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www.odontomagazine.com.br Ano 4 - N° 36 - Janeiro de 2014 anos! 3

Odonto Magazine Ed. 36 Jan/2014

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Apresenta ao profissional de saúde bucal, informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

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3Janeiro de 2014

Editorial

A cilada do sucesso

Wanderley de Almeida Cesar Jr.Cirurgião-dentista. CEO & Founder

Odontostudio Franquias Inteligentes. Treinador do Curso de Gestão e Coaching para Dentistas DLA - Dentistry Leadership

Academy. Diretor de mídia da SBOE - Sociedade Brasileira de Odontologia Estética.

[email protected]

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7761

Assistente AdministrativoMichelle Visval

e. [email protected]

MarketingTomás Oliveira

e. [email protected]

Ironete Soarese. [email protected]

DesignersCristina Yumi

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

João Corityace. [email protected]

Web Designer

Robson Mouline. [email protected]

MobileCláudia Mardegan

e. [email protected]

Analista de SistemasFernanda Perdigão

e. [email protected]

SistemasWander Martins

e. [email protected]

Editora Vanessa Navarro (MTb: 53385)

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente ComercialChristian Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7760

Publicidade - Gerente de ContasIsmael Pagani

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7768

Publicidade - Gerente de ContasRosana Alves

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7769

Conselho CientíficoAlice Granthon de Souza, Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo, Wanderley de Almeida Cesar Jr. e William Torre.

A RevistaA Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal infor-mações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras comer-ciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. A distribuição é gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor.

Odonto Magazine Online

s. www.odontomagazine.com.br

Tiragem: 37.000 exemplares

Impressão: HR Gráfica

Alameda Madeira, 53, 9o andar - conj. 92Alphaville - Barueri – SP - 06454-010- + 55 (11) 4197 - 7500

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Edição: Ano 4 • N° 36 • Janeiro de 2014

O novo ano mal começou e muitos de nós já deixamos de lado algu-mas metas programadas e objetivos planejados, dando chance a uma incômoda voz interna que diz: “como é difícil”, “depois eu tento de

novo”, “deixa do jeito que está”. Fica, lá no fundo, uma sensação de vazio e uma voz que cobra: “eu preciso mu-dar”. Isso tudo aparece mais nítido depois do período de festas de fim de ano. Você, com certeza, já pensou algo, como: “tudo vai começar de novo, do mesmo jeito e eu não tive ‘tempo’ de fazer o que tinha que ter feito”! “Será que algum dia eu vou ter uma vida mais tranquila?”.Provavelmente, você esteja caindo na cilada do sucesso. Essa velha armadi-lha diz que você tem que ser o melhor, o mais inteligente e o mais poderoso. Falaram isso para você, quando você ainda era pequenininho. Você acredi-tou. Não te avisaram que se você buscar só isso, pode ser doloroso e sem sentido. Não falaram que essa busca, sem um propósito relevante, poderia gerar em você medo, frustração, estresse e comparações com os outros. Essa cobrança, sem sentido, pode ser o bloqueio que está impedindo o seu caminho rumo à realização de suas metas e sonhos.Sabia que você pode ser o melhor, o mais inteligente e o mais poderoso? Quer sa-ber como? Sendo um dentista apaixonado pelo seu semelhante. Isso mesmo! Ser um apaixonado pelo paciente é entender que ninguém vem até você por engano. Talvez aquele ser humano foi escolhido pelo universo só para trocar algumas pa-lavras com você e pronto, foi o suficiente para fazê-lo feliz. Isso faz uma diferença enorme, pois o carinho é infinitamente mais poderoso do que o marketing. Eu criei um método mental de três passos para desencadear o fluxo do su-cesso antes de começar a trabalhar. Nós, dentistas, precisamos muito! Os desafios no dia a dia são numerosos. Eu li, certa vez, que a nossa profissão é considerada a segunda profissão mais estressante de todas. Nós só perde-mos para os operários das minas de carvão.Vamos ao método?1. Antes de enfrentar um problema, respire fundo e pense sempre que você

está na segurança de Deus. Tudo o que ocorre é sempre para o bem. 2. Antes do encontro com o paciente, pense que ninguém cruza seu cami-

nho por acaso. Respire fundo e encha-se de compaixão. 3. Antes de enfrentar um desafio, não se preocupe com seus talentos. Pense

que eles vão fluir quando você precisar deles. Quer agora uma boa receita boa para o fracasso? Claro que não! Mas, você vai fracassar mais cedo ou mais tarde, dizendo para você mesmo: “vou mos-trar para os outros como eu sou o melhor”. Isso gera medo e instabilidade. Essa abordagem egoísta não faz girar o dínamo da empatia. Dessa forma, não há um propósito humano verdadeiro, e seus dias de dentista “celebrida-de” terá uma data de validade muito breve.Retome os seus sonhos agora! O que você está esperando? O ano de 2014 está só começando!Feliz ano novo! Que Deus abençoe suas mãos, proteja seus olhos e forta-leça sua coluna!Com carinho,

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Reportagem Planejamento digital do sorriso

EntrevistaCIOSP 2014: Unidos pelo sucesso da OdontologiaAndre Callegari

RelacionamentoSirona: tecnologia e inovação garantem destaque no mercado odontológico

Ponto de vistaLaser para prevenir cárie radicularRegina Guenka Palma Dibb

ColunistasGestãoPlínio Augusto Rehse Tomaz

Casos Clínicos

Carga imediata com cirurgia teleguiada em implante Screw: avaliação clínica e radiográfica da superfície speedGino Kopp, Shaban Mirco Bugoa La Forcada e Ricardo Scotton

Clareamento em consultório com Peróxido de Hidrogênio 35% ativado com luz híbridaRafael Francisco Lia Mondelli, Mariana Ontelo Ortiz e Marina Studart Alencar

Normas para publicação

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Editorial

Programe-se

Notícias

Odontologia Segura

Produtos e Serviços

SumárioJaneiro de 2014 • Edição: 36

4 Janeiro de 2014

Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não refletem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.

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6 Janeiro de 2014

Janeiro32º CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo30 de janeiro a 02 de fevereiro de 2014O evento reunirá grandes nomes da Odontologia. Ministradores nacionais e internacionais compõem uma grade científica diversificada, com temas de grande relevância clínica. O evento ainda conta com uma das feiras odon-tológicas mais importantes do mun-do, a FIOSP, que gera, anualmente, um grande volume de negócios e apresen-ta as principais novidades do mercado de equipamentos, materiais e serviços do setor.

São Paulo – SP www.ciosp.com.br

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MarçoCongresso Internacional de Odontologia do Rio Grande do Sul27 a 29 de março de 2014O evento visa oferecer informação e conhecimento a todos os congres-sistas, por meio de profissionais re-nomados e de destaque nas áreas de Cirurgia Bucomaxilofacial, Ortodontia e Implantodontia do Brasil e do mun-do. Todo o empenho na organização do evento está voltado para manter e melhorar a qualidade dos serviços odontológicos.

Passo Fundo – RSwww.ciors2014.com.br

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Abril22º COPEO - Congresso Pernambucano de Odontologia

03 a 06 de abril de 2014Com um novo desenho, que congregará profissionais e estudantes da Odontolo-gia e áreas afins de todo país, o Copeo trará atividades científicas interativas, onde serão abordados assuntos que vão do foco das especialidades à atu-ação generalista e multiprofissional, com discussões nas arenas cientificas, cursos de curta duração, encontros de especialidades, eventos paralelos, bem como a apresentação e premiação de pôsteres digitais, bancadas clínicas e fóruns científicos.

Recife – PEwww.copeo.com.br

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Implante In Rio04 e 05 de abril de 2014O grupo Implante in Rio surge com o objetivo de disseminar a informa-ção da Implantodontia para dentistas e acadêmicos. Servirá, inicialmente, como uma página para discussão de casos, divulgação de eventos e produ-tos da área de Implantodontia.

Rio de Janeiro – [email protected]

JulhoXX CORIG – Congresso Odontológico Rio-Grandense09 a 12 de julho de 2014A comissão organizadora já começou a planejar a grade científica do evento, que terá a participação de ministran-tes nacionais e internacionais. O even-to contará com a temática “Odontolo-gia: abrindo novos horizontes”.

Porto Alegre – RSwww.corig.com.br

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Agosto8º SBO Ortopremium13 a 16 de agosto de 2014A programação científica do evento foi elaborada visando a oferecer um evento diversificado e inovador com cursos de treinamento prático (hands on), cursos de credenciamento, curso internacional, simpósio multidiscipli-nar e palestrantes nacionais renoma-dos. O objetivo principal é informar os novos rumos da Ortodontia, como também promover o intercâmbio cien-tifico dos pesquisadores, educadores e profissionais nacionais e internacio-nais que atuam nesta área.

Rio de Janeiro – RJwww.sbo.org.br

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Outubro12º CIOMIG - Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais08 a 11 de outubro de 2014Como o tema “O que nós conhecemos, o que pensamos que conhecemos e o que não conhecemos”, o evento reunirá reno-mados profissionais da Odontologia.

Belo Horizonte – [email protected]

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CIOBA - Congresso Internacional de Odontologia da Bahia29 de outubro a 01 de novembro de 2014O evento, que será realizado na capi-tal baiana, contará com a presença de grandes nomes da Odontologia nacio-nal e mundial.

Salvador – BAwww.abo-ba.org.br

Programe-sePrograme-se

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8 Janeiro de 2014

As “lentes de contato dentais” são restaurações indiretas que exigem nenhum ou um mínimo desgaste dos dentes e propor-cionam, em determinados casos, um ganho bastante alto em termos de estética. “Comparada com as técnicas tradicionais de laminados e coroas, a ‘lente de contato’ preserva muito mais a estrutura quando bem indicada e bem executada”, diz o cirur-gião-dentista Oswaldo Scopin, especialista em prótese dental.Scopin afirma que a técnica é mais bem indicada para pes-soas com dentes muito espaçados, mal posicionados ou ir-regulares, mas que não tenham nenhum problema severo na articulação têmporomandibular (ATM), apresentando oclusão estável, ou seja, ‘mordida perfeita’. “Costumo indicar ‘lentes de contato’ para pacientes adultos que já terminaram a fase de crescimento facial e que tenham um sorriso que necessita de acréscimo de material, principalmente quando não há ne-cessidade de preparo ou desgaste dental. Um bom exemplo são os pacientes que têm dentes anteriores desgastados – o que dá um aspecto envelhecido”.Confeccionadas em cerâmica ou porcelana (o que diferencia uma da outra é a composição do material e a marca comer-cial), as lentes de contato têm grande capacidade de adesão ao dente, sendo coladas ao esmalte. O especialista diz que, depois de colada, a faceta adquire resistência semelhante ao esmalte dental – em termos de resistência ao desgaste. “A durabilidade de qualquer restauração indireta é de aproxima-damente 10 anos, podendo durar mais ou menos, de acordo com vários fatores, desde a indicação e execução clínica, até os cuidados do paciente durante a manutenção”.Fumantes e pessoas que ingerem muito café, vinho ou chá

devem estar mais atentos ao fato de que todo corante pode alterar a cor natural dos dentes. “Apesar de a ‘lente’ não mu-dar de cor, tanto o dente quanto o cimento resinoso usado na fixação podem sofrer alteração de cor com o tempo. Daí a fundamental importância de o paciente compreender que a correta manutenção das peças, em conjunto com o cirurgião-dentista, contribuirá para evitar ou minimizar esses inconve-nientes”, alerta Scopin. O especialista diz que há sempre uma orientação específica de como prolongar a vida útil da técnica empregada. Em determinados casos, poderá ser feito um cla-reamento dental antes da colocação da lente – deixando uma margem de 21 dias entre uma técnica e outra.A lente de contato dental só não é indicada para crianças e ado-lescentes, ou quando o paciente já tem prótese de porcelana ou cerâmica no dente. Outro fator a ser levado em conta é o preço. Por se tratar de uma técnica sofisticada, que exige mão de obra especializada – tanto por parte do cirurgião-dentista, quanto do protético – o valor de cada peça poderá variar entre R$ 1.500 e R$ 5.000. “Em geral, os ganhos em termos de aparência e autoesti-ma compensam o investimento”, diz Scopin.Em parceria com a cirurgiã-dentista Maristela Lobo, o espe-cialista participará do 32º Congresso Internacional de Odon-tologia de São Paulo (CIOSP), que acontece no Expo Center Norte, entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro de 2014.Na sexta-feira, 31 de janeiro, das 10h00 às 13h00, ambos con-duzirão a palestra “Lentes de contato e laminados cerâmicos: procedimentos integrados para restaurações minimamente invasivas”, no auditório Beleza do Sorriso 3.www.ciosp.com.br

