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Diretor Responsável: Claudio Antonio Machado - 03 de dezembro de 2010 - Caderno FR n° 4 - 04 páginas - Ano XVIII ONU cita Bolsa Família entre ações que contribuem para Metas do Milênio Órgão diz que programa aumenta número de crianças na escola e ajuda a reduzir pobreza. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) destaca o programa Bolsa Família como sendo um programa que tem contribuído para que sejam alcançadas as chamadas Metas do Milênio. As Metas são oito objetivos determina- dos internacionalmente para reduzir pobre- za, fome, mortes de mães e crianças, doen- ças, moradia inadequada, desigualdade en- tre os sexos e degradação ambiental até 2015. O documento da ONU, apresentado em Nova York na quinta-feira pelo Programa de Desenvolvimento da organização, traz uma agenda de ações concretas para se atingir as Metas do Milênio e apresenta exemplos de várias iniciativas que estão ajudando 50 pa- íses a se aproximar dos objetivos estipula- dos pela ONU. Ele foi preparado por um painel com- posto por representantes do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, da Co- missão Europeia e dos seguintes governos: Bangladesh, Brasil, Canadá, Chile, Repúbli- ca Dominicana, Egito, Etiópia, Noruega, Re- pública da Coreia, Ruanda, Espanha, Tunísia, Grã-Bretanha e Vietnã. “Em vez de ser vista como um escoa- mento do orçamento nacional, a proteção social deve ser vista como um investimento decisivo para formar o poder de recuperação para lidar com choques presentes e futuros e manter vitórias alcançadas com esforço”, afirmou a administradora do programa de de- senvolvimento, Helen Clark, no discurso de apresentação do relatório ao se referir ao Bolsa Família e ao programa parecido exis- tente no México, o Oportunidades. Pobreza O relatório afirma que nos últimos dez anos houve um desenvolvimento amplo da proteção social e transferência de dinheiro, principalmente da América Latina. “A popularidade destes programas tam- bém está relacionada ao custo relativamente baixo de cerca de 1% a 2% do PIB. Técnicas de avaliação sofisticadas mostram que trans- ferências de dinheiro têm um impacto positi- vo nos resultados de educação e saúde.” O texto ressalta ainda que tanto o Bolsa- Família como o Oportunidades tiveram im- pacto também na redução da pobreza e tem sido associados a um declínio da desigualda- de de renda de cerca de 2,7 pontos percentuais no Brasil e no México. O relatório afirma que a meta de reduzir a pobreza pela metade no mundo inteiro pode ser atingida em cinco anos, mas ressalta que é preciso se concentrar também na redução do número absoluto de pessoas pobres. Em 2005, o número de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia caiu para 1,4 bilhão, comparado com 1,8 bilhão em 1990. No mesmo período, a taxa de pobreza caiu de 46% para 27%. “Na América Latina e no Caribe, o declínio na pobreza absoluta é atribuída prin- cipalmente ao Brasil.” Meio ambiente Em relação à sustentabilidade ambiental, o relatório não é tão otimista, aconselhando os países a reforçar a colaboração entre si para conservar e utilizar as florestas e recursos marinhos de forma sustentável. “Globalmente, o mundo fracassou em atingir suas metas de impedir a perda de biodiversidade em 2010. O deflorestamento continua inabalado em 13 milhões de hecta- res por ano.” O documento também afirma que as mudanças climáticas estão afetando a sustentabilidade ambiental. As emissões de gás carbônico chegaram a 21 bilhões de to- neladas métricas em 2006 - um aumento de 31% em relação ao nível registrado em 1990. As emissões per capita são mais altas nas regiões em desenvolvimento, especialmente na África subsaariana e em economias em rápido crescimento como Índia e China. Favelas As conclusões em relação à melhoria das condições de moradia também mostram que existe muito trabalho a ser feito até 2015. Apesar de a proporção da população ur- bana vivendo em favelas em países em de- senvolvimento ter caído, o número total de habitantes em favelas deve chegar a 1,5 bi- lhão em 2020. De acordo com números de 2005, um ter- ço de todos os moradores urbanos viviam em favelas. O documento destaca que o crescimento das favelas vem causando vários danos ambientais em áreas delicadas, como nas ba- cias de água da cidade de São Paulo. O relatório do Programa de Desenvolvi- mento da ONU foi fornecido a todos os paí- ses integrantes da ONU para a preparação de um documento para a cúpula de líderes mundiais sobre as Metas de Desenvolvimento do Milênio que será realizada em setembro, em Nova York. (Matéria extraída da BBC Brasil)

