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DIREITO ADMINISTRATIVO (106-11). Ruy Cirne Lima diz que na relação de administração há uma "relação jurídica que se estrutura ao influxo de uma finalidade cogente". Isto significa que a Administração a) deve sempre obediência aos princípios da legalidade e finalidade. b) produz atos que podem influir nas relações de direito privado. c) está subjugada pelo princípio da formalidade. d) deve expor os motivos e as finalidades dos seus atos discricionários. (106-12). A regra de que a duração dos contratos administrativos está adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários a) não se aplica a contratos de prestação de serviços executados de forma descontínua, desde que previsto no edital de licitação. b) veda contrato administrativo com prazo indeterminado. c) aplica-se a todos os contratos, com exceção apenas dos de concessão de obra ou de serviço público. d) limita todos os contratos ao exercício financeiro e ao prazo estabelecido no Plano Plurianual. (106-13). A Administração Pública é responsável apenas pela apuração de atos praticados pelo servidor público que a) sejam definidos como ilícito na legislação estatutária. b) correspondam a ilícitos penais. c) acarretem danos a reparar. d) venham a determinar a instauração de processo criminal. (106-14). O princípio da legalidade explicita a subordinação da Administração Pública à lei e é decorrência natural a) do controle administrativo de seus próprios atos. b) do controle judicial dos atos administrativos. c) da indisponibilidade do interesse público. d) do princípio da hierarquia. (106-15). Dado caber aos Ministérios aprovar os balanços, balancetes e relatórios das autarquias federais, é correto dizer que a) os ministros têm supervisão hierárquica sobre as autarquias. b) tal proceder decorre do poder de supervisão ministerial, para assegurar o cumprimento dos objetivos fixados nas leis que as criaram. c) as autarquias fazem parte da Administração Direta Federal. d) as autarquias são pessoas jurídicas de direito público com responsabilidade, perante terceiros, subsidiária ao Estado. (106-16). No Direito Administrativo, há distinção entre ato jurídico e fato jurídico, visto que a) apenas os atos jurídicos têm conseqüências jurídicas. b) apenas os fatos jurídicos gozam de presunção de legitimidade. c) apenas os atos jurídicos podem ser produzidos pela Administração. d) apenas os atos jurídicos podem ser anulados ou revogados.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

(106-11). Ruy Cirne Lima diz que na relação de administração há uma "relação jurídica que se estrutura ao influxo de uma finalidade cogente". Isto significa que a Administraçãoa) deve sempre obediência aos princípios da legalidade e finalidade.b) produz atos que podem influir nas relações de direito privado.c) está subjugada pelo princípio da formalidade.d) deve expor os motivos e as finalidades dos seus atos discricionários.

(106-12). A regra de que a duração dos contratos administrativos está adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentáriosa) não se aplica a contratos de prestação de serviços executados de forma descontínua, desde que previsto no edital de licitação.b) veda contrato administrativo com prazo indeterminado.c) aplica-se a todos os contratos, com exceção apenas dos de concessão de obra ou de serviço público.d) limita todos os contratos ao exercício financeiro e ao prazo estabelecido no Plano Plurianual.

(106-13). A Administração Pública é responsável apenas pela apuração de atos praticados pelo servidor público quea) sejam definidos como ilícito na legislação estatutária.b) correspondam a ilícitos penais.c) acarretem danos a reparar.d) venham a determinar a instauração de processo criminal.

(106-14). O princípio da legalidade explicita a subordinação da Administração Pública à lei e é decorrência naturala) do controle administrativo de seus próprios atos.b) do controle judicial dos atos administrativos.c) da indisponibilidade do interesse público.d) do princípio da hierarquia.

(106-15). Dado caber aos Ministérios aprovar os balanços, balancetes e relatórios das autarquias federais, é correto dizer quea) os ministros têm supervisão hierárquica sobre as autarquias.b) tal proceder decorre do poder de supervisão ministerial, para assegurar o cumprimento dos objetivos fixados nas leis que as criaram.c) as autarquias fazem parte da Administração Direta Federal.d) as autarquias são pessoas jurídicas de direito público com responsabilidade, perante terceiros, subsidiária ao Estado.

(106-16). No Direito Administrativo, há distinção entre ato jurídico e fato jurídico, visto quea) apenas os atos jurídicos têm conseqüências jurídicas.b) apenas os fatos jurídicos gozam de presunção de legitimidade.c) apenas os atos jurídicos podem ser produzidos pela Administração.d) apenas os atos jurídicos podem ser anulados ou revogados.

(106-17). No procedimento de um concurso público, a lista final com os candidatos aprovados e classificados foi publicada com diversos erros, constando candidatos reprovados desde a 1a fase do concurso. Decorridos alguns meses após a nomeação e entrada em exercício de todos os candidatos, a Administração descobriu o erro e, de imediato, tornou sem efeito todas as nomeações e anulou todo o concurso público. Este procedimentoa) está correto, visto que os servidores não eram estáveis.b) está correto, visto ter a Administração o dever de anular seus próprios atos quando eivados de vícios.c) está incorreto, visto ferir o princípio da ampla defesa dos servidores nomeados, que deveriam ser ouvidos antes da edição dos atos que tornaram sem efeito as d) nomeações e anularam o concurso.d) está incorreto, visto que, por se tratar de procedimento de concurso público, a anulação só poderia ocorrer antes da homologação e da nomeação dos candidatos aprovados.

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(106-18). Em um procedimento de licitação, licitante habilitada apresenta sua proposta comercial com o seguinte preço: "50% a menos do que o de menor preço apresentado por qualquer licitante". A Comissão de Licitação devea) classificar a proposta, desde que o edital permita preço baseado nas ofertas das demais licitantes.b) classificar a proposta, visto que se trata da proposta mais vantajosa para a Administração Pública.c) inabilitar a licitante, por ter apresentado preço inexeqüível.d) desclassificar a proposta, por ferir os princípios da legalidade e da vinculação ao instrumento convocatório.

(108-11). A Administração Pública tem direito de modificar, unilateralmente, relações jurídicas estabelecidas, em facea) da indisponibilidade dos interesses públicos. b) da supremacia do interesse público sobre o privado. c) do princípio da continuidade dos serviços públicos. d) do princípio da legalidade.  (108-12). O Chefe do Executivo pode dispor sobre organização e funcionamento dos órgãos da Administração, desde quea) não limite a discricionariedade administrativa. b) o faça por intermédio de medida provisória. c) apenas cuide de competências vinculantes. d) o exercício desta competência não implique inovação sobre direitos ou deveres não identificados na lei regulamentada.  (108-13). Sociedade de Economia Mista está sujeita à falência, desde que a) por ela o Estado responda subsidiariamente perante terceiros. b) preste serviço público (art. 175 CF). c) explore atividade econômica (art. 173 CF). d) não tenha sido criada por lei.  (108-14). Um licitante interpõe, após o prazo legal de 5 dias úteis, recurso contra decisão da Comissão de Licitação que classificou as propostas, adjudicando o objeto licitado, alegando vício na proposta vencedora. A Comissão de Licitação devea) receber o recurso como denúncia. b) declarar a preclusão da via administrativa pelo escoamento do prazo legal. c) declarar convalidada a decisão pelo decurso do prazo. d) negar recebimento ao recurso.  (108-15). Qual a pessoa jurídica de direito público categorizada como Administração Indireta? a) Empresa pública. b) Distrito Federal. c) Organização social. d) Autarquia.  (108-16). Uma vez que a atividade administrativa é infralegal, as competências públicas não serão descaracterizadas se, nos casos previstos em lei,a) houver renúncia pelo seu titular. b) houver delegação de seu exercício a terceiros. c) houver declaração de prescrição, na hipótese de sua não utilização. d) forem restringidas pela vontade do próprio titular.  (108-17). Na concessão de serviço público, o Poder Concedente pode extinguir a concessão a qualquer momento, por motivo de conveniência e oportunidade, mediante lei autorizadora específica e prévio pagamento da indenização. Esta forma de extinção é denominada a) encampação. b) caducidade.

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c) rescisão contratual. d) desapropriação indireta.  (108-18). Com a Reforma Administrativa, estabeleceu-se o denominado "teto salarial" do servidor público. Este "teto salarial" impede que a) o servidor federal perceba remuneração supe- rior ao subsídio mensal do Presidente da República. b) o servidor acumule vencimentos com proventos. c) o servidor perceba remuneração superior ao subsídio mensal dos ministros do STF. d) a despesa com pessoal ativo e inativo, em cada uma das esferas de Governo, ultrapasse o limite estabelecido em lei complementar.  (108-19). Fala-se que o "apagão" de 11 de março de 1999 foi causado por um raio nas subestações elétricas da cidade de Bauru. Em sendo isso verdade, admitindo-se a existência de força maior, pode-se dizer que os concessionários de serviço público de eletricidade ainda assim poderão ser responsabilizados pelos danos causados a) de vez que a sua responsabilidade é objetiva. b) se constatado que as concessionárias não tomaram as cautelas normais contra acidentes desta ordem. c) visto que a força maior e o caso fortuito não excluem a responsabilidade objetiva do Estado. d) dado a responsabilidade subjetiva das concessionárias não depende da ausência de nexo causal.  (108-20). A Lei nº 10.177, de 30.12.1998, regulando o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual, impôs, em seu artigo 33, prazo para a Administração decidir requerimentos em geral, após o que o requerente poderá considerar rejeitado o seu pedido, na esfera administrativa. Esta novidade a) permitirá que o requerente ingresse imediatamente com mandado de injunção, por se tratar de competência vinculada. b) será um obstáculo ao princípio da inafastabilidade da defesa jurisdicional. c) Propiciará afronta ao princípio da ampla defesa. d) Impedirá que a Administração defenda sua inação, alegando ser ela decorrente de sua discricionariedade administrativa.  (109-12). Os cargos públicos predispostos a receber servidores com a mais forte garantia de permanência são denominados cargos a) de provimento efetivo. b) em comissão. c) de provimento vitalício. d) efetivos, após estágio probatório.  (109-13). Em contrato administrativo com empresa privada brasileira, de fornecimento de bens importados, município contratante, em decorrência da maxidesvalorização do real de fevereiro último, decidiu, unilateralmente, efetuar o pagamento devido ao contratado não no valor em real, correspondente à taxa de câmbio do dia do faturamento (como estabelecido no edital e no contrato), mas em valor menor. O contratado, insatisfeito, decidiu recorrer ao Judiciário, para obter a diferença do preço, sob o fundamento de que a) fato do príncipe a justificar o reajuste do contrato só pode ocorrer em contratos de prazo superior a um ano. b) cláusulas econômico-financeiras e monetárias do contrato não podem ser alteradas sem prévia concordância do contratado. c) o contrato está vinculado aos termos do edital, não podendo haver nenhuma alteração em suas cláusulas regulamentares ou econômicas. d) a maxidesvalorização é ato da administração e a teoria da imprevisão só socorre a parte contratada, nunca a contratante.   (109-14). Recentemente, por erro de servidor, o Diário Oficial da União publicou a contratação direta de Pelé e Elba Ramalho. Constatado o erro, coube à Administração Federal a) declarar sem efeito o ato, por inválido. b) revogar a contratação, por se tratar de ato imperfeito.

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c) anular a publicação, por motivo de interesse público. d) declarar nula a publicação, pela impossibilidade de contratação direta.  (109-15). Em São Paulo, um edifício foi construído além dos limites autorizados no alvará de construção. A Administração Pública Municipal pode intimar o proprietário para que a parte irregular do edifício seja demolida, sob pena de multa e negativa de expedição do alvará final de construção ("habite-se"). Este dever-poder da Administração deriva dos seguintes atributos do ato administrativo: a) exigibilidade e executoriedade. b) imperatividade, exigibilidade e executoriedade. c) legitimidade, legalidade e executoriedade. d) legitimidade, imperatividade e exigibilidade.  (109-16). Na licitação para a privatização das empresas telefônicas da União, grampos de linhas telefônicas fizeram concluir que agentes públicos responsáveis pelo processo licitatório teriam ajudado algumas empresas privadas, em detrimento de outras, sob o argumento de que procurariam o interesse público na venda das empresas estatais. Pelo fato de as empresas ajudadas não terem sido vencedoras no leilão, pode-se dizer que a) ainda que o processo licitatório não esteja fulminado de vício irreparável, o proceder dos agentes feriria o princípio constitucional da isonomia, devendo os mesmos ser responsabilizados. b) os agentes públicos agiram de acordo com a lei da licitação, visto que o processo licitatório destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa. c) por se tratar de leilão e não de concorrência pública, o princípio da impessoalidade pode ser desrespeitado. d) os agentes públicos agiram de forma correta, eis que sua competência discricionária permitiria a atitude tomada, máxime porque se tratava de leilão de venda de ações, inserto em programa de privatização da União.   (109-17). Em briga de alunos dentro de recinto de escola pública municipal, um aluno teve perda da capacidade visual. Pode o município ser responsabilizado por indenização? a) Não, porque a briga foi fora da sala de aula. b) Sim, desde que tenha havido omissão dos funcionários da escola, não impedindo a briga. c) Sim, porque o município tem responsabilidade objetiva na preservação da intangibilidade física dos alunos. d) Sim, ainda que não haja nexo causal entre a perda da capacidade visual e a briga entre os alunos.  (110-91). Constitui forma de intervenção do Estado na propriedade privada, como procedimento administrativo unilateral, auto-executório, temporário, oneroso e fundado em necessidade pública inadiável e urgente: a) o tombamento. b) a desapropriação. c) a requisição administrativa. d) a servidão administrativa.

(110-92). Atividade da Administração Pública, subordinada à ordem jurídica e ao controle jurisdicional, que acarrete limite ao exercício de um direito do particular, caracteriza a) regulamento autônomo. b) ordem pública. c) polícia judiciária. d) poder de polícia.

(110-93). Um delegado de polícia, tendo de cumprir um mandado de prisão de um desafeto, resolve fazê-lo no dia em que este iria tomar posse em um cargo importante, para que todos os jornais e meios de comunicação pudessem registrar a prisão. Esta atitude do delegado pode demonstrar a) desvio de finalidade. b) arbitrariedade. c) abuso de poder discricionário.

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d) abuso de poder vinculado.

(110-94). Determinado Estado contrata a prestação de serviço de limpeza diretamente, sem licitação, sob o argumento de que a contratada teria oferecido proposta vantajosa para o Estado, que deveria pagar apenas o custo do material de limpeza. Esse contrato poderá vir a ser anulado? a) Não, porque o interesse público ficou resguardado pela contratação. b) Sim, porque a exigência de licitação não apenas busca o melhor negócio, como também oferece a todos os administrados tratamento isonômico. c) Sim, porque a Administração Pública não pode nunca contratar prestação de serviço de limpeza sem prévio procedimento licitatório. d) Depende; se o custo do material de limpeza estiver de acordo com a média do mercado, o contrato não poderá ser anulado.

