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Este Trabalho consiste em obter a região de segurança de operação de um sistema elétrico utilizando o pograma ANAREDE
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OBTENCAO DA REGIAO DE SEGURANCA ESTATICA EM SISTEMAS
ELETRICOS DE POTENCIA UTILIZANDO O PROGRAMA
COMPUTACIONAL ANAREDE
Fabio da Cunha Gomes
Projeto de Graduacao apresentado ao Corpo
Docente do Departamento de Engenharia
Eletrica da Escola Politecnica da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessarios a obtencao do tıtulo de
Engenheiro Eletricista.
Orientadores: Carmen Lucia Tancredo Borges
Ricardo Mota Henriques
Rio de Janeiro
Marco de 2014
Gomes, Fabio da Cunha
Obtencao da Regiao de Seguranca Estatica em
Sistemas Eletricos de Potencia Utilizando o Programa
Computacional ANAREDE / Fabio da Cunha Gomes. –
Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politecnica, 2014.
XVII, 136 p.: il.; 29, 7cm.
Orientadores: Carmen Lucia Tancredo Borges
Ricardo Mota Henriques
Projeto de Graduacao – UFRJ/Escola Politecnica/
Departamento de Engenharia Eletrica, 2014.
Referencias Bibliograficas: p. 92 – 92.
1. Avaliacao de Seguranca. 2. Analise
Estatica. 3. Regiao de Seguranca Estatica. 4.
ANAREDE. 5. VSA. I. Borges, Carmen Lucia
Tancredo et al. II. Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Escola Politecnica, Departamento de Engenharia
Eletrica. III. Obtencao da Regiao de Seguranca Estatica
em Sistemas Eletricos de Potencia Utilizando o Programa
Computacional ANAREDE.
iii
Agradecimentos
A Deus pela minha vida, por todos os meus dons, por minhas conquistas e por
me conceder um lar repleto de pessoas maravilhosas.
Aos meus pais, Maria de Fatima e Jose Carlos, que sempre cuidaram e me
educaram, em especial a minha mae que sempre fez de tudo para que eu me tornasse
um homem digno e educado.
Aos meus irmaos, Anderson e Cristiane, primeiros amigos que conheci, que sem-
pre estiveram ao meu lado, em momentos bons ou ruins.
A minha avo Maria Fernanda, que sempre foi minha conselheira e que nunca me
deixou esquecer que o conhecimento e o unico bem que nao lhe pode ser roubado.
A minha grande amiga e companheira Yasmin Grassi, que esteve ao meu lado nas
horas de alegria, de tristeza, de desespero e de vitoria, nas interminaveis jornadas
de estudo, sempre me dando motivos para sorrir em momentos difıceis.
Aos meus amigos Bruno, Danilo, Vinıcius, Victor e Thiago, pelos momentos de
descontracao e boas risadas.
Aos meus amigos de faculdade, Maurıcio Dias e Bruno Riehl, que sempre acre-
ditaram em mim e nunca deixaram perder as esperancas.
A Marcos, Margarida, Mirian, Luis Paulo, Enzo, Luiz e Maria da Penha por
todo apoio e todo incentivo durante a fase final da graduacao.
Aos meus orientadores, Prof. Carmen Lucia Tancredo Borges e Prof. Ricardo
Mota Henriques, pela excelente orientacao e dedicacao ao meu trabalho, sempre
dispostos e atenciosos a todas as minhas duvidas.
Ao Departamento de Redes Eletricas do CEPEL por todo apoio financeiro e por
toda infraestrutura oferecida durante a realizacao deste trabalho.
Aos Professores do Departamento de Engenharia Eletrica da UFRJ por todos os
ensinamentos, pela qualidade de ensino e pela preocupacao com a carreira de seus
alunos.
Ao Grupo CoppeTEX, que forneceu um modelo em LATEX, o qual foi adaptado
para este projeto de graduacao.
v
Resumo do Projeto de Graduacao apresentado a Escola Politecnica/UFRJ como
parte dos requisitos necessarios para a obtencao do grau de Engenheiro Eletricista
OBTENCAO DA REGIAO DE SEGURANCA ESTATICA EM SISTEMAS
ELETRICOS DE POTENCIA UTILIZANDO O PROGRAMA
COMPUTACIONAL ANAREDE
Fabio da Cunha Gomes
Marco/2014
Orientadores: Carmen Lucia Tancredo Borges
Ricardo Mota Henriques
Departamento: Engenharia Eletrica
O objetivo deste Projeto de Graduacao e elaborar um manual de referencia para
facilitar a utilizacao da ferramenta VSA, incorporada ao programa ANAREDE para
efetuar a analise de seguranca estatica de um sistema eletrico de potencia (SEP) por
meio de uma Regiao de Seguranca Estatica (RSE).
Para este fim, todas as etapas integrantes do processo de construcao de uma
RSE sao descritas, utilizando-se como exemplo um sistema tutorial de 10 barras.
Tais etapas consistem na divisao do SEP em tres grupos geradores, os quais for-
mam os tres eixos cartesianos de uma RSE, na definicao das regioes importadora e
exportadora nas sucessivas transferencias de potencia de geracao exigidas no pro-
cesso, na especificacao de dados e parametros necessarios, como numero de direcoes
e passo de transferencia de potencia, lista de contingencias a serem avaliadas, entre
outros, e ainda, no calculo dos Fatores de Participacao por Grupo Gerador (FPG)
e Individuais (FPI) e na visualizacao grafica da RSE no ANAREDE.
Por fim, sao realizadas diversas simulacoes com o intuito de demonstrar a in-
fluencia de diversos fatores e parametros na forma e dimensao de uma RSE, utili-
zando para tal, um sistema tutorial de 10 barras e um sistema teste de 107 barras.
vi
Sumario
Lista de Figuras x
Lista de Tabelas xiv
Lista de Abreviaturas xvi
1 Introducao 1
1.1 Consideracoes Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Motivacao e Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Calculo do Fluxo de Potencia 4
2.1 Consideracoes Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Formulacao do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Expressoes Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Subsistemas de Equacoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.1 Subsistema 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.2 Subsistema 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Resolucao pelo Metodo de Newton-Raphson . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5.1 Aplicacao do Metodo para Fluxo de Potencia . . . . . . . . . 14
3 Regiao de Seguranca Estatica 17
3.1 Consideracoes Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Definicao e Caracterısticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3 Processo de Construcao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.1 Divisao dos Grupos de Geracao . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3.2 Determinacao das Regioes Importadora e Exportadora pelo
ANAREDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.3.3 Especificacao de Dados e Constantes . . . . . . . . . . . . . . 27
3.3.4 Calculo dos Fatores de Participacao . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.3.5 Visualizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.4 Principais Fatores Influentes na Forma e Dimensao . . . . . . . . . . 47
vii
3.5 Regiao de Seguranca Dinamica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4 Resultados e Discussoes 50
4.1 Consideracoes Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.2 Sistema Tutorial de 10 Barras - Fatores Influentes na RSE . . . . . . 51
4.2.1 Numero de Direcoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2.2 Calculo dos Fatores de Participacao Individuais . . . . . . . . 58
4.2.3 Contingencias Programadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.2.4 Monitoracao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.2.5 Dispositivos de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.2.6 Carregamento do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.2.7 Modelo de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.3 Sistema Teste de 107 Barras - Fatores Influentes na RSE . . . . . . . 70
4.3.1 Numero de Direcoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
4.3.2 Calculo dos Fatores de Participacao Individuais . . . . . . . . 77
4.3.3 Contingencias Programadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
4.3.4 Monitoracao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
4.3.5 Dispositivos de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.3.6 Carregamento do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
4.3.7 Modelo de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
5 Conclusoes 91
Referencias Bibliograficas 92
A Sistema Tutorial de 10 Barras 93
A.1 Diagrama Unifilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
A.2 Dados de Opcoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
A.3 Dados de Constantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
A.4 Dados de Area, Grupos Base e Limite de Tensao . . . . . . . . . . . . 95
A.5 Dados de Barra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
A.6 Dados de Linhas de Transmissao e Transformadores . . . . . . . . . . 98
A.7 Dados de Geracao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
A.8 Dados de Contingencias Programadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
A.9 Dados do Arquivo 10BARRAS.PWF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
B Sistema Teste de 107 Barras 104
B.1 Diagrama Unifilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
B.2 Dados de Opcoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
B.3 Dados de Constantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
B.4 Dados de Area, Grupos Base e Limite de Tensao . . . . . . . . . . . . 106
viii
B.5 Dados de Barra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
B.6 Dados de Linhas de Transmissao e Transformadores . . . . . . . . . . 116
B.7 Dados de Geracao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
B.8 Dados de Compensador Estatico de Reativos . . . . . . . . . . . . . . 124
B.9 Dados de Monitoracao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
B.10 Dados de Contingencias Programadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
B.11 Dados do Arquivo 107BARRAS.PWF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
ix
Lista de Figuras
2.1 Convencao do sinal positivo para injecoes e fluxos de potencia. . . . . 7
2.2 Possıveis injecoes de corrente em uma barra k. . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Resolucao pelo metodo de Newton-Raphson geometricamente. . . . . 13
3.1 RSE ilustrativa com 3 dimensoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2 Nomograma ilustrativo do plano G2xG3. . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3 Esquema explicativo da linguagem de selecao do codigo DVSA. . . . . 21
3.4 Divisao das unidades geradoras do sistema 10 barras. . . . . . . . . . 23
3.5 Utilizacao do codigo de execucao DVSA no sistema 10 barras. . . . . 23
3.6 Representacao das regioes exportadora e importadora. . . . . . . . . . 24
3.7 Procedimento de alteracao do perfil de geracao (plano G2xG3). . . . 25
3.8 Construcao de uma RSE (plano G2xG3). . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.9 Especificacao das constantes pelo codigo DCTE para o sistema 10
barras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.10 Esquema ilustrativo da estrategia de busca dos limites para STIR=8. 31
3.11 Esquema ilustrativo da estrategia de busca dos limites para FDIV=2. 33
3.12 Exemplo de definicao de contingencias pelo codigo de execucao DCTG. 34
3.13 Linguagem de selecao dos codigos DMTE, DMFL e DMGR. . . . . . 35
3.14 Exemplo de utilizacao do codigo de execucao DMTE. . . . . . . . . . 35
3.15 Exemplo de utilizacao do codigo de execucao DMFL. . . . . . . . . . 37
3.16 Exemplo de utilizacao do codigo DMFL em conjunto com a opcao
CIRC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.17 Exemplo de utilizacao do codigo de execucao DMGR. . . . . . . . . . 37
3.18 Exemplo de utilizacao do codigo DGER para definicao dos FPI. . . . 43
3.19 Exemplo de utilizacao do codigo EXRS. . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.20 Visualizacao de uma RSE no programa VisorChart. . . . . . . . . . . 44
3.21 Icone do VisorChart presente no programa ANAREDE. . . . . . . . . 45
3.22 Visualizacao de um nomograma no programa VisorChart. . . . . . . . 46
3.23 Opcoes disponıveis no programa VisorChart. . . . . . . . . . . . . . . 47
4.1 Icones para adicionar ou carregar um caso no ANAREDE. . . . . . . 51
x
4.2 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (padrao). 52
4.3 Nomograma do plano G1xG2 da RSE do sistema 10 barras (padrao). 53
4.4 Nomograma do plano G1xG3 da RSE do sistema 10 barras (padrao). 53
4.5 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (padrao). 54
4.6 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (16
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.7 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (16 direcoes). 55
4.8 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x 16 direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.9 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (100
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.10 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (100
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.11 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x 100 direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.12 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (FPImax). 58
4.13 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (FPImax). 59
4.14 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x FPImax). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.15 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (con-
tingencias programadas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.16 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (con-
tingencias programadas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.17 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x contingencias programadas). . . . . . . . . . . . . . 61
4.18 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (mo-
nitoracao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.19 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (moni-
toracao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.20 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x monitoracao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.21 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (dis-
positivos de controle). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.22 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (disposi-
tivos de controle). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.23 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x dispositivos de controle). . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.24 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (car-
regamento do sistema). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
xi
4.25 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (carrega-
mento do sistema). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.26 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x carregamento do sistema). . . . . . . . . . . . . . . 67
4.27 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (mo-
delo de carga). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.28 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (modelo
de carga). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.29 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x modelo de carga). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.30 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras
(padrao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
4.31 Nomograma do plano G1xG2 da RSE do sistema 107 barras (padrao). 71
4.32 Nomograma do plano G1xG3 da RSE do sistema 107 barras (padrao). 72
4.33 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (padrao). 72
4.34 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (32
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
4.35 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (32
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4.36 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x 32 direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4.37 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (100
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
4.38 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (100
direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
4.39 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x 100 direcoes). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
4.40 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras
(FPImax). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
4.41 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (FPImax). 78
4.42 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x FPImax). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
4.43 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (con-
tingencias programadas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
4.44 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (con-
tingencias programadas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4.45 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x contingencias programadas). . . . . . . . . . . . . . 81
xii
4.46 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (mo-
nitoracao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
4.47 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (moni-
toracao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
4.48 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x monitoracao). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
4.49 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (dis-
positivos de controle). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.50 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (dispo-
sitivos de controle). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
4.51 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x dispositivos de controle). . . . . . . . . . . . . . . . 85
4.52 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (car-
regamento do sistema). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
4.53 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (carre-
gamento do sistema). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.54 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x carregamento do sistema). . . . . . . . . . . . . . . 87
4.55 Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (mo-
delo de carga). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
4.56 Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (modelo
de carga). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
4.57 Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x modelo de carga). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
A.1 Diagrama unifilar do sistema 10 barras. . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
B.1 Diagrama do sistema 107 barras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
xiii
Lista de Tabelas
2.1 Tipos de barra em um SEP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Valores dos coeficientes das expressoes de fluxo de potencia. . . . . . 8
3.1 Formato de dados do codigo de execucao DVSA. . . . . . . . . . . . . 22
3.2 Definicao dos 3 grupos geradores para o sistema 10 barras. . . . . . . 22
3.3 Posicionamento dos grupos de geracao em REXP e RIMP, para dife-
rentes direcoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.4 Constantes definidas pelo codigo de execucao DCTE. . . . . . . . . . 28
3.5 Formato de dados dos codigos DMTE, DMFL e DMGR. . . . . . . . 36
3.6 Calculo dos FPG para diferentes direcoes do plano G2xG3. . . . . . . 40
3.7 Exemplos de calculo dos FPG. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.8 Calculo dos FPI para o sistema 10 barras. . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.1 Variacoes dos FPI do sistema 107 barras. . . . . . . . . . . . . . . . . 79
A.1 Valores das constantes especificadas para o sistema 10 barras. . . . . 95
A.2 Identificacao das areas do sistema 10 barras. . . . . . . . . . . . . . . 95
A.3 Especificacao dos limites de tensao do sistema 10 barras. . . . . . . . 96
A.4 Dados e informacoes das barras do sistema 10 barras. . . . . . . . . . 97
A.5 Dados e informacoes das linhas e transformadores do sistema 10 barras. 98
A.6 Dados e informacoes dos geradores do sistema 10 barras. . . . . . . . 99
A.7 Lista de contingencias analisadas no sistema 10 barras. . . . . . . . . 99
B.1 Valores das constantes especificadas para o sistema 107 barras. . . . . 106
B.2 Identificacao das areas do sistema 107 barras. . . . . . . . . . . . . . 107
B.3 Definicao dos nıveis de tensao do sistema 107 barras. . . . . . . . . . 107
B.4 Especificacao dos limites de tensao do sistema 107 barras. . . . . . . . 107
B.5 Dados e informacoes das barras do sistema 107 barras. . . . . . . . . 109
B.6 Dados e informacoes das linhas e transformadores do sistema 107 barras.116
B.7 Dados sobre os transformadores LTC do sistema 107 barras. . . . . . 122
B.8 Dados e informacoes dos geradores do sistema 107 barras. . . . . . . . 123
B.9 Dados do compensador estatico de reativos do sistema 107 barras. . . 124
xiv
B.10 Barras selecionadas para monitoracao de tensao no sistema 107 barras.125
B.11 Linhas de 500 kV selecionadas para monitoracao de fluxo no sistema
107 barras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
B.12 Lista de contingencias analisadas no sistema 107 barras. . . . . . . . . 126
xv
Lista de Abreviaturas
ANAREDE Programa de Analise de Redes Eletricas, p. 20
ANATEM Programa de Analise de Transitorios Eletromecanicos, p. 43
CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Eletrica, p. 2
CER Compensador Estatico de Reativos, p. 70
CRT Controle Remoto de Tensao, p. 52
DAS Departamento de Automacao de Sistemas, p. 44
DRE Departamento de Redes Eletricas, p. 43
EMS Energy Management System, p. 17
FPG Fator de Participacao por Grupo Gerador, p. 38
FPI Fator de Participacao Individual, p. 38
G1 Grupo Gerador 1, p. 22
G2 Grupo Gerador 2, p. 22
G3 Grupo Gerador 3, p. 22
LTC Load Tap Changer, p. 122
ONS Operador Nacional do Sistema Eletrico, p. 49
REXP Regiao Exportadora, p. 24
RIMP Regiao Importadora, p. 24
RSD Regiao de Seguranca Dinamica, p. 49
RSE Regiao de Seguranca Estatica, p. 2
SEB Sistema Eletrico Brasileiro, p. 1
xvi
SEP Sistema Eletrico de Potencia, p. 2
SIN Sistema Interligado Nacional, p. 1
VSA Voltage Security Assessment, p. 2
xvii
Capıtulo 1
Introducao
1.1 Consideracoes Iniciais
O Sistema Eletrico Brasileiro (SEB) possui uma topologia demasiadamente com-
plexa devido as suas inumeras interligacoes e a sua grandiosidade fısica. Presume-se,
portanto, a dificuldade de operar o Sistema Interligado Nacional (SIN), garantindo-
se a qualidade de suprimento, com o menor custo possıvel.
Sabe-se ainda, que o aumento do consumo, juntamente com o atraso nas obras
de expansao dos sistemas de transmissao e geracao, acarreta em uma indesejavel
operacao do sistema proxima aos seus limites de seguranca, o que pode levar a
interrupcoes imprevistas no fornecimento de energia e ate danos nos equipamentos
da rede. Para manter inalterados os princıpios de eficiencia, qualidade, seguranca
e confiabilidade, verifica-se, portanto, uma operacao cada vez mais dependente de
sistemas de controle e protecao [1].
O carater predominantemente hidroeletrico do SEB impoe incerteza na deter-
minacao de sua oferta de potencia, ja que a producao de energia em uma usina
hidreletrica depende do regime de vazoes afluentes a mesma. Assim, para elevar
a seguranca do sistema, faz-se necessario o artifıcio das interligacoes entre os sub-
sistemas. A sazonalidade entre as afluencias dos subsistemas implica em ganhos
energeticos, uma vez que permite a importacao e a exportacao de grandes blocos
de energia conforme a distribuicao da demanda. Como exemplo, tem-se os novos
empreendimentos do Rio Madeira, de Belo Monte, de Teles Pires e do Rio Tapajos,
que permitem maior multiplicidade de cenarios de intercambio de potencia ativa no
SIN [2].
Ao passo que permitem o aproveitamento da complementaridade entre os re-
gimes hidrologicos das bacias hidrograficas brasileiras, os intercambios de potencia
dificultam a operacao coordenada do sistema, uma vez que levam a existencia de flu-
xos paralelos nos circuitos e variacoes frequentes das tensoes nas barras do mesmo.
1
Adicionalmente, a multiplicidade de cenarios de intercambio inviabiliza a analise
pontual de cada configuracao possıvel de transferencia de potencia ativa.
Deste modo, conclui-se que a diversidade de cenarios de intercambio exige o
desenvolvimento e aprimoramento das ferramentas computacionais incumbidas de
garantir a seguranca estatica e dinamica do SIN. Alem da operacao normal, tais
ferramentas devem orientar os operadores da sala de controle na tomada de decisoes
perante situacoes de emergencia. Muitas ferramentas possibilitam ainda, um suporte
tecnico nos estudos pos-operativos.
Com a finalidade de promover uma operacao do sistema mantendo-se os nıveis de
seguranca e confiabilidade exigidos pelo mercado, o Centro de Pesquisas de Energia
Eletrica (CEPEL) tem desenvolvido novas tecnologias para complementar e orien-
tar os agentes responsaveis pelo gerenciamento de energia eletrica do paıs. Dentre
estas tecnologias, destaca-se o programa computacional ANAREDE, amplamente
utilizado no setor eletrico brasileiro, principalmente para realizacao de estudos nas
areas de operacao e planejamento de Sistemas Eletricos de Potencia (SEP).
O programa ANAREDE vem continuamente sofrendo melhorias, como por exem-
plo, a adicao da ferramenta de avaliacao de seguranca de tensao VSA (Voltage Se-
curity Assessment), que sera minuciosamente discutida neste trabalho.
1.2 Motivacao e Objetivo
Este trabalho foi desenvolvido para suprir a necessidade de se elaborar um ma-
nual de referencia da ferramenta VSA, incorporada ao programa ANAREDE para
permitir a analise de seguranca de um SEP, por meio da construcao de uma Regiao
de Seguranca Estatica (RSE).
Sera utilizado, para fins de demonstracao da utilidade da ferramenta VSA, um
sistema tutorial constituıdo de dez barras, a fim de se facilitar o entendimento do
metodo de construcao de uma RSE.
Complementarmente, o objetivo deste trabalho se restringe a utilizacao da ferra-
menta VSA em um sistema mais complexo, composto de 107 barras, representando,
portanto, o equivalente aos subsistemas Sul/Sudeste/Cento-Oeste do SIN. Objetiva-
se ainda, analisar os limites de seguranca estatica de uma RSE e os principais fatores
que influenciam sua forma e dimensao.
1.3 Estrutura do Trabalho
No Capıtulo 2 e apresentado o metodo de solucao Newton-Raphson para o pro-
blema de fluxo de potencia, que embasa todos os calculos necessarios para a deter-
minacao do estado (V, Θ) de um SEP.
2
O Capıtulo 3 descreve, minuciosamente, o processo de construcao de uma Regiao
de Seguranca Estatica (RSE), desde a divisao dos tres grupos geradores, os quais
formarao seus tres eixos cartesianos, ate sua visualizacao no programa ANAREDE,
utilizando para tal, o sistema tutorial de 10 barras como exemplo.
Ja no Capıtulo 4 e discutida, atraves de comparacoes graficas, a influencia de
diversos fatores e parametros na forma e dimensao de uma Regiao de Seguranca
Estatica (RSE). Para tanto, serao utilizados dois SEP, o sistema tutorial de 10
barras e o sistema teste de 107 barras.
O Capıtulo 5, por sua vez, apresenta todas as conclusoes deduzidas ao longo
deste trabalho.
Por fim, os Apendices A e B discriminam todos os dados e parametros eletricos
do sistema tutorial de 10 barras e do sistema teste de 107 barras, respectivamente.
Tais dados sao imprescindıveis as simulacoes do Capıtulo 4, realizadas no programa
ANAREDE.
3
Capıtulo 2
Calculo do Fluxo de Potencia
2.1 Consideracoes Iniciais
Para operar um sistema eletrico de potencia, assegurando-se a qualidade de su-
primento da carga, e necessario determinar o estado desta rede, isto e, os modulos e
angulos das tensoes de cada barra pertencente a ela, e ainda conhecer a distribuicao
de fluxos do sistema que, juntamente com outras grandezas e o conhecimento previo
da topologia da rede, sao suficientes para se alcancar este objetivo [3].
Neste contexto, a modelagem estatica do sistema se da por meio de um conjunto
de equacoes e inequacoes algebricas, as quais ignoram efeitos transitorios pelo fato
de considerarem apenas variacoes lentas no tempo.
A complexidade da operacao de um SEP aumenta consoante o numero de ele-
mentos que o compoe. Como novos equipamentos sao inseridos nas redes frequen-
temente, se torna imprescindıvel a utilizacao de metodos computacionais eficientes
para a resolucao de sistemas de equacoes e inequacoes algebricas inerentes ao calculo
dos fluxos de potencia de um SEP.
Em relacao ao tipo de conexao, os componentes de um SEP podem ser classifi-
cados de duas formas:
• Elementos ligados entre um no qualquer e o no-terra, por exemplo, geradores,
cargas, capacitores e reatores;
• Elementos ligados entre dois nos quaisquer da rede, por exemplo, linhas de
transmissao, transformadores e defasadores.
Quanto a topologia, estes mesmos elementos sao classificados em:
• Elementos externos → geradores e cargas;
• Elementos internos → demais componentes.
4
No caso de geradores e cargas, os mesmos devem ser modelados como injecoes
de potencia nos nos da rede.
As equacoes basicas do fluxo de potencia originam-se de:
• 1a Lei de Kirchhoff (Lei dos Nos), a qual determina que a potencia injetada
em um no qualquer k, ativa ou reativa, e igual a soma das potencias que fluem
por elementos internos que tenham o no k como terminal;
• 2a Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas), que implica na dependencia do fluxo de
potencia de um componente interno em relacao as tensoes (estados) de seus
nos terminais.
2.2 Formulacao do Problema
A formulacao do problema de fluxo de potencia e dada por equacoes e inequacoes
algebricas nao-lineares oriundas das Leis de Kirchhoff e das restricoes operacionais
da rede eletrica e seus componentes sob estudo.
Para uma barra qualquer k da rede, sao definidas quatro variaveis, sendo duas
de valores conhecidos (dados) e duas de valores desconhecidos (incognitas):
• Vk : modulo da tensao nodal
• Θk : angulo da tensao nodal
• Pk : injecao lıquida de potencia ativa (geracao menos carga)
• Qk : injecao lıquida de potencia reativa (geracao menos carga)
Os tipos de barra por sua vez, sao definidos conforme a Tabela 2.1.
Tabela 2.1: Tipos de barra em um SEP.
Tipo Dados Incognitas
PQ Pk e Qk Vk e Θk
PV Pk e Vk Qk e Θk
VΘ(Referencia)
Vk e Θk Pk e Qk
As barras PQ representam barras de carga, ao passo que as barras PV represen-
tam barras de geracao ou com compensadores sıncronos, e a barra VΘ representa
a referencia angular do sistema, sendo tambem incumbida de fechar o balanco de
potencia, assumindo as perdas de transmissao desconhecidas antes da resolucao do
problema de fluxo de potencia. Serao desconsideradas outros tipos de barra (PQV ,
5
P e V ), utilizadas na solucao de problemas em que ha controle de tensao ou in-
tercambio entre areas, e cargas cuja potencia varia com o quadrado da tensao, ja
que a modelagem de carga no calculo de fluxo de potencia presume potencia cons-
tante.
