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Jornal de OLEIROS Ano 1, Nº5, Fevereiro de 2010 Preço: 0,50 OFERTA • Edição Mensal Director: Paulino B. Fernandes INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA • Peixes Frescos Grelhados • Grelhados • Cabrito Estonado • Bucho e Maranho www.jornaldeoleiros.com • Notoriedade crescente O lançamento do nosso site www.jornal- deoleiros.com é um sinal evidente de afirmação no Concelho, no Distrito e nas Comunidades emigradas. Agradecemos a todos os que se referiram e escreveram sobre o acontecimento. Para nós, significa apenas o cumprimento de uma promessa e o desejo de ligação forte e objectiva aos que estão na terra e aos que pelo mundo lutam. • Oleiros avança - Foi a BTL e os programas exibidos nas tv’s. - É o Rali Rota do Medronho em breve. - O Hospital novo prestes a abrir. - O Hotel praticamente pronto. - As estradas sempre reclamadas, vão avançar. - Nova sede da Junta de Freguesia de Oleiros. - Requalificação da ribeira de Oleiros, tornando-as ” passeáveis” num lanço junto à Vila. - Construção de um novo Jardim de Infância na Vila. - Recuperação da Escola e Jardim de Infância do Estreito. - Construção de nova sede para a Filarmónica. - Requalificação do Pavilhão Gimnodes- portivo. Oleiros está nas bocas do mundo e suscita aplausos que da nossa parte não regateamos. A culminar toda a exposição mediática, Oleiros recebeu a visita do Presidente da República que desta forma se associou a uma onda crescente de afirmação e exibição de futuro. Foi um momento marcante que importa salientar, alargado ainda pela visita a uma fábrica de sucesso (Pinorval) na Freguesia do Orvalho, fábrica com capacidade para inovar e acres- centar novos investimentos, logo mais emprego e maior possibilidade de fixação de cidadãos no concelho, facto que não podemos deixar de evidenciar com satisfação. Director [email protected] EDITORIAL Presidente Cavaco Silva dedicou dois dias à Beira Baixa CONTINUA NA PÁGINA 8 “Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras“ foi o lema que guiou o Presidente na deslocação aos Concelhos do distrito de Castelo Branco, percorrendo a generalidade, com destaque para Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Belmonte, Penamacor, Idanha-a-Nova (um dos concelhos mais envelhecidos e onde assinalou o Ano Contra a Pobreza e a Exclusão Social), Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã e, finalmente, de novo, o encerramento em Castelo Branco Cavaco Silva na Pinorval com o Presidente José Santos Marques e com o Administrador Fernando Gaspar Fotos Presidência da República

OLEIROS · Hora do Conto. Desta vez a história contada será “O gato Marau e a sua cartola”, destinada aos alunos dos Jardins-de-infância de Estreito, Oleiros e Orvalho e da

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Page 1: OLEIROS · Hora do Conto. Desta vez a história contada será “O gato Marau e a sua cartola”, destinada aos alunos dos Jardins-de-infância de Estreito, Oleiros e Orvalho e da

Jornal deOLEIROSAno 1, Nº5, Fevereiro de 2010Preço: 0,50 OFERTA • Edição MensalDirector: Paulino B. Fernandes

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

• Peixes Frescos Grelhados• Grelhados

• Cabrito Estonado• Bucho e Maranho

www.jornaldeoleiros.com

• Notoriedade crescenteO lançamento do nosso site www.jornal-

deoleiros.com é um sinal evidente de afirmaçãono Concelho, no Distrito e nas Comunidadesemigradas.

Agradecemos a todos os que se referiram eescreveram sobre o acontecimento.

Para nós, significa apenas o cumprimento deuma promessa e o desejo de ligação forte eobjectiva aos que estão na terra e aos que pelomundo lutam.

• Oleiros avança- Foi a BTL e os programas exibidos nas tv’s.- É o Rali Rota do Medronho em breve.- O Hospital novo prestes a abrir.- O Hotel praticamente pronto.- As estradas sempre reclamadas, vão avançar.- Nova sede da Junta de Freguesia de Oleiros.- Requalificação da ribeira de Oleiros,

tornando-as ” passeáveis” num lanço junto àVila.

- Construção de um novo Jardim de Infânciana Vila.

- Recuperação da Escola e Jardim de Infânciado Estreito.

- Construção de nova sede para a Filarmónica.- Requalificação do Pavilhão Gimnodes-

portivo.

Oleiros está nas bocas do mundo e suscitaaplausos que da nossa parte não regateamos.

A culminar toda a exposição mediática,Oleiros recebeu a visita do Presidente daRepública que desta forma se associou a umaonda crescente de afirmação e exibição defuturo.

Foi um momento marcante que importasalientar, alargado ainda pela visita a uma fábricade sucesso (Pinorval) na Freguesia do Orvalho,fábrica com capacidade para inovar e acres-centar novos investimentos, logo mais empregoe maior possibilidade de fixação de cidadãos noconcelho, facto que não podemos deixar deevidenciar com satisfação.n

[email protected]

EDITORIAL

Presidente Cavaco Silvadedicou dois dias à Beira Baixa

CONTINUA NA PÁGINA 8

“Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras“ foi o lema que guiou o Presidente na deslocação aos Concelhos do distrito de Castelo Branco, percorrendo a generalidade,

com destaque para Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Belmonte, Penamacor, Idanha-a-Nova (um dos concelhos mais envelhecidos e onde assinalou o Ano Contra a Pobreza e a Exclusão Social),

Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã e, finalmente, de novo, o encerramento em Castelo Branco

Cavaco Silva na Pinorval com o Presidente José Santos Marques e com o Administrador Fernando Gaspar

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Jornal de OLEIROS FEVEREIRO 20102

e-mail: [email protected].: 272 107 999

Agora com pagamento de facturas domésticase carregamento de telemóveis

A barafunda nos preços

dos combustíveis

- Porque é que em muitaslocalidades do País o preço dagasolina e gasóleo são diferentes,mais baixos? Nalguns postos, aforma que encontraram para com-bater a concorrência dos preçosnas grandes superfícies, foioferecer cartões para prémios esenhas de desconto depois numsupermercado aderente. Isto é, aosfins de semana fazem descontosque vão dos 3 aos 6 cêntimos e dãoainda um talão de desconto para osupermercado. Por outro lado,neste supermercado dão-nos se-nhas para entregar na bomba degasolina. Para o consumidor ébom, claro. Mas porque não fazema média dos preços e baixam-nosdurante todos os dias?

Há dias, em viagem pelo nortedo país foi fácil observar o preçoafixado em cada bomba. É umavergonha, como a poucos metrosumas das outras, o preço édiferente. É o mercado a funcio-nar, afirmam.

Para se verificar o diferencialexistente, na realidade, o próprioJornal de Negócios do dia 26afirma, a diferença de preçospraticados pelas gasolineiras epelos supermercados aumentou noterceiro trimestre do ano. Emmédia, o litro de gasolina e de ga-sóleo é 11,1 cêntimos mais baratonos postos de abastecimento dossupermercados. Estes são os“diferenciais trimestrais médiosmais elevados de que há registo”.

Vacina, sim ou não?