(110-95). Empresa concessionária, prestadora de serviço público de distribuição de energia elétrica, por ocasião da passagem para o ano 2000, sofre uma pane em seus computadores ("bug" do milênio) e isso vem a causar danos aos usuários. Caso a prestadora não tenha como responder pelos prejuízos, configura-se a responsabilidade solidária da União, poder concedente, desde que a) o contrato de concessão não exclua a responsabilidade da União. b) a concessionária não tenha responsabilidade objetiva na prestação do serviço. c) a causa única dos danos seja a pane. d) a concessionária tenha agido com culpa.

(110-96). Na definição de Seabra Fagundes - "Administrar é aplicar a lei de ofício." – o princípio subjacente é o da a) legalidade. b) oficialidade. c) auto-executoriedade. d) formalidade.

(110-97). Configura causa de rescisão do contrato de concessão de serviço público, sem indenização por perdas e danos, a) a encampação. b) a reversão dos bens afetados ao serviço público. c) a declaração de caducidade. d) o resgate.

(110-98). Garante-se o direito à informação, na Administração Pública, por meio a) da publicidade administrativa e do Mandado de Injunção. b) dos direitos de certidão e de universalização dos serviços. c) do controle externo do Tribunal de Contas. d) do direito de petição e do Habeas Data.

(110-99). São características das autarquias: a) personalidade jurídica pública, especialização dos fins, autonomia. b) criação por lei, personalidade jurídica de direito público, sujeição a controle. c) criação por lei, personalidade jurídica de direito público, desempenho de serviço público centralizado. d) capacidade de auto-administração, personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio.

(110-100). Para o aprovado em concurso público iniciar suas atividades, exigem-se a) nomeação, posse e exercício. b) contratação e acesso. c) nomeação e aproveitamento. d) vacância, nomeação e provimento derivado.

(111-91). São consideradas pessoas jurídicas de direito público que executam atividades típicas da Administração Pública: a) autarquias e empresas públicas.

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b) autarquias e fundações públicas. c) empresas públicas e sociedades de economia mista. d) autarquia, empresas públicas e fundações públicas.

(111-92). Tendo em vista que a Administração deve "aplicar a lei de ofício" (Seabra Fagundes), a alegação de ausência de lei proibindo que agentes públicos utilizem os aviões da FAB, para viagens de lazer a Fernando de Noronha, a) fundamenta-se no princípio da legalidade, uma vez que, na ausência de lei, regulamento deverá disciplinar o assunto. b) justifica as viagens, visto que os agentes públicos não ofenderam nenhuma lei. c) demonstra a licitude das viagens, visto que não há nenhuma lei proibindo as viagens. d) esbarra no princípio da legalidade, visto que os agentes públicos só podem fazer o que a lei consente.

(111-93). Delegado, após cinco anos de serviço, obtém promoção por merecimento, em concurso. Sua investidura será a) derivada e efetiva. b) originária e em comissão. c) derivada e vitalícia. d) originária e temporal.

(111-94). Para que o ato administrativo tenha eficácia externa, deve a) ser publicado. b) ser legítimo. c) ser impessoal. d) não configurar abuso de poder.

(111-95). Diretor de sociedade de economia mista doa a uma fundação de fim assistencial verbas daquela entidade, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie. Isto pode caracterizar a) ato legal, porque não se trata de um agente público. b) ato lícito, porque se trata de uma sociedade de economia mista. c) ato de improbidade administrativa que pode causar prejuízo ao Erário. d) omissão legal, porque se trata de ente da Administração Indireta.

(111-96). As Agências Reguladoras, ANEEL, ANATEL, ANP têm em comum: a) a natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público, pertencentes à Administração Direta Federal. b) a natureza jurídica de autarquias especiais, pertencentes à Administração Indireta. c) competência para regular todos os serviços públicos federais. d) a natureza jurídica de empresas públicas que fiscalizam serviços públicos.

(111-97). Inquérito Administrativo apurou que um servidor público federal praticou delito de recebimento de propina (crime contra a Administração Pública). Após ampla defesa, em sede administrativa, sofreu a pena de demissão a bem do serviço público. Na mesma época, em processo criminal paralelo, foi reconhecida a inexistência material do delito de recebimento de propina por parte daquele servidor. A decisão administrativa deverá ser a) anulada, porque qualquer absolvição em sede penal deve repercutir na decisão administrativa. b) mantida pela autonomia das instâncias penal e administrativa. c) mantida, porque a decisão penal nunca pode repercutir na decisão administrativa. d) anulada, porque a decisão administrativa foi totalmente calcada na prática do referido delito.

(111-98). O Tribunal de Contas de um Estado, ao declarar a ilegalidade de uma contratação de um Município, está exercendo função a) administrativa de controle externo da Administração Pública. b) judicante. c) administrativa, eis que auxiliar do Poder Judiciário. d) administrativa de controle interno, porque sua decisão não faz coisa julgada.

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(111-99). No contrato de concessão de serviço público de telefonia fixa, se a concessionária negar-se a dar prosseguimento ao serviço, sob alegação de que o número enorme de usuários inadimplentes teria alterado o equilíbrio econômico do contrato, o poder concedente deve a) determinar a reversão dos bens. b) intervir na concessionária. c) determinar a encampação do contrato. d) declarar, de imediato, a rescisão do contrato, sem indenização dos bens não amortizados.

(111-100). Diz-se que um bem público inalienável transmuda-se em alienável quando a) for desapropriado. b) for de uso comum do povo. c) ocorrer sua desafetação de um uso especial. d) for adquirido por usucapião.

(112-91). Executando plano de urbanização, certo Município propôs ação de desapropriação por utilidade pública, declarando urgência e requerendo imissão provisória na posse. Esta foi negada visto que a) decreto do Chefe do Executivo, declarando a urgência, não estaria devidamente motivado. b) imissão provisória de posse só pode ser concedida em desapropriação por necessidade pública. c) imissão provisória de posse só pode ser concedida em ação de desapropriação para reforma agrária. d) poder expropriante já havia obtido o direito de penetrar no bem para fazer verificações e medições.

(112-92). Quando um servidor estável tem invalidada, por sentença judicial, a sua demissão, deve ele ser reintegrado no cargo. O eventual ocupante da vaga a) poderá ser colocado em disponibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao seu tempo de serviço e com direito à indenização. b) poderá ser colocado em disponibilidade remunerada, com vencimentos integrais ao tempo de serviço em que ficou ocupando a vaga do fun-cionário posteriormente reintegrado. c) poderá ser colocado em disponibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao seu tempo de serviço, mas sem direito à indenização. d) não poderá ser colocado em disponibilidade remunerada, a não ser que possa ser reconduzido ao cargo de origem.

(112-93). A frase de Caio Tácito – "A regra de competência não é um cheque em branco" – significa que a) o Poder Judiciário não tem nenhuma competência para analisar atos administrativos calcados em conceitos indeterminados. b) na Administração impera o princípio da disponibilidade do interesse público. c) o Administrador não tem nenhuma liberdade, inclusive no uso da competência discricionária. d) o fim e não a vontade domina as formas de administração.

(112-94). É requisito básico para a definição de "serviço público": a) o monopólio estatal na sua prestação. b) a titularidade do Estado. c) a referência a necessidades coletivas essenciais ou vitais. d) a invariabilidade na sua indicação, independente de época e de povos.

(112-95). Organizações Sociais são pessoas jurídicas a) do setor privado que, habilitadas como tal, colaboram com a Administração. b) do setor público, criadas por lei, com contrato de gestão com a Administração Direta. c) do setor privado, que por receberem recursos de entes estatais mediante permissão de uso, têm prerrogativas de direito público. d) privadas que, habilitadas como tal, integram o chamado Terceiro Setor para exercer funções exclusivas de Estado.

(112-96). Pode um Tribunal de Contas, com força na sua competência constitucional, exercer controle sobre concessionárias de serviço público?

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a) Não, porque os Tribunais de Contas só exercem controle sobre pessoas jurídicas de direito público. b) Sim, porque ainda que se trate de concessionárias, elas executam serviços públicos e, portanto, estão sob controle do Tribunal de Contas. c) Não, porque concessionárias são empresas privadas, já fiscalizadas, no exercício de suas atividades, pelas Agências Reguladoras. d) Sim, porque cabe aos Tribunais de Contas o controle de qualquer pessoa jurídica que gerencie dinheiros públicos.

(112-97). Quando o Estado, com base no Código Nacional de Trânsito, contrata uma empresa especializada para fornecer e operar aparelho eletrônico (radar fotográfico) que irá possibilitar a lavratura de autos de infração de trânsito, está a) ferindo o ordenamento jurídico, porque o poder de polícia do Estado é indelegável. b) celebrando um contrato de prestação de um serviço técnico-especializado de apoio à fiscalização. c) realizando contrato de concessão de serviço público. d) delegando uma função pública.

(112-98). Pretendendo o Estado contratar uma empresa de engenharia para emissão de laudo técnico sobre as causas de um desmoronamento de um terreno público que caiu sobre uma favela, matando diversas pessoas, a) poderá selecionar a empresa contratada me-diante concurso. b) deverá sempre realizar o procedimento licitatório. c) deverá dispensar o procedimento licitatório, pois trata-se de caso de emergência. d) poderá contratar diretamente, sem licitação, desde que se trate de um trabalho singular e a empresa a ser contratada tenha notória especialização.

(112-99). O Estado de São Paulo deverá indenizar as famílias dos usuários de trens que faleceram ou se machucaram no recente acidente ocorrido na estação de Perus, ainda que laudos técnicos comprovem ausência de culpa dos maquinistas. Tal fato a) só implicará responsabilização objetiva do Estado se o acidente decorreu de negligência, imperícia ou imprudência dos agentes públicos. b) decorre da responsabilização subjetiva do Estado. c) decorre da responsabilização objetiva do Estado. d) poderá ser caracterizado como responsabilização objetiva, por se tratar de ato omissivo do poder público.

(112-100). Em uma avenida estritamente residencial de São Paulo, foi construído, sem autorização ou alvará de construção, um pequeno prédio com farmácia, banca de revistas e armazém de secos e molhados, que servem aos residentes vizinhos. A Administração Pública Municipal pode, sem se socorrer do Judiciário, notificar o proprietário para que providencie a demolição do prédio? a) Sim, porque ainda que sirva aos habitantes daquela zona residencial, a construção não cumpre totalmente a sua função social. b) Não, porque o direito de propriedade deve ser respeitado, eis que a construção cumpre uma finalidade social. c) Não, porque os atos da Administração Pública têm imperatividade e exigibilidade, mas não executoriedade. d) Sim, porque seus atos têm legitimidade, imperatividade e exigibilid

(113-91). Por erro de Escrivão de Registro de Imóveis do Estado de São Paulo, que deixou de registrar que um imóvel estava hipotecado, danos foram acarretados a um adquirente desse imóvel. Nessa situação, a) cabe ação de indenização contra o Estado, por caracterizar sua responsabilidade objetiva. b) só cabe ação de indenização contra o Escrivão, visto este não deter a condição de servidor público. c) só cabe ação contra o vendedor do imóvel hipotecado, visto que os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. d) não cabe ação contra o Estado, visto que a atividade registral é prestada em âmbito de serventia extrajudicial não oficializada.

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(113-92). Para contratação de profissional do setor artístico, consagrado pela opinião pública, o Poder Público pode a) realizar licitação, na modalidade de Tomada de Preços. b) dispensar a licitação, em razão da pessoa a ser contratada. c) contratar diretamente, pela inexigibilidade de licitação. d) dispensar a licitação, em razão do objeto a ser contratado.

(113-93). Em uma concorrência para contratação de um serviço, a proposta de uma licitante foi desclassificada, sob o fundamento de que seu preço seria muito abaixo do preço médio de mercado. Esta decisão a) está incorreta porque o Administrador só deve desclassificar proposta com preço acima do preço médio de mercado ("superfaturado"). b) contraria o interesse público porque a Administração deve sempre contratar quem ofereça o menor preço. c) está correta visto que a Administração não poderá nunca contratar licitante que ofereça preço abaixo do preço do mercado. d) tem fundamento legal porque o interesse público exige a contratação de proposta exeqüível.

(113-94). A Administração nomeou para um cargo que pressupõe formação em 2o grau, um cidadão com escolaridade de 1o grau. a) A anulação desse ato deverá respeitar o direito líquido e certo do nomeado. b) A validade desse ato ressente-se de requisito essencial, sendo o mesmo nulo, dele não decorrendo qualquer direito. c) Deve a Administração convalidar o ato de nomeação, retificando-o. d) Se a nomeação ocorreu por erro da Administração e não do nomeado, este tem direito à reintegração do cargo.

(113-95). Um novo prefeito, ao tomar posse, demite imediatamente assessor do antigo prefeito, nomeado, em comissão, há mais de 10 (dez) anos. Essa dispensa a) tem respaldo jurídico, eis que se trata de cargo em comissão. b) não tem sustento legal, visto que, após 10 anos, servidor nomeado em comissão tem estabilidade no cargo. c) caracteriza desvio de poder. d) tem fundamento jurídico, visto que o assessor fora nomeado por um antigo prefeito.

(113-96). Lei Municipal autoriza o Poder Executivo a vender, através de licitação, 30% das ações de propriedade do Município, de uma Sociedade de Economia Mista Municipal. Como anexo ao Edital da Licitação, é juntada uma minuta de Acordo de Acionista que será firmado com o vencedor da licitação (comprador das ações), em que se prevê rígida regulamentação para futura compra e venda de todas as ações dos signatários do acordo, com estabelecimento de preferências recíprocas na aquisição de ações. Pode-se dizer que esse Acordo de Acionista a) é ilegal, visto tratar-se de sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito público. b) tem respaldo constitucional, visto que já houve prévia autorização legislativa e a venda ocorreu por licitação. c) tem fundamento no direito do Município de dispor de seus próprios bens. d) é ilegal, porque o Município não pode, por acordo com particular, estabelecer regras para venda de suas ações, o que exigiria prévia autorização legislativa e processo licitatório.

(113-97). Muitos doutrinadores valem-se da natureza indisponível do interesse público e da auto-executoriedade dos atos administrativos para contestar a possibilidade de aplicação, nos contratos de concessão, do instituto da a) reversão. b) arbitragem. c) encampação. d) revisão das tarifas.