Evolução da estética dental no CIOSP 2014

Notícias

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10 Janeiro de 2014

O Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilân-cia da Saúde Bucal (CECOL), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, vai coordenar uma pesquisa para identificar a cobertura de fluoretação na água de abastecimento pú-blico das cidades brasileiras. A adição controlada do flúor é uma das medidas de prevenção à cárie dentária.O coordenador do estudo Cobertura e Vigilância da Fluoreta-ção da Água no Brasil, professor Paulo Frazão, explica que o trabalho tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde, com a participação de instituições públicas e priva-das dos 26 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. A previsão é que a pesquisa seja concluída até 2016.“Na primeira etapa, vamos trabalhar com os dados de mu-nicípios com mais de 50 mil habitantes. Nestas cidades estão mais de dois terços da população brasileira”, con-tabiliza Frazão. “Faremos uma busca documental sobre a fluoretação, e naqueles municípios em que não houver in-formações consistentes, será feita a coleta da água e enca-minhada para análise laboratorial.”Essa fase da pesquisa deve ser finalizada no segundo semes-tre de 2014 e, em seguida, será feito o levantamento em cida-des com menos de 50 mil habitantes. O professor explica que os dados disponíveis, hoje, sobre a fluoretação no País estão defasados e não há muito detalhamento. As informações de-veriam ser fornecidas pelos próprios municípios ao Sistema de Informação (SISAGUA) do Programa de Vigilância da Qua-lidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saú-de, mas mais da metade não alimenta o sistema.“A pesquisa também inclui entrevistas com os represen-tantes dos órgãos de vigilância ambiental de cada Esta-do, para identificarmos quais as dificuldades para manter o SISAGUA atualizado, se falta capacitação profissional,

equipamento, entre outros”, explica Frazão. Para ele, o Bra-sil pode ampliar a cobertura de fluoretação da água com medidas, como “treinamento, qualificação de pessoal que atua nos setores de saúde e saneamento, aprimorando os processos tecnológicos e os sistemas de informação e de vigilância da qualidade da água”. Atualmente, cerca de 120 milhões de brasileiros são beneficiados com a adição do flúor no abastecimento público de água. Saúde bucalDe acordo com coordenador do CECOL, professor Paulo Capel Narvai, a cárie dentária é, ainda hoje, um dos gran-des problemas de saúde bucal no Brasil. “Apesar de ter melhorado a fluoretação nas águas, a presença de flúor nas pastas de dentes e ações educacionais sobre a higieni-zação da boca, o problema ainda afeta crianças, adultos e idosos, principalmente, de regiões carentes”.Segundo Narvai, os níveis de cáries na população estão re-lacionados à questão socioeconômica, e a diferença pode chegar até a 400% entre dois perfis distintos: o primeiro, branco, vivendo em cidades com mais de 100 mil habitan-tes da região sul do País, alta escolaridade e renda; o se-gundo perfil, negro, nordestino, vivendo em áreas rurais de cidades com menos de 5 mil habitantes.“Entre as medidas conhecidas, a presença controlada do flúor na água é uma das mais recomendadas para enfrentar a cárie. Pesquisas mostram que pessoas expostas a fluo-retação, reduzem em 60% a chances de apresentar cárie”, conclui Narvai.Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (11) 3061-7957, com professor Paulo Frazão; ou (11) 3061-7782, com professor Paulo Capel Narvai.Fonte: Agência USP

Fluoretação da água no Brasil

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Diagnóstico de Acromegalia

12 Janeiro de 2014

Sete a 10 anos é o tempo, em média, que leva para que a acro-megalia, uma doença causada pelo excesso de produção do hormônio GH na fase adulta, seja diagnosticada. Considerada uma doença incomum, com prevalência de 50 a 70 casos por milhão de habitantes, a acromegalia tem seu pico de incidên-cia entre os 30 e 50 anos. Aparece vagarosamente, sem apre-sentar sintomas específicos e, na maioria das vezes, é causa-da por um tumor na glândula hipófise.O excesso de produção do GH pode se manifestar por meio do aumento no tamanho das mãos e pés, sudorese, engros-samento da voz, aumento no diâmetro do tórax, ronco exces-sivo, insuficiência cardíaca, intolerância a glicose, desfigura-ção facial (mandíbula maior que o maxilar, aumento do nariz, testa e lábios), aumento da língua (macroglossia), além de perda espontânea dos dentes, entre outros. A partir dessas mudanças faciais atípicas ocorridas na fase adulta, o dentis-ta é um importante especialista no processo de diagnóstico primário da doença, podendo identificar os sintomas e dire-cionar o paciente a um endocrinologista para a solicitação de exames específicos para um diagnóstico clínico e eficaz.De acordo com o ortodontista Paulo Roberto Câmara, o tra-tamento interdisciplinar permite atender todas as necessida-des do paciente. “Uma vez que surgiu a suspeita da doen-ça, devemos encaminhar para o seu correto diagnóstico por meio da intervenção de um neurologista ou do endocrinolo-gista”, afirma Câmara. Somente após o diagnóstico e esco-lha da terapia (cirúrgica e/ou radioterápica e/ou medicamen-tosa), o dentista irá trabalhar no preparo para a correção das sequelas decorrentes do crescimento desordenado, sendo a Ortodontia utilizada no preparo para a cirurgia ortognática. “O propósito dessa cirurgia é devolver a harmonia facial e a função mastigatória perdida pela discrepância no tamanho dos ossos da maxila e da mandíbula”, completa o dentista.É comum que as alterações faciais apresentadas pelo de-senvolvimento da doença terminem por provocar também um efeito devastador na autoestima dos pacientes. “O cres-cimento desordenado sobre os ossos da face afeta, diretamen-te, a forma com que esses pacientes se veem, e isso aumenta, consideravelmente, o risco de depressão entre as pessoas com acromegalia”, pontua Câmara. Nestes casos, o psicólogo tem uma tarefa importante durante o tratamento do acromegálico, ao

lado do acompanhamento de um endocrinologista, neurologista e dentista.Além das alterações físicas visíveis, o portador de acrome-galia pode sofrer complicações que resultam em outras do-enças, como pressão alta, derrame, diabetes, artrite, apneia do sono, doenças respiratórias entre outras. Por causa das complicações, a mortalidade entre os portadores de acro-megalia é de duas a três vezes maior do que na população geral, diminuindo em 10 anos a expectativa de vida desses pacientes¹.Embora o diagnóstico seja difícil, a identificação da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado proporcionam um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos. Mesmo que complexa, a acromegalia possui tratamento, sendo a cirurgia a primeira opção na maioria dos pacientes.Nos últimos anos, novos medicamentos permitiram um gran-de avanço no combate à doença, diminuindo a produção ou a ação do hormônio de crescimento, atenuando muitas das deformidades e resolvendo vários sintomas relacionados. Referência1. Amaro, A.C.S. Impacto dos distúrbios respiratórios do sono

em pacientes com acromegalia. 2012. 15 f. Tese (Doutorado em Ciência) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Fonte: Pfizer

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14 Janeiro de 2014

O cirurgião-dentista (CD) é totalmente responsável pelo seu paciente e por sua equipe de trabalho, desde sua atu-ação num um simples consultório, com uma unidade de

trabalho, até coordenando grandes clínicas multidisciplinares.A recente regulamentação das profissões do ASB e TSB (Auxi-liar e Técnico em Saúde Bucal), de 24/12/2008, tem a ver com essa responsabilidade da saúde do paciente e equipe de tra-balho. Desde 2009, é obrigatório que o auxiliar do CD tenha, no mínimo, um curso de capacitação de 300 horas com regis-tro no CFO. A atuação desses profissionais não registrados no CFO em clínicas odontológicas é considerada exercício ilegal da profissão e pode ser configurada como lesão corporal. In-clusive o CD e seu auxiliar podem responder, criminalmente, pela prática indevida de procedimentos, em alguns casos.Existem normas bem definidas da Vigilância Sanitária que atri-buem ao responsável técnico da clínica odontológica toda e qualquer responsabilidade em relação à manutenção de equi-pamentos e condições necessárias ao trabalho seguro da equi-pe odontológica e seus pacientes.Nessas duas décadas de trabalho na área, muita coisa mudou! Hoje em dia, já não precisamos discutir a superioridade da autoclave em relação à estufa, mas, ainda, há um longo caminho a seguir. No âmbito da prevenção de doenças ocupacionais, por exem-plo, a hepatite C, que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a doença do terceiro milênio, o CD pouco sabe. Assintomática em mais de 92% dos casos, carcinogênica, de difícil tratamento e sem vacinas disponíveis até o momento, a hepatite C é, hoje, a doença mais complexa em termos de prevenção e deve ser conhecida e prevenida por dentistas, ma-nicures, tatuadores e profissionais que trabalham com matéria orgânica fora do ambiente hospitalar.Quando fazemos o levantamento estatístico de erros comuns do CD em relação à Biossegurança, o primeiro é invariavel-mente a contratação de pessoal não qualificado para execu-tar a esterilização e desinfecção de artigos. Outro equívoco

bastante comum é tratar, de forma doméstica, os artigos da clínica odontológica, que são altamente contaminados e devem ser processados com protocolos rígidos de limpeza, desinfecção e esterilização com insumos específicos. Um exemplo é o detergente enzimático ou neutro hospitalar, que não pode ser substituído por detergente neutro doméstico ou qualquer outro saponáceo que não seja específico para lavagem de instrumental.Ainda é bastante comum, infelizmente, a utilização de produ-tos de desinfecção, como o glutaraldeído 2%. Trata-se de uma substância extremamente tóxica ao trabalhador de saúde e danosa ao meio ambiente, além de fixar matéria orgânica nos artigos quando não higienizados previa e adequadamente.Outra situação recorrente é a negligência nas manutenções sistemáticas de equipamentos fundamentais apara a clínica odontológica, como raios-X, ar condicionado, compressor e autoclave, bem como o controle de qualidade da água utili-zada na clínica.É evidente o crescente interesse do CD em atualização nos di-versos campos da Odontologia, sobretudo, nas áreas estéticas. Isso é muito louvável já que não podemos parar no tempo. Gostaria de reiterar, neste espaço, da necessidade de atualiza-ção e educação continuada aos profissionais da equipe odon-tológica (CD, ASB, TSB) em Biossegurança e Controle de Infec-ção. Esta deveria ser, indiscutivelmente, condição e premissa para qualquer atendimento clínico e cirúrgico.Espero que consigamos avanços mais significativos nesses próximos anos, em relação à conscientização da importância de protocolos mínimos de Biossegurança na Odontologia, bem como um maior respeito e valorização às categorias de ASB e TSB, essenciais para a prática odontológica moderna.Espero que aproveitem a 32ª edição do Congresso Internacio-nal de Odontologia de São Paulo (CIOSP). É uma ótima oportu-nidade para atualização em Biossegurança.Até a próxima!

