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1 ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018) IRS Eliminação da exclusão de tributação dos “vales educação” rendimentos da Categoria A Passam a ser tributados como rendimento do trabalho dependente na sua totalidade, os valores auferidos a título de “vales educação”, eliminando-se, assim, a exclusão de tributação até ao limite de € 1.100 por dependente de que tais valores beneficiavam. Mantem-se a exclusão de tributação para os “vales infância” atribuídos nas condições previstas na legislação que regula as condições de emissão e atribuição destes vales sociais e para os benefícios imputáveis à utilização e fruição de realizações de utilidade social e de lazer mantidas pela entidade patronal, em beneficio dos familiares do pessoal e desde que tenham carácter geral. IRS Exclusão de tributação de rendimentos da Categoria A funções ou comissões de caráter público no estrangeiro Passa a estar excluída de tributação uma percentagem dos rendimentos brutos de trabalho dependente auferidos pelos sujeitos passivos que desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de caráter público ao serviço do Estado Português. A percentagem concreta que beneficiará da mencionada exclusão de tributação deverá ser fixada para cada país de exercício das funções, por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e dos negócios estrangeiros, tomando em consideração a relação de paridade de poder de compra entre Portugal e cada um dos países em causa. Esta exclusão só é aplicável aos contribuintes que não aufiram já outro abono isento ou não sujeito a IRS atribuído com a mesma finalidade. IRS Exclusão de tributação das bolsas atribuídas aos praticantes de alto rendimento desportivo e respetivos trinadores Alarga-se o elenco das bolsas excluídas de tributação em IRS, do qual passam agora a constar as bolsas atribuídas aos treinadores de praticantes de alto rendimento desportivo pelo Comité Olímpico de Portugal, pelo Comité Paralímpico de Portugal ou pela respetiva federação titular do estatuto de utilidade pública desportiva. IRS Exclusão de tributação das compensações e subsídios pagos aos bombeiros voluntários por municípios e comunidades intermunicipais Deste novo elenco alargado passam também a constar as compensações e subsídios relativos à atividade voluntária dos bombeiros, postos à disposição destes pelos municípios e comunidades municipais, seja no âmbito do dispositivo especial de combate a incêndios, seja no âmbito do dispositivo conjunto de proteção e socorro na Serra da Estrela. IMPOSTO/ DIPLOMA ALTERADO ASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018 DIREITO FISCAL NEWSLETTER

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IRS

Eliminação da exclusão de tributação dos “vales educação” – rendimentos da Categoria A

Passam a ser tributados como rendimento do trabalho dependente na sua totalidade, os valores auferidos a título de “vales educação”, eliminando-se, assim, a exclusão de tributação até ao limite de € 1.100 por dependente de que tais valores beneficiavam.

Mantem-se a exclusão de tributação para os “vales infância” atribuídos nas condições previstas na legislação que regula as condições de emissão e atribuição destes vales sociais e para os benefícios imputáveis à utilização e fruição de realizações de utilidade social e de lazer mantidas pela entidade patronal, em beneficio dos familiares do pessoal e desde que tenham carácter geral.

IRS

Exclusão de tributação de rendimentos da Categoria A – funções ou comissões de caráter público no estrangeiro

Passa a estar excluída de tributação uma percentagem dos rendimentos brutos de trabalho dependente auferidos pelos sujeitos passivos que desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de caráter público ao serviço do Estado Português.

A percentagem concreta que beneficiará da mencionada exclusão de tributação deverá ser fixada para cada país de exercício das funções, por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e dos negócios estrangeiros, tomando em consideração a relação de paridade de poder de compra entre Portugal e cada um dos países em causa.

Esta exclusão só é aplicável aos contribuintes que não aufiram já outro abono isento ou não sujeito a IRS atribuído com a mesma finalidade.

IRS

Exclusão de tributação das bolsas atribuídas aos praticantes de alto rendimento desportivo e respetivos trinadores

Alarga-se o elenco das bolsas excluídas de tributação em IRS, do qual passam agora a constar as bolsas atribuídas aos treinadores de praticantes de alto rendimento desportivo pelo Comité Olímpico de Portugal, pelo Comité Paralímpico de Portugal ou pela respetiva federação titular do estatuto de utilidade pública desportiva.

IRS

Exclusão de tributação das compensações e subsídios pagos aos – bombeiros voluntários por municípios e comunidades intermunicipais

Deste novo elenco alargado passam também a constar as compensações e subsídios relativos à atividade voluntária dos bombeiros, postos à disposição destes pelos municípios e comunidades municipais, seja no âmbito do dispositivo especial de combate a incêndios, seja no âmbito do dispositivo conjunto de proteção e socorro na Serra da Estrela.

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IRS

Regime Simplificado – rendimentos empresariais e profissionais – Categoria B; deduções

Uma das modificações mais significativas operadas pelo OE2018 verifica-se ao nível da determinação do rendimento coletável dos rendimentos de Categoria B (rendimentos empresariais ou profissionais), ao abrigo do regime simplificado.