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(113-98). Um funcionário público federal, de alta categoria, em seminário com investidores estrangeiros no Brasil, recomendou aos investidores que aplicassem o seu dinheiro em outros estados brasileiros e não em um determinado Estado do Brasil, cujo governador estaria em contínua oposição com o Presidente da República. O Estado em questão, por intermédio de sua Procuradoria, moveu ação ordinária de indenização por danos morais contra referido funcionário, alegando ter o mesmo lesado a sua honra objetiva, a sua imagem e os seus interesses. O fundamento dessa ação repousou na violação de diversos princípios constitucionais, dos quais o mais evidente seria o princípio da a) impessoalidade. b) ilegalidade. c) publicidade. d) eficiência.

(113-99). Para conceder aposentadoria por invalidez, a Administração tem de ouvir o órgão médico oficial. Se este, reconhecendo a invalidez, opinar pela aposentadoria, poderá a Administração negá-la? a) Não, porque a Administração está sempre vinculada aos pareceres de seus órgãos técnicos oficiais. b) Sim. Trata-se de ato discricionário. c) Não. Trata-se de ato vinculado. d) Sim. Trata-se de ato de gestão.

(113-100). A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente consagra a responsabilidade objetiva relativamente aos danos causados por qualquer infração administrativa ambiental. A responsabilização administrativa do poluidor que admite as excludentes da culpa da vítima, do caso fortuito e da força maior, caracteriza a modalidade denominada a) teoria civilista da culpa. b) teoria do risco integral. c) teoria da responsabilidade subjetiva. d) teoria do risco administrativo.

(114-11). Pode haver uso individual exclusivo de bem de uso comum do povo? a) Não, sob pena de atentado ao princípio da indisponibilidade dos bens de uso comum do povo. b) Sim, desde que seja bem municipal. c) Não, porque esse bem compõe o patrimônio domi- nial do Estado. d) Sim, desde que haja consentimento especial da autoridade administrativa.

(114-12). É lícito a Prefeitura instalar placas sinalizadoras de nome de ruas em imóveis privados, sem indenização? a) Não, porque estaria havendo desapropriação indireta. b) Não, porque todas as limitações administrativas são indenizáveis. c) Sim, desde que declare o bem de interesse público. d) Sim, porque se trata de servidão administrativa.

(114-13). Diz-se que a autoridade policial só pode instaurar inquérito quando vislumbre conduta ilícita típica, caso contrário a atuação da autoridade implicará a) atividade discricionária. b) abuso ou desvio de poder. c) atividade vinculada. d) atividade subordinada.

(114-14). Quando duas ou mais pessoas políticas disciplinam o exercício conjugado de atribuições, definindo fins comuns a serem atingidos pela aplicação coordenada de recursos próprios, o instrumento jurídico utilizado é a) protocolo de intenções. b) contrato administrativo. c) convênio. d) contrato de gestão.

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(114-15). Dos elementos dos atos administrativos (competência, motivo, objeto, forma e finalidade) quais os que são sempre vinculados e que, por não ficarem sujeitos à discricionariedade do agente administrativo, são susceptíveis de apreciação jurisdicional? a) Objeto, motivo e forma. b) Competência, motivo e forma. c) Objeto, forma e finalidade. d) Competência, forma e finalidade.

(114-16). Pretendendo a Prefeitura de São Paulo contratar Chico Buarque para um espetáculo no Parque Ibirapuera, comemorativo do aniversário da cidade, cuidará de a) dispensar a exigência da licitação, contratando diretamente o artista. b) instaurar processo de licitação, na modalidade concurso. c) dispensar a licitação, pela ausência de competitividade. d) realizar processo de licitação simplificado.

(114-17). Autorização para prestar serviços de telecomunicações diferencia-se de concessão de serviços de telecomunicações porque a primeira a) tem natureza precária e a segunda é contratual. b) nunca exige licitação, enquanto a segunda deve ser sempre precedida de licitação. c) diz respeito a interesse público e a segunda, a interesse privado. d) pode ser prorrogada e a segunda, não.

(114-18). As autarquias são pessoas jurídicas de direito público que possuem capacidade exclusivamente administrativa. A respeito das autarquias, pode-se afirmar que a) somente a lei tem o condão de criá-las. Todavia, podem estas ser extintas por meio de norma hierarquicamente inferior àquela que as criou, ou até mesmo, por meio de ato administrativo emanado de autoridade competente. b) sua responsabilidade confunde-se com a responsabilidade do Estado, de forma que quaisquer pleitos administrativos ou judiciais decorrentes de atos que a princípio lhes sejam imputáveis, deverão ser propostos tão somente em face do Estado. c) os atos delas emanados revestem-se da presunção de legitimidade, exigibilidade, nos mesmos termos dos atos administrativos dotados destes atributos.d) não estão sujeitas a controle exercido pelo Estado (Executivo), tão-somente se sujeitando ao controle exercido pelos Tribunais de Contas, órgãos auxiliares competentes para julgar as contas dos administradores autárquicos.

(114-19). A respeito das diversas modalidades de licitação previstas em lei, é correto asseverar que a) com relação às relações jurídicas de maior vulto, não resta dúvida de que a tomada de preços é, precipuamente, a modalidade licitatória mais adequada. b) a concorrência em termos de acessibilidade é muito mais ampla que a tomada de preços, que sempre pressupõe a existência de um prévio cadastramento. c) na concorrência, na tomada de preços e no convite há sempre necessidade de publicação de edital na imprensa, para que se permita a ampla divulgação e publicidade do certame. d) o mandado de segurança não é via hábil para que sejam salvaguardados os direitos postulados por um licitante.

(114-20). Assinale a alternativa incorreta. a) Os bens afetados são inalienáveis. b) Somente os bens dominiais podem ser penhorados para que se satisfaçam os créditos contra o Poder Público inadimplente. c) Os bens públicos são insusceptíveis de usucapião. d) Os bens desafetados, ao passarem à categoria dos dominiais, poderão, por meio de lei, perder a inalienabilidade.

(115-91). Diz-se, em relação à Administração Pública, que "Não é competente quem quer, mas quem pode." Essa expressão decorre do princípio

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a) da legalidade. b) do direito público. c) da discricionariedade. d) da ampla defesa.

(115-92). O Estado lesa direitos individuais não apenas pelo atos ilegais ou ilícitos dos seus representantes, mas também quando opera no exercício de inteira legalidade. Trata-se, aí, da chamada a) responsabilidade subjetiva do Estado. b) responsabilidade objetiva do Estado. c) responsabilidade do Estado por culpa de seus prepostos. d) irresponsabilidade civil do Estado.

(115-93). Recentemente uma funcionária pública do Senado, cumprindo ordens de senadores, violou o sigilo de uma votação daquela Casa. Por cumprir ordem, ainda que ilegal, sua responsabilização administrativa a) é clara, porquanto funcionário público só está obrigado a fazer alguma coisa em virtude de lei. b) deverá ser atenuada, visto que se trata de estrito cumprimento do dever hierárquico. c) não poderá ocorrer, a não ser que seja ela punida, anteriormente, em processo criminal. d) dependerá da comprovação de que tenha agido no exercício regular de direito.

(115-94). Não poderá um funcionário ser promovido se a) receber como vencimentos o teto remuneratório. b) prover cargo de classe inferior de uma dada carreira. c) o provimento do cargo deu-se em virtude de habilitação em concurso público. d) prover cargo isolado.

(115-95). O Comitê Gestor da Crise de Energia Elétrica pretende contratar uma empresa de notória especialização, para elaboração de estudos de avaliação dos reflexos das possíveis situações de "apagões" em todo o país. Essa contratação, cujo preço será bastante alto, a) poderá ser realizada diretamente, pela inexigibilidade de licitação. b) deverá ter a licitação dispensada, em razão da singularidade do serviço. c) não poderá ser realizada sem concorrência, pelo preço alto da contratação. d) não poderá ser realizada, visto que o Comitê Gestor foi criado por Medida Provisória.

(115-96). O desfazimento de um ato administrativo por motivo de conveniência e oportunidade denomina-se a) anulação. b) cassação. c) caducidade. d) revogação.

(115-97). Numa concorrência, as exigências do edital concernentes à regularidade fiscal dos licitantes diz respeito à fase de a) julgamento. b) pré-requisito. c) habilitação preliminar. d) idoneidade financeira.

(115-98). O candidato aprovado em concurso para o preenchimento de cargo público tem o direito de ser a) nomeado imediatamente. b) nomeado dentro do prazo de validade do concurso. c) nomeado dentro do prazo de validade do concurso, respeitada a ordem de classificação, se a Administração decidir preencher a vaga. d) aproveitado em cargo de provimento em comissão.

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(115-99). Declarada por lei a desnecessidade de um cargo, seu ocupante, estável no serviço público, será a) posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço até seu aproveitamento em outro cargo. b) aproveitado em cargo de funções semelhantes com remuneração integral. c) aposentado com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. d) demitido a bem do serviço público.

(115-100). A menor unidade de competência integrante da organização administrativa é a) o órgão público. b) o cargo público. c) a Secretaria ou Ministério. d) a repartição pública.

(116-11). A diferença entre limitação administrativa e servidão administrativa reside em que a) a segunda, diferentemente da primeira, retira totalmente o conteúdo do direito de propriedade do particular. b) a segunda é sempre gratuita e dela decorre uma obrigação de não fazer; a primeira admite indenização e dela deriva um dever de deixar de fazer. c) a primeira é forma mais intensa de intervenção estatal na propriedade privada do que a segunda. d) a primeira é sempre gratuita e dela decorre uma obrigação de não fazer; a segunda admite indenização e dela deriva um dever de deixar de fazer.

(116-12). Após regular concorrência, Município celebrou contrato de concessão de serviço de saneamento básico (esgoto) com a empresa vencedora da licitação. Ocorre que problemas ambientais incontornáveis, descobertos após a celebração do contrato, impediram a atuação da concessionária, na forma estabelecida no edital de licitação. Em face disso, poderá o Município declarar a a) rescisão do contrato de concessão. b) encampação da concessão, por vício no edital. c) caducidade da concessão. d) reversão da concessão.

(116-13). Ato de Prefeito Municipal deferiu o reajuste tarifário referente ao serviço de distribuição de água, prestado por uma empresa privada, concessionária desse serviço. Tem o Poder Judiciário competência para aferir se é abusivo ou não esse reajuste tarifário, deferido pelo poder concedente, sabendo-se que a legislação tarifária confere ao Prefeito, discricionariamente, a definição dos índices de reajuste? a) Sim, desde que se trate de ato vinculado. b) Não, porque a lei deu competência discricionária ao Prefeito. c) Não, porque o Poder Judiciário não pode entrar no mérito de atos de outro Poder, ainda que arbitrários. d) Sim, porque ainda que se trate de ato discricionário, deve ele ser razoável e proporcional.

(116-14). Por decreto de Governador, foram nomeados para cargos de policiais civis candidatos que haviam sido regularmente aprovados em concurso público. Constatado, poste-riormente, que um dos nomeados não havia sido aprovado na prova oral, e cabendo, à Administração, de ofício, o conserto dos atos administrativos eivados de vício, deverá ser a) tornado sem efeito o decreto de nomeação, com a convalidação da nomeação irregular. b) expedido decreto, revogando o decreto de nomeação. c) expedido decreto, anulando a nomeação calcada em erro. d) revogado, por decisão judicial, o decreto viciado.

(116-15). Servidor público, condenado em Processo Administrativo Disciplinar, em que se respeitaram os princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa, foi demitido do cargo público. Posteriormente, foi absolvido pela Justiça, na ação penal referente ao fato que deu causa à demissão do cargo. Em face disso, deve o servidor demitido ser reintegrado no cargo? a) Nunca, porque as esferas administrativa e penal são independentes.

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b) Sim, desde que a absolvição tenha reconhecido a inexistência material do fato que lhe foi imputado. c) Sempre, ainda que a absolvição seja emergente de determinantes jurídicas diversas. d) Não, ainda que a decisão absolutória esteja fundada na negativa de autoria do fato.

(116-16). Particulares em colaboração com a Administração Pública são aqueles que, com a concordância do Poder Público e sem relação de dependência, desempenham, por conta própria, embora em nome do Estado, função pública. Incluem-se nessa categoria a) tabeliães e diretores de faculdades privadas. b) concessionários e auditores privados. c) diretor de Banco Central e titulares de serventias públicas. d) funcionários nomeados para cargo em comissão.

(116-17). O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), autarquia federal, objetivando a contratação de empresa de engenharia para elaboração de estudos conclusivos sobre a incidência de acidentes com veículos, ocorridos nas vizinhanças dos postos de pedágios, em estradas federais privatizadas, a) não precisará realizar licitação, pois trata-se de estradas privatizadas, sujeitas a regime de direito privado. b) deverá realizar licitação prévia, visto tratar-se de estradas dadas em concessão. c) poderá contratar, sem prévia licitação, desde que demonstre tratar-se de contratação de empresa de notória especialização para realizar serviço singular. d) deverá sempre selecionar a empresa a ser contratada, obrigatoriamente, mediante prévia licitação, visto tratar-se de pessoa jurídica de direito público.

(116-18). É lícito ao Poder Judiciário recusar-se prestar informações, a qualquer cidadão, sobre os vencimentos dos magistrados, sob a argumentação de ser "matéria reservada"? a) Sim, porque a Constituição Federal ressalva do princípio da motivação as informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. b) Sim, porque o direito de receber informações dos órgãos públicos deve referir-se à esfera privatística do interesse particular. c) Não, porque o Poder Judiciário, como pessoa jurídica de direito público que é, está adstrito ao princípio da moralidade. d) Não, porque a Administração Pública direta ou indireta, de qualquer dos poderes da União, dos Estados e dos Municípios deve obedecer ao princípio da publicidade.

(116-19). O ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual a Administração consente na prática de determinada atividade individual incidente sobre um bem público, chama-se a) permissão de uso. b) autorização de uso. c) concessão de uso. d) concessão de direito real de uso.

(116-20). Ajuste de vontade regido pelo direito público, em que os interesses das partes, de regra, não são convergentes, mas sim antagônicos, chama-se a) contrato administrativo. b) convênio adminsitrativo. c) consórcio. d) carta-convite.

(117-11). Na prestação do serviço público de geração de energia hidrelétrica, o particular (A) celebrará com a União contrato de concessão de serviço público e poderá celebrar também contrato de concessão de uso de bem público.(B) firmará com o Estado-membro onde se situa a bacia hidrográfica somente um contrato de concessão de serviço público.(C) celebrará com a União contrato de permissão de serviço público de usina termelétrica.(D) firmará com o Estado-membro contrato de autorização de uso da bacia hidrográfica, situada dentro do território do Estado.

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(117-12). A nomeação para cargo de juiz de direito constitui ato administrativo complexo, visto que (A) dele participam, obrigatoriamente, dois Poderes do Estado, o Tribunal de Justiça e o Governador.(B) só ocorre após aprovação em concurso público de várias etapas.(C) é decorrente de concurso de provas e títulos.(D) calcado em normas constitucionais e na Lei Orgânica da Magistratura.