- De acordo com dados divul-gados pela OMS (OrganizaçãoMundial de Saúde), no dia 22 doJaneiro, desde a detecção noMéxico em 2009, o vírus H1N1 (Gripe A) já provocou mais de 14mil mortes em todo o mundo. Umnúmero muito significativo e preo-cupante. Em Portugal, o plano devacinação continua a desenrolar-se com normalidade e, agora, emâmbito mais alargado. Se de iníciovários médicos e técnicos de saúde

não aceitaram sequer seremvacinados, agora surge um altoresponsável europeu na televisão aafirmar que nunca esta gripe teve“estatuto” de pandemia. Foi tudointeresse da indústria farmacêutica- afirmou. O desmentido veioseguidamente. Mas, por mim, já alevei há um mês…

Sondagem da Feira do Pinhal

surpreende

- A Câmara Municipal teve acoragem (que louvamos) decolocar na sua Web página umasondagem sobre a questão“Considera que a Feira do Pinhalé um grande evento vantajosopara o desenvolvimento deOleiros?”. As respostas rondam as1.200 e o “Não”, na data em queescrevemos esta nota, vailigeiramente à frente, o que nãodeixa de surpreender e levantar adiscussão sobre este assunto.Sabemos que há quem defenda arealização bienal, com outrascaracterísticas etc. Mas tambémmuitos (quase metade) concordamque a Feira do Pinhal é,efectivamente, o grande evento emOleiros. Pena é que não se possamdeixar sugestões na página, mas…em todas é assim. Por mim játornei público o que penso, em

jeito de sugestões. Gosto darealização deste evento, até pelascomponentes fortemente cultural,em várias vertentes como a arte, amúsica e também pedagógica.

Carnaval de Oleiros

Mais uma vez a Autarquiarealiza o Carnaval Oleirense.Seguindo o modelo de outrosanos, o tema é livre e no dia 16 látemos as nossas Associações,grupos de pessoas ou mesmopessoas individuais a desfilaranimados com as concertinas,bombos e outros instrumentosinventados para o efeito. Costumaser animado e colorido e, este ano,

não fugirá certamente à regra.Momentos de fortes risadascolectivas. Dia de folia emOleiros.

Rali “Rota do Medronho”

Este rali decorre em Oleiros eProença a Nova nos dias 20 e 21 deMarço e insere-se no CampeonatoOpen de Ralis 2010 e vai cobrirtodo o território português com umtotal de 9 provas. Aqui está mais umevento que valoriza Oleiros e quevem chamar a atenção para aimportância desta terra nasrealizações de provas de diversasmodalidades.

Que os Oleirenses apoiem aprova, como de resto sempre apoi-aram. Temos é que pensar em se-mear mais castanheiros, porque ascentenas que enchiam as encostas jáhá muito desapareceram. Já osmedronhos, temos, mas castanhasestamos mais em crise, devido aosfogos de longas e também recentesdatas.

Dignidade na representação

A nossa região esteve muito bemrepresentada na Bolsa de Turismode Lisboa, que decorreu nopavilhão da EXPO. Inclusivamenteesteve presente a nossa muitodignificada Filarmónica. Associa-ção que vai merecer brevemente aténova sede.

Tem jeito para fotografar?Gosta de registar as realidades

rurais que nos identificam e fazemparte da nossa história como Povo?Então pode aproveitar e participarno concurso “Ruralidades – Traçosde uma Identidade” que a CâmaraMunicipal realiza e aceitafotografias até ao dia 19 de Março.Participe procurando evidenciar eaté surpreender com aquele olho defotógrafo que tem captando a au-tenticidade do mundo rural ouevidenciando preocupações com aconservação e protecção do patri-mónio. Não se esqueça que oregisto fotográfico é um teste-munho autêntico!

As trutas que fujam

No dia 1 de Março abre a pesca àtruta, peixe muito apreciado eprocurado nas nossas ribeiras deáguas muito frias, próprias para oseu desenvolvimento. Ao longo dasribeiras foram feitas construçõesque impedem a sua subida, mas jánão é a primeira vez que a Câmarapovoa a ribeira que pequenasanimais desta espécie. Normal-mente, à volta de um prato detruta(s) ou de achegã do Zêzere,com bom vinho a acompanhar,fazem-se convívios muito bonsnesta região.

O Entrudo enterra-se no Orvalho

O dinâmico e importante Grupode Amigos Incondicionais doOrvalho (GAIO) leva a efeito, maisuma vez, o tradicional enterro doEntrudo no dia 16. Nesse dia existeo desfile em Oleiros e logo éenterrado nesta Freguesia. Não dei-xa de ser curioso. Mas vale a penaassistir!n

Luís [email protected]

Semi-breves

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2010 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 3

COMERCIAL E CORRESPONDENTES

O Jornal de Oleiros, ediçõesOnline e em papel, procuracooperação de COMERCIALexperiente, pretendendo acobertura de algumas das zonasabaixo indicadas. Os interessa-dos podem ainda considerar apossibilidade de cooperar com oJornal Povo de Portugal ( ver emwww.jornalpovo deportugal.eu)

. Sertã

. Vila de Rei

. Proença-a-Nova

. Belmonte

. Vila Velha de Ródão

. Covilhã

. Idanha-a-Nova

. Castelo BrancoAgradecemos aos interessados ofavor de enviar email’s para [email protected]@sapo.ptIndicando o que considerem útil pa-ra valorização de candidatura.

Jornal deOLEIROS

Maria de Fátima Saraivaexpõe

no Posto de Turismo

Está patente no Posto deTurismo de Oleiros, até ao dia 13de Fevereiro, a exposição de artesdecorativas, manualidades ebijutaria da autoria de Maria deFátima Saraiva. A autorafrequentou bastantes cursos,workshops e acções de formação,tendo participado num númeroconsiderável de exposições efeiras por todo o país. Actualmentededica-se a ensinar várias técnicasao nível das Artes Decorativas,dando formação e colaborandopedagogicamente nos eventos paraque é convidada.n

Passeio TT Pinhal Total

Realiza-se no dia 20 deFevereiro em Oleiros o 3.º Passeiode TT Pinhal Total, organizadopela Associação com o mesmonome. Este evento, que se tempautado por elevados padrões dequalidade, tem sido bastanteparticipado, esperando-se a vindade centenas de participantesoriundos de vários pontos do país.Segundo a organização, esta 3.ª

edição do passeio “irá levar osparticipantes até alguns dos locaismais espectaculares do concelhode Oleiros, sempre por caminhosalternativos ao habitual alcatrão.São esperadas também boas vistas,divertimento, dificuldades (para

os mais preparados), bons repastose boa companhia. Para maisinformações, consulte o sitewww.pinhaltotal.com.n

Hora do Conto naBiblioteca Municipal

A exemplo de meses anteriores,a Biblioteca Municipal de Oleirospromove no próximo dia 27 deJaneiro, pelas 10H30, mais umaHora do Conto. Desta vez ahistória contada será “O gatoMarau e a sua cartola”, destinadaaos alunos dos Jardins-de-infânciade Estreito, Oleiros e Orvalho e daSanta Casa da Misericórdia deOleiros. Consciente do papel queexerce na formação de futurosleitores, esta infra-estruturacamarária pretende que a “Hora doConto” o desenvolvimento doprazer da leitura a este públicoinfantil, ao mesmo tempo que sepretende que ocupe um lugarimportante nas actividadescurriculares, através de umaprática continuada.n

Concurso de fotografiajá está a decorrer

Iniciou-se no dia 18 de Janeiro oConcurso de Fotografia “Rura-lidades – traços de uma iden-tidade”, promovido pela CâmaraMunicipal de Oleiros. A iniciativapretende que os registos foto-gráficos captem a autenticidade doMundo Rural, no qual sãodefinidos traços que marcam aidentidade do território. Por outrolado, pretende-se também alertarpara a conservação e protecção dopatrimónio, valorizando as me-mórias e a identidade do Concelhode Oleiros. Os trabalhos deverãoser entregues no Gabinete TécnicoFlorestal da autarquia até ao dia 19de Março.n

Naquele tempo, nascíamos emOleiros e em casa. Logo quecomeçava o trabalho de parto, ofuturo pai chamava a parteirapois urgia a sua presença juntoda parturiente. Esta esforçava-separa que tudo corresse bem, semepidural ou qualquer outra ajudaexterna, beneficiando apenas davida saudável que levava e doexercício físico decorrente dotrabalho precoce, em casa ou nocampo. As parteiras Emília eHermínia ajudavam a nascerquase todos os Oleirenses.