O Verdadeiro Riopedrense

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Caderno FR 04 - Capivari - SP.

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Diretor Responsável: Claudio Antonio Machado - 03 de dezembro de 2010 - Caderno FR n° 4 - 04 páginas - Ano XVIII

ONU cita Bolsa Família entre ações quecontribuem para Metas do MilênioÓrgão diz que programa aumenta número de crianças na escola e ajuda a reduzir pobreza.

Um relatório da Organização das NaçõesUnidas (ONU) destaca o programa BolsaFamília como sendo um programa que temcontribuído para que sejam alcançadas aschamadas Metas do Milênio.

As Metas são oito objetivos determina-dos internacionalmente para reduzir pobre-za, fome, mortes de mães e crianças, doen-ças, moradia inadequada, desigualdade en-tre os sexos e degradação ambiental até 2015.

O documento da ONU, apresentado emNova York na quinta-feira pelo Programa deDesenvolvimento da organização, traz umaagenda de ações concretas para se atingir asMetas do Milênio e apresenta exemplos devárias iniciativas que estão ajudando 50 pa-íses a se aproximar dos objetivos estipula-dos pela ONU.

Ele foi preparado por um painel com-posto por representantes do Banco Mundial,do Fundo Monetário Internacional, da Co-missão Europeia e dos seguintes governos:Bangladesh, Brasil, Canadá, Chile, Repúbli-ca Dominicana, Egito, Etiópia, Noruega, Re-pública da Coreia, Ruanda, Espanha, Tunísia,Grã-Bretanha e Vietnã.

“Em vez de ser vista como um escoa-mento do orçamento nacional, a proteçãosocial deve ser vista como um investimentodecisivo para formar o poder de recuperaçãopara lidar com choques presentes e futuros emanter vitórias alcançadas com esforço”,afirmou a administradora do programa de de-senvolvimento, Helen Clark, no discurso deapresentação do relatório ao se referir aoBolsa Família e ao programa parecido exis-tente no México, o Oportunidades.

PobrezaO relatório afirma que nos últimos dez

anos houve um desenvolvimento amplo daproteção social e transferência de dinheiro,principalmente da América Latina.

“A popularidade destes programas tam-bém está relacionada ao custo relativamentebaixo de cerca de 1% a 2% do PIB. Técnicas

de avaliação sofisticadas mostram que trans-ferências de dinheiro têm um impacto positi-vo nos resultados de educação e saúde.”

O texto ressalta ainda que tanto o Bolsa-Família como o Oportunidades tiveram im-pacto também na redução da pobreza e temsido associados a um declínio da desigualda-de de renda de cerca de 2,7 pontos percentuaisno Brasil e no México.

O relatório afirma que a meta de reduzira pobreza pela metade no mundo inteiro podeser atingida em cinco anos, mas ressalta queé preciso se concentrar também na reduçãodo número absoluto de pessoas pobres.

Em 2005, o número de pessoas vivendocom menos de US$ 1,25 por dia caiu para1,4 bilhão, comparado com 1,8 bilhão em1990. No mesmo período, a taxa de pobrezacaiu de 46% para 27%.

“Na América Latina e no Caribe, odeclínio na pobreza absoluta é atribuída prin-cipalmente ao Brasil.”

