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Obesidade: Fome de Quê? – Uma Visão Bioenergética. 1 de julho de 2013 Artigos Sem comentários Álvaro oares !into Fernandes " #$%&O'U()O Venho acompanhando pacientes obesos ao longo dos últimos 25 anos como analista bioenergétic desta década" desen#ol#i um trabalho e$perimental de acompanhamento indi#idual e em grupo c obesos" junto com a nutricionista %egina Sarmento" no %io de &aneiro. Atualmente" no 'mbito Sociedade )rasileira da Análise )ioenergética * S+)A),S- * #em sendo desen#ol#ido o -rojeto com a proposta de apro undar os estudos sobre o tema e de montar grupos de apoio a obesos e emagrecimento consciente e mais consistente. + trabalho /ue se segue é ruto da e$peri ncia ad/uirida ao longo desses anos. ar o de 200 OB*#'+'*: U, !&OB-*,+ '* !*O A popula 4o mundial está icando obesa. A +rgani a 4o undial da Saúde estima em mais de número de obesos e os dados indicam uma cur#a de crescimento #ertiginosa. Até os pa!ses asi pouco tempo atrás apareciam com registros pe/uenos de casos" t m apontado um aumento alarm número de pessoas acima do peso ou obesas" na medida em /ue suas popula 6es #4o sendo in lu pelos #alores e modo de #ida ocidental. Vi#emos numa cultura em /ue o 78% se sobrep6e cada #e mais ao S8%" em /ue 78 -+ é 9:;8: essas e$ig ncias da modernidade nos tornam cada #e mais estressados. este conte$to" sem dedicarmos < arte de co inhar" o alimento nos tem sido o erecido cada #e mais pobre em #a cada #e mais rico em praticidade" apar ncia e paladar. 7udo muito bem embalado" com muito e muita gordura. Além disso" n4o temos mais tempo para des rutarmos do /ue =eonardo )o ch (+ 8SA=:9A981. Sal#o em raras e$ce 6es" a am!lia n4o se senta mais < mesa" nos alimentam mais rapidamente" so inhos" em pé" nos transportes coleti#os" na rente da 7V ou do comput rápido" tudo muito prático. 8 engordati#o. As estat!sticas re erentes < obesidade no )rasil mesmo /ue ainda n4o apresentem resultados como no primeiro mundo" também preocupam. Segundo dados de 2003 do :)>82" ?0@ das pessoas c de 20 anos t m e$cesso de peso e destes" mais de s4o consideradas obesas. eu interesse pelas /uest6es relati#as < obesidade na cl!nica psicoterápica surgiu a parti /ue pacientes gordos ou obesos di icilmente tra iam como /uei$a seu estado corporal. Bala# solid4o" di iculdades em se relacionar a eti#a e se$ualmente" mais omitiam o /ue seu corpo diretamente da obesidade produ ia ortes resist ncias e até abandono do tratamento. A estr trabalhar em cima de suas /uei$as até /ue eles conseguissem estabelecer a rela 4o entre ela corporal. :sso demora#a tempo. os últimos anos" com a e$posi 4o cada #e maior na m!dia das /uest6es relati#as < obesida oi se modi icando. A preocupa 4o com as doen as associadas a ela e com /ue as pessoas co tra er seu corpo obeso para o oco do processo terap utico. 9e alguma maneira eles entendi componente emocional /ue boicota#a suas tentati#as de manter o peso /ue perdiam em seus pro emagrecimento. as as di iculdades para trabalhar com eles n4o diminu!ram. (omo #eremos ad sincero /ue seja seu desejo de emagrecer" abrir m4o da camada de gordura /ue os en#ol#e e d sustentam é por demais amea ador. OB*#'+'* * B#O*$*&/0%#1+ +besidade é de inida como uma doen a na /ual a reser#a natural de gordura aumenta até o pon passa a estar associada a certos problemas de saúde ou ao aumento da ta$a de mortalidade. D por uma combina 4o de #ários atores e um tratamento ade/uado de#e incluir acompanhamento multipro issional" com médico" nutricionista" preparador !sico e psicoterapeuta atuando em /ue or poss!#el. -ara 7ere inha )elmonte3" endocrinologista" a obesidade de#e ser entendida como uma /uest4 corporal" social e energética. Sustenta /ue o emagrecimento sE será conse/Fente se o pacien propostas mágicas /ue en#ol#em as dietas em geral" o uso indiscriminado de medicamentos e a elicidade das cirurgias bariátricas e assumir seu prEprio processo. D neste conte$to /ue a pode ajudar o indi#!duo obeso em sua busca por uma #ida mais saudá#el e pra erosa.

Obesidade

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a disfunção da imagem corporal

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Obesidade: Fome de Qu? Uma Viso Bioenergtica.

1 de julho de 2013ArtigosSem comentrioslvaro Soares Pinto Fernandes *INTRODUOVenho acompanhando pacientes obesos ao longo dos ltimos 25 anos como analista bioenergtico. No incio desta dcada, desenvolvi um trabalho experimental de acompanhamento individual e em grupo com indivduos obesos, junto com a nutricionista Regina Sarmento, no Rio de Janeiro. Atualmente, no mbito da Clnica da Sociedade Brasileira da Anlise Bioenergtica SOBAB-SP vem sendo desenvolvido o Projeto Obesidade, com a proposta de aprofundar os estudos sobre o tema e de montar grupos de apoio a obesos em busca de um emagrecimento consciente e mais consistente.O trabalho que se segue fruto da experincia adquirida ao longo desses anos.Maro de 2009

OBESIDADE: UM PROBLEMA DE PESOA populao mundial est ficando obesa. A Organizao Mundial da Sade estima em mais de 300 milhes o nmero de obesos e os dados indicam uma curva de crescimento vertiginosa. At os pases asiticos, que pouco tempo atrs apareciam com registros pequenos de casos, tm apontado um aumento alarmante do nmero de pessoas acima do peso ou obesas, na medida em que suas populaes vo sendo influenciadas pelos valores e modo de vida ocidental.

Vivemos numa cultura em que o TER se sobrepe cada vez mais ao SER, em que TEMPO DINHEIRO e essas exigncias da modernidade nos tornam cada vez mais estressados. Neste contexto, sem tempo para nos dedicarmos arte de cozinhar, o alimento nos tem sido oferecido cada vez mais pobre em valores nutricionais e cada vez mais rico em praticidade, aparncia e paladar. Tudo muito bem embalado, com muito acar, muito sal e muita gordura. Alm disso, no temos mais tempo para desfrutarmos do que Leonardo Boff chama de COMENSALIDADE1. Salvo em raras excees, a famlia no se senta mais mesa, nos alimentamos cada vez mais rapidamente, sozinhos, em p, nos transportes coletivos, na frente da TV ou do computador. Tudo muito rpido, tudo muito prtico. E engordativo.

As estatsticas referentes obesidade no Brasil mesmo que ainda no apresentem resultados to alarmantes como no primeiro mundo, tambm preocupam. Segundo dados de 2003 do IBGE2, 40% das pessoas com mais de 20 anos tm excesso de peso e destes, mais de so consideradas obesas.

Meu interesse pelas questes relativas obesidade na clnica psicoterpica surgiu a partir da observao de que pacientes gordos ou obesos dificilmente traziam como queixa seu estado corporal. Falavam de isolamento, solido, dificuldades em se relacionar afetiva e sexualmente, mais omitiam o que seu corpo dizia. Tratar diretamente da obesidade produzia fortes resistncias e at abandono do tratamento. A estratgia, ento, era trabalhar em cima de suas queixas at que eles conseguissem estabelecer a relao entre elas e seu esquema corporal. Isso demorava tempo.

Nos ltimos anos, com a exposio cada vez maior na mdia das questes relativas obesidade, esse quadro foi se modificando. A preocupao com as doenas associadas a ela fez com que as pessoas comeassem a trazer seu corpo obeso para o foco do processo teraputico. De alguma maneira eles entendiam que havia um componente emocional que boicotava suas tentativas de manter o peso que perdiam em seus programas de emagrecimento. Mas as dificuldades para trabalhar com eles no diminuram. Como veremos adiante, por mais sincero que seja seu desejo de emagrecer, abrir mo da camada de gordura que os envolve e dos hbitos que a sustentam por demais ameaador.

- OBESIDADE E BIOENERGTICAObesidade definida como uma doena na qual a reserva natural de gordura aumenta at o ponto em que passa a estar associada a certos problemas de sade ou ao aumento da taxa de mortalidade. determinada por uma combinao de vrios fatores e um tratamento adequado deve incluir acompanhamento multiprofissional, com mdico, nutricionista, preparador fsico e psicoterapeuta atuando em conjunto, sempre que for possvel.

Para Terezinha Belmonte3, endocrinologista, a obesidade deve ser entendida como uma questo psicolgica, corporal, social e energtica. Sustenta que o emagrecimento s ser conseqente se o paciente abandonar as propostas mgicas que envolvem as dietas em geral, o uso indiscriminado de medicamentos e as promessas de felicidade das cirurgias baritricas e assumir seu prprio processo. neste contexto que a Anlise Bioenergtica pode ajudar o indivduo obeso em sua busca por uma vida mais saudvel e prazerosa.

Anlise Bioenergtica uma tcnica teraputica desenvolvida por Alexander Lowen (1910 2008), baseada na Anlise de Carter4 de Wilhelm Reich, de quem foi paciente e aluno na dcada de 40 do sculo passado. Nela, Reich propunha haver uma identidade funcional do carter de uma pessoa com sua atitude corporal ou couraa muscular, entendida como um padro geral das tenses musculares crnicas do corpo, erguida para proteger a pessoa contra experincias emocionais dolorosas e ameaadoras.A Anlise Bioenergtica combina o trabalho com o corpo e com a mente, utilizando a tcnica analtica, procedimentos de manipulao e exerccios especiais. Para Lowen, os processos energticos do corpo determinam o que acontece na mente, da mesma forma que determinam o que acontece no corpo5.

Bioenergeticamente, a obesidade pode ser definida como um distrbio da relao carga x descarga do organismo. A equao simples: entra mais do que sai. A pessoa obesa absorve mais do que gasta, do que elimina. O que excedente, no caso do alimento, se deposita no corpo na forma de gordura. Emocionalmente, esse distrbio manifestado pela dificuldade que a pessoa tem de expressar seus sentimentos, pela sua agressividade precria e pela voracidade com que ela engole sapos, como veremos mais adiante.

O indivduo obeso tem, predominantemente, o trao de carter oral6 em sua personalidade. A experincia bsica do carter oral a carncia afetiva, que ele procura preencher apoiando-se nos outros e, no caso dos obesos, substituindo em parte o contato com os outros pela comida.

Embora Lowen afirme que o indivduo oral tenda a ter um corpo esguio e fino, com musculatura subdesenvolvida, a constituio do corpo obeso pode ser entendida a partir da observao de que, em certas pessoas, a tendncia a depender pode aparecer disfarada pela ao de atitudes conscientemente compensatrias como, neste caso, pela ingesto constante de alimentos.A personalidade oral contm muitos traos tpicos da primeira infncia. Esses traos se tornam claros nos obesos quando se observa que os corpos do homem e da mulher perdem em parte as caractersticas sexuais secundrias que se desenvolvem a partir da puberdade e em muito se assemelham ao corpo de um beb fofinho. O nvel de excitao genital reduzido e se evidencia pelo fato de que a busca pelo prazer ainda est em parte ancorada no ato de se alimentar.

Muito embora a obesidade possa vir a se manifestar somente anos mais tarde, a partir da relao me x filho no perodo da amamentao que ela tem origem.

Ashley Montagu2, analisando a qualidade do contato entre me e filho, sustentava que uma ntima relao se tece entre comer e amar na primeira infncia e que comer pode se tornar uma satisfao substituta para o amor. A obesidade seria, ento, a evidncia de uma frustrao amorosa.

A ausncia da amamentao ou o desmame precoce parecem ser determinantes da obesidade. Dois estudos sustentam essa hiptese;

1- Siqueira e Monteiro8, ao analisar a associao entre o aleitamento materno na infncia e a obesidade na idade escolar em crianas e adolescentes de famlias brasileiras de alto nvel socioeconmico, concluram que as que nunca receberam aleitamento tm maior ocorrncia de obesidade. Os resultados da pesquisa apontam para um risco de obesidade duas vezes maior na ausncia de aleitamento.