Segundo as Leis de Kirchhoff, serao definidas duas equacoes, (2.1) e (2.2), para
cada barra k,
Pk =�
m∈Ωk
Pkm(Vk, Vm,Θk,Θm), {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ NB} (2.1)
Qk +Qshk (Vk) =
�
m∈Ωk
Qkm(Vk, Vm,Θk,Θm), {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ NB} (2.2)
em que:
k : ındice da k-esima barra da rede;
NB : numero de barras da rede;
Ωk : conjunto de barras vizinhas a barra k;
Vk, Vm : modulos das tensoes das barras terminais do ramo k−m;
Θk,Θm : angulo das tensoes das barras terminais do ramo k−m;
Pkm : fluxo de potencia ativa no ramo k−m;
Qkm : fluxo de potencia reativa no ramo k−m;
Qshk : componente da injecao de potencia reativa devida ao elemento shunt da barra
k (Qshk = bshk V 2
k );
bshk : susceptancia shunt ligada a barra k.
A convencao do sinal positivo para injecoes e fluxos de potencia em uma barra
k deve seguir o padrao destacado na Figura 2.1.
6
Figura 2.1: Convencao do sinal positivo para injecoes e fluxos de potencia.
Os limites de tensao das barras PQ e os limites nas injecoes de potencia reativa
nas barras PV originam, respectivamente, as inequacoes (2.3) e (2.4) para estas
barras.
V mink ≤ Vk ≤ V max
k (2.3)
Qmink ≤ Qk ≤ Qmax
k (2.4)
Outros limites operativos, como a variacoes dos taps de transformadores, limites
de capacidade de geracao de barras encarregadas do controle de intercambio e limites
de tensao de barras PV , nao serao consideradas nesta formulacao basica.
2.3 Expressoes Gerais
Segundo [3], os fluxos de potencia, ativa e reativa, e a corrente eletrica em um
ramo k−m de uma linha de transmissao, de um transformador ou de um defasador,
podem ser determinados conforme as expressoes (2.5), (2.6) e (2.7) nesta ordem,
Pkm = (akmVk)2gkm − (akmVk)Vmgkm cos(Θkm + ϕkm)+
− (akmVk)Vmbkm sen(Θkm + ϕkm) (2.5)
Qkm = −(akmVk)2(bkm + bshkm) + (akmVk)Vmbkm cos(Θkm + ϕkm)+
− (akmVk)Vmgkm sen(Θkm + ϕkm) (2.6)
7
Ikm = (a2kmykm + jbshkm)Ek + (−akme−jϕkmykm)Em (2.7)
em que:
akm : relacao de transformacao (1 : akm) de um transformador no ramo k−m;
ϕkm : angulo de defasagem inserido por um transformador defasador com relacao
de transformacao (1 : akmejϕkm) no ramo k−m;
gkm : condutancia serie equivalente do ramo k−m;
bkm : susceptancia serie equivalente do ramo k−m;
ykm : admitancia serie equivalente do ramo k−m (ykm = gkm + jbkm);
bshkm : susceptancia shunt equivalente de uma linha de transmissao no ramo k−m;
Ek, Em : tensoes das barras terminais do ramo k−m (Ek = VkeΘk).
As expressoes gerais de fluxo de potencia e corrente eletrica assumem diferentes
valores para os coeficientes akm, ϕkm e bshkm, dependendo do componente analisado.
Estes valores sao identificados na Tabela 2.2. Alguns valores nao sao indicados nesta
tabela, pois sao determinados por caracterısticas particulares de cada equipamento,
por exemplo, cada transformador em fase tem sua propria relacao de transformacao
(1 : akm).
Tabela 2.2: Valores dos coeficientes das expressoes de fluxo de potencia.
Componente akm ϕkm bshkm
Linha de Transmissao 1 0 –
Transformador em Fase �= 0 0 0
Transformador Defasador – – 0
Defasador Puro 1 �= 0 0
Pela simples inspecao da Figura 2.2, deduz-se (2.8) para uma barra qualquer k.
Ik + Ishk =�
m∈Ωk
Ikm, {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ NB} (2.8)
8
Figura 2.2: Possıveis injecoes de corrente em uma barra k.
Substituindo-se (2.7) em (2.8), obtem-se (2.9),
Ik =
�jbshk +
�
m∈Ωk
(jbshkm + a2kmykm)
�Ek +
�
m∈Ωk
(−akmejϕkmykm)Em (2.9)
que posta na forma matricial, tem representacao dada por (2.10),
I = Y E (2.10)
em que:
I : vetor das injecoes de correntes, cujas componentes sao Ik, {k ∈ N | 1 ≤ k ≤NB};
E : vetor das tensoes nodais, cujas componentes sao Ek = VkejΘk ;
Y : matriz de admitancia nodal (Y = G + jB), cujos elementos sao especificados
por (2.11), com o auxılio da Tabela 2.2.
Y
Ykm = −akme−jϕkmykm
Ykk = jbshk +�
m∈Ωk
(jbshkm + a2kmykm)(2.11)
Observa-se que a matriz Y e uma matriz esparsa, pois se uma barra k nao
estiver conectada a uma barra m, por um transformador ou linha de transmissao,
ykm sera nulo. Nota-se ainda que a matriz Y se torna assimetrica somente se existir
um transformador defasador em um ramo k−m, ja que Ykm = −akme−jϕkmykm,
enquanto Ymk = −akmejϕkmykm.
9
A k-esima componente do vetor I pode ser escrita conforme (2.12),
Ik = YkkEk +�
m∈Ωk
YkmEm =�
m∈KYkmEm (2.12)
em que o conjunto K e formado pelo conjunto Ωk mais a propria barra k, ou seja,
todas as barras do sistema.
Sabendo que Ykm = Gkm + jBkm e Em = VmejΘm , pode-se reescrever (2.12) da
seguinte maneira:
Ik =�
m∈K(Gkm + jBkm)(Vme
jΘm) (2.13)
Multiplicando-se Ik por E∗k , obtem-se o conjugado da potencia complexa Sk:
E∗kIk = S∗
k = Pk − jQk (2.14)
Logo,
S∗k = Vke
−jΘk
�
m∈K(Gkm + jBkm)(Vme
jΘm) (2.15)
Separando-se as partes real e imaginaria da expressao (2.15), tem-se a potencia
ativa e reativa, respectivamente evidenciadas por (2.16) e (2.17).
Pk =Vk
�
m∈KVm(Gkm cosΘkm + Bkm senΘkm) (2.16)
Qk =Vk
�
m∈KVm(Gkm senΘkm − Bkm cosΘkm) (2.17)
2.4 Subsistemas de Equacoes
A fim de se conhecer os fluxos de potencia em linhas de transmissao ou trans-
formadores, primeiramente, deve-se determinar o estado da rede. Neste contexto,
de acordo com a Tabela 2.1 e as equacoes (2.16) e (2.17), pode-se definir o estado
(Vk,Θk) de todas as NB barras da rede, desde que o problema seja dividido em dois
subsistemas de equacoes algebricas, a serem discutidas nas secoes 2.4.1 e 2.4.2.
2.4.1 Subsistema 1
No Subsistema 1, sao conhecidos P espk para as barras PQ e PV , e Qesp
k para as
barras PQ. Deseja-se entao, calcular Vk e Θk para todas as barras PQ e PV da
rede. Logo, tem-se um sistema com 2NPQ+NPV equacoes algebricas nao-lineares
e 2NPQ + NPV incognitas, em que NPQ e NPV corresponde, nesta ordem, ao
numero de barras PQ e PV pertencentes a rede. Este sistema esta representado
pelas equacoes (2.18), para barras PQ e PV , e (2.19) para barras PQ.
10
P espk −Vk
�
m∈KVm(Gkm cosΘkm + Bkm senΘkm) = 0 (2.18)
Qespk −Vk
�
m∈KVm(Gkm senΘkm − Bkm cosΘkm) = 0 (2.19)
Por se tratar de um sistema com variaveis implıcitas, e necessario um metodo
iterativo de resolucao. Assim, procura-se reorganizar o problema a fim de possibilitar
a aplicacao de um metodo de solucao conhecido. Com este objetivo, agrupa-se o
conjunto de incognitas em um vetor x, tal que:
x =
�Θ
V
�}NPV +NPQ
}NPQ(2.20)
em que:
Θ : vetor dos angulos das tensoes das barras PQ e PV ;
V : vetor dos modulos das tensoes das barras PQ.
Deste modo, pode-se reescrever as equacoes (2.18) e (2.19), em funcao do vetor
x, conforme (2.21) e (2.22).
ΔPk = P espk − Pk(x) = 0 (2.21)
ΔQk = Qespk −Qk(x) = 0 (2.22)
Pode-se ainda definir uma funcao vetorial g(x), dada por (2.23), que contenha
as expressoes (2.21) e (2.22) na forma vetorial.
g(x) =
�ΔP
ΔQ
�=
�P esp − P (x)
Qesp −Q(x)
�}NPV +NPQ
}NPQ(2.23)
Em que:
P (x) : vetor das injecoes de potencia ativa lıquida nas barras PQ e PV ;
Q(x) : vetor das injecoes de potencia reativa lıquida nas barras PQ.
Atraves das equacoes (2.21), (2.22) e (2.23), deduz-se que as expressoes do Sub-
sistema 1 tem a forma apresenta em (2.24).
g(x) = 0 (2.24)
A equacao algebrica nao-linear (2.24) pode ser resolvida, eficientemente, pelo
metodo de Newton-Raphson, que sera descrito na secao 2.5.
11
2.4.2 Subsistema 2
Finalizada a resolucao do Subsistema 1, que determinou o estado da rede, ou
seja, Vk e Θk para todas as barras, ainda e preciso conhecer os valores de Pk e
Qk para a barra de referencia, e Qk para as barras PV . Todavia, a resolucao do
Subsistema 2, com NPV+2 equacoes algebricas nao-lineares, e trivial, visto que as
incognitas deste sistema estao explıcitas, como observado nas expressoes (2.16) e
(2.17).
Como descrito anteriormente, nao estao sendo consideradas nesta formulacao
restricoes de operacao e atuacao de dispositivos de controle, exemplificadas pelas
inequacoes (2.3) e (2.4).
2.5 Resolucao pelo Metodo de Newton-Raphson
O metodo de Newton-Raphson e bastante eficaz na resolucao de problemas do
tipo g(x) = 0, ou seja, deseja-se encontrar um valor para x tal que a funcao g(x)
se anula. Em um sistema unidimensional g(x) = 0, em que x e g(x) sao escalares,
a resolucao pelo metodo de Newton-Raphson e apresentada geometricamente na
Figura 2.3 e numericamente descrita pelos seguintes passos:
i) Escolher uma solucao inicial x, para γ = 0 (x = xγ = x0).
ii) Calcular o valor da funcao g(x) para x = xγ.
iii) Comparar o valor calculado g(xγ) com a tolerancia previamente especificada ε:
a) |g(xγ)| ≤ ε → a solucao dentro da faixa de tolerancia ± ε sera xγ;
b) |g(xγ)| > ε → prosseguir para o proximo passo.
iv) Linearizar por serie de Taylor a funcao g(x) em torno do ponto (xγ; g(xγ)),
conforme a expressao (2.25), sabendo que g�(xγ) e a derivada de g(x).
g(xγ +Δxγ) ∼= g(xγ) + g�(xγ)Δxγ (2.25)
v) Encontrar Δxγ que resolva o problema linearizado descrito na equacao (2.26).
g(xγ) + g�(xγ)Δxγ = 0 (2.26)
Com uma simples manipulacao dos termos da equacao (2.26), obtem-se a
solucao Δxγ, evidenciada na expressao (2.27).
Δxγ = − g(xγ)
g�(xγ)(2.27)
12
vi) Calcular a nova estimativa de x, segundo a expressao (2.28).
xγ+1 = xγ +Δxγ (2.28)
vii) Fazer γ ← γ + 1 e voltar ao passo (ii).
Figura 2.3: Resolucao pelo metodo de Newton-Raphson geometricamente.
A resolucao de um sistema n-dimensional g(x) = 0, sendo g(x) uma funcao veto-
rial (n× 1) e x um vetor de incognitas (n× 1), respectivamente descritos em (2.29)
e (2.30), segue os mesmos passos enunciados anteriormente para o caso unidimensi-
onal, com excecao do passo (iv), no qual a derivada g�(xγ) deve ser substituıda pela
matriz jacobiana J(xγ).
g(x) = [g1(x), g2(x), . . . , gn(x)]t (2.29)
x = [x1, x2, . . . , xn]t (2.30)
A equacao (2.31) representa a linearizacao da funcao vetorial g(x) em x = xγ
pelos dois primeiros termos da serie de Taylor, sendo a matriz jacobiana J dada por
(2.32).
g(xγ +Δxγ)∼= g(xγ) + J(xγ)Δxγ (2.31)
13
J =∂g
∂x=
∂g1∂x1
∂g1∂x2
. . .∂g1∂xn
∂g2∂x1
∂g2∂x2
. . .∂g2∂xn
......
. . ....
∂gn∂x1
∂gn∂x2
. . .∂gn∂xn
(2.32)
2.5.1 Aplicacao do Metodo para Fluxo de Potencia
O Subsistema 1, apresentado na secao 2.4.1, e um problema do tipo g(x) = 0
e pode ser solucionado pelo metodo de Newton-Raphson. Deste modo, a principal
etapa do processo de resolucao se resume na determinacao do vetor de correcao Δx,
o que torna necessaria a solucao do sistema linear (2.33).
g(xγ) = −J(xγ)Δxγ (2.33)
Cada termo do sistema enunciado em (2.33) e definido pelas expressoes (2.34),
(2.35) e (2.36).
g(xγ) =
ΔP γ
ΔQγ
}NPV +NPQ
}NPQ(2.34)
Δxγ =
�ΔΘγ
ΔV γ
�}NPV +NPQ
}NPQ(2.35)
J(xγ) =
∂(ΔP )
∂Θ
∂(ΔQ)
∂Θ� �� �
∂(ΔP )
∂V
∂(ΔQ)
∂V
� �� �
}NPV +NPQ
}NPQ
NPV +NPQ NPQ
(2.36)
Sabendo que ΔP e ΔQ, explicitadas em (2.23), possuem parcelas de valor cons-
tante (P esp e Qesp), e possıvel reescrever a matriz jacobiana (2.36) como exposto em
(2.37).
J(xγ) = −
∂P
∂Θ
∂P
∂V
∂Q
∂Θ
∂Q
∂V
γ
(2.37)
14
De modo a simplificar sua representacao, a matriz jacobiana J e, comumente,
definida pelo conjunto de submatrizes (2.38).
H =∂P
∂Θ; N =
∂P
∂V
M =∂Q
∂Θ; L =
∂Q
∂V
(2.38)
Por fim, substituindo-se as expressoes (2.34) a (2.38) na equacao (2.33), obtem-se
a nova representacao para o sistema linear (2.33), dada por (2.39).
ΔP γ
ΔQγ
=
H N
M L
γ
·
ΔΘγ
ΔV γ
(2.39)
As expressoes (2.40) a (2.43) denotam as submatrizes H, N , M e L respec-
tivamente. Os elementos de ındice kk estao descritos em funcao das injecoes de
potencia ativa e reativa na barra k. Ressalta-se que as submatrizes de J devem
possuir a mesma esparsidade da matriz de admitancia Y .
H
Hkm =∂Pk
∂Θm
= VkVm(Gkm senΘkm − Bkm cosΘkm)
Hkk =∂Pk
∂Θk
= −Qk − V 2k Bkk
(2.40)
N
Nkm =∂Pk
∂Vm
= Vk(Gkm cosΘkm + Bkm senΘkm)
Nkk =∂Pk
∂Vk
= V −1k (Pk + V 2
k Gkk)
(2.41)
M
Mkm =∂Qk
∂Θm
= −VkVm(Gkm cosΘkm + Bkm senΘkm)
Mkk =∂Qk
∂Θk
= Pk − V 2k Gkk
(2.42)
L
Lkm =∂Qk
∂Vm
= Vk(Gkm senΘkm − Bkm cosΘkm)
Lkk =∂Qk
∂Vk
= V −1k (Qk − V 2
k Bkk)
(2.43)
Novamente, pode-se discretizar as etapas do processo de resolucao do Subsistema
1 pelo metodo de Newton-Raphson conforme os passos a seguir:
15
i) Para γ = 0, escolher os valores iniciais dos modulos das tensoes das barras
PQ (V = Vγ = V0) e os angulos das tensoes das barras PQ e PV (Θ = Θγ =
Θ0).
ii) Calcular P (xγ), Q(xγ), e determinar os resıduos ΔP γ e ΔQγ.
iii) Testar a convergencia do processo iterativo:
a) se Max�|ΔPkγ |
�≤ ε
Pe Max
�|ΔQkγ |
�≤ ε
Q, ∀ k ∈ N | 1 ≤ k ≤ NB, o
processo convergiu para a solucao (V γ,Θγ);
b) caso contrario passar para o proximo passo.
iv) Calcular a matriz jacobiana J(xγ).
v) Determinar a nova solucao xγ+1, segundo (2.44) e (2.45),
Θγ+1 = Θγ +ΔΘγ (2.44)
V γ+1 = V γ +ΔV γ (2.45)
em que ΔΘγ e ΔV γ sao determinados atraves da resolucao do sistema linear
(2.39).
vi) Fazer γ ← γ + 1 e voltar ao passo (ii).
16
Capıtulo 3
Regiao de Seguranca Estatica
3.1 Consideracoes Iniciais
Um sistema VSA deve efetuar a avaliacao da seguranca estatica de um SEP.
Esta avaliacao pode ser empregada no monitoramento de um SEP em tempo-real
(online) ou em estudos offline. As duas principais diferencas entre um sistema VSA
online e offline sao a origem dos dados e os requisitos de tempo de execucao.
Em sistemas VSA online, os dados utilizados se originam de medidas aquisitadas
por um sistema de gerenciamento de energia EMS (Energy Management System).
Ja em sistemas offline, os dados do SEP a ser avaliado sao obtidos de um arquivos
em formato binario ou texto, cujos dados estao representados no modelo no-ramo,
normalmente adotado em estudos de fluxo de potencia [2].
A utilizacao de um sistema VSA em um determinado SEP possibilita as seguintes
acoes [1]:
• Analisar o estado de seguranca de um determinado ponto de operacao, sob
condicoes normais (caso base) ou apos a ocorrencia de contingencias;
• Calcular os limites de seguranca do SEP, obtidos automaticamente por meio
da variacao dos possıveis cenarios de geracao a fim de atender a um demanda
previamente estabelecida;
• Identificar a capacidade total de transmissao entre regioes de interesse do
SEP (grupos geradores / sistemas interligados), visando a possibilidade de
intercambio de energia;
• Prever problemas relacionados a instabilidade de tensao e, em alguns casos,
recomendar acoes corretivas capazes de remover as violacoes de seguranca,
antes ou apos a ocorrencia de contingencias.
17
Portanto, uma variedade de aplicacoes pode ser identificada para um sistema
VSA, tanto em ambientes online e offline, nos centros de supervisao e controle, ou
em estudos de planejamento da operacao e expansao de um SEP.
Este sistema realiza a avaliacao da seguranca de tensao baseando-se em tecnicas
de analise em regime permanente, como a solucao do fluxo de potencia convencional,
incluindo-se a modelagem de limites operativos e dispositivos de controle, a analise
de contingencias e a utilizacao da ferramenta de calculo da maxima transferencia
de potencia entre regioes para obtencao dos limites de intercambio [4]. A Regiao
de Seguranca Estatica (RSE) e capaz de reunir todas estas tecnicas, fornecendo
solucoes e resultados graficamente.
A definicao, as principais caracterısticas e o processo de construcao de uma RSE
serao introduzidos nas secoes 3.2 e 3.3.
3.2 Definicao e Caracterısticas
A Regiao de Seguranca Estatica (RSE) e uma ferramenta poderosa na avaliacao
da seguranca de tensao e condicoes de regime permanente de um SEP. A RSE
fornece, atraves de um grafico tridimensional, toda a regiao de operacao segura
do SEP analisado. Cada eixo de uma RSE representa o montante de potencia
ativa gerada por um determinado grupo gerador pertencente ao SEP, como pode ser
observado na Figura 3.1.
Figura 3.1: RSE ilustrativa com 3 dimensoes [1].
A regiao de operacao segura e delimitada por uma fronteira a partir da qual
e verificada a violacao de um ou mais limites de seguranca pre-estabelecidos, tais
como [1]:
• Limite de Tensao: representa os limites especificados, maximo e mınimo,
das magnitudes de tensao de todas as barras;
18
• Limite Termico: define o limite termico de linhas de transmissao e trans-
formadores, isto e, a capacidade maxima de carregamento (MVA) dos equipa-
mentos;
• Limite de Mvar: denota o limite de geracao de potencia reativa dos gerado-
res;
• Limite de MW: determina o limite de geracao de potencia ativa de um grupo
gerador, significando que todos os geradores de um determinado grupo estao
operando em sua capacidade maxima neste ponto;
• Limite de Seguranca: simboliza o limite de transferencia de potencia ou
limite de estabilidade de tensao, estado em que o sistema se torna vulneravel
a problemas de instabilidade de tensao.
Cada um dos limites e verificado em cada ponto da RSE, tanto para o caso
normal, quanto para as contingencias programadas. Se, em um determinado ponto,
pelo menos um equipamento ou barra do sistema apresentar uma destas violacoes,
a curva indicativa do limite violado e demarcada neste ponto (vide Figura 3.8).
A RSE e gerada para um patamar fixo de carga, cujo ponto de operacao inicial
(caso base) representa o despacho inicial dos tres grupos geradores. Estes grupos
contem todos os geradores do SEP analisado, previamente distribuıdos.
Por meio desta ferramenta, o monitoramento da seguranca estatica de um SEP
pode ser efetuado por simples inspecao visual. Deste modo, a margem de seguranca
do sistema e definida pela distancia, em megawatts (MW), entre o ponto de operacao
inicial e a fronteira (curva indicativa de um limite) mais proxima. Verifica-se assim,
a situacao em que este ponto se situa:
• Regiao Segura: uma operacao com nıveis de seguranca apropriados, sem
qualquer violacao dos criterios de seguranca adotados;
• Regiao Insegura: um alerta de riscos para a seguranca do sistema e possıvel
blecaute como consequencia mais severa.
Esta analise grafica permite a avaliacao da seguranca do ponto de operacao atual
(pre e pos-contingencias) e possibilita observar os impactos resultantes da alteracao
no perfil de geracao dos tres grupos geradores selecionados para suprir a carga fixa,
simulando todos os possıveis cenarios de transferencia de potencia ativa entre eles.
A fim de facilitar a analise grafica, costuma-se representar uma RSE sob a forma
de nomogramas, definidos como a projecao ortogonal de uma RSE sobre um dos
planos que representam as possıveis direcoes de transferencia de geracao entre dois
19
grupos geradores (G1xG2, G1xG3 ou G2xG3). A Figura 3.2 exemplifica um no-
mograma do plano G2xG3 do grafico tridimensional apresentado anteriormente na
Figura 3.1.
Figura 3.2: Nomograma ilustrativo do plano G2xG3 [1].
Resumidamente, uma RSE possibilita determinar graficamente:
• Limites de seguranca do sistema;
• Estado de seguranca do ponto de operacao atual;
• Condicoes de atendimento a demanda atual, por meio de diversas possibilida-
des de despacho dos tres grupos geradores.
3.3 Processo de Construcao
O processo de construcao de uma RSE e dotado de cinco etapas principais,
definidas como:
• Divisao do SEP analisado em tres grupos geradores;
• Definicao das regioes importadora e exportadora;
• Especificacao de dados e constantes da RSE;
• Calculo dos fatores de participacao;
• Visualizacao da RSE.
Um sistema tutorial constituıdo de 10 barras sera utilizado com o intuito de
facilitar a utilizacao da ferramenta VSA, incorporada no programa de Analise de
Redes Eletricas (ANAREDE), para a construcao passo a passo de uma RSE. Este
sistema tutorial e descrito detalhadamente no Apendice A.
20
3.3.1 Divisao dos Grupos de Geracao
Como dito anteriormente na secao 3.2, cada eixo cartesiano de uma RSE repre-
senta um grupo gerador. Cada grupo pode ser formado por uma ou mais unidades
geradoras, por um conjunto de usinas de um mesmo subsistema, empresa ou bacia
hidrografica, de acordo com a necessidade do estudo a ser realizado.
No ANAREDE, estes tres grupos sao pre-definidos pelo usuario por meio do
codigo de execucao DVSA, que utiliza a linguagem padrao de selecao de elementos
do programa [5]. Uma breve explanacao sobre o uso desta linguagem de selecao no
codigo DVSA, sob a forma de diagrama explicativo, pode ser verificada na Figura
3.3. O formato da entrada de dados do codigo DVSA e descrito na Tabela 3.1.
Ainda que a selecao efetuada por meio do codigo DVSA contenha barras de
carga (tipo zero), apenas barras de geracao (tipo 1 ou 2) serao automaticamente
selecionadas para compor o grupo gerador definido. Como em todo codigo de
execucao do ANAREDE, o codigo DVSA e encerrado por 99999 entre as colunas
um e cinco.
GRUPO
A
E
CONDIÇÃO PRINCIPAL
TIPO NUM. C TIPO NUM. C TIPO NUM. C TIPO NUM.
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
GUG1
GUG2
GUG3
E
X
S
A
E
CONDIÇÃO 1
01-04 06-09 19-22 32-35 45-4811-15 24-28 37-41 50-5417-17 43-4330-30
CLÁUSULA 1
CONDIÇÃO 2
CLÁUSULA 2
Figura 3.3: Esquema explicativo da linguagem de selecao do codigo DVSA.
21
Tabela 3.1: Formato de dados do codigo de execucao DVSA.