Meio ambienteEm relação à sustentabilidade ambiental,

o relatório não é tão otimista, aconselhandoos países a reforçar a colaboração entre si paraconservar e utilizar as florestas e recursosmarinhos de forma sustentável.

“Globalmente, o mundo fracassou ematingir suas metas de impedir a perda debiodiversidade em 2010. O deflorestamentocontinua inabalado em 13 milhões de hecta-res por ano.”

O documento também afirma que asmudanças climáticas estão afetando asustentabilidade ambiental. As emissões degás carbônico chegaram a 21 bilhões de to-neladas métricas em 2006 - um aumento de31% em relação ao nível registrado em 1990.

As emissões per capita são mais altas nasregiões em desenvolvimento, especialmentena África subsaariana e em economias emrápido crescimento como Índia e China.

FavelasAs conclusões em relação à melhoria das

condições de moradia também mostram queexiste muito trabalho a ser feito até 2015.

Apesar de a proporção da população ur-bana vivendo em favelas em países em de-senvolvimento ter caído, o número total dehabitantes em favelas deve chegar a 1,5 bi-lhão em 2020.

De acordo com números de 2005, um ter-ço de todos os moradores urbanos viviam emfavelas.

O documento destaca que o crescimento

das favelas vem causando vários danosambientais em áreas delicadas, como nas ba-cias de água da cidade de São Paulo.

O relatório do Programa de Desenvolvi-mento da ONU foi fornecido a todos os paí-ses integrantes da ONU para a preparaçãode um documento para a cúpula de líderesmundiais sobre as Metas de Desenvolvimentodo Milênio que será realizada em setembro,em Nova York.

(Matéria extraída da BBC Brasil)

Página 02 Dezembro/2010O Verdadeiro RiopedrenseO Verdadeiro Riopedrense

Lula já recebeu outras premiações internacionais,como o de “Estadista Global” e o prêmio Pela Paz

O presidente Luiz InácioLula da Silva foi escolhidopara receber o prêmio IndiraGandhi para a Paz, o Desar-mamento e o Desenvolvi-mento de 2010 em uma de-cisão de um jurado interna-cional presidida pelo primei-ro-ministro da Índia,Manmohan Singh. As infor-mações são da Agência Ansa.

O presidente, que deixaráo cargo em 31 de dezembrode 2010, foi premiado por-que trabalhou “pelo reforçodas relações entre as naçõesem desenvolvimento, e emparticular por seu importan-te apoio à cooperação” entreÍndia e Brasil, explicouSingh.

Ele também disse que obrasileiro se esforçou paraadotar políticas com o obje-tivo de eliminar a fome e pro-mover o crescimento do Bra-

sil.Lula já recebeu outras

premiações internacionais,como o de “Estadista Glo-bal” em janeiro deste ano noFórum Econômico Mundial,e o Prêmio Pela Paz 2008, daOrganização das NaçõesUnidas para Educação, Ciên-cia e Cultura (Unesco), emmaio do ano passado.

Criado em 1986, o troféuindiano já foi concedido aoex-presidente da União So-viética Mikhail Gorbachev,em 1987; o primeiro presi-dente da República Tcheca,Václav Havel, em 1993; oex-presidente dos EstadosUnidos Jimmy Carter, em1997; e o diretor-geral daAgência Internacional deEnergia Atômica (AIEA),Mohamed ElBaradei, em2008.