A responsabilidade do cirurgião-dentista

Lusiane BorgesBiomedicina - UNISA / UNIFESP. Odontologia – UMESP. Especialização em Microbiologia – Faculdade Oswaldo Cruz. Especialista em Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP. MBA em Esterilização - FAMESP. Pós-Graduanda em  Prevenção e Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos de ASB/TSB desde 2000. Membro do Conselho Científico da Odonto Magazine, São Paulo. Autora-coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”. Consultora em Biossegurança em Saúde – Biológica. Consultora Científica da Oral-B, Fórmula & Ação, Sercon/Steris e outros. Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention), EUA. Responsável pelo site www.portalbiologica.com.br.

Odontologia Segura

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16 Janeiro de 2014

Produtos e Serviços

Colgate lança a linha de escova Colgate Slim Soft, que devido às suas cerdas com pontas 17 vezes mais finas, proporciona uma limpeza abaixo da linha da gengiva seis vezes mais profunda e delicada (In-vitro studies – US 2011), permitindo a remoção de bacté-rias em espaços estreitos, ao longo da linha da gen-giva e entre os dentes.A escova oferece excelente acesso aos locais de difícil alcance, além de maciez e conforto.A novidade pode ser encontrada em duas versões: Slim Soft Regular e Slim Soft Ponta Limpadora, que oferece melhor alcance dos dentes do fundo.www.colgate.com.br

Limpeza profunda e delicada

O CS 9300, Tomógrafo Computadorizado de Raio Cônico da Carestream Dental, acaba de receber o registro da ANVISA e já está disponível para os profissionais tanto da área odontológica quanto da área médica.A solução é um verdadeiro sistema de imagem panorâmica de campos selecionáveis (FOVs) múltiplos, que pode ser utilizada para uma varieda-de de aplicações, incluindo seios da face, osso temporal, maxilofacial, implantes, cirurgias orais, Ortodontia, Periodontia e Endodontia.Oferecendo o maior número de FOVs do mercado para visualização - são sete em sua versão mais completa - e resolução de imagem de até 90µm, o CS 9300 propicia melhor versatilidade e capacidade de colimar o cam-po de visão para atender as necessidades de diagnóstico de pacientes de diversas especialidades.Com panorâmica de múltiplas modalidades, 3D e geração de imagem ce-falométrica opcional, detalhes e alcance excepcionais, a solução oferece ainda: campos de visão de 5 cm x 5 cm até 17 cm x 13,5 cm; panorâmica digital 2D com variável focal; atualizável até cefalométrico pontual 2D; gerenciamento inteligente de dose por meio de colimação e tempo de di-gitalização mais rápido; software de geração de imagens fácil e intuitivo, que facilita a revisão e o planejamento de casos.www.carestream.com.br

Tomógrafo computadorizado

Os sistemas CAD/CAM (Computer Aided Design/Computer Aided Manu-facturing) trouxeram um avanço sem igual para a Odontologia estética. Reduzem o tempo de confecção das próteses, aumentam a confiabilida-de da confecção e precisão dimensional, melhoram a reprodutibilidade, diminuem custos, substituem a infraestrutura metálica e melhoram a re-sistência mecânica e a estética. Não é à toa que o emprego de usinagem das próteses cerâmicas parciais ou totais é um mercado em expansão no Brasil.O livro é ideal para especialistas em Prótese e ou Implantodontia que buscam aprimorar seu conhecimento sobre o tema com um material abrangente, completo, atualizado e baseado nas últimas pesquisas.Aplicação dos Sistemas CAD/CAM na Odontologia Restauradora conta com um conteúdo extra em língua portuguesa e gratuito no site Odonto Con-sult, acervo multimídia on-line da Elsevier. São 14 filmes, 90 perguntas e respostas mais frequentes, 30 referências linkadas, cinco casos clínicos completos “antes e depois”, além de banco de imagens. www.elsevier.com.br

Odontologia restauradora

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18 Janeiro de 2014

Produtos e Serviços

A palavra de ordem, atualmente, é sustentabilidade. Ao colo-car em prática os cuidados com o meio ambiente, as empresas demonstram responsabilidade social e ganham pontos junto aos consumidores, valorizando a sua imagem. Para os profis-sionais da saúde não é diferente: aqueles que promovem atitu-des ecológicas acabam conquistando a simpatia dos pacientes, que se identificam com os valores do profissional.Um dos acessórios indispensáveis em muitas carreiras, o gor-ro autoclavável é ecológico, pois pode ser reutilizado diversas vezes com segurança. Feitos de tecidos leves e confortáveis, os gorros autoclaváveis da Kota Fashion promovem o conforto, já que não machucam ou marcam a pele e, ainda, promovem uma transpiração adequada para quem os utiliza.Feitos de fibras naturais, os gorros autoclaváveis da marca contam com variadas estampas que combinam com todos os momentos e estilos. Conheça o portfólio de estampas e cores e combine os gorros com máscaras, scrubs e jalecos, para aliar a moda à biossegurança.www.kotafashion.com.br

O Programat P310 concentra as características essenciais, tor-nando-se o forno que possibilita aperfeiçoar a rotina diária de um laboratório.Devido à tela colorida sensível ao toque e ao teclado protegido por membrana, a operação do P310 é ainda mais simples que a da geração anterior, o P300.O forno está equipado com diversos programas de queima da Ivoclar Vivadent, que estão coordenados com materiais, como IPS e.max, IPS d.SIGN, IPS InLine e IPS Empress, para garantir que seja possível utilizar o forno de imediato, sem a necessidade de programação.De acordo com o escopo da aplicação, o usuário pode selecionar diferentes modos de operação: normal, protegido e produção.Além disso, o Programat P310 possui mufla com tecnologia QTK2, que garante a distribuição homogênea do calor na câmara de quei-ma, resultando em excelentes resultados de queima e um ciclo de vida prolongado do elemento. Por fim, o novo sistema de controle de bomba a vácuo com a tecnologia da válvula dupla garante uma operação silenciosa e com economia de energia. www.ivoclarvivadent.com.br

Biossegurança e sustentabilidade

Novidade Ivoclar Vivadent

18 Janeiro de 2014

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20 Janeiro de 2014

Produtos e Serviços

A editora Santos, integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional, apresen-ta a obra Anatomia Aplicada à Implantodontia, escrita pelos especialistas Emerson Alexandre Sgrott e Rafael Saviolo Moreira.A obra, que está na sua segunda edição, apresenta novos tópicos que possibilitam ao profissional da Implantodontia planejar, com mais segu-rança, suas intervenções. Estudo da vascularização do palato aplicado à cirurgia de remoção de tecido conjuntivo; detalhes ampliados da relação da osteotomia com a parede lateral do seio maxilar; vascularização da parede lateral do seio maxilar e relação com hemorragias; anatomia do assoalho de boca e retalhos linguais; estão entre os assuntos abordados.O livro conta, ainda, com um encarte móvel, que tem a identificação das estruturas indicadas nas ilustrações desta edição. Sendo assim, possibi-lita a fácil localização e compreensão dos detalhes anatômicos, impres-cindível para a segurança clínica e cirúrgica.Nos capítulos da obra, os profissionais desta área poderão consultar as-suntos referentes à biologia óssea, mandíbula, complexo maxilar, perda dental associada à perda óssea, áreas intraorais e extraorais doadoras de enxerto ósseo, tecidos moles da boca (checklist anatomocirúrgico), anatomia vascular e suas relações com a cirurgia, entre outros.www.grupogen.com.br

A empresa apresenta duas novidades ao mercado: a resina Orto TDV, resina acrílica autopolimerizável para trabalhos ortodônticos; e o Isolar TDV, isolante à base de alginato para resinas acrílicas.A resina Orto TDV permite a personalização de trabalhos com formulação de novos matizes, polimerização uniforme e facilida-de no acabamento e polimento. Além disso, possui excelentes propriedades mecânicas, estabilidade dimensional e resistência à abrasão.Já o Isolar, isolante à base de alginato para modelos em gesso, é indicado para uso nas técnicas convencional e micro-ondas. De secagem rápida, permite que a resina se separe facilmente do modelo, além de deixar a superfície lisa.Há quase 25 anos no setor odontológico, a TDV está atenta às ne-cessidades do mercado, buscando excelência em tudo o que faz. E é através do desenvolvimento constante que novos produtos são levados aos profissionais, cada vez mais exigentes, nos mais de 60 países em que atua.www.tdv.com.br

Recém-lançado pela Morelli, o tubo braquete simples conversível é projetado para evitar o contato dos dentes premolares inferiores com os antagonistas superiores, responsáveis por descolagens.A novidade possui um torque de -17°, compatibilizado com as prescrições Roth, MBT e Capelozza, além de base deslocada, afu-nilamento da entrada do slot e gancho centralizado.O tubo braquete simples conversível tem a versatilidade de pos-suir uma tampa conversível para atuar como braquete ou tubo - conforme o procedimento adotado, transformando-o no aliado mais importante para o tratamento dos molares. www.morelli.com.br

Sobre Implantodontia

Novidades TDV

Tratamento dos molares

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22 Janeiro de 2014

Reportagem

22 Janeiro de 2014

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Planejamento digital do sorrisoPor: Viviam Santos

Técnica criada por cirurgião-dentista brasileiro ganha consultórios odontológicos nacionais e internacionais.

* Christian Coachman é formado em Prótese Dentária e em Odontologia pela Universidade de São Paulo (USP). Membro da Academia Brasileira de Odontologia Estética (Aboe). Participou do programa de especialização em cerâmica no Centro de treinamento Ceramoart; foi instrutor na mesma escola.

** Flavio Queiroz Henriques é especialista e Mestre em Prótese Dental. Professor Assistente da UFRJ – UFF na disciplina de Prótese Dental, pós-graduado em Prótese sobre Implantes, Reabilitação Oral, Dentisteria. Professor do curso de Planejamento Digital do Sorriso.

*** José Luiz do Couto é cirurgião-dentista graduado pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (Efoa), especializado em Prótese Dentária e mestrado em Periodontia e doutor em Odontologia na área de Clínica Odontológica e subárea de Periodontia pela Universidade Vale do Rio Verde (Unincor). É conselheiro do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CROSC).

A tecnologia está presente em quase todas as profis-sões, para facilitar e agilizar o trabalho e ter resul-tados melhores. A Odontologia não ficou de fora:

o Planejamento Digital do Sorriso ou Digital Smile Design (DSD) surgiu para que o cirurgião-dentista planeje e visuali-ze como seu tratamento poderá deixar a arcada e a dentição do paciente mais bonitas e funcionais. Antes de iniciar os primeiros passos, o profissional consegue planejar todo o tratamento a ser feito.A tecnologia já possibilitou às pessoas visualizarem, anteci-padamente, os possíveis resultados de cirurgias plásticas, de cortes de cabelo (visagismo), de construções e reformas ar-quitetônicas, todas elas antes mesmo de saírem do papel (ou da tela do computador) para a realidade. Agora foi a vez da Odontologia, para os dentistas poderem evitar tratamentos com maus resultados e antiestéticos.O criador do Digital Smile Design, o dentista brasileiro Chris-tian Coachman*, explica a técnica: “Planejar o sorriso é pos-sível através dessa técnica, que faz a leitura da arcada e en-via as imagens para um software. Ele mostra, em minutos, como será o resultado final, que chamamos Digital Smile De-sign. Se antes o paciente levava anos para saber o resultado final do tratamento, a partir de agora, levará pouco tempo”, afirma Coachman.Os procedimentos buscam unir o desejo estético com a fun-cionalidade da boca, incluindo qualidade de mastigação, das articulações e alinhamentos dos dentes e gengiva. Isso por-que o grande objetivo do DSD é criar um visual que esteja de acordo com as necessidades funcionais, estéticas e até emo-cionais do paciente. Essa soma aumenta as possibilidades de atender às expectativas que ele tem ao buscar o tratamento. “Através do DSD, o planejamento será feito da melhor manei-ra, de forma que combine a harmonia do sorriso com o rosto do paciente”, complementa Coachman.O software inovador permite que a equipe dental possa pro-jetar um modelo 3D do novo sorriso. “O conceito preconiza que todos esses problemas podem ser resolvidos por meio da análise de fotos e vídeos. Essas imagens são compartilha-das on -line com os especialistas, para que este planejamento digital se transforme num planejamento, de fato. Essas mes-mas imagens, desenhos e simulações são utilizados na co-municação com o paciente, sendo uma verdadeira revolução do sorriso”, complementa o precursor da técnica.“Cada caso é único”, lembra Coachman, por este motivo, cada

