antes deles, a humanidade tinha vivido meia dúzia de séculos no período que os autores chamam, genericamente, de Idade Média.

Após o impacto da revolução copernicana, nas primeiras décadas do século XVII, o curso da História se viu irrevogavelmente modificado, passando a rumar na direção do que hoje chamamos de Era Moderna (Polanyi, 1944).

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IDADE MODERNA

Com a Idade Moderna se iniciou uma era de novos valores.

O foco de interesses desviou-se do mundo interno para o mundo externo.

À exceção da preguiça, todos os outros sete pecados (mortais) foram transformados em virtudes. "A cobiça, a avareza, a inveja, a gula, a luxúria e o orgulho tornaram-se as forças motrizes da nova economia.

Um poder desenfreado está desde então atrelado a apetites igualmente desenfreados"

(Lewis apud Horman, Harmann, 1990, p. 55).

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IDADE MODERNA

A Revolução Industrial, ocorrida a partir do último terço do século XVIII, foi uma das maiores transformações ocorridas na história do homem.

O poder humano foi liberado, e a economia pôde fornecer bens e serviços demandados pela sociedade.

Passou-se do trabalho manual para a máquina - ferramenta, do atelier ou manufatura para a fábrica e, pouco a pouco, o trabalho do dia-a-dia, a mentalidade das pessoas, a cultura, enfim todos os setores da vida, foram atingidos e transformados.

Novos trabalhos foram surgindo, enquanto crescia o setor de serviços.

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IDADE MODERNA

Foi através da porta da fábrica, que o homem pobre, a partir do século XVIII, foi introduzido no mundo

burguês, onde a fábrica, com vistas à racionalização, já era pensada a partir das

máquinas e não a partir do homem, levando a uma cisão entre concepção e execução do

trabalho, processo esse extremamente alienante para o trabalhador

(Meszaros, 1989; Marx, 1987; Decca, 1988).

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IDADE MODERNA

O século XIX é marcado pela hegemonia desse Racionalismo, na maioria das atividades humanas: no campo das

Ciências Físicas, Matemáticas e Sociais; na ação política, com a vitória do Sistema

Liberal Capitalista; e no campo do Direito, com o aparecimento dos Estados

Constitucionais (Polanyi, 1980).

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IDADE MODERNA

Em conseqüência a essa evolução histórica do processo de trabalho, passando-se da

cooperação simples à manufatura e à grande indústria, surgiram nas fábricas, no início do

século XX, esforços direcionados para a racionalização do trabalho, em cuja defesa Taylor

é um dos nomes em evidência. A par dessa racionalização, cada vez mais se dava tratamento diferenciado para formas

diferenciadas de pagamento do trabalho humano

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IDADE MODERNA

No século XX, o homem pôs em exploração gigantescas reservas de energia.

À obra, ao labor, ao trabalho, veio acrescentar-se o serviço da máquina.

Obrigado a adaptar-se ao seu ritmo, o trabalhador transformou-se em operador de motores ou em empregado de escritório.

O ritmo da produção exigia a docilidade do consumidor capaz de aceitar um produto estandardizado e condicionado (Illich, 1976).

O desenvolvimento do assalariado impôs repensar o trabalho nas organizações. Surge, então, uma outra visão do mundo do trabalho. Fundamentalmente, é o lugar, o significado e o conteúdo do trabalho pelo qual o homem produz sua existência que se transformam (Marx, 1987).

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IDADE CONTEMPORÂNEA

na sociedade de mercado do século XX, o trabalho transformou-se na fonte de todos os valores do homem.

Não se faz mais a distinção entre trabalho e ocupação.

"O trabalho é a prática de um esforço subordinado às necessidades objetivas inerentes ao processo de

produção em si. Já a ocupação, como prática de esforços livremente produzidos pelo indivíduo em busca de sua realização pessoal, deu lugar, em larga escala a

uma idéia materialista de vida"

(Ramos, 1983, p. 82).

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IDADE CONTEMPORÂNEA

Na sociedade de mercado, o lazer também ficou desassociado do trabalho e da ocupação. O lazer se tornou sinônimo de ociosidade, passatempo, diversão - conotação que nunca teve antes.