NOVO GALÃ NA CIDADE VAICOMPLETAR SEU PRIMEIROANO DE VIDAO galã da foto chama-seVenâncio Giraldi Botinhonque completa seu primeiroano de vida no dia 03 dedezembro (sexta-feira).Como não poderia faltarneste grandioso dia, umaBIG FESTA será realizadapara recepcionar as primei-ras fãs de Venâncio, que jásão muitas, amigos e demaisparentes. Os pais Rubinho/ Cintia (PROPRIETÁRI-OS DA TECNOCAPINFORMÁTICA -CAPIVARI) + avós pater-nos Rubens / MariaDorotéia + avós maternosOrlando / Maria doCarmo, já estão organizan-do o grande evento que mar-cará para sempre o primeiro ano de vida do garotão da foto. A todos dese-jamos muitas felicidades, principalmente a Venâncio, que o bom Deuscontinue abençoando nesta The Long and Winding Road. (A REDAÇÃOALERTA: POR FAVOR NÃO ESQUEÇA DO PEDAÇO DO BOLO)

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOSDIREITOS DOS ANIMAISTodos os animais têm o mesmo direito à vida.Todos os animais têm o direito ao respeito e à proteção do homem.Nenhum animal deve ser maltratado.Todos os animais selvagem têm o direito de viver livres no seu habitat.O animal que o homem escolher para companheiro não deve nuncaser abandonado.Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra avida.A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimescontra os animais.Os direitos dos animais devem ser defendidos por Lei.O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitare compreender os animais.

Tereza Marcilio Machado - ME - Edição de Jornal “MESCLA”CGC 68.339.571/0001-99 - Rua Antonio Pires, 401 - Centro - Capivari - SP.CEP: 13360-000 - Tel.: (19) 34913912 - Celulares: (19) 9644-1905/9296-2578 - E-mail: [email protected]

FOLHA REGIONAL

Claudio Antonio MachadoDiretor responsável

Não nos responsabilizamos por matérias assinadas, já que a opinião de cadaum pode não ser a mesma do jornal.

EXPEDIENTE

Página 03Dezembro/2010 O Verdadeiro RiopedrenseO Verdadeiro Riopedrense

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) fez um breve discursono diretório nacional do PT, em Brasília

A presidente eleita Dilma Rousseff(PT) fez um breve discurso no diretórionacional do Partido dos Trabalhadoresnesta sexta-feira, em Brasília. Ao ladode José Eduardo Dutra, da equipe detransição do governo, ela falou por apro-ximadamente 18 minutos e não entrouem detalhes a respeito de seus planos degoverno para os próximos quatro anos.Comovida, Dilma agradeceu o apoio dosmilitantes do PT durante a campanha eteve que conter as lágrimas.

“Temos a responsabilidade de trans-formar esse País numa referência histó-rica, numa das maiores democracia doOcidente. Teremos uma justiça socialque prima pela erradicação da miséria”,disse a presidente.

Dilma Rousseff afirmou que o PTestá maduro e pronto para governar paraa situação e oposição. “Vou enfatizar aimportância das alianças políticas, algoque fizemos de forma madura, com ca-pacidade de conviver com a diferença,

de entender que é possível terposicionamentos diferenciados sobrealgumas questões e construir o consen-so político que vai mudar o nosso País.O PT foi aprendendo e teve maturidadepara entender que o país era complexo,que tinha que se coligar, fazer aliança.Numa democracia, é assim que se devegovernar.”

Sobre a responsabilidade de sucedero presidente Luiz Inácio Lula da Silva,que acumula recordes de aprovação po-pular, Dilma falou que o importante énão se repetir. “Minha vantagem, quan-do olho para 2002, é que temos uma he-rança bendita. Essa herança nos colocaum desafio: nossas conquistas não po-dem se repetir, sob pena de não honrar-mos o que construímos. Isso nos colocaa imposição de ir em frente, deaprofundar o que conquistamos. Esseprojeto começou com Lula e teve todauma experiência pessoal dele como lí-der sindical.”

OS TRÊS PORQUINHOS:O discurso de Dilma foi marcado por

momentos de emoção e descontração.Ao se referir à ausência do ex-ministroda Fazenda Antonio Palocci, que deveocupar um cargo importante no seu go-verno, a presidente disse que ele é umdos “três porquinhos”, sendo os outrosdois José Eduardo Dutra e José Eduar-do Cardozo, deputado federal pelo PT.“Os 3 porquinhos foram muito bem su-cedidos na coordenação da minha cam-panha. Encontrei neles companheiros detodas as horas. Sem abrir mão da im-portância de outras lideranças aqui pre-sentes, quero dirigi a eles meu agrade-cimento especial.”