sorriso é feito de acordo com a harmonia e com os tamanhos da boca e dos dentes. Os pacientes costumam ficar satisfei-tos com o planejamento digital do sorriso: “Eles sabem, no primeiro instante, como será o resultado final, então, não há falsas expectativas”.O DSD começou com o Dr. Christian, que buscou uma for-ma de melhorar a comunicação entre dentistas e protéticos e pacientes, melhorando os resultados e a rapidez dos trata-mentos realizados. O Planejamento Digital do Sorriso (PDS) foi idealizado pelo Prof. Dr. Flavio Queiroz Henriques**, que após anos de estudos em Bauru (SP) e na Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolveu a técnica. Ele despontou no cenário nacional em 2012 e, a partir de então, foi convidado para ministrar cursos em nível nacional. “O PDS é uma técnica de diagnóstico, simulação e criação de sorrisos digitais no computador, mediante a captação de ima-gens via tecnologia digital, que vem revolucionando os maio-res centros de referência em Odontologia ao redor do mundo, proporcionado previsibilidade estética aos pacientes, técnicos em Prótese Dentária e cirurgiões-dentistas. O PDS auxilia na rápida visualização do tratamento (previsibilidade) finalizado, facilitando a aceitação do tratamento odontológico proposto, além de evitar, muitas vezes, abordagens desnecessárias e ci-rurgias gengivais nos pacientes”, explica o Dr. Flavio.Ele também lembra que a técnica precisa ser feita após algum curso que ensine a realizar o planejamento através da foto digital e do software, mas que “o conhecimento do profissio-nal em Odontologia é fundamental para associar a imagem digital a um plano de tratamento real”. Com isso, o paciente é tratado de forma individual e personalizada, levando em conta seus desejos e frustrações em tratamentos anteriores.No início de 2013, o Dr. Flavio ministrou cursos e treinamento para o PDS, em Santa Catarina, para o doutor em Odontolo-gia e periodontista José Luiz do Couto***, que utiliza a técni-ca e já está sendo reconhecido por oferecer este tratamento na região. “Depois de 30 anos realizando próteses sem o de-vido planejamento, agora conseguimos, com o Planejamento Digital do Sorriso, minimizar esses erros. O mais importante desta técnica é que o paciente poderá vislumbrar como fica-rão os seus dentes e seu sorriso com o tratamento. Porém, nunca prometo que ficará exatamente igual às imagens. No entanto, conseguimos perceber o que mais agradou, em re-lação ao tamanho dos dentes, altura gengival, cor, entre ou-tros”, detalha o Dr. Couto.

23Janeiro de 2014

Reportagem

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O paciente tem maior segurança na hora de decidir se o tratamento proposto é o que ele deseja realizar José Luiz do Couto

O paciente se submete a um protocolo fotográfico, onde são analisados os aspectos faciais, estéticos e dentais. Simul-taneamente, obtêm-se moldes das arcadas do paciente. “A partir da coleta de informações, cria-se um novo sorriso no computador e, após a aprovação do paciente, damos início a elaboração do sorriso provisório (mock-up) que será instala-do sobre os dentes do paciente. Com aprovação do sorriso provisório, iniciam-se os ajustes e preparos dos dentes para finalização do tratamento”, explica ele.Para realizar a técnica, segundo o cirurgião-dentista, o pro-fissional deve ter informação básica dos softwares de apre-sentação de slides, de fotografia digital e conhecimento es-pecífico da especialidade em questão. Os equipamentos que precisam ser utilizados na técnica são paquímetros, com-passo de proporção áurea, régua de Fox, materiais de mol-dagem, cera e lapiseira. Além destes, uma máquina digital, um computador com o software de apresentação de imagem instalado - para usuários de Mac o Keynote e de Windows o PowerPoint. Dentre os benefícios para o dentista, segundo o Dr. Couto, é “a previsibilidade de forma, cor, tamanho dental, além da estética facial oferecida e antecipação a erros e facilidade na comunicação interdisciplinar e multidisciplinar”. Para o paciente é a “maior segurança na hora de decidir se o trata-mento proposto é o que ele deseja realizar (previsibilidade estética)”.O progresso da técnica pode ser ainda maior, conforme as tecnologias também progridem. “O avanço já está aconte-cendo, os computadores estão sendo associados à fresado-ras que, em muitas situações, auxiliam o protético da fase laboratorial de construção da prótese”, acrescenta.Para se profissionalizar, há cursos de PDS ministrados por alguns profissionais do Brasil, apesar de ser uma técnica muito nova no País. “Indico o professor Dr. Flavio Queiroz Henriques, pois conheço seu trabalho. Mas, existem outros

cirurgiões dentistas que também ministram cursos de plane-jamento digital; são poucos”, sugere Dr. Couto.O cirurgião-dentista indica, ainda, que o dentista realize to-das as avaliações possíveis, para só depois iniciar a técni-ca. Também é preciso ter cuidado com o discurso dado ao paciente, evitando as falsas promessas. “É melhor que seja feito o maior número possível de avaliações dentro de cada especialidade. Sempre dizemos aos pacientes que faremos o melhor que pudermos, e o que seu caso permita. Nunca dizemos aos pacientes que vai ficar igual aos dentes de de-terminado artista”, ressalta.Não há ainda regulamentações específicas para a prática, mas o Dr. Couto afirma que as regulamentações “estão liga-das aos limites permitidos pelo código de ética que regem as diversas áreas de Odontologia. Só serão utilizadas técni-cas permitidas e regulamentadas pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO)”. O Dr. Couto lembra como é importante a estética do sorri-so no paciente. “Rir estimula a ação dos neurotransmisso-res – responsáveis pelo estado psicológico do ser humano. Esse processo influi na saúde geral do indivíduo. Há que se ter sempre em mente que a saúde e a beleza começam pela boca. Não há dúvidas de que um sorriso bonito aumenta a autoestima da pessoa e a estimula a preocupar com outras partes do corpo, além de restabelecer o bem-estar social e psicológico, devolvendo a possibilidade da simples manifes-tação de felicidade, que é poder sorrir”, diz.Ele relata que muitos pacientes se apresentam, no início do tratamento, obesos, depressivos, retraídos e, por motivo estético, não praticavam o sorriso. “Depois de realizados a técnica e o tratamento, os pacientes tiveram a autoestima aumentada e, por consequência, perderam peso e puderam sorrir com naturalidade. Em outras palavras, readquiriram a alegria, o bom humor e o prazer de viver. E essa é nossa mis-são ética”, conclui.

24 Janeiro de 2014

Reportagem

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28 Janeiro de 2014

EntrevistaEntrevista

Por: Vanessa Navarro

Andre CallegariEspecialista e Mestre em Prótese Dentária. Doutorando em Odontologia. Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia, com ênfase em Excelência Estética – Cefos - BH – Uningá. Coordenador da obra “Especialidade em Foco - Beleza do Sorriso”, da Editora Napoleão. Coordenador científico da 32ª edição do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – CIOSP.

Unidos pelo sucesso da Odontologia

A 32ª edição do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – CIOSP reunirá, entre os dias 30 de janei-ro e 02 de fevereiro de 2014, no Expo Center Norte, em

São Paulo, profissionais renomados para discutirem as novida-des em técnicas e serviços odontológicos.Com o tema central “Unidos pelo sucesso da Odontologia”, o evento deve receber cerca de 100 mil visitantes, entre cirur-giões-dentistas, estudantes de Odontologia e outros profissio-nais da área da saúde.Além de todo o conhecimento científico e prático, os cirur-giões-dentistas terão a oportunidade de realizar negócios muito vantajosos durante a 17ª FIOSP - Feira Internacional de Odontologia de São Paulo, que já conta com a presença confirmada de mais 200 expositores do Brasil e do exterior, trazendo as principais novidades do mercado de equipamen-tos, materiais e serviços do setor.A entrevista com Andre Callegari, cirurgião-dentista especialis-ta em Prótese Dentária e coordenador científico do CIOSP 2014, apresenta um pouco mais das novidades que serão discutidas durante os quatro dias de congresso.

Odonto Magazine – O evento será prestigiado por mais de 100 mil participantes, entre cirurgiões-dentistas, estudantes de Odontologia e outros profissionais da área da saúde. Como foi elaborada a programação científica para atender às necessida-des de todos os congressistas? Andre Callegari - A programação científica está dividida em módulos científicos que atendem tanto o clínico geral quanto o especialista, pela facilidade de visualização e procura nas áreas de interesse. O CIOSP é o melhor local para discussão de pro-tocolos clínicos centrados nos resultados experimentais atuais. São mais de 300 horas/aula ministradas por 214 especialistas. Seis deles são estrangeiros, e vêm participar dessa importante

transferência de conhecimento, mostrando por que são os me-lhores do mundo em suas especialidades.

Odonto Magazine – Renomados profissionais de saúde bucal, nacionais e internacionais, ministrarão palestras durante o 32º CIOSP. O que esta edição traz de diferente das outras edições em relação ao conteúdo científico? Andre Callegari - Podem esperar muito esforço e um trabalho em equipe que se dispõe a aprimorar ainda mais essa edição. A formatação da grade científica do 32° CIOSP será em Módulos Científicos, sendo eles: » Beleza do Sorriso, que abrange as áreas de Estética, Den-

tística, Materiais Dentários, Prótese Dentária, Prótese sobre Implante, Oclusão e ATM, Reabilitação Oral e TPD.

» Hospitalar, que se refere às áreas de Cirurgia e Traumato-logia Bmf, Terapêutica, Prótese BMF, Câncer Bucal, Cirurgia Ortognática, Diagnóstico Bucal, Odontologia Hospitalar e Pacientes com Necessidades Especiais.

» Da Gestação à Maturidade, que contempla as áreas de Odontologia Intrauterina, Odontopediatria, Odontologia Preventiva, Ortopedia dos Maxilares, Odontohebiatria, Orto-dontia e Odontogeriatria.

» Osseointegração e Manipulação de Tecidos, que abrange as áreas de Implantes, Biomateriais, Enxertos, Periodontia, Mi-crocirurgia e Biotecnologia.

» Terapias Integrativas e Complementares, que reúne conheci-mentos sobre Hipnose, Homeopatia, Halitose, Clareamento, Fotografia e Laser.

» Da Imagem à Execução, que aborda temas relativos às áreas de Endodontia, Microscopia, Radiologia e Imaginologia.

» Recursos Humanos, que abrange as áreas de Odontologia Legal, Odontologia Social, Odontologia do Trabalho e Saú-de Coletiva.

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EntrevistaEntrevista

29Janeiro de 2014

» Gestão & Marketing, que reúne conhecimentos sobre Ges-tão Empresarial e Marketing.

» ASB-TSB, em que promoveremos um fim de semana todo com troca de informação, conhecimento e experiência volta-dos para assistentes e técnicos em saúde bucal.

» Mídias Sociais, que vai debater o melhor uso das mídias sociais pelos cirurgiões-dentistas, de modo a ampliar seu networking, estimular a troca de informação, e aumentar a exposição favorável a seu trabalho.