Prestações de Serviços dos Sócios à Sociedade:

O cálculo do rendimento tributável passa fazer-se mediante a aplicação de um coeficiente de 1 aos rendimentos decorrentes de prestações de serviços efetuadas a sociedades nas quais o sujeito passivo detenha, direta ou indiretamente, pelo menos 5% das respetivas partes de capital ou direitos de voto, durante mais de 183 dias do período de tributação.

Idêntico coeficiente (de 1) será aplicável aos rendimentos decorrentes de prestações de serviços efetuadas a sociedades nas quais o sujeito passivo, o seu cônjuge ou unido de facto e os respetivos ascendentes e descendentes, detenham, conjunta e direta ou indiretamente, pelo menos 25% das respetivas partes de capital ou direitos de voto, durante mais de 183 dias do período de tributação.

Prestações de Trabalhadores Independentes:

No caso das atividades profissionais previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º do CIRS, bem como de outras prestações de serviços, passa a prever-se que a dedução ao rendimento tributável que decorre da aplicação dos coeficientes legalmente previstos está parcialmente condicionada, em 15% do valor dos rendimentos brutos, à verificação de encargos e despesas efetivamente suportados.

As despesas e encargos elegíveis para contabilização para efeitos de justificação são elencados pelo legislador, entre elas se contando, a título de mero exemplo:

1) € 4.104,00 ou, quando superiores, os montantes comprovadamente suportados com contribuições obrigatórias para regimes de proteção social, conexas com a atividade e não dedutíveis ao abrigo das regras do regime simplificado; e

2) Despesas incorridas com a atividade e legalmente previstas, tais como as despesas com pessoal a título de remunerações, ordenados ou salários;

3) Despesas em rendas de imóveis afetos à atividade empresarial ou profissional, desde que devidamente comunicadas à AT;

4) Uma percentagem do valor patrimonial tributário dos imóveis afetos à atividade empresarial ou profissional;

5) Despesas com a aquisição de bens e prestação de serviços relacionadas com a atividade, desde que devidamente comunicadas à AT;

Não obstante, importa sublinhar que, na circunstância de as despesas e encargos acima descritos sob os números 3, 4 e 5 estarem afetos apenas parcialmente à atividade empresarial ou profissional, serão considerados apenas em 25%.

IRS

Mais-valias – diferimento do momento da tributação dos ganhos decorrentes da reafetação de imóvel ao património particular

Estabelece-se o diferimento da tributação da mais-valia resultante da reafectação ao património particular de imóvel habitacional anteriormente afeto a atividade empresarial ou profissional nas situações em que o imóvel em causa seja afeto à obtenção de rendimentos prediais, por todo o período em que se verificar tal afetação.

IRSMais-valias imposto obtidas por não residentes

Passam a considerar-se como rendimentos obtidos em território português as mais-valias resultantes da transmissão onerosa de partes de capital ou de direitos similares em sociedades ou outras entidades, desde que, em qualquer momento durante os 365 dias anteriores, o valor dessas partes de capital ou direitos resulte, direta ou indiretamente, em mais de 50%, de bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis situados em território português. Excluem-se os bens imóveis afetos a atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que não consista na compra e venda de imóveis.

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IRS Taxas – ampliação do número de escalões

Ampliação do número de escalões da tabela das taxas gerais do IRS de cinco para sete, através da introdução de dois novos escalões, conforme tabela infra:

Rendimento Coletável (€) TaxaNormal (A) %

TaxaMédia (B) %

Até 7.091 14,50 14,500

De mais de 7.091 até 10.700 23,00 17,367

De mais de 10.700 até 20.261 28,50 22,261

De mais de 20.261 até 25.000 35,00 24,967

De mais de 25.000 até 36.856 37,00 28,838

De mais de 36.856 até 80.640 45,00 37,613

Superior a 80.640 48,00 -

IRS Mínimo de existência

Em primeiro lugar, verifica-se um aumento do valor do mínimo de existência, que passa a ser calculado com base no Indexante dos Apoios Sociais, alterando dos € 8.500 atuais, para € 9.006,90, se o IAS vier a ser fixado em € 428,9.

Em segundo lugar, verifica-se uma ampliação do âmbito de aplicação do mínimo de existência, que passa a aplicar-se também aos rendimentos decorrentes do exercício de atividades profissionais independentes constantes do elenco previsto no artigo 151.º do Código do IRS, com exceção do código 15, ou seja, das “Outras atividades exclusivamente de prestação de serviços – Outros Prestadores de Serviços”.

Por último, vem estabelecer-se que o mínimo de existência não poderá ser inferior ao valor anual da retribuição mínima mensal.

IRSOpção pela tributação às taxas progressivas – Não residentes

Em virtude das alterações introduzidas no artigo 72.º do Código do IRS, os sujeitos passivos residentes em Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, desde que neste último caso, exista intercâmbio de informações em matéria fiscal, passam a poder optar por uma tributação das mais valias (alienação onerosa de bens imóveis e cessão onerosa de posições contratuais relativos a bens imóveis), outros rendimentos auferidos por não residentes não sujeitos a retenção na fonte a taxas liberatórias e os rendimentos prediais à taxa autónoma de 28% ou por uma tributação às taxas progressivas do artigo 68.º, n.º 1, do mesmo Código, previstas para os residentes em território português.

