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Prezados Alunos, Tendo como objetivos a atualização constante e a excelência no ensino, o corpo docente do curso de direito das Faculdades Integradas do Brasil está preparando um excelente e prático material para o aperfeiçoamento dos seus estudos acadêmicos. A partir de hoje, vocês receberão semanalmente uma newsletter com questões comentadas por seus professores. Quando receber em seu e-mail OAB Pergunta, UniBrasil Responde, não deixe de conferir as dicas e comentários sobre as questões elaboradas pela OAB-FGV. Este é mais um instrumento de aprendizagem que as Faculdades Integradas do Brasil oferecem aos seus alunos. Na primeira edição, o Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp Schoembakla comenta 2 (duas) questões, uma de Direito Civil e a outra de Processo Civil. Sugerimos ainda que, após a leitura, as questões sejam arquivadas para que possam ser consultadas posteriormente. Lembramos ainda que o material estará disponível na página do curso de Direito. Boa leitura! Coordenação do Curso de Direito das Faculdades Integradas do Brasil. OAB PERGUNTA UNIBRASIL RESPONDE

OAB pergunta, Unibrasil responde

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Page 1: OAB pergunta, Unibrasil responde

Prezados Alunos, Tendo como objetivos a atualização constante e a excelência no ensino, o corpo docente do curso de direito das Faculdades Integradas do Brasil está preparando um excelente e prático material para o aperfeiçoamento dos seus estudos acadêmicos.

A partir de hoje, vocês receberão semanalmente uma newsletter com questões comentadas por seus professores.

Quando receber em seu e-mail OAB Pergunta, UniBrasil Responde, não deixe de conferir as dicas e comentários sobre as questões elaboradas pela OAB-FGV. Este é mais um instrumento de aprendizagem que as Faculdades Integradas do Brasil oferecem aos seus alunos.

Na primeira edição, o Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp Schoembakla comenta 2 (duas) questões, uma de Direito Civil e a outra de Processo Civil.

Sugerimos ainda que, após a leitura, as questões sejam arquivadas para que possam ser consultadas posteriormente. Lembramos ainda que o material estará disponível na página do curso de Direito. Boa leitura! Coordenação do Curso de Direito das Faculdades Integradas do Brasil.

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Em janeiro de 2010, Nádia, unida estavelmente com Rômulo, após dez anos de convivência e sem que houvesse entre eles contrato escrito que disciplinasse as relações entre companheiros, abandona definitivamente o lar. Nos dois anos seguintes, Rômulo, que não é proprietário de outro imóvel urbano ou rural, continuou, ininterruptamente, sem oposição de quem quer que fosse, na posse direta e exclusiva do imóvel urbano com 200 metros quadrados, cuja propriedade dividia com Nádia e que servia de moradia do casal. Em março de 2012, Rômulo – que nunca havia ajuizado ação de usucapião, de qualquer espécie, contra quem quer que fosse ‐ ingressou com ação de usucapião, pretendendo o reconhecimento judicial para adquirir integralmente o domínio do referido imóvel.

Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.A) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois o prazo assinalado pelo Código Civil é de 10 (dez) anos.B) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois a hipótese de abandono do lar, embora possa caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida, não autoriza a propositura de ação de usucapião.C) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois tal direito só existe para as situações em que as pessoas foram casadas sob o regime da comunhão universal de bens.D) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo preenche todos os requisitos previstos no Código Civil.

COMENTÁRIOS

A questão acima foi elaborada com fundamento na Lei 12.424/11, que acrescentou o art. 1.240-A no Código Civil Brasileiro de 2002, também conhecida como a USUCAPIÃO FAMILIAR. Vejamos o dispositivo legal.

“Art. 1240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.”

Pois bem, encontrado o dispositivo legal utilizado para a elaboração da questão, agora é possível, por meio da simples leitura do artigo acima mencionado, analisarmos as assertivas dispostas na questão e concluir, por exclusão, que:

As assertivas “a”, “b” e “c” não estão corretas, na medida em que estão em desconformidade com o que está previsto no art. 1240 – A do Código Civil de 2002.

Não restando alternativa, senão marcar a assertiva “d” como correta.

Questão 42 – tiPo 1Viii exame de ordem unificado

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Cristiano e Daniele, menores impúberes, com 14 (catorze) e 10 (dez) anos de idade, respectivamente, representados por sua genitora, celebraram acordo em ação de alimentos proposta em face de seu pai, Miguel, ficando pactuado que este pagaria alimentos no valor mensal correspondente a 30% (trinta por cento) do salário mínimo, sendo metade para cada um. Sucede, entretanto, que Miguel, durante os dois primeiros anos, deixou de adimplir, injustificadamente, com a obrigação assumida, passando a pagar a quantia celebrada em acordo, a partir de então. Transcorridos 03 (três) anos da sentença que homologou o acordo na ação de alimentos, Cristiano e Daniele ajuizaram ação de execução, cobrando o débito pendente, requerendo a prisão civil do devedor. Diante disso, responda fundamentadamente às seguintes indagações:

A) Subsiste o dever jurídico de Miguel de pagar o débito relativo aos últimos 03 (três) anos de inadimplência quanto aos alimentos devidos a seus filhos? (valor: 0,70) B) No caso em tela, é cabível a prisão civil de Miguel? (valor: 0,55)

COMENTÁRIOS

A questão discursiva acima proposta, requer do candidato, não só conhecimento teórico a respeito do assunto, mas também conhecimento prático.

Isso porque, a questão envolve a única hipótese de prisão civil ainda admitida em nosso ordenamento jurídico, e por esta razão, deve ser analisada com bastante cuidado.

A 1ª indagação realizada, necessariamente, exige do candidato, conhecimentos à respeito da prescrição e suas causas de interrupção.

A OAB/FGV entendeu como correta, a resposta que contemplasse não só a previsão do art. 206, §2º, do Código Civil, de que os alimentos prescrevem em 2 (dois) anos a partir do vencimento, mas principalmente, que neste caso, não se aplica a prescrição, tendo em vista a causa de interrupção da prescrição prevista no art. 198, I, do Código Civil, o que possibilita a cobrança de todos os alimentos desde os seus respectivos vencimentos.

Já a 2ª indagação, exige do candidato, conhecimento das Súmulas dos STJ.

Isso porque, para responder adequadamente, a OAB/FGV, entendeu como correta a resposta que contemplasse a Súmula 309 do STJ, que prevê:

O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.

Desta forma e, de acordo com a Súmula 309 do STJ, é cabível a prisão civil de Miguel.

Questão 2 Vii exame de ordem unificado