(117-13). Filha solteira de funcionário público recebeu pensão pela morte do pai, por dez anos consecutivos. Por não preenchimento de requisito legal, a pensão previdenciária foi cassada. Insurge-se o beneficiário da pensão, alegando direito adquirido. A Administração Pública poderia ter cassado a pensão?(A) Não, porque ainda que a concessão da pensão tenha ocorrido sem o preenchimento do requisito, o prazo decorrido teria convalidado o ato.(B) Sim, porque a Administração deve invalidar seus atos ilegais e não existe direito adquirido contra o direito.(C) Não, porque teria ocorrido prescrição contra a Administração.(D) Sim, porque se trata de ato discricionário.

(117-14). O instituto de caducidade ou decaimento ocorre em relação a um ato administrativo(A) pela ocorrência de vício na sua formação.(B) pela implementação dos efeitos jurídicos do ato.(C) pelo advento de invalidade superveniente à expedição do ato.(D) por razões de conveniência e oportunidade.

(117-15). As agências reguladoras, recém-surgidas no nosso ordenamento jurídico, têm como qualidade intrínseca, que as diferencia das antigas autarquias,(A) ausência de subordinação hierárquica.(B) independência administrativa.(C) personalidade jurídica de direito público.(D) mandato fixo de seus dirigentes.

(117-16). Assinale a alternativa correta quanto à responsabilidade patrimonial do Estado por omissão.(A) Não responde por omissão.(B) A responsabilidade é pelo risco integral.(C) A responsabilidade é objetiva.(D) A responsabilidade é subjetiva.

(117-17). O descumprimento, pelo administrado, das exigências legais que lhe permitiriam continuar desfrutando de uma situação jurídica decorrente de ato administrativo, enseja extinção do ato mediante (A) invalidação.(B) cassação.(C) contraposição.(D) revogação.

(117-18). Em face da inexistência do motivo indicado pela autoridade administrativa quando da expedição de determinado ato, cabe ao interessado pleitear sua (A) cassação.(B) revogação.(C) anulação.(D) suspensão.

(117-19). A obrigatoriedade, como regra, de realizar licitação, como procedimento administrativo destinado a selecionar a proposta mais vantajosa para o Poder Público celebrar contratos, aplica-se a entidades governamentais (A) prestadoras de serviço público.

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(B) de direito público.(C) de direito privado.(D) de direito público e privado.

(117-20). Integram a Administração Pública, em sentido amplo, (A) autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações governamentais.(B) autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e organizações sociais.(C) organizações sociais, autarquias e empresas públicas.(D) organizações da sociedade civil de interesse público, autarquias, agências reguladoras e empresas públicas.

(118-11). Toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material fruível diretamente pelo administrado, prestada pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob regime de direito público, é (A) serviço público.(B) intervenção econômica.(C) polícia administrativa.(D) fomento.

(118-12). Para que o Estado possa alterar, unilateralmente, um contrato administrativo, deve(A) referir-se, a alteração, apenas a regras contratuais.(B) manter intangível a equação econômico-financeira do contrato.(C) haver previsão expressa no contrato, permitindo a alteração.(D) haver anuência do contratado.

(118-13). O particular age por sua conta e risco, sujeitando-se, contudo, à regulamentação, controle e fiscalização do Poder Público, no(A) contrato de concessão de serviço público.(B) processo de licitação.(C) exercício de um cargo público.(D) processo de arbitragem.

(118-14). A auto-executoriedade dos atos administrativos(A) não se submete ao amplo controle judicial.(B) não pode contrariar interesse jurídico legítimo do particular.(C) não serve ao interesse público.(D) pode ser admitida em qualquer caso.

(118-15). Não é característica marcante do serviço público, sua(A) submissão ao princípio da continuidade.(B) essencialidade.(C) prestação diretamente pela Administração Pública.(D) prestação com a necessária eficiência.

(118-16). A responsabilidade civil do concessionário de serviço público é(A) subsidiária ao poder concedente.(B) subjetiva.(C) objetiva.(D) solidária com o poder concedente.

(118-17). Quando o Estado impõe limitação à liberdade ou à propriedade do administrado, sem que haja total despojamento desses direitos, o que acarretaria indenização, está-se falando em(A) desapropriação.(B) poder de polícia.(C) servidão administrativa.(D) intervenção estatal.

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(118-18). A liberdade é a regra. A intervenção estatal do poder de polícia, a exceção, que só se justifica(A) quando indispensável à coexistência ordenada das liberdades.(B) pelo princípio da separação de poderes.(C) pelo princípio da razoabilidade dos atos vinculados.(D) quando indispensável à motivação dos atos administrativos.

(118-19). Utilização transitória e cogente de bens ou serviços, diante de perigo público iminente, indenizável a posteriori, chama-se (A) requisição.(B) tombamento.(C) expropriação.(D) limitação administrativa.

(118-20). Um Estado-membro propôs ação de desapropriação por utilidade pública, declarando urgência e requerendo imissão provisória na posse de um imóvel em que ocorre um empreendimento imobiliário (loteamento), constituído dentro dos parâmetros legais e devidamente aprovado, há vários anos, pela Administração Pública Municipal. O desapropriado (A) pode pleitear a anulação do decreto expropriatório, de vez que a obra fora aprovada pelo órgão municipal com competência para autorizar o empreendimento em questão.(B) não tem direito à indenização, porque a atuação do Estado prepondera sobre a do Município.(C) tem direito à justa e prévia indenização.(D) não tem direito à indenização porque o interesse coletivo prevalece sobre o interesse individual.

(119-11). No caso de funcionário público processado por fato que constitui ilícito administrativo e, ao mesmo tempo, ilícito penal, a decisão do juiz criminal repercutirá na instância administrativa se(A) declarar inexistente o fato.(B) absolver o funcionário por ineficiência de prova.(C) absolver o funcionário por reconhecer não constituir, o fato, infração penal.(D) absolver o funcionário por existir circunstância que isente o réu de penas.

(119-12). Tendo a lei estabelecido que a produção e a venda de fogos de artifício dependem de prévia autorização administrativa, e constatado que certo indivíduo, dela prescindindo, estaria praticando tais atividades, pode a autoridade administrativa competente ordenar-lhe a interrupção e executar a sanção, sem intervenção do Poder Judiciário?(A) Não, em face do princípio da separação dos poderes.(B) Não, por desrespeito ao princípio do devido processo legal.(C) Sim, pois pelo atributo de executoriedade do ato administrativo, é descabido, a qualquer tempo, o seu controle judicial.(D) Sim, por acudir ao ato administrativo a presunção de veracidade e legitimidade.

(119-13). Podem os credores de concessionária de telefonia fixa penhorar sua rede de telecomunicações?(A) Não, porque a rede está afetada à prestação do serviço público.(B) Sim, porque a concessionária, apesar de executar serviço público, é empresa privada.(C) Não, porque o princípio da continuidade do serviço público torna reversíveis todos os bens do patrimônio da concessionária.(D) Sim, porque a inadimplência da concessionária é fato extintivo do contrato administrativo de concessão.

(119-14). Entre os poderes da Administração, é incorreto afirmar que(A) o poder hierárquico consiste em avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado.(B) o poder normativo interno, decorrente da relação hierárquica, consiste na expedição de atos normativos, como resoluções, portarias e instruções, com o objetivo de ordenar a atuação

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dos órgãos subordinados.(C) o poder normativo autônomo, exercido também privativamente pelo Chefe do Poder Executivo, consiste na expedição de decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei.(D) o poder normativo regulamentar, exercido privativamente pelo Chefe do Poder Executivo, consiste na regulamentação das leis por meio da expedição de decretos e regulamentos para sua fiel execução.

(119-15). Assinale a alternativa correta. De acordo com a Constituição Federal, a Administração está obrigada a praticar licitação(A) somente para realização de obras e serviços contratados por empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica. (B) para a realização de obras, serviços e alienações, bem assim, para concessão e permissão de serviços públicos. (C) somente para a realização de obras, serviços e alienações, bem como para a concessão de serviços públicos. (D) somente para a realização de obras, serviços e alie-nações.

(119-16). É característica das limitações administrativas à propriedade,(A) implicarem restrição geral e gratuita, imposta indeterminadamente a propriedades, pelo Poder Público, em benefício da coletividade.(B) implicarem ônus real, ficando, o bem gravado, em estado de especial sujeição à utilidade pública.(C) gerarem, para o Poder Público, obrigação de indenizar o proprietário do bem atingido.(D) decorrerem de ato específico da Administração, individualizando o bem ou os bens a serem gravados.

(119-17). O contrato administrativo poderá ser rescindido(A) em caso de ilegalidade da licitação, em procedimento administrativo em que seja assegurada ampla defesa. (B) por inadimplemento do contratado, desde que haja decisão judicial.(C) unilateralmente pela Administração, em caso de interesse público ou conveniência.(D) somente por acordo em face de a posição das partes ser de horizontalidade.

(119-18). A exigência imposta por lei municipal, determinativa de recuo de certo número de metros na construção a ser levantada em terreno urbano, constitui(A) limitação administrativa.(B) servidão predial.(C) desapropriação parcial do terreno.(D) servidão administrativa.

(119-19). O contrato administrativo tem como característica:I. a presença de cláusulas exorbitantes;II. a imutabilidade;III. a incompatibilidade total com a natureza do contrato de adesão.É certo afirmar que(A) apenas I está correto.(B) apenas II está correto.(C) apenas III está correto.(D) I, II e III estão corretos.

(119-20). Admitindo-se o critério de classificação dos atos administrativos entre discricionários e vinculados, assinale a variante que contém somente atos vinculados.(A) Autorização para porte de arma e aprovação.(B) Admissão e licença para construir.(C) Admissão e aprovação.(D) Licença para construir e autorização para porte de arma.

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(120-11). Diante da editação, pelo Poder Público, de medidas gerais que, de forma anormal e incomum atingem o equilíbrio financeiro de contrato de concessão de serviço público, deverá aquele(A) de comum acordo com o concessionário, revisar extraordinariamente as cláusulas financeiras do contrato.(B) cumprir a cláusula de reajuste das tarifas.(C) aguardar o prazo da revisão ordinária para, se for o caso, alterar o contrato.(D) extinguir sempre o contrato.

(120-12). Município cobra remuneração mensal de concessionária de serviço público de telefonia para utilizar seu subsolo, na passagem de cabos de fibra ótica. A doutrina diverge sobre a possibilidade desta cobrança. O argumento jurídico mais consistente que o Procurador do Município deverá utilizar, para sustentar a pretensão, é tratar-se de(A) indenização pela servidão de passagem.(B) cobrança de taxa pelo uso do bem público.(C) cobrança de preço público porque o serviço público da concessionária é da órbita federal.(D) indenização pelos danos causados ao subsolo na construção dos dutos para colocação dos cabos de fibra ótica.

(120-13). O sistema de parcerias entre os setores público e privado não é implementado na(A) execução de serviços por intermédio de concessão.(B) nomeação de funcionários públicos após aprovação em concurso público.(C) contratação de serviços especializados ligados à atividade-meio do contratante, ente público.(D) terceirização de atividades atípicas do Estado.

(120-14). Ato administrativo inválido que admite convalidação é(A) aquele cuja restauração de juridicidade traz insegurança jurídica.(B) aquele cujo conteúdo encontra-se comprometido, passível apenas de invalidação judicial ou administrativa.(C) aquele cujo conteúdo não é atingido pelo vício, permitindo a preservação de seus efeitos jurídicos mediante a expedição de outro ato administrativo. (D) ato inexistente.

(120-15). Após regular procedimento licitatório e celebrado o contrato, poderá ser alterado o objeto de contrato de prestação de serviços de limpeza, para serviço de vigilância, no caso de a contratada ser empresa especializada também em vigilância e o poder público alegar que o interesse público exige a alteração?(A) Sim, porque se trata de ato discricionário.(B) Sim, pelo poder da Administração de alteração unilateral dos contratos.(C) Não, porque se trata de serviço técnico especializado.(D) Não, pelo princípio da vinculação ao edital de licitação.

(120-16). Extinto o prazo de contrato administrativo de prestação de serviços, foi ele prorrogado tacitamente enquanto não concluído o processo licitatório para a efetivação de novo contrato visando a idêntico objeto. O atraso na licitação decorreu de suspensão, por liminar judicial, do seu procedimento. Estará correto o pagamento do contratado pelos serviços realizados no período não coberto pelo prazo contratual inicial?(A) Não, a não ser que a Administração celebre posteriormente contrato escrito, atribuindo-lhe efeitos pretéritos.(B) Não, porque a Administração não pode alegar atraso na licitação (de total previsibilidade) para justificar contrato oral.(C) Sim, desde que o agente público responsável pela contratação tácita não venha a ser

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considerado culpado pela violação do dever funcional que tenha acarretado a contratação irregular.(D) Sim, a título de ressarcimento, para evitar enriquecimento ilícito do Estado.

(120-17). Segundo a Constituição Federal, o serviço público que incumbe ao Poder Público poderá ser prestado diretamente ou, após licitação, por delegação a particulares, mediante (A) contratos de concessão, de permissão ou de autorização.(B) atos administrativos de permissão e de licença.(C) contratos de concessão ou de permissão.(D) autorização a concessionárias.

(120-18). São requisitos de validade do ato administrativo(A) competência, conveniência, finalidade, motivo e objetivo.(B) forma, competência, finalidade, motivo e objeto.(C) imperatividade, competência, legitimidade, motivo e objeto.(D) forma, competência, finalidade, oportunidade e objeto.

(120-19). É característica básica do contrato de concessão de serviço público(A) a concessão conjunta de uso do bem público.(B) o pagamento do serviço pelo poder concedente.(C) a exploração do serviço por conta e risco da concessionária.(D) a exclusividade na exploração do serviço público.

(120-20). Não é considerada cláusula exorbitante, típica do contrato administrativo, a(A) retomada do objeto por ato da Administração.(B) alteração unilateral do contrato pelo Poder Público.(C) anulação do contrato por ilegalidade, pela própria Administração.(D) plena adoção da cláusula da exceção do contrato não cumprido.

(121-11). Quando autoridade administrativa, em juízo de conveniência, dispõe diversamente sobre matéria objeto de ato administrativo anterior, diz-se que (A) o ato novo é ato administrativo revocatório. (B) só será possível se o ato extinto for inválido.(C) só é possível se a autoridade de que emanou o novo ato for hierarquicamente superior à emitente do ato anterior.(D) os efeitos produzidos pelo ato eficaz anterior serão desconstituídos.