2- Balaban e Silva9 fizeram uma reviso da literatura sobre a hiptese de que o aleitamento materno teria um efeito protetor contra a obesidade. Como a grande maioria dos estudos revisados relatou um efeito protetor, concluem que o aleitamento parece proteger as crianas da obesidade, embora sugiram uma investigao mais profunda do caso.Entre as vrias questes relativas obesidade que podem ser trabalhadas na Anlise Bioenergtica, duas sero vistas aqui; dizem respeito mastigao e ao comer compulsivo.

MastigaoNossa digesto comea pela boca. Mastigar bem os alimentos, tritur-los e mistur-los a saliva o incio do processo digestivo. O alimento desce, ento, j preparado para ser metabolizado pelo organismo. Pois bem, o obeso mastiga muito pouco, praticamente engole o alimento. Isso sobrecarrega o processo digestivo, que se torna mais lento e favorece uma absoro maior pelo organismo do bolo alimentar. O estmago se dilata para conter tantos pedaos do alimento mal processado.

Por que o obeso mastiga pouco? A resposta a esta questo nos remete relao me X filho na poca da amamentao. Uma me suficientemente boa, como diria Winnicott, ao amamentar seu filho est oferecendo dois elementos essenciais vida dele: o nutricional (leite) e o afetivo (contato, calor, amor). Um distrbio grave nessa relao provoca uma forte reao de defesa por parte do beb que, ameaado por um colo frio de uma me desconectada ou ausente na relao, pode responder, por exemplo, mordendo o seio. O ato de morder frente a uma ameaa comum a toda espcie animal, inclusive entre ns humanos, pelo menos nos primeiros anos de vida. Basta uma visita a uma creche ou uma pr-escola para que se observe que, muitas vezes, os conflitos entre as crianas so resolvidos base de mordidas.

Se a reao da me mordida de seu filho for agressiva e raivosa, o beb se sente mais ameaado ainda e, culpabilizado, para sobreviver, congela a sua raiva (e o morder). A amamentao pode ter continuidade, mas tender a ser destituda do elo afetivo que unia me e filho. O beb, tendo perdido o alimento-afeto passa a investir no alimento-leite, numa busca desesperada por amor. J no reclama e no mais morde. Este pode ser um dos fatores que levem ao desmame precoce.

Como o ato de morder e o de mastigar so semelhantes e envolvem os mesmos msculos e articulaes em torno da boca, se o morder est reprimido, a mastigao fica comprometida e assim o processo digestivo como um todo.

A Anlise Bioenergtica dispe de uma gama de exerccios que estimulam o morder e a expresso da raiva reprimida. Uma toalha de rosto torcida colocada em frente boca um deles. Pede-se ao paciente, deitado no colcho e com os joelhos flexionados, que experimente morder a toalha por alguns minutos, cada vez com mais fora e procurando emitir um som enquanto morde. Certa vez uma paciente realizando esse exerccio foi tomada por um sentimento intenso de raiva. Ao encoraj-la a expressar em palavras o que estava sentindo, comeou a gritar: Por que voc no olha pra mim?. Olha pra mim! Ao fim do exerccio relatou uma lembrana em que ela, pequena, esperava pela ateno da me, que nunca vinha. Completou dizendo que sua me no costuma olh-la nos olhos quando fala com ela. Certamente, tambm no olhava para ela quando lhe dava a mamadeira.

O comer compulsivoTodo obeso sofre de compulso por comer. Ingere alimentos numa quantidade muito maior do que a necessria para seus gastos energticos. Apesar disso, ele parece precisar de tanta comida. De onde vem essa necessidade e para que ela serve?A resposta para a primeira pergunta j foi dada: o obeso come em busca do amor perdido. Ele se enche de comida na tentativa de preencher o vazio afetivo que sente. Quanto segunda pergunta, a observao do mundo animal pode nos ajudar a encontrar a resposta.

Nas regies polares, o comportamento alimentar dos animais est diretamente associado s duas estaes do ano: o vero e o inverno polar. no vero, com a fartura de oferta, que os grandes predadores se alimentam. Comem o mximo que podem. Sua dieta altamente calrica faz com que uma espessa camada de gordura se forme em torno de seus corpos. Eles precisam dessa gordura para sobreviver ao inverno, quando cessa a oferta de alimentos e o frio rigoroso. E, ento, eles hibernam. Toda gordura adquirida ajuda-os a atravessar esse perodo. Protege-os do frio intenso e vai sendo pouco a pouco queimada pelo organismo.Dada a sua estrutura de carter predominantemente oral o indivduo obeso tem fome: fome de amor, de calor humano, de ternura, do aconchego perdido. Interiormente, ele sente frio.

Indagados sobre seus hbitos alimentares muitos pacientes afirmavam que no comiam muito nas refeies, que no era para eles serem gordos assim. Um exame mais detalhado, porm, desmascarava esse discurso: ao longo do dia entre as principais refeies eles beliscavam e muito. Snacks, salgadinhos, bolachas, doces, tudo o que estiver ao alcance das mos. Tudo altamente calrico. Esse hbito, que muitas vezes passa despercebido por eles mesmos, ajuda a aquec-los internamente, pois mantm o aparelho digestivo funcionando ininterruptamente e, tal como uma mquina, produzindo calor.

O comer compulsivo pode se manifestar tambm na forma popularmente conhecida como ataque noturno geladeira. Na calada da noite, quando cessam as exigncias do dia-a-dia, o indivduo tomado por uma necessidade incontrolvel de comer tudo o que estiver ao seu alcance, at se entupir de comida. Parece claro que essa ao tem por objetivo calar os anseios que tendem a vir tona naquele momento em que a quietude favorece um contato mais profundo consigo mesmo e, ento, com o vazio que carrega dentro de si.Os obesos tendem, tambm, a evitar a sensao fsica de fome. Procuram se antecipar a ela. O contato com a fome os remete a perda, ao desamparo, ao frio. Ento, ficam beliscando o tempo todo.

Pode ser essa a causa de tantos fracassos que esses indivduos experimentam ao tentar emagrecer. Geralmente, toda dieta comea bem sucedida, mas chega um ponto em que a camada de gordura que os envolve se afina tanto que eles se sentem fortemente ameaados. Essa situao s pode ser resolvida com o retorno compulsividade.

Todo corpo obeso envolve um corpo emocionalmente esqulido, desnutrido de afeto, de calor humano. Envolve e protege, mas tambm isola. A gordura os impede de fazerem contatos, os impede de serem verdadeiramente tocados e vistos. Frente a isso, tendem a construir uma imagem que os faa serem aceitos por todos. Tornam-se simpticos, brincalhes, prestativos, boas praas. Porm, manter essa imagem tem seu preo. Certa vez, uma paciente desabafou: Meus amigos se divertem comigo, me acham uma pessoa feliz. Eles no sabem o que eu sinto.

Na Anlise Bioenergtica, o trabalho corporal com pacientes obesos deve ser iniciado, concomitantemente, com exerccios de respirao e de grounding.

RespiraoA respirao do obeso sempre curta, superficial. Para Lowen, a carncia sofrida durante a fase oral reduziu a fora do impulso de sugar e uma boa respirao depende da capacidade de sugar o ar. Pode-se sustentar tambm que, mais adiante, venha a afetar a capacidade de mastigar, devido hipotonia dos msculos da regio da boca. Alm disso, dado que o oxignio fundamental para a metabolizao do alimento ingerido, sua carncia provoca uma perda energtica, que pode ser compensada com a ingesto de quantidades cada vez maiores de alimento.

Na terapia bioenergtica, incentiva-se uma respirao cada vez mais profunda para aumentar a carga energtica10. Pousar a mo em seu trax e/ou, abdmen os ajuda a sentir os movimentos de expanso na inspirao e de recolhimento na expirao. Presses com as pontas dos dedos ou com os punhos podem ser necessrias para mobilizar a musculatura contrada do peito e abdmen e permitir um movimento respiratrio mais profundo. Essas presses podem provocar dor; nestes casos, pedido para que eles expressem a dor com um som durante a expirao.

Uma respirao cada vez mais profunda permite um contato maior com o corpo e com o que acontece nele. Energiza o corpo. Pode provocar formigamentos, movimentos involuntrios, vibraes. Sentimentos podem ser mobilizados. O terapeuta, ao seu lado, deve incentivar o paciente a colocar pra fora o que est sentindo, dando suporte necessrio para que as emoes possam fluir. Ao final do exerccio, pedido ao paciente para que relate o que foi vivenciado, para que se possa elaborar a experincia vivida e reinser-la em sua histria de vida.

Possibilitar ao paciente obeso um fluxo respiratrio mais profundo uma forma de conscientiz-lo de que ele no necessita de tanta comida para se energizar. Na verdade, nossa maior fonte de energia o oxignio. Podemos sobreviver semanas sem alimentos, mas no mais do que alguns minutos sem respirar.

Certa vez, aps um exerccio em que sua respirao foi altamente aprofundada um paciente relatou uma sensao incomoda na regio do abdmen. Sentia-se enjoado. Na sesso seguinte, relatou que naquela noite, como a sensao de enjo no havia cessado, ele se levantou e foi ao banheiro disposto a induzir o vmito, para eliminar o desconforto que sentia. Ao provocar o vmito, foi tomado por uma intensa onda de tristeza, que culminou com um choro convulsivo como ele nunca havia experimentado antes. Seu diafragma havia sido liberado.

O diafragma, um extenso msculo situado entre o trax e o abdmen, quando cronicamente contrado aprisiona nossas emoes, impedindo-as de virem tona. Os exerccios respiratrios atuam no sentido de mobilizar o diafragma e os outros msculos envolvidos no ato de respirar. As tenses musculares vo sendo dissolvidas, permitindo uma respirao mais profunda e um contato maior da pessoa com suas sensaes e sentimentos.

A partir desse episdio, esse paciente comeou a se conscientizar do quanto ele havia reprimido seus sentimentos, do quanto ele os engolia. De imediato, reconheceu a expresso engolir sapos como sendo uma atitude muito comum ao se confrontar com situaes difceis de sua vida. Engolir sapos, por pra dentro so expresses comuns que, quando no descritas, so imediatamente reconhecidas pelos obesos. Outra paciente, em tom de brincadeira, disse que precisaria eliminar os sapos de sua alimentao, se realmente ela quisesse emagrecer.

A Anlise Bioenergtica ajuda os obesos a reconhecer essa atitude bsica que construram para lidar com as questes de sua vida e oferece instrumentos para construo de uma nova postura frente a elas. Mas essa nova postura necessita de um suporte, uma base slida que a sustente.

GroundingGrounding11 um conceito fundador da Anlise Bioenergtica. Estar grounded estar enraizado, embasado na sua realidade. o oposto de estar andando nas nuvens ou de ponta cabea.

O exerccio bsico para aprofundar o grounding12 feito de p, com os ps paralelos e afastados cerca de 25 cm, quando pedido ao paciente que destranque seus joelhos, flexionando-os. Essa flexo faz com que o corpo deixe de se apoiar nos joelhos e passe a ser apoiado pelos seus ps em contato com o cho. Pede-se ento, para que ele permanea nessa posio o tempo que for suportvel, respirando profundamente. Variaes dessa postura bsica podem ser feitas, mantendo as pernas na mesma posio, mas arqueando o corpo para trs ou fazendo-o inclinar-se para frente at que os dedos das mos toquem o cho. O incomodo e a dor, se surgirem, devem ser expressos com um som na expirao. Com o tempo, os ps podem comear a formigar e as pernas a vibrar involuntariamente, sinal de que a energia comea a fluir. Os relatos da experincia vo desde a sensao de profundo contato com a terra angustia e o medo de que suas pernas no suportem o peso do corpo, falhem e eles caiam.