Campo ColunasValores
AceitosDescricao
GUG1 Especifica o grupo gerador 1 (G1)
GRUPO 01-04 GUG2 Especifica o grupo gerador 2 (G2)
GUG3 Especifica o grupo gerador 3 (G3)
BARREspecifica que o elemento e uma
barra
TIPO06-09
19-22AREA
Especifica que o elemento e uma
area
32-35
45-48TENS
Especifica que o elemento e uma base
de tensao
AGR1..AGR6Especifica que o elemento e um
agregador
11-15 Numero de
NUM 24-28 barra, area Identificacao do elemento
37-41 ou base de
50-54 tensao (kV)
CONDICOES 17-17 A Especifica um intervalo
1 E 2 43-43 E Especifica uma uniao
EIndica a uniao dos conjuntos
definidos pelas clausulas 1 e 2
CONDICAO
PRINCIPAL30-30 X
Indica a diferenca entre os conjuntos
definidos pelas clausulas 1 e 2
SIndica a intersecao entre os conjuntos
definidos pelas clausulas 1 e 2
Para o sistema tutorial de 10 barras foram definidos tres grupos geradores, con-
forme indicado na Tabela 3.2 e ilustrado na Figura 3.4.
Tabela 3.2: Definicao dos 3 grupos geradores para o sistema 10 barras.
Grupo
Gerador
Geradores
Participantes
1 1 e 10
2 2
3 3
22
Grupo 2 Grupo 3
Gerador 2 Barra 2 Barra 7 Barra 8 Barra 9 Barra 3 Gerador 3
Barra 6Barra 5
Barra 4
Barra 1 Barra 10
Gerador 10Gerador 1
Grupo 1
Figura 3.4: Divisao das unidades geradoras do sistema 10 barras.
A Figura 3.5 exemplifica a utilizacao do codigo de execucao DVSA para o sistema
10 barras, em que cada grupo gerador corresponde a cada uma das areas existentes
no sistema. Reitera-se que apenas barras de geracao serao selecionadas pelo codigo
DVSA para compor os grupos geradores definidos.
DVSA
(Rg) (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no )
GUG1 AREA 1
GUG2 AREA 2
GUG3 AREA 3
99999
Figura 3.5: Utilizacao do codigo de execucao DVSA no sistema 10 barras.
3.3.2 Determinacao das Regioes Importadora e Exporta-
dora pelo ANAREDE
Finalizada a divisao do sistema em tres grupos geradores, deve-se agora identifi-
car os limites de seguranca do mesmo, trancando-se a curva que define sua regiao de
operacao segura. Para tanto, utiliza-se uma ferramenta capaz de calcular a maxima
transferencia de potencia entre os tres grupos, tomados dois a dois. Tal ferramenta
23
exige a divisao do SEP analisado em duas regioes, importadora e exportadora [4].
Esta segregacao e realizada automaticamente pelo programa ANAREDE.
A regiao importadora (RIMP) e composta pelas barras de geracao cujas potencias
geradas sofrem decrescimos. A regiao exportadora (REXP), por sua vez, e cons-
tituıda pelas barras de geracao cujas potencias geradas sofrem acrescimos.
De forma gradativa e automatica, modificacoes no perfil de geracao do sistema
sao realizadas de modo a impor uma transferencia de potencia entre as regioes
importadora e exportadora, ate que sejam encontradas violacoes dos criterios de
seguranca definidos na secao 3.2.
O programa ANAREDE realiza essas modificacoes aumentando a potencia ge-
rada das maquinas pertencentes a regiao exportadora e reduzindo o mesmo montante
de potencia na regiao importadora, dado um passo de transferencia. Este passo de
transferencia e utilizado para calcular o incremento de geracao, que especifica o
quanto de geracao sera transferida a cada iteracao.
No aspecto metodologico, o ANAREDE determina essas duas regioes, que devem
ser constituıdas por ate dois grupos geradores, sendo a direcao em que ocorrera
a transferencia de potencia um fator determinante para definir se um dado grupo
diminuira ou aumentara a potencia gerada internamente, isto e, se integrara a regiao
importadora ou exportadora de energia [1]. A Figura 3.6 exemplifica o referido
processo.
Figura 3.6: Representacao das regioes exportadora e importadora [2].
A partir de um dos tres nomogramas dos planos G1xG2, G1xG3 e G2xG3,
realiza-se a analise das possıveis alteracoes do perfil de geracao dos tres grupos
geradores. Estas alteracoes podem ser obtidas dirigindo-se radialmente em dife-
rentes direcoes retilıneas a partir do ponto de operacao do caso base, ponto este
que representara a nova origem para cada direcao. Assim, cada grupo sofrera um
acrescimo ou decrescimo em sua potencia gerada, dependendo da direcao tomada,
impondo uma transferencia de potencia no sistema a fim de suprir a demanda fixa
24
do mesmo. Na Figura 3.7, pode-se observar este procedimento de alteracao do perfil
de geracao para o nomograma G2xG3 em vinte e quatro diferentes direcoes.
G2 (MW)
G3 (MW)
Ponto de operação atual
Limite de segurança
1ºQ2ºQ
3ºQ 4ºQ
0°
Figura 3.7: Procedimento de alteracao do perfil de geracao (plano G2xG3).
Conclui-se, pela analise da Figura 3.7, que o grupo G1, nao pertencente ao plano
selecionado, devera exercer a funcao de fechar o balanco entre carga e geracao do
sistema, aumentando ou reduzindo sua potencia gerada sempre que necessario. Por
esta funcao, o grupo G1 e definido como grupo de referencia para o nomograma do
plano G2xG3.
Enfatiza-se que os angulos de cada direcao sao equidistantes entre si, pois, deste
modo, a analise de seguranca e igualmente efetuada para cada um dos quatro qua-
drantes, o que possibilita a visualizacao de uma variedade de cenarios de trans-
ferencia de geracao.
Para exemplificar a funcao do grupo de referencia, toma-se a direcao de trans-
ferencia, em destaque na Figura 3.7, com angulo θ igual a 45◦. Nesta direcao, todos
os geradores pertencentes aos grupos G2 e G3 serao redespachados de modo a au-
mentar simultaneamente a potencia gerada a cada iteracao do processo de busca
dos limites de seguranca. Por outro lado, o grupo de referencia G1 devera realizar
sucessivos redespachos, diminuindo a geracao interna, a fim de manter o equilıbrio
entre a potencia gerada e a carga total do sistema.
Portanto, e correto afirmar que na direcao em que θ e igual a 45◦, a regiao
importadora sera composta pelo grupo G1 e que os grupos G2 e G3 pertencerao a
25
regiao exportadora. Conclui-se, tambem, que a definicao das regioes importadora e
exportadora depende da direcao em que se deseja realizar a transferencia de potencia
no plano G2xG3. Para tal, as expressoes enunciadas em (3.1) definem o vetor θ que
contem os angulos que determinam as direcoes a serem tomadas no processo de
transferencia de geracao.
θ = [θ1, θ2, . . . , θND]
θi = θ0 + (i− 1)α, {i ∈ N | 1 ≤ i ≤ ND},
α =360
ND
(3.1)
em que:
θ0 : angulo de referencia padronizado em 45◦;
ND : numero de direcoes especificadas;
α : defasagem angular entre duas direcoes adjacentes.
A Tabela 3.3 identifica as regioes exportadora e importadora para todas as
possıveis direcoes de transferencia de geracao no plano G2xG3.
Tabela 3.3: Definicao das REXP e RIMP para diferentes direcoes [1].
Quadrante Angulo REXP RIMP
- θ = 0◦ G2 G1
1o 0◦ < θ < 90◦ G2 + G3 G1
- θ = 90◦ G3 G1
90◦ < θ < 135◦ G3 G1 + G2
2o θ = 135◦ G3 G2
135◦ < θ < 180◦ G1 + G3 G2
- θ = 180◦ G1 G2
3o 180◦ < θ < 270◦ G1 G2 + G3
- θ = 270◦ G1 G3
270◦ < θ < 315◦ G1 + G2 G3
4o θ = 315◦ G2 G3
315◦ < θ < 360◦ G2 G1 + G3
Todo o procedimento de determinacao das regioes importadora e exportadora
e executado automaticamente pelo programa ANAREDE durante o processo de
construcao da RSE. Contudo, isto requer a determinacao de um numero de direcoes
que, consequentemente, definira os angulos de transferencia. Este e outros dados
sao minuciosamente descritos na secao 3.3.3.
26
3.3.3 Especificacao de Dados e Constantes
No programa ANAREDE, o processo de transferencia de potencia, nas NDIR
direcoes, se inicia com a modificacao de um valor igual ao passo de transferencia
STTR na potencia gerada do ponto de operacao inicial. Este processo e realizado
automaticamente ate que o montante TRPT da potencia de geracao seja transferido
ou os casos deixem de convergir [2].
A Figura 3.8 exemplifica o processo de construcao de uma RSE atraves de su-
cessivas transferencias de potencia de geracao em diferentes direcoes.
Figura 3.8: Construcao de uma RSE (plano G2xG3) [2].
Na Figura 3.8, verifica-se a seguinte legenda:
• Os pontos amarelos representam os ultimos pontos de operacao para os quais nao
houve violacao ou o limite de transferencia de potencia foi atingido;
• Os pontos verdes representam pontos de operacao em que nenhuma violacao foi
verificada e o limite de transferencia de potencia nao foi atingido;
• Os pontos vermelhos representam pontos de operacao para os quais houve alguma
violacao;
... A linha pontilhada delimita a RSE.
Destaca-se, que durante a avaliacao da seguranca de cada ponto de operacao
por meio do processamento da lista de contingencias programadas, o programa
27
ANAREDE grava arquivos de resultados que registram os criterios de seguranca
eventualmente violados.
Para dar seguimento ao processo de construcao de uma RSE, deve-se especificar,
no programa ANAREDE, dados e constantes tais como:
• NDIR: O numero de direcoes a partir das quais ocorrera a transferencia de
geracao, tendo o ponto de operacao atual como centro referencial;
• STTR: O passo de transferencia de geracao;
• FDIV/STIR: As estrategias de busca dos limites de seguranca por meio dos
fatores de reducao e divisao do passo atual de transferencia de geracao;
• TRPT: A porcentagem de potencia de geracao a ser transferida entre os
grupos geradores;
• DCTG: A lista de contingencias programadas a serem avaliadas em cada
ponto da RSE;
• DMTE, DMFL e DMGR: O conjunto de barras e grandezas a serem mo-
nitoradas durante o processo de construcao.
Codigo de Execucao DCTE - Especificacao de Constantes
Primeiramente, faz-se necessaria a especificacao das constantes utilizadas no pro-
grama atraves do codigo de execucao DCTE. Os valores das constantes utilizadas na
construcao de uma RSE, valores default e especificados para o sistema 10 barras, sao
destacados na Tabela 3.4. Um exemplo da especificacao destas constantes atraves
do codigo DCTE e ilustrado na Figura 3.9.
Tabela 3.4: Constantes definidas pelo codigo de execucao
DCTE.
Codigo DescricaoValor
Default
Valor
Especificado
(Sistema 10
Barras)
NDIR
Numero de direcoes a serem tomadas
no processo de construcao da regiao de
seguranca.
20 8
STTR
Passo de transferencia de potencia de
geracao utilizado no processo de
construcao da regiao de seguranca.
5% 1%
28
Tabela 3.4: (Continuacao)
Codigo DescricaoValor
Default
Valor
Especificado
(Sistema 10
Barras)
TRPT
Porcentagem de potencia de geracao a
ser transferida no processo de
construcao da regiao de seguranca.
100% 100%
STIR
Fator de divisao do passo atual de
transferencia de potencia de geracao
quando ocorre alguma violacao no
processo de construcao da regiao de
seguranca.
1 10
FDIV
Fator de reducao do passo atual de
transferencia de potencia de geracao
quando ocorre alguma violacao no
processo de construcao da regiao de
seguranca. Aplicado somente quando
STIR = 1.
2 2
DMAX
Numero maximo de vezes consecutivas
que o fator de divisao FDIV pode ser
aplicado. Utilizado com um criterio de
parada no procedimento de busca dos
limites de seguranca.
5 5
ICIT
Numero maximo de solucoes de fluxo
de potencia a serem calculadas
durante o proceso de construcao da
regiao de seguranca.
50 9000
ICMN
Valor mınimo do passo atual de
transferencia de potencia de geracao.
Utilizado com um criterio de parada
no procedimento de busca dos limites
de seguranca.
0.05% 1E-5%
29
DCTE
(Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
NDIR 8. STTR 1. TRPT 100. STIR 10.
FDIV 2. DMAX 5 ICIT 9000 ICMN 1e-5
99999
Figura 3.9: Especificacao das constantes pelo codigo DCTE para o sistema 10 barras.
No que diz respeito ao numero de direcoes NDIR, e importante ressaltar que a
precisao da analise de seguranca esta intimamente ligada ao numero de direcoes esco-
lhido, pois quanto maior o numero de direcoes, maior sera a quantidade de cenarios
de geracao percorridos. Entretanto, a adocao de um grande numero de direcoes
acarreta em um grande esforco computacional, visto que o numero de pontos de
operacao a serem analisados cresce a medida que o numero de direcoes aumenta.
Ha casos em que o tempo de processamento se torna crucial, como observado em
sistemas VSA online, necessitando de uma escolha de direcoes ponderada em pre-
cisao e esforco computacional. A influencia da escolha do numero de direcoes na
precisao de uma RSE sera demonstrada no Capıtulo 4.
Ja em relacao aos limites de seguranca, existem dois metodos diferentes de busca
destes limites, os metodos STIR e FDIV. Reitera-se que o metodo FDIV somente e
aplicado quando a constante STIR for igual a 1. A fim de facilitar o entendimento de
cada metodo, serao avaliadas duas situacoes nas quais se deseja encontrar os limites
de seguranca de uma RSE atraves do metodo STIR, apresentado na Figura 3.10,
e do metodo FDIV ilustrado na Figura 3.11. Ambas situacoes ocorrem durante o
processo de transferencia de geracao em uma dada direcao. Estes procedimentos de
busca sao efetuados para cada limite enunciado na secao 3.2.
No primeiro exemplo/situacao, as etapas do procedimento de busca dos limites
de seguranca, para STIR igual a 8 e ICMN igual a 1/10 de STTR, estao representadas
por setas numeradas presentes na Figura 3.10 e descritas a seguir.
1) Ao se incrementar um passo STTR na geracao da regiao exportadora, passando
de um ponto A para um ponto de operacao G, encontra-se uma violacao de um
dado limite. A fim de se refinar a estimacao da fronteira deste limite, divide-se
o passo STTR por STIR, que neste exemplo e igual a 8;
2) Retorna-se ao ponto de operacao A;
3) Incrementa-se 1/8 de STTR a geracao da regiao exportadora, movendo-se do
ponto A para o ponto B sem identificacao de violacao do limite cuja fronteira se
deseja determinar. Isto se repete de modo semelhante nas etapas (4) (B → C),
(5) (C → D) e (6) (D → E);
30
G
12
34
56
PO
NT
OIN
ICIA
L
VIO
LOU
!V
IOLO
U!
PASS
O I
NIC
IAL
= S
TT
R
EST
E É
O L
IMIT
E!
B7
AC
DE
F
ÚLT
IMO
PO
NT
OSE
M V
IOLA
ÇÃ
O!
STT
R/8
NO
VO
PASS
O
Figura
3.10:Esquem
ailustrativo
daestrategia
debuscados
limites
paraSTIR
=8.
31
7) Nesta etapa, encontra-se uma violacao no ponto de operacao F ao se incrementar1/8 de STTR na geracao da regiao exportadora do ponto E. Demarca-se o ponto
de operacao F como fronteira do limite violado, pois este foi o primeiro ponto de
operacao com ocorrencia de violacao do limite analisado. O passo e redefinido
para o valor STTR e, a partir do ponto de operacao G, continua-se o processo de
transferencia de potencia de geracao ate que o mesmo seja concluıdo na direcao
estipulada.
Antes de iniciar a explanacao do segundo exemplo, e importante enfatizar que
existem dois criterios de parada no procedimento de busca dos limites de seguranca
pelo metodo FDIV:
• Caso o passo atual seja menor ou igual ao incremento mınimo ICMN;
• Caso o fator de reducao FDIV seja aplicado mais que DMAX vezes.
No segundo exemplo, as etapas do procedimento de busca dos limites de segu-
ranca, para STIR igual a 1, FDIV igual a 2, DMAX igual a 4 e ICMN igual a 1/6 de
STTR, sao novamente representadas por setas numeradas presentes na Figura 3.11
e descritas a seguir:
1) Conforme o primeiro exemplo, identifica-se uma violacao de um dado limite no
ponto de operacao E ao se incrementar de um passo STTR a geracao da regiao
exportadora no ponto de operacao A. Divide-se o passo STTR pelo fator de
reducao FDIV, com o intuito de refinar a determinacao da fronteira do limite
violado. Esta e a primeira divisao do passo STTR por FDIV, ou seja, o passo
atual de transferencia de geracao e igual a 1/2 de STTR, ja que neste exemplo
FDIV e igual a 2;
2) Retorna-se ao ponto de operacao A;
3) Incrementa-se 1/2 de STTR a geracao da regiao exportadora do ponto de operacao
A, identificando-se, no ponto D, a violacao do limite cuja fronteira se deseja
determinar;
4) Retorna-se ao ultimo ponto de operacao sem violacao, isto e, retorna-se ao ponto
A;
5) Divide-se o passo atual por FDIV, obtendo-se um novo passo de transferencia
igual a 1/4 de STTR. Esta e a segunda divisao do passo de transferencia por
FDIV. Incrementa-se este novo passo, passando do ponto A para o ponto de
operacao B, sem ocorrencia de violacao do limite analisado;
32
AB
CD
E
12
34
56
PO
NT
OIN
ICIA
L
NÃ
O V
IOLO
U!
VIO
LOU
!V
IOLO
U!
PASS
O I
NIC
IAL
= S
TT
R
PASS
OA
TU
AL
ICM
N
EST
E É
O L
IMIT
E!
Figura
3.11:Esquem
ailustrativo
daestrategia
debuscados
limites
paraFDIV
=2.
33
6) Sabendo que o ponto de operacao D, ja analisado anteriormente, seria alcancado
ao se incrementar o passo atual a geracao da regiao exportadora do ponto B,
faz-se necessaria uma nova divisao do passo por FDIV, obtendo-se um novo
passo de transferencia igual a 1/8 de STTR. Esta e a terceira divisao do passo de
transferencia por FDIV. Contudo, o passo atual e menor ao incremento mınimo
ICMN, previamente especificado neste exemplo. Assim, deve-se demarcar o ponto
de operacao C, proximo ponto obtido ao se incrementar o passo atual, como
fronteira do limite violado. Em seguida, o passo e redefinido para o valor STTR
e, a partir do ponto de operacao E, continua-se o processo de transferencia de
potencia de geracao ate que o mesmo seja concluıdo na direcao estipulada.
Caso DMAX seja igual a 2, a terceira divisao do passo de transferencia nao sera
efetuada e o ponto de operacao D, primeiro ponto com violacao apos o ponto A,
sera marcado como fronteira do limite analisado neste procedimento.
Codigo de Execucao DCTG - Lista de Contingencias Programadas
Para cada ponto de operacao viavel gerado ao longo das direcoes de transferencia
de geracao, durante o processo de construcao de uma RSE, e efetuada uma analise de
contingencias utilizando uma lista pre-definida, com as contingencias mais severas
e/ou mais provaveis [2]. Esta lista deve ser informada pelo codigo de execucao
DCTG. A Tabela A.7, presente no Apendice A, enuncia as contingencias analisadas
no sistema tutorial de 10 barras. Apresenta-se, na Figura 3.12, um exemplo para a
definicao das duas primeiras contingencias analisadas no sistema 10 barras atraves
do codigo de execucao DCTG.
DCTG
(Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
1 1 LT_4_5_1
(Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
CIRC 4 5 1
FCAS
(Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
2 1 LT_4_6_1
(Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
CIRC 4 6 1
FCAS
99999
Figura 3.12: Exemplo de definicao de contingencias pelo codigo de execucao DCTG.
Nao e obrigatoria a definicao de uma lista de contingencias para a construcao
34
de uma RSE. Para mais detalhes sobre formato de dados e utilizacao do codigo de
execucao DCTG, deve-se consultar a referencia [5].
Codigos de Execucao DMTE, DMFL e DMGR - Monitoracao
As violacoes de tensao, fluxo e geracao reativa, limitadoras de uma RSE, podem
ser monitoradas apenas para barras e equipamentos pre-selecionados por meio dos
codigos de execucao DMTE, DMFL e DMGR respectivamente. Estes codigos de
execucao utilizam a mesma linguagem de selecao abordada na secao 3.3.1 para o
codigo DVSA. A Figura 3.13 ilustra estrutura de entrada de dados comum aos tres
codigos e a Tabela 3.5 lista o formato de dados dos mesmos.
A
E
CONDIÇÃO PRINCIPAL
TIPO NUM. C TIPO NUM. C TIPO NUM. C TIPO NUM.
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
BARR
AREA
AGR1...
AGR6
TENS
E
X
S
A
E
CONDIÇÃO 1
01-04 14-17 27-30 40-4306-10 19-23 32-36 45-4912-12 38-3825-25
CLÁUSULA 1
CONDIÇÃO 2
CLÁUSULA 2
OPER.
51-51
A
E
Figura 3.13: Linguagem de selecao dos codigos DMTE, DMFL e DMGR.
A seguir, observa-se a utilizacao dos codigos de execucao DMTE, DMFL e DMGR
atraves de exemplos contidos em [5]. A Figura 3.14 mostra como monitorar a tensao
de barras pertencentes as areas definidas pelo codigo de execucao DARE e de barras
com nıveis de tensao definidos pelo codigo DGBT. Destaca-se que os nıveis mınimo e
maximo de tensao, cuja violacao e monitorada, sao especificados por meio do codigo
de execucao DGLT.
DMTE
( Monitorac~ao de tens~ao das barras de nıveis de tens~ao
( 345 kV a 500 kV das areas 02 e 21
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O F
AREA 02 E AREA 21 S TENS 345 A TENS 500
99999
Figura 3.14: Exemplo de utilizacao do codigo de execucao DMTE [5].
35
Tabela 3.5: Formato de dados dos codigos DMTE, DMFL e DMGR [5].
Campo ColunasValoresAceitos
Descricao
BARREspecifica que o elemento e umabarra
TIPO01-0414-17
AREAEspecifica que o elemento e umaarea
27-3040-43
TENSEspecifica que o elemento e uma basede tensao
AGR1..AGR6Especifica que o elemento e umagregador
06-10 Numero de
NUM 19-23 barra, area Identificacao do elemento
32-36 ou base de
45-49 tensao (kV)
CONDICOES 12-12 A Especifica um intervalo
1 E 2 38-38 E Especifica uma uniao
EIndica a uniao dos conjuntosdefinidos pelas clausulas 1 e 2
CONDICAOPRINCIPAL
25-25 XIndica a diferenca entre os conjuntosdefinidos pelas clausulas 1 e 2
SIndica a intersecao entre os conjuntosdefinidos pelas clausulas 1 e 2
OPER 51-51 AAdicao de dados de monitoracao(default)
E Eliminacao de dados de monitoracao
APENAS PARA O CODIGO DMTE
Fronteiras 53-53 TTodas as barras selecionadas devemter as tensoes monitoradas (default)
FSomente as barras fronteirasselecionadas devem ter as tensoesmonitoradas
APENAS PARA O CODIGO DMFL
Interligacao 53-53 TTodos os circuitos selecionados devemter os fluxos monitorados (default)
ISomente os circuitos de interligacaoselecionados devem ter os fluxosmonitorados
36
De modo semelhante, a Figura 3.15 exemplifica a monitoracao dos fluxos nas
linhas de transmissao e/ou transformadores, compreendidos em determinadas areas
e nıveis de tensao, atraves do codigo de execucao DMFL. Entretanto, o codigo DMFL
pode ser executado em conjunto com a opcao CIRC, selecionando de forma direta
os circuitos a serem monitorados, como pode ser visto na Figura 3.16.
DMFL
( Monitorac~ao dos circuitos de 345 kV a 750 kV das areas 01 a 23
(tp) (no) C (tp) (no) C (tp) (no) C (tp) (no) O I
AREA 01 A AREA 23 S TENS 345 A TENS 750
99999
Figura 3.15: Exemplo de utilizacao do codigo de execucao DMFL [5].
DMFL CIRC
( Monitorac~ao de circuitos individualizados
(De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc O
104 106 01 104 106 02 104 598 01 105 106 01 106 107 01
106 107 02
99999
Figura 3.16: Exemplo de utilizacao do codigo DMFL em conjunto com a opcao
CIRC [5].
Ja a Figura 3.17 destaca um exemplo de monitoracao dos limites de geracao
de potencia reativa dos geradores de duas areas distintas por meio do codigo de
execucao DMGR.
DMGR
( Monitorac~ao dos geradores da area 01
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no) C (tp) (no ) O
AREA 01
( Monitorac~ao dos geradores da area 05
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no) C (tp) (no ) O
AREA 05
99999
Figura 3.17: Exemplo de utilizacao do codigo de execucao DMGR [5].
37
Inicialmente, o programa ANAREDE monitora os limites de tensao, fluxo e
geracao reativa de todas as barras e equipamentos de um SEP. Portanto, ao defi-
nir quais elementos serao monitorados, deve-se habilitar as opcoes de controle de
execucao MOST, MOSF e MOSG, atraves do codigo DOPC, para ativar a moni-
toracao dos elementos selecionados por DMTE, DMFL e DMGR respectivamente.
As opcoes MOCT, MOCF e MOCG restauram a monitoracao de todas os elementos
do sistema em relacao aos limites anteriormente citados.
As curvas indicativas dos limites violados em uma RSE tendem a se afastar do
ponto de operacao inicial a medida que menos elementos sao monitorados. Este e
outros fatores que interferem no formato de uma RSE serao discutidos com mais
detalhes no Capıtulo 4.