Comovida, a presidente falava sobrea solidariedade recebida por militantesdo PT em diversos locais do Brasil e teveque parar para beber água e conter aslágrimas. “Eu vi o PT vivo e atuante deNorte a Sul, Leste a Oeste. É para essepartido que eu apresento o meu reconhe-

cimento, a minha gratidão e a certezaque eu dependo desse partido para bemgovernar o País. Dependo do esforço eda solidariedade de vocês, e da maturi-dade política para compreender os di-versos desafios políticos”, afirmou.

Dilma Rousseff encerrou o discursohomenageando a perseverança do pre-sidente Lula, que foi eleito após três ten-tativas frustradas, pedindo que ospetistas que não se elegeram não desis-tam. “Nós temos uma herança e a traje-tória de que é preciso não desistir. Nósestamos iniciando uma nova etapa e ou-tras etapas ainda virão. Nós, mulheres,chegamos aqui. Eu acho que eu repre-sento a luta de cada uma das militantesaqui presentes. Todas nós representamosmilhões de mulheres brasileiras que pro-gressivamente colocarão sua cara, bri-gando por um Brasil melhor.”

(Claudia Andrade - Brasília)

Dilma e equipe de transição discutem ampliar e reajustarBolsa FamíliaFamílias sem filhos e com renda entre R$ 70 e R$ 140 podem ser incluídas. Ministra do Desenvolvimento Socialdisse que há cenários para reajuste.

A ampliação do número debeneficiários e o reajuste do valor pagopelo programa Bolsa Família foram al-guns dos temas discutidos pela presiden-te eleita, Dilma Rousseff, com a equipede transição, integrantes do governo fe-deral e representantes da sociedade ci-vil em reunião nesta quinta-feira (18) noCentro Cultural Banco do Brasil, emBrasília, onde trabalha a equipe de tran-sição de governo.

A ministra do Desenvolvimento So-cial, Márcia Lopes, foi uma das cercade 30 pessoas presentes à reunião. Elaafirmou que já existem cenários de rea-juste para o benefício do programa.

“Seguir reajustando o Bolsa Famíliafaz parte da própria lei que criou o be-nefício e também é uma questão de coe-rência. (...) Não temos esse dado (sobreo percentual). Temos alguns cenários eestudos que serão apresentados para a

presidente Dilma e a decisão será dela”,afirmou a ministra.

Márcia Lopes afirmou que, em rela-ção à ampliação dos beneficiários, aprincipal medida pode ser a extensão dobenefício para famílias com renda percapita entre R$ 70 e R$ 140 e que nãotêm filhos.

Presidente do PT diz que Dilmadeve criar apenas mais um ministério

Atualmente, nessa faixa de renda, oBolsa Família é pago apenas para quemtem filhos. A estimativa é que 750 milfamílias possam ser beneficiadas com amudança. A ministra disse que a “ten-dência” é que a presidente eleita adote amedida.

PobrezaNa reunião, a presidente eleita disse

que o debate da transição começou pelotema da pobreza porque é um “compro-

misso fundamental” de seu futuro gover-no. No primeito discurso após ter sidoeleita, Dilma afirmou que terá comometa “erradicar a miséria”.

Dilma valorizou as políticas do go-verno Lula, fez elogios ao Bolsa Famí-lia e destacou a necessidade de se ado-tar políticas específicas para combatera pobreza levando em conta a diversi-dade de cada região.

Segundo a ministra Márcia Lopes, éimportante o fato de a primeira reuniãoda equipe de transição ter abordado otema mostrar que será uma prioridadedo governo Dilma. “Isso reafirma o com-promisso de enfrentar esse desafio”.