Cair13, na Bioenergtica tem o sentido de abandonar as defesas, de se entregar aos sentimentos, de fazer contato com a realidade. No cotidiano, fazemos uso desse sentido quando dizemos que camos de amores, camos na real ou camos no sono, por exemplo. O medo de cair evoca o medo de perder o controle e, em ltima instncia, o medo de morrer ou de enlouquecer.Fazer exerccios de grounding em pacientes obesos costuma produzir efeitos intensos. Eles se deparam com a real dimenso de seu problema, eles literalmente sentem seu peso. Podem se sentir sem apoio, o que evoca o desamparo que experimentaram na infncia e tm medo de cair. Podem perceber o verdadeiro esforo que fazem para se sustentar. Essas sensaes e sentimentos vo sendo trabalhados ento no contexto de suas histrias.

A partir da, de posse de um fluxo respiratrio mais profundo e com a sensao de estar sobre as prprias pernas, o obeso se sente em condies de confrontar suas dificuldades, em busca de uma nova maneira de lidar com seus desejos mais profundos e com as demandas do mundo externo. A terapia prosseguir at que ele se sinta em condies de assumir verdadeiramente seu processo de emagrecimento, deixando de depositar nos outros a responsabilidade por aquilo que somente ele pode alcanar. Cabe ao terapeuta acompanh-lo nessa jornada, consciente de que o processo no linear, que havero recadas e que estas no devem desanim-lo, pois se isso acontecer ele estar cedendo resistncia do paciente, levando-o, mais uma vez, a repetir a sua histria de abandono.

CONCLUSOFiel sua origem reichiana, a Anlise Bioenergtica atua, tambm, numa dimenso poltica. Afinal, de que adianta trabalhar pela transformao do indivduo sem que seja construda uma conscincia crtica do mundo em que ele se insere, que busca negar a expresso da individualidade, em nome de uma normatizao dos modos de ser? O trabalho com pacientes obesos deve lhes garantir, antes de tudo, o direito de ser como eles so. Emagrecer deve ser um ato de desejo, em alguns casos uma necessidade, nunca a imposio de uma esttica dominante, que segrega aqueles que dela se afastam.

Em torno do obeso, um grande mercado floresce e enriquece. De um lado, as promessas sedutoras de emagrecimento garantido. A oferta enorme e variada: nos spas, nos livros de dietas, nas drogarias, sempre h uma novidade. O Brasil ostenta o ttulo de campeo mundial do uso de inibidores de apetite. A cirurgia baritrica vem sendo feita descumprindo a minuta do Ministrio da Sade14 que lista as condies necessrias para sua realizao. Obesos se submetem a dietas calricas para atingirem o peso mnimo necessrio para serem operados. As complicaes pscirrgicas (depresso, substituio da compulso)15 esto sendo criminosamente subestimadas.

Do outro lado, a indstria alimentcia vende o prazer a cada gole, a cada mordida. A propaganda perniciosa e as crianas so as maiores vtimas de seus apelos, melhor dizendo, de suas apelaes. Esto sendo formadas as novas geraes de obesos. Para exemplificar, o que dizer da frase colocada bem abaixo da logomarca de uma famosa multinacional de fast food: AMO MUITO TUDO ISSO. A relao entre comer e amar se faz aqui presente, induzindo ao consumo de um alimento de pobre valor nutricional, mas extremamente calrico.

Refm desse mercado, a nica certeza que o obeso pode ter que seu bolso, este sim, ir emagrecer.

No conscientizar os pacientes obesos do lugar em que so colocados por esse mercado vai, com certeza, por em risco todos os esforos teraputicos. No atent-los para esta realidade , mais uma vez, abandon-los prpria sorte.

A Anlise Bioenergtica busca conscientizar o indivduo obeso de que a obesidade o sintoma16 de uma defesa estruturada e, mais do que isso, atua para que ele possa construir novos instrumentos que lhe permitam lidar de uma forma mais efetiva, saudvel e prazerosa com seu corpo, com seus sentimentos e com os desafios que se lhe apresentam.

* lvaro Soares Pinto FernandesPsiclogo clnico pela Universidade Gama Filho Membro da Sociedade Brasileira de Anlise Bioenergtica SOBAB / SP Consultrio: Rua Hava, 62. Sumar, So Paulo. Tel: 11 99403-9640 e-mail: [email protected]

O R G O N izandoProduzido porJos Guilherme Oliveira

Fundamentos Ideolgicos, Tericos e Metodolgicos da Prtica Clnica na Anlise BioenergticaporEliana Isola Rodrigues SilvaBibliografia

A Anlise Bioenergtica definida pelo seu criador Alexander Lowen como uma extenso do trabalho de WILHELM REICH, seu professor desde os anos 40 e terapeuta de 1942 a 45.

A leitura da extensa obra publicada de A. Lowen aos que esto familiarizados com a obra de REICH nos mostra sua gratido a REICH e continuao dentro da tradio Reichiana e Psicanaltica da qual REICH emergiu.

Com REICH e como ele, teve a coragem de encarar seus conflitos e defesas caracterolgicas e desenvolveu sua crena e teoria baseada no seu mestre e no contato com seu corpo, sentimentos e experincia.

Situando-o histricamente, submeteu-se com REICH psicoterapia denominada vegetoterapia caratero-analtica que era baseado na funo respiratria, levando a entrega dos movimentos involuntrios do corpo, conectada com os sentimentos suprimidos.

Participava das aulas de W. REICH sobre Anlise do Carter e a relao mente-corpo onde sua nfase era a sexualidade como base de toda neurose.

Se a pessoa era capaz de uma satisfao sexual plena no haveria energia para manter o sintoma neurtico e o paciente que desenvolvesse a potncia orgstica estaria livre dos traos ou sintomas, neurticos, idia que os psicanalistas da poca no aceitavam devido indiscriminao do conceito de potncia orgstica e relao sexual.

Quando, durante a sesso teraputica ocorria livre de inibio, conscientes ou inconscientes, o movimento involuntrio da plvis, acompanhado por ondas de respirao ( Reflexo do Orgasmo) indicava para REICH que o paciente estava livre da sua estrutura neurtica de carter.

Lowen ao encerrar seu processo teraputico com REICH havia desenvolvido regularmente o reflexo do orgasmo.

Encerra seu processo para estudar medicina na Sua por 5 anos e ao voltar encontra REICH e seus seguidores mais afastados do trabalho analtico.

Sabia que no estava curado e que tinha de trabalhar mais profundamente nas tenses fsicas e aprofundar a anlise de seus problemas emocionais, que havia sido pouca, e sem focalizar os temas edpicos.

Em resposta a esta necessidade de mais trabalho corporal para aliviar as tenses e tornar mais efetivo o sustentar das sensaes desenvolvidas nas sesses introduziu o conceito de "Grounding", desenvolveu o "Stool" (banco) bioenergtico e estendeu o conceito de anlise do carter para o fsico mostrando como os tipos caracterolgicos so estruturados no corpo.

Desenvolveu uma srie de exerccios como o arco e o arco invertido nos quais a musculatura sob stress aumenta a atividade vibratria involuntria, quebrando a tenso e a rigidez.

Com o corpo mais vivo o ego relaxa o domnio sobre os sentimentos que brotam mais fcilmente e vo sendo integrados na personalidade.

Estas mudanas j so significativas pois o paciente no est mais s deitado no div mas trabalha-se de p , em grounding.

O Stool abre a respirao e o bloqueio energtico e diminui a rigidez dos msculos posteriores levando ao sentimento, e o uso da voz para expresso. O conceito de grounding, de estar nas suas prprias pernas, enraizado na realidade, e deter prazer sustentando os sentimentos em contato com sua prpria natureza, ou seja funes e realidade externa.

Lowen ao estruturar, desenvolver e aprofundar a descrio da dinmica energtica dos tipos caracterolgicos descritos por W. REICH introduziu a leitura corporal onde possvel ao terapeuta diagnosticar a dinmica energtica dos bloqueios sem conhecer toda a estria do paciente e inclui o narcisismo no corpo influenciado pela psicologia do ego ( Kohut) e pela anlise do momento cultural que vivemos.

O aspecto fsico do trabalho se tornou mais ativo, atravs do uso de mais ao fsica do paciente para expressar a emoo suprimida, como o bater, para expressar a raiva, o "Kicking" ( bater pernas ) para protestar contra a inibio de seus direitos bsicos reprimidos.

O terapeuta tambm se tornou mais ativo, atravs do toque s vezes firme e suave e s vezes firme e forte para aliviar a tenso do queixo e da garganta que seguram a descarga pelo choro que alivia a tristeza e a dor.

Introduz mudanas nas conceitualizaes sexuais reichianas. A meta da psicoterapia no mais a potncia orgstica, continua a ser um critrio para a sade emocional do indivduo mas, ningum orgsticamente potente numa cultura que promove a doena e no a sade.

A meta desenvolver uma personalidade madura e sadia.

O sexo uma das maneiras como o indivduo se expressa.

Se ele livre na auto expresso ele tambm livre na expresso sexual e portanto orgsticamente potente.

A Anlise Bioenergtica a maneira de compreender a pessoa e seus problemas emocionais nos termos da dinmica de energia de seu corpo pois o corpo nunca mente, tem a estria do indivduo gravada ao contrrio da fala que vem recheada de mecanismos de defesa egicos.

Trocou o foco da sexualidade da potncia orgstica para funcionamento do ego que auto - expresso. A habilidade de expressar plenamente seu Self a meta da Anlise Bioenergtica.

Est habilidade depende da auto - possesso ou seja de concientemente conter a expresso do sentimento.

Sade a plena auto - expresso do fluxo livre da excitao atravs do corpo e que se manifesta em como o indivduo se segura, se move, e usa a voz.

Os temas de auto - expresso, auto possesso e a estrutura caracterolgica compreendida em termos sexuais, so o foco teraputico. Para desenvolver um senso de Self mais forte, aumentar o sentimento corporal e promover a identificao com sua natureza sexual, aumentamos o fluxo de excitao pelo corpo ajudando a pessoa a sentir-se mais conectada com o cho, com o seu corpo, e com sua sexualidade. Na maioria dos indivduos o ego oferece resistncia considervel para esta entrega ao Self corporal.

Na Anlise Bioenergtica relacionamos o impulso sexual e o impulso para intensificao do ego com o fluxo de energia. O fluxo descendente basicamente sexual por natureza e conecta com outro indivduo e com a terra. Quando flui ascendentemente, atravs da cabea, separa a pessoa da natureza de ser, conduzindo para um senso de separao e individualidade. A vida flui a partir da interao destas duas fras pendulares.

Uma regra bsica da Anlise Bioenergtica estabelece que a carga de energia no pode ser maior que a descarga de energia. O equilbrio entre estas fras opostas inerente ao fenmeno da pulsao, base da vida, processo de expanso e contrao presente em todas as funes corporais.

No homem o impulso expansivo energiza cada um dos seis pontos de contato com o mundo exterior (cabea, genitais, braos e pernas) e na retrao retira igualmente de todos os seis pontos.

Nossa estrutura, como a do verme a de um tubo dentro de um tubo, constitudos de segmentos que fundidos deram origem aos trs segmentos principais: cabea, trax e plvis e dois menores o pescoo e a cintura que so passagens entre um segmento principal e outro.

A presena de bloqueios nestas passagens, dividem o corpo causando uma ciso entre os segmentos principais e perdendo-se a percepo da unidade.

Para se restaurar o fluxo energtico entre cabea - corpo ( pensamento e sentimento e / ou trax e plvis ( corao e sexualidade ) alm do trabalho nas tenses fsicas o indivduo precisa ter conscincia das experincias que determinam estas limitaes e liberar as emoes primrias contidas ( medo, raiva, tristeza e amor ).

A cabea est conectada com o desenvolvimento do ego, controla as sensaes do Self. O trax aonde est o corao, centro mdio do corpo e que faz a ligao energtica com os outros centros e est conectado com o amor e quebrado na fase oral e outra vez no perodo edipiano.

A plvis, e os genitais, est conectada com a conscincia da sexualidade no perodo edipiano e na conscincia do Self.

Emoes como o amor e a raiva podem integrar uma personalidade cindida j que o fluxo dos sentimentos ternos encontram-se na parte anterior do corpo e os agressivos na parte posterior.