Conheci bem a senhoraHermínia. De aspecto frágil erosto moreno, iluminado por umolhar vivo e sorriso afável,transmitia confiança e sereni-dade a quem com ela privava.Respeitada, criava com facili-dade empatia com as futurasmães, o que contribuía para umfinal feliz.

Faço aqui uma singelahomenagem a estas mulheresque, debatendo-se com a falta deformação e de meios técnicos,usando apenas a sua intuição econhecimento de experiênciafeito, transmitido de geração emgeração, tudo fizeram pelonascimento, com sucesso, detantas crianças.

O planeamento familiar nãoestava ainda implementado e asfamílias eram numerosas. Hoje,debatemo-nos com o decréscimoassustador de nascimentos, frutodos problemas sociais e eco-nómicos de todos conhecidos.

Depois do parto, as parteirasprestavam ainda assistência aosrecém-nascidos e às mães. Estasficavam em repouso por váriassemanas, em quartos poucoarejados, tendo uma alimentaçãomonótona onde faltavamalimentos ricos em vitaminas epontificavam a canja de galinhae as fatias douradas (paridas).

No baptizado, que acontecia

pouco tempo depois do parto,com receio da grandemortalidade infantil, era aparteira que levava o bebé à piabaptismal, enquanto a mãeficava em casa a convalescer.

Fernando Namora, no seulivro “Retalhos da vida de ummédico” descreve o que eranascer e viver na Beira Baixa naprimeira metade do séculopassado. O livro relata, comgrande realismo, a vida emMonsanto onde o médico erachamado apenas em ocasiõesextremas, tendo que rivalizarcom crendices e hábitos ances-trais.

O avanço foi grande noscuidados de saúde materno-infantis e é com orgulho quevemos hoje o nosso país ocuparum honroso lugar entre osrestantes países da Europa. Nasnossas maternidades, ondetrabalham profissionais bempreparados e são usados so-fisticados meios técnicos, emque quase tudo está planeado eprevisto, falta por vezes osorriso afectuoso da senhoraHermínia, parteira de profis-são.n

Ana [email protected]

GENTE

Nas nossas habituaissugestões de leitura,

incluímos este mês umaedição da Casa da Comarca daSertã, ver capa, editado em1962, da autoria de MatosGomes.

Recordamos ainda que oSanto Condestável é o Patronoda Casa da Comarca daSertã.n

BREVES

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Rua Cabo da Deveza6160-412 Oleiros

Nascer em Oleiros

Oleiros a pedalar nas Piscinas MunicipaisDepois dos torneios desportivos Oleiros a Correr e Oleiros a Nadar,

tem já início marcado para o próximo dia 1 de Fevereiro a competiçãoOleiros a pedalar, seguindo-se depois no mês de Março o torneioOleiros a Remar. Para além desta vertente mais competitiva, as PiscinasMunicipais de Oleiros continuam a desenvolver o seu ciclo de semanastemáticas, estando agendadas para breve as Semanas da Amizade, doCiclista, dos Namorados e do Carnaval.n

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Com a chegada do mês deFevereiro chega também oCarnaval, onde no já habitualDesfile as Associações podemparticipar e desse modo abri-lhantar ainda mais esse evento.

É também nesta altura, a 20 deFevereiro, que a Pinhal Totalrealiza o seu Passeio anual. Umaoportunidade para desfrutar dasbelas paisagens que nos rodeiam,passar um dia com a natureza e emconvívio com várias dezenas deamantes do Todo-o-Terreno. Umaactividade a não perder.

No passado mês de Janeiro teve

inicio o Campeonato de EscolasNível B da Associação de Futebolde Castelo Branco, onde a Casa doBenfica em Oleiros está repre-sentada com uma equipa. É acontinuidade da aposta destaAssociação nas camadas jovens,que deste modo têm oportunidadede representar o nosso Concelhonum campeonato distrital. Até aomês de Maio, de 15 em 15 dias,poderemos ver estes jovens acompetir no Campo Municipal deOleiros.

Apostar na juventude é umanecessidade, pois os jovens de

hoje serão os homens de amanhã, eé importante que eles cresçam emtodas as áreas. Mas para alémdisso, é também necessário queaqueles que já deram muito a estaterra tenham o seu espaço epossam continuar a demonstrar oquanto gostam de Oleiros. Estou areferir-me em concreto a umaideia que surgiu no final de 2007,que foi a equipa de Velhas Glóriasda ARCO e que na sua primeiraaparição representou condi-gnamente Oleiros num jogo contrao Sport Saudade e Benfica.

Esta equipa de Velhas Glórias daARCO tem tudo para continuar,pois nessa altura foi-lhes oferecidoum equipamento o que a juntar àvontade deles pode permitir queesta equipa avance. Faço daqui umapelo à Direcção da ARCO paraque não deixe cair este projecto eque possa em breve continuar comesta equipa para que não se fiqueapenas por um mero jogo. Decerteza que os Oleirenses irãogostar de ver uma equipa deVelhas Glórias da ARCO competirem vários amigáveis durante oano. Fica aqui o desafio.n

António [email protected]

O consumo dos alimentos porparte das populações rurais, aolongo do ano, sempre dependeu datradição, da tecnologia disponível,da economia das famílias e daestacionalidade. De facto, arranjarestratégias que colmatassem aperecibilidade dos produtos sem-pre foi um desafio e a tecnologiaagro-alimentar, mais ou menosrudimentar, sempre forneceurespostas à Humanidade, nomea-damente ao nível da conservaçãodos alimentos.

Entendendo-se tecnologia comoo conjunto de processos práticosque levam à transformação dematérias-primas em produtosutilizáveis pelo Homem, serálógico entender-se o papel que astécnicas conservativas sempretiveram em tornar alguns dosalimentos aptos para o consumopor um período de vida útil maisalargado e eficiente. Numa alturaem que não existiam frigoríficos,entendemos a função da salgadei-ra como equipamento de conser-vação da carne de porco, porintermédio da acção do sal.

Por outro lado, é também com-preensível a existência de tão vastagama de enchidos de conserva naregião, os quais têm marcado anossa identidade gastronómica. Ofumeiro tradicional assume tam-bém aqui o seu papel, sendo afumagem um processo muitoutilizado na conservação dos pro-dutos, não só pela sua acção sobreos microorganismos, mas tambémpela função anti-oxidante sobre asgorduras ou ao nível da textura.Alguns enchidos, assim como opresunto, eram curados no fumei-ro, podendo os primeiros ser tam-bém conservados no azeite (talcomo os queijos). Outra técnica,consistia em conservar a carne deporco em banha, no sucreiro (umpote de barro vidrado).

O princípio inerente a muitas dastécnicas atrás referidas, consiste emfazer diminuir a humidade doproduto (reduzindo a actividade daágua, tão propícia ao desenvolvi-mento de microorganismos) e isolá-

lo do meio ambiente, suspendendoos fenómenos de decomposição efermentação natural.

A castanha, base da alimentaçãoquotidiana da região antes dadivulgação da cultura do milho,resolvia o problema da falta dealimentos da população deNovembro a Maio. Através de umprocesso de secagem, estas eramdispostas em caniços, por cima dalareira, com o intuito de diminuir aactividade da água. Os figos, porexemplo, eram secos ao sol,enfarinhados e colocados embolsas de pano atadas, as quaiseram colocadas em arcas de ma-deira.

Refiro ainda a cozedura,entendida como utilização docalor sobre um meio normalmentelíquido. No caso dos doces casei-ros, nomeadamente da marmelada,verifica-se a acção desta técnicasobre os açúcares do marmelo.Estes mudam de cor quando sub-metidos a aquecimento e adquiremuma coloração amarelo-acastanha-da, resultado das reacções deMaillard que ocorrem e que têminfluência no aroma e na cor doproduto. A conservação, nestecaso, é assegurada pelo açúcaradicionado. No caso das geleias,estas devem a sua consistênciagelatinosa ao fenómeno de geli-ficação das pectinas dos frutos.

