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PAMELA LYRIO

Ohceus final ok

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PAMELA

LYRIO

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Num gesto natural de fitar a paisagem, de fazer o reco-nhecimento do mundo pra me situar no mesmo, acabei olhando para o céu. Poucas nuvens. Normal. Muito azul. Normal. Mas o sol que se escondia atrás de concretos e morros já sinalizava que em instantes viria, umas poucas

nuvens corriam velozmente pelo céu. Olhei pra frente e percebi que eu era a única a ver graça no que acontecia acima de nossas cabeças, lá no céu. Então peguei meu celular, e pode registrar com certa bele-za momentos como aquele na parada de ônibus.

Daí comecei a fotografar o céu. Fotografei lindas nuvens. A foto que deveria ter ficado mais bonita ficou ofuscada por um monte de fio de alta tensão. O céu parecia pintura, só sei que nessa de querer foto-grafar o céu, o meu ônibus passou e eu perdi. Não vi nada de novo no horizonte. Era a mesma paisagem. O mesmo engarrafamento, a mes-ma superlotação nos ônibus. Ah, mas não era o mesmo céu. Aquelas nuvens nunca mais serão vistas outra vez. Despencaram como água e subirão diferente. O sol tingirá outras nuvens com raios vermelhos, mas as nuvens daquela manhã ele não tinge mais.

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Manhas~

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“O meu Deus todo poderoso, como é infinita a minha beleza. Não existe nada no universo, o mais belo, o mais forte do que eu exceto Atena. O céu, o mar e as estrelas. Tudo isso é insignificante perto da minha força.”

Misty de Lagarto

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O vento é um cavalo Ouça como ele corre Pelo mar, pelo céu. Quer me levar: escuta como recorre ao mundo para me levar para longe. Me esconde em teus braços por somente esta noite, enquanto a chuva rompe contra o mar e a terra sua boca inumerável. Escuta como o vento me chama calopan-do para me levar para longe. Com tua frente a minha frente, com tua boca em minha boca, atados nos-sos corpos ao amor que nos quei-ma, deixa que o vento passe sem que possa me levar. Deixa que o vento corra coroado de espuma, que me chame e me busque ga-lopandanto eu, emergido debaixo teus grandes olhos, por somente esta noite descansarei, amor meu.

Pablo Neruda

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“A idéia de que Deus é um gigan-te barbudo de pele branca senta-do no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então clara-mente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afi-nal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”

Carl Sagan

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Uma vez tendo experimentado voar, caminha-rás para sempre sobre a Terra de olhos postos no Céu, pois é para lá que tencionas voltar.

Leonardo da Vinci

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Noite caindo ... Céu de fogo e flores. Voz de Crepúsculo exalando cores, O céu vai cheio de Deus e de harmonia. Silêncio ... Eis-me re-zando aos fins do dia. Névoa de luz criando imagens na água, Nome das águas esculpin-do os céus, Tarde aos relevos húmidos de frá-gua, Boca da noite, eis-me rezando a Deus. Eis-me entoando, a voz de cinza e ouro, Oh, cores na água vindo às mãos em branco! Mi-nha ópera de Sol ao último arranco. E, oh! hora mística em que o olhar abraso, Sol expi-rando aos Pórticos do Ocaso! Dobra em meu peito um oceano em coro.

Afonso Duarte

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Nuvens

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Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia!

William Shakespeare

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Revejo os pombos de São Marcos: A praça está silenciosa; ali se repousa a manhã. Indo-lentemente envio os meus cantos para o seio da suave frescura, Como enxames de pom-bos para o azul Depois torno a chamá-los Para prender mais uma rima às suas penas. Ó minha felicidade! Ó minha felicidade! Cal-mo céu, céu azul-claro, céu de seda, Planas, protetor, sobre o edifício multicor De que gosto, que digo eu?... Que receio, que inve-jo... Como seria feliz bebendo-lhe a alma! Alguma vez lha devolveria? Não, não fale-mos disso, ó maravilha dos olhos! Ó minha felicidade! Ó minha felicidade! Severa torre, que impulso leonino Te levantou ali, triun-fante e sem custo! Dominas a praça com o som profundo dos teus sinos... Serias, em francês, o seu accent aigu! Se, como tu, eu ficasse aqui, Saberia a seda que me pren-de... Ó minha felicidade! Ó minha felicidade! Afasta-te, música. Deixa primeiro as som-bras engrossar E crescer até à noite escura e tépida. É ainda muito cedo para ti, os teus arabescos de ouro Ainda não cintilam no seu esplendor de rosa; Resta ainda muito dia, Muito dia para os poetas, fantasmas e solitá-rios. Ó minha felicidade! Ó minha felicidade! Friedrich Nietzsche