IRS Deduções – despesas de formação e educação

Por força da alteração do artigo 78.º - D, do Código do IRS, passam a poder ser deduzidas à coleta, como despesas de educação, as despesas relativas ao arrendamento de imóvel ou parte de imóvel a membros do agregado, com idade até 25 anos e a frequentar estabelecimento de ensino integrado no sistemas nacional de educação ou reconhecido como tendo fins análogos pelos ministérios competentes, ou por entidades reconhecidas pelos ministérios que tutelam a área da formação profissional, situado a mais de 50Kms da residência permanente do seu agregado familiar, desde que suportadas por faturas ou documento comprovativo do arrendamento de estudante deslocado, devidamente comunicadas à Autoridade Tributária.

O valor dedutível a título de rendas está sujeito a um limite máximo de € 300 anuais.

Por último, importa salientar que os agregados familiares que atinjam o limite de € 800 dedução de despesas de educação poderão beneficiar de um aumento deste limite em € 200, quando a diferença diga respeito às sobreditas rendas.

IRS

Norma Transitória – declaração de rendimentos relativa a 2017

Permite a declaração na Modelo 3 respeitante a 2017, a apresentar em 2018, dos encargos suportados suscetíveis de determinarem deduções à coleta com exceção dos referentes a despesas gerais e familiares e da dedução relativa à exigência de factura.

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IRS

Autorização Legislativa – sharing e aquisição de unidades de energia solar

Através do OE2018 o Governo obteve a autorização necessária para modificar o regime das deduções à coleta pela exigência de factura, no sentido de alargar o âmbito destas deduções de modo a abranger o IVA suportado com a aquisição de serviços de mobilidade na modalidade de sharing (p. ex., bike ou car sharing) e o IVA suportado com a aquisição de unidades de energia solar a entidades com a devida Classificação das Atividades Económicas (“CAE”).

EBF/IRS (aditamento)

Incentivo à recapitalização de empresas

É criado um benefício fiscal aplicável às entradas de capital em dinheiro a favor de uma sociedade na qual o sujeito passivo detenha uma participação social e que se encontre na situação de perda de metade do capital prevista no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, pelo qual passa a poder deduzir até 20% do valor dessas entradas ao:

1) Montante bruto dos lucros colocados à disposição por essa sociedade; ou2) Saldo apurado entre as mais-valias e menos-valias realizadas, no caso de

alienação dessa participação social.

A sobre mencionada dedução poderá ser efetuada logo no ano em que sejam realizadas as entradas em capital e nos cinco anos seguintes.

IRC

Tributação das Mais Valias Indirectas na Venda de Sociedades Não Residentes com Imóveis em Portugal

Por força da alteração introduzida no artigo 4.º, operou-se uma extensão territorial da obrigação de imposto, passando a considerar-se como obtidos em território português e, consequentemente, sujeitos a tributação em Portugal, os ganhos decorrentes da transmissão onerosa de partes de capital ou de direitos similares em sociedades ou outras entidades não residentes em território português, desde que, em qualquer momento durante os 365 dias anteriores à transmissão, o valor dessas partes de capital ou direitos resulte, direta ou indiretamente, em mais de 50%, de bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis situados em território português. Excluídos ficam os bens imóveis afetos a atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que não consista na compra e venda de imóveis.

IRC

Obrigação de Organizar Contabilidade com Recurso a Meios Informáticos

Às obrigações contabilísticas atualmente previstas das pessoas coletivas e outras entidades residentes em território português e que exerçam, a título principal, atividade comercial, industrial ou agrícola, acrescenta-se uma nova, pela via da modificação do artigo 17.º, e que é a de que a contabilidade destas entidades esteja organizada com recurso a meios informáticos.

IRC

Não Dedutibilidade da Contribuição Extraordinária sobre a Indústria Farmacêutica

Ao elenco de encargos não dedutíveis para efeitos fiscais previstos no artigo 23.º-A adita-se uma nova alínea, que determina a não dedutibilidade dos gastos com a contribuição extraordinária sobre a indústria farmacêutica.

IRCDeterminação do lucro tributável – créditos incobráveis

Por força das alterações introduzidas no artigo 41.º, os créditos incobráveis passam a poder ser considerados como gastos ou perdas, mesmo quando contabilisticamente já tenham sido reconhecidos como gastos em períodos de tributação anteriores, quando não tenha sido admitida perda por imparidade.

Entre as situações em que, nos termos deste artigo, se pode considerar este tipo de créditos diretamente como gastos ou perdas, passam a constar as seguintes:

1) Quando, em processo de insolvência, quando a mesma for decretada de carácter limitado ou quando for determinado o encerramento de processo de insolvência por insuficiência de bens, ou após a realização do rateio final, se verifique o não pagamento definitivo do crédito em causa;

2) Quando em sede de processo de insolvência ou processo especial de revitalização, seja proferida sentença de homologação do plano de insolvência ou do plano de recuperação, que preveja o não pagamento definitivo do crédito.