Existem muitos outros exemplosque vulgarmente conhecemos eque poderia aqui nomear, como ocaso do queijo, entendido comoforma de aproveitar o leite atravésda sua coagulação, ou o caso dasazeitonas de conserva. Con-cluindo, a conservação dos pro-dutos é um tema vasto que ajuda aperceber as estratégias de sobrevi-vência das populações e a sua“arte e engenho” para arranjar no-vas soluções alimentares e ao mes-mo tempo, lutar contra a sazo-nalidade e perecibilidade dosalimentos através dos recursostecnológicos disponíveis.n

Inês Martins

Jornal de OLEIROS FEVEREIRO 20104

BIG barSérgio André Martins HenriquesEstr. Nac. 238, Ameixoeira • Telem. 965 839 770

RURALIDADES

O Que Se Vê Daqui

A conservação dos produtos

agro-alimentares

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Desde que a Escuderia CasteloBranco confirmou com asCâmaras Municipais de Oleiros eProença-a-Nova, a realização em20 e 21 de Março, da primeiraedição do Rali Rota do Me-dronho, a contar para o Cam-peonato Open de Ralis 2010, quea animação e o entusiasmo dasgentes dos referidos concelhosnão para de aumentar, impul-sionadas pela dedicação dos seusresponsáveis autárquicos.

Numa iniciativa inédita, asduas edilidades dispuseram-se aefectuar convites específicospara levar os espectadores àszonas espectáculo da prova,convites esses, que serãodistribuídos na BTL - Feira deTurismo de Lisboa, cujo início severificou na FIL - a todosaqueles que estiverem interes-sados em acompanhar a prova,utilizando autocarros disponibi-lizados para o efeito. A possibi-lidade de apreciar a paisagem e agastronomia da região, fazemparte do “menu” proposto, mas ogrande objectivo é ver o RaliRota do Medronho com maiorcomodidade e segurança !

O reconhecimento das clas-sificativas vai iniciar-se aindaantes do final do mês de Janeiro,para permitir a conferencia atem-pada do percurso e a produção do“road-book”, que deverá estar

concluído em finais de Feve-reiro, altura em que também seráestabelecido todo o esquema desegurança da prova, comosempre optimizado pela ex-periência de um clube com maisde 40 anos de tradição em Au-tomobilismo Desportivo, parti-cularmente em ralis.

De qualquer forma, o regu-lamento da prova já está dis-ponível no site da FPAK e indicaque o Rali Rota do Medronhoinclui 76km de Provas Especiais,divididas por quatro passagensduplas na “capital do Medro-nho”, Oleiros (5km) e Urraca(14,9km), durante a manhã edepois Proença-a-Nova (8,5km)e Pergulho (10,6km), paraencerrar a competição durante atarde.

Inicia-se assim o anunciado“upgrade” da prova do Cam-peonato Open de 2010 - que

também conta para o Campeo-nato de Portugal Júnior de Ralis,Troféu Nacional de Clássicos, eCampeonato Regional de Ralis -Centro e ainda para o DesafioModelstand e Troféu Fastbravo.n

2010 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 5

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As populações do Concelho estão hoje maispróximas após a inauguração recente do novopercurso às 3ªs feiras que se inicia às 09H30 em Valeda Lousa para Oleiros e às 15H00 de Oleiros paraVale da Lousa.

O transporte é assegurado pela Rodoviária da BeiraInterior que já assegura outros percursos,nomeadamente:

• Madeirã – Oleiros – Madeirã

• Vilarinho – Cardosas – Sarnadas de S. Simão –Estreito – Oleiros

• Vale do Souto – Mosteiro - Oleiros

• Orvalho – Cambas – Oleiros (percurso escolar)n

NOVOS TRANSPORTES LIGAM FREGUESIAS A OLEIROS

Vá de autocarro ao Rali Rota do Medronho

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Jornal de OLEIROS FEVEREIRO 20106

Capítulo I – Início (CS, nº. 145,3 de Junho 1939)

“Muitos serão os leitores da“Comarca” a encontrar na palestraque nos propusemos trazer apúblico, útil e agradável passatem-po.

Muitos, repetimos, porque mui-tos são os estreitenses que,distantes da terra natal, aguardamansiosamente palavras lisonjeirasacerca do torrão querido que osviu nascer e no qual transpuseramo período áureo da sua infânciadescuidosa. Lá longe, duranteanos consecutivos na defesa dofuturo, raras vezes terão ouvidofalar, com meiguice, da mui dignaProgenitora. Não diremos, pois,como Camões – “receio que falardos meus mal me esteja” – umavez que visamos, muito es-pecialmente, falar dos nossos, nosnossos.

Não obstante, os estranhos quenos lerem algo de bem hão-delucrar, porquanto o conteúdo destasimples palestra constituirá, paramuitos, surpresa sensacional.Surpresa de que existe, no distritode Castelo Branco, esquecidaentre serras, sem vias de comu-nicação compatíveis com as suasnecessidades comerciais e in-dustriais, semelhando, de certomodo, os mal conhecidos sertõesafricanos, uma freguesia – Estreito– cujas virtudes rácicas rivalizamcom as dos restantes talhõesadministrativos do País. É que sãotambém amigos e filhos de Deusos habitantes da freguesia de quese trata. (Provam-no as múltiplascapelinhas, de branco de neve,pelo alto dos montes); – Amigos eescravos do lar que defendem comtodas as veras da alma, não seregistando, aqui, até hoje, mais dedois casos de divórcio; – Amigos edevotados ao trabalho que osabsorve de sol a sol, tanto na épocado calor intenso, como no períododa quadra invernosa. O habitanteda freguesia do Estreito nutre,como predominante, a preocu-pação de revolver o solo o maisque pode, para extrair dele o que

baste à sustentação da família, àsvezes bem numerosa.

Infelizmente, o humilde traba-lhador rural não consegue, pelosuor do seu rosto, no incansávelesforço de cada dia, os indis-pensáveis meios de subsistênciapara si e para os seus. Daí a pro-gressiva emigração da gentelaboriosa do Moradal, com gravesprejuízos da região e dos própriosinteresses nacionais.

Estreito, relativamente a área,população e indústria é a segundafreguesia do concelho de Oleiros.Ladeada pelas freguesias (Oleiros,Cambas e Vilar, Sarnadas, res-pectivamente, a Oeste, Norte,Leste e Sul) estende-se numasuperfície de 90 quilómetrosquadrados (número apro-ximado). Compreende abacia hidrográfica da Ribeirada Sertã, desde a nascente(sítio denominado Prebeques,a 300 graus para o Leste doEstreito), até São Paulo, linhado limite com a freguesia deOleiros que deixa a jusantetoda a vertente esquerda daRibeira do Vilar desde Bor-ralhal, linha divisória comCambas, seguindo para mon-tante até à Foz do Zebro (Alinha de limitação neste pontoquebra para Este, sobre oscumes da Serra do Moradal,confinando com Sarnadas deSão Simão, até às proxi-midades do Pé da Serra – Pa-nascosa); a bacia da ribeira de

Alcova, desde a nascente, (Seladada Escusa) a meia encosta doMoradal, até Foz da Carvalha (Alinha limite com Sarzedas desdePanascosa, por Vale da Figueira,Foz da Carvalha, Formigões,Póvoa Cimeira e Sertã Velha,segue a direcção S.E.).

É acidentado o terreno e aságuas pluviais dão origem a bastascorrentes, algumas assaz cauda-losas. O acto dificulta, princi-palmente no inverno, a comu-nicação entre os diversos po-voados e entre estes e as freguesiascircunvizinhas.