Marcelo Neri, da Fundação GetúlioVargas (FGV), destacou que são neces-sários mais R$ 21 bilhões por ano paraerradicar efetivamente a pobreza no país.Esses recursos, segundo ele, não seriam

apenas para transferência de renda, masteriam de ser usados também em políti-cas públicas de áreas como saúde e edu-cação.

O presidente do Instituto de Pesqui-sa Econômica Aplicada (Ipea), MárcioPochmann, elogiou as políticas do go-verno Lula na área social e afirmou queo desafio é “sofisticar” e “aperfeiçoar”a ação nessa área para conseguir alcan-çar a erradicação da pobreza.

Segundo os participantes da reunião,ficou definida a criação de um fórumpermanente para discutir as políticasvoltadas ao desenvolvimento social.Esse fórum seria paralelo ao chamado“Conselhão” que reúne empresários edebate, principalmente, o desenvolvi-mento econômico.

(Eduardo Bresciani do G1, emBrasília)

O Verdadeiro RiopedrenseO Verdadeiro RiopedrensePágina 04 Dezembro/2010

Informativo Luz para TodosLuz para Todos tira mais de 1 milhão debrasileiros da escuridãoEm maio de 2009, o Programa Luz paraTodos, do GovernoFederal, atingiu a meta de levar energiaelétrica gratuitamentea 2 milhões de famílias em todo o Brasil.Cerca de 10 milhõesde brasileiros saíram da escuridão. De lápara cá, o Programa,criado em 2003 pelo presidente Lula,continuou a beneficiaroutras milhares de famílias do meio rural.Hoje já são mais de11,1 milhões de sorridentes brasileiroscom possibilidade de tergeladeira, televisão, bomba d’água, alémde utilizar a energiapara gerar renda, contribuindo para aredução da pobreza e dafome. O tempo das dificuldades e restri-ções impostas pela faltade energia elétrica, como salgar a carne deconsumo para nãoestragar, tomar banho frio no inverno,utilizar lamparina paraclarear a noite, entre outras situações, écoisa do passado.A energia vai chegando e a vida melho-rando - “Eupensei em sair da minha terra, na Praia doSono, por não poderdar a menor condição de conforto para aminha família.Agora não! A energia chegou e eu possoter tudo que o moradorda cidade tem”, palavras de RosenildoAlbino, pescador,casado, pai de duas filhas e um dos felizesmoradores de umparaíso, localizado em Paraty - RJ. “Antesera tudo muito difícile caro! Vela é uma despesa cara, dieselmuito mais e o pioré que conservar o peixe era praticamenteimpossível. Agora avida melhorou e muito!”, diz Albino.De Norte a Sul as histórias são parecidas.Basta conversarum pouquinho com os beneficiados paraeles contaremcomo a vida melhorou. O construtor debarcos, CláudioManoel Bastos, de Igarapé-Miri, no estadodo Pará, diminuiu otempo de trabalho para produzir embarca-ções. As ferramentasagora são elétricas. Já a mineira SuelenChagas, de Coqueiral,saiu da lavoura de café e hoje costura eganha mais.

