11
O Grilo Verde

O.grilo.verde.chave

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O.grilo.verde.chave

O Grilo Verde

Page 2: O.grilo.verde.chave

Na horta do tio Manuel Liró

Um grilo espantoso apareceu.

Era tão invulgar,

Tão verde, verde, verde,

Que até sabia assobiar.

Page 3: O.grilo.verde.chave

Os grilos vizinhos

Começaram a estranhar.

Espalharam a notícia…

Foram com ele falar.

Caso ele não quisesse mudar,

Teriam que o expulsar.

Page 4: O.grilo.verde.chave

Ele era assim

E assim queria continuar.

Explicou as diferenças,

Mas ninguém o queria ouvir.

Por mais que insistissem,

Ele não ia mudar.

Pois era como era

E ninguém o podia impedir.

Page 5: O.grilo.verde.chave

Os grilos pretos

Só o queriam prender

Na lura mais funda

Que conseguissem fazer…

O grilo diferente

Achava isto uma grande injustiça.

Preocupados com a sua reputação,

Os grilos pretos

Não queriam deixar de cricrilar.

E o grilo verde, verde,

Não queria parar de assobiar…

Page 6: O.grilo.verde.chave

O tio Manuel Liró,

Como de costume,

Descansava à sombra duma oliveira,

Mas não conseguia dormir

Por causa da barulheira:

Os grilos pretos pulavam, saltavam,

E o grilo verde fintava, fugia,

Tudo numa grande correria.

Page 7: O.grilo.verde.chave

O tio Manuel Liró, zangado, acordou

E incomodado com o barulho

Na enxada pegou.

Investigou pela horta

E no feijoal os encontrou.

Hesitante ficou, mas uma decisão

tomou:

guerra aos grilos, destruição total!

Page 8: O.grilo.verde.chave

Numa couve, o grilo verde

Se camuflou

E ninguém o encontrou.

Os grilos pretos fugiram,

Mas o grilo verde ficou.

O tio Manuel Liró

À sombra da oliveira regressou.

Enquanto dormia a sua soneca,

Algo espantoso aconteceu:

O grilo verde,

Com asas cor de fogo ficou.

Page 9: O.grilo.verde.chave

Voou, voou, voou,

E uma melodia assobiou,

Pousado no ramo da oliveira.

O tio Manuel Liró

Acordou e logo o chamou.

O grilo verde apareceu.

O tio Manuel abismado ficou

E logo o tentou apanhar

Para a todos o ir mostrar.

Page 10: O.grilo.verde.chave

A subir e a voar,

O nosso grilo

Conseguiu escapar.

E, sem mais pensar,

Em direção ao céu voou

E às nuvens foi parar…

Gri, gri, gri, grá…

A nossa poesia

terminada está!

Page 11: O.grilo.verde.chave

Versos dos alunos das turmas n.º 4 e n.º 6 da

E.B. da Chave, Gafanha da Nazaré.

Março de 2012 – À Conversa com … António

Mota

Imagens: Google

Apresentação

e fotografia:

Isabel Pinheiro