O homem moderno passou a imolar sua vida no altar do "trabalho" e a tomar como situação de felicidade a submissão a um "emprego" determinado por outrem (Kurz,1997). O trabalho tornou-se nesta era uma atividade compulsiva e incessante, a servidão tornou-se liberdade e a liberdade, servidão; ou seja, a aceitação voluntária de um sofrimento, sem outro sentido senão ele próprio. Para o homem dos tempos modernos, o tempo livre inexiste, ou é escasso. Passou a ser, por outros meios, um mero prolongamento do trabalho, veja-se a indústria da diversão. A lógica do trabalho perpassa a cultura, o esporte e, até mesmo, a intimidade. Em outras palavras, ela apoderou-se de todas as esferas da vida e da existência humana.

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IDADE CONTEMPORÂNEA

"A produção econômica veio a ser (exceto em tempos de guerra) a preocupação central da sociedade, e o crescimento econômico passou a medida principal pela qual as sociedades julgam o seu progresso" (Harmam, Hormann, 1993, p. 55).

Essa realidade provoca as distorções responsáveis pelo pensamento que movimenta muitas pessoas, ou seja, o de que basta ter um salário, já que ele garante a sobrevivência.

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TRABALHO E CAPITALISMO

Exploração capitalista

Trabalhador passou a trabalhar fora do ambiente doméstico,

O capitalista é dono dos meios de produção e passou a pagar um salário em troca da sua força de trabalho, e apropriou-se do produto final.

O trabalhador encontra-se em uma posição de alienação, mas ainda conserva o controle sobre o processo de trabalho.

A degradação do trabalho se dá através da divisão manufatureira do trabalho. A “mais valia absoluta” cede caminho para a “mais valia relativa”.

O trabalhador, que já havia perdido a capacidade de determinar o produto, perde agora o controle de seu processo de trabalho, e entrou em uma relação alienada com seu próprio trabalho como atividade.

Com esta divisão, a mão de obra barateou, pois sempre havia contingente mais que suficiente para aprender o trabalho, tornando o trabalhador facilmente substituível.

Marx denominou “Exército de Reserva”.

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A DIVERSIDADE ATUAL NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Nem todos os trabalhadores da sociedade capitalista são iguais, compreende- se melhor isto analisando-se alguns estereótipos.

Em um destes estereótipos os profissionais liberais são profissionais autônomos, tem um certo grau de controle sobre o produto de seu trabalho. Exemplo, os professores, os médicos da saúde pública, os grupos profissionais da administração, os executivos das organizações públicas.

Tais trabalhadores apesar de serem assalariados possuem um maior grau de liberdade, pois suas tarefas não estão integradas numa seqüência coletiva.

Os trabalhadores desse processo só se consolidam no capitalismo.

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PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DO TRABALHO,Passagem da independência, para a dependência dos trabalhadores

1º dissociação entre o processo de trabalho e seu objetivo, a satisfação das necessidades próprias e alheias.

2º perda do controle sobre o seu processo de trabalho

3º processo orientado pelo caráter qualitativo das tarefas encaminhadas à economia de tempo.

4º passagem de um tempo da atividade vinculada ao estado de ânimo ou a disposição do trabalhador ao tempo regular das máquinas.

5º processo de trabalho variado, composto de múltiplas tarefas distintas

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PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DO TRABALHO,Passagem da independência, para a dependência dos trabalhadores

Alienação do trabalho O trabalho é externo ao trabalhador, isto é não pertence ao

seu ser. A expansão do capitalismo e a industrialização levaram à

ruína ofícios tradicionais Imposições sobre o trabalhador:

Privar-lhes de quaisquer outras possibilidades de subsistência., A organização que hoje conhecemos é o resultado de uma longa cadeia

de conflitos globais. Profunda revolução cultural, o profundo respeito sobre o trabalho bem

feito cedeu lugar ao fetichismo da maquinaria. Sistematização política repressiva dirigida contra os que se negavam a

aceitar as novas relações sociais. Garantia dos mecanismos institucionais para que cada novo indivíduo

pudesse inserir- se nos novos processos produtivos.