O criador de bicho da seda, Ildo Teixeirada Silva, de PontaPorã - MS, está vendo a produção crescersem os ataquesdos morcegos, já que a luz fica acesa anoite toda. Para asartesãs de Jeremoabo, na Bahia, a eletrici-dade abriu as portaspara o mundo e as peças feitas no tearagora são exportadaspara a Itália. O agricultor VanderleiPerondi, de Sananduva -RS, junto com outros agricultores domunicípio, aproveitou aplantação de cana-de-açúcar para montaruma microdestilariaonde produzem álcool, além de fabricarmelaço, cachaçae doces. Tudo após a chegada da energia.Benefícios no campo e na cidade - Masnão foi sóno meio rural que as obras do Luz paraTodos levaram progresso.Estima-se que elas geraram cerca de 335mil empregosdiretos e indiretos, utilizaram 824 miltransformadores, 1,1milhão de km de cabos elétricos, oequivalente a mais de 26voltas ao redor da Terra, e 5,6 milhões depostes. Beneficioutanto o homem do campo, quanto asempresas e trabalhadoresdas grandes cidades. De acordo com umapesquisarealizada pelo MME no início de 2009,79,3% das famílias entrevistadaspassaram a ter televisão e 73,3% adquiri-ram geladeira,o que equivale dizer que no universo de2,2 milhões defamílias atendidas foram comercializados1,7 milhão de televisorese 1,6 milhão de geladeiras. Sem falar nasque compraramliquidificadores, ventiladores, bomba d’água etc.Fixação do homem no campo - Outraconstatação queimpressionou foi a quantidade de pessoasque passaram amorar no campo depois que a eletricidadechegou. São 4,8%das famílias atendidas pelo Programa, oucerca de 540 milpessoas desinchando os grandes centros.Comunidades Isoladas - Com o Programaavançandocada vez mais pelo Brasil, o foco agora

está sendo o atendimentoàs comunidades isoladas da Amazônia e asilhas fluviais emarítimas onde moravam pessoas que nemsonhavam com achegada da energia, em função dasdificuldades de distância ede custo. Hoje, no estado do Maranhão, naIlha de Lençóis, municípiode Cururupu, os 500 moradores já não têmmais as velasnem o velho motor a diesel como compa-nhia noturna. Estãocom energia 24h por dia, o ano inteiro.Graças ao sol e ao ventoabundante que colocam para funcionar asplacas de captaçãoda luz do sol e as hélices dos geradoreseólicos. O projeto, quefaz parte de um convênio firmado entre oMME e a Universidade

Federal do Maranhão, está sendo utilizadocomo modelo e poderáser replicado em outras ilhas do Brasil.Hoje, 6 anos após a criação do ProgramaLuz paraTodos, a energia elétrica está servindo nãosó como geradorade renda, de mais conforto, de melhoriasna saúde ena educação, mas também como meio deresgate da dignidade,do direito que os moradores do meio ruralreivindicavame não viam como realidade para as suasvidas. “Hojeeu tenho luz elétrica em casa. Sou gente!

Me sinto igual aqualquer pessoa da cidade!”, declara abaiana Maria Ferreirade Santana, agricultora de Jeremoabo.

Causos“Minha mãe chorou de emoção quando liguei as luzes da árvorede Natal”O Natal de 2009 teve um gostinhoespecial paraa família Araújo, moradora domunicípio de Capanema,estado do Pará. No começo dedezembro seu Raimundoe dona Maria Holanda, depois de 30anos vivendona escuridão, viram seu maior sonhoser realizado: elesreceberam em sua casa a energiaelétrica pelo ProgramaLuz para Todos. A alegria da famíliafoi tanta queeles até registraram o dia da chegada.“Nós fizemosfoto dos homens instalando a luz nanossa casa. Foiuma emoção”, disse a filha SimoneAraújo. Como o Natalestava próximo, veio a oportunidadede realizar umoutro sonho: ter uma árvore de nataliluminada! “Elaera linda! Minha mãe chorou de

emoção quando ligueias luzes da árvore”, contou Simone.Outro presente que chegou com aeletricidadefoi a melhoria da qualidade de vidapara a família. Coma geladeira em casa, a prática de salgaralimentos paraconservação caiu em desuso. Bompara seu Raimundo,que sofre de pressão alta. Melhoroutambém para donaMaria Holanda, que tem uma deficiên-cia na perna e nãoprecisa mais carregar água retirada dopoço.A luz trouxe novos sonhos para afamília. Segundoeles, o próximo passo é montar umacasa de farinhacom equipamentos eletricos paramelhorar a renda. Feliz

Natal, família Araújo, e um ano bemiluminado para vocês!

Assessoria de Comunicação do Luz para Todos - MMETel: (61) 3319-5281 e 3319-5037http://www.mme.gov.br/luzparatodos