A formatação definida foi muito bem aceita pelos nossos congres-sistas e ministradores. Como novidade, podemos destacar que te-remos todas as nossas atividades científicas baseadas no “Como eu Faço”, com ministradores renomados abordando os mais varia-dos temas científicos e tecnológicos da nossa Odontologia. Em nossas atividades, será observado, ainda, um maior número de palestras em parceria com dois, três ou até quatro ministrado-res, na mesma atividade, para que o nosso congressista receba um maior número de informações – em que os ministradores po-derão mostrar uma sequência interdisciplinar de tratamento, ou abordar o mesmo caso sob diferentes óticas, concordando ou di-vergindo em suas opiniões, com todo embasamento científico do caso. Dessa maneira, o nosso congressista terá, no mesmo curso, uma gama de informações tão expressiva que, com toda certeza, justificará seu aprimoramento técnico/científico.Paralelamente à programação científica, que será realizada nos auditórios do Expo Center Norte, teremos, também, as atividades de Workshop e Hands On acontecendo na APCD Central, em que é possível presenciar demonstrações ao vivo do que está sendo proposto como atividade. Esse tipo de iniciativa também tem se mostrado muito bem aceito pelos congressistas, com alta adesão.

Odonto Magazine – O evento contará com um auditório para a discussão de práticas relacionadas às terapias integrativas e complementares. Como o senhor avalia a qualificação dos CDs brasileiros nesta área da Odontologia? Andre Callegari - Pensando na qualificação profissional dos cirurgiões-dentistas, buscamos sempre trazer novidades e o

que há de mais moderno para que o profissional se mantenha atualizado e possa oferecer para o seu paciente tudo que há de mais novo da Odontologia, tanto em termos de materiais, técnicas, novas tecnologias e pesquisas. A prática de terapias integrativas e complementares foi regulamentada recentemen-te, e o CIOSP está proporcionando uma relevante oportunidade aos congressistas de terem acesso a essas novas aplicações técnicas na Odontologia.

Odonto Magazine – “Gestão e Marketing”, certamente, será um dos pontos altos do evento, afinal, são muitos os desafios para uma administração eficiente na atualidade. Quais foram os cri-térios utilizados para a elaboração dos temas que serão discu-tidos neste módulo? Andre Callegari - Os temas são amplos e variados no módulo “Gestão e Marketing”, o que é fundamental para o planejamen-to adequado do consultório. Serão abordados temas relacio-nados desde a divulgação ao público-alvo (levando em conta o código de ética profissional), bem como precificação, marke-ting pessoal, arquitetura e ergonomia dos consultórios, etc. Em resumo, esses módulos discutem como o cirurgião-dentista pode se manter e se destacar no mercado de forma efetiva.

Odonto Magazine – Recentemente, a Odontologia conquistou uma grande vitória: a aprovação da PLC 034/2013, que estabe-lece a obrigatoriedade da presença de profissionais de Odon-tologia nas UTI’s. Esta e outras questões relacionadas ao tema deverão ser discutidas por meio do módulo Hospitalar. Como o senhor enxerga essa conquista da Odontologia brasileira? Andre Callegari - Foi um trabalho em conjunto dos profissio-nais representados pelas entidades de classe que conquista-ram essa importante área de atuação, beneficiando o atendi-mento do paciente em nível hospitalar. O módulo Hospitalar da grade científica do 32º CIOSP traz 26 horas/aula com temas que discutem desde aspectos atuais sobre o câncer de boca, pas-sando por cirurgia de ATM, e muito do que o cirurgião-dentista precisa saber para dar um bom suporte em saúde bucal para os pacientes em tratamento ou internados.

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Tecnologia e inovação garantem destaque no mercado odontológico

Rodrigo CanelhasDiretor Geral da Sirona Dental para América Latina. Graduado em Publicidade, possui MBA em Empreendedorismo, pós-graduação em Planejamento Estratégico e pós-graduação em Gestão de Projetos. Conta com mais de 10 anos de experiência gerencial em empresas, como Ambev, Danone, Telefônica e Stryker.

A Sirona nasceu na Alemanha, em 1985, como uma divi-são tecnológica da Siemens Medical, até ser desmem-brada, em 1997. Atualmente, a empresa emprega mais

de 2.700 pessoas em 24 cidades de todo o mundo e está pre-sente em 135 países, em todos os continentes, comercializan-do uma linha completa de produtos odontológicos, que inclui Sistemas CAD/CAM (CEREC) para dentistas e inLAB para labo-ratórios de prótese, sistemas de imagem, consultórios, instru-mentos e sistemas de higiene. A empresa é a maior fabricante mundial de tecnologia odontológica e destaque em inovação neste setor, sendo uma parceira imprescindível de consultórios,

clínicas, laboratórios de prótese e distribuidores autorizados em todo o mundo. Apesar de o nome Sirona ter surgido em 1985, a empresa tem uma história que se iniciou em 1877, na Alemanha. Já em 1887, a compa-nhia teve papel fundamental na invenção da broca odontológica elé-trica, contribuindo para o progresso da Odontologia. Desde então, em seus mais de 136 anos de atuação no setor, a Sirona tem estado à frente do desenvolvimento de tecnologias e inovações em produtos que estabeleceram os padrões do tratamento odontológico.Hoje, os Estados Unidos são o maior mercado da Sirona, se-guidos da Alemanha, Europa Ocidental e Ásia. Desde 2006, tem

Líder mundial em tecnologia dental, a Sirona Dental teve papel fundamental no progresso da Odontologia e, atualmente, atua nos segmentos de sistemas CAD/CAM, sistemas de imagem, consultórios, instrumentos e sistemas de higiene.

Fábrica da Sirona em Bensheim, na Alemanha.

30 Janeiro de 2014

Relacionamento

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Relacionamento

O 1º CONICAD - Congresso Internacional do Sistema CAD/CAM CEREC foi um grande sucesso, e contou com a presença de mais de 400 participantes.

sido listada na bolsa NASDAQ (símbolo: SIRO). No último ano fiscal (1º de Outubro de 2012 a 30 de Setembro de 2013), a Siro-na registrou uma receita US$ 1,101 bilhão.A empresa desenvolve e fabrica a maioria de seus pro-dutos em Bensheim, na Alemanha, aonde se encontra o maior centro de pesquisa, desenvolvimento e produ-ção da indústria odontológica. A Sirona emprega mais de 240 engenheiros e cientistas e, nos últimos seis anos, in-vestiu mais de US$ 250 milhões em pesquisa e desen-volvimento. É este compromisso de reinvestir em ino-vação que nos dá a confiança de que a tecnologia da Sirona continuará a impulsionar o avanço da Odontologia. Atuação no BrasilNo mês de setembro de 2013, a empresa completou três anos de existência de sua filial no Brasil e mostrou grande fôlego para continuar crescendo no país. O time Sirona não para de crescer, e hoje são cerca de 90 colaboradores distribuídos nas áreas co-mercial, administrativa, financeira, operações e serviços.A operação brasileira apresentou um crescimento de 1000% nes-ses três anos e já alcançou o lugar de líder de mercado no país em Sistemas de Imagem, Sistemas CAD/CAM para dentistas e laboratórios de prótese e consultórios no segmento premium.O CEREC, sistema CAD/CAM, tecnologia desenvolvida pela Si-rona, foi o fator que impulsionou o crescimento nacional. Essa é uma tecnologia ainda recente no país, mas, desde que a Siro-na chegou ao Brasil, viu crescer a aceitação dos dentistas quan-to ao CAD/CAM, de forma exponencial.A tecnologia CAD/CAM consiste em um sistema de scanner de alta precisão que auxilia a criação, modificação e análise dos dentes para a produção de restaurações e implantes. Hoje, o CEREC é referência na área. Para a Odontologia, que busca re-sultados rápidos e diagnósticos com confiabilidade, precisão clínica e eficiência, a integração da tecnologia CAD/CAM no fluxo de trabalho do dentista tem um potencial absolutamente revolucionário no mercado brasileiro.

Segundo informações do Instituto de Pesquisa Americano Re-search and Markets, o CAD/CAM apresentou um crescimento de 10,9% na América Latina somente em 2012. Hoje, as vendas

dos equipamentos ligados a essa tecnologia representam 50% da receita da Sirona e a companhia já tem mais de 500 máqui-nas comercializadas no Brasil.Para os profissionais que trabalham com essa tecnologia, a Siro-na realizou em 2013 o 1º CONICAD - Congresso Internacional do Sis-tema CAD/CAM CEREC. O evento teve a presença de mais de 400 participantes e contou com palestras e apresentações de especia-listas nacionais e internacionais abordando a utilização do siste-ma em especialidades como implantodontia, estética e prótese. O evento já tem sua segunda edição confirmada para maio de 2015.No país, a empresa atua, ainda, nos segmentos de sistemas de imagem (sensores, raios-X intraoral, 2D e 3D) e consultórios odontológicos no segmento premium.

ServiçosAlém do desenvolvimento financeiro e orgânico da empresa, outro ponto que foi fortemente expandido nos três anos de pre-sença no Brasil foi à assistência técnica da Sirona, que hoje tem uma cobertura bem maior, se comparada com a de três anos atrás, e possui a maior equipe própria de técnicos em campo. Muito foi investido nessa área para conquistar credibilidade junto aos clientes e oferecer o melhor pós-venda. Um dos pon-tos primordiais foi a implementação da gestão ABC do estoque de peças de reposição, garantindo agilidade no atendimento e impacto mínimo na dia a dia do dentista.Atualmente, a assistência técnica da empresa está presente em 27 cidades espalhadas por 11 estados do país mais o Dis-trito Federal.

Case de sucesso internacionalInternacionalmente, a filial Brasil da Sirona também é desta-que. A operação brasileira ganhou diversos prêmios, desde seu início no país, em 2010. Até hoje, já foram conquistados pela Sirona Brasil os prêmios de Melhor Startup, Maior Cres-cimento entre as subsidiárias, Maior Crescimento Orgânico, Maior Vendas em Raios-X 2D do mundo e a equipe de vendas CAD/CAM mais produtiva do mundo. Com isto, em 2012 a filial brasileira assumiu, também, a comercialização dos pro-dutos na América do Sul.Tudo isso é resultado de uma gestão vencedora e determi-nada, com foco nos talentos das pessoas. A companhia dis-semina as práticas de gestão de pessoas e o desenvolvimen-to do potencial humano com foco na geração de resultados sustentáveis em longo prazo, o que tem gerado uma cultura corporativa de grande sucesso. Prova disso é o turnover vo-luntário zero em posições de liderança.

Futuro da Odontologia: o CAD/CAMO uso do CAD/CAM está revolucionando a prática odontoló-gica. Atualmente, o CEREC tornou-se referência na área e é o sistema CAD/CAM mais utilizado no mundo. Com ele, é possí-vel criar restaurações, coroas e facetas cerâmicas, entre outros tratamentos, em uma única visita do paciente ao consultório, oferecendo tratamentos mais precisos, ágeis, fáceis, com qua-lidade e maior segurança.Com alta qualidade, o sistema CEREC capta imagens altamente detalhadas por meio de poderosos emissores de luz. Na sequ-ência, as envia ao computador de modelo tridimensional para desenhar e construir coroas em cerâmicas perfeitamente adap-táveis, produzindo-as, posteriormente, com a fresadora. Entre as vantagens estão a economia de tempo e durabilidade.

31Janeiro de 2014

Relacionamento

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Até hoje, foram contabilizadas mais de 28 milhões de restaurações CEREC confeccionadas e cimentadas em todo o mundo, além de mais de 250 estudos científicos documentando a segurança clínica do processo. Após cinco anos de uso, de 95 a 97% das coroas CEREC ainda estavam intactas.

Novo software para o CAD/CAM CERECEm outubro de 2013, foi lançado no mercado brasileiro o Software 4.2. Usando a nova e intuitiva interface do software, o profissional não precisa de habilidades especiais para criar restaurações perfeitas em apenas cinco passos. O novo sistema trouxe duas grandes inovações para os profissionais.A primeira é o Smile Design, um recurso que possibilita a cria-ção de um modelo 3D do sorriso final do paciente a partir de uma foto no estilo 3x4, facilitando o trabalho do design dos an-teriores. Outro destaque da nova versão é o Articulador Virtual, que permite determinar as dinâmicas de contato.