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Te tiveres que ir, não se vá. Mais se fores, vá ao anoitecer e espere-me adormecer. Para que quando eu acordar pensar que tudo foi um sonho inesquecivel, do qual brutalmente fui obrigado a des-pertar.

Giselly Viana

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O vento é um cavalo Ouça como ele corre Pelo mar, pelo céu. Quer me levar: escuta como recorre ao mundo para me levar para longe. Me esconde em teus braços por somente esta noite, enquanto a chuva rompe contra o mar e a terra sua boca inumerável. Escuta como o vento me chama calopan-do para me levar para longe. Com tua frente a minha frente, com tua boca em minha boca, atados nos-sos corpos ao amor que nos quei-ma, deixa que o vento passe sem que possa me levar. Deixa que o vento corra coroado de espuma, que me chame e me busque ga-lopandanto eu, emergido debaixo teus grandes olhos, por somente esta noite descansarei, amor meu.

Pablo Neruda

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O vento é um cavalo Ouça como ele corre Pelo mar, pelo céu. Quer me levar: escuta como recorre ao mun-do para me levar para longe. Me es-conde em teus braços por somente esta noite, enquanto a chuva rom-pe contra o mar e a terra sua boca inumerável. Escuta como o vento me chama calopando para me levar para longe. Com tua frente a mi-nha frente, com tua boca em minha boca, atados nossos corpos ao amor que nos queima, deixa que o vento passe sem que possa me levar. Dei-xa que o vento corra coroado de es-puma, que me chame e me busque galopandanto eu, emergido debai-xo teus grandes olhos, por somente esta noite descansarei, amor meu.

Pablo Neruda

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Busque-me nas estrelas, me en-contre no mar,leve-me ao paraíso no breve isn-tante do olhar.Se possível me olhe de novo pra meu corpo falar minha voz será macia, tal qual sereia a cantar meus olhos te tocarão, como mú-sica no ar,Serei verso e prosa de um poema e recitarei ao pé do teu ouvido, pra ninguém mais escutar.Sou feita de sonhos e só você me faz sonhar !

Leônia Teixeira

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Além da Terra, além do Céu,no trampolim do sem-fim das estrelas,no rastro dos astros,na magnólia das nebulosas.Além, muito além do sistema solar,até onde alcançam o pensamento e o coração,vamos!vamos conjugaro verbo fundamental essencial,o verbo transcendente, acima das gramáticas e do medo e da moeda e da política, o verbo sempreamar,o verbo pluriamar,razão de ser e de viver.

Carlos Drummond de Andrade

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Tudo Azul

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É estranho olhar as estrelas enão poder toca-las...É triste ver a lua e não poderexpressar o que sentimos...Usar palavras para expressarum sentimento é muita ousadia,sabendo-se que sentimento nãose diz... Se sente.Sabe-se que não é o coração queguarda os sentimentos mas sim a alma.Hipócresia quem diz que ama mas nunca amou de verdade.Sábios são aqueles que apenasouvem e não dão conselhos aosque não sabem ouvir.Tolos são aqueles que colocamDeus em segundo plano.Digno é aquele que ouve e guarda verdadeira palavra de Deus.Verdadeiro será aquele que encontrar em meus olhos o que não se acha em minhas palavras.

Anne Caroline

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Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto. Outono... Rodopiando, as fo-lhas amarelas Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto... Por que, belo navio, ao cla-rão das estrelas, Visitaste este mar inabitado e morto, Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas, Se logo, ao vir da luz, aban-donaste o porto? A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos A espuma, des-manchada em riso e flocos brancos... Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol! E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste, E contemplo o lugar por onde te su-miste, Banhado no clarão nascente do ar-rebol...