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IRC

Adopção de um Critério de Imputação Proporcional a Gastos com Estabelecimentos Estáveis situados fora de Território Português

Acrescenta-se um novo número 12 ao artigo 54. -A do Código do IRC, pelo qual se impõe ao sujeito passivo, para efeitos de determinação do lucro tributável imputável a cada estabelecimento estável, a adoção de critérios de imputação proporcional adequados e devidamente justificados para a repartição dos gastos, perdas ou variações patrimoniais negativas, relacionadas tanto com operações do estabelecimento, como com operações do próprio sujeito passivo.

IRC

Prorrogação Automática da Opção de Tributação de Gastos de Financiamento Liquido dos Grupos Fiscais.

Correção por Efeito da Contribuição Extraordinária sobre a Industria Farmacêutica

Não obstante as alterações introduzidas neste artigo, 67.º, mantém-se o período de duração mínimo de três anos da opção da sociedade dominante pela limitação à dedutibilidade dos gastos de financiamento líquidos no âmbito de um grupo de sociedades abrangido pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”).

Simplesmente, e ao contrário do que sucedia anteriormente, prevê-se agora a prorrogação automática de tal opção por períodos de um ano, salvo em caso de renúncia, que deve ser comunicada à Autoridade Tributária (“AT”) através do envio, por transmissão eletrónica de dados, da declaração de alterações (artigo 118.º do Código do IRC), até ao fim do 3.º mês do período de tributação em que se pretende renunciar à opção.

Por último, passa a prever-se que, para efeitos da determinação dos gastos de financiamento líquidos, o resultado deve ser corrigido da contribuição extraordinária sobre a indústria farmacêutica.

IRC

Aumento da Derrama Estadual de 7% para 9% para Lucros acima dos 35M€

Em matéria de derrama estadual, verifica-se um aumento da taxa adicional que incide sobre a parte do rendimento tributável que exceda € 35.000.000, de 7%, para 9%.

IRC

Não Dedutibilidade de Quaisquer Valores aos Montantes Devidos a Titulo de Tributações Autónomas

Em matéria de tributações autónomas, passa a prever-se expressamente a impossibilidade de efetuar quaisquer deduções ao montante global de tributação autónoma apurado, ainda que as deduções em causa resultem de legislação especial.

Note-se, não obstante, que a esta norma é atribuída natureza interpretativa.

IRC

Nova Forma de Apuramento do IRC no Caso de Falta de Entrega da Declaração Modelo 22

Em virtude das modificações operadas sobre o artigo 90.º, passa a prever-se que, na falta de apresentação da declaração Modelo 22, a liquidação de IRC será efetuada tendo por base o maior dos seguintes montantes:

1) A matéria coletável determinada com base nos elementos à disponibilidade da AT e segundo as regras do regime simplificado, com aplicação do coeficiente de 0,75;

2) A totalidade da matéria coletável do período de tributação mais próximo que se encontre determinada;

3) O valor anual da retribuição mínima mensal.

Em consonância com estas alterações, revoga-se a al. c) do número 1 do artigo 90.º, de acordo com a qual, na falta de liquidação com base na declaração Modelo 22 ou com base nos critérios subsidiários, aplicáveis em caso de falta de apresentação de tal declaração, a liquidação teria por base os elementos de que a AT dispusesse.

IRC

Exclusão do incentivo fiscal à produção cinematográfica e audiovisual – Incentivo que Passa a Estar Regulado no Artigo 59-F do ENF

Para efeitos do cálculo do resultado de liquidação, esclarece-se que em virtude da nova redação da al. h) do número 2 do artigo 92.º está excluído o benefício fiscal à produção cinematográfica e audiovisual nos novos termos em que este é previsto no artigo 59.º-F do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

IRC

Aumento do Pagamento Adicionais por conta na Parte do Lucro Tributável Superior a 35M€ – de 6,5% para 8,5%

No que à determinação do montante devido a título de pagamentos adicionais por conta diz respeito, verifica-se um aumento da taxa que incide sobre a parte do lucro tributável superior a € 35.000.000, de 6,5%, para 8,5%.

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(OE2018)

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IRC Dispensa de Entrega de Declaração Modelo 22

Por força das alterações introduzidas no artigo 117.º, deixam de estar obrigadas à apresentação da declaração de rendimentos Modelo 22 as entidades que apenas aufiram rendimentos não sujeitos a IRC, exceto quando estejam sujeitas a uma qualquer tributação autónoma.

IRC

Obrigação de Entrega de Declaração em casos de Venda de Sociedades Não Residentes com Imóveis em Portugal

Por outro lado, as entidades que não tenham sede nem direção efetiva em território português, e que neste obtenham rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável aí situado, passam a estar obrigadas a enviar a declaração de rendimentos Modelo 22 também relativamente a ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes capital ou direitos similares em sociedades ou outras entidades quando, durante os 365 dias anteriores, o valor dessas partes de capital ou direitos resulte, direta ou indiretamente, em mais de 50%, de bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis situados em território português. Excluídos ficam os bens imóveis afetos a atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que não consista na compra e venda de imóveis.

Em caso de dissolução de sociedade, estabelece-se agora a obrigação de enviar:

1) A declaração de rendimentos relativa ao período desde o início do período de tributação em que se verificou a dissolução até à data, até ao último dia do 5.º mês seguinte ao da dissolução;

2) A declaração relativa ao período decorrido entre o dia seguinte ao da dissolução e o termo do período de tributação em que esta se verificou, até ao último dia do 5.º mês seguinte ao da dissolução.