3.3.4 Calculo dos Fatores de Participacao
Durante o processo de construcao de uma RSE, diferentes combinacoes dos gru-
pos geradores constituem as regioes importadora e exportadora, dependendo da
direcao em que se da a transferencia de potencia de geracao, como foi deduzido na
secao 3.3.2. Todavia, e preciso conhecer a proporcao com que cada unidade geradora
e, consequentemente, cada grupo gerador sera redespachado a cada iteracao do pro-
cesso de transferencia de geracao [1]. Para este fim, devem ser calculados os fatores
de participacao na geracao de potencia ativa. Estes fatores podem ser divididos em:
• Fatores de Participacao por Grupo Gerador (FPG)
• Fatores de Participacao Individuais (FPI)
Fatores de Participacao por Grupo
Sabendo que a transferencia de geracao ocorrera entre as regioes RIMP e REXP
e que, para cada direcao, estas regioes assumirao ate dois grupos geradores, torna-se
imprescindıvel o uso dos FPG, pois estes indicarao os percentuais de participacao
de cada grupo no processo de transferencia de potencia de geracao entre as regioes
importadora e exportadora.
Para tal, define-se que o somatorio dos FPG dos grupos geradores pertencentes
a uma dada regiao (RIMP ou REXP) deve ser igual a 100%, como evidenciado pelas
expressoes contidas em (3.2).
�FPGRIMP = 100%
�FPGREXP = 100%
(3.2)
38
Estas expressoes afirmam que o somatorio da potencia ativa fornecida pela regiao
exportadora e consumida pela regiao importadora deve totalizar 100% do montante
de potencia a ser transferido a cada iteracao. Deste modo, toda a potencia que a
regiao exportadora e capaz de produzir internamente devera ser transmitida a regiao
importadora, obtendo a maxima transferencia de potencia entre as regioes REXP e
RIMP, e identificando os limites de seguranca durante este processo.
Tomando como exemplo o nomograma do plano G2xG3 exposto na Figura 3.7,
por uma simples inspecao grafica, e possıvel afirmar que os valores dos FPG variam
conforme o angulo θ varia, pois para cada setor dos quadrantes, diferentes gru-
pos compoem as regioes RIMP e REXP. Assim, pode-se deduzir as equacoes (3.3),
que relacionam, a partir do ponto de operacao inicial (nova origem), a variacao de
potencia gerada pelos grupos G2 e G3 (ΔG2 e ΔG3) com o angulo θ que determina
a direcao na qual ocorrera a transferencia de geracao.
ΔG3 = ΔG2× tg θ, para o 1o e 3o quadrante
ΔG3 = ΔG2× (− tg θ), para o 2o e 4o quadrante(3.3)
Com base nas equacoes (3.2) e (3.3), infere-se diferentes expressoes que determi-
nam os FPG para cada quadrante do plano G2xG3, referentes ao ponto de operacao
inicial. Estas expressoes sao minuciosamente deduzidas na referencia [1] e, neste
trabalho, sao condensadas em tres colunas adicionadas a Tabela 3.3, dando origem
a uma tabela mais completa e objetiva, a Tabela 3.6.
A Tabela 3.7 apresenta alguns exemplos, abordados em [1], do calculo dos FPG
dos grupos G1, G2 e G3 (FPGG1, FPGG2 e FPGG3) para diferentes direcoes de
transferencia de potencia. Vale ressaltar que, alguns grupos que possuem FPG igual
a zero, podem, na verdade, fornecer potencia durante a transferencia caso a barra
swing do sistema pertenca ao mesmo, visto que este grupo suprira as perdas na
transmissao, variaveis em cada cenario de geracao.
Assim como as regioes importadora e exportadora, os FPG sao calculados au-
tomaticamente pelo algoritmo do programa ANAREDE dependendo da direcao to-
mada durante o processo de construcao de uma RSE.
39
Tab
ela3.6:
Calculo
dos
FPG
paradiferentesdirecoesdoplanoG2x
G3.
Quadra
nte
Angulo
REXP
RIM
PFPG
G1(%
)FPG
G2(%
)FPG
G3(%
)
-θ=
0◦G2
G1
100
100
0
1o0◦
<θ<
90◦
G2+
G3
G1
100
100−
FPG
G3
100×
tgθ
1+tg
θ
-θ=
90◦
G3
G1
100
0100
90◦<
θ<
135◦
G3
G1+
G2
100−
FPG
G2
100
|tgθ|
100
2oθ=
135◦
G3
G2
0100
100
135◦
<θ<
180◦
G1+
G3
G2
100−
FPG
G3
100
100×
|tgθ|
-θ=
180◦
G1
G2
100
100
0
3o180◦
<θ<
270◦
G1
G2+
G3
100
100−
FPG
G3
100×
tgθ
1+tg
θ
-θ=
270◦
G1
G3
100
0100
270◦
<θ<
315◦
G1+
G2
G3
100−
FPG
G2
100
|tgθ|
100
4oθ=
315◦
G2
G3
0100
100
315◦
<θ<
360◦
G2
G1+
G3
100−
FPG
G3
100
100×
|tgθ|
40
Tabela 3.7: Exemplos de calculo dos FPG.
Quad.Angulo
θREXP RIMP
FPGG1
(%)
FPGG2
(%)
FPGG3
(%)
1o 30◦ G2 + G3 G1 100 63,4 36,6
1o 45◦ G2 + G3 G1 100 50 50
2o 117◦ G3 G1 + G2 49,05 50,95 100
2o 171◦ G1 + G3 G2 84,16 100 15,84
3o 210◦ G1 G2 + G3 100 63,4 36,6
4o 297◦ G1 + G2 G3 49,05 50,95 100
4o 333◦ G2 G1 + G3 49,05 100 59,95
Fatores de Participacao Individuais
Quando um determinado grupo gerador possui mais de uma unidade geradora,
faz-se necessario o calculo dos FPI para se conhecer o redespacho de cada maquina ou
usina, determinando assim, o percentual de participacao na transferencia de potencia
deste grupo. Estes fatores podem ser calculados com base em dois parametros:
• Capacidade maxima de geracao;
• Despacho de geracao no caso base.
A escolha do tipo de calculo dos FPI tem grande importancia na analise de
uma RSE. Por exemplo, em um determinado SEP, uma usina e desativada por um
motivo qualquer dentro de um dado grupo gerador. Caso os FPI sejam calculados
com base no despacho no caso base (ou ponto de operacao inicial), esta usina nao
participara do processo de transferencia de geracao, ja que seu FPI sera nulo por nao
ser despachada no caso base. Este tipo de calculo e essencial na analise de um SEP
em centros de operacao para tomadas de decisao em tempo real, pois apenas as usinas
ou maquinas disponıveis serao redespachadas durante o processo de transferencia de
geracao. Entretanto, o calculo dos FPI com base na capacidade maxima de cada
gerador tem grande importancia nos estudos de ampliacao do parque gerador, visto
que a usina desativada participaria do processo de transferencia por ter um FPI
diferente de zero, uma vez que esta usina podera ter sua operacao retomada no
futuro [1].
O fator de participacao individual do gerador i (FPImaxi ), pertencente ao grupo j,
com base na capacidade maxima de geracao total do grupo, e expresso pela equacao
(3.4).
41
FPImaxi =
Gmaxi
N�k=1
Gmaxk
× 100% (3.4)
em que:
Gmaxi : capacidade maxima de geracao da unidade i;
Gmaxk : capacidade maxima de geracao da unidade k pertencente ao grupo j;
N : numero de unidades geradoras do grupo j.
De modo analogo, a equacao (3.5) denota o calculo do fator de participacao
individual do gerador i (FPIbasei ), pertencente ao grupo j, utilizando como referencia
o despacho de geracao no caso base (ou ponto de operacao inicial).
FPIbasei =Gbase
i
N�k=1
Gbasek
× 100% (3.5)
em que:
Gbasei : despacho de geracao da unidade i no caso base;
Gbasek : despacho de geracao da unidade k pertencente ao grupo j no caso base;
N : numero de unidades geradoras do grupo j.
A Tabela 3.8 apresenta os FPI calculados para o sistema tutorial de 10 barras.
Estes fatores, assim como os limites de geracao, sao especificados no programa ANA-
REDE por meio do codigo de execucao DGER, cuja utilizacao e exemplificada na
Figura 3.18 para a definicao dos FPI do sistema 10 barras.
Caso nao sejam fornecidos, FPI sao atribuıdos a cada gerador igualmente, tota-
lizando 100% em cada grupo (FPIdefault).
Tabela 3.8: Calculo dos FPI para o sistema 10 barras.
Gerador Grupo
Capacidade
Maxima
(MW)
Despacho
no Caso
Base
(MW)
FPImax
(%)
FPIbase
(%)
FPIdefault
(%)
1 1 105.2 100.1 50 70.25 50
2 2 163.2 90 100 100 100
3 3 108.8 85 100 100 100
10 1 105.2 42.4 50 29.75 50
42
DGER
(No ) O (Pmn ) (Pmx ) ( Fp) (FpR) (FPn) (Fa) (Fr) (Ag) ( Xq) (Sno)
1 0. 105.2 70.25
10 0. 105.2 29.75
2 0. 163.2 100.
3 0. 108.8 100.
99999
Figura 3.18: Exemplo de utilizacao do codigo DGER para definicao dos FPI.
Dependendo da opcao de calculo selecionada (capacidade maxima ou despacho
no caso base), da complexidade do SEP em estudo e de sua quantidade de unidades
geradoras com despacho nulo, as curvas indicativas dos limites de seguranca po-
dem ou nao sofrer mudancas em sua posicao. Estas diferencas serao comparadas e
discutidas graficamente no Capıtulo 4.
3.3.5 Visualizacao
Concluıdas as etapas descritas anteriormente, resta finalizar o processo de cons-
trucao e visualizar a Regiao de Seguranca Estatica (RSE) do SEP analisado. Para
tal, deve-se utilizar o codigo de execucao EXRS em um caso previamente convergido.
Este codigo pode ser utilizado em conjunto com as opcoes disponıveis para o
codigo EXLF, como QLIM, CREM, CTAP, MOST, etc. A opcao JUMP ignora
a analise dinamica do sistema (ANATEM), realizando apenas simulacoes estaticas
(ANAREDE). Os programas ANAREDE e ANATEM (Analise de Transitorios Ele-
tromecanicos) sao desenvolvidos pelo Departamento de Redes Eletricas (DRE) do
CEPEL.
Um exemplo de utilizacao do codigo de execucao EXRS pode ser visualizado na
Figura 3.19.
EXRS JUMP QLIM MOST MOSF
Figura 3.19: Exemplo de utilizacao do codigo EXRS.
Com a execucao do codigo EXRS, o programa ANAREDE realiza a avaliacao
de seguranca estatica do caso base, criando arquivos do tipo historico, contendo
os pontos de operacao de cada direcao tomada durante o processo de transferencia
de potencia de geracao, e arquivos do tipo texto com informacoes dos respectivos
43
limites violados. Estes arquivos se localizam no mesmo diretorio do arquivo PWF
utilizado para carregar o caso base no programa ANAREDE.
Em seguida, um gerenciador de resultados e acionado e reuni todos os arquivos de
resultados gerados durante o processo, permitindo a visualizacao da RSE associada
ao ponto de operacao base que esta sendo avaliado. Esta regiao de seguranca pode
ser visualizada na forma de nomogramas com o auxılio do programa VisorChart,
desenvolvido pelo Departamento de Automacao de Sistemas (DAS) do CEPEL [2].
E imprescindıvel que o aplicativo JAVA esteja instalado no sistema operacional
utilizado para que o programa VisorChart funcione corretamente.
A Figura 3.20 destaca o funcionamento do programa VisorChart contendo os
nomogramas da RSE do sistema tutorial de 10 barras em conjunto com algumas
informacoes sobre o processo.
Figura 3.20: Visualizacao de uma RSE no programa VisorChart.
Caso os nomogramas nao sejam apresentados automaticamente, devido a algum
erro de localizacao dos arquivos, deve-se selecionar o arquivo vsa mapa.xml atraves
44
do menu Arquivo→Abrir presente no VisorChart. O VisorChart pode ser iniciado no
programa ANAREDE atrves do ıcone que se encontra em sua barra de ferramentas,
como exibido na Figura 3.21.
Abrir VisorChart
Figura 3.21: Icone do VisorChart presente no programa ANAREDE.
As abas G1xG2, G1xG3 e G2xG3, contidas na parte superior da Figura 3.20, pos-
sibilitam a selecao dos respectivos nomogramas. A Figura 3.22 apresenta o conteudo
da aba G2xG3, onde e possıvel visualizar o nomograma do plano G2xG3. Observa-se
a existencia de ferramentas de zoom abaixo do nomograma, que permitem redimen-
sionar as escalas do grafico. O posicionamento do ponteiro do mouse sobre um ponto
da curva indicativa de um determinado limite identifica se a violacao deste limite foi
encontrada no caso base ou em uma dada contingencia, informando ainda a direcao
tomada.
Pode-se destacar algumas caracterısticas do nomograma ilustrado na Figura 3.22
como:
• A seta OP define a localizacao do ponto de operacao inicial ou base;
• A curva marrom indica violacao do limite de geracao de potencia reativa;
• A curva azul indica violacao do limite de fluxo de linha (limite termico);
• A curva verde indica violacao do limite de tensao;
• A regiao verde-escura determina que nao ha limites violados;
• A regiao verde-clara determina que ha apenas um limite violado (tensao ou
termico);
• A regiao amarela determina que ha violacao dos limites termico e de tensao
simultaneamente;
• A curva laranja delimita a regiao de mesma cor que indica que alguma con-
tingencia violou a capacidade maxima de transferencia de potencia, ou seja,
45
Figura 3.22: Visualizacao de um nomograma no programa VisorChart.
atingiu o limite de estabilidade de tensao. Esta regiao nao pode ser visualizada
na Figura 3.22, entretanto, sera possıvel observa-la no Capıtulo 4;
• A regiao vermelha indica que se excedeu a capacidade maxima de geracao no
caso base.
Como a violacao do limite de geracao de potencia reativa nao representa uma
restricao direta a operacao, nao ha alteracao de cor de preenchimento da regiao
delimitada pela curva marrom.
O programa VisorChart oferece ainda algumas opcoes que podem ser acessadas
atraves de um menu de contexto, exibido ao se pressionar o botao direito do mouse
sobre o grafico de um nomograma. As opcoes disponıveis sao exibidas na Figura
3.23.
Nota-se que ha uma redundancia de informacoes nos tres nomogramas, uma
vez que a soma das potencias geradas nos tres eixos e aproximadamente constante,
consideradas variacoes provocas por perdas de transmissao. Assim, identificada
46
Figura 3.23: Opcoes disponıveis no programa VisorChart.
uma violacao em um dado ponto do nomograma G1xG2, este indicara que ha a
mesma violacao no nomogramas G1xG3 e G2xG3. Deste modo, a analise de um
dos nomogramas ja seria suficiente, visto que os outros dois sao projecoes da mesma
informacao em outros planos [2].
3.4 Principais Fatores Influentes na Forma e Di-
mensao
Como foi mencionado em secoes anteriores, existem fatores que influenciam di-
retamente a forma e a dimensao de uma RSE. Estes fatores sao apresentados e
dissertados a seguir:
• Numero de Direcoes: em cada direcao ocorre um processo de trans-
ferencia de potencia de geracao entre as regioes importadora e exportadora,
identificando-se ao longo do processo os limites de seguranca violados. As-
sim, quanto maior o numero de direcoes percorridas, maior a quantidade de
cenarios de geracao analisados e, consequentemente, maior precisao na analise
estatica do SEP estudado;
• Calculo dos Fatores de Participacao Individuais: a variacao do fator
de participacao dos geradores de um SEP, nas transferencias de potencia de
geracao realizadas nas diversas direcoes especificadas, pode acarretar em di-
ferentes perfis de carregamento de linhas e transformadores proximos a estes
geradores. Entretanto, o tipo de calculo efetuado para os fatores de parti-
cipacao individuais (FPI), com base na capacidade maxima ou no despacho
47
do ponto de operacao inicial, so tera influencia sobre a forma da RSE desejada,
caso a diferenca calculada entre os FPI de cada tipo seja significativa para di-
versos geradores. Isto pode ocorrer, por exemplo, em um SEP que contenha
mais de um gerador com despacho nulo no caso base.
• Contingencias Programadas: a lista de contingencias programadas e ana-
lisada para cada ponto de operacao obtido durante o processo de transferencia
de geracao. Deste modo, quanto maior o numero de contingencias analisa-
das, maior sera o numero de violacoes identificadas, visto que mais pontos de
operacao serao analisados;
• Monitoracao: os limites identificados durante o processo de transferencia
de geracao delimitam as fronteiras de uma RSE, logo, monitorar apenas de-
terminados elementos ao inves de todos os elementos de um SEP, diminuira a
quantidade de violacoes encontradas, aumentado a regiao segura da RSE em
construcao;
• Dispositivos de Controle: a ativacao ou congelamento de controles de
tensao por variacao automatica de tapes, variacao de excitacao de geradores,
chaveamento de bancos shunt, ou controle de fluxo por variacao de fase de
transformadores defasadores, entre outros, influencia de forma direta a solucao
de fluxo de potencia executada pelo programa ANAREDE em cada ponto de
operacao analisado em uma RSE. Por este fato, para diferentes configuracoes
dos mecanismos de controles, diferentes RSE serao construıdas a partir de um
mesmo ponto de operacao base;
• Carregamento do Sistema: uma RSE e especıfica para cada patamar de
carga, portanto, se o carregamento do sistema e alterado, como nas variacoes
existentes na curva de carga do SIN ao longo de um dia, deve-se repetir todo o
processo de construcao a fim de gerar uma nova RSE para um novo patamar
de carga, visto que o ponto de operacao inicial mudara devido ao redespacho
necessario para atender a nova demanda;
• Modelo de Carga: o modelo padrao de carga no programa ANAREDE e
definido como potencia constante, ou seja, os valores em MVA das cargas nao
varia para diferentes nıveis de tensao. Assim, a modificacao do modelo de carga
adotado para carga ZIP ou para impedancia constante alterara o carregamento
do sistema ao longo das direcoes em que ocorre as transferencias de geracao,
mantendo o mesmo ponto de operacao base. Isto modificara drasticamente a
disposicao das curvas indicativas dos limites violados da RSE em estudo.
48
Todos os fatores supracitados, influentes na forma e dimensao de uma RSE, serao
analisados graficamente atraves de exemplos apresentados no Capıtulo 4 para dois
diferentes sistemas, o sistema tutorial de 10 barras e o sistema teste de 107 barras.
3.5 Regiao de Seguranca Dinamica
Existe ainda, alem da Regiao de Seguranca Estatica (RSE), a Regiao de Segu-
ranca Dinamica (RSD), cuja analise esta relacionada ao comportamento de sistemas
eletricos de potencia (SEP) apos a ocorrencia de disturbios em determinados instan-
tes de tempo. Esta analise e conhecida como analise de estabilidade eletromecanica
e e comumente efetuada, no setor eletrico, com o auxılio do programa ANATEM
desenvolvido pelo CEPEL.
Quando o codigo EXRS e executado sem a opcao JUMP, os pontos de operacao
obtidos durante os processos de transferencia de geracao, cuja avaliacao de segu-
ranca estatica foi realizada pelo ANAREDE, sao encaminhados para a avaliacao de
seguranca dinamica a ser efetuada pelo programa ANATEM.
Nesta avaliacao dinamica, sao processadas as contingencias programadas no caso
estatico e as contingencias adicionais especificadas para o caso dinamico. Os mesmos
criterios avaliados na analise estatica sao verificados nas simulacoes para intervalos
superiores a 10s a partir do ultimo evento aplicado, visto que este intervalo seria
suficiente para estabelecer o regime permanente [2].
Alem da verificacao dos criterios de regime permanente e da estabilidade do
sistema, sao analisados criterios dinamicos estabelecidos no Procedimento de Rede
[6] elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Eletrico (ONS).
Detalhes sobre o uso da ferramenta de analise dinamica atraves de uma RSD
e os diversos criterios utilizados nesta analise excedem o escopo deste trabalho e,
portanto, nao serao abordados.
49
Capıtulo 4
Resultados e Discussoes
4.1 Consideracoes Iniciais
Neste capıtulo, serao analisados e discutidos os principais fatores e parametros
que exercem influencia direta no formato e na localizacao das fronteiras de uma RSE
atraves de comparacoes graficas entre as diversas RSE obtidas para cada modificacao
enunciada a seguir:
• Numero de direcoes;
• Calculo dos FPI;
• Contingencias programadas;
• Monitoracao;
• Dispositivos de controle;
• Carregamento do sistema;
• Modelo de carga.
Dois sistemas serao utilizados como base nas simulacoes e na obtencao das RSE
para cada um dos itens supracitados, o sistema tutorial de 10 barras e o sistema
teste de 107 barras apresentados nos Apendices A e B, respectivamente.
Em cada simulacao, duas acoes sucessivas serao necessarias:
i) Carregar o arquivo PWF que contem o caso base e demais parametros do sis-
tema em estudo (10BARRAS.PWF ou 107BARRAS.PWF);
ii) Adicionar um arquivo PWF que contem os comandos necessarios para a ob-
tencao da RSE desejada.
50
Ambas acoes devem ser efetuadas no programa ANAREDE, conforme indicado
na Figura 4.1. Os arquivos 10BARRAS.PWF e 107BARRAS.PWF se encontram nas secoes
A.9 e B.11, respectivamente.
Adicionar arquivo PWFCarregar arquivo PWF
Figura 4.1: Icones para adicionar ou carregar um caso no ANAREDE.
Nas secoes subsequentes que visam demonstrar as alteracoes graficas em uma
RSE, resultantes da modificacao de determinados parametros, somente os nomogra-
mas do plano G2xG3 serao apresentados, pois, como ja foi citado no Capıtulo 3,
basta analisar um dos nomogramas, visto que os outros dois sao apenas projecoes
em outros planos de uma mesma informacao 3D.
4.2 Sistema Tutorial de 10 Barras - Fatores Influ-
entes na RSE
O sistema 10 barras, minuciosamente descrito no Apendice A, e composto de 3
barras PV , 1 barra V θ (swing), 6 barras PQ, 6 linhas de transmissao e 4 trans-
formadores, divididos entre 4 areas, com monitoracao completa de tensao, fluxo e
geracao reativa e com 6 contingencias programadas, as quais configuram a abertura
de cada linha do sistema.
O sistema tutorial de 10 barras conta ainda com 8 direcoes de transferencia de
geracao (NDIR = 8), calculo dos Fatores de Participacao Individuais (FPI) baseado
no despacho de geracao do caso base, opcao de controle remoto de tensao (CRT)
desativado (CREM desabilitado) e 100% da carga ativa e reativa modelada como
potencia constante.
Na Figura 4.2, pode-se observar o conteudo do arquivo PWF que foi adicionado
no ANAREDE, apos o carregamento do arquivo 10BARRAS.PWF e verifica-se:
• A execucao da solucao do fluxo de potencia (codigo de execucao EXLF) para
convergencia do caso antes da construcao da RSE do sistema 10 barras (codigo
de execucao EXRS);
51
• Que as opcoes NEWT e QLIM, ja habilitadas no caso base como explanado
no Apendice A, sao redundantes em relacao a utilizacao em conjunto com
EXLF e so foram citadas a fim de exemplificar o uso das opcoes de controle
de execucao;
• Que a opcao CREM, responsavel pela habilitacao do Controle Remoto de
Tensao (CRT) exercido pelos geradores 2 e 3, tem relevancia na execucao do
codigo EXLF, ja que esta opcao nao esta habilitada no caso base. A barra que
tera a tensao controlada por um dado gerador por meio do CRT e definida no
campo “Barra Controlada” do codigo de execucao DBAR [5];
• A utilizacao da opcao JUMP, para evitar a criacao dos arquivos necessarios a
analise dinamica, e do codigo de execucao FIM para informar ao ANAREDE
o termino do codigo-fonte.
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.2: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (padrao).
Os nomogramas resultantes da execucao do codigo descrito na Figura 4.2 sao
exibidos nas Figuras 4.3, 4.4 e 4.5 e serao utilizados como padrao de comparacao
com as demais simulacoes que utilizam o sistema 10 barras como base. Todo este
processo se repetira de modo analogo neste capıtulo.
52
Figura 4.3: Nomograma do plano G1xG2 da RSE do sistema 10 barras (padrao).
Figura 4.4: Nomograma do plano G1xG3 da RSE do sistema 10 barras (padrao).
53
Figura 4.5: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (padrao).
Nota-se que o ponto de operacao escolhido para o sistema 10 barras e seguro
e que existem diversos pontos de operacao seguros que podem ser alcancados com
simples redespachos de geracao. Ressalta-se que estes nomogramas foram criados a
partir de oito direcoes de transferencia de geracao (NDIR = 8), como definido no
Apendice A e que os limites identificados nestes nomogramas foram anteriormente
apresentados e discutidos no Capıtulo 3.
4.2.1 Numero de Direcoes
Para evidenciar a influencia do numero de direcoes na forma e na precisao de uma
RSE, a constante NDIR sera alterada para dois valores diferentes, atraves do codigo
de execucao DCTE, comparando-se os resultados com a RSE padrao do sistema 10
barras, em que NDIR e igual a 8.
16 Direcoes (NDIR = 16)
A Figura 4.6 apresenta o codigo a ser executado no ANAREDE, apos o carrega-
mento do arquivo 10BARRAS.PWF, com a finalidade de modificar o valor da constante
NDIR para 16 (codigo de execucao DCTE), convergir o caso base e obter a RSE
com 16 direcoes de transferencia de potencia. A opcao IMPR imprime a modificacao
realizada pelo codigo DCTE no relatorio de saıda do ANAREDE.
54
DCTE IMPR
(Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
NDIR 16
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.6: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (16
direcoes).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo apresentado na Figura
4.6, e ilustrado na Figura 4.7.
Figura 4.7: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (16 direcoes).
A Figura 4.8 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
com NDIR igual a 8 e da RSE com NDIR igual a 16.
55
(a) 8 direcoes. (b) 16 direcoes.
Figura 4.8: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10 barras
(padrao x 16 direcoes).
Comprova-se assim, a influencia do numero de direcoes no formato de uma RSE,
com um significativo aumento da regiao interna as curvas limitadoras da regiao
segura de operacao da RSE do sistema 10 barras.