Inconveniente fácil de evitar,dada a condição da Junta defreguesia e limítrofes, em base decomparticipação, tomarem a ini-ciativa da construção de deter-minadas pontes sobre as supracitadas correntes. Pelas quebradas,encostas e cumeadas dos montesque se sucedem a perder de vistas,aninha-se uma população de 2000habitantes, agrupados nos 30pequenos povoados: - Estreito eRoqueiro (aldeias) sendo oEstreito a sede de freguesia.Anexos: Vale de Figueira, Pião,Poeiros, Cova da Azenha, Cardal,Raposeira, Juncosa, Amieirinha,

Bafareira, Povoinha, Vidigal,Vale, São Torcato, Rabisca,Estorneiros, Vale Centeio,Mougueiras de Cima, Pe-rocabeço, Moinho Ferreiro,Espinheiros, Carvalhal, Valede Orvalho, Retaxo, Torre,Ameixoeira, Vale de Ouzan-da, São Paulo, Portela. (Da-mos apenas nota doslugarejos com mais de 5 fo-gos). Os diferentes povoadosafastam-se sucessivamenteda sede, desde 300 até 12.000metros. Oleiros, sede doconcelho encontra-se a 12quilómetros de Estreito, paraOcidente; Cambas a 9 qui-lómetros, para Norte; VilarBarroco a 5 quilómetros paraN.I.; Sarnadas de São Simãoa 6 quilómetros para Este;Sarzedas a 20 quilómetros,para S.I. Antes de 1900 (isto

por largos anos) a gente da Serrade Moradal (serranos) teve comoprimeiro centro comercial apovoação de Sobreira Formosa,concelho de Proença, a “S.O. de”Estreito. Ali iam em caravanas,semelhando animais de carga, etrocavam por “cascos de alho” osprodutos agrícolas que trans-portavam às costas: lã, cera, mel,azeite, vinho, castanha, etc., etc.Sobreira fez-se e progrediu,durante dezenas de anos porvirtude dos contratos de comérciocom a incauta gente de Traz daSerra (Carqueijeiros).

Desde que Sarzedas atingiu umcomércio local sensível, oestreitense transferiu para estalocalidade o centro de troca.Presentemente, em razão da exis-tência da Estrada Distrital –Castelo Branco/Coimbra – deligação com Estreito no alto daFoz Geraldes, (a 10 quilómetrosda sede de freguesia) por caminhovicinal levado a efeito com oesforço particular, tem comoprimeiro centro de procura CasteloBranco.

É de esperar que, em futuropróximo, Estreito consiga prós-pero desenvolvimento comercial.

A região é rica em produtosflorestais e a construção da estrada– 2ª classe – entre Oleiros e FozGeraldes (dotada ultimamente em200 contos) facilitará extraordi-nariamente o intercâmbio com osdemais povos.

Entre as múltiplas variedades deplantas silvestres abundam naregião o pinheiro, urze e me-dronheiro. O pinheiro domina,imponente, desde o apertado valeao elevado cimo dos montes. Vemde propagar-se, de há uns anosatrás, como que por maravilha.Vegeta admiravelmente, atingindoem média o crescimento anual de90 centímetros.”n

João H. Santos Ramos [email protected]

Veja em maior detalhe em:www.jornaldeoleiros.com

Continua na próxima edição

Alguns dados monográficos sobre a freguesia do Estreito

Publicação original no jornal “A Comarca da Sertã” - 1939-1940

Para além do seu interesse intrínseco, a republicaçãodos textos que originalmente publicou no jornal “A Comarca da Sertã” (CS), evoca o insigne mestre de gerações de crianças do Estreito. O primeiro artigo saiu no nº 145, em 3 de Junho de 1939, prosseguindo nos nºs. 148, 155, 164, 192 e 193. Neste último número, em 15 de Maio de1940, anunciava-se continuação que não terá tido. A obra, por isso, teve VI capítulos que, agora, pornecessidade de paginação e espaço serão divididos,sempre com referência dos capítulos originais

Professor António Benjamim Mendes

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Pirotecnia Oleirense fez furor em AngolaTodos nós sabemos que o nosso melhorembaixador, levando bem a todos os cantosdo mundo o nome de Oleiros associado àsua actuação, é a Pirotecnia Oleirense. OPovo de Oleiros raramente batia palmas nofinal de qualquer espectáculo, mas comjoão Paulo à frente desta fábrica de“fazedora” de eventos tudo se modificou. Logo após as suas demonstraçõesdeslumbrantes, as pessoas brindam-no com sonora salva de Palmas.

Desta vez, tivemos em Angola, o consórcio Luso Pirotecnia, onde estáintegrada a Pirotecina Oleirense, a fazer majestosos espectáculos na aberturae na final da Taça das Confederações Africanas de Futebol - CAN 2010. Osespectáculos deixaram as pessoas e entidades impressionadas. Pena Angolanão ter estado na final, mas quem mais mereceu esteve mesmo: O Gana e oEgipto.n

2010 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 7

No último dia da edição de 2010da Bolsa de Turismo de Lisboa(BTL), no passado Domingo, oMunicípio de Oleiros fez-serepresentar e fechou com chave deouro a sua participação nestecertame. A presença de Oleiros naBTL foi abrilhantada pela actuaçãoda Sociedade FilarmónicaOleirense (SFO), a qual fez asdelícias de todos os presentes, emespecial os muitos filhos da terraque se encontravam no local. Ostand da Turismo do Centro tornou-se assim no mais concorrido doPavilhão 1.

Na ocasião, para além do materialde divulgação do concelho, houvetambém lugar para os momentos dedegustação de produtos regionaiscomo os GeoDoces de Oleiros, ageleia de medronho, o bolo de mel,as filhós, a aguardente de medronhoou o vinho Calum, os quais seassumiram como um verdadeirosucesso. No final, o Dr. PedroMachado, presidente da EntidadeRegional de Turismo do Centro dePortugal e a Prof. Doutora AnaAbrunhosa, vice-presidente da

Comissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional doCentro, agradeceram a presença daCâmara Municipal de Oleiros, na

pessoa do vereador Victor Antunes,assim como de todos os executantesda SFO que se encontravam nolocal.n

Os Autarcas do Concelholiderados pelo Presidente da Câmarade Oleiros, uniram-se e obrigaram aEDP a reconhecer que tem vindo adar pouca atenção a continuadasqueixas.

Postes caídos, dificuldades deabastecimento, revisão do sistema deiluminação pública, reorganizaçãoda capacidade de resposta, forammedidas impostas pelas autarquias aque a EDP respondeu positivamente.

Fica provado que a união faz aforça.Os novos elementos da EDPresponsáveis por estas matériasanuíram e reconheceram as falhasanteriores e prometeram agoraresponder com eficácia.n

EMPRESAS & EMPRESÁRIOSMotores de vida, essenciais ao desenvolvimento, passarãomensalmente a ter uma coluna especial de divulgação.O crescimento do concelho é essencial.Nesta conformidade, daremos destaque a investimentos corajosos,criação de postos de trabalho, desenvolvimento.Podem escrever também para:[email protected]

Regulamento Municipal de Uso do FogoEstá disponível para consulta, nas Juntas de Freguesia e Câmara

Municipal de Oleiros, o Regulamento Municipal de Uso do Fogo(Queimas, queimadas, fogos controlados e fogos de artifício). O referidoregulamento tem como objectivo estabelecer o regime de licenciamentode actividades cujo exercício implique o uso do fogo, conforme odisposto no Decreto-Lei n.º 264/2002, de 25 de Novembro, o qualtransfere para as Câmaras Municipais competências dos Governos Civisem matéria consultiva, informativa e de licenciamento. O 0projecto deregulamento poderá ser consultado nos locais indicados, todos os diasúteis, durante o horário de expediente.