IRC

Consignação de Receita de IRC ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (“FEFSS”)

Em matéria de consignação de receita de IRC, vem o OE2018 estabelecer como receita do FEFSS o valor correspondente a 2 pontos percentuais (“p.p.”) das taxas previstas no Capítulo IV do IRC.

Esta consignação será efetuada de forma faseada, nos seguintes termos:

1) 0.5 p.p., em 2018;2) 1 p.p., em 2019;3) 1,5 p.p., em 2020;4) 2 p.p., em 2021.

IRCNorma Transitória – Regime de Tributação pelo Lucro Consolidado

À semelhança das suas predecessoras de 2016 e 2017, a Lei do OE2018 contém uma norma transitória de acordo com a qual deverá ser incluído, no lucro tributável referente ao período de tributação de 2018, o montante correspondente a um quarto dos resultados internos que tenham sido eliminados ao abrigo do anterior regime de tributação pelo lucro consolidado, que vigorou até ao ano de 2000, e que, tendo nessa data transitado para o RETGS atualmente em vigor, não tenha sido objeto de tributação até ao termo do período de tributação de 2016.

Pela mesma norma transitória é criada uma obrigação de efetuar um pagamento por conta autónomo durante o mês de julho de 2018 ou, no caso de períodos de tributação não coincidentes com o ano civil, durante o sétimo mês do período de tributação de 2018, cujo montante será determinado através da aplicação da taxa de IRC sobre o valor que, por força desta norma transitória, deverá ser incluído no lucro tributável.

O montante apurado nos termos acima descritos e entregue a título de pagamento por conta autónomo será dedutível ao imposto a pagar na liquidação de IRC relativa ao período de tributação de 2018.

No número 3 da norma que agora se analisa, esclarece-se, ainda, que em caso de cessação do RETGS ou renúncia à sua aplicação, deverá ser incluído na base tributável, na sua totalidade, o montante dos supra referidos resultados internos ainda pendentes.

Por último, dispõe esta norma transitória que os contribuintes deverão dispor de informação e documentação que demonstre os montantes dos resultados internos pendentes de tributação, elementos estes que deverão ser incluídos no processo de documentação fiscal.

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IVACréditos incobráveis – possibilidade de recuperação

Por força das alterações introduzidas no artigo 78.º-A, esclarecem-se os momentos relevantes para a dedução de créditos incobráveis no âmbito de processos de insolvência ou de revitalização:

1) Em processo de insolvência, quando a mesma for decretada de caráter limitado ou quando for determinado o encerramento do processo por insuficiência de bens ou após a realização do rateio final, do qual resulte o não pagamento definitivo do crédito;

2) Em sede de processo de insolvência ou de processo especial de revitalização, quando seja proferida sentença de homologação do plano de insolvência ou do plano de recuperação que preveja o não pagamento definitivo do crédito.

IVALiquidação de imposto – caducidade

À regra geral prevista no número 1 do artigo 94.º, segundo a qual só pode ser liquidado imposto nos prazos e nos termos previstos nos artigos 45.º e 46.º da Lei Geral Tributária, adita-se uma exceção. Deste modo, o prazo de caducidade da liquidação adicional de imposto emitida nos casos em que o adquirente não efetue a retificação da dedução do IVA exigida para a recuperação pelo sujeito passivo do imposto associado a créditos de cobrança duvidosa passa a contar-se a partir da notificação do adquirente pela AT para que este efetue a referida retificação, a favor do Estado, da dedução inicialmente efetuada.

IVA Taxa reduzida de IVA – ampliação

O OE2018 introduziu também modificações na lista de bens e serviços sujeitos à taxa reduzida de IVA. Passa a beneficiar da taxa reduzida as empreitadas de reabilitação de imóveis que sejam contratadas diretamente para o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado pela sua sociedade gestora.

IVA Taxa intermédia de IVA – ampliação

Os instrumentos musicais, até então abrangidos pela taxa normal de IVA, passam a estar abrangidos pela taxa intermédia

IVAPagamento do imposto – autoliquidação nas importações de bens

Com a revogação da alínea d) do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA, o facto de os sujeitos passivos beneficiarem do diferimento do pagamento do IVA relativo a importações anteriores deixa de ser impeditivo da adesão ao regime da autoliquidação do IVA.

IVA

Autorização Legislativa – ampliação da lista de bens e serviços sujeitos a taxa intermédia

Em matéria de IVA, são várias as autorizações legislativas concedidas ao Governo pela Lei do OE2018.

Assim, e desde logo, fica o Governo autorizado a alterar, até ao termo do ano económico, a verba 3.1 da Lista II do Código do IVA, por forma a aplicá-la a outras prestações de serviços de bebidas, alargando-a a bebidas que atualmente se encontram excluídas.

IVA Autorização Legislativa – produtos silvícolas

Além disso, fica ainda autorizado o Governo a, no mesmo prazo, prever a aplicação da regra de inversão do sujeito passivo aos adquirentes de cortiça, madeira, pinhas e pinhões com casca que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem operações que conferem o direito à dedução total ou parcial do imposto. Esta autorização legislativa fica contudo dependente da obtenção de decisão favorável por parte das instituições europeias competentes.