(121-12). Em licitação, em que todos os licitantes têm suas propostas técnicas desclassificadas, o ente licitador(A) pode revogar a licitação, considerando-a deserta.(B) pode fixar prazo para que os proponentes reapresentem suas propostas escoimadas dos motivos que ensejaram a desclassificação.(C) não pode anular a licitação, ainda que os vícios das propostas sejam decorrentes de erros insertos no edital.(D) não pode permitir o conserto das propostas, sob pena de ferir o princípio do sigilo delas.

(121-13). Integra a Administração Indireta Federal, como autarquia, e tem competência para analisar e julgar, sob o prisma da concentração econômica, processos de fusão entre empresas de telecomunicações:(A) SECRETARIA DE ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO (SEAE).(B) ANATEL.(C) SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO (SDE).(D) CADE.

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(121-14). Prescinde de processo seletivo simplificado ou de concurso público, embora se rate de contratação de servidor público: (A) a contratação de servidor pelo regime trabalhista.(B) o contrato de locação de serviços realizado com dispensa de licitação.(C) a contratação de pessoal por tempo determinado para atender às necessidades decorrentes de calamidade pública.(D) a contratação de servidor autárquico.

(121-15). A Ação Popular diferencia-se da Ação Civil Pública(A) porque só a Ação Civil Pública tem caráter condenatório do responsável pelo dano.(B) pela legitimação da parte ativa.(C) porque só a Ação Civil Pública tutela interesses difusos.(D) porque só a Ação Popular pode ser proposta para anular ato lesivo ao patrimônio público.

(121-16). Nos contratos de concessão de serviço de telefonia fixa, verificando-se que o reajuste anual previsto no contrato implicaria aumento muito acima da inflação e, portanto, por demais oneroso ao usuário-consumidor, o Poder Concedente poderia, em comum acordo com a concessionária, efetuar revisão contratual, diminuindo o reajuste e, na mesma proporção, diminuir obrigações da concessionária. Este proceder(A) encontra abrigo na lei de concessão, visto que seria mantido o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. (B) fere a lei de licitação, visto que o valor da tarifa (e dos reajustes) foi estabelecido na proposta da licitante vencedora do processo de privatização do sistema Telebrás.(C) tem amparo legal, pois que o Poder Público pode alterar unilateralmente qualquer cláusula de contrato administrativo.(D) só terá amparo legal se se tratar de cláusula exorbitante, derrogatória do direito comum.

(121-17). Serão necessariamente precedidos de licitação, quando contratados com terceiros, as obras, serviços, compras e alienações, no âmbito da administração pública, salvo as hipóteses de(A) concurso.(B) leilão.(C) dispensabilidade de convite.(D) dispensabilidade, de inexigibilidade e de vedação.

(121-18). Não é característica do contrato administrativo: (A) presença de cláusulas exorbitantes.(B) liberdade de forma.(C) mutabilidade.(D) finalidade pública.

(121-19). No tocante à "permissão", é incorreto afirmar que(A) depende de licitação.(B) seu objeto é a execução de serviço público, permanecendo sua titularidade do serviço com o Poder Público.(C) o serviço é executado pelo permissionário, por conta e risco da Administração.(D) o ato de outorga pode ser revogado ou alterado pela Administração.

(121-20). O poder regulamentar de que dispõem os Chefes de Executivos, no que tange às leis, é(A) exercitável, mesmo relativamente àquelas cujo veto de que foram objeto tenha sido rejeitado.(B) delegável.(C) de exercício indispensável, para que sejam exeqüíveis.(D) instrumental hábil à correção de eventuais equívocos, no âmbito do conteúdo.

(122-11). A locação de imóvel, para nele funcionar determinado serviço público, será uma modalidade de contratação que(A) depende de prévia licitação, em qualquer caso.(B) pode dispensar a licitação, nos casos previstos em lei.

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(C) não exige a licitação, nos casos previstos em lei.(D) prescinde de licitação em qualquer caso.

(122-12). A passagem de fios elétricos de alta tensão sobre propriedade particular caracteriza(A) ocupação administrativa.(B) servidão civil.(C) limitação administrativa.(D) servidão administrativa.

(122-13). Quanto aos bens públicos, é certo afirmar que(A) todos os bens pertencentes ao Distrito Federal deverão ser administrados pelo seu Poder Executivo, nos termos da respectiva Lei Orgânica.(B) os bens imóveis pertencentes ao Distrito Federal só poderão ser objeto de alienação em virtude de lei, concedendo-se preferência à venda sobre a cessão de uso, nos termos da respectiva Lei Orgânica.(C) bem destinado à instalação de repartição governamental é classificado como dominical.(D) bens públicos de uso especial poderão vir a integrar o patrimônio público disponível.

(122-14). Sobre a concessão de serviço público, é correto afirmar que(A) pode ser extinta por encampação ou resgate, por motivo de interesse público, sempre mediante indenização e desde que haja autorização em lei específica.(B) deve ser formalizada mediante contrato ao término do qual há reversão de todos os bens de propriedade da concessionária ao patrimônio público.(C) deve ser extinta por caducidade, em caso de concordata. (D) pode ser extinta por caducidade, isto é, pelo decurso do prazo do contrato.

(122-15). Como Instrumento de Política Urbana, estabelecido no Estatuto da Cidade, foi(foram) definido(s)(A) o Direito de Preempção ao Poder Público Municipal em todas as áreas urbanas, menos para as áreas rurais dos municípios.(B) o Plano de Transporte Urbano Integrado para todos os municípios brasileiros.(C) o IPTU progressivo, o Solo Criado e o Estudo de Impacto de Vizinhança.(D) a desapropriação de imóvel subutilizado com pagamento em títulos, caso o Direito de Superfície não seja respeitado.

(122-16). A competência administrativa de invalidação de ato administrativo viciado é(A) discricionária, caso se trate de vício de legalidade com efeito jurídico favorável à Administração.(B) discricionária, após o prazo de 5 anos contados do termo da expedição do ato.(C) vinculativa, desde que presentes os requisitos de conveniência e oportunidade.(D) vinculativa, desde que a convalidação não seja juridicamente possível.

(122-17). Município realizou procedimento de Pregão (presencial) para contratar fornecimento de bens comuns. Não tendo a licitante sagrada vencedora celebrado o contrato, pode o Município contratar a licitante classificada em segundo lugar?(A) Sim, desde que ela venha a ser devidamente habilitada.(B) Sim, desde que a segunda classificada concorde com o preço apresentado na proposta da licitante classificada em primeiro lugar.(C) Não, a não ser que se trate da modalidade de concorrência.(D) Sim, após reabrir prazo para apresentação de novos lances para todas as licitantes classificadas.

(122-18). Pela legislação das Agências Reguladoras, seus diretores devem ser nomeados pelo Chefe do Executivo, após aprovação prévia do Senado Federal. Se diretor de Agência Reguladora não for aprovado pelo Senado, poderá ele ser nomeado assim mesmo?(A) Não, porque a decisão do Senado é vinculativa para o ato administrativo de nomeação.(B) Sim, visto que a nomeação é da competência discricionária do Poder Executivo.(C) Não, porque o ato de nomeação será considerado inexistente.(D) Sim, desde que o Senado dê vigência posterior ao ato de nomeação.

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(122-19). Diz-se que só existe em relação à sociedade de economia mista prestadora de serviço público e não quanto à exploradora de atividade econômica:(A) obrigação de realizar seleção pública para contratação de seus empregados.(B) legitimidade passiva para Mandado de Segurança.(C) obrigação de licitar.(D) controle pelo Tribunal de Contas.

(122-20). Agente público pode ser condenado por improbidade administrativa por ato que não importou enriquecimento ilícito nem causou prejuízo ao erário ?(A) Não, porque improbidade administrativa é considerada crime, com responsabilização objetiva do agente público.(B) Não, pela ausência de dano ao erário público.(C) Sim, ainda que o agente tenha agido de boa fé e dentro da legalidade.(D) Sim, desde que o ato atente contra os princípios da Administração Pública.

(123-01). Um autarquia instaura processo disciplinar contra um seu servidor, alegando inassiduidade habitual. O servidor alega, em sua defesa, justa causa para as faltas ao serviço, juntando documentos comprobatórios. A Comissão Processante refuta as alegações do servidor, sob o único argumento de que o livro-ponto teria, objetivamente, comprovado o ilícito administrativo e propõe a sua punição. Estaria correto este entendimento?(A) Sim, porque no Estado de Direito, não compete ao acusador demonstrar a inocência do acusado.(B) Não, porque à Administração Pública competem as providências instrutórias, necessárias para motivar decisão administrativa em processo punitivo. (C) Sim, porque provada a ausência ao serviço de forma objetiva, a ampla defesa já teria sido assegurada. (D) Não, porque no processo administrativo o ônus da prova incumbe sempre à Administração Pública.

(123-02). Decisão judicial que determine, conjuntamente, a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, pode ser exarada em (A) ação popular por dano ao erário, com pedido de liminar.(B) ação civil pública por improbidade administrativa.(C) mandado de segurança coletivo proposto pelo Ministério Público.(D) ação de inconstitucionalidade de ato administrativo.

(123-03). Responsabilidade objetiva do Estado se aperfeiçoa com a concorrência (conjunta) dos seguintes requisitos:(A) nexo de causa e efeito entre o ato administrativo e a ausência de dolo ou culpa do agente público. (B) ato administrativo e ausência de culpa da vítima. (C) ação administrativa, dano e nexo causal. (D) serviço público e ocorrência de causa excludente de responsabilidade estatal.

(123-04). Com a competência que lhe foi dada pela Constituição Federal, um Estado-membro dá em concessão, a uma empresa particular, o serviço de distribuição de gás canalizado, estabelecendo o direito à exclusividade por um determinado período de tempo. Estaria correto esse direito à exclusividade? (A) Não, porque na concessão a exclusividade deve durar por todo o prazo do contrato.(B) Não, porque concessão de serviço público não pode nunca ter caráter de exclusividade.(C) Sim, porque a Constituição Federal deu competência exclusiva ao Estado para disciplinar sobre normas gerais de concessão de serviço público. (D) Sim, desde que a exclusividade dada à concessionária seja devidamente justificada por inviabilidade técnica ou econômica.

(123-05). É sempre possível a revisão judicial de ato discricionário da Administração Pública?(A) Sim, pelo menos quanto ao controle de sua proporcionalidade, aferida em face de princípios constitucionais, como o da motivação e o da eficiência. (B) Não, porque atos discricionários são imunes a controle judicial.(C) Não, porque discricionariedade é conceito jurídico indeterminado. (D) Sim, porque pelo princípio da separação dos poderes, o Poder Judiciário tem o controle do mérito de

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todos os atos administrativos, vinculados ou discricionários.

(123-06). É da essência do instituto da licitação(A) a contratação do adjudicatário.(B) sempre obter o menor preço.(C) obter vantagem para a Administração sem descurar da isonomia.(D) a desvinculação com o instrumento convocatório.

(123-07). É característica própria do Poder Regulamentar da Administração Pública:(A) impor obrigação de fazer ou de não fazer.(B) possibilitar a inovação na ordem jurídica.(C) ser expedido com a estrita finalidade de produzir as disposições operacionais uniformizadoras necessárias à execução de lei.(D) ser ato geral, concreto, de competência privativa do Chefe do Poder Executivo.

(123-08). As Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL, ANP, etc.) são definidas com a natureza jurídica de autarquias especiais, diferenciando-se das autarquias não especiais(A) pela sua autonomia financeira.(B) pela sua independência administrativa.(C) pela ausência de subordinação hierárquica.(D) pelo mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes.

(123-09). Um servidor público contou tempo de licença prêmio em dobro, como tempo de serviço público para fins de aposentação. Após sua aposentadoria, descobriu-se que o tempo da licença prêmio era referente a período posterior à Emenda Constitucional n.º 20, que proibiu contagem de tempo ficto para fins previdenciários. Pode a Administração Pública cassar a aposentadoria do servidor?(A) Sim, porque a Administração Pública deve anular seus atos, quando eivados de vício.(B) Não, porque o direito adquirido impede a retroatividade da disposição constitucional.(C) Sim, porque pelo princípio da segurança jurídica a aposentadoria não pode ser convalidada.(D) Não, porque a aposentadoria regula-se pela lei vigente ao tempo de ingresso no serviço público.

(123-10). No Estatuto da Cidade, figura como instrumento de política urbana, consagrador do instituto do solo criado,(A) a simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo.(B) a desapropriação para fins de expansão urbana.(C) a recuperação do meio ambiente natural e construído.(D) a outorga onerosa do direito de construir.

(124-11). O Estado poderá ser condenado a indenizar a mãe de um preso assassinado dentro da própria cela por outro detento?(A) Sim, ante a responsabilidade objetiva do Estado.(B) Não, porque o dano não foi causado por agente estatal.(C) Sim, desde que provada culpa dos agentes penitenciários na fiscalização dos detentos.(D) Não, porque não há vínculo causal entre o evento danoso e o comportamento estatal. (124-12). A edição de uma Medida Provisória, objetivando dar foro privilegiado a determinado servidor público, pode ser caracterizada como desvio de poder?(A) Não, porque Medida Provisória tem força de lei, e, como tal, inova no ordenamento jurídico sustentadana própria Constituição Federal.(B) Não, porque desvio de poder só ocorre com atos administrativos.(C) Sim, desde que a Medida Provisória não seja convertida em lei.(D) Sim, desde que comprovados elementos subjetivos que desvirtuem a finalidade declarada do ato.

(124-13). Calcado em legislação estadual e em parecer jurídico que concluía pela competência concorrente do Estado-membro para legislar sobre bingos, um governador editou decreto regulamentando o referido “jogo de azar”, autorizando a abertura de diversos bingos no seu estado,

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dentre os quais um cujo proprietário seria irmão do governador. Posteriormente, o STF, em Ação Declaratória de Inconstitucionalidade, declarou a inconstitucionalidade da lei estadual, entendendo tratar-se de competência privativa da União. Por força disso, e sob a alegação de que o decreto estadual teria beneficiado um parente do governador, o Ministério Público ingressou com Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa contra esta autoridade. Tem, essa ação, condiçõesde prosperar?(A) Não, porque Ação Civil Pública só pode ser proposta quando há dano ao erário público.(B) Sim, porque a competência para legislar sobre esse tipo de atividade é privativa da União.(C) Não, porque o ato normativo regulador calcou-se em lei estadual então vigente, não havendo dolo por parte do agente público.(D) Sim, porque a autoridade administrativa não pode alegar desconhecimento da norma constitucional de repartição das competências entre os entes da federação.