A expresso desses sentimentos e o uso da voz ( expresso dos msculos involuntrios ) mobilizam o tubo interno que integra estes trs segmentos ao nvel profundo.

Para Lowen toda a pessoa que est a sua frente um indivduo sexual. Na relao entre ego e sexualidade, polaridades que se desenvolvem ao mesmo tempo e que se tornam conscientes na criana durante o perodo edpico, o aparecimento da sexualidade gera neste perodo sentimentos intensos na criana e nos pais. Esta situao leva supresso dos sentimentos sexuais que ficam estruturados no corpo como desvios do fluxo energtico. nesta fase que o carter se estrutura como um fenmeno do ego e serve para fornecer um significado para a vida da pessoa. um mecanismo de sobrevivncia e sua esperana de preenchimento e amor. Aceita o Carter que lhe d identidade e abre mo de seu verdadeiro Self.

Inicia-se a Anlise a partir da camada mais superficial pela anlise do perodo edipiano e trabalha-se os traumas ocorridos no perodo pr edpico, responsveis por muitas tenses e bloqueios, relacionando-os ao perodo edpico ou seja, ao seu padro estruturado de tenso musculares e de resposta ao meio ambiente.

A carga transferencial intensa e faz parte o trabalho na transferncia com os sentimentos intensos deste perodo ou seja o contedo regressivo do trauma ocorrido no adulto de hoje.

Ns analistas bioenergticos buscamos integrar o fluxo energtico da cabea - corao e sexualidade at os ps.

Restaurar a unidade do organismo encontrando a fora vital de energia do core e a espiritualidade presente no corpo desbloqueado, que exprime a capacidade de amar que une o indivduo ao cosmos.

Estamos interessados pela forma como o indivduo conduz o sentimento do amor, se o seu corao est aberto ou fechado, se ainda necessita do seu padro caractereolgico hoje em dia para ter o amor perdido ou se pode encarar que este mecanismo fracassou e o distanciou do seu Self.

Ser que o mais importante no amar as pessoas e as coisas preenchendo seus sentimentos mais profundos?

Estamos interessados neste conflito da alma humana e no desespero, medo e dor que subjaz no indivduo, nesta luta de vida e morte.

Abrir mo do carter, do ego, da vontade que orienta e se deparar com um desejo de morrer tamanho desespero e dor por ter perdido seu verdadeiro self at tocar o desejo de viver, o impulso vital.

No ego temos segurana, o conhecido, a experincia, a identidade. No corao e no corpo temos medo de morrer ou de enlouquecer dada a intensidade das experincias dolorosas reprimidas e castradas.

Todo corao imprevisvel e inexperiente. No contato terapeuta - paciente podemos ns terapeutas suportar a inexperincia dos nossos coraes?

Eros tem sua sede no corao e apesar de no mantermos nossos coraes abertos todo o tempo mas acompanhando o ritmo pulsatrio destas ondas. So elas que levam ao desejo de proximidade com o outro e a partir da itensidade deste encontro o controle do ego e "morrer" por alguns instantes nos braos deste outro corao inexperiente tambm que se abre e se fecha em um outro ritmo e esta inexperincia de pulsar com o cosmos de extrema cura pois a energia vital presente na potncia orgstica.

Sem iluses. se paixo ou amor, so momentos de genitalidade.

Sem o corao somos como mquinas e a vida perde seu sabor. O homem se perdeu ao dominar a natureza pois cortou as prprias razes. Por mais til que seja o progresso ele afasta o indivduo do seu grounding pois anti-natural.

Lowen analisando a cultura de hoje em dia, muito consumista e baseada em valores narcsicos, percebeu que as pessoas esto mais na cabea, que no corpo ou seja que existe uma ciso cabea-corpo. As pessoas fazem mais coisas e so mais ativas como um antdoto para depresso.

So os indivduos narcisistas que no confiam nos seus sentimentos e no aceitam a si mesmos.

Esto interessados em ser bem sucedidos e ter poder para controlar a vida, atuam efetivamente mas sem sentimentos.

Do outro lado temos os indivduos de personalidade borderline que esto em contato com seus sentimentos de morte e desespero, e que no conseguem funcionar efetivamente na superfcie.

Nos dois casos a ciso entre o ego e o corpo, separando o indivduo da criana com potencial e sentimentos que um dia ele foi. Existe uma barreira entre o passado e o presente no indivduo que o separam dos sentimentos do corao e dos sentimentos das entranhas.

Estas so ao meu ver as idias mais importantes da Anlise Bioenergtica.BIBLIOGRAFIA Bioenergtica , conforme Monteiro (2007), um termoreichianoque significa energia biolgica.Adicionalmente, um modo de entender a personalidade, em termos do corpo e de seus processos energticos. Esses processos, a produo da energia por meio da respirao e do metabolismo e a descarga de energia no movimento e expresso dos sentimentos, so as funes bsicas da vida. Desta forma, a tese fundamento da bioenergtica parte do princpio de que corpo e mente so funcionalmente idnticos, isto , o que ocorre na mente o que ocorre no corpo e vice-versa, mais conhecida como a Teoria da Personalidade, baseada em fatores energticos de Lowen (considerado um dos primeiros discpulos neo-reichianos). Este conceito concorda com o modelo holstico (do grego,holos= integral, pleno) de sade que visa englobar os aspectos biopsicossociais do ser humano. Acredita-se, portanto, ser inevitvel analisar o paciente em todos os mbitos de sua vida, isto inclui os aspectos fsicos, mentais, emocionais, energticos e ambientais (BARROS, 2002). A terapia bioenergtica, tambm denominada Anlise Bioenergtica, prope um interao homem-corpo-emoo-razo. conduzida a partir da anlise do corpo, pensamentos, emoes e aes (SANTANA, 2006). Para tanto, utiliza-se de conceitos fundamentais: couraa muscular, anis ou segmentos da couraa muscular e tcnicas corporais:grounding, respirao e massagem. A vegetoterapia uma tcnica corporal criada por Wilhelm Reich, que tem, basicamente, o mesmo princpio da Bioenergtica, de liberar a couraas musculares adquiridas. Tendo em vista as informaes expostas e a escassez de informaes a respeito deste tema na literatura cientfica, este trabalho tem como objetivo principal descrever as tcnicas corporais da bioenergtica, bem como aprofundar seus conceitos fundamentais.2. Material e mtodo Este estudo caracteriza-se por ser descritivo e de reviso de literatura a fim identificar e analisar pesquisas cientficas relacionadas aos fundamentos e tcnicas corporais da bioenergtica. A busca bibliogrfica foi realizada a partir da consulta de livros e artigos indexados s bases de dadosMedline,ScieloeLilacs, contendo as palavras-chave (e suas associaes): Bioenergtica, Grounding, Segmentos corporais, Couraas musculares, Vegetoterapia.3. Reviso de literatura3.1. Fundamento3.1.1. Couraa muscular do carter Wilhelm Reich foi um dos pioneiros na aplicao psicoterapia de uma compreenso do ser humano que no dissociasse corpo e mente. Um dos pilares de sua abordagem a noo de couraa muscular do carter, em que a musculatura estriada aparece como base para tal concepo integrada (REGO, 1991). Conforme afirma Almeida (2004), o corpo capaz de traduzir, em linguagem no-verbal, as suas necessidades, por meio de simbolismos ou sintomas. Desta forma, torna-se possvel ler no corpo, tambm, as resistncias e defesas do indivduo, uma vez que ele revela expresses emocionais vividas at o momento. O corpo/mente, por meio do sistema nervoso central, apresenta um mecanismo de memria celular que registra experincias e reage a estes padres (BERRY, 2003). Quando estas so potencialmente lesivas: traumticas, dolorosas ou mesmo ameaadoras, ocorre uma reao predominantemente em contrao e um conseqente aumento da tenso muscular. Este tipo de defesa atua tanto na proteo do indivduo contra aes externas e experincias traumatizantes, quanto na diminuio, de forma gradual, da espontaneidade nas relaes humanas, da capacidade de auto-percepo, da sensibilidade para o amor, do afeto e compaixo, bem como, dificulta a respirao plena e profunda. Em suma, impede que o ser humano viva com intensidade e plenitude (MOYSS e LLIS, 2004; REICH, 1998). No momento no qual uma pessoa contrai sua musculatura por um longo perodo, essa contrao passa a se tornar inconsciente e a ser controlada pelo sistema nervoso autnomo (EITLER, 2007). Quando est presente de forma crnica considerado, porReich, uma couraa muscular (BERRY, 2003; ALMEIDA, 2004; MOYSS e LLIS, 2004). A couraa muscular funciona como uma gigantesca encapsulao e impede que a energia vital circule naturalmente pelo corpo. Do mesmo modo que o organismo fecha-se para no sentir medo, raiva, tristeza, raiva, tambm fica impedido de perceber e vivenciar os sentimentos de amor, prazer e afeto. Sendo assim, ocorre um congelamento dos sentimentos e emoes, que resultam em conflitos inconscientes e/ou doenas, por reprimir a expresso dos mesmos (REICH, 1998; MOYSS e LLIS, 2004). A couraa, segundo Reich, o maior obstculo de crescimento, o indivduo encouraado seria incapaz de dissolver sua prpria couraa e seria, tambm, incapaz de expressar as emoes (SANTANA, 2006). Foi o trabalho sistemtico com a tcnica da anlise do carter que levou Reich a descobrir que os distrbios psicoemocionais apresentam como equivalente somtico, a couraa muscular (VOLPI e PAULA, 2004).3.1.2. Segmentos corporais Todo organismo, alm do intelecto, da linguagem e da vontade, funciona de maneira autnoma, e utiliza-se de sua energia, que circula livremente pelo corpo, na direo cfalo-caudal. A partir deste pensamento, Reich (1995) mapeou o corpo em sete segmentos nos quais a couraa se estabelece e impede o livre movimento do fluxo energtico. Funcionam de maneira circular: na frente, dos lados, e atrs, isto , como um anel. Estes anis esto sempre em movimento e localizam-se perpendicularmente ao eixo cfalo-caudal. Cada segmento ou anel compreende aqueles rgos e grupos de msculos que tm um contato funcional entre si e que podem induzir-se mutuamente a participar no movimento expressivo emocional, sendo que um segmento termina e outro comea quando um deixa de afetar o outro em suas aes emocionais (REGO, 1999). Os segmentos, apresentados com maior detalhe no Quadro 1, so: ocular, oral, cervical, torcico, diafragmtico, abdominal e plvico (REGO, 1999; ALMEIDA, 2004). Estes levam o corpo a adotar novas posturas compensatrias, como: olhos arregalados, tenso no maxilar, ombros cados, desvios na coluna, rigidez ou flacidez entre outros (ALMEIDA, 2004). O bloqueio de energia ocorre desde muito cedo, durante os primeiros trs meses, quando o beb aprende a defender-se principalmente com os olhos, para evitar o contato ruim com o ambiente. O bloqueio, portanto, estabelece-se nos olhos. Mais tarde, na poca do desenvolvimento da sexualidade, a interrupo do fluxo de energia ocorre na pelve (MONTEIRO, 2007).Quadro 1.Descrio dos sete anis ou segmentos da couraa muscular e sua constituioAnis ou segmentosConstituio

Anel ocularAbrange a base do crnio, constitudo pelos msculos dos globos oculares, das plpebras e da testa. Os olhos so rgos irradiadores e receptores, ou seja, irradiam e recebem energia. (REICH, 1998; REGO, 1999).

Anel oralCompreende toda a musculatura do queixo, faringe, occipital, em torno da boca. Est relacionado com todos os impulsos de sugar (REGO, 1999)

Anel cervicalEsto os msculos do pescoo, os msculos platisma e esternocleidomastideo, e a lngua. onde se situa a voz (REGO, 1999).

Anel torcicoAbrange os msculos dos braos e mos, corao, pulmo e toda a caixa torcica.

Anel diafragmticoFazem parte do anel diafragmtico o msculo diafragma, e "dois feixes de msculos salientes que se estendem ao longo das vrtebras torcicas inferiores". o principal msculo respiratrio.