Tecnologia e design no segmento de consultórios

A Sirona é também referência no mercado de consultórios pre-mium. O C8+ é um equipamento baseado em opções que aten-dem, por completo, as necessidades dos dentistas, visando sempre o bem-estar dos pacientes. Com 43 mil equipamentos vendidos no mundo, o C8+ é o líder no segmento Premium de consultórios vendidos no Brasil.Recentemente, a Sirona lançou o consultório Sinius e percebeu uma ótima aceitação do mercado. Os dentistas estão buscando não só adquirir equipamentos de empresas conceituadas, mas produtos confiáveis e com tecnologia de ponta.O consultório Sinius foi desenvolvido com a mais moderna tecnologia e design. Ele segue os mais elevados conceitos de biossegurança, podendo ser higienizado interna e exter-

namente, além de oferecer ao profissional uma perfeita ergonomia.

Modernidade na Odontologia digital

O último grande lançamento da empresa no Brasil foi o sis-tema de captura de imagem 3D em cor natural mais rápido e preciso do mercado. A Omnicam é ideal para a digitalização das estruturas dos den-tes naturais e gengiva. Basta colocar a câmera sobre a superfí-cie dental e a digitalização é iniciada automaticamente. A elimi-nação do pó traz mais facilidade ao processo de digitalização. O escaneamento total ou parcial da arcada dentária do pacien-te pode agora ser realizado de forma mais ágil e conveniente.Devido ao design fino com a compacta câmera na ponta, a Omnicam se encaixa perfeitamente na mão do usuário, ga-rantindo uma digitalização dos dentes posteriores sem pro-blemas. Os contornos exteriores arredondados asseguram a facilidade de rotação. Independentemente da posição do pa-ciente, é possível digitalizar as mandíbulas superior e inferior ergonomicamente sem que o profissional precise modificar sua postura de trabalho.Outro importante lançamento foi o INEOS X5, novo scanner extraoral que conta com câmera com foco automático e possi-bilita o trabalho manual ou automático na tomada de imagens. A novidade possui a melhor precisão do mercado laboratorial com capacidade de imagens abaixo de 12 microns. Já o CEREC CONNECT veio para integrar os laboratórios de prótese e dentistas com poucos e simples passos. A partir do escaneamento do preparo ou arcada do paciente, o odontólo-go envia o arquivo para o laboratório de prótese, que possui o Sistema CAD/CAM Sirona, e através de aplicativos informa o laboratório a disponibilidade do arquivo. Assim, o laboratório faz o download deste arquivo, e desenha a restauração múlti-pla ou simples, fresa o modelo de estudo na fresadora e pode verificar perfeitamente a adaptação das peças.

Futuro prósperoDesde novembro de 2013, a Sirona Brasil está de casa nova, na Rua Gomes de Carvalho ao lado do Shopping Vila Olímpia, em São Paulo. O novo espaço é bem próximo ao antigo endereço e

Consultório Sinius, desenvolvido pela Sirona com a mais moderna tecnologia e design.

O Articulador Virtual do CEREC Software 4.2 permite determinar as dinâmicas de contato.

Sistema CEREC, desenvolvido a partir da tecnologia CAD/CAM.

32 Janeiro de 2014

Relacionamento

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Orthophos, destaque do portfólio de sistemas de imagem da Sirona.

Considerada, pela sexta vez consecutiva, a melhor IES da área de saúde do País, com nota máxima na avaliação do IGC/MEC.

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quase três vezes maior. Neste espaço, além do prédio adminis-trativo, serão inaugurados, este mês, o novo showroom, que será o mais moderno da América Latina e um dos mais bonitos do mundo, e a Academia Dental. Com foco nos profissionais de Odontologia, a Academia Den-tal Sirona em São Paulo será a primeira Academia criada pela empresa fora da Alemanha com o objetivo de oferecer treina-

mentos para os clientes que adquirem o sistema CAD/CAM e sistemas de imagem. Desta forma, os profissionais aproveitem o equipamento de forma integral. Com certeza, o futuro guarda bons frutos para a Sirona Brasil, que serão colhidos após anos de dedicação aos clientes, gran-des parceiros no objetivo de inovar a prática odontológica dia após dia.

A nova Omnicam é um sistema de captura que oferece excelente manuseio ao dentista e realiza digitalizações precisas e impressões 3D em cor natural.

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34 Janeiro de 2014

Ponto de Vista

Laser para prevenir cárie radicularRegina Guenka Palma DibbCirurgiã-dentista. Professora Associada do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Mestre em Odontologia na área de Materiais Dentários. Doutora em Odontologia na área de Dentística. Livre Docente em Odontologia Restauradora. Pesquisadora 1C do CNPq.

34

O aumento da longevidade de vida da população brasi-leira (IBGE 2010), associado à crescente difusão de con-ceitos da Odontologia preventiva entre profissionais e

pacientes, tem contribuído, de maneira geral, para uma melhor saúde bucal e para a manutenção de um maior número de ele-mentos dentais, por um período mais prolongado de tempo, em adultos e idosos.Em virtude disso, vem ocorrendo um aumento na incidência de cárie radicular, sendo, atualmente, a lesão mais prevalente a atingir a população idosa. A lesão de cárie radicular já é con-siderada uma das principais causas de perda dos dentes em adultos, sendo que o problema se agrava com o envelhecimen-to do indivíduo. Este fato se deve à exposição das raízes (por doença periodontal ou mesmo fisiologicamente), ao consumo de dieta cariogênica, ao controle de biofilme deficiente, à colo-nização por um biofilme específico e aos problemas crônicos de saúde que refletem na diminuição do fluxo salivar e em al-terações na composição da saliva.Ao se considerar a individualidade do paciente, pode-se defi-nir, com base nos fatores diretamente relacionados à cárie –

hospedeiro, substrato cariogênico e microbiota específica – si-tuações onde o risco do seu desenvolvimento é evidenciado. Assim, destacam-se a exposição da superfície radicular (hos-pedeiro), a dieta cariogênica (substrato) e o controle do biofil-me deficiente (microbiota específica) que, ao interagirem em função do tempo, levam à formação e progressão da cárie. Ou-tros fatores, tais como fluxo e composição salivar, capacidade tampão, contato com fluoretos e história passada de cárie, que influenciam indiretamente o desenvolvimento de cárie radicu-lar, também possibilitam determinar o maior ou menor risco de desenvolvimento da lesão.A maior prevalência das lesões de cárie radicular ocorre em função do aumento da idade. Pacientes parcial ou totalmente incapacitados de realizarem procedimentos de higiene bucal, bem como os sob cuidados médico-hospitalares também são mais propensos ao seu desenvolvimento.Devido ao difícil acesso à lesão e isolamento do campo ope-ratório nestes tipos de lesões, bem como, em alguns casos a debilidade do paciente, o conhecimento da doença cárie, bem como das medidas de prevenção já estabelecidas ou que es-

Ponto de Vista

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36 Janeiro de 2014

A maior prevalência das lesões de cárie radicular ocorre em função do aumento da idade

tão em estudo, parece ser a maneira mais racional de controlar essa doença e, dessa forma, evitar, num futuro próximo, a alta prevalência da mesma em um grupo populacional que se torna cada vez maior.Uma opção promissora para a prevenção é a utilização da irra-diação laser. Desde a demonstração do aumento da resistência ácida do esmalte dental irradiado com o laser de rubi, muitos trabalhos têm sido realizados na área de prevenção de cárie e têm demonstrado a redução de solubilidade do esmalte dental após a irradiação com lasers de alta intensidade.A literatura tem demonstrado que a irradiação do esmalte den-tal com lasers tem promovido redução significativa da perda mineral. Já em relação à dentina, observa-se ocorrência de ini-bição do processo de desmineralização através da formação de zonas de recristalização, fusão e derretimento deste tecido, em virtude da utilização de altas densidades de energia. No entan-to, considerando que o conteúdo mineral da dentina é muito menor que do esmalte e ela possui características estruturais diferentes, a densidade de energia necessária para modificá-la positivamente em relação à resistência ácida parece ser menor do que a utilizada para o esmalte.A irradiação da dentina também pode aumentar a concentra-ção mineral da mesma por meio da remoção preferencial da água e proteínas inerentes a este tecido. O emprego de laser pode promover a recristalização da dentina, o crescimento do tamanho dos cristais de hidroxiapatita e a formação de uma dentina de maior grau de cristalinidade, estruturalmente modi-ficada, que se assemelha à estrutura cristalina da hidroxiapatita do esmalte normal. Alguns estudos relatam que o emprego do laser associado com flúor pode oferecer um efeito sinérgico de inibição da des-mineralização, pois pode proporcionar a incorporação do flúor dentro da estrutura cristalina. Além disso, tem demonstrado que pode promover uma maior absorção de íons fluoreto na dentina irradiada comparada com a não irradiada, contudo, o efeito sobre a resistência a desmineralização ainda não está claro, bem como o seu efeito sinérgico.

Baseado na alta absorção do seu comprimento de onda (2,94µm) pela água, o laser Er: YAG tem revelado alta eficácia na redução do diâmetro dos túbulos dentinários sob a condição específica de não utilizar refrigeração, com obliteração parcial dos túbulos dentinários abaixo do limiar de ablação. A utilização deste dis-positivo diminui o fluido dentinário pela evaporação das cama-das superficiais. Porém, a potência não deve exceder 1W para que não ocorra processo de ablação, que poderia prejudicar a atuação do laser como método preventivo.Em relação à irradiação com laser CO2, as embocaduras dos túbulos dentinários são obliteradas, porém, pode ocorrer o processo ablativo, podendo remover - parcialmente e superfi-cialmente - a estrutura dentinária em algumas pequenas áreas, porém, sem diminuir a sua ação preventiva. Também devendo ser empregado com potência inferior a 1W.A refrigeração, quando do emprego do laser, é de extrema im-portância, porque fluências altas sem água podem causar danos térmicos significantes na dentina irradiada. Além disso, maiores fluências podem conduzir à ablação dentinária e também induzir a uma maior perda mineral durante um desafio ácido.O uso do laser Nd:YAG é contraditório, pois estudos observa-ram bons resultados e sinergismo com o flúor e estudos com resultados opostos. Porém, este tipo de laser possuir alta eficá-cia na redução do diâmetro dos túbulos dentinários, contudo, pode gerar efeitos térmicos indesejáveis. Assim, é um equipa-mento que ainda precisa ser validado. Os equipamentos de alta potência possui a vantagem de ser em-pregado para outras finalidades, como cirurgias de tecido mole, preparo cavitário, tratamento de hipersensibilidade dentinária, etc. Contudo, apesar da sua versatilidade e pelos resultados pro-missores do laser na prevenção de cárie, deve-se considerar o alto custo do equipamento e a disponibilidade de mercado (é ne-cessário o registro da ANVISA). Além disso, o seu emprego deve ser precedido pelo conhecimento de manuseio e o treinamento para a sua utilização, pois é um equipamento que pode gerar mui-tos benefícios, porém, o uso incorreto pode ocasionar injúrias e graves iatrogenias em nosso paciente.

Ponto de Vista

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Coluna - Gestão e MarketingColuna - Gestão

Delegação de tarefas como alavanca de crescimento

Plínio Augusto Rehse TomazCirurgião-Dentista. Master em Empreendedorismo e Inovação (B.I International). Pós-graduação em Marketing (ESPM), com especialização em Saúde Pública (Unaerp) e Administração Hospitalar (IPH). Conferencista internacional. Articulista de jornais e revistas voltados aos profissionais de saúde. Professor de diversas instituições de ensino. Diretor da Tomaz Gestão e Marketing. [email protected]

Os dentistas têm enfrentado, a cada dia de forma mais in-tensa, o desafio de balancear deveres de um clínico com aqueles de um gerente. O consultório é uma empresa.