(124-14). As empresas públicas e sociedades de economia mista podem contratar sem o procedimento licitatório previsto na Lei n.º 8.666/93 (Lei de Licitações)?(A) Não, com exceção das que explorarem atividade econômica.(B) Sim, desde que o objeto do contrato diga respeito à sua atividade-fim.(C) Sim, desde que o objeto do contrato diga respeito à sua atividade-meio.(D) Não, a não ser que estejam sujeitas ao regime jurídico de direito privado.

(124-15). A doutrina e a jurisprudência que vetam a inclusão, nos contratos administrativos, de cláusula de arbitragem,(A) alegam afronta aos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público.(B) excetuam os contratos das autarquias, porque essas entidades podem realizar todos os atos e medidas que não sejam contrários à lei.(C) dizem que este meio alternativo de solução de controvérsia afronta o princípio da soberania e, portanto, só os contratos da União poderiam conter cláusula de arbitragem.(D) alegam que a arbitragem é instituto de direito privado e, portanto, só é possível a sua aplicação aos contratos das pessoas jurídicas da Administração Direta que obedeçam ao regime privado.

(124-16). São meios para restaurar a juridicidade administrativa, e não para adequá-la às mudanças da realidade social:(A) invalidação e revogação, ambas pelo Poder Judiciário.(B) invalidação pelo Poder Judiciário e revogação pela Administração Pública.(C) invalidação e convalidação, ambas exercidas pela Administração Pública.(D) convalidação pelo Poder Judiciário e revogação pela Administração Pública. (124-17). Os bens adquiridos por empresa privada, concessionária de serviço público, são passíveis de alienação?(A) Não, a não ser que já amortizados pelas tarifas.(B) Não, porque todos os bens de concessionária são considerados reversíveis.(C) Sim, porque adquiridos pela própria empresa privada.(D) Sim, desde que sejam bens não afetados à prestação do serviço. (124-18). Pode um município dar licença para um proprietário de imóvel construir acima do coeficiente de aproveitamento (relação entre área do terreno e área edificável) básico, definido pelo Plano Diretor?(A) Não, porque licença é ato vinculado, e não existe fundamento legal para desobediência ao coeficiente básico do Plano Diretor.(B) Sim, desde que se enquadre na hipótese legal de outorga onerosa do direito de construir.(C) Sim, desde que, como ato discricionário, a licença seja condicionada ao cumprimento da função social da propriedade.(D) Não, a não ser que haja autorização no Estatuto da Cidade que contrarie as normas do Plano Diretor. (124-19). Diz-se que não é característica ou conseqüência do tombamento, embora, em certas circunstâncias, possa ocorrer(A) inscrição em um registro administrativo.

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(B) imposição de restrições ao direito de propriedade.(C) direito à indenização, por ter ocorrido desapropriação indireta.(D) imposição do dever de conservação.

(124-20). Um município situado à beira-mar, para proteger fauna e flora nativas da Mata Atlântica, estabeleceu restrições ao acesso à praia, regrando o funcionamento de barracas, entrada de carros, etc. Tem, o Município, competência para estabelecer tais restrições?(A) Não, porque praia é bem público de uso comum, de propriedade da União.(B) Sim, calcado no seu poder de polícia municipal.(C) Sim, desde que tenha a União, por convênio, delegado ao Município a fiscalização de bem público federal.(D) Não, porque cabe apenas à União estabelecer normas gerais sobre preservação ambiental.

(125-11)- As empresas PETROBRAS e ECT (Correios), ambas sociedades de economia mista, distinguem-se uma da outra porque aa) ECT sofre ingerência de princípios e preceitos do direito públicob) PETROBRAS tem personalidade de direito privadoc) ECT sofre o influxo de regras de direito público com uma carga mais acentuadad) PETROBRAS é uma especial de empresa estatal.

(125-12)- O excesso de tensão no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica, após blackout, causou danos a bens de consumidores. Nessa hipótese, sabendo-se que é norma haver excesso de tensão após blackout, a concessionária de distribuição de energia elétrica, empresa privada.a) responde pelos danos, porque a concessionária de serviço tem responsabilidade civil.b) não responde pelos danos, porque houve defeito na prestação de um serviço público de titulariedade da concessionária, ainda que empresa privada.c) responde pelos danos, porque houve defeito na prestação de um serviço público de titulariedade da concessionária, ainda que empresa privada.d) não responde pelos danos, porque a concessionária é empresa privada.

(125-13)- Quando o Estado, por seus procuradores, insiste em apresentar recursos judiciais meramente procastinários, diz-se que tal proceder:a) reflete o atendimento ao interesse público primário, eis que o Estado não pode abrir mão do seu direito de ação;b) pode atender ao interesse público secundário, mas não ao primário.c) é fruto do princípio da indispensabilidade do interesse público primáriod) afronta o interesse público secundário

(125-14)- São conceitos à primeira vista contrastantes, dentro do Direito Urbanístico, mas que, em equilíbrio, devem coexistira) função sócio-ambiental da cidade e Plano Diretorb) limitação administrativa e autonomia municipalc) lei urbanística municipal e Estatuto da Cidade.d) função sócio-ambiental da propriedade e direito da propriedade individual

(125-15)- A Administração Pública restringiu a participação de pessoas excessivamente obesas, em um concurso público para provimento de cargo público de agente penitenciário. A restrição pode não ferir o princípio da isonomia, desde que:a) o edital do concurso tenha sido publicado nos termos da lei de processo administrativob) assentada em premissas que não autorizam, do ponto de vista lógico, a conclusão delas extraída.c) o discrimen guarde relação de pertinência lógica com o desempenho do cargod) o edital do concurso não impeça a ampla defesa e o contraditório a todos os candidatos que se sentirem prejudicados.

(125-16)- Pode o poder público, no curso de uma concessão determinar unilateralmente a redução de uma tarifa?

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a) sim, desde que recomponha o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, indenizando o particular.b) não, porque o equilíbrio econômico-financeiro do contrato impede, sempre, que tal ocorra.c) sim, desde que o contrato de concessão preveja a ocorrência de reajuste decorrente de “fato do príncipe”.d) não, a não ser que o desbalanceamento econômico-financeiro do contrato ultrapasse o limite legal de 25% de alteração.

(125-17)- A figura da intervenção estatal que leva em conta a necessidade pública urgente e temporária, voltada para bens e serviços de particulares, requerendo, auto-executariamente, o uso dos mesmos, e sujeitando o Poder Público à ulterior idenização, se tiver infligido dano reparável ao particular, denomina-sea) poder de políciab) desapropriação por interesse público.c) servidão pública que imponha à propriedade particular ônus real do uso.d) requisição administrativa.

(125-18)- Em um Pregão realizado pela União para a aquisição de impressoras para computadores, a licitante que, nos lances, deu o segundo menor preço, foi contratada, apesar de haver uma licitante que teria dado um preço bem menor. Este procedimentoa) não está correto, porque esta modalidade necessariamente determina a contratação do menor preço.b) está correto, desde que licitante com o menor preço venha a ser inabilitada.c) está correto, porque modalidade é para aquisição de bens e serviços comuns, e como se trata de aquisição de bens não comuns, não se aplica o critério de julgamento do menor preço.d) não está correto, porque a desclassificação da proposta de preço só pode ocorrer entre licitantes já devidamente habilitadas.

(125-19)- Mercado municipal e cemitério público distinguem-se na classificação de bens públicos, das terras devolutas e terrenos de marinha?a) não, porque a todos se aplica o regime jurídico do direito público, sendo todos bens inalienáveis.b) sim, porque os primeiros são bens públicos de uso comum e os últimos são bens públicos dominicais.c) sim, porque os primeiros são bens públicos de uso especial e os últimos são bens públicos dominicais.d) não, porque todos são bens públicos patrimoniais disponíveis

(125-20)- Servidor demitido do serviço público após processo disciplinar que constatou seu envolvimento em ilícito administrativo, pode vir a ser reintegrado no cargo se em instância criminal, posteriormente, ele obtiver sentença de absolvição, referentemente aos mesmos fatos?a) sim, se a absolvição criminal for fundamentada na negativa da autoria ou da existência do crime.b) não, porque as jurisdições penal e administrativa não se intercomunicam.c) sim, desde que a demissão não tenha ocorrido por suficiência probatória.d) não, porque na esfera administrativa também há processo formal com o objetivo de extração da verdade real.

(126-11). A Lei 9.472/97 (Lei Geral de Telecomunicações) estabeleceu que os serviços de telecomunicações podem ser prestados em regime público ou em regime privado. O serviço de telefonia fixa prestado pelas concessionárias submete-se ao regime público, enquanto o serviço móvel (celular) submete-se ao regime privado. Por força disso, pode-se dizer que(A) apesar da diferença de regime, a União tem dever de dar cont inuidade a ambos os serviços, caso haja abandono da execução pelos prestadores.(B) o serviço de te lefonia f ixa difere do de te lefonia móvel porque naquele a União tem dever de dar cont inuidade, caso a concessionária abandone a prestação do serviço.(C) por se tratar de serviços de interesse colet ivo, a infra-estrutura e os bens que servem à prestação de ambos os serviços são bens reversíveis.(D) a União pode cassar a autorização dada ao prestador do serviço de te lefonia móvel, desde que assuma a prestação do serviço, enquanto na te lefonia f ixa a União só assumirá a prestação do serviço se declarar a caducidade da concessão._________________________________________________________

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(126-12). Um município contratou empresa privada para prestação de serviços de cobrança extrajudicial de tributos municipais. Os empregados da empresa contratada deveriam trabalhar no prédio da Prefeitura, sob as ordens hierárquicas do secretário de finanças e no horário normal de trabalho dos funcionários públicos. Pergunta-se: este proceder está correto?(A) Não, porque os serviços objeto da contratação const ituem at iv idade-f im do município.(B) Sim, desde que o município tenha realizado l icitação prévia.(C) Não, porque o município deveria realizar concurso público para contratação de funcionários.(D) Sim, desde que se trate de terceirização contratada com cooperat iva._________________________________________________________(126-13). Um açodado membro do Ministério Público ingressa, de forma temerária, sem prévio inquérito civi l público, com Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa contra um prefeito, seu desafeto pessoal. A ação foi trancada no seu nascedouro, reconhecendo o juiz a inadequação da ação, extinguindo a l ide sem julgamento do mérito. Cabe responsabil idade civil pelos danos eventualmente causados ao acionado?(A) Sim, pela responsabil idade objet iva do Poder Público, desde que presentes os requisitos (nexo causal, dano etc).(B) Não, porque o Ministério Público, como f iscal da le i, pode ingressar com Ação Civi l Pública.(C) Não, porque o dire ito de ingressar com ação judicia l é garant ia const itucional, que não pode ser to lh ida.(D) Sim, desde que comprovado que o membro do Ministério Público agiu com culpa, responde ele objet ivamente pelos danos causados.

________________________________________________________(126-14). Qual a modalidade de l icitação que a Administração Pública pode instaurar, para contratação de: a) programas de informática, de grande e específica complexidade, e b) aquisição de uma quantidade grande de computadores e impressoras? Sabe-se que os valores de ambas as contratações são bastante elevados.(A) Por se tratar de contratação de produtos de informática, a l ic itação deve obrigatoriamente ser fe ita na modalidade técnica e preço.(B) A concorrência é modalidade obrigatória, em ambos os casos, pelo valor da contratação.(C) O pregão é obrigatório em ambos os casos, pela complexidade da contratação.(D) Concorrência para ambas as l ic itações, ou concorrência para a primeira e pregão para a segunda contratação._________________________________________________________(126-15). Em matéria de competência administrativa, diz-se que não é competente quem quer, mas quem o é. Esta dicção(A) refere-se à proib ição de edição de decreto regulamentador de competências legais.(B) decorre do fato de que competência administrat iva não pode ser delegada.(C) deriva do fato de que competência administrat iva decorre sempre da le i.(D) subordina-se à competência de servidores aprovados em concurso público._________________________________________________________(126-16). A Lei 11.107/2005, dispôs sobre consórcio público (que poderá ser pessoa jurídica de direito público da Administração Indireta) para a gestão associada de serviços públicos entre entes federativos. O projeto de lei previa, em seu artigo 10, que os consorciados (Municípios, Estados, Distrito Federal e União) responderiam solidariamente pelas obrigações assumidas pelo consórcio. A União vetou este artigo 10. Em função do veto, diz-se que o credor do consórcio público(A) poderá, apenas subsidiariamente, exig ir o cumprimento da obrigação do ente federat ivo consorciado.(B) poderá exig ir o cumprimento da obrigação apenas do consórcio, visto que o ente federat ivo não responde jamais pelas dívidas das pessoas juríd icas da sua administração

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indireta.(C) poderá exig ir o cumprimento da obrigação diretamente tanto do consórcio como do ente federat ivo consorciado.(D) não poderá exig ir, nem de forma solidária, nem subsidiária, que o ente federat ivo consorciado cumpra a obrigação do consórcio público _________________________________________________________(126-17). A expressão não se abatem pardais disparando canhões pode ser aplicada para sustentar que a atuação do administrador público deve observância ao princípio da (A) razoabil idade, visto que o mérito dos atos discricionários do Poder Execut ivo nunca são controlados pelo Poder Judiciário.(B) proporcionalidade, como uma das medidas de legit imidade do exercício do poder de polícia.(C) proporcionalidade, que, no devido processo legal, enseja re lação de inadequação entre a sanção aplicada e o f im público visado.(D) proporcionalidade ou da razoabil idade, ambos critérios de ponderação para permit ir a competência discricionária i l imitada do Estado._________________________________________________________(126-18). É modalidade de desapropriação em que a indenização não necessita ser paga em dinheiro e a competência para declará-la é apenas do Município, a desapropriação(A) por ut i l idade pública.(B) por interesse social.(C) por necessidade pública.(D) urbaníst ica sancionatória._________________________________________________________(126-19). A efetivação das parcerias público-privadas, em que haja prestação de serviço público diretamente aos usuários, e que o prestador dos serviços recebe sua contraprestação pecuniária do usuário e também da Administração Pública contratante é chamada de(A) concessão público-privada.(B) concessão administrat iva.(C) concessão patrocinada.(D) permissão de serviços públicos._________________________________________________________(126-20). É ponto básico, diferenciador de uma sociedade de economia mista ou de uma empresa pública, de uma autarquia:(A) a autarquia insere-se na Administração Pública Direta e as demais na Indireta.(B) apenas a autarquia submete-se ao regime juríd ico público.(C) as primeiras não precisam ser criadas por le i.(D) só a autarquia presta serviços administrat ivos ao Poder Público.

(127-11). Quando o administrador socorre-se de parâmetros normativos e se vale de procedimentos técnicos e jurídicos prescritos pela Constituição e pela lei , para balancear os interesses em jogo e tomar uma decisão que tenha mais legitimidade, diz-se que ele(A) inst i tu iu privi légio para atender ao princípio da supremacia do interesse público.(B) aplicou a vert ical idade das relações entre Estado e part icular.(C) exerceu discricionariedade.(D) realizou uma competência vinculada.