Anel abdominalAbrange o msculo reto abdominal e transversos abdominais, pores inferiores dos msculos que correm ao longo da coluna (grande dorsal, eretor da espinha etc) ergos do abdome.

Anel plvicoComo parte do anel plvico esto "quase todos os msculos da pelve", os msculos adutores da coxa, o msculo esfncter anal, os msculos glteos. No anel plvico est includo o nus, quadris, pernas, ps, dedos.

3.2. Tcnicas corporais O objetivo da Anlise Bioenergtica reequilibrar o paciente, desbloquear a circulao, em geral carregada de represses, de tal forma que ao longo da teraputica ocorre auto-percepo - a pessoa se d conta de sua histria, seus traumas e dificuldades e, desta forma, retorno da fluidez natural do organismo (MONTEIRO, 2007). Fazem parte da anlise Bioenergtica trs aspectos fundamentais: histria de vida da pessoa, postura corporal e o padro de comportamento. A histria de vida diz respeito forma como a criana estruturou suas defesas, na sua relao com os pais bem como forma de adaptar-se s condies familiares. O padro corporal, somado aos papis desempenhados, que se repetem ao longo da vida, so sintetizados pelo comportamento da pessoa no mundo. Sinais presentes, por exemplo: nos olhos, posio da cabea, ombros, braos, diafragma, pelve, pernas e ps, alm de outros como o nvel de energia, volume e nuances de voz do paciente do informaes fundamentais para que o terapeuta possa direcionar o tratamento. fundamental, portanto, para o psicanalista bioenergtico, alm do domnio da teoria da personalidade, que o possibilita enfrentar problemas como a resistncia e transferncia, uma sensibilidade para o nvel corporal de modo a ler sua linguagem com preciso (MONTEIRO, 2007). Cada um dos caracteres (defesas), de acordo com Lowen, fixa-se em algum dos anis, de acordo com a fase do desenvolvimento em que o trauma ocorre e da formao deste (MONTEIRO, 2007), e podem ser dissolvidas por meio de massagens, exerccios e respirao. Para que a terapia alcance os resultados esperados, o paciente deve reorganizar os seus pensamentos a fim de entrar em contato com seus sentimentos e emoes ou queixas relacionadas infncia, bem como reconhecer e expressar qualquer outro sinal que vier tona, para que o movimento torne-se mais consciente e espontneo. (EITLER, 2007). Quando a energia vital flui livremente, o campo energtico do corpo torna-se bastante forte. Expresses dessa energia fluindo denominam-se emoes e acontecimentos energticos no corpo, sentimentos. O campo energtico pode alongar-se ou contrair-se de acordo com estmulos externos. Durante sensaes de prazer e satisfao, este campo e o organismo, de modo geral, alongam-se/expandem-se, em conseqncia da atuao do sistema nervoso parassimptico, ao contrrio, em sensaes potencialmente lesivas (medo, tenso ou dor) o campo energtico e o organismo contraem-se, devido atuao do sistema nervoso simptico. Portanto, fundamental manter um equilbrio e flexibilidade na energia vital. (REICH, 1998; ALMEIDA, 2004). A liberao da energia reprimida consegue-se a partir de posturas especiais, exerccios de uma espcie de massagem (toques) em determinadas partes do corpo (pontos-chave) e da verbalizao. Estes pontos so semelhantes a terminais energticos, locais onde esta energia reprimida fica represada. A dissoluo desses anis, dessas blindagens pode levar o indivduo a sentir dores, muitas vezes insuportveis. Com o decorrer do processo, as mesmas posturas, exerccios e toques, ao invs de dor, passam a causar prazer (SANTOS, 2004).3.2.1. Respirao O trabalho de auto-conhecimento induz o paciente a perceber a limitao da respirao, bem como os pontos de inibio/bloqueio de energia e como restringem os movimentos, que pode ter tido incio na infncia. Por meio dos exerccios, ocorre um relaxamento das tenses musculares e o desbloqueio no fluxo energtico, evidenciados por maior leveza nos movimentos do indivduo, maior profundidade da respirao e uma auto-percepo mais aguada (PEREIRA, MARTINS e CORDEIRO, 2004; SANTANA, 2006). A quantidade de energia que o corpo possui depende da respirao plena e profunda, o que deveria ser um processo natural. Nos adultos, a respirao tende a ser desorganizada e/ou limitada, isso ocorre devido s tenses crnicas. A respirao aumenta a quantidade de energia do corpo, abre a garganta, ativa as emoes reprimidas e facilita a expresso dos sentimentos (LOWEN e LOWEN, 1985; SANTANA, 2006). Segundo Lowen e Lowen (1985), a onda inspiratria comea no fundo da pelve, chegando na boca, todas as cavidades do corpo vo se expandindo na tentativa de sugar o ar, sendo a garganta de grande relevncia para o processo. Atualmente, muitas pessoas fecham as suas gargantas, ao reprimir sentimentos e emoes, em particular o choro e o grito, deixando-a continuamente contrada. J a onda expiratria comea na boca e vai em direo pelve, induzindo o relaxamento do corpo todo, e auxilia a liberar as emoes e sentimentos reprimidos ao liberar o ar dos pulmes (LOWEN e LOWEN, 1985). Os problemas psicolgicos, o estresse, as atitudes negativas e as emoes como a raiva e o medo tm uma influncia sobre a maneira de sentar-se, manter-se em p, mover-se ou respirar. A respirao essencial, pois levamos a vida do tamanho da nossa respirao (SANTANA, 2006). A prtica de alguns exerccios faz com que as pessoas aprendam a liberar a couraa muscular, de modo a permitir que o corpo funcione livre e naturalmente (SANTANA, 2006).3.2.2. Grounding Ogrounding um dos exerccios mais visados em se tratando de Bioenergtica. No existe uma traduo literal para a palavra, ela remete ao cho, ps, aterramento, portanto, estar emgroundingsignifica estar conectado com o solo, estar centrado com sua natureza e sexualidade (LOWEN e LOWEN, 1985; EITLER, 2007). De acordo com Santana (2006), a sensao de contato entre os ps e o cho que representa o contato do indivduo com as realidades bsicas de sua existncia. Acrescenta, ainda, outro conceito no qual ogrounding um processo energtico em que um fluxo de excitao percorre o corpo da cabea aos ps. O exercciogroundingfacilita a vibrao e a circulao da energia vital. Ele aumenta o senso de segurana, faz com que o indivduo entre em contato com sua natureza primitiva, sexual, desta forma, libera os medos e bloqueios acerca da habilidade total de entrega (LOWEN e LOWEN, 1985; EITLER, 2007). Conforme afirma Santana (2006), as posturas degroundinge as vibraes aumentam as ondas respiratrias e a excitao geral do organismo.3.2.3. Vegetoterapia A couraa no apenas muscular, pode ser encontrada nos tecidos (tissular), envolvendo-se na dinmica intersticial e nas vsceras (visceral) como resultado de alteraes crnicas no sistema nervoso autnomo, causando assim, disfunes nas secrees e na musculatura lisa dos rgos (VOLPI e PAULA, 2004). Portanto, atuar sobre a couraa significa mobilizar todo o sistema neurogetativo. Da o nome vegetoterapia caracteroanaltica, que inclui em um trabalho o aspecto fsico e psquico. Esta tcnica foi sistematizada por Frederico Navarro (VOLPI e PAULA, 2004). A vegetoterapia, conforme Almeida (2004), tem a finalidade de reencontrar a capacidade de pulsao do organismo e demonstra-se uma tcnica teraputica eficiente na flexibilizao da couraa, de modo que libera e devolve ao organismo sua capacidade de auto-regulao. uma tcnica de liberao fsica e emocional. Seu princpio bsico o "restabelecimento da mobilidade biopsquica por meio da anulao da rigidez (encouraamento) do carter e da musculatura". Por meio das emoes, a vegetoterapia reativa a histria do sujeito desde a vida intra-uterina, j que a estruturao caracterial inicia-se com a vida e a primeira relao dominante ocorre no tero materno (VOLPI e PAULA, 2004). O processo teraputico busca, inicialmente, uma respirao plena e profunda de modo que o paciente se entregue totalmente aos movimentos espontneos e involuntrios do corpo no processo respiratrio. Esta respirao produz expresses emocionais mais evidentes na face ou no comportamento e um movimento de ondulao no corpo, que o reflexo do orgasmo. Para Reich, a sade emocional estaria intimamente ligada potncia orgstica, ou seja, "a capacidade de abandonar-se, livre de quaisquer inibies, ao fluxo de energia biolgica: a capacidade de descarregar completamente a excitao sexual reprimida, por meio de involuntrias e agradveis convulses do corpo" (EITLER, 2007).3.2.4. Toque de Borboleta A Bioenergtica Suave uma tcnica criada por Eva Reich, que tem como princpio o estmulo mnimo e muito sutil, tanto que comparada com a suavidade da borboleta, por isso a massagem chamada de Toque de Borboleta. Essa tcnica tambm tem como objetivo a liberao das couraas que impedem o fluxo normal de energia vital, trabalhando todos os segmentos j citados. (REICH, 1998). Com essa massagem, as emoes e lembranas podem vir tona, os traumas e outros contedos inconscientes decorrentes da histria devida da pessoa so alcanados e liberados. (REICH, 1998, MOYSS e LLIS, 2004). A massagem tambm tem a capacidade de relaxar as tenses corporais e emocionais e induzir a um estado de relaxamento e prazer. O toque facilita a integrao consigo e com os outros, melhora o humor, a autoconfiana, aumenta a energia, a vitalidade e a capacidade de realizao, torna a respirao mais profunda, diminui a freqncia cardaca e a presso arterial, os mecanismos de defesa diminuem, fazendo com que a pessoa consiga se entregar melhor ao tratamento. (REICH, 1998, MOYSS e LLIS, 2004, BERRY, 2003). Reich (1998) acredita que o amor consegue desbloquear as couraas corporais, ela vai ainda mais afundo quando afirma que todo contato teraputico uma influncia amorosa. E, de acordo com Moyss e Llis (2004), o toque suave e amoroso facilita o desbloqueio de ndulos energticos, facilitando o fluxo de energia.4. Concluso Por configurar-se uma tcnica corporal que combina terapia com uma anlise de personalidade dentro do conceito holstico de sade, percebe-se a contnua necessidade de se explorar, descrever e discutir seus fundamentos e suas tcnicas. Os princpios da Bioenergtica - couraa muscular e segmentos corporais - foram aprofundados, bem como a forma de tratamento e dissoluo dos mesmos por meio de massagens, exerccios e respirao. Foram, ainda, acrescentadas informaes a respeito da vegetoterapia, uma tcnica afim. Desta forma, espera-se que esta pesquisa desperte o interesse pela Bioenergtica e que estudos experimentais com maior rigor metodolgico sejam conduzidos, a fim de comprovar os resultados desta teoria.Referncias bibliogrficas ALMEIDA, D.Consideraes neuropsicofisiolgicas sobre a couraa muscular. Anais da Conveno Brasil Latino Amrica, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias corporais. v. 1, 2004. BARROS, J. A. C. Pensando o Processo Sade Doena: A que Responde o Modelo Biomdico.Sade e Sociedade.v. 11, 2002. BERRY, C. R.Memria Corporal: o que significa a dor e como massagens e terapias podem ajudar na recuperao. Rio de Janeiro: Nova Era, 2003. 252p. EITLER, D. R.Bioenergtica, sade e qualidade de vida. Recife, 2007. 34f. Monografia (Especializao em Gesto de Equipes). Universidade Catlica de Pernambuco, Libertas Consultoria e Treinamento. LOWEN, A., LOWEN, L.Exerccios de Bioenergtica: o caminho para uma sade vibrante. 8a ed. So Paulo: Agora, 1985. 196p. MOISS, M. H. F.; LLIS, M. T. C.Toque corporal: criatividade e vida. Anais da Conveno Brasil Latino Amrica, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias corporais. v. 1, 2004. MONTEIRO, F. R.Psicossomtica e anlise energtica: um dilogo em expanso. Recife, 2007. 