Acho que a essa altura do campeonato, você já aprendeu essa lição, não é mesmo?Conforme a Odontologia vai se expandindo, o mesmo ocorre com as tarefas e com as responsabilidades necessárias para sustentar esse crescimento, principalmente pelo fato de vi-vermos mergulhados em uma profissão com um mercado tão competitivo. A delegação eficaz de tarefas pode melhorar dramaticamente a eficiência de um consultório, ajudando a construir um espírito de equipe entre os funcionários e per-mitindo-os alcançar seu máximo potencial. Bom para eles, melhor para você.

Uma das razões por que as pessoas hesitam em delegar ta-refas é o fato de acreditarem que podem fazer melhor elas mesmas. Entretanto, tarefas, tais como: controlar os aspectos financeiros de uma clínica, cuidar dos convênios (quando for o caso), assegurar o relacionamento e o comprometimento com padrões governamentais do controle da infecção (vigi-lância sanitária), liderar uma equipe e sustentar o crescimento em um ambiente competitivo, afastam o dentista de sua ativi-dade principal (tratamentos clínicos), proporcionando a perda de alguns bons reais e de tempo. O dono da clínica precisa fa-zer a gestão, ou seja, pensar estrategicamente, mas não fazer administração de “coisinhas”.Alguns destes exemplificados necessitam de uma distribuição apropriada de responsabilidade para execução, de tal maneira

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que sejam incorporados e aceitos pela equipe de funcionários. Mas, não confunda delegar com despejar tarefas. O resulta-do positivo ou negativo depende, principalmente, da maneira como você delega essas tarefas.Se um funcionário sentir que você está apenas despejando so-bre ele uma tonelada de novas coisas a fazer, é porque novas tarefas foram a ele atribuídas sem a devida autoridade que de-veria acompanhar a delegação. Responsabilidade precisa de uma dose de autoridade. E vice-versa.Talvez você esteja pensando: “mas não há certo risco na delega-ção de autoridade?”. Você está certo em pensar assim, no entanto, se um profissional não se sentir confortável com esse risco, pro-vavelmente significa que a tarefa está sendo delegada à pessoa errada. E, se a pessoa certa a se delegar não existir, é hora de em-pregar pessoas melhores. Chega de remendar funcionários que não querem “vestir a sua camisa”!Aqui vão algumas dicas para que você possa fazer uma distri-buição da responsabilidade de forma mais eficaz:» Não delegue o método, delegue a tarefa. Em outras palavras,

deixe que a pessoa a quem você delegou uma determinada tarefa determine a forma como irá executá-la. Você pode, e deve, dar algumas orientações e, às vezes, até algumas su-gestões, mas um funcionário se sente muito mais motivado quando tem a oportunidade de mostrar sua capacidade.

» Certifique-se se a pessoa para quem você delegou uma determi-nada tarefa concorda e entende os prazos estipulados, se acei-tou a responsabilidade e se entendeu o que constitui a realiza-ção da tarefa, de modo que os objetivos possam ser alcançados.

» Se você não estiver à vontade em delegar a responsabilida-de, então não deve delegar a tarefa.

» Uma vez que a tarefa é atribuída a um funcionário, mante-nha certa “distância”. Você pode pedir prestação de contas durante o processo, mas não o faça a todo o momento, prin-cipalmente se for muito crítico. Se você sentir que deve ins-pecionar o tempo todo, ou você delegou à pessoa errada ou possui um egocentrismo suficiente para achar que só você sabe fazer aquela carta, realizar aquele telefonema, ou seja, qual for a tarefa.

» Certifique-se de que a pessoa a quem você delegou a tarefa seja aberta ao sucesso ou falha. Aplauda e recompense o su-cesso; discuta e aprenda com a falha. Se necessário, desen-volva um plano em conjunto para melhorar o desempenho.

» Cuidado com os funcionários “superstares”, ou seja, aqueles que se acham melhores do que todos e que já sabem de tudo. Se um empregado for demasiado confiado, facilmente poderão ocorrer falhas na tarefa ou atritos entre a equipe.

Resumindo: a base da delegação eficaz é confiança. Se não se confia, então não se pode delegar.A distribuição eficaz da responsabilidade, aos poucos, poderá se tornar uma importante força que irá permitir que os cirur-giões-dentistas se tornem mais produtivos com seu tempo.Quando você distribui responsabilidades de maneira eficaz, inevitavelmente, testemunhará o aumento da produtividade de seus funcionários, o desempenho realçado da prática clíni-ca, melhora no clima interno do consultório e, principalmente, lucros aumentados.

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Coluna - Gestão

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40 Janeiro de 2014

Caso Clínico

Carga imediata com cirurgia teleguiada em implante Screw: avaliação clínica e radiográfica da superfície speed

Gino KoppCirurgião-dentista. Especialista em Implantodontia. Especialista em Periodontia. Coordenador dos cursos do Instituto Kopp. Diretor Científico da Kopp. Criador da técnica de enxerto ósseo homogêneo particulado modificada. Criador do Sistema Friccional de Implantes.

[email protected]

Shaban Mirco Bugoa La Forcada Especialista em Periodontia. Mestrando em Implantologia Oral ‐ UP/PR.

Ricardo Scotton Mestrando em Implantologia Oral ‐ UP/PR.

PI Branemark descobriu o processo de osseointegração há mais de 40 anos e definiu como: “uma conexão direta, estrutural e funcional entre o osso vivo orga-

nizado e a superfície de um implante de titânio capaz de suportar carga funcional”¹.Vários fatores são determinantes para o êxito da osseointe-gração, como: biocompatibilidade, o desenho do implante, as condições da superfície do implante, o estado de saúde do receptor, técnica cirúrgica a traumática e oclusão ajusta-da corretamente².O tratamento da superfície dos implantes é outro fator que contribui para a manutenção do tecido ósseo peri-implan-tar. O tratamento de superfície nano texturizado tem sido estudado e implantes com superfície rugosa têm mostrado uma maior área de contato osso-implante e melhores ca-racterísticas biomecânicas.Vários tratamentos de superfície foram desenvolvidos, e muitos estão em desenvolvimento para melhoria das pro-priedades físico-químicas que aperfeiçoam a resposta teci-

dual. Dentro desses métodos de tratamento de superfície, encontram-se os implantes maquinados (lisos), com jatea-mento, com ataque ácido, porosinterizados, oxidados, com jateamento de spray de plasma e com cobertura de hydro-xiapatita ou a combinação destas.O presente trabalho, por meio de uma revisão da literatura, tem o objetivo de diferenciar as respostas clínicas relacionadas à superfície dos implantes osseointegrados e verificar os fato-res que determinam o sucesso clínico dos mesmos.

Revisão da literaturaTrabalhos iniciais sobre osseointegração, desenvolvidos por Brånemark, foram realizados com implantes de titânio comercialmente puro e superfície usinada. Os implantes eram instalados na região anterior da mandíbula e unidos para reabilitações de pacientes endentados totais. A alta taxa de sucesso dessa modalidade de tratamento levou a utilizar implantes osseointegrados para reabilitar pacientes endentados parciais, através de próteses parciais fixas ou

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41Janeiro de 2014

Caso Clínico

unitárias. Os implantes começaram a ser instalados em re-giões de diferentes qualidades ósseas e taxas menores de sucessos diferentes foram observadas, levando a busca de melhor resposta a superfície de implantes osseointegrados. Atualmente, diversos sistemas de implantes dentais, cuja comprovação do sucesso em longo prazo e a confiabilidade do sistema devem ser comprovados utilizando-se critérios e protocolos de pesquisa, de preferência longitudinais³. Além de fatores, como qualidade e quantidade ósseas, a osseointegração depende de vários outros aspectos, como a biocompatibilidade do implante, a técnica cirúrgica, a es-tabilidade inicial do implante, o planejamento protético e também da natureza macroscópica (desenho) e microscópi-ca da superfície do implante4.A microestrutura dos implantes é caracterizada pelo grau de rugosidade, forma e tamanho na superfície dos implantes os-seointegrados. Os implantes originais de Brånemark eram usi-nados com uma mínima rugosidade na superfície, entre 0,5 μm e 1,0 μm. Por muito tempo, este implante foi reconhecido como o padrão ouro, baseado em muitos e bons estudos clínicos lon-gitudinais5. Entretanto, no início dos anos de 1990, muitos es-tudos experimentais apontavam na mesma direção, indicando que implantes com rugosidades em torno de 1,5 μm apresen-tavam uma melhor resposta do tecido ósseo quando compara-dos aos implantes usinados (superfície com rugosidades < 1,0 μm) ou a implantes com superfície “plasma spray” (superfície com rugosidades >2,0 μm)6. As características químicas das su-perfícies dizem respeito à energia de superfície e carga. Uma alta energia de superfície apresenta melhor molhabilidade e uma maior afinidade por adsorção (hidrofilia). Isto determina se a superfície é hidrofílica ou hidrofóbica. Em outras palavras, implantes com alta energia de superfície devem, pelo menos em teoria, apresentar uma osseointegração mais forte do que implantes com baixa energia de superfície, devido à melhor adsorção das proteínas7-8. Os processos de tratamento de su-perfícies podem ser divididos em métodos de adição, quan-do acrescentam algo à superfície do implante, ou subtração, quando removem parte da camada superficial. Nos métodos chamados de adição, é aplicado à superfície do implante um recobrimento, que pode ser do mesmo material do corpo do implante ou não; enquanto que nos métodos de subtração, é removida uma camada da superfície do implante por um pro-cesso controlado.O processamento de um novo método que produz, com um alto grau de pureza, rugosidade suficiente para uma boa osseointegração. Dentre as diversas técnicas existentes, produzimos uma superfície com grau de rugosidade próxi-ma de 1,5μm para melhor resposta do tecido ósseo, como consequên cia melhor resposta clínica. Várias variáveis foram observadas durante o desenvolvimento da superfície speed, bem como: tipo de granalha de jateamento, distância e tempo do jateamento, concentração dos diferentes tipos de ácidos e tempos de imersão, passivação, neutralização e limpeza.Avaliamos, clinicamente e radiograficamente, o grau a respos-ta clínica, um dia após, uma semana após, um mês após e dois meses após do procedimento.

Caso clínicoA paciente A.T.C. foi encaminhada para o Instituto Kopp de Implantodontia para avaliação em relação à possibilidade de reabilitação com implantes dentários. Ao exame clínico, pode-

-se verificar que a mesma apresentava dentição parcial com comprometimento dos elementos superiores por cárie e doen-ça periodontal.Todos os dentes superiores apresentavam bolsas periodon-tais entre 7 e 10mm, também apresentavam mobilidade grau 2 e 3. Os dentes inferiores apresentavam bolsa periodontal entre 5 e 7mm e mobilidade grau 3. Foram propostos para a paciente planos de tratamento que incluíam a manutenção e remoção de alguns e todos os elementos dentários. Após os devidos esclarecimentos em relação aos procedimentos, riscos, prognósticos e plano de custos a paciente optou por extração de todos os elementos superiores, instalação de implantes superiores e prótese tipo protocolo. A pedido da paciente, o tratamento na arcada inferior se limitou, nesta primeira fase de tratamento, a RAP total dos dentes, ex-tração dos elementos mais comprometidos e uma prótese parcial provisória.Foi indicada a remoção do todos os dentes superiores e foi instalada uma prótese total imediata. Após um período de três meses, um guia tomográfico para a maxila foi confec-cionado a partir da montagem de dentes em placa base e rodete em cera.Prova de dentes - observar que, por causa da manutenção dos dentes inferiores, a montagem fica comprometida.O Guia foi provado e estabilizado com auxílio de um rodete de silicone. A paciente recebeu instruções e treino de como posicionar o guia no momento da realização do exame da to-mografia.Prova de Guia - a paciente recebe treinamento para posicio-nar o guia de acrílico confeccionado a partir da prova dos dentes.A paciente foi encaminhada para o centro de Radiologia, que realizou o exame de tomografia computadorizada da maxila. Tais imagens geradas, inicialmente no formato DI-COM, foram convertidas para serem manipuladas no pro-grama Dental Slice. Após avaliação criteriosa das imagens, pode-se constatar que a paciente reunia condições fa-voráveis para aplicação da técnica de cirurgia guiada por computador para instalação de implantes sem retalho. O planejamento dos implantes foi realizado no programa Dental Slice e o arquivo gerado foi enviado para a empresa Bioparts, onde foi produzido um guia cirúrgico por meio da técnica da esteriolitografia.A cirurgia guiada foi realizada utilizando o sistema Kopp Guide. O Sistema Kopp Guide permite a instalação de implantes sem a abertura de retalho. A cirurgia inclui anestesia, estabilização do Guia, inicio das perfurações com auxílio dos guias de broca e brocas e instalação de implantes. Para tal, foram seguidas as recomendações do fabricante descritas no Manual de Instru-ções do Credenciamento do sistema Kopp Guide.No total, oito implantes do tipo CM Screw (Kopp – Curitiba – Brasil), com tratamento de superfície Speed, foram instalados. Todos os implantes apresentaram torque acima de 40 Newtons no momento da instalação.Após a instalação minipilares - previamente selecionados no planejamento - foram instalados e procedeu-se a confecção da prótese tipo protocolo.Os implantes foram acompanhados radiograficamente por um período de seis meses, onde foi observada a manutenção da crista óssea inter-implantar. Clinicamente, todos os implantes apresentaram estabilidade compatível com osseointegração.