Recorde-se que o termo “queima” diz respeito ao uso do fogo paraeliminar sobrantes de exploração, cortados e amontoados, enquanto que“queimada” corresponde ao uso do fogo para renovação de pastagens eeliminação de restolho e ainda para eliminar o material lenhoso e outromaterial vegetal resultante de actividades agro-florestais que estejacortado mas não amontoado. As duas técnicas só são permitidas fora doperíodo crítico e mediante um Índice de Risco temporal de IncêndioFlorestal adequado. No caso das queimadas, estas só são permitidasapós licenciamento pela Câmara Municipal e na presença de técnicocredenciado em fogo controlado, ou, na sua ausência, de equipa debombeiros ou de sapadores florestais. n

Pirotecnia Oleirense

Autarcas de Oleiros obrigam EDP a resolver problemas

Oleiros na Bolsa de Turismo de Lisboa

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Pelo caminho foi recordandoque as “pequenas e médias em-presas representam 98% do tecidoprodutivo”.

Ainda, que “ estas economiasdependem significativamente dosector primário e enfrentam si-multaneamente os problemas dainterioridade”.

Centrou a sua atenção nos

sectores agro-alimentar, a ino-vação nos domínios empresarial,cultural e florestal.

Em Castelo Branco esteve naDanone e Fábricas Lusitana(farinha Branca de Neve) e noCentro de Interpretação do ParqueNatural do Tejo Internacional, emBelmonte no Museu dos Des-cobrimentos, no Fundão esteve naBeira Baga (frutos vermelhos) e naDamar (queijos) deu atenção às

Aldeias de Xisto e esteve naAldeia de Janeiro de Cima ( umadas 24 aldeias que integram a redede Aldeias de Casas de Xisto eainda na Rota dos Fósseis daGeopark - Naturtejo, etc.

A preocupação com a floresta eas indústrias inovadoras do sectorlevou-a à PINORVAL (Oleiros-Orvalho) e à PALSER (Sertã).

Foram dois dias de grandeimportância para a região que viu

crescer o mediatismo através dastelevisões, jornais e rádios, pro-porcionando um melhor conhe-cimento a todos os portuguesesdas potencialidades turísticas (porexemplo) e, ainda, o grande es-forço que está a ser desenvolvidopor empresários inovadores e quenão desistem de enfrentar asdificuldades bem caracterizadaspelo Presidente.

A agenda do Presidente, apertada,a decorrer ao lado de uma crise

profunda que atinge Portugal,também política, não permitiu ou-tras visitas e outros destaques queseriam importantes e se recomen-dam e poderia em Oleiros e Sertãdispor de mais tempo para visitarempresas que lideram no Distrito(Pirotecnia, por exemplo) e outras.

Globalmente foi positiva a visitae, certamente motivadora paratodos, ficando esta nota final sobrea agenda propiciadora de reflexãopara futuras visitas temáticas.n

Jornal de OLEIROS FEVEREIRO 20108

e-mail: [email protected]

Presidente Cavaco Silva dedicou dois dias à Beira Baixa

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2010 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 9

(…) Quem, como eu, desdesempre curioso dos saberes dacozinha, entre muitos outros dodia-a-dia do cidadão comum,acabou por fazer vida entre acomunidade científica, tem ma-téria para divagar em torno dosmuitos pontos de ligaçãoexistentes entre os sabores dacozinha e os saberes, tidos poreruditos, cultivados por estacomunidade. Sabores e saberesandam assim de mãos dadas e atéporque saber é conhecer mastambém é ter sabor.

No domínio das ciênciashumanas, como a História, aEtnografia, a Sociologia e umaparte significativa da Geografia,são particularmente evidentes asprofundas ligações entre osrespectivos saberes e os saborespróprios dos hábitos alimentaresdas populações ao longo dostempos e nas várias latitudes elongitudes. Os recursos alimen-tares variam com paisagem física.Das regiões polares às inter-tropicais, do litoral ao interiordesértico, da planície à montanha,há grandes diferenças na cultura,na agropecuária, na pesca e nacaça, no percurso histórico e comele a evolução dos equipamentos eda tecnologia.

Uma rápida passagem sobre amultitude dos “cheiros” e “tem-peros”, das hortaliças, dos cereaise de tudo o mais que consumimosentre os produtos vegetais, bastapara evidenciar a grande eimediata ligação entre os saberesda Botânica, ou da BiologiaVegetal, como agora se diz, e ossabores dos nossos cozinhados.Poderia começar por evocarGarcia de Orta, contemporâneodas Descobertas e de Luís deCamões, e falar da sua con-tribuição na introdução das ervasaromáticas do oriente na cozinharegional dos portugueses, emgeral, e dos alentejanos, emparticular. Grande botânico, estenatural de Castelo de Vide éigualmente conhecido entre osmineralogistas pelas notáveisreferências às pedras preciosas(gemas) que nos deixou no seulivro “Colóquio dos Simples e

Drogas e Cousas Medicinais daÍndia”, publicado em Goa, em1563. Dentro desta ciênciapoderiam os seus cultores dissertarsobre a Agronomia, assim comosobre a fisiologia e a bioquímicado mundo vegetal e as implicaçõesde toda essa fenomenologia nassensações que nos atingem océrebro através da pituitária e daspapilas gustativas. O raminho dehortelã escaldado nas “sopas dapanela” e o aroma que, deimediato, se espalha no ar tem porbase essências elaboradas pelarespectiva planta e que sãodiferentes das dos orégãos, dospoejos, da hortelã da ribeira, dolouro, dos cominhos e do alho detodos os dias. E a couve do caldoverde, o feijão da feijoada, aalface, o pepino e os pimentos dassaladas, a cebola e o tomate dasceboladas e tomatadas, não sãotodos eles produtos do “ReinoVegetal”? E o azeite, o vinho, opão de milho, de trigo ou decenteio, não são eles parte dessegrande reino?

No que se refere à Zoologia,outro grande domínio das ciênciasbiológicas, são igualmente ime-diatas as associações que sepodem fazer entre a gastronomia eo saber que se cultiva nestadisciplina. Nela o difícil éseleccionar os exemplos, tantassão as fantasias alimentares doshabitantes dos quatro cantos domundo. Das tradicionais “tripas” àmoda do Porto, à expectativa derisco para a saúde face ao espectroda tão falada encefalopatiaespongiforme bovina, ou “doençadas vacas loucas”, das perfumadase gostosas sardinhas na brasa e dosbenefícios da respectiva gordurana regulação do colesterol, àcaldeirada comida ali, na fragata, ameio do Tejo e a saber a maresia,muitos são os pontos de conexãoentre o “Reino Animal” e muitodaquilo que comemos. Do peixe àcarne e do marisco à caça, AZoologia é uma presença domi-nante.

À Química, também ela com“muito pano para mangas” numadissertação deste teor, não faltamtemas. O sal, cujo valor na

culinária ficou glorificado noconto da princesa que, à perguntaque o rei lhe fizera e às irmãs,respondeu “Eu quero tanto aomeu pai, como a comida quer osal...”, é cloreto de sódio, umapenas entre os ácidos, as bases eos sais da ciência, mas também osda poesia de António Gedeão (ouRómulo de Carvalho). Os ácidos

oleico e acético, ou seja, emlinguagem menos erudita, o azeitee o vinagre, têm total cabimentono portuguesíssimo bacalhaucozido com todos, ou nas saladasbem temperadas. Carbo-hidratos,lípidos e prótidos, álcoois ealdeídos, e suas propriedadesorganolépticas, isto é, os seusodores e sabores, a sacarose, bemdocinha, em excesso no pacotinhode açúcar, e a cafeína que faz adelícia da “bica”, dois perigos paraa saúde, mas também dois pra-zeres, têm aqui o seu espaço.Todos estes produtos e muitosmais, e as reacções que possi-bilitam, fermentação, hidrólise,oxidação, redução, etc., são aponta do iceberg da participaçãodos saberes da Química na arte decozinhar.