29f. Monografia (Especializao Clnica em Anlise Bioenergtica) Libertas Clnica Escola. PEREIRA, M. J. S. B; MARTINS, G. B.; CORDEIRO, P. L.Grupo de movimento: novas perspectivas no trabalho com idosos.Anais da Conveno Brasil Latino Amrica, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias corporais. v. 1, 2004. REGO, R. A. Anatomia e couraa muscular do carter.Revista Reichiana. v. 2, p. 32-54, 1993. REICH, E.Energia Vital pela Bioenergtica Suave.So Paulo: Summus,1998. 143p. SANTANA, A. L. R.A linguagem do corpo sob o olhar da respirao.Recife, 2006. 40f. Monografia (Especializao em Psicologia Clnica). Libertas Clnica-Escola. SANTOS, J. A. S.Aspectos convergentes entre a psicomotricidade e a anlise bioenergtica. Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias corporais. v. TCNICAS I Grounding(*) (*) Exerccios de Bioenergtica, A Lowen e L. Lowen Exerccio 2 / Flexo dos Joelhos Fique de p com os ps separados cerca de 20 cm, na sua posio normal. Observe se seus joelhos esto trancados ou fletidos, se seus ps esto paralelos ou virados para fora, se o seu peso est caindo no peito do p ou atrs, nos calcanhares. Agora dobre ligeiramente seus joelhos. Coloque os ps absolutamente paralelos. Leve o peso para a frente sem levantar os calcanhares, de modo que caia no peito do p. Devagar, dobre e estique os joelhos seis vezes, e depois fique nesta posio cerca de 30 segundos respirando normalmente. Exerccio 3 / Soltar a barriga Deixe que a barriga se solte (abdmen inferior) tanto quanto possa ir. Respire normalmente por um minuto.O propsito deste exerccio permitir que voc sinta as tenses na parte inferior do corpo. Exerccio 4 / Arco Este exerccio parecido com o precedente, exceto por exercer certa presso (stress) no corpo para ampliar mais a respirao e para colocar mais fora nas pernas. Se for feito corretamente, ajuda a liberar a tenso abdominal que torna a barriga saliente. Fique de p com os ps separados 40 cm, os artelhos virados ligeiramente para dentro. Agora coloque ambos os punhos fechados com os polegares voltados para cima, na linha da cintura. Dobre os joelhos tanto quanto puder sem levantar os calcanhares do cho.Arqueie-se para trs, dobre seus punhos, mas preste ateno para que o peso do corpo continue sobre o peito dos ps. Faa respirao abdominal profunda. Todos os exerccios em que a pessoa se arqueia para trs, tanto na posio de arco como sobre o banco de bioenergtica so regularmente seguidos por um outro em que a pessoa se dobra para a frente. Isto no somente alivia a presso (stress) e aumenta a flexibilidade do corpo como tambm promove a descarga da excitao produzida no exerccio precedente. As vibraes nas pernas so tais descargas. Exerccio 1 / Exerccio bsico de vibrao e grounding Fique em p com os ps separados cerca de 25 cm; artelhos ligeiramente voltados para dentro de modo a alongar alguns msculos das ndegas. Incline-se frente tocando o cho com os dedos das duas mos. Os joelhos devem estar ligeiramente dobrados. No deve haver peso algum nas mos; todo o peso do corpo deve cair nos ps. Deixe a cabea pendurada o mximo possvel. Respire vagarosa e profundamente pela boca. Ateno para manter a respirao (esquea de respirar pelo nariz por enquanto). Deixe o peso de seu corpo ir para a frente, de modo que ele caia no peito do p. Os calcanhares podem ficar um pouco erguidos. Estique os joelhos devagar at que os msculos posteriores estejam esticados. Isto no significa, entretanto, que os joelhos devam ficar totalmente esticados ou trancados.Fique nesta posio por um minuto maios ou menos. Levante o corpo at a posio ereta, com os joelhos levemente dobrados. Relaxe, deixando a barriga solta e respirando normalmente. Respirao(*) (*) Exerccios de Bioenergtica Exerccio 5 / Respirao abdominal Deite-se no cho, sobre um tapete. Dobre os joelhos. Seus ps devem ficar totalmente apoiados no cho, separados uns 30 cm; artelhos ligeiramente voltados para dentro. Alongue a cabea para trs tanto quanto ela possa ir confortavelmente, para abrir a garganta. Coloque ambas as mos na barriga, sobre os ossos pubianos, para que voc possa sentir os movimentos abdominais. Respirao abdominal normal, com a boca aberta, por um minuto mais ou menos. Exerccio 5-A / Variao - Balano da pelve Agora, balance a pelve suavemente para trs, em cada inspirao, e traga para a frente na expirao. Faa isso respirando, durante um minuto. Exerccio 5-B / Variao - Expirao Emita um som moderadamente alto, como um "ah"e mantenha o som tanto quanto agentar, sem forar. Quando parar, respire normalmente e comece de novo. Faa este exerccio quatro ou cinco vezes e observe se a cada vez voc consegue manter o som por mais tempo. Cuidado para no forar o som. Forar o som ou a respirao apenas contrai mais sua garganta e produz tenso. Talvez voc descubra que a sua voz comea a tremer ao final do som. Voc talvez comece a soluar. Isto certo. Deixe acontecer e chore vontade, se o choro surgir espontaneamente. Chorar ajudar sua respirao mais do qualquer outro exerccio. Exerccio 6 / Respirao e vibrao Aqui est outro exerccio que ir ajud-lo a respirar mais espontaneamente. Enquanto voc estiver deitado no cho, coloque suas pernas para cima, no ar. Seus joelhos devem estar levemente flexionados. Dobre os tornozelos e empurre para cima, pelos calcanhares.Suas pernas devem comear a vibrar.Mantenha as pernas vibrando com os calcanhares projetados para cima.Perceba que sua respirao vai se tornando mais profunda.Mantenha suas ndegas contra o cho.Aps fazer este exerccio por um minuto, coloque os ps de volta no cho, em posio de descanso. Actings(*) (*) Metodologia da Vegetoterapia Caractero-Analtica, Federico Navarro Primeiro Acting:Fitar um ponto no teto, perpendicular cabea, cuidando para no perd-lo. Ao mesmo tempo, mantm-se a boca aberta. Durao: 20 minutos. Depois faz-se caretas e segue-se verbalizao. Segundo Acting:Prope-se ao cliente fitar alternadamente um ponto no teto (sempre o mesmo, cuidando para no perd-lo) e a ponta de seu nariz, com ambos os olhos. Ao mesmo tempo, estica-se ritimicamente os msculos labiais, simulando uma suco, sugando o ar durante a inspirao e relaxando os lbios na expirao, durante 20 minutos. Em seguida, faz-se caretas e segue-se verbalizao. Terceiro Acting:Mover os olhos lateralmente para a direita e para a esquerda ao mesmo tempo em que mastiga-se e morde-se uma toalhinha. Durao: 20 minutos. Em seguida faz-se caretas e passa-se verbalizao Quarto Acting:Girar os olhos e mostrar os dentes. Durao: 20 minutos. Em seguida faz-se caretas e passa-se verbalizao. Contato Visual(*) (*) Bioenergtica, A Lowen A principal tarefa teraputica no trabalho com os olhos soltar o medo bloqueado que neles se oculta. Pra conseguir isso fao o seguinte procedimento:o paciente deita-se numa cama com os joelhos dobrados e a cabea voltada para trs. Peo-lhe que assuma uma expresso de medo, erguendo as sobrancelhas, arregalado os olhos e escancarando a boca. As mos ficam no ar , em frente ao rosto, cerca de quarenta e cinco centrmetros longe do mesmo, as palmas voltadas para fora e os dedos abertos, numa atitude de proteo. A seguir, debruo-me sobre o paciente e peo-lhe que olhe diretamente dentro dos meus olhos, enquanto eu fico a cerca de trinta centrmetros dele. A despeito do fato de o paciente estar numa posio de vulnerabilidade e de ter assumido uma expresso de medo, poucos permitem-se sentir assustados. freqente olharem para mim sorrindo, como se dissessem: 'No h motivo para ter medo. Voc no vai me fazer nenhum mal porque sou um menino bonzinho". Para poder suplantar esta negao defensiva, aplico presso com o polegar sobre os msculos risrios de ambos os lados das abas do nariz. Isto impede que o paciente sorria e retira a mscara de seu rosto. Se for feito corrtetamente (e devo acrescentar que uma manobra que exige habilidade e experincia considerveis), o procedimento trar tona um sentimento de medo e talvez at elicie um grito, como se a defesa contra o medo desaparecesse. Fazer com que o paciente emita um som antes de aplicar-lhe a presso provoca a descarga do grito. Deixo de fazer presso quando o grito se inicia mas, em muitos casos, o grito perdurar mesmo depois de retirada a presso, enquanto os olhos permanecerem arregalados. No entanto, h poucos pacientes que reagiram espontaneamente a uma expresso de medo por meio de um grito. Alguma no reagem nem mesmo quando se lhes aplica presso. Nesses casos, a defesa contra o medo tem razes muito fundas. Depois do grito, geralmente peo ao paciente que estenda o brao e toque o meu rosto com suas mos. Descobri que o grito solta o medo e abre caminho para sentimentos de ternura e amor. Ao olharmos um par a o outro, os olhos do paciente se amolecem e enchem de lgrimas, enquanto o desejo de contato comigo (na qualidade de substituto do pai ou me) se avoluma em seu peito. O procedimento termina normalmente num abrao apertado, durante o qual o paciente solua profundamente. Como j mencionei, este procedimento no funciona todas as vezes. Muitos pacientes esto por demais assustados com seu prprio medo para permitiram que este venha superfcie. Quando isto acontece o efeito dramtico. H vrios outros procedimentos que podem ser empregados para mobilizar os sentimentos nos olhos. Um deles importante de ser descrito: uma tentativa de trazer o paciente para fora, por meio dos olhos, fazendo-o contatar com os meus. Neste procedimento, o paciente tambm est deitado na cama, na mesma posio. Debruo-me sobre ele e peo-lhe que estenda os braos e toque meu rosto com as mos. Coloco meus polegares em suas sobrancelhas e com um movimento delicado e apaziguador tento desmanchar alguma manifestao de ansiedade ou de preocupao, que porventura encontre, capaz de provocar o tensionamento desta regio. Ao olhar suavemente dentro dos olhos do paciente, geralmente vejo uma criancinha prestando ateno em mim por trs de um muro, ou por uma fechadura, com vontade de sair para fora mas sem ousar faz-lo. Esta a criana mantida oculta no mundo. Posso dizer-lhe: "Venha para fora e brinque comigo. Est tudo bem ". 