Oficina Evangelho e Cultura

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Atos dos Apóstolos

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CRUCLO DE CULTURAREFLEXO BBLICO-TEOLGICA SOBRE A INCIDNCIA DA EVANGELIZAO NA CULTURA LUZ DE At 17,15-33 (18/05/2011 14h30 s 17h00).ESQUEMA PARA APRESENTAOAla Luzia Pinheiro de Andrade, nj. ([email protected])1. O Paradigma: At 2,4-11

A - e comearam a falar em outras lnguas, conforme o Esprito lhes concedia expressar-se (v.4). Glssa, em grego, usado com o sentido de idioma. nfase nos falantes. Os discpulos falam outros idiomas.B - cada um ouvia os discpulos falar em sua prpria lngua (v.6). Dilektos, em grego, idioma peculiar de um povo. Os ouvintes escutavam no idioma deles. Os falantes eram todos galileus (v. 7).B' - como que cada um de ns os escutamos em nossa prpria lngua materna? (v.8). Os discpulos falam um idioma e so escutados em outro idioma. Dilektos. No idioma dos povos mencionados nos v. 9-10.A' - como os ouvimos falar em nossas prprias lnguas as maravilhas de Deus? (v.11). Glssa.2. Falar a lngua do auditrio:At 13,16-52

Antioquia da PsdiaAt 17,22-31

Arepago de Atenas

aos judeus helenistas e aos tementes a Deusambiente gentlico: cultura filosfica, esticos e epicuristas

citao explcita da Escritura, relao com ancestrais / David.O Deus de Israel age na histria

observao da realidadeDeus que fez o cosmos, citao de Plato (Timeo 28)Deus Senhor do cosmos, cita o estico Cleantes, sc III aC (Hino a Zeus)Deus sem templo e sem sacrifcios, cita Plato (Parmnedes 8,33)

vida terrestre de Jesus

acusao contra os lderes

acusao de ignorncia

Jesus ressuscitado e exaltadoJesus: homem ressuscitado

cumprimento da promessa feita aos pais / perdoexigncia de converso

converso de vrios e rejeioconverso de poucos e rejeio

3. O Discurso no arepago de Atenas

A percope de At 17,15-34 testemunha o encontro do evangelho com os filsofos epicuristas e esticos (FR 36). Podemos dividir o texto em trs partes para melhor estudar a sua mensagem. As duas primeiras partes preparam o cenrio para o discurso que o foco da narrativa:A. v. 15-18: chegada em Atenas: Atenas uma cidade com passado ilustre por sua histria e cultura. Era centro da vida intelectual grega e simbolizava a sabedoria e a religiosidade helensticas. Era o cenrio adequado para um discurso modelo de anncio do evangelho aos gentios propriamente ditos. A cidade estava cheia de dolos.- na sinagoga: corao do judasmo na dispora. Paulo debate com judeus helenistas e gentios tementes a Deus;- na gora: corao da cidade, lugar de reunido das mais famosas escolas filosficas gregas. Abordado por epicuristas e esticos.Primeiro Resultado: * Paulo: palrador: falador que repete lugares comuns.* A ressurreio (anstasis) foi entendida como sendo a consorte de Jesus.B. v. 19-22a: chegada ao ArepagoNo se trata do supremo conselho de Atenas, mas da colina situada ao sul da Acrpolis, a colina de Ares ou colina de Marte.v. 19b: Qual a doutrina?

v. 20: estranha = do estrangeiro. O que quer dizer (Jesus e a Ressurreio)?v.21: gostavam de novidades: famosos pela curiosidade, inquiriam a respeito de tudo, at mesmo do que no tinham nenhum interesse, de uma natureza pblica ou privada.C. v. 22b-31: O Discurso

v.22b-23: Palavras introdutrias: observao da realidade: os atenienses so escrupulosamente religiosos; altar ao deus desconhecido; adoram a quem no conhecem. Paulo veio para dar-lhes a conhecer a este Desconhecido. Capta a benevolncia dos ouvintes; mas as palavras esto carregadas de ironia. Kataggllo = anunciar: no resultado do exerccio de uma razo conceitual, mas uma proclamao de f.CORPO DO DISCURSO

v. 24-25: Relao entre Deus e o Mundo: fez o mundo e todas as coisas, Plato e a possibilidade do mundo ter um comeo e um criador (Timeo, 28). Senhor do cu e da terra, corresponde a uma idia do estico Cleantes: Zeus o princpio da natureza que rege todas as coisas atravs da lei. Este cosmo todo, que revolve ao redor da terra, o obedece onde quer que o conduza, e se submete a ele com prazer (Hino a Zeus, 5). No habita em templos feitos por mos humanas, O fundador do Estoicismo, Zeno, declarou: No se deveria construir templos, no santo, algo feito por trabalhadores no merece grande estima (citado por Clemente de Alexandria, Stromateis, 5.76, 1). No necessita de coisa alguma, a auto-suficincia de Deus era algo aceito pelos gregos, por exemplo, o epicurista Filodemos que cunhou o adjetivo aprosdees (Eusbio, Praep. evang., 13.12, 3).v. 26-27: A relao entre Deus e o Ser Humano: de um fez todas as raas dos homens, corresponde ao ponto de vista estico da unidade do gnero humano; de um no neutro pode indicar um homem ou uma raa. Fixando os tempos e limites, organizando o cosmos. Para que o ser humano se esforasse para buscar a divindade, j que no est longe. A busca pelo pai deste universo exaustiva e depois que ele encontrado ningum consegue falar dele (Plato, Timeo, 28).v. 28-29: A proximidade de Deus ao Ser Humano: Nele vivemos, nos movemos e somos (Epimnides de Knosos). Porque tambm somos de sua raa, Arato (Phaenomena, 5) e Cleantes (Hino a Zeus, 4). Sendo da raa divina, ns que somos a verdadeira imagem e no os dolos fabricados pela arte humana.v. 30-31: Concluso do discurso: o Criador do cosmos fixou o prazo para o julgamento do ser humano tendo como critrio a verdadeira imagem de Deus, o homem ressuscitado dos mortos.CONCLUSO DA PERCOPE (v. 32-34): Fracasso: poucos aderiram mensagem crist. A f na ressurreio incompatvel com a doutrina grega da imortalidade da alma. O cristianismo no pode renunciar certas coisas em nome da inculturao. Cf. Albert Vanhoye. The discourse at the Areopagus and the universality of truth, L'Osservatore Romano, 24/02/1999. BROWN, Raymond; Joseph FITZMYER; Roland MURPHY (dir). Comentario Bblico San Jernimo, Tomo III, Hechos de los Apstoles, Madrid: Ediciones Cristiandad, 1972, p. 508-511.

Glossolalia: fala a Deus, ningum entende: 1Cor 14,2.

Babel: Reunidos (v.1) de todas as naes (v.5) e Confusos v.6.