100 Direcoes (NDIR = 100)
A fim de se obter uma RSE do sistema 10 barras com 100 direcoes de transferencia
de potencia, executa-se o codigo contido na Figura 4.9 apos o carregamento do
arquivo 10BARRAS.PWF no programa ANAREDE. Altera-se o valor de NDIR para
100 (codigo de execucao DCTE), converge-se o caso base seguido da construcao da
RSE para 100 direcoes.
DCTE IMPR
(Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
NDIR 100
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.9: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (100
direcoes).
O nomograma G2xG3, obtido com a execucao do codigo descrito na Figura 4.9,
e exibido na Figura 4.10.
56
Figura 4.10: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (100
direcoes).
A Figura 4.11 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com 100 direcoes de transferencia de potencia.
(a) 8 direcoes. (b) 100 direcoes.
Figura 4.11: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x 100 direcoes).
Nota-se que, alem de apresentar novos pontos de operacao dentro da regiao
segura, a RSE com 100 direcoes de transferencia, tem maior precisao na analise de
seguranca do sistema 10 barras, pois, a medida que o numero de direcoes cresce, mais
cenarios de transferencia de geracao sao avaliados. Entretanto, deve-se ponderar a
57
escolha do valor de NDIR, pois o esforco computacional se eleva, conforme o numero
de direcoes e acrescido.
4.2.2 Calculo dos Fatores de Participacao Individuais
Como discutido no Capıtulo 3, os FPI dos geradores de cada grupo podem ser
calculados de duas maneiras, baseado na capacidade maxima de geracao ou baseado
no despacho de geracao do caso base. Este ultimo e utilizado como padrao de calculo
dos FPI do sistema 10 barras, portanto, para que a influencia destes valores de FPI
seja identificada na RSE deste SEP, deve-se executar o codigo descrito na Figura
4.12, mediante carregamento previo do arquivo 10BARRAS.PWF no ANAREDE. Este
codigo contem os valores dos FPI, baseados na capacidade maxima de geracao,
para cada gerador do sistema, definidos pelo codigo de execucao DGER. O valor
“M”, especificado em cada linha do codigo DGER, e necessario para informar ao
ANAREDE que sera realizada uma modificacao dos parametros de geracao. Apos o
codigo DGER, deve-se utilizar os codigos EXLF para convergir o caso base e EXRS
para construir a RSE desejada.
DGER IMPR
(No ) O (Pmn ) (Pmx ) ( Fp) (FpR) (FPn) (Fa) (Fr) (Ag) ( Xq) (Sno)
1 M 50.
10 M 50.
2 M 100.
3 M 100.
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.12: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (FPImax).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.12,
e apresentado na Figura 4.13.
58
Figura 4.13: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (FPImax).
A Figura 4.14 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
do sistema 10 barras e da RSE com os FPI calculados com base na capacidade
maxima de geracao.
(a) Calculo baseado no despacho do caso
base.
(b) Calculo baseado na capacidade maxima.
Figura 4.14: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x FPImax).
Neste caso, ja era esperado que a mudanca no calculo dos FPI nao resultasse em
diferencas graficas na RSE do sistema 10 barras, visto que este sistema era composto
originalmente de tres geradores, e que um deles foi divido em dois geradores iguais,
59
a fim de proporcionar a possibilidade de exemplificacao dos tipos de calculo dos
FPI para o sistema 10 barras, como explicitado no Apendice A. Portanto, nao ha
diferenca entre redespachar o gerador 1 ou o gerador 10, pertencentes ao grupo G1,
pois ambos exportam potencia para o sistema de forma identica.
4.2.3 Contingencias Programadas
Para cada ponto de operacao obtido durante os processos de transferencia de
geracao, avalia-se uma lista de contingencias preestabelecidas. Logo, a identificacao
dos limites violados, durante o procedimento de construcao de uma RSE, depende de
quais contingencias foram programadas, uma vez que um determinado limite pode
ser violado em apenas uma das contingencias.
Visando demonstrar a influencia grafica das contingencias programadas em uma
RSE, executa-se o codigo descrito na Figura 4.15, apos o carregamento do arquivo
10BARRAS.PWF no ANAREDE. Neste codigo, pode-se observar o uso do codigo
de execucao DCTG com o valor “E” no campo Operacao (O) que determina a
eliminacao da contingencia numero 1, especificada no Apendice A. Em seguida,
converge-se o caso base (codigo de execucao EXLF) para se obter a RSE (codigo de
execucao EXRS) do sistema 10 barras sem avaliacao da contingencia numero 1.
DCTG IMPR
(Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
1 E
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.15: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (con-
tingencias programadas).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo apresentado na Figura
4.15, e exibido na Figura 4.16.
60
Figura 4.16: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (con-
tingencias programadas).
A Figura 4.17 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE sem avaliacao da contingencia numero 1.
(a) Lista padrao. (b) Eliminacao de uma contingencia.
Figura 4.17: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x contingencias programadas).
Evidencia-se a importancia da escolha de uma lista de contingencias que con-
tenha os casos mais severos e/ou mais recorrentes, pois, a simples eliminacao da
contingencia numero 1, que representa a perda da linha de transmissao que inter-
liga as barras 4 e 5, afastou todas as curvas indicativas dos limites violados para
61
a fronteira em que o sistema 10 barras atinge sua capacidade maxima de geracao.
Portanto, a avaliacao da contingencia numero 1 e crucial para a correta avaliacao
da seguranca do sistema 10 barras.
4.2.4 Monitoracao
Com o objetivo de demonstrar a influencia da monitoracao seletiva na forma e
na localizacao das fronteiras dos limites de seguranca de uma RSE, executa-se o
codigo descrito na Figura 4.18, apos o carregamento do arquivo 10BARRAS.PWF no
ANAREDE. O codigo de execucao DMTE especifica a monitoracao de tensao para
todas as barras do sistema excetuando-se a barra 5. Posteriormente, converge-se o
caso base (codigo de execucao EXLF) para obtencao da RSE do sistema 10 barras
(codigo de execucao EXRS) com monitoracao seletiva de tensao, habilitada atraves
da opcao MOST.
DMTE IMPR
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O F
BARR 1 A BARR 10 X BARR 5
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM MOST
EXRS JUMP QLIM MOST
FIM
Figura 4.18: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (moni-
toracao).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.18,
e apresentado na Figura 4.19.
62
Figura 4.19: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (moni-
toracao).
A Figura 4.20 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com monitoracao seletiva de tensao.
(a) Monitoracao padrao. (b) Monitoracao seletiva.
Figura 4.20: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x monitoracao).
Comprova-se que a monitoracao seletiva tem grande influencia na identificacao
dos limites violados ao longo das sucessivas transferencia de potencia, porquanto
a curva indicativa do limite de tensao afastou-se do ponto de operacao inicial
sobrepondo-se a fronteira externa da RSE do sistema 10 barras. Conclui-se que
63
a selecao dos elementos a serem monitorados no sistema deve ter relevancia seme-
lhante a escolha da lista de contingencias, visto que ambas podem alterar as curvas
indicativas dos limites de seguranca.
4.2.5 Dispositivos de Controle
A habilitacao dos dispositivos de controle, como o CRT, pode corrigir violacoes
antes identificadas em determinados pontos de operacao. Apos o carregamento do
arquivo 10BARRAS.PWF no ANAREDE, executa-se o codigo apresentado na Figura
4.21 que utiliza a opcao CREM tanto na solucao do problema de fluxo de potencia
(codigo de execucao EXLF), quanto na construcao da RSE do sistema 10 barras
(codigo de execucao EXRS).
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM CREM
FIM
Figura 4.21: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (dispo-
sitivos de controle).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.21,
e apresentado na Figura 4.22.
64
Figura 4.22: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (dispositivos
de controle).
A Figura 4.23 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com CRT ativado.
(a) CREM desabilitado. (b) CREM habilitado.
Figura 4.23: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x dispositivos de controle).
O controle remoto de tensao (CRT), exercido pelos geradores 2 e 3 no sistema
10 barras, ao inves de corrigir as violacoes identificadas, agravou o problema de
tensao a ponto de delimitar a fronteira do limite de tensao no ponto de operacao
inicial. Portanto, os dispositivos de controle devem ser utilizados com cautela, pois,
65
em alguns casos, podem ser prejudiciais ao sistema.
4.2.6 Carregamento do Sistema
Sabe-se que uma RSE e definida para um patamar de carga especıfico, uma vez
que os grupos geradores sofrem sucessivos redespachos a fim de suprir esta demanda
do sistema. Para observar a mudanca grafica ocasionada pela variacao da demanda
na RSE do sistema 10 barras, deve-se executar o codigo descrito na Figura 4.24, apos
o carregamento do arquivo 10BARRAS.PWF no ANAREDE. Este codigo demonstra
a utilizacao do codigo de execucao DANC, que altera o nıvel de carregamento do
sistema, para um caso previamente convergido.
Nesta demostracao, reduz-se o carregamento do sistema (carga ativa e reativa)
em 15%. A opcao BPSI e utilizada em conjunto com o codigo DANC visando distri-
buir qualquer diferenca entre carga e geracao entre todos os geradores do sistema,
de modo a fechar o balanco de potencia. Caso a opcao BPSI nao seja utilizada, a
barra swing assumira quaisquer variacoes de geracao necessarias para o fechamento
do balanco carga-geracao. A opcao ACLS permite o uso da linguagem de selecao,
caracterıstica do ANAREDE, no codigo de execucao DANC.
Finalizada a alteracao do carregamento do sistema, converge-se o caso base
(codigo de execucao EXLF) para obtencao da RSE do sistema 10 barras (codigo
de execucao EXRS).
EXLF NEWT QLIM CREM
(
DANC IMPR ACLS BPSI
(tp) (num) C (tp) (num) C (tp) (num) C (tp) (num) ( Fp ) ( Fq ) ( Fs )
AREA 1 A AREA 4 -15. -15.
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.24: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (carre-
gamento do sistema).
O nomograma G2xG3, resultando da execucao do codigo descrito na Figura 4.24,
e exibido na Figura 4.25.
66
Figura 4.25: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (carrega-
mento do sistema).
A Figura 4.26 destaca a comparacao entre os nomograma G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com reducao de 15% no carregamento do sistema 10 barras.
(a) 100% da carga. (b) 85% da carga.
Figura 4.26: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x carregamento do sistema).
Ao reduzir o carregamento do sistema 10 barras, um novo ponto de operacao base
foi definido, devido ao redespacho necessario para atender a nova demanda. Deste
modo, uma nova RSE foi obtida, com um novo formato e novas curvas indicativas
dos limites de seguranca.
67
4.2.7 Modelo de Carga
A carga ativa e reativa em um problema de fluxo de potencia e modelada como
potencia constante, isto e, o valor da carga, em MVA, independe da variacao de
tensao da barra na qual esta alocada. Contudo, para o modelo de impedancia
constante, o valor da carga varia com o quadrado da tensao de sua barra.
Para averiguar a diferenca que o modelo de carga provoca na forma e na dimensao
da RSE do sistema 10 barras, executa-se o codigo descrito na Figura 4.27, medi-
ante carregamento previo do arquivo 10BARRAS.PWF. Utiliza-se o codigo de execucao
DCAR a fim de especificar o modelo impendancia constante para 100% da carga
ativa (campo “B”) e 100% da carga reativa (campo “D”), em todas as areas do
sistema 10 barras. Posteriormente, converge-se o caso (codigo de execucao EXLF)
para se obter a RSE do sistema 10 barra com carga 100% impedancia constante.
DCAR IMPR
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O (A) (B) (C) (D) (Vfl)
AREA 1 A AREA 4 0 100 0 100
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.27: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 10 barras (modelo
de carga).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo listado na Figura 4.27,
e apresentado na Figura 4.28.
68
Figura 4.28: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 10 barras (modelo de
carga).
A Figura 4.29 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com carga 100% impedancia constante.
(a) 100% P constante. (b) 100% Z constante.
Figura 4.29: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 10
barras (padrao x modelo de carga).
A modificacao do modelo de carga de potencia constante para impedancia cons-
tante beneficiou o perfil de tensao do sistema, expandindo a curva indicativa do
limite de tensao, sobrepondo-a na fronteira do limite de capacidade de geracao.
Todavia, a fronteira do limite termico foi contraıda na mudanca de modelagem de
69
carga, ja que no caso base os elevados valores de tensao aumentaram a carga do
sistema a ponto de sobrecarregar as linhas de transmissao do mesmo.
4.3 Sistema Teste de 107 Barras - Fatores Influ-
entes na RSE
O sistema 107 barras, apresentado no Apendice B, foi elaborado na referencia
[7] com a finalidade de reproduzir o comportamento do SIN em um sistema de
pequeno porte, facilitando diversos estudos como fluxo de potencia, fluxo de potencia
otimo, estabilidade eletromecanica, etc. Este sistema e composto de 23 barras PV ,
1 barra V θ (swing), 83 barras PQ, 104 linhas de transmissao, 67 transformadores,
1 compensador sıncrono e 1 Compensador Estatico de Reativos (CER), divididos
entre 3 areas: Sudeste, Sul e Mato Grosso.
O sistema teste de 107 barras conta ainda com 16 direcoes de transferencia de
geracao (NDIR = 16), calculo dos Fatores de Participacao Individuais (FPI) baseado
no despacho de geracao do caso base, controle de tensao atraves da variacao dos
tapes de um transformador LTC ativado (CTAP habilitado) e 100% da carga ativa
e reativa modelada como potencia constante.
A monitoracao de tensao no sistema 107 barras e realizada somente para barras
com carga diferente de zero. Ja a monitoracao de fluxo e efetuada apenas para as
linhas de transmissao de 500 kV e, por fim, faz-se a monitoracao de geracao reativa
para todos os geradores do sistema.
Apenas duas contingencias sao analisadas no sistema 107 barras, a perda das
linhas de transmissao de interligacao entre Sul-Sudeste e Sudeste-Mato Grosso, es-
senciais nos processos de intercambio de potencia.
A Figura 4.30 explicita o codigo executado, apos o carregamento do arquivo
107BARRAS.PWF, para a convergencia do caso base e construcao da RSE do sistema
107 barras em 16 direcoes, como definido no Apendice B.
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.30: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras
(padrao).
Como no sistema 10 barras, o uso das opcoes de controle de execucao NEWT e
QLIM sao redundantes, visto que ja estao habilitadas no caso base. A opcao CTAP,
70
que habilita o controle de tensao atraves da variacao dos tapes de um transformador
LTC, e utilizada tanto na solucao do fluxo de potencia (codigo de execucao EXLF),
quanto na construcao da RSE do sistema 107 barras (codigo de execucao EXRS). A
barra que tera a tensao controlada por um transformador LTC e definida no campo
“Barra Controlada” do codigo de execucao DLIN [5]. A opcao CREM tambem e
redundante, ja que nenhum gerador do sistema exerce CRT. Esta opcao tem carater
demonstrativo da utilizacao conjunta das opcoes de controle de execucao.
Os nomogramas resultantes da execucao do codigo descrito na Figura 4.30 sao
exibidos nas Figuras 4.31, 4.32 e 4.33 e serao utilizados como padrao de comparacao
com as demais simulacoes que utilizam o sistema 107 barras como base.
Figura 4.31: Nomograma do plano G1xG2 da RSE do sistema 107 barras (padrao).
71
Figura 4.32: Nomograma do plano G1xG3 da RSE do sistema 107 barras (padrao).
Figura 4.33: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (padrao).
72
Nos nomogramas do sistema 107 barras, observa-se pela primeira vez a regiao
laranja que indica que uma das contingencias violou a capacidade maxima de trans-
ferencia de potencia, ou seja, atingiu o limite de estabilidade de tensao. Verifica-se
tambem que o ponto de operacao inicial (ou base) e seguro, apesar da proximidade
com a fronteira do limite de tensao. Conclui-se, pela inspecao destes nomogramas,
que o principal limitante do aproveitamento de diferentes perfis de geracao no sis-
tema sao as violacoes de tensao nas barras de carga deste SEP, que poderiam ser
corrigidas, por exemplo, com suporte de potencia reativa.
4.3.1 Numero de Direcoes
Para que seja identificada a relacao entre o numero de direcoes e a variacao
da posicao das curvas indicativas dos limites de seguranca e da area de operacao
segura da RSE do sistema 107 barras, modificar-se-a o valor da constante NDIR
para 32 e depois para 100, por meio do codigo DCTE. Os nomogramas resultantes
serao comparados com o padrao adotado que possui 16 direcoes de transferencia de
potencia.
32 Direcoes (NDIR = 32)
A Figura 4.34 apresenta o codigo executado no ANAREDE, mediante carrega-
mento previo do arquivo 107BARRAS.PWF, a fim de alterar a constante NDIR para o
valor 32 (codigo de execucao DCTE), convergir o caso base e obter a RSE com 32
direcoes de transferencia de geracao.
DCTE IMPR
(Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
NDIR 32
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.34: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (32
direcoes).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.34,
e exibido na Figura 4.35.
73
Figura 4.35: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (32
direcoes).
A Figura 4.36 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
com NDIR igual a 16 e da RSE com NDIR igual a 32.
(a) 16 direcoes. (b) 32 direcoes.
Figura 4.36: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x 32 direcoes).
Semelhante ao ocorrido no sistema 10 barras, verifica-se o aumento da precisao
da localizacao das fronteiras dos limites de seguranca, com o aumento do numero
de direcoes de transferencia da RSE do sistema 107 barras. Deste modo, reitera-se
a importancia da escolha do numero de direcoes durante a construcao de uma RSE,
74
a fim de garantir a precisao da analise de seguranca.
100 Direcoes (NDIR = 100)
O codigo descrito na Figura 4.37 e executado no ANAREDE, apos o carrega-
mento do arquivo 107BARRAS.PWF, com o intuito de alterar a constante NDIR para
o valor 100 (codigo de execucao DCTE), convergir o caso base e obter a RSE para
100 direcoes de transferencia.
DCTE IMPR
(Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
NDIR 100
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.37: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (100
direcoes).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.37,
e ilustrado na Figura 4.38.
75
Figura 4.38: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (100
direcoes).
A Figura 4.39 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com 100 direcoes de transferencia de geracao.
(a) 16 direcoes. (b) 100 direcoes.
Figura 4.39: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x 100 direcoes).
Observa-se, que ainda e possıvel tornar a RSE do sistema 107 barras mais pre-
cisa, com o aumento do numero de direcoes, uma vez que existem vertices nao
identificados no nomograma com forma retangular.
76
4.3.2 Calculo dos Fatores de Participacao Individuais
Para alterar os FPI dos geradores do sistema 107 barras, utilizando como base
de calculo a capacidade maxima de geracao, ao inves do despacho no caso base,
deve-se executar o codigo apresentado na Figura 4.40, apos o carregamento do ar-
quivo 107BARRAS.PWF no ANAREDE. Utiliza-se o codigo de execucao DGER para
especificar os FPI calculados no Apendice B, o codigo EXLF para convergir o caso
base e o codigo EXRS para construir a RSE do sistema 107 barras desejada.
DGER IMPR
(No ) O (Pmn ) (Pmx ) ( Fp) (FpR) (FPn) (Fa) (Fr) (Ag) ( Xq) (Sno)
(AREA 1 - SUDESTE
12 M 8.87
16 M 10.54
18 M 18.32
20 M 11.95
22 M 2.6
35 M 3.06
48 M 0
300 M 9.58
301 M 3.21
302 M 4.1
303 M 13.5
305 M 3.05
500 M 11.22
(AREA 2 - SUL
800 M 18.78
808 M 13.91
810 M 14.14
904 M 16.27
915 M 12.8
919 M 8.17
925 M 15.93
(AREA 3 - MATO GROSSO
21 M 29.96
4523 M 8.43
4596 M 44.38
4804 M 17.23
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.40: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras(FPImax).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.40,
e exibido na Figura 4.41.
77
Figura 4.41: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (FPImax).
A Figura 4.42 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com os FPI calculados com base na capacidade maxima dos geradores.
(a) Calculo baseado no despacho do caso
base.
(b) Calculo baseado na capacidade maxima.
Figura 4.42: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x FPImax).
Observa-se que, assim como no sistema 10 barras, a modificacao da base de
calculo dos Fatores de Participacao Individuais (FPI) nao apresentou diferencas
graficas na RSE do sistema 107 barras. Isto pode ter ocorrido, como discutido no
Capıtulo 3, devido a pequena variacao dos FPI, imposta pela mudanca na base de
78
calculo, conforme destacado na Tabela 4.1. A variacao dos FPI (ΔFPI), em apenas
um caso, e maior que 6%, com media percentual igual a 2,76%.
Tabela 4.1: Variacoes dos FPI do sistema 107 barras.
No da
Barra
Grupo
GeradorFPIbase (%) FPImax (%) |ΔFPI| (%)
12 1 4,93 8,87 3,94
16 1 13,28 10,54 2,74
18 1 16,31 18,32 2,01
20 1 14,94 11,95 2,99
22 1 2,48 2,6 0,12
35 1 3,32 3,06 0,26
48 1 0 0 0
300 1 11,62 9,58 2,04
301 1 4,99 3,21 1,78
302 1 6,65 4,1 2,55
303 1 3,21 13,5 10,29
305 1 4,99 3,05 1,94
500 1 13,28 11,22 2,06
800 2 16,92 18,78 1,86
808 2 17,69 13,91 3,78
810 2 18,46 14,14 4,32
904 2 10,77 16,27 5,5
915 2 10,77 12,8 2,03
919 2 10,77 8,17 2,6
925 2 14,62 15,93 1,31
21 3 29,81 29,96 0,15
4523 3 10,39 8,43 1,96
4596 3 48,43 44,38 4,05
4804 3 11,37 17,23 5,86
4.3.3 Contingencias Programadas
A Figura 4.43 apresenta o codigo a ser executado no ANAREDE, mediante
carregamento previo do arquivo 107BARRAS.PWF, visando adicionar uma nova con-
tingencia a lista ja existente de contingencias programadas. Esta nova contingencia
representa a perda do circuito numero 2 da linha de transmissao que interliga as
79
barras 225 e 231, responsavel pelo intercambio de potencia entre as areas Sudeste
e Mato Grosso. Em seguida, converge-se o caso (codigo de execucao EXLF) para
se obter a RSE do sistema 107 barras (codigo de execucao EXRS) com a adicao de
uma nova contingencia.
DCTG IMPR
(Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
3 1 LT_225_231_2
(Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
CIRC 225 231 2
FCAS
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.43: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (con-
tingencias programadas).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.43,
e apresentado na Figura 4.44.
80
Figura 4.44: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (con-
tingencias programadas).
A Figura 4.45 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE do sistema 107 barras com a adicao de uma nova contingencia.
(a) Lista padrao. (b) Adicao de uma contingencia.
Figura 4.45: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x contingencias programadas).
Apesar da perda do circuito numero 1 da linha de transmissao que interliga as
barras 225 e 231 ja ter sido avaliada na RSE padrao do sistema 107 barras, a adicao
do circuito numero 2 desta mesma linha modificou significativamente os limites de
seguranca da RSE analisada.
81
Sabe-se que o circuito numero 2 apresenta parametros de linha (R, X e Bsh)
diferentes do circuito numero 1, como descrito na tabela B.6 do Apendice B. Deste
modo, mesmo com capacidades iguais, o carregamento dos dois circuitos difere,
expondo resultados distintos em relacao a perda de cada um dos circuitos. Portanto,
ressalta-se a importancia de uma escolha concisa na definicao das contingencias a
serem avaliadas, pois ate mesmo circuitos de uma mesma linha podem apresentar
diferentes consequencias ao sistema.
4.3.4 Monitoracao
A Figura 4.46 expoe o codigo a ser executado no ANAREDE, apos o carrega-
mento do arquivo 107BARRAS.PWF, com a finalidade de eliminar a monitoracao de
tensao (codigo de execucao DMTE) nas barras 140, 1210, 1504 e 4501, adicionar
a monitoracao de fluxo (codigo de execucao DMFL) dos circuitos 1 e 2 da linha
de transmissao que interliga as barras 225 e 231, convergir o caso base (codigo de
execucao EXLF) e obter a RSE do sistema 107 barras (codigo de execucao EXRS)
com estas modificacoes.
DMTE IMPR
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O F
BARR 140 E BARR 1210 E BARR 1504 E BARR 4501 E
99999
(
DMFL CIRC IMPR
(De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc (De ) (Pa ) Nc O
225 231 1 225 231 2
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.46: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (mo-
nitoracao).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.46,
e apresentado na Figura 4.47.
82
Figura 4.47: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (moni-
toracao).
A Figura 4.48 destaca a comparacao entre os nomograma G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com modificacao na monitoracao de tensao e fluxo de potencia.
(a) Monitoracao padrao. (b) Monitoracao seletiva.
Figura 4.48: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x monitoracao).
Observa-se que a eliminacao da monitoracao de tensao de algumas barras de
carga expandiu a fronteira do limite de tensao acima do ponto de operacao inicial e
que a adicao da monitoracao de fluxo da interligacao, entre as areas Sudeste e Mato
Grosso, retraiu a curva indicativa do limite termico ao ponto de operacao inicial,
83
demonstrando a importancia de determinadas barras e linhas de transmissao no
sistema 107 barras.
4.3.5 Dispositivos de Controle
A Figura 4.49 descreve o codigo a ser executado no ANAREDE, apos o carrega-
mento do arquivo 107BARRAS.PWF, para convergir o caso base (codigo de execucao
EXLF) e obter a RSE do sistema 107 barras sem o auxılio do controle de tensao
por variacao de tapes dos transformadores LTC, uma vez que a opcao CTAP nao
e utilizada em conjunto com o codigo de execucao EXRS. Como a opcao CREM
e redundante, ja que nenhum gerador do sistema exerce controle remoto de tensao
(CRT), esta opcao tambem nao sera utilizada junto ao codigo de execucao EXRS.
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM
FIM
Figura 4.49: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (dis-
positivos de controle).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo listado na Figura 4.49,
e exposto na Figura 4.50.
84
Figura 4.50: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (disposi-
tivos de controle).
A Figura 4.51 destaca a comparacao entre os nomgramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE sem o auxılio dos dispositivos de controle de tensao.
(a) CTAP habilitado. (b) CTAP desabilitado.
Figura 4.51: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x dispositivos de controle).
Ao contrario do ocorrido no sistema 10 barras, os dispositivos de controle sao
fundamentais na manutencao do perfil de tensao do sistema 107 barras, fato eviden-
ciado pela contracao da curva indicativa do limite de tensao na RSE obtida nesta
secao.