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42 Janeiro de 2014

Caso Clínico

Figura 1MEV 1000X.

Figura 3MEV 19X.

Figura 5Aspecto inicial.

Figura 2MEV 3000X.

Figura 4MEV 1000X.

Figura 6Pós-exodontia.

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43Janeiro de 2014

Caso Clínico

Figura 9Rodete em cera sendo aprovado.

Figura 11Imagem 3D mostrando guia tomográfico.

Figura 7Prótese total imediata.

Figura 10Registro.

Figura 12Planejamento virtual de implantes (corte axial).

Figura 8Placa base com bordas amplas e rodete em cera.

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44 Janeiro de 2014

Caso Clínico

Figura 13Planejamento virtual de implantes (corte transversal).

Figura 16Instalação de minipilares concluída.

Figura 15Guia cirúrgico fixado na arcada superior.

Figuras 17 e 18Prótese protocolo instalada.

Figura 14Planejamento virtual de implantes (corte panorâmico).

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45Janeiro de 2014

Caso Clínico

Figuras 21 e 22Aspecto final.

Figuras 19 e 20Raio-X dos implantes.

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46 Janeiro de 2014

Caso Clínico

O tratamento da superfície dos implantes é outro fator que contribui para a manutenção do tecido ósseo peri-implantar

ConclusãoO fenômeno de osseointegração é influenciado pelas proprie-dades físicas e químicas das superfícies. As respostas celulares dependem da topografia, da energia de superfície, da carga e da camada de TiO2, formada sobre a superfície do implante. A indústria utiliza diferentes métodos para o tratamento das superfícies, como: ataque ácido; ataque ácido + deposição de Ca e P; jateamento com alumina; jateamento com TiO2; jatea-mento com TiO2 + tratamento com ácido fluorídrico; jateamen-to com fosfato de cálcio; jateamento com areia + ataque ácido; anodização; deposição de nano partículas de íons Ca e P, entre outros métodos para obter uma melhor resposta tecidual.Radiograficamente e clinicamente, observamos melhor con-forto pós-operatório, com ausência de dor, menor edema. Ra-diograficamente, excelente contato com a superfície óssea e manutenção do nível da crista óssea marginal.É importante salientar que, todos os métodos utilizados para tratamentos da superfície do titânio promovem a osseointe-gração, porém, com características diferentes. O profissional pode optar entre os diferentes tipos de tratamento de superfí-cie existentes no mercado, proporcionando, assim, um melhor cuidado aos seus pacientes.

Referências 1. Brånemark PI, Adell R, Breine U, Hansson BO, Lindström

J, Ohlsson A. Intra-osseous anchorage of dental prosthe-ses I. Experimental studies. Scand J Plast Reconstru Surg 1969;3:81-100.

2. Albrektsson T, Brånemark P.-I, Hansson H.A. Lindström J. Os-seointegrated titanium implants. Requirements for ensuring

a long-lasting, direct bone-to-implant Anchorage in man. Acta Orthopaedica Scandinavica 1981;52:155-70.

3. Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The long--term efficacy of currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Im-plants. 1986;1(1):11-25

4. Marchetti C, Pieri F, Trasarti S, Corinaldesi G, Degidi M. Impact of implant surface and grafting protocol on clinical outco-mes of endosseous implants. Int J Oral Maxillofac Implants 2007;22(3):399-407.

5. Albrektsson T. A multicenter report on osseointegrated oral implants. J Prosth Dentistry 1988;60(1):75-84.

6. Elias CN, Lima JHC, Santos MV. Modificações na superfície dos implantes dentários: da pesquisa básica à aplicação clí-nica. Revista ImplantNews 2008; 5(5):467-76.

7. Albrektsson T, Wennerberg A. Oral implant surfaces: Part 1 – Review focusing on topographic and chemical properties of different surfaces and in vivo responses to them. In J Pros-thodont 2004;17:536-46.

8. Albrektsson T, Wennerberg A. Oral implant surfaces: Part 2 – Review focusing on clinical knowledge of different surfaces. Int J Prosthodont 2004;17:544-64.

9. S.Anil, P.S. Anand, H. Alghamdi and J.A. Jansen (2011). Dental Implant Surface Enhancement.

10.Osseointegration, Implant Dentistry - A Rapidly Evolving Practice, Prof. Ilser Turkyilmaz (Ed.), ISBN: 978-953-307-658-4, InTech, Available from: http://www.intechopen.com/books/implant- dentistry-a-rapidly-evol-vingpractice/dental- implant-surface-enhancement-and--osseointegration.

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c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

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48 Janeiro de 2014

Caso Clínico

Clareamento em consultório com Peróxido de Hidrogênio 35% ativado com luz híbrida

Rafael Francisco Lia MondelliProfessor Associado do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

[email protected]

Mariana Ontelo Ortiz Especialista em Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

Marina Studart Alencar Mestranda em Dentística, Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

Atualmente, o interesse em procedimentos odontológi-cos estéticos é comum em pacientes de todas as idades e de qualquer parte do mundo. Um dos problemas mais

comuns na Odontologia relacionado à estética é a pigmentação ou escurecimento dentário, ao longo dos anos, que apresenta como tratamento mais conservador o clareamento dentário.O clareamento de dentes vitais é um procedimento bem aceito e seguro para o tratamento de superfície e pigmentação intrín-seca dos dentes, podendo ser realizado com moldeira (técnica caseira) ou sob isolamento (técnica em consultório).A escolha do gel clareador é uma etapa extremamente impor-tante e fundamental para o sucesso clínico do tratamento. Exis-tem várias opções no mercado de marcas e concentrações de agentes clareadores para serem empregados no consultório. No caso clínico apresentado foi utilizado o gel clareador a base de peróxido de hidrogênio a 35%, Total Blanc Office (Nova DFL, Brasil) associado à fonte de luz híbrida, com o intuito de acele-rar a reação de clareamento. Este gel clareador também pode ser empregado sem ativação com luz na técnica em consultó-rio, onde o mesmo deve ser aplicado por três vezes consecuti-vas de 15 minutos em cada uma das sessões de clareamento.A escolha do gel clareador foi determinada por sua efetivi-dade e sucesso em tratamentos prévios, mas também pelas características de facilidade e praticidade na aplicação do gel clareador (Total Blanc Office). Esse material apresenta perfeito proporcionamento, uma vez que sua apresentação em seringas pré-dosadas facilita a mistura e aplicação do gel, utilizando a técnica seringa-a-seringa. O gel clareador empregado apresen-ta viscosidade e tixotropia ideais, permitindo que seja aplicado em camadas homogêneas e fique em contato com o esmalte dental sem que escorra durante o procedimento clareador.

Caso clínicoPaciente do sexo feminino, 30 anos, compareceu à Clínica de Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru relatando, durante a anamnese, a insatisfação com a cor dos dentes es-curecidos.Após exame clínico e radiográfico, o tratamento proposto foi o clareamento em consultório com peróxido de hidrogênio a 35% (Total Blanc Office, Nova DFL), ativado com luz híbrida

LED/Laser terapêutico (Whitening Lase II, DMC Equipamen-tos Ltda.).Inicialmente, foi realizada profilaxia com escova Robson (pedra-pomes + água), com o intuito de deixar as superfícies dentais livres de qualquer biofilme bacteriano. Na sequência, foi feita a seleção de cor dos dentes (A3 e A2) com o auxílio da escala Vita Classic e a proteção dos tecidos moles com a barreira gengival fotopolimerizável (Total Blanc Office Protetor Gengival, Nova DFL) que acompanha o kit do produto.O gel clareador foi manipulado e aplicado sobre as super-fícies dentárias. Aguardou-se um minuto e, em sequência, foi realizada a ativação do gel com luz híbrida por duas ve-zes consecutivas de três minutos cada, com intervalo de um minuto entre cada ativação com a luz híbrida. O gel clare-ador foi, então, removido das superfícies dentárias e esse procedimento foi realizado por mais quatro vezes na mes-ma sessão, totalizando 40 minutos de tempo de ação do gel clareador sobre os dentes.Após o clareamento, procedeu-se o polimento dos dentes com disco de feltro e pasta a base de óxido de alumínio de cor bran-ca, seguido da aplicação por quatro minutos do dessensibili-zante (Total Blanc Office Dessensibilizante, Nova DFL) à base de fluoreto de sódio neutro a 2% e nitrato de potássio a 5%. Por fim, foi realizada novamente a seleção de cor e o resultado foi bastante satisfatório, uma vez que, a cor inicial estava entre A2 e A3, e ao final do clareamento os dentes apresentavam cor abaixo do A1.É importante ressaltar que a paciente ficou bastante satisfeita com o resultado, não apresentando sensibilidade dentária du-rante e após o clareamento. O resultado final do clareamento pode ser observado após sete dias do tratamento com a estabi-lização da cor dos dentes da paciente. As técnicas de clareamento em consultório, com e sem ativa-ção com fonte de luz, para dentes polpados proporcionam ex-celentes resultados estéticos e o cirurgião-dentista tem, hoje, uma nova e excelente opção de gel clareador à base de peró-xido de hidrogênio a 35% (Total Blanc Office, Nova DFL) para ser empregado na técnica em consultório, com a possibilidade de ativação ou não com fonte de luz para catalisação do gel clareador.

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49Janeiro de 2014

Caso Clínico

Figura 3 Profilaxia com escova Robson (água+ pedra-pomes).

Figura 5 Isolamento dos dentes após aplicação e fotopolimerização da barreira gengival.

Figura 7Ativação do gel clareador com luz híbrida.

Figura 1 Aspecto inicial do sorriso.

Figura 4 Escolha da cor inicial A2.

Figura 6Aplicação do gel clareador.

Figura 8Polimento das superfícies clareadas com disco de feltro e pasta para polimento a base de óxido de alumínio.

Figura 2 Apresentação em bisnasgas (espessante + peróxido) do gel clareador Total Blanc Office (Nova DFL), a base de peróxido de hidrogênio a 35%.

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50 Janeiro de 2014

Caso Clínico

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínico-gerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas.Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www.odontomagazine.com.br

Os trabalhos devem atender as seguintes normas:

1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista.Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: [email protected]. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em alta-resolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho.

3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.

4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.

5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento.

6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site.

7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico.

8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine.

9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado.

10) Qualquer correspondência deve ser enviada para:Vanessa Navarro - Odonto MagazineAlameda Amazonas, 686 – sala G1Alphaville – Barueri - SPCEP: 06454-070

11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail.

12) Informações:

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

NORMAS PARA PUBLICAÇÂO

Figura 9 Aplicação do dessensibilizante por quatro minutos.

Figura 10Resultado imediato após o clareamento.

Figura 11Sorriso final da paciente.

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