A Física tem, aparentemente,menos por onde se movimentar nocampo da gastronomia e talacontece apenas porque asligações dos seus saberes aossabores culinários não são tãoevidentes. Mas pode explicar oaquecer e o arrefecer, a condução ea convecção térmicas, o congelar edescongelar, a fervura e as dife-renças entre cozer e assar. Pode,ainda, discorrer acerca do verde daalface e das couves, do vermelhodo tomate e das beterrabas, dolaranja da cenoura ou do amarelodo limão, outros tantos “sabores”para os olhos, cores estas que aFísica sabe explicar pelo conhe-cimento que têm da naturezapolicromática da luz branca e domodo como os corpos lhe absor-vem algumas das suas radiações.Pode, também, a partir da sempreapetitosa “tarte de maçã”, fazer aponte para a gravitação universalque Isaac Newton tão bemexplicou no séc. XVII, ou aindaaventar que esta era a sobremesapreferida de Albert Einstein e criarassim pretexto para falar da obrade uma das figuras mais ilustres dahumanidade, não só como físico,mas também como homem.

No domínio do conhecimentoem que profissionalmente meenvolvi, a Geologia, tirando aságuas minerais ou de mesa, nãosão muitos os temas de índole

geológica que permitam acontinuação do exercício quetenho vindo a fazer. O sal do nossosaleiro, cujo uso não é demaisacautelar, produzido nas salinas àbeira-mar, praticamente não diferedo sal-gema que se explora emLoulé e Matacães. Intercalado nasséries sedimentares da base doJurássico, este mineral testemunhaum tempo, há cerca de 200milhões de anos, em que a Eurásiaainda estava unida às Américas ese começou a esboçar o que é hojea parte norte do Oceano Atlântico.O perfumado cozido que se faz nascaldeiras das Furnas, em S.Miguel, num ambiente marcadopelos odores do gás sulfídrico dasfumarolas locais, só é possívelgraças à actividade vulcânicaainda existente nas ilhas açoreanase à energia geotérmica com elarelacionada, dois temas indes-ligáveis da dinâmica interna doglobo terrestre, hoje bem ex-planada na Teoria da Tectónica dePlacas. Saberes acerca de rochas esabores com elas relacionáveis, sóse forem os possíveis de abordar apropósito dos tão apreciados“nacos na pedra”, posto que hárochas boas para o efeito, como é ocaso do basalto, que suporta bem aelevada temperatura a que tem deser aquecido, outras más, comosão o mármore e o calcário, que sedecompõem facilmente pelo calor,e outras assim-assim, com é ovulgaríssimo granito. Mas se seoptasse por dissertar em torno dogás natural, que consumimos nofogão, ou das matérias-primascom que se fabricam os barros, osvidros, os tachos e panelas de ferroou de alumínio, os talheres, desdeos vulgaríssimos “inox” aos deprata, os estanhos, os cristais e asporcelanas e faianças, todos elesobjectos das cozinhas e das mesasde pobres a ricos, ter-se-ia dereferir os combustíveis fósseis, acassiterite, o quartzo, o caulino, obauxito e um nunca mais acabar deminerais e rochas.nComunicação inaugural do Seminário “Os Gestos dos Sabores: da Memória ao Futuro”

A M Galopim de Carvalho

Sabores e Saberes

Quem, como eu, desdesempre curioso dos saberesda cozinha, entre muitos

outros do dia-a-dia docidadão comum, acabou por fazer vida entre acomunidade científica,

tem matéria para divagarem torno dos muitos

pontos de ligação existentesentre os sabores

da cozinha e os saberes,tidos por eruditos,

cultivados por esta comunidade.

Sabores e saberes andamassim de mãos dadas

e até porque saber é conhecer mas também é ter sabor

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Ao debruçarmo-nos um poucosobre as questões da educação eformação pelo velho continente,temos, sem dúvida, alguma quefazer uma viagem até à Finlândiapara nos inteirarmos do seuexcelente sistema de ensino.

Os finlandeses têm um sistemaeducacional que é consideradocomo o melhor da União Euro-peia, segundo a OCDE (Organi-zação para a Cooperação e Desen-volvimento Económico): mais de60% dos alunos ingressa na uni-versidade e os restantes matri-culam-se em cursos de formação

profissional. È difícil encontraralguém que não tenha umdiploma. Afirmam os finlandesesque é uma vontade férrea que osmove, no sentido de cumprirem odever de investirem em si e nassuas capacidades, pois desdepequenos que o papel das mães éincentivar os filhos para o estudo eformação. E isso começa em casae prolonga-se no investimento queo governo aplica na educação, queé bastante considerável, prosse-guindo na franca autonomia dasescolas que efectivamente prepa-ram os seus currículos locais

adaptados à realidade que ascircunda, verificando-se naexigente formação docente econsiderável respeito que senutre por este sector e ainda naatitude e perfil dos alunos faceà aprendizagem: «Cumpremcom os seus deveres, que nãosão poucos e não se queixam»(El País, 23/12/2004). Paraalém disto a rede de bibliotecasé abrangente e presta apoio àeducação escolar tornando oshabitantes ávidos leitoresprovocando elevadas estatísti-cas de literacia.

Desde 2000 que os estudosrealizados pelo ProgramaInternacional de Avaliação deAlunos (PISA) situa os finlan-deses como os melhores daEuropa em matéria de ensinonas áreas da Matemática, Ciên-cias e proficiência de leituraque são os parâmetros testadospor aquele programa, emalunos com 15 anos de idade.

Dizem os especialistas que osucesso educativo está no“Aprender fazendo”, pois assalas de aula são verdadeiroslocais de determinação demetas a atingir, por parte dospróprios alunos, que trabalhamde acordo com o seu ritmo e naqual se movem livremente,respeitando acima de tudo aautoridade docente, que não écontestada e permite que osprofessores se sintam digni-

ficados e não recorram a métodosmais autoritários para manter aordem ou eventuais situaçõesconflituosas. O ideal educativo,para os finlandeses, é criar um laçoentre o educador e o aluno, demodo a registar-se uma relação deconfiança que permite poucasmudanças para os alunos, ao longodas etapas do aprendizado básico.Cada aluno, mais rápido ou maislento, recebe as tarefas de acordocom as suas necessidades.

Obviamente que para que umsistema assim tivesse sucesso foinecessário implementar políticascentradas no desenvolvimento doindivíduo, em quanto parteintegrante e importante do desen-volvimento económico, social ecultural de uma nação e assim, osfinlandeses desde muito cedoperceberam que os investimentoem tal área eram peremptórios.Desde 1919 que princípios básicosrelacionados com a igualdade dedireitos no acesso à educação,educação básica obrigatória einvestimento público são o motepara o sucesso, permitindo quetodos, dos sete aos dezassete anosgozem deste princípio.

As metas de ensino e currículobásico são as mesmas no paísinteiro, no entanto, as escolaselaboram, de acordo com umplano local, o seu próprio currí-

culo, em consonância com asexigências do meio em que estáinserida, dentro de matérias como:idioma corrente, idioma estran-geiro, literatura, estudo ambiental,educação cívica, religião ou ética,história, estudos sociais, mate-mática, física, música, artes,trabalhos manuais e economia do-méstica.

Na Finlândia, a educaçãoescolar abrange um longo períodode tempo: a maioria das pessoasnão se qualifica para as suasprofissões antes dos vinte anos eas que seguem o ensino superiorexigente não o terminam antes dosvinte e cinco anos.

Assim sendo, torna-se impos-sível não termos como referênciaeste sistema de ensino, aqui, empoucas palavras exposto, poismuito mais haveria para dizer. AFinlândia, como país cujas tradi-ções democráticas foram e devemser um exemplo para outrospaíses, apresenta níveis elevadosde literacia que mais nenhum paísconsegue igualar. Ainda que aorganização formal do sistema deensino seja similar à portuguesa, ograu de eficácia não anda nemperto, pois mais de metade dapopulação acima dos quinze anoscompleta o ensino secundário.