85
4.3.6 Carregamento do Sistema
A fim de aumentar a carga ativa e reativa do sistema 107 barras em 5%, deve-
se executar o codigo descrito na Figura 4.52, apos o carregamento do arquivo
107BARRAS.PWF no ANAREDE. A opcao BPAR, utilizada em conjunto com o codigo
DANC, tem funcao semelhante a opcao BPSI, apresentada na secao 4.2.6, exceto
no que diz respeito ao redespacho de geracao, que e realizado por area ao inves de
contemplar todo o sistema, visando fechar o balanco carga-geracao em cada area
separadamente. Apos o acrescimo no carregamento do sistema, converge-se o caso
base (codigo de execucao EXLF) para obtencao da RSE do caso em analise (codigo
de execucao EXRS).
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
(
DANC ACLS BPAR IMPR
(tp) (num) C (tp) (num) C (tp) (num) C (tp) (num) ( Fp ) ( Fq ) ( Fs )
AREA 1 A AREA 3 5. 5.
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.52: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (car-
regamento do sistema).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo exibido na Figura 4.52,
e apresentado na Figura 4.53.
86
Figura 4.53: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (carrega-
mento do sistema).
A Figura 4.54 destaca a comparacao entra os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE com acrescimo de carga.
(a) 100% da carga. (b) 105% da carga.
Figura 4.54: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x carregamento do sistema).
O acrescimo de 5% na carga do sistema, modificou nao so as curvas indicativas
dos limites de seguranca, como o formato da RSE do sistema 107 barras, que teve
sua dimensao no eixo G2 reduzida. Isto pode ser observado atraves da variacao do
intervalo de valores no eixo G2, que variou de 5000 a 7400 MW para 5600 a 7400
87
MW.
4.3.7 Modelo de Carga
A Figura 4.55 apresenta o codigo a ser executado, mediante carregamento previo
do arquivo 107BARRAS.PWF no ANAREDE, com o objetivo de alterar a modela-
gem de 10% da carga do sistema para impendancia constante (codigo de execucao
DCAR), convergir o caso base (codigo de execucao EXLF) e obter a RSE do sistema
107 barras (codigo de execucao EXRS) com 10% da carga (ativa e reativa) modelada
como impedancia constante.
DCAR IMPR
(tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O (A) (B) (C) (D) (Vfl)
AREA 1 A AREA 3 10 10
99999
(
EXLF NEWT QLIM CREM CTAP
EXRS JUMP QLIM CREM CTAP
FIM
Figura 4.55: Codigo executado para obtencao da RSE do sistema 107 barras (modelo
de carga).
O nomograma G2xG3, resultante da execucao do codigo descrito na Figura 4.55,
e exibido na Figura 4.56.
88
Figura 4.56: Nomograma do plano G2xG3 da RSE do sistema 107 barras (modelo
de carga).
A Figura 4.57 destaca a comparacao entre os nomogramas G2xG3 da RSE padrao
e da RSE do sistema 107 barras com 10% da carga modelada como impedancia
constante e 90% como potencia constante.
(a) 100% P constante. (b) 90% P constante e 10% Z constante.
Figura 4.57: Comparacao entre os nomogramas G2xG3 das RSE do sistema 107
barras (padrao x modelo de carga).
Com apenas 10% de carga modelada como impedancia constante, pode-se obser-
var a expansao da fronteira do limite de tensao acima do ponto de operacao inicial
e o aumento da largura da RSE em relacao ao eixo G2, causados pela variacao da
89
Capıtulo 5
Conclusoes
Como proposto, este trabalho descreveu todos os procedimentos necessarios para
a obtencao de uma Regiao de Seguranca Estatica (RSE) de um sistema eletrico de
potencia (SEP), utilizando a ferramenta VSA do programa ANAREDE. Deste modo,
elaborou-se um manual de referencia que facilita o uso desta ferramenta.
A partir dos resultados apresentados e discutidos no Capıtulo 4, e possıvel com-
provar que a modificacao de determinados fatores e parametros, como o numero
de direcoes de transferencia de potencia, a lista de contingencias a serem avaliadas
em cada ponto de operacao e o conjunto de elementos a serem monitorados, entre
outros, influenciam diretamente a forma e a dimensao de uma Regiao de Seguranca
Estatica.
Destaca-se que a analise de apenas um dos nomogramas dos planos G1xG2,
G1xG3 e G2xG3 e suficiente, uma vez que ambos sao projecoes de uma mesma
informacao 3D, a RSE.
A Regiao de Seguranca Estatica possibilita a avaliacao de seguranca de uma
gama de cenarios de geracao de forma rapida e pratica, visto que sua representacao
grafica dos resultados facilita a interpretacao dos mesmos. Entretanto, quanto maior
o numero de cenarios analisados, maior o esforco computacional exigido.
Para sistemas de grande porte, pode-se paralelizar o processo de construcao de
uma RSE, ja que cada direcao de transferencia de potencia e independente das
demais, viabilizando a utilizacao da ferramenta VSA em centros de operacao.
A ferramenta VSA do programa ANAREDE pode ainda ser utilizada no ambiente
de planejamento, com a finalidade de realizar estudos para melhoria da seguranca do
sistema ou analisar os impactos de novos empreendimentos de expansao na seguranca
do sistema em estudo.
Atraves da inspecao de um dos nomogramas de uma RSE, e possıvel redespachar
os geradores do sistema de maneira a otimizar uma determinada caracterıstica da
rede, como por exemplo, minimizar as perdas de transmissao, mantendo o ponto de
operacao dentro da regiao segura de operacao.
91
Referencias Bibliograficas
[1] ALMEIDA, F. C. B. Avaliacao do desempenho dos dispositivos de controle e
modelagem de carga a partir de regioes de seguranca estatica. Dissertacao
de Mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011.
[2] ALVES, F. R. M., HENRIQUES, R. M., RANGEL, R. D., et al. “Ferramenta
integrada para avaliacao da seguranca estatica e dinamica de sistemas
eletricos de potencia de grande porte”. In: XII SEPOPE, pp. 65–74, 2013.
[3] MONTICELLI, A. J. Fluxo de carga em redes de energia eletrica. Sao Paulo,
Edgard Blucher, 1983.
[4] BARBOSA, L. B. Desenvolvimento de uma ferramenta automatica para a de-
terminacao da maxima transferencia de potencia entre areas/regioes em
regime permanente. Trabalho de Conclusao de Curso, Universidade Fede-
ral Fluminense, 2009.
[5] Manual do usuario do programa de Analise de Redes Eletricas - ANAREDE.
Centro de Pesquisas de Energia Eletrica - CEPEL, Rio de Janeiro, 2012.
[6] Procedimentos de Rede - Submodulo 23.3, 2.0 ed. Operador Nacional do Sistema
Eletrico - ONS, 2011.
[7] ALVES, W. F. Proposicao de sistemas-teste para analise computacional de sis-
temas de potencia. Dissertacao de Mestrado, Universidade Federal Flu-
minense, 2007.
92
Apendice A
Sistema Tutorial de 10 Barras
O sistema tutorial de 10 barras, utilizado no Capıtulo 3 para exemplificar as
etapas de construcao de uma RSE e no Capıtulo 4 como um dos sistemas base para
as simulacoes realizadas, era composto originalmente de 9 barras e foi modificado a
fim de permitir a exemplificacao do calculo dos fatores de participacao individuais
(FPI), realizado na secao 3.3.4, ja que estes necessitam de dois ou mais geradores
por grupo gerador. Este sistema e composto de 3 barras PV , 1 barra V θ (swing), 6
barras PQ, 6 linhas de transmissao e 4 transformadores, divididos entre 4 areas.
Devido a sua simplicidade, este sistema foi utilizado a fim de facilitar calculos
e modificacoes de parametros necessarios nas simulacoes efetuadas. Os dados e in-
formacoes referentes ao sistema 10 barras, necessarios como dados de entrada no pro-
grama ANAREDE, serao descritos nas secoes A.1 a A.8. O arquivo 10BARRAS.PWF,
utilizado nas simulacoes do Capıtulo 4, e descrito na secao A.9.
A.1 Diagrama Unifilar
O diagrama unifilar do sistema 10 barras, criado no programa ANAREDE, e
exibido na Figura A.1 onde se permite visualizar a topologia do sistema.
93
Figura A.1: Diagrama unifilar do sistema 10 barras.
A.2 Dados de Opcoes
As opcoes habilitadas no programa ANAREDE (codigo de execucao DOPC),
para o sistema 10 barras, sao listadas a seguir:
• NEWT: Solucao do fluxo de potencia pelo metodo Full-Newton;
• QLIM: Limitacao da geracao de potencia reativa por geradores;
• MOCT: Monitoracao completa de tensao;
• MOCF: Monitoracao completa de fluxo de potencia;
• MOCG: Monitoracao completa de geracao reativa;
• RMON: Relatorio de monitoracao;
• RCVG: Relatorio de convergencia do problema de fluxo de potencia.
94
A.3 Dados de Constantes
Os valores especificados para as constantes (codigo de execucao DCTE), no pro-
grama ANAREDE, sao descritos na Tabela A.1. As demais constantes nao foram
mencionadas pois se utilizou os valores default das mesmas.
Tabela A.1: Valores das constantes especificadas para o sistema 10 barras.
CodigoValor
Especificado
NDIR 8
STIR 10
STTR 1%
TRPT 100%
DMAX 5
FDIV 2
ICIT 9000
ICMN 1E-5%
A.4 Dados de Area, Grupos Base e Limite de
Tensao
A identificacao das areas que compoe o sistema (codigo de execucao DARE) e
a especificacao dos limites de tensao existentes (codigo de execucao DGLT) podem
ser observadas nas Tabelas A.2 e A.3 respectivamente. Por se tratar de um sistema
tutorial, as barras deste sistema nao necessitam de um grupo base de tensao (codigo
de execucao DGBT).
Tabela A.2: Identificacao das areas do sistema 10 barras.
Area Identificacao
1 Area 1
2 Area 2
3 Area 3
4 Area 4
95
Tabela A.3: Especificacao dos limites de tensao do sistema 10 barras.
GrupoMınimo
(pu)
Maximo
(pu)
1 .9 1.1
A.5 Dados de Barra
Os dados e as informacoes das barras (codigo de execucao DBAR) pertencen-
tes ao sistema 10 barras sao listados na Tabela A.4, cuja descricao dos campos e
enunciada a seguir:
• No: Numero de identificacao da barra;
• Tipo: Tipo de barra (1 → PV , 2 → V θ e 0 → PQ);
• GBT: Grupo base de tensao da barra;
• Nome: Nome da barra;
• GLT: Grupo limite de tensao da barra;
• Tensao: Modulo da tensao na barra, em p.u.;
• Angulo: Angulo da tensao na barra, em graus;
• PG: Potencia ativa gerada na barra, em MW;
• QG: Potencia reativa gerada na barra, em Mvar;
• PL: Carga ativa na barra, em MW;
• QL: Carga reativa na barra, em Mvar;
• SH: Potencia reativa injetada na barra por um capacitor ou reator, em Mvar;
• Area Area a qual pertence a barra.
96
Tab
elaA.4:Dad
oseinform
acoesdas
barrasdosistem
a
10barras.
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
12
0Barra
11
1,075
0100,1
5-
-0
1
101
0Barra
101
1,075
-1,7
42,4
3-
-0
1
21
0Barra
21
1,075
-0,6
90-2,87
--
02
31
0Barra
31
1,075
-0,2
85-15,1
--
03
40
0Barra
41
1,074
-2,9
--
--
04
50
0Barra
51
1,051
-6,5
--
125
500
4
60
0Barra
61
1,065
-5,5
--
9030
04
70
0Barra
71
1,078
-3,4
--
00
04
80
0Barra
81
1,069
-5,1
--
100
350
4
90
0Barra
91
1,083
-2,6
--
00
04
97
A.6 Dados de Linhas de Transmissao e Transfor-
madores
Os dados e as informacoes de linhas de transmissao e transformadores (codigo
de execucao DLIN) pertencentes ao sistema 10 barras sao apresentados na Tabela
A.5, cuja descricao dos campos e enunciada a seguir:
• Barra De: Identificacao da barra de uma das extremidades do circuito;
• Barra Para: Identificacao da barra da outra extremidade do circuito;
• No Circ.: Numero de identificacao de circuitos em paralelo;
• R: Valor da resistencia do circuito, em %;
• X: Valor da reatancia do circuito, em %;
• BSH: Valor total da susceptancia shunt do circuito, em Mvar;
• Tap: Valor do tap referido a barra definida no campo “Barra De”, em p.u.;
• CN: Capacidade de carregamento do circuito em condicoes normais, em MVA;
• CE: Capacidade de carregamento do circuito em condicoes de emergencia, em
MVA.
Tabela A.5: Dados e informacoes das linhas e transfor-
madores do sistema 10 barras.
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
1 4 1 0 5,76 - 1,0 125 125
10 4 1 0 5,76 - 1,0 125 125
2 7 1 0 6,25 - 1,0 200 200
3 9 1 0 5,86 - 1,0 300 300
4 5 1 1 8,5 17,6 - 300 300
4 6 1 1,7 9,2 15,8 - 200 200
6 9 1 3,9 17 35,8 - 200 200
7 5 1 3,2 16,1 30,6 - 300 300
7 8 1 0,85 7,2 14,9 - 300 300
8 9 1 1,19 10,08 20,9 - 300 300
98
A.7 Dados de Geracao
Os dados e as informacoes sobre os geradores (codigo de execucao DGER) perten-
centes ao sistema 10 barras, assim como seus limites mınimo e maximo de geracao de
potencia reativa e o Controle Remoto de Tensao (CRT) exercido por estes geradores
(codigo de execucao DBAR) sao descritos na Tabela A.6. A Tabela A.6 apresenta
ainda a divisao dos geradores do sistema 10 barras entre os grupos geradores (codigo
de execucao DVSA) que definem os tres eixos de uma RSE.
Tabela A.6: Dados e informacoes dos geradores do sis-
tema 10 barras.
No
da
Barra
Maxima
Geracao
Ativa
(MW)
FPI
(%)
Grupo
Gerador
Mınima
Geracao
Reativa
(Mvar)
Maxima
Geracao
Reativa
(Mvar)
Barra
Controlada
por CRT
1 105,2 70,25 1 -65 65,2 -
10 105,2 29,75 1 -65 65,2 -
2 163,2 100 2 -101 101,2 7
3 108,8 100 3 -67,4 67,4 9
Os FPI do sistema 10 barras foram calculados com base no despacho dos gera-
dores no caso base.
A.8 Dados de Contingencias Programadas
A lista de contingencias avaliadas durante o processo de transferencia de geracao
no sistema 10 barras e definida na Tabela A.7.
Tabela A.7: Lista de contingencias analisadas no sistema 10 barras.
No Barra De Barra ParaNo do
CircuitoTipo de Contingencia
1 4 5 1 Abertura de Linha
2 4 6 1 Abertura de Linha
3 6 9 1 Abertura de Linha
4 7 5 1 Abertura de Linha
5 7 8 1 Abertura de Linha
6 8 9 1 Abertura de Linha
99
A.9 Dados do Arquivo 10BARRAS.PWF
Inıcio do Arquivo 10BARRAS.PWF1 TITU
2 Sistema 10 Barras - VSA/RSE
3 (
4 (=======================================================================
5 ( OPCOES
6 (=======================================================================
7 (
8 DOPC
9 (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E
10 NEWT L QLIM L CTAP D CREM D CSCA D MOCT L MOCG L MOCF L RMON L RCVG L
11 99999
12 (
13 (=======================================================================
14 ( CONSTANTES
15 (=======================================================================
16 (
17 DCTE
18 (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
19 BASE 100. DASE 100. TEPA 1e-6 EXST .4 TETP 5. TBPA 5.
20 TLPP 1. TEPR 1e-6 QLST .4 TLPR 1. TLPQ 2. TSBZ .01
21 TSBA 5. ASTP .05 VSTP 5. TLVC .5 TLTC .01 TSFR .1E-7
22 ZMAX 500. TLPV .5 VDVM 200. VDVN 40. TUDC .001 TADC .01
23 PGER 30. TPST .2 VFLD 70. ZMIN .001 HIST 470 LFIT 10
24 ACIT 30 LFCV 1 DCIT 10 VSIT 10 LPIT 50 LFLP 10
25 PDIT 10 LCRT 96 LPRT 60 CSTP 500.
26 ICIT 9000 DMAX 5 FDIV 2. ICMN 1e-5 VART 5. TSTP 33
27 ICMV .5 APAS 90. CPAR 70. VAVT 2. VAVF 5. VMVF 15.
28 VPVT 2. VPVF 5. VPMF 10. VSVF 20. VINF 1. VSUP 1.
29 NDIR 8. STTR 1. TRPT 100. STIR 10.
30 99999
31 (
32 (=======================================================================
33 ( DADOS DE BARRA
34 (=======================================================================
35 (
36 DBAR
37 (Num)OETGb( nome )Gl( V)( A)( Pg)( Qg)( Qn)( Qm)(Bc )( Pl)( Ql)( Sh)Are(Vf)
38 1 L2 Barra 1 11075 0100.1 5. -65. 65.2 11000
39 10 L1 Barra 10 11075-1.7 42.4 3. -65. 65.2 11000
40 2 L1 Barra 2 11075-0.6 90.-2.87-101.101.2 7 21000
41 3 L1 Barra 3 11075-0.2 85.-15.1-67.4 67.4 9 31000
42 4 L0 Barra 4 11074-2.9 41000
43 5 L0 Barra 5 11051-6.5 125. 50. 41000
44 6 L0 Barra 6 11065-5.5 90. 30. 41000
100
45 7 L0 Barra 7 11078-3.4 41000
46 8 L0 Barra 8 11069-5.1 100. 35. 41000
47 9 L0 Barra 9 11083-2.6 41000
48 99999
49 (
50 (=======================================================================
51 ( DADOS DE LINHA
52 (=======================================================================
53 (
54 DLIN
55 (De )d O d(Pa )NcEP ( R% )( X% )(Mvar)(Tap)(Tmn)(Tmx)(Phs)(Bc )(Cn)(Ce)Ns
56 1 4 1 T 0. 5.76 1.0 125 125
57 10 4 1 T 0. 5.76 1.0 125 125
58 2 7 1 T 0. 6.25 1.0 200 200
59 3 9 1 T 0. 5.86 1.0 300 300
60 4 5 1 T 1. 8.5 17.6 300 300
61 4 6 1 T 1.7 9.2 15.8 200 200
62 6 9 1 T 3.9 17. 35.8 200 200
63 7 5 1 T 3.2 16.1 30.6 300 300
64 7 8 1 T .85 7.2 14.9 300 300
65 8 9 1 T 1.19 10.08 20.9 300 300
66 99999
67 (
68 (=======================================================================
69 ( DADOS DE LIMITES DE GERACAO E FATORES DE PARTICIPACAO INDIVIDUAIS
70 (=======================================================================
71 (
72 DGER
73 (No ) O (Pmn ) (Pmx ) ( Fp) (FpR) (FPn) (Fa) (Fr) (Ag) ( Xq) (Sno)
74 1 0. 105.2 70.25
75 10 0. 105.2 29.75
76 2 0. 163.2 100.
77 3 0. 108.8 100.
78 99999
79 (
80 (=======================================================================
81 ( DADOS DE GRUPO LIMITE DE TENSAO
82 (=======================================================================
83 (
84 DGLT
85 (G (Vmn) (Vmx) (Vmne (Vmxe
86 1 .9 1.1 .9 1.1
87 99999
88 (
89 (=======================================================================
90 ( DADOS DE AREA
91 (=======================================================================
101
92 (
93 DARE
94 (Ar (Xchg) ( Identificacao da area ) (Xmin) (Xmax)
95 1 0. Area 1
96 2 0. Area 2
97 3 0. Area 3
98 4 0. Area 4
99 99999
100 (
101 (=======================================================================
102 ( DADOS DE GRUPOS GERADORES - RSE/VSA
103 (=======================================================================
104 (
105 DVSA
106 (Rg) (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no )
107 GUG1 BARR 1 E BARR 10
108 GUG2 BARR 2
109 GUG3 BARR 3
110 99999
111 (
112 (=======================================================================
113 ( LISTA DE CONTINGENCIAS
114 (=======================================================================
115 (
116 DCTG
117 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
118 1 1 LT_4_5_1
119 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
120 CIRC 4 5 1
121 FCAS
122 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
123 2 1 LT_4_6_1
124 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
125 CIRC 4 6 1
126 FCAS
127 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
128 3 1 LT_6_9_1
129 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
130 CIRC 6 9 1
131 FCAS
132 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
133 4 1 LT_7_5_1
134 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
135 CIRC 7 5 1
136 FCAS
137 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
138 5 1 LT_7_8_1
102
139 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
140 CIRC 7 8 1
141 FCAS
142 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
143 6 1 LT_8_9_1
144 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
145 CIRC 8 9 1
146 FCAS
147 99999
148 FIMFim do Arquivo 10BARRAS.PWF
103
Apendice B
Sistema Teste de 107 Barras
O sistema teste de 107 barras, utilizado no Capıtulo 4 como um dos sistemas
base para as simulacoes realizadas, foi elaborado na referencia [7] a partir do SEB,
desde a topologia ate a concepcao dos dados utilizados em sua preparacao, com
uma vasta relacao de parametros eletricos e condicoes operativas, preservando as
caracterısticas e particularidades do sistema original, visando retratar de maneira
fiel o comportamento dos subsistemas Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Este sistema e composto de 23 barras PV , 1 barra V θ (swing), 83 barras PQ, 104
linhas de transmissao, 67 transformadores, 1 compensador sıncrono e 1 compensador
estatico (CER), divididos entre 3 areas: Sudeste, Sul e Mato Grosso.
Os dados e informacoes referentes ao sistema 107 barras, necessarios como dados
de entrada no programa ANAREDE, serao descritos nas secoes B.1 a B.10. O
arquivo 107BARRAS.PWF, utilizado nas simulacoes do Capıtulo 4, e descrito na secao
B.11.
B.1 Diagrama Unifilar
Como nao e possıvel apresentar o digrama unifilar do sistema 107 neste trabalho,
devido ao seu tamanho, sera apresentado na Figura B.1 o diagrama esquematico do
sistema, onde se permite visualizar a topologia, os nıveis de tensao e as areas do
sistema.
104
B.2 Dados de Opcoes
As opcoes habilitadas no programa ANAREDE (codigo de execucao DOPC),
para o sistema 107 barras, sao listadas a seguir:
• NEWT: Solucao do fluxo de potencia pelo metodo Full-Newton;
• QLIM: Limitacao da geracao de potencia reativa por geradores;
• MOST: Monitoracao seletiva de tensao;
• MOSF: Monitoracao seletiva de fluxo de potencia;
• MOCG: Monitoracao completa de geracao reativa;
• RMON: Relatorio de monitoracao;
• RCVG: Relatorio de convergencia do problema de fluxo de potencia.
B.3 Dados de Constantes
Os valores especificados para as constantes (codigo de execucao DCTE), no pro-
grama ANAREDE, sao descritos na Tabela B.1. As demais constantes nao foram
mencionadas pois se utilizou os valores default das mesmas.
Tabela B.1: Valores das constantes especificadas para o sistema 107 barras.
CodigoValor
Especificado
NDIR 16
STIR 10
STTR 1%
TRPT 100%
DMAX 5
FDIV 2
ICIT 9000
ICMN 1E-5%
B.4 Dados de Area, Grupos Base e Limite de
Tensao
A identificacao das areas que compoe o sistema (codigo de execucao DARE), a
definicao dos nıveis de tensao (codigo de execucao DGBT) e dos limites de tensao
106
existentes (codigo de execucao DGLT) podem ser observadas nas Tabelas B.2, B.3
e B.4, respectivamente.
Tabela B.2: Identificacao das areas do sistema 107 barras.
Area Identificacao
1 AREA SUDESTE
2 AREA SUL
3 AREA MATO GROSSO
Tabela B.3: Definicao dos nıveis de tensao do sistema 107 barras.
Grupo Nıvel de Tensao (kV)
0 138
1 230
2 345
3 440
4 500
Tabela B.4: Especificacao dos limites de tensao do sistema 107 barras.
GrupoMınimo
(pu)
Maximo
(pu)
A 0,95 1,1
B 0,95 1,08
C 0,95 1,07
D 0,95 1,05
B.5 Dados de Barra
Os dados e as informacoes das barras (codigo de execucao DBAR) pertencentes
ao sistema 107 barras sao listados na Tabela B.5, cuja descricao dos campos e
enunciada a seguir:
• No: Numero de identificacao da barra;
• Tipo: Tipo de barra (1 → PV , 2 → V θ e 0 → PQ);
• GBT: Grupo base de tensao da barra;
• Nome: Nome da barra;
107
• GLT: Grupo limite de tensao da barra;
• Tensao: Modulo da tensao na barra, em p.u.;
• Angulo: Angulo da tensao na barra, em graus;
• PG: Potencia ativa gerada na barra, em MW;
• QG: Potencia reativa gerada na barra, em Mvar;
• PL: Carga ativa na barra, em MW;
• QL: Carga reativa na barra, em Mvar;
• SH: Potencia reativa injetada na barra por um capacitor ou reator, em Mvar;
• Area Area a qual pertence a barra.
108
Tab
elaB.5:Dad
oseinform
acoesdas
barrasdosistem
a
107barras.