(127-12). O Código de Trânsito Brasileiro CTB delegou ao Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN a competência para regulamentar seus dispositivos. Se ao editar a resolução regulatória o CONTRAN exorbita dessa competência, o Congresso Nacional(A) pode sustar os efeitos da resolução, por meio de Decreto Legislat ivo.(B) não pode sustar os efeitos da resolução, pelo princípio da separação dos poderes.

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(C) pode sustar os efeitos da resolução, desde que o Poder Judiciário dê autorização específ ica.(D) não pode sustar os efeitos da resolução, a não ser que edite le i revogando o CTB.

(127-13). Um prefeito, iniciando seu mandato, decidiu revogar uma licitação que havia sido vencida por uma empresa que apoiara um candidato de outro partido político, e que seencontrava em fase de adjudicação. Pode o novo prefeito fazer isso?(A) Não, porque isso seria sempre considerado desvio de poder.(B) Não, porque a l icitação já se encontrava em fase de adjudicação.(C) Sim, desde que comprove i legalidade no procedimento da l icitação.(D) Sim, desde que haja fatos supervenientes que comprovem que a contratação objeto da l icitação não é conveniente nem oportuna.

(127-14). Um Estado iniciou processo l icitatório sem respaldo orçamentário, tendo celebrado o contrato com a empresa l icitante vencedora. O Tribunal de Contas da União, com base na Lei de Responsabil idade Fiscal, determinou ao Chefe do Executivo que anulasse o contrato e a l icitação prévia. A empresa contratada deveria ser ouvida antes da decisão do Tribunal de Contas?(A) Não, porque a Lei de Responsabil idade Fiscal obriga o ente público, não o part icular.(B) Sim, como corolário da garant ia const itucional da ampla defesa e do contraditório.(C) Sim, desde que a empresa, na qualidade de administrado, represente ao Tribunal.(D) Não, porque contratos administrat ivos sem respaldo orçamentário const ituem crime de responsabil idade f iscal.

(127-15). Servidores aprovados em concurso público para provimento efetivo, em vez de serem nomeados para esses cargos, são contratados temporariamente, a título precário, contratações essas que são prorrogadas por várias vezes. Este posicionamento pode ser considerado correto?(A) Não, sob o aspecto de que a autoridade administrat iva estaria incid indo em desvio de f inalidade, por não proceder à nomeação em situação que não se trata de necessidade temporária.(B) Sim, porque a Const itu ição Federal permite a contratação temporária, a qualquer tempo, e o administrador estaria obedecendo ao princípio da ef iciência, postergando as conseqüências pecuniárias do dire ito à estabil idade no serviço público.(C) Nunca, porque na contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público não se permite a contratação de servidor efet ivo.(D) Sim, visto que se trata de provimento em comissão, em que há discricionariedade do administrador na contratação e na exoneração.

(127-16). Qual dos atos abaixo indica função normativa para um determinado procedimento, que é publicado por um agente público a ele vinculado e que não pode modificá-lo substancialmente, a não ser reiniciando ou recompondo o prazo para não prejudicar os interessados?(A) Adjudicação decidida por um servidor do Poder Legislat ivo.(B) Ato do Poder Legislat ivo exercendo função administrat iva.(C) Edita l de concurso publicado por um Tribunal de Just iça.(D) Audiência pública prévia à edição de uma resolução normat iva.

(127-17). Qual a forma de extinção de um contrato de concessão celebrado entre um município e uma sociedade de economia mista estadual, que, para sua efetivação,necessite, obrigatoriamente, de lei autorizativa específica e prévio pagamento de indenização?(A) Encampação.(B) Caducidade.(C) Intervenção.

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(D) Rescisão contratual.

(127-18). Assinale a alternativa que apresenta os serviços, prestados por sociedade de economia mista de um Estadomembro, que deverão ser objeto de contrato de concessão em que figura como concedente a União.(A) Serviço de transporte intermunicipal e serviço de saneamento básico em região metropolitana.(B) Serviço de saneamento básico e serviço de distribuição de gás canalizado.(C) Serviço de vig i lância sanitária e serviço de saúde pública.(D) Serviço de distribuição de energia elétrica e serviço de exploração de portos marí t imos.

(127-19). Diversas são as teorias que descrevem a responsabil idade extracontratual do Estado, através dos tempos. A teoria que se baseia na noção de que todo prejuízocausado por fato ou ato da Administração é um ônus público que deve atingir a todos da comunidade, igualitariamente, e se uma pessoa experimentar, injusta e excepcionalmente, um ônus maior do que o suportado pelos demais membros da sociedade, emerge daí o seu direito à indenização pelo Estado, é a teoria(A) do risco.(B) civi l ista.(C) da irresponsabil idade.(D) da culpa.

(127-20). A aposentadoria de servidor público será sempre com proventos integrais na aposentadoria (A) compulsória.(B) por invalidez permanente, decorrente de doença grave, especif icada em lei.(C) voluntária.(D) por invalidez permanente, decorrente de molést ia grave.

(128-11). Em um julgado recente, o Supremo Tribunal Federal acatou a tese de que a intervenção do Estado no domínio econômico encontra l imites nos princípios constitucionais da l ivre iniciativa e da concorrência. Essa matéria deve ter sido trazida ao Tribunal por(A) empresa que sofreu prejuízos f inanceiros decorrentes de edição de planos econômicos que congelaram os preços dos seus produtos.(B) associação de estudantes prejudicada por decisão governamental que negou passe gratuito, em transporte colet ivo, a estudantes.(C) empresa que ple iteou isenção tributária já concedida, pelo Estado, a outras empresas concorrentes.(D) qualquer cidadão contra processos de privat ização.

(128-12). Em acidente automobil ístico envolvendo veículo particular e ônibus de concessionária de serviço público de transporte coletivo, o motorista do veículo particular sofreu lesões corporais graves. A concessionária foi condenada, em ação de responsabil idade civil , pelos danos causados à vítima. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, levou em consideração o fato de a vítima não ser usuária do serviço público concedido e que não se poderia fazer a concessionária responder da mesma forma que responderia frente a um usuário do serviço concedido. Isso significa que o Supremo entendeu que(A) a concessionária não responderia pelos danos.(B) a responsabil idade da concessionária seria objet iva.(C) a responsabil idade da concessionária seria meramente subjet iva.(D) a responsabil idade da concessionária seria objet iva, mas a vít ima deveria comprovar a culpa da concessionária.

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(128-13). Na relação moderna entre Administração e Administrado não mais se admite(A) a interpretação da lei, pelo Administrador, fundada nos princípios const itucionais.(B) a possibi l idade de controle judicial do mérito do ato administrat ivo.(C) que o administrador possa atuar tendo por fundamento direto apenas as normas da Const itu ição.(D) a idéia da supremacia absoluta do interesse público sobre o interesse privado.

(128-14). Para a procedência da Ação de Improbidade Administrativa, a doutrina tem entendido que não basta existir i l ícito administrativo e prejuízo ao erário público. Faz-se necessária também a(A) conexão entre o i l íc ito e o erário público.(B) presença do dolo do agente.(C) comprovação da culpa do agente.(D) comprovação do benefício à empresa contratada pelo Poder Público.

(128-15). A frase “não são os direitos fundamentais que giram em torno da lei, mas é a lei que gira em torno dos direitos fundamentais” significa, para o Administrador Público, que(A) seus atos não podem desbordar dos dire itos fundamentais, que têm efet iva força juríd ica.(B) os direitos fundamentais são normas programáticas e, portanto, não têm inf luência direta no exercício da função administrat iva.(C) seus atos estão sujeitos apenas à le i, sem preocupação com os direitos fundamentais.(D) sua interpretação da le i não há de ser meramente l i teral, mas sim sistemática, sem considerações sobre direitos fundamentais.

(128-16). Quando o ato administrativo divergir de súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal(A) e le perderá ef icácia se se tratar de ato discricionário.(B) e le só poderá ser revogado por decisão judicia l.(C) e le poderá ser anulado pelo STF.(D) sua validade não poderá ser contestada, em face do princípio da separação dos poderes.

(128-17). Após vários meses da celebração de um contrato de prestação de serviços de vigilância, entre o Poder Público e a empresa vencedora da l icitação, esta tornou-se inadimplente com a Previdência Social (FGTS e INSS). O Poder Público contratante deve(A) rescindir o contrato e pode contratar com inexigib i l idade de l icitação, por emergência, visto que se trata de um serviço essencial.(B) manter o contrato pelo prazo contratual e, após, pode in iciar novo processo l icitatório.(C) rescindir o contrato e pode contratar qualquer empresa, com inexigib i l idade de l icitação, para dar cont inuidade ao serviço, pelo prazo restante.(D) rescindir o contrato e pode contratar, com dispensa de l icitação, a l ic itante classif icada em segundo lugar.

(128-18). Após realização de estudos econômico-financeiros, em que se verificou que a construção de uma estrada poderia ser totalmente custeada pelas tarifas dos futuros usuários, eis que seu valor não atingiria R$ 20 milhões, o Estado decidiu abrir l icitação para contratação de(A) Parceria Público Privada.(B) concessão de serviço público precedida de obra pública.(C) concessão patrocinada.(D) consórcio público.

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(128-19). Pode uma agência reguladora conceder excepcional revisão de tarifa solicitada por uma concessionária de serviço público, dois meses após esta tarifa ter sido devidamente reajustada na forma do contrato de concessão?(A) Sim, desde que se ut i l izem os índices de reajuste estabelecidos no contrato.(B) Não, porque a revisão, como forma de reajuste, só pode ocorrer no prazo estabelecido no contrato.(C) Sim, desde que fato imprevisto e inevitável tenha desbalanceado o equilíbrio econômico-f inanceiro do contrato.(D) Não, porque se trata de revisão extraordinária, que só pode ocorrer anualmente.

(128-20). Uma sociedade de economia mista estadual, ao prestar serviço público de titularidade da União, pode precisar de alguma autorização municipal?(A) Sim, desde que para prestar o serviço concedido ela ut i l ize bem público municipal.(B) Não, porque se trata de sociedade de economia mista estadual.(C) Sim, porque o serviço, mesmo sendo federal, é prestado no Município, que deve também autorizar sua prestação.(D) Nunca, porque se trata de serviço público federal e só a União pode autorizar sua prestação por concessão.

(129-11). O posicionamento doutrinário contrário à participação da Administração Pública em processos privados de solução de l i tígio (arbitragem, por exemplo) não se funda:(A) na competência regulatória do Poder Público.(B) na indisponibi l idade do interesse público.(C) na indispensabil idade de autorização legislat iva específ ica.(D) na inafastabil idade do acesso ao Judiciário.

(129-12). No campo da Responsabil idade Extracontratual do Estado, diz-se que este não se converte em Segurador Universal, visto que o direito brasileiro não adota a teoria(A) do Risco Administrat ivo.(B) da Responsabil idade objet iva nos casos de nexo causal.(C) do Risco Integral.(D) da Responsabil idade subjet iva por condutas comissivas.

(129-13). A Emenda Constitucional n.º 9/95 flexibil izou o monopólio da atividade do petróleo, permitindo que empresas privadas participem, por exemplo, da atividade de pesquisa e lavra do petróleo, em regime de l ivre concorrência. Para tanto, as empresas privadas devem(A) celebrar com a Agência Nacional do Petróleo – ANP contrato de concessão de serviço público.(B) celebrar com a União contrato de concessão de exploração de bem público.(C) ser autorizadas pela Petrobras para exploração de at ividade econômica, após regular procedimento l ic itatório.(D) celebrar contrato de concessão para exploração de at ividade econômica com a União, via Agência Nacional de Petróleo – ANP.

(129-14). A frase “A decisão adotada por ocasião da aplicação da lei não reflete avaliações l ivres e i l imitadas do administrador, mas traduz a concretização da solução mais adequada e satisfatória, tomando em vista critérios abstratamente previstos em lei ou derivados do conhecimento técnico-científico ou da prudente avaliação da realidade” reflete, em relação ao agente público, os l imites(A) da f iscalização do Tribunal de Contas competente.(B) da sua competência vinculada.(C) do controle externo cabível sobre sua competência arbitrária.(D) da sua ação discricionária.

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(129-15). A Lei n.º 11.107, de 06.04.2005, regulamentando o artigo 241 da Constituição Federal, disciplinou a gestão associada de atividades entre os entes federados mediante transferência total ou parcial de encargos, pessoal e bens essenciais à continuidade de serviços públicos. O instituto disciplinado por essa lei chama-se(A) contrato de gestão.(B) parceria público-privada.(C) convênio privado.(D) consórcio público.

(129-16). Um contrato a ser celebrado entre o Poder Público e o privado não poderá ser considerado parceria público-privada se(A) o seu objeto for exclusivamente execução de obras.(B) envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.(C) o seu valor for superior a R$ 20.000.000,00.(D) o seu prazo de duração for de 10 anos.

(129-17). Ao cabo de um contrato de concessão, os bens afetados à prestação do serviço serão revertidos ao ente público concedente, em função do princípio da continuidade do serviço público. Essa reversão ao patrimônio público implica indenização à concessionária?(A) Sim, desde que os invest imentos nesses bens não tenham sido amort izados pelas tarifas.(B) Não, porque no regime da concessão de serviço público os bens não são da concessionária, mas sim do Poder Público.(C) Sim, desde que tenha havido revisão no contrato para restabelecer o seu equilíbrio econômico-f inanceiro.(D) Nunca, porque o prazo da concessão fo i estabelecido no edita l de l icitação, e indenização a seu f inal implicaria enriquecimento i l ícito da concessionária.

(129-18). Decisões do STJ em Mandados de Segurança impetrados por Rádios Comunitárias determinaram aos órgãos administrativos competentes que se abstivessem de tolher a atuação das impetrantes, enquanto não decidissem seus pleitos de autorização de funcionamento, formulados há mais de 3 anos. Tais decisões, que permitiram o exercício precário de serviço de radiodifusão sonora sem as devidas autorizações,(A) não têm sustento juríd ico, porque não há nenhum princípio ou norma const itucional que determine à Administração agir rapidamente.(B) foram calcadas nos princípios da ef ic iência e da razoabil idade, exig idos da atuação do administrador público.(C) foram calcadas nos princípios da legalidade e da supremacia do interesse público primário.(D) afrontam as normas do processo administrat ivo.