'E fascinante verificar a resposta dada, quando os olhos relaxam e o sentimento flui at eles e, por intermdio destes, at mim. Aquela criancinha deseja desesperadamente sair e brincar, mas est morta de medo de magoar-se, de ser rejeitada ou de que riam na sua cara. A criancinha necessita do meu apoio para sentir-se segura e aventurar-se e, em especial de ser tocada amorosamente. E como bom sair e descobrir-se aceito. Uma experincia como esta poder ser a primeira vez, num longo perodo de tempo, em que o paciente tenha revelado e reconhecido a criana que se oculta dentro de si. Mas assim que esta identificao feita a nvel consciente, est aberto o caminho para a anlise e para a elaborao de todas as ansiedades e medos que foraram a criana a esconder-se e a enterrar seu amor. Porque a criana amorosa e esse o amor que no ousamos expressar na ao por meio dos olhos, com nossas vozes e com nossos corpos. Todas estas reaes so anotadas e discutidas e so o melhor gro Para o moinho teraputico na medida em que so experincias imediatas e convincentes. Depende muito, evidentemente, da sensibilidade do terapeuta e de sua liberdade em fazer contato, em tocar e ser tocado, e principalmente de sua capacidade de manter-se isento de qualquer envolvimento emocional com o paciente. Exerccio de cair (*) (*) Bioenergtica, A Lowen Coloco um cobertor bem macio dobrado, ou um colcho no cho, pedindo ao paciente que fique de p frente dele, para que ao cair, faa-o sobre a superfcie macia. Ningum se machuca com este exerccio e at hoje no aconteceu acidente algum. Enquanto a pessoa fica em p minha frente, tento formar uma imagem de sua atitude, de modo como se coloca no espao, do modo como fica em p no mundo. A elaborao desta imagem requer habilidade na leitura da linguagem corporal, experincia com tipos diversos de pessoas e uma boa imaginao. Neste momento, em geral, j consigo formar alguma idia da pessoa, de seus problemas e histria. Mas quando no consigo obter uma impresso ntida da atitude da pessoa, valho-me deste exerccio para que revele qual o problema que a mantm em suspenso, obcecada. A seguir, peo para que a pessoa desloque todo seu peso para uma das pernas, dobrando totalmente o joelho. O outro p toca de leve o cho, sendo usado para equilbrio. As instrues so muito simples. A pessoa tem de ficar nessa posio at cair, mas no deve deixar-se cair. Deixar-se abaixar conscientemente no cair porque a pessoa controla a descida. A queda, para ser eficiente, deve comportar um carter involuntrio. Se a mente estiver voltada para a manuteno da postura, a queda ir representar a liberao do corpo de seu controle consciente. Dado que a maioria das pessoas tem medo de perder o controle de seus corpos, esta uma prova evocadora de ansiedade. O objetivo desse exerccio por a nu as obsesses que mantm a pessoa em suspenso e que do origem ansiedade de cair. O exerccio testa ao contato que aquela pessoa tem com a realidade. O exerccio torna-se mais eficiente quando a pessoa deixa que seu corpo desmorone no cho enquanto est apoiado numa s perna. necessrio encorajar a pessoa para que deixe o peito cair e respire livremente, para deixar que os sentimentos apaream. Insisto tambm par que repita em voz alta: "Vou cair", j que isto que vai acontecer. No raro a pessoa afirmar espontaneamente: "No vou cair". Poder ser dito com determinao, s vezes at com os punhos cerrados. Exerccio de entrega ou rendio - Variao(*) (*) Manual de Treinamento para Anlise BioenergticaO mesmo exerccio anterior sendo que o paciente poder usar a mo direita repousando suavemente sobre um suporte ou cadeira que dever estar ao seu lado. O brao esquerdo est estendido e a mo tocando levemente o colcho. O paciente aconselhado a respirar com facilidade e se manter nesta posio o maior tempo possvel. Ele informado que quando no agentar mais esta posio, se deixe cair. A perna direita deve apresentar um tremor antes do paciente se deixar cair. Se isto no acontecer, significa que no est permitindo nenhum sentimento fluir atravs da perna. Neste caso, eu recomendo que se faa o paciente estender e dobrar a perna direita algumas vezes para aumentar a sensao nela. O exerccio repetido com a perna esquerda quer na mesma posio ou girando e se colocando na posio oposta. Geralmente fao cada pessoa executar duas quedas com cada perna. Uma s no suficiente para evocar o medo de cair. Trs quedas talvez seja demais e s ocasionalmente fao uso dessa quantidade. Freqentemente os pacientes rompem no choro depois que caem. H uma sensao de segurana no fato de estar no cho depois da queda e descobrindo que no est destrudo, nem sozinho, nem abandonado, nem humilhado, nem derrotado. No momento da quarta queda, sugiro pessoa dizer "eu me rendo"enquanto cai. Dizer estas palavras, ao mesmo tempo que est caindo, faz com que a experincia parea real. regra geral que na combinao das palavras com a ao corporal, d-se a integrao do ego com o corpo. INDICAES BIBLIOGRFICAS PARA TCNICAS 1. Exerccios de Bioenergtica, Lowen, A e Lowen, L2. Bioenergtica, Lowen, A3. A Espiritualidade do Corpo, Lowen, A4. Manual de Treinamento para Anlise Bioenergtica5. O Labirinto Humano, Baker, E. F. Exerccios Para Trabalhar o Grounding(*) INSTRUES GERAIS:1.Os exerccios de bioenergtica devero ser praticados com a maior preciso possvel, para que se obtenham os resultados esperados.2.Procurar sempre prestar ateno para a respirao, que deve ser longa e profunda, incluindo o peito e o abdmen. Lembre-se que a respirao a chave do "controle" emocional.3.Lembrar sempre de deixar os joelhos flexionados e soltos, para permitir o fluxo energtico no corpo e sua descarga na Terra.4.Estar atento s tenses e sensaes corporais, procurando relax-las com a respirao. dem aos sentimentos, pensamentos, lembranas, imagens.5.Acolher e expressar as emoes sejam elas quais forem.6.Emitir sons e palavras ou frases que vierem mente7.Atentar para as dificuldades e bloqueios corporais e/ou psicolgicos, observando como se apresentam. Eles so as resistncias (defesa) do seu organismo mudana.8.Os exerccios devero ser realizados sem esforo e sem exigncia. Cada um dever observar seus limites. Os efeitos sero progressivos, bem como sua tolerncia a eles. N.1: FLEXO DOS JOELHOS Este exerccio, tambm denominado de BASE, pois todo o trabalho bioenergtico se inicia nele. Lowen, retirou o cliente do div e o colocou em p, ou seja, na base. Proporciona sensaes nos membros inferiores, pernas e ps, percebidas como vibraes, tremores ou formigamentos. Significa o fluxo energtico em direo descendente, para descarga e troca com na Terra. Alm de fortalecer as pernas, desenvolve sua sensibilidade e sentimentos de segurana e firmeza. Descrio: em p com os ps separados, cerca de 20cm, absolutamente paralelos e com os joelhos ligeiramente fletidos ou dobrados, a bacia solta . Levar o peso do corpo para a frente, sem levantar os calcanhares do cho, de modo que o peso caia no peito do p. A coluna reta, porm sem enrijecer, a cabea erguida e alinhada, olhando para frente, na horizontal. Ombros, braos e mos pendentes e relaxados.Mandbula solta, garganta relaxada, lbios entreabertos.Relaxar o trax e o abdmen, de modo que a respirao seja plena e profunda. Variao: se voc tiver dificuldade para sentir as vibraes, poder acentuar o exerccio, dobrando e esticando devagar os joelhos algumas vezes e depois voltando a posio original, respirando normalmente. Se sentir dor, procure permanecer em contato com ela, expressando-a, atravs de sons gemidos ou queixas. Quando os msculos relaxam, a dor acaba desaparecendo. Procure ficar atento sua respirao e tenses no corpo, buscando um relaxamento. dem aos sentimentos, pensamentos, lembranas e imagens. Esteja aberto para acolher e expressar emoes que possam surgir. N.2: ARCOEste exerccio exerce certo stress no corpo, para ampliar mais a respirao e para colocar mais fora e sensibilidade nas pernas. Ajuda a liberar a tenso abdominal e a fazer contato com uma qualidade de energia agressiva (irritao, raiva). um exerccio de carga energtica. Descrio: em p com os ps separados cerca de 40cm, os artelhos virados ligeiramente para dentro.Coloque ambos os punhos fechados, com os polegares voltados para cima, na linha da cintura(regio lombo-sacra). Dobre os joelhos tanto quanto puder, sem levantar os calcanhares do cho. Arquei-se para trs, empurrando os punhos e movendo a plvis para frente.Aproxime um pouco os cotovelos. O peso do corpo deve permanecer sobre o peito dos ps.A cabea dever ser mantida alinhada e no para trs. Olhos abertos, olhando na horizontal, fazendo contato. Respirao abdominal profunda. Voc poder emitir sons junto com a expirao do ar, deixando-os tornar-se cada vez mais audveis e longos. Variao: para ajudar a fazer contato com a energia agressiva, tencione o maxilar inferior puxando-o para a frente, mas sem trancar os dentes, procurando mostr-los. N.3: EXERCCIO BSICO DE VIBRAO E GROUNDINGTodos os exerccios em que a pessoa se arqueia para trs, so regularmente seguidos por um outro em que se dobra frente, para relaxamento e descarga energtica. Descrio: dobre-se lentamente para a frente at as pontas dos dedos tocarem o cho sem colocar nenhum peso neles. Solte completamente a cabea , o pescoo, ombros e braos, mantendo-os pendentes. Olhos abertos. Deixe que o peso do corpo fique apoiado sobre a ponta dos ps e no sobre as mos e calcanhares. Joelhos flexionados. Lentamente v esticando as pernas at sentir um ponto onde as vibraes comeam. No tranque os joelhos. Respire normal e profundamente durante um minuto ou mais ou durante 25 ciclos respiratrios. Quando desejar, eleve o corpo muito lentamente, vrtebra sobre vrtebra a partir da plvis at a posio ereta, mantendo os joelhos levemente dobrados. Relaxe deixando o abdmen solto, respirando normalmente. Variao: para incrementar as vibraes, voc poder flexionar e esticar as pernas repetidamente, porm lentamente. Os movimentos devero ser mnimos, mantendo os joelhos flexveis. (*) Os exerccios foram extrados e adaptados dos livros de Lowen, Exerccios de Bioenergtica e A Espiritualidade do Corpo Tcnicas II Trabalho com o "Stool" ou banco de Bioenergtica(*) (*) Adaptado do livro Exerccios de Bioenergtica, A Lowen e L. Lowen Deitar-se sobre o Stool ou banco de bioenergtica uma parte importante do trabalho bioenergtico com o corpo. Ajuda a alongar os msculos contrados das costas o que, de outra forma, muito difcil de se conseguir. Ajuda a respirar mais profundamente sem se fazer um grande esforo consciente. Se voc se deita sobre o banco e consegue relaxar nessa posio tensionante, sua respirao torna-se espontaneamente mais profunda. Voc no tem de se esforar para conseguir isto. Da mesma forma, a prpria posio alonga e alivia os msculos tensos da costas. Alem do mais, ajuda a entrar em contato com os contedos psicolgicos interiores e na expresso de sentimentos e emoes. Ou seja, traz luz da conscincia o material inconsciente para ser vivenciado e analisado. O banco de bioenergtica usado agora uma adaptao do banco de madeira para cozinha usado originalmente. O banco tem 60 cm de altura e o tampo 15 ou 20 cm. Como em sua verso original, o banco tem pernas abertas e ligadas por cruzetas que do uma base slida e larga. Uma baqueta de madeira de 2,5 cm colocada abaixo do assento e se projeta 12 a 15 cm de comprimento, em ambos os lados. Servem para voc se segurar e ajudam no momento de se levantar do banco. Existem vrias formas de trabalhar com o banco. O exerccio bsico deitar-se com as costas sobre o banco, ao nvel da parte inferior dos omoplatas, na mesma linha dos mamilos. Este nvel est perto de onde os brnquios (duto areo) se dividem em dois ramos, cada um dirigindo-se para um dos pulmes. uma rea de constries severas, na maioria das pessoas. Ao deitar-se no banco, a pessoa estica os braos para trs, alcanando com as mos uma cadeira colocada logo atrs do banco. Exerccio 83 / Deitar-se sobre o banco Para ficar sobre o banco com facilidade, fique de p indo com as costas para trs e apoiando as duas mos no tampo atrs de voc. Ento, bem devagar, v baixando suas costas at que elas se apoiem no tampo e deixe os braos soltos. O banco agentar o seu peso. Agora v levantando os braos at alcanar a cadeira atrs de voc. Dobre os joelhos, mantendo os ps totalmente apoiados no cho. Fique deitado no banco o quanto for razovel para voc, mais no mais de um minuto, da primeira vez. Tente sentir o que vai acontecendo com o seu corpo. Quando voc for levantar, no o faa imediatamente. Levante a cabea e coloque as mos cruzadas atrs dela como suporte. Esta a posio de descanso que permite respirao profunda continuar sem tenso. A dor em geral desaparece com a prtica, medida que os msculos das costas relaxarem. Com o tempo, o exerccio pode se tornar at prazeroso. Quando o abdmen est fortemente contrado, o alongamento dos msculos abdominais nesta posio pode ser algo doloroso. Esta dor desaparece quando estes msculos relaxarem com a respirao profunda. Se voc sentiu alguma dor na parte inferior das costas sinal de uma considervel tenso nesta rea. Se voc conseguiu sentir seus ps no cho, voc deve ter percebido uma carga ou excitao fluindo para eles, manifestada por um formigamento ou outras parestesias (sensao de alfinetadas) ou formigamento nos braos e face. Se voc teve algum problema para respirar ou se sentiu sua garganta apertada ou com certa sufocao, isto um sinal