Parece-me que não é o sistemade ensino em si, em termosformais e organizacionais, quetorna o exemplo finlandês tãoeficaz e por isso tão imitável, massim as políticas educativas quesão, verdadeiramente, um investi-mento consciente dos dinheirospúblicos na base do desen-volvimento de qualquer nação,como se pudéssemos criar umamáxima para tal exemplo:população instruída, país desen-volvido. Mesmo após a entrada nomercado de trabalho, há a preocu-pação em investir na formação eactualização ao longo da vidacomo um direito inerente àactividade profissional, o quetorna o sistema competitivo emtermos internacionais.

Também algumas mudanças nosistema de ensino português vêmao encontro de algumas ideiasintrínsecas no sistema finlandês,no entanto aplicam-se regras cujosprincípios não foram atempa-damente consignados comobásicos e essenciais à aplicação dequalquer sistema, mais colo-quialmente falando: sem ovos nãose fazem omeletas e o inves-timento é, sem dúvida alguma,razão para o sucesso, apesar de,num artigo anterior, me terreferido ao investimento quePortugal aplica na educação e quena união europeia não é consi-derado dos piores, mas que a meuver não é canalizado da melhorforma.

Para além do referido, a mu-dança de mentalidades é fulcralquando tentamos impor sistemasde outros países cuja cultura édiferente da nossa. Devemos comopais e educadores fomentar, nosnossos filhos, o gosto pela instru-ção, pela aprendizagem, pela ex-celência, embora, ao examinarmoso caso finlandês, entendamos co-mo é fácil as mães nos primeirosanos incutirem tal “cartaz” nosfilhos, pois passam tempo dequalidade e efectivo com eles.Pergunto-me, no caso português,como é que isso seria possível sema ajuda do governo, sem asverdadeiras políticas de desenvol-vimento?!

De acordo com a característicaque nos é tão peculiar – povo debrandos costumes – vamos assis-tindo placidamente a umaimposição de métodos que não secoadunam com a nossa cultura e lávamos tapando o sol com a pe-neira. E, por isso, não posso deixarde me sentir como FernandoPessoa que almejava um quintoimpério cultural e eu o desejo emtermos educacionais.n

Fevereiro de 2010

Manuela MarquesEmail: [email protected]

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Educação na Europa: Finlândia na ponta da caneta

Os finlandeses têm um sistema educacional que é considerado como

o melhor da União Europeia,segundo a OCDE(Organização para

a Cooperação e Desenvolvimento

Económico): mais de 60% dos alunos ingressa

na universidade e os restantesmatriculam-se em cursos de formação profissional

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2010 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 11

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INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Ficha técnica

Jornal deOLEIROSDirector: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal •Redacção: Rua Jacinto Domingues, 3, 6100 Oleiros • Sede: Rua Conselheiro Martins de Carvalho, 9,1º esq, 1400-069 Lisboa • www.jornaldeoleiros.pt • email daredacção: [email protected] • email do Director: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.pt (emconstrução) • Tiragem: 3 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores:Luís da Silva Mateus, João H. Santos Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, Ana Faria, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana MariaNeves, Ivone Roque, Feliciano Barreiras Duarte • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel AlmeidaNunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Impressão: Gráfica: Coraze, Oliveira de Azeméis • Paginação: Imafix (www.imafix.08.com)

E-mail. [email protected].: 272 321 050

Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários

de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180

Farmácias

Estreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136G.N.R – 272 682 311

Postos de Abastecimento

Galp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

Câmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais/Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura/Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

CONTACTOS ÚTEIS

FOTO DO MÊS

OOnnddee ppooddee eennccoonnttrraarr oo SSeeuu JJoorrnnaall ddee OOlleeiirrooss

. OLEIROS- Papelaria JARDIM

- Papelaria Alves

. ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito6100 Oleiros

. PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-NovaE

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

. CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

. AMEIXOEIRA- BIG barEstação de ServiçoEstª Nacional 238Ameixoeira6 100 Oleiros

. COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque6200-014 Covilhã

VILA DE REI- Quiosque Notícias Novase- Papelaria Tertúlia

SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira,46-A

PAMPILHOSA DA SERRA- Livraria Riscos e Rabiscos

Vilar dos Condes com promoções especiais

O aldeamento turístico Vilar dos Condes, nafreguesia da Madeirã, acaba de criar uma promoçãoespecial de um voucher que inclui 1 noite, pequeno-almoço e uma “cesta mimos”. Num formato bastanteoriginal, este pacote turístico vem numa lage em xistoenvolta em serapilheira, sendo um presente muitosimpático para oferecer a alguém.

Esta unidade de alojamento possui 6 casasindependentes, totalmente equipadas, comcapacidade para 20 pessoas no total. São as Casas doPátio, do Caniço, do Lagar (que dá para uma adega),da Eira, do Forno e a Casa da Camélia. A decoraçãodos espaços serve-se de elementos perfeitamenteenquadrados na ambiência rural circundante. Situadona imensidão do verde do pinhal, este oferece-secomo o local propício ao relaxamento e bem-estar.n

Reunião das Casas do Benfica da Beira Baixa em Oleiros

Em Fevereiro, no auditórioda casa da Cultura de Oleiros,realizou-se a reunião das Casasdo Benfica da Beira Baixa.Esta associação oleirense temtambém programado para o mês de Fevereiro o ITorneio de Damas, Belga e Dominó e no dia 15(Segunda-feira de Carnaval), está agendada umanoite de Karaoke na sede da associação.n

3.º passeio TT Pinhal Total atrai centenas de participantes

A Associação Pinhal Total realiza, no próximo dia20 de Fevereiro, o seu terceiro passeio para veículostodo-o-terreno. O TT Pinhal Total assume-se comouma das provas mais atractivas da região e esperacontar com várias centenas de participantes.

Segundo a organização, esta edição “irá levar osparticipantes até alguns dos locais mais es-pectaculares do concelho de Oleiros, sempre por ca-minhos alternativos ao habitual alcatrão. Sãoesperadas também boas vistas, divertimento, difi-culdades (para os mais preparados), bons repastos eboa companhia”.

A prova conta com o apoio da Câmara Municipalde Oleiros e Junta de Freguesia de Oleiros e temcomo media partners o semanário Reconquista, ojornal Oleiros Magazine e a revista 4 X 4. Osinteressados poderão ainda acompanhar as últimasnovidades da prova no site www.pinhaltotal.com. Asinscrições poderão ser feitas pelo e-mail [email protected] ou ainda através dos contactostelefónicos, 962 692 790, 962 466 129 e 963 018 588,até dia 18 de Fevereiro de 2010.n

”Um aspecto da beleza de Oleiros - foto da cerejeira ao cimo da Vila”

BREVES

Page 12: OLEIROS · Hora do Conto. Desta vez a história contada será “O gato Marau e a sua cartola”, destinada aos alunos dos Jardins-de-infância de Estreito, Oleiros e Orvalho e da

Jornal de OLEIROS FEVEREIRO 201012

Oleiros terá em breve o novo Hospital

É um marco e uma obra para o futuro que a população apreciará,beneficiando das valências disponíveis, em grande número e todas asprincipais.

Jósé Santos Marques, Presidente da Câmara e a Sua equipa, têm bonsmotivos de orgulho.n

«Deus solus scrutator cordium est»Só Deus sabe o que vai na alma,Como entristece o nosso coraçãoAquela saudade em turbilhãoNa manhã e tarde calmaDos corredores e salas de aula…

Partiu! Há um ano,Sem justo aviso.Entregando o corpo, a alma e o sorriso.Deixou-nos num momento insano,A sensação da dor.Oh, quiséramos que fosse engano

Quanto te amam os teus e nós,Colegas do trabalho, das alegriasDa luta, da garra, do amor e do rigorEm tudo o que fazias.Estamos tão sós,Chorando em silêncio dolorido.

Lá, onde estás agora,Ó valorosa amiga,

Recorda-nos, em paz e comunhãoComo nós a ti, na sensaçãoDe que a distância não importa E, um dia, certeiroComo quem bate à portaNos veremos.

Até sempre, querida Júlia Matos

Manuela MarquesEmail: [email protected]

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