IVAAutorização Legislativa – simplificação das obrigações declarativas

A Lei do OE2018 concede ainda autorização ao Governo para proceder a uma simplificação da forma de cumprimento das obrigações declarativas (entre as quais as referentes à declaração periódica e à emissão de faturas simplificadas) por parte dos sujeitos passivos que exerçam atividades dos parques de diversão e temáticos ou outras atividades de diversão e recreativas (respetivamente CAE 93210 e CAE 93294).

Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto

Regime do reembolso de IVA a entidades não estabelecidas no Estado Membro do reembolso

Para além das alterações introduzidas no Código do IVA, a Lei do OE2018 operou ainda modificações noutros diplomas avulsos relevantes em sede de IVA, nomeadamente no Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto que estabelece o regime de Reembolso do IVA a Sujeitos Passivos não Estabelecidos no Estado Membro de Reembolso.

Por força das modificações introduzidas, são alterados os valores mínimos dos pedidos de reembolso, bem como as regras de alteração dos pedidos de reembolso apresentados por sujeitos passivos não residentes.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

Alteração ao Decreto- Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro

Isenção de IVA nas vendas de bens efetuadas a viajantes

Em virtude das alterações introduzidas pela Lei do OE2018 ao Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, é reduzido de € 75 para € 50 o valor mínimo aplicável para efeitos de isenção de IVA nas transmissões de bens para fins privados feitas a adquirentes cujo domicílio ou residência habitual não se situe no território da União Europeia que sejam transportados para fora da União Europeia em bagagem pessoal de passageiros.

Nas situações em que não estejam reunidas as condições de que depende a isenção, a AT comunica ao facto ao sujeito passivo vendedor, que deve proceder à liquidação de imposto até ao final do período declarativo seguinte àquele em que foi feita a comunicação.

Segurança Social

Aumento Extraordinário das Pensões

Procede-se, durante o mês de Agosto, a uma atualização extraordinária no montante de € 10,00 das pensões cujo montante global seja igual ou inferior a 1,5 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS).

Para os pensionistas cuja pensão tenha sido atualizada entre os anos de 2011 e 2015, o aumento corresponde a € 6,00.

Ficam abrangidas pelos referidos aumentos as pensões de invalidez, velhice e sobrevivência atribuídas pela Segurança Social e as pensões de aposentação, reforma e sobrevivência do regime de proteção social convergente atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações.

Segurança Social

Acesso ao Complemento Solidário para Idosos

Passa a poder ser reconhecido o acesso ao complemento solidário para idosos para os pensionistas que acedam à pensão através dos seguintes regimes:

a) Regime de flexibilização da idade de pensão de velhice;b) Regimes de antecipação da idade de pensão de velhice, por motivo da natureza

especialmente penosa ou desgastante da atividade profissional exercida, expressamente reconhecida por lei;

c) Regime de antecipação da pensão de velhice nas situações de desemprego involuntário de longa duração.

Segurança Social

Eliminação da redução de 10 % no montante do subsídio de desemprego após 180 dias de concessão

Com a entrada em vigor do OE2018, termina a redução automática de 10% do montante atribuído a título de subsídio de desemprego após 180 dias de concessão do mesmo.

A referida eliminação da redução de 10% aplica-se quer às prestações em curso, quer aos requerimentos pendentes.

Segurança Social

Majoração do montante do subsídio de desemprego e do subsídio por cessação de atividade

O montante diário do subsídio de desemprego e do subsídio por cessação de atividade, com a entrada em vigor do OE2018, passa a ser majorado em 10% nas seguintes situações:

a) Quando, no mesmo agregado familiar, ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união de facto sejam titulares do subsídio de desemprego ou do subsídio por cessação de atividade e tenham filhos ou equiparados a cargo;

b) Quando, no agregado monoparental, o parente único seja titular do subsídio de desemprego ou do subsídio por cessação de atividade.

Na situação referida em a), a majoração é de 10% para cada um dos beneficiários.

Segurança Social

Medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração

Durante o ano de 2018, é prorrogada a medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração, e que consiste na atribuição de uma prestação mensal de valor igual a 80% do montante do último subsídio social de desemprego recebido, durante um período de 180 dias contados a partir da data da apresentação do requerimento que visa obter a concessão de tal benefício.

Passam a ter direito à referida prestação social os beneficiários que se encontrem em situação de desemprego não subsidiado, após cessação do período de concessão do subsídio social de desemprego inicial ou subsequente, desde que, à data da apresentação do respetivo requerimento, tenham decorrido 180 dias após a data da cessação do período de concessão do subsídio social de desemprego (anteriormente, o período em questão era de 360 dias).

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

Segurança Social

Medidas de transparência contributiva

À semelhança do que sucede com as dívidas fiscais, passa a prever-se a publicação de uma lista de contribuintes devedores à Segurança Social, nos termos previstos no disposto na alínea a) do n.º 5 do artigo 64.º da Lei Geral Tributária.