de que inconscientemente voc est se contendo para no respirar profundamente. Voc pode superar este problema, at certo ponto, emitindo um som enquanto expira. A sensao de sufocao pode ser causada tambm por um bloqueio do impulso de chorar, isto , de "sufocando". Se voc sente este impulso tente express-lo. Uma tcnica que pode ajudar nesse momento pedir ao cliente que respire profundamente procurando forar a expirao esvaziando completamente o pulmo. Ao mesmo tempo em que exala o ar pede-se-lhe que emita um som "ah" o mais longo e mais alto possvel e ao final da expirao "ah, ah, ah" at esvaziar completamente, simulando o som de um choro. Se voc percebe o seu cliente com grande tenso e rigidez no pescoo, voc pode trabalhar a musculatura tentando alivia-lo, pressionando e massageando os msculos do pescoo especialmente o esternocleidomastodeo e o osso hiodeo e seus msculos, bem como a laringe levemente, no sentido da frcula esternal at o queixo. Caso a boca esteja contrada pede-se ao cliente para abri-la o mais que puder e ao mesmo tempo massageia-se e pressiona-se os msculos da face, especialmente os masseteres. As vezes a necessidade de eliciar o reflexo do vmito, ou da tosse pressionando-se a laringe na frcula esternal. Ao final levante-se para a posio de descanso com as mos atrs da cabea e respire tranqilamente por um pouco de tempo. Quando voc decidir sair do banco (voc no deve ficar mais de dois minutos por vez), coloque as mos sobre o tampo ou nas baquetas e empurre-se para cima at ficar sobre seus ps. Depois de ter estado no banco em qualquer posio, voc dever inverter a posio de arco, dobrando-se para a frente. Veja Exerccio Bsico de Vibrao e Grounding descrito em Tcnicas I. Voc deve notar que em todos os exerccios de bioenergtica, o movimento feito numa direo seguido de outro na direo oposta. Tal procedimento aumenta a flexibilidade do corpo e, por extenso, a flexibilidade da personalidade. Exerccio 84 / Diferentes posies no banco O banco de bioenergtica usado para alongar e relaxar todos os msculos das costas. No exerccio anterior a presso foi localizada na parte superior das costas. Mas pode ser tambm dirigida a outras reas das costas, simplesmente se apoiando mais para cima ou para baixo no banco. Se voc se deitar no banco com o tampo no meio das costas, a presso (stress) afetar os msculos desta rea, assim como o diafragma, que tem sua insero nas vrtebras medianas. O banco pode ser colocado na frente de uma cama para lhe dar maior segurana quando se inclinar para trs. Apoie-se nas mos sobre o banco atrs de voc e deixe o meio das costas apoiar-se no tampo do banco. Se a presso (stress) for muito grande, levante-se para a posio de descanso descrita acima. Depois tente voltar para o banco novamente. Desde que a tenso uma expresso de medo, voc vai achar o exerccio mais fcil medida que se familiarizar com ele. Se puder, deixe os braos irem por cima da cabea at tocarem a cama atrs de voc. Fique nesta posio cerca de um minuto, respirando e sentindo seu corpo. Volte para a posio de descanso e permanea por trinta segundos. Quando voc sair do banco, dobre-se para a frente como no exerccio bsico de vibrao e deixe suas pernas vibrarem um pouco. Exerccio 85 / Alongamento da regio lombar das costas No comeo a maioria das pessoas acha este exerccio muito extenuante. Com a prtica, ele vai se tornando um pouco mais fcil. Ns o usamos regularmente nas sesses de terapia, para relaxar os msculos da regio lombar das costas e para abrir a pelve. O banco deve estar em frente da cama. Se esta for muito baixa, coloque uma almofada para sobre ela apoiar a cabea. Fique de p, dando as costas para o banco, coloque as mos no tampo e deite sobre ele a parte inferior das costas. Deite-se sobre o banco, deixando a cabea repousar sobre a almofada ou cama. Deixe as mos soltas, apoiadas nas baquetas do banco, at voc se sentir relaxado. Permanea com os ps completamente apoiados no cho. Permita-se acompanhar a dor da parte inferior das costas e respire tranqila e profundamente. Tente deixar a pelve pendida. No fique nesta posio mais de um minuto, e levante-se para a posio de descanso quando a dor for muito forte. Sua habilidade para toler-la depende do quanto a parte inferior das costas esteja distensionada. Se voc sentiu como se suas costas fossem se quebrar, esta sensao representa um medo intenso. Quanto mais voc relaxar nessa posio mais profunda ser sua respirao. Dobre-se para a frente tal como depois do exerccio anterior, para que as vibraes nas pernas ocorram novamente. Voc agora poder ter vibraes fortes atravs da rea plvica. Exerccio 86 / Alongamento plvico Neste exerccio, coloque as ndegas no banco e arqueie o corpo para trs. O banco deve estar na frente da cama e sua cabea apoiada nela. Segure nas baquetas com as duas mos. Seus ps ficaro fora do cho. Deixe que os ps fiquem pendurados, fazendo presso para baixo com os calcanhares. Permanea nesta posio por um minuto, respirando tranqilamente. Segurando com firmeza nas baquetas, levante os ps no ar e empurre vigorosamente os calcanhares para cima, flexionando os tornozelos. Suas pernas devero vibrar nitidamente nesta posio. Para sair do banco, d um forte impulso, com as pernas para baixo, enquanto segura as baquetas. Este impulso far com que a parte superior do corpo se levante do banco e com que seus ps atinjam o cho. Exerccio 87 / Espernear, usando o banco uma variao do precedente e tem como objetivo levar carga mais forte as pernas enquanto a pelve est estendida. feito na mesma posio do exerccio anterior, quando voc se deitou no banco sobre as ndegas. Segure nas baquetas do banco, traga um joelho para cima e esperneie forte frente com o calcanhar. Tente direcionar o movimento para baixo. Terminando chute com uma perna, traga o outro joelho para cima, para o prximo chute. Agora esperneie alternadamente com cada perna, usando certa fora. conveniente que em seguida a este exerccio voc se dobre frente para o p contatar o cho e as pernas vibrarem. Exerccio 88 / Presso ("pressure") no peito Neste exerccio, a presso (pressure) colocada no peito, mobilizando desta forma esta rea e facilitando a respirao. Coloque o banco num lugar aberto e deite-se sobre ele com o peito em cima do tampo. Deixe a cabea cair frente e os braos pendentes. Exerccio 89 / Balano ou bscula da pelve Deite-se no banco, com o tampo em contato com a parte superior das costas. Estique as duas mos para trs at alcanar o espaldar de uma cadeira colocada atrs do banco. Deve ser uma cadeira pesada. Mantenha seus ps totalmente apoiados no cho enquanto faz o exerccio. Muitas pessoas levantam os ps do cho e assim perdem o contato com o mesmo. Ao mesmo tempo, tente continuar se segurando na cadeira. Assim estar ancorado em ambos os extremos. Faa a bscula da pelve para cima e para baixo, ritmicamente. Movimentar-se ritmicamente importante neste exerccio. Comece devagar, e ento v se movimentando mais rpido medida que seu corpo for se soltando. Tente manter a respirao coordenada aos movimentos plvicos. Se voc sentiu alguma dor ou imobilidade na parte inferior das costas, isso inibe o balano natural. O elemento importante neste exerccio manter-se ancorado pela presso da cadeira e com os ps no cho. Se os dois extremos do arco do seu corpo esto ancorados em segurana, o movimento estar correto. No fcil fazer corretamente este exerccio. O movimento oscilatrio plvico natural est inibido na maioria das pessoas, e sua tendncia segurar a pelve para cima, em vez de deixa-la balanar. Outra tendncia de retesar as ndegas, o que bloqueia todas as sensaes sexuais. Quando voc trabalhar com este exerccio, tente deixar as ndegas descontradas. Depois deste exerccio, dobre-se para a frente, na posio de grounding, deixando as vibraes se desenvolverem nas pernas. Exerccio 94 / Vibrao plvica Faa este exerccio em frente do banco de bioenergtica, de uma cadeira ou mesa ou de costas para uma parede. A razo disto que o coloca numa posio na qual fortes vibraes sero induzidas nas pernas, podendo-se estender pelve. Fique de p dando as costas para o banco; ps apontados retos para a frente e separados cerca de 15 cm. Coloque um colcho ou almofada no cho em frente dos seus joelhos no caso de se deixar cair. Coloque suas mos para trs, tocando o banco, a mesa ou a parede de leve para manter o equilbrio. Voc no deve por peso nas mos. Dobre os dois joelhos e incline-se um pouco frente de modo que os calcanhares deixem de tocar o cho. O peso do corpo deve ficar sobre o peito dos ps. Equilibre-se nesta posio, tocando com as mos o banco, mesa ou parede, e arqueie o corpo para trs; tambm coloque a pelve para trs, mas sem quebrar o arco. Fique nesta posio respirando profundamente at que suas pernas comecem a vibrar. Quando suas pernas estiverem vibrando, movimente a pelve com delicadeza para frente e para trs. O movimento deve partir da pernas e ps. As vibraes devem comear na pelve e voc dever experimentar um balano plvico espontneo. Se nessa posio as coxas comearem a doer, deixe-se cair de joelhos. Levante-se depois, ande pela sala, e repita a manobra. Se os seus joelhos tremeram de uma lado para outro em vez de vibrarem para baixo e para cima, este tremor lateral nas pernas uma expresso de medo. Estes exerccios podem ajud-lo a aumentar a carga sexual na pelve. Essa carga indicada pelo desenvolvimento de movimentos plvicos espontneos. Entretanto, se voc no puder conter a carga, a pelve vai responder bem rapidamente. Prender a pelve para trs em qualquer destes exerccios permite que a carga aumente com maior intensidade antes dos movimentos involuntrios de descarga acontecerem. Kicking Exerccio 73 / Espernear no colcho Faa este exerccio numa cama sem bordas, ou ento, num colcho ou colchonete de espuma sobre o cho. Deite com as pernas estendidas. O exerccio feito levantando-se alternadamente cada perna e batendo-a fortemente contra o colcho. A perna toda deve fazer contato com o colcho, no s o calcanhar. Mantenha as pernas levemente esticadas enquanto fizer este exerccio, mas no duras ou rgidas. Esperneie na cama com cada perna alternadamente, de maneira rtmica: uma perna se levanta enquanto a outra abaixa. Tente fazer com que o movimento se origine nos quadris mais que nos joelhos. Faa isto levantando a perna o mais possvel, antes de comear a espernear, sem dobrar os joelhos. Diga 'no"a cada batida, com voz sonora e determinada. Agora emita um sonoro e prolongado "no"enquanto esperneia vrias vezes, vigorosamente. Exerccio 73-A / Variao Agora use a expresso "por qu?" em vez de "no". Esta expresso faz mais sentido do que o "no" para muitas pessoas, provavelmente porque quando crianas lhes foi dito que no tinham o direito de questionar os ditames dos pais. Tente prolongar o som de "por qu", enquanto esperneia. Voc pode chegar espontaneamente a um grito, e, nesse caso, suas sensaes e sentimentos tero atingido o clmax. Voc se sentir relaxado e aliviado, depois disso. Temper Tantrum Exerccio 76 / Acesso de birra Deite-se num colcho na cama ou num colchonete no cho. Dobre os joelhos, de modo que os ps fiquem totalmente apoiados no cho. Comece a bater os ps contra o colcho, alternadamente; os joelhos devero estar dobrados. Traga bem os joelhos de volta em direo ao corpo, de modo que voc esteja fazendo um movimento onde usa mais os quadris do que os joelhos. Faa isto algumas vezes e pare. Comece a bater os ps novamente contra o colcho. Enquanto isso, bata os punhos contra o colcho, alternadamente. Agora, voc estar usando braos e pernas. Repita o procedimento acima e deixe sua cabea virar par a esquerda e para a direita com o movimento do seu corpo. Com a