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Oficina Expografia e Comunicação Profa. Dra. Marília Xavier Cury Museóloga e educadora Docente do Museu de Arqueologia e Etnologia / USP Mestre e Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Contato [email protected] Av. Prof. Almeida Prado, 1466 – CEP.: 05508-070 – Cidade Universitária – São Paulo – SP

OFICINA EXPOGRAFIA APOSTILA 01

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Oficina Expografia e Comunicação

� Profa. Dra. Marília Xavier Cury� Museóloga e educadoraDocente do Museu de Arqueologia e Etnologia / USP

� Mestre e Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

� Contato�[email protected]� Av. Prof. Almeida Prado, 1466 – CEP.: 05508-070 –Cidade Universitária – São Paulo – SP

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� Transformação do discurso expositivo� Que ciência ? Que exposição ? Que relação com o público

� Ciência no Renascimento

� Gabinete de curiosidades

� Positivismo

� Exposições classificatórias, descritivas� Comportamento passivo do público

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� Racionalismo

� Exposições discursivas, argumentativas, explicativas� Comportamento mental ativo

� Autoconsciência em relação às ideologias culturais presentes em nossa sociedade

� Exposição é uma concepção cultural� Valores e idéias

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� Política cultural

� Discussão sobre como a instituição quer agir e se relacionar com a sociedade. Define o alcance social do museu.

� Política de comunicação

� Discussão de como a instituição quer dialogar com a sociedade, como conceitua o seu público e como propõe formas de interação. Define o alcance comunicacional do museu e engloba exposição e educação.

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� Programa de comunicação

� Compreende os temas e recortes temáticos que a instituição elenca como prioritários. É traçado um mapa cognitivo com temas gerais e específicos, prioritários e secundários com relação de interdependência e/ou hierarquia. Esses temas e recortes serão tratados em exposições e educação.

� Programação

� É a realização de ações de comunicação dos temas e recortes definidos pelo programa.

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� Programa e programação de exposições

� Exposições de longa duração

� Temas mais amplos e que sintetizam as coleções do museu

� Técnicas construtivas que priorizam a manutenção a longo prazo

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� Exposições temporárias

� Temas mais específicos e atuais e exploram as potencialidades das coleções da instituição

� Técnicas construtivas que priorizam a manutenção a curto/médio prazo

� Exposições itinerantes

� Temas de amplo interesse para um público diversificado

� Técnicas construtivas que priorizam o transporte e a manutenção periódica

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� Interdisciplinaridade e estratégias de atuação

� Participação interdisciplinar = várias visões e uma exposição

� Estratégia = como o grupo vai atuar como grupo

� Conceber e montar exposições = tomar decisões� QUEM TOMA AS DECISÕES?� COMO AS DECISÕES SÃO TOMADAS?

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�Método autocrático

� Poucos tomam as decisões

�Método em equipe

� Reunião de diversos profissionais� Interdisciplinaridade� Tomada de decisão coletiva� Construção da experiência do público

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�Método participativo

� Reunião de diversos profissionais com o “outro”� O “outro” sujeito ou o “outro cultural”� O museu toma as decisões a partir de ampla discussão com o público ou com representantes da cultura a ser apresentada na exposição

� O público participa da construção de sua própria experiência

� A “outra cultura” é apresentada na 1a. Pessoa: nós somos assim, vivemos assim, pensamos o mundo assim...

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� A comunicação expositiva

� Postura semiótica

� Ênfase na linguagem expositiva� Compreensão da exposição como exercício da linguagem própria dos museus e da forma de articulação dos objetos como signos em um discurso para o público

� Exposição = texto que se escreve com objetos no espaço a partir de uma lógica

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� Comunicação

�Modelo condutivista

� Comunicar é fazer chegar uma informação, um significado já pronto, já construído, de um pólo a outro

EMISSOR MENSAGEM RECEPTORfeedback

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�Modelo interacionista

� Comunicação é o encontro de horizontes do emissor e do receptor, é o lugar de construção de valores e de estruturação e negociação do significado da mensagem

EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR

EXPOSIÇÃOInteração = encontro = dialógica

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�Modelo das mediações do cotidiano

� Comunicação acontece no cotidiano da pessoas, é a partir daí que é possível e aí se realiza

� Recepção é um processo que antecede e sucede a visita ao museu

EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR

Enunciatário/Enunciador EXPOSIÇÃO Enunciador/Enunciatário

Avaliação =

cotidiano

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� EXPOSIÇÃO = idéias + objetos + espaço + tempo + mobiliário + linguagem de apoio

� Articulação de elementos a partir do referencial do público (do cotidiano)

� EXPOSIÇÃO = ambiência = espaço significado

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� Conceber e montar exposição=� Construção da interação entre exposição e o público, museu e o público, patrimônio cultural e o público

� COMUNICADOR DE MUSEU = mediador

� tempo, espaço, cultura, sobrenatural, natureza/paisagem, etc

� X� público, indivíduo-sujeito, agente

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� O processo de concepção e montagem de exposições

� Fases

� 1- Planejamento e de idéias� 2- Desenho� 3- Elaboração técnica� 4- Montagem� 5- Manutenção, atualização e avaliação

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� 1- Fase de planejamento e de idéias

� Proposta conceitual: enunciado central

� Desenvolvimento conceitual: definição de tópicos

� Diagnóstico e visão de futuro: real X desejo� Qual é a nossa realidade e que exposição queremos?

� Definição de estratégias e métodos de trabalho

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� Produto da 1a. Fase = Proposta da exposição

� Objetivos� Justificativa� Apresentação do tema� Disposição do conceito no espaço� Estimativa orçamentária� Cronograma

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� 2- Fase de desenho

� Conceituação, estudo, preparação e apresentação da forma e circuito da exposição

� Produto da 2a. Fase = Projeto museológico ao somar-se com o produto da 1a. Fase

� Conceito da forma� Aperfeiçoamento da planta� Elaboração de estudos e vistas� Preparação de maquete de estudo

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� 3- Fase de elaboração técnica

� Elaboração do plano técnico e executivo dos diversos recursos e da instalação no espaço

� Produtos da 3a. Fase = Pacote de desenhos construtivos, especificações técnicas, guia de montagem

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� 4- Fase de montagem

� Produção

� Instalação no espaço físico

� Produto da 4a. Fase = Exposição

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� 5- Fase de manutenção, atualização e avaliação

� Manutenção da qualidade visual, adequações, análise técnica, avaliação do processo e pesquisa de recepção

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� Projeto museológico de exposição

� 1- Apresentação/introdução� Justificativa: por que a exposição é importante? Qual a sua relevância para o público? E para o museu?

� Objetivos: o que se pretende com a exposição?

� 2- Apresentação do tema, do enfoque temático e do desenvolvimento conceitual

� 3- Definição do acervo

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� 4- Detalhamento expográfico� Concepção espacial� Circuito� Distribuição do acervo de acordo com o desenvolvimento conceitual

� Posicionamento do mobiliário� Posicionamento da linguagem de apoio