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
121
2LCBARRET-4GR
D1,000
-24
294,6
-205
--
01
161
2FURNAS-5GR
D1,000
-26
793,6
-137
--
01
182
4IT
UMBIA
R-6GR
D1,020
-24
974,2
-435
--
01
201
4MARIM
BON
5GR
D1,010
-22
892,8
-327
--
01
211
1MANSO-3GR
D1,000
-46
157,6
-24,9
--
03
221
2M.M
OR.A
-3GR
D1,000
-20
148,4
-21,1
--
01
351
2CORUMBA-2GR
D1,000
-27
198,1
-58
--
01
481
0IB
IUNA-4CS
D1,000
-43
0-462
--
01
860
2IB
IUNA-345
C1,033
-43
--
661,2
01
100
04
MARIM
BON-500
A1,057
-29
--
00
01
101
04
ARARAQUA-500
A1,069
-36
--
00
-200
1
102
04
POCOS-500
A1,060
-43
--
00
-100
1
103
04
CAMPIN
AS-500
A1,072
-43
--
00
01
104
04
C.PAULIS-500
A1,062
-52
--
910
235
01
106
04
ADRIA
NO-500
A1,050
-53
--
00
-100
1
120
02
P.CALDAS-345
C1,042
-41
--
180
900
1
122
04
IBIU
NA-500
A1,067
-42
--
200
380
1
109
Tab
elaB.5:(C
ontinuacao)
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
123
02
CAMPIN
AS-345
C1,035
-46
--
450
175
01
126
02
GUARULHOS345
C1,037
-44
--
290
950
1
131
02
M.M
ORAES-345
C1,027
-27
--
00
01
134
02
LBARRETO-345
C1,027
-27
--
00
01
136
02
FURNAS-345
C1,028
-33
--
5423
01
138
02
ITUTIN
GA-345
C1,037
-44
--
7234
01
140
02
ADRIA
NO-345
C1,023
-54
--
700
250
01
210
04
ITUMBIA
RA500
A1,050
-27
--
00
01
213
02
MARIM
BON-345
C1,051
-29
--
9339
01
216
02
PCOLOMBIA
345
C1,050
-28
--
5325
01
217
02
ITUMBIA
RA345
C1,056
-32
--
364
580
1
218
02
BANDEIR
A-345
C1,030
-40
--
600
200
01
219
02
B.SUL-345
C1,032
-39
--
00
01
220
02
CORUMBA-345
C1,056
-32
--
00
01
225
01
ITUMBIA
RA230
C1,019
-34
--
00
01
228
01
B.SUL-230
C1,020
-40
--
8634
01
231
01
R.V
ERDE-230
C1,050
-45
--
89,7
31,9
03
110
Tab
elaB.5:(C
ontinuacao)
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
233
04
SAMAMBAI-500
A1,043
-36
--
00
01
234
02
SAMAMBAI-345
C1,031
-39
--
1000
350
01
300
14
EMBORCAC-3GR
D1,020
-19
694,2
-194
--
01
301
14
JAGUARA-4GR
D1,010
-20
298,1
-130
--
01
302
14
N.PONTE-3GR
D1,020
-18
397,5
-129
--
01
303
14
S.SIM
AO-4GR
D1,020
-24
191,8
-285
--
01
305
12
V.G
RANDE-4GR
D1,000
-22
298,2
-63,8
--
01
320
04
EMBORCAC-500
A1,050
-24
--
00
01
325
04
JAGUARA-500
A1,047
-24
--
00
01
326
02
JAGUARA-345
C1,034
-26
--
274
104
01
360
04
NPONTE-500
A1,047
-22
--
00
01
370
04
SSIM
AO-500
A1,050
-25
--
00
01
396
02
VGRANDE-345
C1,042
-26
--
00
01
500
14
A.V
ERMEL-4GR
D1,020
-22
793,2
-122
--
01
535
04
AVERMELHA500
A1,035
-26
--
00
01
536
03
AVERMELH-440
B1,023
-29
--
700
150
01
800
14
GBMUNHOZ-2GR
D1,020
-7,1
1100
138,8
--
02
111
Tab
elaB.5:(C
ontinuacao)
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
808
14
SCAXIA
S-4GR
D1,020
3,47
1150
114,5
--
02
810
14
SSEGREDO-4GR
D1,020
-4,1
1200
-71,8
--
02
814
01
BATEIA
S-230
C0,996
-38
--
735,4
191
02
824
04
GBMUNHOZ-500
A1,038
-17
--
00
02
834
01
S.M
ATEUS-230
C0,991
-29
--
13,4
4,2
02
839
01
CASCAVEL-230
C0,999
-6,4
--
00
02
840
00
CASCAVEL-138
D0,986
-9,4
--
159
360
2
848
00
FCHOPIM
-138
D0,999
-5,6
--
9418
02
856
04
SEGREDO-500
A1,035
-11
--
00
02
895
04
BATEIA
S-500
A1,044
-35
--
00
02
896
04
CASCAVELO500
A1,028
-4,3
--
00
02
897
04
SCAXIA
S-500
A1,039
-3-
-0
00
2
898
01
FCHOPIM
-230
C1,012
-2,2
--
00
02
904
14
ITA-4GR
D1,020
-15
700,3
-236
--
02
915
14
MACHADIN
-2GR
D1,020
-13
700,2
-109
--
02
919
11
SOSOR1A
4-4G
RD
1,000
5,73
700,2
89,15
--
02
925
14
SSANTIA
G-3GR
D1,020
-0,15
950,3
73,27
--
02
112
Tab
elaB.5:(C
ontinuacao)
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
933
04
AREIA
-500
A1,038
-18
--
00
02
934
01
AREIA
-230
C0,998
-18
--
237
590
2
938
04
BLUMENAU-500
A1,042
-37
--
00
02
939
01
BLUMENAU-230
C0,996
-40
--
1149
53,06
02
955
04
CNOVOS-500
A1,057
-24
--
00
02
959
04
CURIT
IBA-500
A1,033
-35
--
00
100
2
960
01
CURIT
IBA-230
C0,996
-38
--
844,7
469,1
02
964
04
CAXIA
S-500
A1,037
-31
--
00
02
965
01
CAXIA
S-230
C1,003
-34
--
755,6
56,24
02
976
04
GRAVATAI-500
A1,012
-34
--
00
02
995
04
ITA-500
A1,050
-19
--
00
02
1015
01
JOIN
VILLE230
C0,998
-40
--
702
02
1030
04
MACHADIN
-500
A1,052
-21
--
00
02
1047
01
SOSORIO
-230
C1,017
-1,2
--
00
02
1060
04
SSANTIA
G-500
A1,043
-8,1
--
00
02
1210
01
GRAVATAI-230
C1,003
-36
--
1228
425
02
1503
04
ITAJUBA-500
A1,061
-50
--
00
01
113
Tab
elaB.5:(C
ontinuacao)
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
1504
00
ITAJUBA-138
D1,027
-54
--
145
630
1
2458
01
CASCAVEL-230
C1,001
-6,7
--
403
126
02
4501
01
B.PEIX
E-230
C1,068
-52
--
31,4
7,1
-45
3
4521
01
ITIQ
UIR
A-230
C1,053
-55
--
00
03
4522
01
RONDONOP-230
C1,059
-57
--
00
-20
3
4523
11
ITIQ
UIR
-2GR
D1,010
-49
54,94
-18,3
--
03
4530
00
COXIP
O-C
E-12
D1,020
-59
--
00
03
4532
01
COXIP
O-230
C1,052
-59
--
00
03
4533
00
COXIP
O-138
D1,021
-59
--
75,4
16,1
03
4542
01
NOBRES-230
C1,031
-57
--
00
03
4552
01
N.M
UTUM-230
C1,015
-65
--
12,6
1,2
-20
3
4562
01
SORRISO-230
C1,021
-73
--
23,8
7,4
03
4572
01
LUCAS-RV230
C1,018
-70
--
186,4
03
4582
01
SIN
OP-230
C1,028
-76
--
65,5
16,7
303
4592
01
MANSO-230
C1,021
-52
--
00
03
4596
10
CBA-G
AS-2GR
D1,000
-54
256
-44,6
--
03
4623
00
RONDONOP-138
D1,043
-60
--
128,2
40,76
03
114
Tab
elaB.5:(C
ontinuacao)
No
Tipo
GBT
Nome
GLT
Tensao
(pu)
Angulo
(◦)
PG
(MW
)
QG
(Mvar)
PL
(MW
)
QL
(Mvar)
SH
(Mvar)
Area
4703
00
CUIA
BA-138
D1,010
-60
--
182,1
29,75
03
4804
10
GUAPORE-2GR
D1,000
-59
60,1
-20,3
--
03
4805
00
GUAPORE-138
D1,030
-63
--
00
03
4807
00
JAURU-138
D1,031
-65
--
128,9
36,3
03
4862
01
JAURU-230
C1,054
-64
--
00
-30
3
115
B.6 Dados de Linhas de Transmissao e Transfor-
madores
Os dados e as informacoes de linhas de transmissao e transformadores (codigo
de execucao DLIN) pertencentes ao sistema 107 barras sao apresentados na Tabela
B.6, cuja descricao dos campos e enunciada a seguir:
• Barra De: Identificacao da barra de uma das extremidades do circuito;
• Barra Para: Identificacao da barra da outra extremidade do circuito;
• No Circ.: Numero de identificacao de circuitos em paralelo;
• EP: Proprietario (F → pertence a area da barra definida no campo “Barra
De”, T → pertence a area da barra definida no campo “Barra Para”);
• R: Valor da resistencia do circuito, em %;
• X: Valor da reatancia do circuito, em %;
• BSH: Valor total da susceptancia shunt do circuito, em Mvar;
• Tap: Valor do tap referido a barra definida no campo “Barra De”, em p.u.;
• CN: Capacidade de carregamento do circuito em condicoes normais, em MVA;
• CE: Capacidade de carregamento do circuito em condicoes de emergencia, em
MVA.
Tabela B.6: Dados e informacoes das linhas e transfor-
madores do sistema 107 barras.
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
86 48 1 F 0 0,71475 0 1 1050 1050
86 122 1 F 0 1,913 0 1 750 803
86 122 2 F 0 1,913 0 1 750 803
100 20 1 F 0 1,264 0 1 1520 1520
100 101 1 F 0,172 2,72 231,4 - 1665 2460
100 101 2 F 0,171 2,7 230,2 - 1665 2460
100 210 1 F 0,209 2,935 254,6 - 1732 1732
100 213 1 F 0 2,357 0 1 560 560
116
Tabela B.6: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
100 535 1 F 0,153 2,4 203,8 - 1665 1665
101 102 1 F 0,156 2,46 208,5 - 1665 1665
101 103 1 F 0,152 2,39 202,6 - 1665 1665
102 120 1 F 0 2,403 0 1 560 560
102 1503 1 F 0,11 1,91 161,85 - 1665 1665
103 123 1 F 0 2,419 0 1 560 560
104 103 1 F 0,196 3,1 264,9 - 1665 1665
104 1503 1 F 0,05 0,82 69,36 - 1665 1665
106 104 1 F 0,152 2,39 202,7 - 1665 1665
106 104 2 F 0,152 2,39 203,1 - 1665 1665
106 140 1 F 0 2,923 0 1 560 560
106 140 2 F 0 2,668 0 1 560 560
122 103 1 F 0,105 1,619 136,35 - 1665 1665
123 120 1 F 0,359 3,945 66,68 - 598 598
126 86 1 F 0,109 1,826 51,18 - 1532 1532
126 86 2 F 0,109 1,824 51,18 - 1532 1532
126 120 1 F 0,6 5,95 92,8 - 598 598
126 120 2 F 0,606 6,02 93,8 - 598 598
131 22 1 F 0 8,8333 0 1 378 378
134 12 1 F 0 1,335 0 0,999 1136 1136
134 131 1 F 0,092 1,01 16,9 - 717 717
134 396 1 F 0,32 3,509 59,24 - 699 827
136 16 1 F 0 1,536 0 1 1280 1280
136 120 1 F 0,436 4,3 66,6 - 598 598
136 120 2 F 0,436 4,3 66,6 - 598 598
136 131 1 F 0,348 3,42 52,8 - 717 717
136 134 1 F 0,375 4,13 69,9 - 598 598
136 138 1 F 0,649 6,46 100,8 - 728 896
136 138 2 F 0,558 6,19 105,7 - 766 896
140 138 1 F 0,652 6,5 101,4 - 728 896
140 138 2 F 0,558 6,19 105,7 - 766 896
210 18 1 F 0 0,66667 0 1 2400 2400
117
Tabela B.6: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
210 217 1 F 0 1,72 0 1 560 560
210 217 2 F 0 1,72 0 1 560 560
210 370 1 F 0,147 2,32 196,6 - 1665 1665
213 216 1 T 0,219 2,42 40,7 - 598 598
216 396 1 F 0,129 1,414 23,77 - 699 827
217 216 1 F 0,565 6,248 106,73 - 717 717
217 218 1 F 0,507 5,61 95,6 - 766 766
217 218 2 F 0,507 5,61 95,6 - 766 766
218 234 1 F 0,43 4,799 82,2 - 639 639
218 234 2 F 0,43 4,799 82,2 - 639 639
219 234 1 F 0,035 0,433 7,34 - 639 639
219 234 2 F 0,035 0,433 7,34 - 639 639
220 35 1 F 0 4,4965 0 1,025 417 417
220 217 1 F 0,226 2,396 43,235 - 766 766
220 219 1 F 0,726 7,704 138,01 - 766 766
225 217 1 F 0 2,721 0 0,955 225 225
225 217 2 F 0 2,938 0 0,955 560 560
225 231 1 F 4,1 19,76 36,08 - 197 197
225 231 2 F 1,27 13,62 49,47 - 197 197
228 219 1 F 0 3,595 0 1 225 225
231 4501 1 F 4,51 21,69 40,25 - 197 197
231 4501 2 F 1,49 16,09 55,4 - 197 197
233 210 1 F 0,28 3,99 355,36 - 2598 2598
233 320 1 F 0,27 3,87 344,03 - 2598 2598
234 233 1 F 0 1,113 0 1 1050 1050
234 233 2 F 0 1 0 1 1050 1050
320 210 1 F 0,125 1,937 149,96 - 1948 1948
320 300 1 F 0 1,3567 0 1 1200 1200
320 360 1 F 0,082 1,256 98,99 - 2078 2078
325 301 1 F 0 2,6325 0 1 500 500
325 326 1 F 0 2,16 0 1 400 483
325 326 2 F 0 2,16 0 1 400 483
118
Tabela B.6: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
325 360 1 F 0,1 1,519 119,67 - 2251 2251
325 370 1 F 0,28 4,84 419,5 - 2205 2205
326 134 1 F 0,07 0,76 12,287 - 860 932
326 396 1 F 0,24 2,74 45,47 - 623 699
360 302 1 F 0 1,9367 0 1 537 537
370 303 1 F 0 1,0575 0 1 1740 1740
370 535 1 F 0,0931 1,3758 112,3 - 2205 2205
396 305 1 F 0 2,2 0 1,025 450 450
535 500 1 F 0 1,025 0 1 1500 1500
536 535 1 F 0 1,533 0 1 700 858
536 535 2 F 0 1,42 0 1 750 900
814 895 1 F 0,032 1,146 0 0,9652 600 600
814 895 2 F 0,03 1,1651 0 0,9652 600 600
824 800 1 F 0 1,68 0 1,024 1676 1676
824 933 1 F 0,01 0,124 15,204 - 2182 2182
824 933 2 F 0,01 0,126 15,428 - 2182 2182
834 934 1 F 2,444 12,652 21,706 - 359 359
839 840 1 F 0 6,64 0 1 150 150
839 840 2 F 0 6,29 0 1 150 150
839 898 1 F 1,13 6,99 12,617 - 189 318
839 1047 1 F 1,22 7,69 13,81 - 189 323
839 2458 1 F 0,22 1,09 1,8601 - 319 413
839 2458 2 F 0,17 1,03 2,0537 - 356 356
856 810 1 F 0 1,05 0 1 1260 1260
856 933 1 F 0,052 0,654 80,493 - 2273 2273
856 1060 1 F 0,056 0,697 85,746 - 2182 2182
895 122 1 F 0,308 3,958 444,84 - 1299 2252
895 122 2 F 0,308 3,958 444,84 - 1299 2252
896 897 1 F 0,05 0,73 78,06 - 1637 1637
897 808 1 F 0 1,02 0 1,024 1344 1478
898 848 1 F 0 6,36 0 1 150 150
898 1047 1 F 0,15 0,89 1,6317 - 324 324
119
Tabela B.6: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
933 895 1 F 0,2 2,55 312,72 - 2110 2110
933 955 1 F 0,162 2,048 250,17 - 2110 2110
933 959 1 F 0,2 2,69 336,4 - 2182 2182
934 933 1 T 0,031 1,207 0 0,9747 672 806
934 1047 1 F 3,045 15,738 27,123 - 319 319
934 1047 2 F 3,041 15,718 27,089 - 319 319
938 955 1 F 0,2556 2,9224 360,4 - 2037 2037
938 959 1 F 0,127 1,603 195,89 - 1266 1266
939 938 1 T 0,031 1,15 0 0,9586 672 806
939 938 2 T 0,032 1,163 0 0,9586 672 806
939 938 3 F 0 1,277 0 0,9586 672 672
939 1015 1 T 1,271 6,562 11,305 - 306 319
939 1015 2 T 1,283 6,564 11,522 - 306 319
955 964 1 F 0,1877 2,3467 287,24 - 1688 1688
959 895 1 F 0,05 0,44 47,58 - 2110 2110
960 834 1 F 2,21 11,475 19,687 - 319 319
960 959 1 T 0,032 1,163 0 0,9917 672 806
960 959 2 T 0,031 1,166 0 0,9917 672 806
960 1015 1 F 1,892 9,776 16,845 - 319 319
960 1015 2 F 1,895 9,704 17,029 - 319 319
964 976 1 F 0,0733 0,9164 112,17 - 1688 1688
965 964 1 T 0,02 1,211 0 0,9717 672 806
965 964 2 T 0,02 1,233 0 0,9717 672 806
976 995 1 F 0,282 3,852 493,7 - 1688 1688
995 904 1 T 0 1,1538 0 1 1625 1625
995 964 1 F 0,1643 3,0339 354,88 - 2182 2182
995 1030 1 F 0,073 0,92 112,26 - 2182 2182
995 1060 1 F 0,172 2,17 265,16 - 2110 2110
1030 915 1 T 0 2,0655 0 1 1254 1254
1030 955 1 F 0,047 0,59 71,818 - 2182 2182
1047 919 1 T 0 1,7022 0 1,025 788 788
1060 897 1 F 0,076 1,171 124,58 - 2370 2681
120
Tabela B.6: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
1060 925 1 T 0 1,515 0 1,024 1402 1402
1210 976 1 T 0,03 1,219 0 1,01 672 806
1210 976 2 T 0,039 1,138 0 1,01 672 806
1210 976 3 T 0,036 1,217 0 1,01 672 806
1503 1504 1 F 0 5,2 0 1 300 300
2458 896 1 F 0 1,27 0 0,9938 600 600
4501 4522 1 F 3,76 20,68 35,66 - 287 287
4501 4522 2 F 1,64 12,46 61,5 - 239 239
4521 4523 1 F 0 20,71 0 1
4522 4521 1 F 1,53 7,6 14,25 - 200 200
4522 4532 1 F 3,25 17,92 32,75 - 287 287
4522 4532 2 F 3,25 17,92 32,75 - 287 287
4522 4623 1 F 0 7,95 0 1 100 100
4522 4623 2 F 0 7,95 0 1 100 100
4532 4530 1 F 0 14,3 0 1
4532 4533 1 F 0 8,6 0 1 100 100
4532 4533 2 F 0 8,6 0 1 100 100
4532 4533 3 F 0 8,6 0 1 100 100
4532 4542 1 F 1,62 9,68 19,15 - 150 150
4533 4596 1 F 0 3,7635 0 1
4542 4552 1 F 1,83 10,93 18,6 - 150 150
4552 4572 1 F 1,4 8,38 17, - 150 150
4562 4572 1 F 0,94 5,59 10,644 - 150 150
4562 4582 1 F 1,24 7,38 13,28 - 150 150
4592 21 1 F 0 6,4 0 1
4592 4542 1 F 1 6,17 12,6 - 239 239
4623 4533 1 F 17,06 45,5 11,39 - 100 100
4703 4533 1 F 0,9 2,31 0,58 - 100 100
4703 4533 2 F 0,9 2,31 0,58 - 100 100
4805 4804 1 F 0 13,333 0 1 138 138
4805 4807 1 F 3,089 8,134 2,085 - 86 86
4805 4807 2 F 3,089 8,134 2,085 - 86 86
121
Tabela B.6: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.EP
R
(%)
X
(%)
BSH
(Mvar)Tap
CN
(MVA)
CE
(MVA)
4862 4532 1 F 2,57 23,68 97,42 - 556 697
4862 4532 2 F 2,57 23,68 97,42 - 556 697
4862 4807 1 F 4,05 - 0 1 300 300
Os dados dos transformadores com comutacao automatica de tapes ou LTC
(Load Tap Changer) sao listados na Tabela B.7.
Tabela B.7: Dados sobre os transformadores LTC do sis-
tema 107 barras.
Barra
De
Barra
Para
No
Circ.
Tap
Mın.
Tap
Max.
Barra
Controlada
No de
Tapes
225 217 1 0,955 1,167 225 32
225 217 2 0,955 1,167 225 32
814 895 1 0,95 1,15 814 32
814 895 2 0,95 1,15 814 32
934 933 1 0,922 1,127 934 32
939 938 1 0,945 1,155 939 32
939 938 2 0,945 1,155 939 32
939 938 3 0,945 1,155 939 32
960 959 1 0,945 1,155 960 32
960 959 2 0,945 1,155 960 32
965 964 1 0,9 1,1 965 32
965 964 2 0,9 1,1 965 32
1210 976 1 0,945 1,155 1210 32
1210 976 2 0,945 1,155 1210 32
1210 976 3 0,945 1,155 1210 32
2458 896 1 0,9 1,1 2458 32
B.7 Dados de Geracao
Os dados e as informacoes sobre os geradores (codigo de execucao DGER) perten-
centes ao sistema 107 barras, assim como seus limites mınimo e maximo de geracao
de potencia reativa (codigo de execucao DBAR) sao descritos na Tabela B.8. A
122
Tabela B.8 apresenta ainda a divisao dos geradores do sistema 107 barras entre os
grupos geradores (codigo de execucao DVSA) que definem os tres eixos de uma RSE.
Tabela B.8: Dados e informacoes dos geradores do sis-
tema 107 barras.
No da
Barra
Mınima
Geracao
Reativa
(Mvar)
Maxima
Geracao
Reativa
(Mvar)
Grupo
Ger.
Maxima
Geracao
Ativa
(MW)
Despacho
no Caso
Base
(MW)
FPImax
(%)
FPIbase
(%)
12 -540 420 1 1104 294,6 8,87 4,93
16 -720 480 1 1312 793,6 10,54 13,28
18 -546 600 1 2280 974,2 18,32 16,31
20 -640 640 1 1488 892,8 11,95 14,94
22 -120 126 1 324 148,4 2,6 2,48
35 -180 180 1 381 198,1 3,06 3,32
48 -1080 1200 1 0 0 0 0
300 -440 392 1 1192 694,2 9,58 11,62
301 -140 140 1 400 298,1 3,21 4,99
302 -150 150 1 510 397,5 4,1 6,65
303 -600 600 1 1680 191,8 13,5 3,21
305 -120 120 1 380 298,2 3,05 4,99
500 -540 540 1 1396,2 793,2 11,22 13,28
800 -800 800 2 1674 1100 18,78 16,92
808 -600 600 2 1240 1150 13,91 17,69
810 -400 532 2 1260 1200 14,14 18,46
904 -475 475 2 1450 700,3 16,27 10,77
915 -516 465 2 1140 700,2 12,8 10,77
919 -148 220 2 728 700,2 8,17 10,77
925 -440 420 2 1420 950,3 15,93 14,62
21 -80 84 3 216 157,6 29,96 29,81
4523 -42 30 3 60,8 54,94 8,43 10,39
4596 -160 160 3 320 256 44,38 48,43
4804 -86 59 3 124,2 60,1 17,23 11,37
Os FPIbase, com calculo baseado no despacho dos geradores no caso base, foram
utilizados como padrao no sistema 107 barras, entretanto, os FPImax tambem foram
calculados e apresentados na Tabela B.8, pois sao utilizados no Capıtulo 4. A barra
123
48 representa o compensador sıncrono do sistema e, portanto, nao participa dos
sucessivos processos de transferencia de potencia de geracao.
B.8 Dados de Compensador Estatico de Reativos
Os parametros definidos para o compensador estatico de reativos do sistema 107
barras, conectado na barra 4530, sao descrito na Tabela B.9.
Tabela B.9: Dados do compensador estatico de reativos do sistema 107 barras.
No da Barra 4530
Grupo Identificador 10
No de Unidades do Grupo 1
Barra Controlada 4530
Inclinacao (%) 0,01
Geracao Reativa (Mvar) -22,5
Mınima Geracao Reativa (Mvar) -54,5
Maxima Geracao Reativa (Mvar) 63,96
Modo de Controle I
Nesta Tabela B.9, o campo “Inclinacao” representa a inclinacao da reta que
define a regiao linear da curva de controle do modelo do CER e o valor “I” definido
no campo “Modo de Controle” indica que este controle e efetuado por meio da
corrente injetada na rede pelo CER.
B.9 Dados de Monitoracao
O sistema 107 barras possui monitoracao seletiva de tensao (codigo de execucao
DMTE) para barras PQ com carga diferente de zero e monitoracao seletiva de fluxo
de potencia (codigo de execucao DMFL) para linhas de transmissao de 500 kV . A
monitoracao de geracao reativa (codigo de execucao DMGR) e completa, ou seja,
o limite de geracao reativa e monitorado para todas as barras PV do sistema. As
barras selecionadas para monitoracao de tensao e as linhas selecionadas para moni-
toracao de fluxo sao listadas nas Tabelas B.10 e B.11, respectivamente.
124
Tabela B.10: Barras selecionadas para monitoracao de
tensao no sistema 107 barras.
No da
Barra
No da
Barra
No da
Barra
No da
Barra
86 104 120 122
123 126 136 138
140 213 216 217
218 228 231 234
326 536 814 834
840 848 934 939
960 965 1015 1210
1504 2458 4501 4533
4552 4562 4572 4582
4623 4703 4807 -
Tabela B.11: Linhas de 500 kV selecionadas para moni-
toracao de fluxo no sistema 107 barras.