Olavo Bilac

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Todas as cores

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Hoje a lua despiu seu véuE flutua a dormir no céuNa canção que de mim nasceuMeu amado adormeceuMeu amado adormeceu

Dorme, meu amorComo no céu a luaTu serás sempre meuE eu só tua

Dorme, amigo, que a poesiaÉ um mistério que não tem fim

Dorme em calmaQue assim, um diaDormirás para sempre em mimDormirás para sempre em mim

Vinicius de Moraes

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Noite caindo ... Céu de fogo e flo-res. Voz de Crepúsculo exalando cores, O céu vai cheio de Deus e de harmonia. Silêncio ... Eis-me rezando aos fins do dia. Névoa de luz criando imagens na água, Nome das águas esculpindo os céus, Tarde aos relevos húmidos de frágua, Boca da noite, eis-me rezando a Deus. Eis-me entoan-do, a voz de cinza e ouro, Oh, cores na água vindo às mãos em branco! Minha ópera de Sol ao último arranco. E, oh! hora mís-tica em que o olhar abraso, Sol expirando aos Pórticos do Ocaso! Dobra em meu peito um oceano em coro.

Afonso Duarte

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Todo dia a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito.

Cazuza

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Por céus e mares eu andei,Vi um poeta e vi um reiNa esperança de saberO que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,Eu já queria até morrerQuando um velhinhoCom uma flor assim falou:

O amor é o carinho,É o espinho que não se vê em cada flor.É a vida quandoChega sangrando aberta em pétalas de amor.

Vinicius de Moraes

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Noite caindo ... Céu de fogo e flo-res. Voz de Crepúsculo exalando cores, O céu vai cheio de Deus e de harmonia. Silêncio ... Eis-me rezando aos fins do dia. Névoa de luz criando imagens na água, Nome das águas esculpindo os céus, Tarde aos relevos húmidos de frágua, Boca da noite, eis-me rezando a Deus. Eis-me ento-ando, a voz de cinza e ouro, Oh, cores na água vindo às mãos em branco! Minha ópera de Sol ao úl-timo arranco. E, oh! hora mística em que o olhar abraso, Sol expi-rando aos Pórticos do Ocaso! Do-bra em meu peito um oceano em coro.

Afonso Duarte

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Noite caindo ... Céu de fogo e flo-res. Voz de Crepúsculo exalando cores, O céu vai cheio de Deus e de harmonia. Silêncio ... Eis-me rezando aos fins do dia. Névoa de luz criando imagens na água, Nome das águas esculpindo os céus, Tarde aos relevos húmidos de frágua, Boca da noite, eis-me rezando a Deus. Eis-me ento-ando, a voz de cinza e ouro, Oh, cores na água vindo às mãos em branco! Minha ópera de Sol ao úl-timo arranco. E, oh! hora mística em que o olhar abraso, Sol expi-rando aos Pórticos do Ocaso! Do-bra em meu peito um oceano em coro.

Afonso Duarte

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Anoitecer

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Noite caindo ... Céu de fogo e flo-res. Voz de Crepúsculo exalando cores, O céu vai cheio de Deus e de harmonia. Silêncio ... Eis-me rezando aos fins do dia. Névoa de luz criando imagens na água, Nome das águas esculpindo os céus, Tarde aos relevos húmidos de frágua, Boca da noite, eis-me rezando a Deus. Eis-me ento-ando, a voz de cinza e ouro, Oh, cores na água vindo às mãos em branco! Minha ópera de Sol ao úl-timo arranco. E, oh! hora mística em que o olhar abraso, Sol expi-rando aos Pórticos do Ocaso! Do-bra em meu peito um oceano em coro.

Afonso Duarte

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Em noite estreladabusca algo novo.Encontra-se deslocadoao olhar a luase lembra de uma música.Esquece os prazeres de algo inovadorescritas são sua unica lembrança.Tudo que passou, passou

Julia Caroline

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