Para o efeito, estabelece-se um sistema de troca de informações entre a Segurança Social e a AT, com vista a detetar situações de incumprimento contributivo, sendo que aquela comunica a esta, até ao final do mês de fevereiro de cada ano, os valores de todas as prestações sociais pagas, incluindo pensões, bolsas de estudo e de formação, subsídios de renda de casa e outros apoios públicos à habitação, por beneficiário, relativas ao ano anterior, e a AT comunica àquela e à Caixa Geral de Aposentações os valores dos rendimentos apresentados nos anexos A, B, C, D, J e SS à declaração de rendimentos do IRS, relativos ao ano anterior, por contribuinte abrangido pelo regime contributivo da segurança social ou pelo regime de proteção social convergente, até 60 dias após o prazo de entrega da referida declaração, e sempre que existir qualquer alteração, por via eletrónica, até ao final do segundo mês seguinte a essa alteração.

Segurança Social

Dispensa de prestação de garantia

No processo executivo do sistema de solidariedade e segurança social, é dispensada a prestação de garantia quando, à data do pedido, o valor em dívida no processo executivo no qual é formulado o pedido de pagamento em prestações for inferior a € 5.000,00 para pessoas singulares, ou € 10.000,00 para pessoas coletivas.

Impostos s/ o Consumo

Impostos Especiais de Consumo – introduções no consumo globalizadas

Com o OE2018 passa a prever-se que as introduções no consumo efetuadas num determinado mês pelos sujeitos passivos que detenham um dos estatutos revistos no Código dos Impostos Especiais de Consumo são globalizadas no mês seguinte, numa única liquidação, processada de forma automática, sendo que, no caso da eletricidade e do gás natural, a liquidação é efetuada no mês seguinte ao período previsto para processamento da e-DIC (i.e., 5.º dia útil do 2.º mês seguinte ao da introdução no consumo).

Impostos s/ Consumo

Impostos Especiais de Consumo – forma e prazo da liquidação

Relativamente às introduções no consumo globalizadas, os sujeitos passivos são notificados da liquidação do imposto até ao dia 15 do mês da globalização, por via eletrónica, de forma automática, através de mensagem disponibilizada na respetiva área reservada na plataforma dos impostos especiais de consumo no portal da AT, sem prejuízo das regras de notificação através do serviço público de notificações eletrónicas associado à morada única digital.

Os sujeitos passivos que não detenham nenhum dos estatutos previstos do Código dos Impostos Especiais de Consumo são notificados da liquidação do imposto, pela estância aduaneira competente, por via postal simples, para o seu domicílio fiscal.

Impostos s/ Consumo

Impostos Especiais de Consumo – prazo de pagamento

O imposto deve ser pago até ao último dia útil do mês em que foi notificada a liquidação, nas situações de introduções no consumo globalizadas e, nas restantes situações, até ao 15.º dia após a notificação da liquidação.

Impostos s/ Consumo

Imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes – Cerveja

Com o OE2018, as cervejas, dependendo do volume de álcool, passam a pagar um imposto que se inicia nos € 8,34 por hectolitro para os volumes de álcool mais reduzidos e vai até aos € 29,30 por hectolitro, para os volumes de álcool mais elevados.

Impostos s/ Consumo

Imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes – bebidas fermentadas, tranquilas e espumantes

As bebidas fermentadas, tranquilas e espumantes (sidras, hidromel, etc.), passam a pagar um imposto de € 10,44 por hectolitro.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

Impostos s/ Consumo

Imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes – bebidas espirituosas

No que respeita às bebidas espirituosas (vodka, whisky, gin) a taxa de imposto sobe para os € 1.386,93 por hectolitro no território nacional, passando a ser de € 1.237,58 por hectolitro na Região Autónoma da Madeira.

Impostos s/ Consumo

Imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes – vinhos licorosos

A tributação sobre os produtos intermédios (vermute, moscatel, vinho do porto) aumenta de € 75,05 por hectolitro para € 76,1 por hectolitro.

Impostos s/ Consumo

Imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes – bebidas açucaradas

Aumento da base de incidência do imposto sobre as bebidas não alcoólicas, que passa a incidir também sobre concentrados, sob outra forma líquida (além de xarope), grânulos ou outras formas sólidas, destinados à preparação das restantes bebidas abrangidas pela incidência deste imposto, nas instalações do consumidor final ou de retalhista.

As taxas de imposto situar-se-ão entre € 8,34 por hectolitro para as bebidas com teor de açúcar inferior a 80 gramas por litro, e € 16,69 por hectolitro no caso das bebidas com teor de açúcar igual ou superior àquele.

Quanto aos concentrados, as taxas serão de:

1. Na forma líquida:i) € 50,01 por hectolitro para os produtos cujo teor de açúcar seja inferior

a 80 gramas por litro;ii) € 100,14 por hectolitro para os produtos cujo teor de açúcar seja igual

ou superior a 80 gramas por litro;

2. Apresentadas sob a forma de pó, grânulos ou outras formas sólidas:i) € 83,35 por 100 quilogramas de peso líquido para os produtos cujo teor

de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro;ii) € 166,90 por 100 quilogramas de peso líquido para os produtos cujo teor

de açúcar seja igual ou superior a 80 gramas por litro.