Barra
De
Barra
Para
No
Circ
Barra
De
Barra
Para
No
Circ
Barra
De
Barra
Para
No
Circ
100 20 1 320 300 1 897 808 1
100 101 1 320 360 1 933 895 1
100 101 2 325 301 1 933 955 1
100 210 1 325 360 1 933 959 1
100 535 1 325 370 1 938 955 1
101 102 1 360 302 1 938 959 1
101 103 1 370 303 1 955 964 1
102 1503 1 370 535 1 959 895 1
104 103 1 535 500 1 964 976 1
104 1503 1 824 800 1 976 995 1
106 104 1 824 933 1 995 904 1
106 104 2 824 933 2 995 964 1
122 103 1 856 810 1 995 1030 1
210 18 1 856 933 1 995 1060 1
210 370 1 856 1060 1 1030 915 1
233 210 1 895 122 1 1030 955 1
233 320 1 895 122 2 1060 897 1
125
Tabela B.11: (Continuacao)
Barra
De
Barra
Para
No
Circ
Barra
De
Barra
Para
No
Circ
Barra
De
Barra
Para
No
Circ
320 210 1 896 897 1 1060 925 1
B.10 Dados de Contingencias Programadas
A lista de contingencias avaliadas durante o processo de transferencia de geracao
no sistema 107 barras e definida na Tabela B.12. Estas contingencias representam a
perda das linhas de transmissao de interligacoes entre Sul-Sudeste e Sudeste-Mato
Grosso, essenciais nos processos de intercambio de potencia.
Tabela B.12: Lista de contingencias analisadas no sistema 107 barras.
No Barra De Barra ParaNo do
CircuitoTipo de Contingencia
1 225 231 1 Abertura de Linha
2 895 122 1 Abertura de Linha
B.11 Dados do Arquivo 107BARRAS.PWF
Inıcio do Arquivo 107BARRAS.PWF1 TITU
2 Sistema 107 Barras - VSA/RSE
3 (
4 (=======================================================================
5 ( OPCOES
6 (=======================================================================
7 (
8 DOPC
9 (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E (Op) E
10 NEWT L QLIM L CTAP D CREM D CSCA D MOST L MOCG L MOSF L RMON L RCVG L
11 99999
12 (
13 (=======================================================================
14 ( CONSTANTES
15 (=======================================================================
16 (
17 DCTE
18 (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val) (Mn) ( Val)
19 BASE 100. DASE 100. TEPA 1e-6 EXST .4 TETP 5. TBPA 5.
20 TLPP 1. TEPR 1e-6 QLST .4 TLPR 1. TLPQ 2. TSBZ .01
21 TSBA 5. ASTP .05 VSTP 5. TLVC .5 TLTC .01 TSFR .1E-7
126
22 ZMAX 500. TLPV .5 VDVM 200. VDVN 40. TUDC .001 TADC .01
23 PGER 30. TPST .2 VFLD 70. ZMIN .001 HIST 470 LFIT 10
24 ACIT 30 LFCV 1 DCIT 10 VSIT 10 LPIT 50 LFLP 10
25 PDIT 10 LCRT 96 LPRT 60 CSTP 500. VART 5. TSTP 33
26 ICMV .5 APAS 90. CPAR 70. VAVT 2. VAVF 5. VMVF 15.
27 VPVT 2. VPVF 5. VPMF 10. VSVF 20. VINF 1. VSUP 1.
28 ICIT 9000 DMAX 5 FDIV 2. ICMN 1e-5
29 NDIR 16 STTR 1. TRPT 100. STIR 10.
30 99999
31 (
32 (=======================================================================
33 ( DADOS DE BARRA
34 (=======================================================================
35 (
36 DBAR
37 (Num)OETGb( nome )Gl( V)( A)( Pg)( Qg)( Qn)( Qm)(Bc )( Pl)( Ql)( Sh)Are(Vf)
38 12 L1 2LCBARRET-4GR D1000-24.294.6-205.-540. 420. 11000
39 16 L1 2FURNAS---5GR D1000-26.793.6-137.-720. 480. 11000
40 18 L2 4ITUMBIAR-6GR D1020-24.974.2-435.-546. 600. 11000
41 20 L1 4MARIMBON-5GR D1010-22.892.8-327.-640. 640. 11000
42 21 L1 1MANSO----3GR D1000-46.157.6-24.9 -80. 84. 31000
43 22 L1 2M.MOR.A--3GR D1000-20.148.4-21.1-120. 126. 11000
44 35 L1 2CORUMBA--2GR D1000-27.198.1 -58.-180. 180. 11000
45 48 L1 IBIUNA---4CS D1000-43. 0.-462.-10801200. 11000
46 86 L 2IBIUNA---345 C1033-43. 66. 1.2 11000
47 100 L 4MARIMBON-500 A1057-29. 11000
48 101 L 4ARARAQUA-500 A1069-36. -200. 11000
49 102 L 4POCOS----500 A1060-43. -100. 11000
50 103 L 4CAMPINAS-500 A1072-43. 11000
51 104 L 4C.PAULIS-500 A1062-52. 910. 235. 11000
52 106 L 4ADRIANO--500 A1050-53. -100. 11000
53 120 L 2P.CALDAS-345 C1042-41. 180. 90. 11000
54 122 L 4IBIUNA---500 A1067-42. 200. 38. 11000
55 123 L 2CAMPINAS-345 C1035-46. 450. 175. 11000
56 126 L 2GUARULHOS345 C1037-44. 290. 95. 11000
57 131 L 2M.MORAES-345 C1027-27. 11000
58 134 L 2LBARRETO-345 C1027-27. 11000
59 136 L 2FURNAS---345 C1028-33. 54. 23. 11000
60 138 L 2ITUTINGA-345 C1037-44. 72. 34. 11000
61 140 L 2ADRIANO--345 C1023-54. 700. 250. 11000
62 210 L 4ITUMBIARA500 A1050-27. 11000
63 213 L 2MARIMBON-345 C1051-29. 93. 39. 11000
64 216 L 2PCOLOMBIA345 C1050-28. 53. 25. 11000
65 217 L 2ITUMBIARA345 C1056-32. 364. 58. 11000
66 218 L 2BANDEIRA-345 C1030-40. 600. 200. 11000
67 219 L 2B.SUL----345 C1032-39. 11000
68 220 L 2CORUMBA--345 C1056-32. 11000
127
69 225 L 1ITUMBIARA230 C1019-34. 11000
70 228 L 1B.SUL----230 C1020-40. 86. 34. 11000
71 231 L 1R.VERDE-230 C1050-45. 89.7 31.9 31000
72 233 L 4SAMAMBAI-500 A1043-36. 11000
73 234 L 2SAMAMBAI-345 C1031-39. 1000. 350. 11000
74 300 L1 4EMBORCAC-3GR D1020-19.694.2-194.-440. 392. 11000
75 301 L1 4JAGUARA--4GR D1010-20.298.1-130.-140. 140. 11000
76 302 L1 4N.PONTE--3GR D1020-18.397.5-129.-150. 150. 11000
77 303 L1 4S.SIMAO--4GR D1020-24.191.8-285.-600. 600. 11000
78 305 L1 2V.GRANDE-4GR D1000-22.298.2-63.8-120. 120. 11000
79 320 L 4EMBORCAC-500 A1050-24. 11000
80 325 L 4JAGUARA--500 A1047-24. 11000
81 326 L 2JAGUARA--345 C1034-26. 274. 104. 11000
82 360 L 4NPONTE---500 A1047-22. 11000
83 370 L 4SSIMAO---500 A1050-25. 11000
84 396 L 2VGRANDE--345 C1042-26. 11000
85 500 L1 4A.VERMEL-4GR D1020-22.793.2-122.-540. 540. 11000
86 535 L 4AVERMELHA500 A1035-26. 11000
87 536 L 3AVERMELH-440 B1023-29. 700. 150. 11000
88 800 L1 4GBMUNHOZ-2GR D1020-7.11100.138.8-800. 800. 21000
89 808 L1 4SCAXIAS--4GR D10203.471150.114.5-600. 600. 21000
90 810 L1 4SSEGREDO-4GR D1020-4.11200.-71.8-400. 532. 21000
91 814 L 1BATEIAS--230 C 996-38. 735.4 191. 21000
92 824 L 4GBMUNHOZ-500 A1038-17. 21000
93 834 L 1S.MATEUS-230 C 991-29. 13.4 4.2 21000
94 839 L 1CASCAVEL-230 C 999-6.4 21000
95 840 L CASCAVEL-138 D 986-9.4 159. 36. 21000
96 848 L FCHOPIM--138 D 999-5.6 94. 18. 21000
97 856 L 4SEGREDO--500 A1035-11. 21000
98 895 L 4BATEIAS--500 A1044-35. 21000
99 896 L 4CASCAVELO500 A1028-4.3 21000
100 897 L 4SCAXIAS--500 A1039 -3. 21000
101 898 L 1FCHOPIM--230 C1012-2.2 21000
102 904 L1 4ITA------4GR D1020-15.700.3-236.-475. 475. 21000
103 915 L1 4MACHADIN-2GR D1020-13.700.2-109.-516. 465. 21000
104 919 L1 1SOSOR1A4-4GR D10005.73700.289.15-148. 220. 21000
105 925 L1 4SSANTIAG-3GR D1020-.15950.373.27-440. 420. 21000
106 933 L 4AREIA----500 A1038-18. 21000
107 934 L 1AREIA----230 C 998-18. 237. 59. 21000
108 938 L 4BLUMENAU-500 A1042-37. 21000
109 939 L 1BLUMENAU-230 C 996-40. 1149.53.06 21000
110 955 L 4CNOVOS---500 A1057-24. 21000
111 959 L 4CURITIBA-500 A1033-35. 100. 21000
112 960 L 1CURITIBA-230 C 996-38. 844.7469.1 21000
113 964 L 4CAXIAS---500 A1037-31. 21000
114 965 L 1CAXIAS---230 C1003-34. 755.656.24 21000
115 976 L 4GRAVATAI-500 A1012-34. 21000
128
116 995 L 4ITA------500 A1050-19. 21000
117 1015 L 1JOINVILLE230 C 998-40. 70. 2. 21000
118 1030 L 4MACHADIN-500 A1052-21. 21000
119 1047 L 1SOSORIO--230 C1017-1.2 21000
120 1060 L 4SSANTIAG-500 A1043-8.1 21000
121 1210 L 1GRAVATAI-230 C1003-36. 1228. 425. 21000
122 1503 L 4ITAJUBA--500 A1061-50. 11000
123 1504 L ITAJUBA--138 D1027-54. 145. 63. 11000
124 2458 L 1CASCAVEL-230 C1001-6.7 403. 126. 21000
125 4501 L 1B.PEIXE--230 C1068-52. 31.4 7.1 -45. 31000
126 4521 L 1ITIQUIRA-230 C1053-55. 31000
127 4522 L 1RONDONOP-230 C1059-57. -20. 31000
128 4523 L1 1ITIQUIR--2GR D1010-49.54.94-18.3 -42. 30. 31000
129 4530 L COXIPO-CE-12 D1020-59. 31000
130 4532 L 1COXIPO-230 C1052-59. 31000
131 4533 L COXIPO-138 D1021-59. 75.4 16.1 31000
132 4542 L 1NOBRES-230 C1031-57. 31000
133 4552 L 1N.MUTUM-230 C1015-65. 12.6 1.2 -20. 31000
134 4562 L 1SORRISO-230 C1021-73. 23.8 7.4 31000
135 4572 L 1LUCAS-RV230 C1018-70. 18. 6.4 31000
136 4582 L 1SINOP-230 C1028-76. 65.5 16.7 30. 31000
137 4592 L 1MANSO-230 C1021-52. 31000
138 4596 L1 CBA--GAS-2GR D1000-54. 256.-44.6-160. 160. 31000
139 4623 L RONDONOP-138 D1043-60. 128.240.76 31000
140 4703 L CUIABA-138 D1010-60. 182.129.75 31000
141 4804 L1 GUAPORE--2GR D1000-59. 60.1-20.3 -86. 59. 31000
142 4805 L GUAPORE--138 D1030-63. 31000
143 4807 L JAURU-138 D1031-65. 128.9 36.3 31000
144 4862 L 1JAURU-230 C1054-64. -30. 31000
145 99999
146 (
147 (=======================================================================
148 ( DADOS DE LINHA
149 (=======================================================================
150 (
151 DLIN
152 (De )d O d(Pa )NcEP ( R% )( X% )(Mvar)(Tap)(Tmn)(Tmx)(Phs)(Bc )(Cn)(Ce)Ns
153 86 48 1 .71475 1. 10501050
154 86 122 1 1.913 1. 750 803
155 86 122 2 1.913 1. 750 803
156 100 20 1 1.264 1. 15201520
157 100 101 1 .172 2.72 231.4 16652460
158 100 101 2 .171 2.7 230.2 16652460
159 100 210 1 .209 2.935 254.6 17321732
160 100 213 1 2.357 1. 560 560
161 100 535 1 .153 2.4 203.8 16651665
162 101 102 1 .156 2.46 208.5 16651665
129
163 101 103 1 .152 2.39 202.6 16651665
164 102 120 1 2.403 1. 560 560
165 102 1503 1 .11 1.91161.85 16651665
166 103 123 1 2.419 1. 560 560
167 104 103 1 .196 3.1 264.9 16651665
168 104 1503 1 .05 .82 69.36 16651665
169 106 104 1 .152 2.39 202.7 16651665
170 106 104 2 .152 2.39 203.1 16651665
171 106 140 1 2.923 1. 560 560
172 106 140 2 2.668 1. 560 560
173 122 103 1 .105 1.619136.35 16651665
174 123 120 1 .359 3.945 66.68 598 598
175 126 86 1 .109 1.826 51.18 15321532
176 126 86 2 .109 1.824 51.18 15321532
177 126 120 1 .6 5.95 92.8 598 598
178 126 120 2 .606 6.02 93.8 598 598
179 131 22 1 8.8333 1. 378 378
180 134 12 1 1.335 .999 11361136
181 134 131 1 .092 1.01 16.9 717 717
182 134 396 1 .32 3.509 59.24 699 827
183 136 16 1 1.536 1. 12801280
184 136 120 1 .436 4.3 66.6 598 598
185 136 120 2 .436 4.3 66.6 598 598
186 136 131 1 .348 3.42 52.8 717 717
187 136 134 1 .375 4.13 69.9 598 598
188 136 138 1 .649 6.46 100.8 728 896
189 136 138 2 .558 6.19 105.7 766 896
190 140 138 1 .652 6.5 101.4 728 896
191 140 138 2 .558 6.19 105.7 766 896
192 210 18 1 .66667 1. 24002400
193 210 217 1 1.72 1. 560 560
194 210 217 2 1.72 1. 560 560
195 210 370 1 .147 2.32 196.6 16651665
196 213 216 1 T .219 2.42 40.7 598 598
197 216 396 1 .129 1.414 23.77 699 827
198 217 216 1 .565 6.248106.73 717 717
199 217 218 1 .507 5.61 95.6 766 766
200 217 218 2 .507 5.61 95.6 766 766
201 218 234 1 .43 4.799 82.2 639 639
202 218 234 2 .43 4.799 82.2 639 639
203 219 234 1 .035 .433 7.34 639 639
204 219 234 2 .035 .433 7.34 639 639
205 220 35 1 4.4965 1.025 417 417
206 220 217 1 .226 2.39643.235 766 766
207 220 219 1 .726 7.704138.01 766 766
208 225 217 1 2.721 .955 .9551.167 225 225 22532
209 225 217 2 2.938 .955 .9551.167 225 560 56032
130
210 225 231 1 4.1 19.76 36.08 197 197
211 225 231 2 1.27 13.62 49.47 197 197
212 228 219 1 3.595 1. 225 225
213 231 4501 1 4.51 21.69 40.25 197 197
214 231 4501 2 1.49 16.09 55.4 197 197
215 233 210 1 .28 3.99355.36 25982598
216 233 320 1 .27 3.87344.03 25982598
217 234 233 1 1.113 1. 10501050
218 234 233 2 1. 1. 10501050
219 320 210 1 .125 1.937149.96 19481948
220 320 300 1 1.3567 1. 12001200
221 320 360 1 .082 1.256 98.99 20782078
222 325 301 1 2.6325 1. 500 500
223 325 326 1 2.16 1. 400 483
224 325 326 2 2.16 1. 400 483
225 325 360 1 .1 1.519119.67 22512251
226 325 370 1 .28 4.84 419.5 22052205
227 326 134 1 .07 .7612.287 860 932
228 326 396 1 .24 2.74 45.47 623 699
229 360 302 1 1.9367 1. 537 537
230 370 303 1 1.0575 1. 17401740
231 370 535 1 .09311.3758 112.3 22052205
232 396 305 1 2.2 1.025 450 450
233 535 500 1 1.025 1. 15001500
234 536 535 1 1.533 1. 700 858
235 536 535 2 1.42 1. 750 900
236 814 895 1 .032 1.146 .9652 .95 1.15 814 600 60032
237 814 895 2 .031.1651 .9652 .95 1.15 814 600 60032
238 824 800 1 1.68 1.024 16761676
239 824 933 1 .01 .12415.204 21822182
240 824 933 2 .01 .12615.428 21822182
241 834 934 1 2.44412.65221.706 359 359
242 839 840 1 6.64 1. 150 150
243 839 840 2 6.29 1. 150 150
244 839 898 1 1.13 6.9912.617 189 318
245 839 1047 1 1.22 7.69 13.81 189 323
246 839 2458 1 .22 1.091.8601 319 413
247 839 2458 2 .17 1.032.0537 356 356
248 856 810 1 1.05 1. 12601260
249 856 933 1 .052 .65480.493 22732273
250 856 1060 1 .056 .69785.746 21822182
251 895 122 1 .308 3.958444.84 12992252
252 895 122 2 .308 3.958444.84 12992252
253 896 897 1 .05 .73 78.06 16371637
254 897 808 1 1.02 1.024 13441478
255 898 848 1 6.36 1. 150 150
256 898 1047 1 .15 .891.6317 324 324
131
257 933 895 1 .2 2.55312.72 21102110
258 933 955 1 .162 2.048250.17 21102110
259 933 959 1 .2 2.69 336.4 21822182
260 934 933 1 T .031 1.207 .9747 .9221.127 934 672 80632
261 934 1047 1 3.04515.73827.123 319 319
262 934 1047 2 3.04115.71827.089 319 319
263 938 955 1 .25562.9224 360.4 20372037
264 938 959 1 .127 1.603195.89 12661266
265 939 938 1 T .031 1.15 .9586 .9451.155 939 672 80632
266 939 938 2 T .032 1.163 .9586 .9451.155 939 672 80632
267 939 938 3 1.277 .9586 .9451.155 939 672 67232
268 939 1015 1 T 1.271 6.56211.305 306 319
269 939 1015 2 T 1.283 6.56411.522 306 319
270 955 964 1 .18772.3467287.24 16881688
271 959 895 1 .05 .44 47.58 21102110
272 960 834 1 2.2111.47519.687 319 319
273 960 959 1 T .032 1.163 .9917 .9451.155 960 672 80632
274 960 959 2 T .031 1.166 .9917 .9451.155 960 672 80632
275 960 1015 1 1.892 9.77616.845 319 319
276 960 1015 2 1.895 9.70417.029 319 319
277 964 976 1 .0733 .9164112.17 16881688
278 965 964 1 T .02 1.211 .9717 .9 1.1 965 672 80632
279 965 964 2 T .02 1.233 .9717 .9 1.1 965 672 80632
280 976 995 1 .282 3.852 493.7 16881688
281 995 904 1 T 1.1538 1. 16251625
282 995 964 1 .16433.0339354.88 21822182
283 995 1030 1 .073 .92112.26 21822182
284 995 1060 1 .172 2.17265.16 21102110
285 1030 915 1 T 2.0655 1. 12541254
286 1030 955 1 .047 .5971.818 21822182
287 1047 919 1 T 1.7022 1.025 788 788
288 1060 897 1 .076 1.171124.58 23702681
289 1060 925 1 T 1.515 1.024 14021402
290 1210 976 1 T .03 1.219 1.01 .9451.155 1210 672 80632
291 1210 976 2 T .039 1.138 1.01 .9451.155 1210 672 80632
292 1210 976 3 T .036 1.217 1.01 .9451.155 1210 672 80632
293 1503 1504 1 5.2 1. 300 300
294 2458 896 1 1.27 .9938 .9 1.1 2458 600 60032
295 4501 4522 1 3.76 20.68 35.66 287 287
296 4501 4522 2 1.64 12.46 61.5 239 239
297 4521 4523 1 20.71 1.
298 4522 4521 1 1.53 7.6 14.25 200 200
299 4522 4532 1 3.25 17.92 32.75 287 287
300 4522 4532 2 3.25 17.92 32.75 287 287
301 4522 4623 1 7.95 1. 100 100
302 4522 4623 2 7.95 1. 100 100
303 4532 4530 1 14.3 1.
132
304 4532 4533 1 8.6 1. 100 100
305 4532 4533 2 8.6 1. 100 100
306 4532 4533 3 8.6 1. 100 100
307 4532 4542 1 1.62 9.68 19.15 150 150
308 4533 4596 1 3.7635 1.
309 4542 4552 1 1.83 10.93 18.6 150 150
310 4552 4572 1 1.4 8.38 17. 150 150
311 4562 4572 1 .94 5.5910.644 150 150
312 4562 4582 1 1.24 7.38 13.28 150 150
313 4592 21 1 6.4 1.
314 4592 4542 1 1. 6.17 12.6 239 239
315 4623 4533 1 17.06 45.5 11.39 100 100
316 4703 4533 1 .9 2.31 .58 100 100
317 4703 4533 2 .9 2.31 .58 100 100
318 4805 4804 1 13.333 1. 138 138
319 4805 4807 1 3.089 8.134 2.085 86 86
320 4805 4807 2 3.089 8.134 2.085 86 86
321 4862 4532 1 2.57 23.68 97.42 556 697
322 4862 4532 2 2.57 23.68 97.42 556 697
323 4862 4807 1 4.05 1. 300 300
324 99999
325 (
326 (=======================================================================
327 ( DADOS DE LIMITES DE GERACAO E FATORES DE PARTICIPACAO INDIVIDUAIS
328 (=======================================================================
329 (
330 DGER
331 (No ) O (Pmn ) (Pmx ) ( Fp) (FpR) (FPn) (Fa) (Fr) (Ag) ( Xq) (Sno)
332 (AREA 1 - SUDESTE
333 12 0 1104 4.93
334 16 0 1312 13.28
335 18 0 2280 16.31
336 20 0 1488 14.94
337 22 0 324 2.48
338 35 0 381 3.32
339 48 0 0 0
340 300 0 1192 11.62
341 301 0 400 4.99
342 302 0 510 6.65
343 303 0 1680 3.21
344 305 0 380 4.99
345 500 0 1396.2 13.28
346 (AREA 2 - SUL
347 800 0 1674 16.92
348 808 0 1240 17.69
349 810 0 1260 18.46
350 904 0 1450 10.77
133
351 915 0 1140 10.77
352 919 0 728 10.77
353 925 0 1420 14.62
354 (AREA 3 - MATO GROSSO
355 21 0 216 29.81
356 4523 0 60.8 10.39
357 4596 0 320 48.43
358 4804 0 124.2 11.37
359 99999
360 (
361 (=======================================================================
362 ( DADOS DE COMPENSADOR ESTATICO
363 (=======================================================================
364 (
365 DCER
366 (No ) O Gr Un (Kb ) (Incl) ( Qg)( Qn)( Qm) C E
367 4530 10 1 4530 .01 -22.5-54.563.96 L
368 99999
369 (
370 (=======================================================================
371 ( DADOS DE GRUPO LIMITE DE TENSAO
372 (=======================================================================
373 (
374 DGLT
375 (G (Vmn) (Vmx) (Vmne (Vmxe
376 D .95 1.05 .95 1.05
377 C .95 1.07 .95 1.07
378 A .95 1.1 .95 1.1
379 B .95 1.08 .95 1.08
380 99999
381 (
382 (=======================================================================
383 ( DADOS DE AREA
384 (=======================================================================
385 (
386 DARE
387 (Ar (Xchg) ( Identificacao da area ) (Xmin) (Xmax)
388 1 0. AREA SUDESTE
389 2 0. AREA SUL
390 3 0. AREA MATO GROSSO
391 99999
392 (
393 (=======================================================================
394 ( DADOS DE GRUPO BASE DE TENSAO
395 (=======================================================================
396 (
397 DGBT
134
398 (G ( kV)
399 4 500.
400 3 440.
401 2 345.
402 1 230.
403 0 138.
404 99999
405 (
406 (=======================================================================
407 ( DADOS DE MONITORACAO DE TENSAO
408 (=======================================================================
409 (
410 DMTE
411 (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O F
412 BARR 86 E BARR 104 E BARR 120 E BARR 122
413 BARR 123 E BARR 126 E BARR 136 E BARR 138
414 BARR 140 E BARR 213 E BARR 216 E BARR 217
415 BARR 218 E BARR 228 E BARR 231 E BARR 234
416 BARR 326 E BARR 536 E BARR 814 E BARR 834
417 BARR 840 E BARR 848 E BARR 934 E BARR 939
418 BARR 960 E BARR 965 E BARR 1015 E BARR 1210
419 BARR 1504 E BARR 2458 E BARR 4501 E BARR 4533
420 BARR 4552 E BARR 4562 E BARR 4572 E BARR 4582
421 BARR 4623 E BARR 4703 E BARR 4807
422 99999
423 (
424 (=======================================================================
425 ( DADOS DE MONITORACAO DE FLUXO
426 (=======================================================================
427 (
428 DMFL
429 (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) O I
430 TENS 500 I
431 99999
432 (
433 (=======================================================================
434 ( DADOS DE GRUPOS GERADORES - VSA/RSE
435 (=======================================================================
436 (
437 DVSA
438 (Rg) (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no ) C (tp) (no )
439 GUG1 AREA 1
440 GUG2 AREA 2
441 GUG3 AREA 3
442 99999
443 (
444 (=======================================================================
135
445 ( LISTA DE CONTINGENCIAS
446 (=======================================================================
447 (
448 DCTG
449 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
450 1 1 LT_225_231_1
451 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
452 CIRC 225 231 1
453 FCAS
454 (Nc) O Pr ( IDENTIFICACAO DA CONTINGENCIA )
455 2 1 LT_895_122_1
456 (Tp) (El ) (Pa ) Nc (Ext) (DV1) (DV2) (DV3) (DV4) (DV5) (DV6) (DV7)
457 CIRC 895 122 1
458 FCAS
459 99999
460 FIMFim do Arquivo 107BARRAS.PWF
136