(129-19). Uma Prefeitura realizou concurso público para provimento dos cargos públicos de escriturário. O edital do concurso exigia que o candidato tivesse o 2.º Grau completo. Após 10 anos da nomeação dos candidatos aprovados, Necessitando a Prefeitura prover, urgentemente, cargos de advogado, realizou concurso interno entre os escriturários que tivessem completado o curso de direito. Esse procedimento está correto?(A) Não, porque isso caracterizaria readaptação de cargo, possível apenas se previsto no edita l do primeiro concurso.(B) Sim, porque os candidatos possuem o requisito necessário e já haviam sido aprovados em concurso público anterior.(C) Não, porque o ingresso em cargo público só pode ocorrer após aprovação em concurso público.

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(D) Sim, porque havia urgência para o provimento dos cargos e a seleção interna respeitou os requisitos necessários para o provimento de cargo de advogado.

(129-20). Um secretário municipal, sob o argumento de reestruturar o sistema de ensino do Município, removeu uma diretora de escola municipal para um bairro distante. Inconformada, a diretora recorreu ao Prefeito, alegando que a sua remoçãoocorrera unicamente porque seu marido teria brigado com o secretário. O que deve o Prefeito fazer, se confirmado o alegado pela diretora?(A) Editar ato administrat ivo avocatório, desconcentrando a ef icácia do ato de remoção.(B) Convalidar o ato, com efeito retroat ivo, corrig indo o desvio de poder.(C) Revogar o ato, com efeito retroat ivo.(D) Declarar nulo o ato da remoção, com efeito retroat ivo.

(130-11). É característica própria da concessão patrocinada, que a distingue da concessão comum,(A) a possibi l idade de recebimento de receitas alternat ivas.(B) a repart ição objet iva de riscos entre as partes.(C) a possibi l idade de a Administração ser considerada a única usuária do serviço.(D) ser o concessionário remunerado apenas com as tarifas dos usuários.

(130-12). Em uma concorrência pública, todas as l icitantes habil itadas tiveram suas propostas técnicas desclassificadas, porque nelas não incluíram a realização de algumas obras, conforme exigido pelo edital. A Comissão de Licitação concedeu o prazo de 8 dias para que todas as l icitantes habil itadas apresentassem novas propostas técnicas, escoimadas dos vícios. Está correto este procedimento?(A) Sim, desde que a Comissão permita que os l icitantes alterem também suas propostas comercia is, em face da inclusão das novas obras, sob pena de os l icitantes poderemapresentar preços inexeqüíveis.(B) Não, a não ser que a Comissão reabra o prazo também para que as l ic itantes anteriormente inabil i tadas apresentem nova documentação, sem os vícios que as inabil i taram.(C) Sim, desde que o edita l contenha ta l previsão e haja solic itação dos l icitantes desclassif icados.(D) Não, porque com esse proceder, a Comissão estará ferindo o princípio da vinculação ao instrumento convocatório.

(130-13). Sob o enfoque de que com o estreitamento dos laços entre a Administração Pública contemporânea e o setor privado estão sendo atenuadas a unilateralidade e a verticalização que caracterizavam os poderes daquela sobre este, a doutrina e a jurisprudência têm aceitado a uti l ização do juízo arbitral para solução de l itígios e controvérsias originados de relação jurídica estabelecida entre essas partes. Nessa l inha, há mais condições de se entender possível a uti l ização de arbitragem para resolver confli tos em relações entre Estado e particular(A) fundadas no estatuto dos servidores.(B) em que dominam cláusulas contratuais exorbitantes.(C) em que há uma forte correlação entre os dire itos e obrigações de ambas as partes.(D) decorrentes de concurso público para contratação de servidores celet istas.

(130-14). Pode ser tida como inconstitucional uma lei que, ao estabelecer regras para um determinado processo administrativo, imponha entraves que burocratizam a prestação do serviço público?(A) Não, porque ta l le i não afronta o princípio da legalidade.(B) Não, porque se trata de le i processual que inova o ordenamento jurídico.(C) Sim, porque os princípios da informalidade e da publicidade impedem que se estabeleçam entraves formais ao processo administrat ivo.(D) Sim, se provado que a le i malfere o princípio const itucional da ef iciência.

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(130-15). Em um contrato de concessão para obras e serviços rodoviários, a empresa concessionária realizou obras de duplicação de pistas, solicitando, após o final das obras, a revisão da tarifa de pista simples para pista dupla, conforme estabelecia o contrato. Por entender que a nova tarifa pretendida encareceria muito o serviço, prejudicando o usuário, pode o Poder concedente negar à concessionária a revisão tarifária pretendida?(A) Sim, pelo princípio da alterabil idade das cláusulas do contrato administrat ivo.(B) Nunca, porque revisão tarifária é um dire ito da concessionária, que dela não pode abrir mão, sob pena de prejudicar a cont inuidade do serviço público.(C) Não, porque todas as cláusulas f inanceiras e regulamentares de um contrato de concessão são imutáveis.(D) Sim, desde que, com concordância da concessionária, mantenha-se a intangibi l idade do equilíbrio econômicof inanceiro orig inal do contrato, a lterando, proporcionalmente,por exemplo, cláusulas regulamentares, ou o prazo contratual, etc.

(130-16). A empresa pública distingue-se da sociedade de economia mista quanto(A) ao capital da empresa pública que, d iferentemente do que ocorre na sociedade de economia mista, deve f icar nas mãos apenas de entes da Administração Pública Diretae de suas ent idades da Administração Indireta.(B) à subordinação da empresa pública ao respect ivo Ministério, enquanto a sociedade de economia mista não se vincula a nenhum órgão do Execut ivo.(C) à autorização legislat iva para criar subsidiária e part icipar de empresa privada, necessária apenas para a empresa pública.(D) à necessidade da empresa pública de realização de concurso público para contratação de seus servidores, a despeito de sua forma privada.

(130-17). Autoridade estadual fixou horário para tráfego intermunicipal de uma empresa de ônibus de forma a beneficiar outra empresa de ônibus concorrente. O ato da autoridade estadual pode ser anulado?(A) Sim, porque a autoridade estadual não tem essa competência.(B) Sim, por desvio de f inalidade.(C) Não, a não ser que descaracterizado o desvio de poder.(D) Sim, desde que se trate de ato administrat ivo vinculado.

(130-18). Um Instituto Educacional teve indeferido, pelo Ministro da Educação, seu pedido de autorização para funcionamento de cursos de Graduação nas áreas de Ciências Humanas, sob o sucinto despacho de que referidos cursos seriam "desnecessários" e que haveria, na mesma área, "excesso de oferta de vagas por outras instituições". Há condições de se conseguir, em juízo, a anulação do ato do Ministro?(A) Sim, desde que o ato discricionário do Ministro afronte disposit ivo legal, v isto que o Poder Judiciário não tem condições de subst itu ir o Execut ivo para analisar a conveniênciae a oportunidade do ato administrat ivo.(B) Não, porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, bem como a Lei de Procedimento Administrat ivo, dão competência discricionária, de cunho totalmente subjet ivo, ao Ministro da Educação, para indeferir autorização para funcionamento de cursos de graduação, sem necessidade de explic itação expressa.(C) Sim, comprovando, por exemplo, que o ato discricionário do Ministro é i legal, por fa lta de mot ivação suf iciente, e is que não fundamenta as razões nem explicita a adequação da decisão em face do interesse público.(D) Não, porque a mot ivação, na edição do ato administrat ivo discricionário, pode restringir-se a mera referência a prejuízo ao interesse público, sem necessidade de explicitação dos fatos e dos fundamentos juríd icos que lhe dão base.

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(130-19). Na forma da Constituição Federal vigente, as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Em face disso, diz-se que (A) o requisito de subjet ividade é reservado apenas para a ação regressiva contra o agente público responsável.(B) a responsabil idade objet iva alcança a conduta do funcionário a inda que fora do âmbito de suas funções.(C) a responsabil idade objet iva do Estado, no dire ito brasile iro, a lcança todos os danos decorrentes de at ividade ou omissão estatal, desde que, neste últ imo caso, f iquecomprovada a culpa concorrente da vít ima.(D) todas as pessoas juríd icas de direito público respondem sempre por todos os danos causados pelos seus agentes públicos, independentemente de aferição da culpa e daexistência de nexo de causalidade com o dano.

(130-20). Agente Penitenciário é demitido do cargo público, em processo administrativo disciplinar, sob alegação de que ele teria afrontado normas estatutárias, ao introduzir telefone celular no presídio. No processo penal instaurado pelas mesmas razões, o agente penitenciário foi absolvido por ausência de provas. Pleiteou então, o agente, reintegração no cargo público, o que foi negado pela Administração Pública, sob alegação de que(A) a interdependência entre as esferas penal e administrat iva resulta que nenhuma decisão penal absolutória possa inf lu ir na esfera administrat iva, a não ser que a Administração Pública seja parte em ambos os processos.(B) a decisão penal absolutória não retroage e na imposição da pena administrat iva foram assegurados a ampla defesa e o contraditório.(C) a absolvição penal reconheceu a inocorrência do fato imputado, mas calcada em base juríd ica diversa.(D) são independentes as esferas administrat iva e penal e a absolvição penal não reconhecera a inexistência do fato ou a negat iva de autoria.

(131-01). Caracteriza ato complexo(A) o veto do Poder Execut ivo a projeto de le i aprovado pelo Legislat ivo.(B) a aprovação de tratado internacional.(C) a decisão da autoridade competente para dispensa de servidor.(D) o acórdão do Tribunal de Contas da União.

(131-02). Um Tribunal de Contas pode anular um ato administrativo editado sem nenhum vício de formalidade ou legalidade, sob a alegação de que, embora o ato administrativo atenda aos comandos legais, ele estaria desvinculado com o seu resultado?(A) Sim, pelos princípios da f inalidade e da ef ic iência, o Tribunal de Contas pode avaliar se os atos administrat ivos estão ou não vinculados às polí t icas públicas de derivaçãoconst itucional.(B) Não, porque o ato preencheu todos os requisitos legais.(C) Sim, porque cabe ao Tribunal de Contas a palavra f inal sobre a discricionariedade dos atos administrat ivos.(D) Não, porque o Tribunal de Contas não tem competência para analisar a f inalidade dos atos administrat ivos, e sim, apenas a sua economicidade.

(131-03). Não se enquadra(m) no espírito de governança consensual e participativa, entre Estado e particulares(A) o dire ito de impugnação de edita l.(B) as audiências públicas.(C) as nomeações de part iculares para diretores de agências regulatórias.(D) as parcerias público-privadas.

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(131-04). O conceito de serviço público não alberga(A) a t i tu laridade própria do Estado.(B) o princípio da l ivre in iciat iva.(C) a sua executoriedade pelo regime público.(D) a possibi l idade de delegação do seu exercício a part iculares.

(131-05). Em um imóvel anexo a uma escola, de propriedade de um município, decidiu-se plantar árvores frutíferas, para melhorar a merenda escolar. Passados alguns anos, constatou-se que a escolha das árvores frutíferas não foi a melhor, visto que formigas infestaram essas árvores, causando problemas aos alunos e professores. Como a escolha discricionária das árvores frutíferas coube ao Secretário da Educação, pode-se impugnar a validade do ato decisório desse Secretário, sob a alegação de que referido ato não obedeceu ao princípio da eficiência?(A) Não, se na época da escolha discricionária esta pôde ser reputada como a melhor.(B) Sim, porque o agente público responde sempre pelos seus atos, a inda que estes venham a se revelar insat isfatórios em tempos posteriores.(C) Não, porque escolhas discricionárias só podem ser impugnadas se caracterizarem desvio de poder.(D) Sim, porque todos os atos administrat ivos que determinam escolhas discricionárias podem ser revogados por qualquer vício, inclusive de inef iciência.

(131-06). Entende-se que as entidades estatais exploradoras de atividades econômicas não estão obrigadas a realizar l icitação(A) desde que seja para contratação de obras ou de at iv idades econômicas.(B) porque se sujeitam ao mesmo regime juríd ico das empresas privadas.(C) porque a Lei de Licitações, expressamente, as dispensa desse procedimento.(D) para as operações enquadráveis em sua at ividade-f im.

(131-07). Em execução judicial sofrida pela Companhia do Metropolitano de São Paulo-METRÔ, foi determinada a penhora dos seus recursos financeiros. O STF concedeu l iminar suspendendo cautelarmente tal decisão, sob o fundamento de que(A) a empresa presta serviço público essencial, sobre o qual recai o princípio da cont inuidade.(B) se trata de sociedade de economia mista, que não pode ter seus bens penhorados.(C) se trata de ent idade estatal que exerce at iv idade econômica em sent ido estri to, não podendo ocorrer descont inuidade nesse exercício.(D) os recursos f inanceiros do METRÔ têm natureza de bem público, razão pela qual só podem ser penhorados no regime de precatórios.

(131-08). Dois prefeitos de cidades vizinhas contrataram um mesmo engenheiro, com ótima qualificação funcional, para ocupar cargos em comissão de Chefe de Gabinete desses municípios. Estão corretos tais procedimentos?(A) Não, a não ser que haja compat ib i l idade de horários, visto que se trata de municípios vizinhos.(B) Sim, porque se trata de cargos em comissão. (C) Não, porque a Const itu ição Federal veda acumulação desses cargos.(D) Sim, desde que o engenheiro realmente tenha boa qualif icação e abra mão de uma das remunerações.

(131-09). Após regular procedimento de l icitação, uma autarquia celebrou, nos termos do edital , contrato de prestação de serviços com a empresa adjudicatária, pelo prazo fixo de dois anos, vedada qualquer prorrogação. Todavia, vencido esse prazo, a empresa permaneceu prestando serviços por mais três anos, sem contudo ter sido celebrado nenhum aditivo contratual. Vindo o Tribunal de Contas a considerar irregular tal situação, deverá a empresa contratada devolver os valores recebidos?

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(A) Sim, porque o edita l não estabelecia possibi l idade de prorrogação do contrato.(B) Não, pelo princípio da vedação do enriquecimento sem causa, podendo, no entanto, sofrer punição (multa, declaração de in idoneidade, etc).(C) Não, porque se trata de prestação de serviços e o prazo total não ultrapassou 5 (cinco) anos.(D) Sim, a não ser que a prorrogação tenha ocorrido por demora, por parte da autarquia, na f inalização de novo procedimento l icitatório.

(131-10). Existem determinadas tarefas públicas que não podem ser transferidas aos particulares, porque fazem parte do núcleo duro do Estado. Por exemplo,(A) a at ividade técnica dest inada a verif icar se um interessado preenche os requisitos legais para dirig ir veículo. (B) a emissão de ato juríd ico-administrat ivo reconhecendo que o interessado preenche os requisitos legais para dirig ir veículo.(C) a elaboração de laudo referente à compatib i l idade de determinado equipamento com as normas técnicas e regulamentares vigentes.(D) o exame psico-social em preso, para possibi l i tar redução da sua pena ou regime prisional menos severo.