Impostos s/ o Consumo

Imposto sobre os Produtos Petrolíferos

A taxa aplicável ao metano e aos gases de petróleo usados como carburante passa a ser de € 133,56/1000 kg e quando usados como combustível é fixada entre € 7,92 e € 9,13/100 kg, sendo igualmente aplicável ao acetileno usado como combustível.

A taxa aplicável ao gás natural usado como carburante passa a ser de € 1,15 por gigajoule e quando usado como combustível é de € 0,30 por gigajoule.

Os produtos classificados pelos códigos de nomenclatura combinada 2701, 2702 e 2704 (hulhas, lenhites, coques) deixam de beneficiar da isenção de ISP, encontrando-se a respetiva tributação prevista em termos graduais até 2021.

A partir de 1 de Janeiro de 2018, a taxa do Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aplicáveis à gasolina com teor de chumbo igual ou inferior a 0,013 gramas por litro (gasolina sem chumbo) é de € 0,556 por litro. Tal alteração implicará, aos preços atuais, um aumento de quase um cêntimo.

Já a taxa do ISP aplicável ao gasóleo rodoviário é de € 0,343 por litro. A mencionada alteração terá como consequência um aumento de cerca de meio cêntimo no preço de cada litro.

Impostos s/ Consumo

Imposto sobre o Tabaco – cigarros

Com o OE2018, a taxa do elemento específico do imposto sobre o tabaco aumenta de € 93,58 para € 94,89 e a taxa do elemento ad valorem diminui de 16% para 15%.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

Impostos s/ o Consumo

Imposto sobre o Tabaco – charutos e Cigarrilhas

O imposto sobre os charutos e sobre as cigarrilhas aumenta igualmente, passando o seu montante mínimo no caso dos charutos a ser de € 405,6 por milheiro e no caso das cigarrilhas de € 60,84 por milheiro.

Impostos s/ o Consumo

Imposto sobre o Tabaco – tabaco de corte fino, restantes tabacos de fumar, rapé, tabaco de mascar e tabaco aquecido

A taxa do elemento ad valorem do imposto sobre o tabaco de corte fino, restantes tabacos de fumar, o rapé, o tabaco de mascar e o tabaco aquecido diminuiu de 16% para 15%.

Acresce que o imposto relativo ao tabaco de corte fino destinado a cigarros de enrolar e restantes tabacos de fumar, ao rapé, ao tabaco de mascar e ao tabaco aquecido não pode ser inferior a € 0,171 por grama.

Impostos s/ o Consumo

Imposto sobre o Tabaco – entrepostos fiscais de produção de produtos de tabaco manufaturado

As autorizações para constituição de entrepostos fiscais de produção de produtos de tabaco manufaturado só podem ser concedidas a pessoas singulares ou coletivas que satisfaçam, cumulativamente os seguintes requisitos económicos mínimos:

1) No Continente:i) Capital social, quando aplicável: € 2.000.000;ii) Volume de vendas anual: € 50.000.000;

2) Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira:i) Capital social, quando aplicável: € 500.000;ii) Volume de vendas anual: € 20.000.000.

ISV

Tabelas da Componente Cilindrada e Ambiental (veículos a gasolina e a gasóleo)

Com o OE2018, volta a ser revista a tabela do ISV, sendo agravada a taxa na componente cilindrada (automóveis até 1000 centímetros cúbicos pagam 0,99 por centímetro cúbico; automóveis entre 1001 e 1250 centímetros cúbicos pagam 1,07 por centímetro cúbico; e automóveis com mais de 1250 centímetros cúbicos pagam 5,06 por centímetro cúbico), sendo igualmente aumentada a parcela a abater em cada escalão.

Na componente ambiental, verifica-se um aumento das taxas tanto no caso de veículos a gasolina, como no caso de veículos a gasóleo.

ISV Isenção

Passam a estar isentos do pagamento de ISV os veículos adquiridos pelas corporações de bombeiros para o cumprimento das missões de proteção civil, nomeadamente socorro, assistência, apoio e combate a incêndios.

Foram igualmente introduzidas alterações relativamente à isenção de ISV aplicável aos veículos propriedade de pessoas que transfiram a sua residência de um Estado-Membro da União Europeia ou de país terceiro para território nacional. O pedido de reconhecimento da isenção de ISV passa a poder ser apresentado no prazo de 12 meses (anteriormente este prazo era de 6 meses) a contar da data de transferência de residência. Acresce que a exigência anteriormente em vigor de que o proprietário fosse detentor de carta de condução pelo período mínimo de residência (12 meses antes da transferência de residência) foi eliminada pelo OE2018.

ISV Isenção – Aquisição por via sucessória

Os veículos propriedade de um residente noutro Estado-Membro ou em país terceiro, adquiridos por via sucessória por um residente em território nacional, podem ser introduzidos no consumo com isenção do ISV, devendo o pedido de benefício ser apresentado no prazo de 24 meses contados a partir da data do óbito, instruído com um certificado passado por um notário ou por qualquer outra entidade competente do Estado-Membro, ou do país terceiro de proveniência, comprovativo da aquisição do veículo por via sucessória.

IUC IsençãoCom a alteração da alínea d) do artigo 5.º do Código do IUC, passam a estar isentos do pagamento de IUC, além das ambulâncias, os veículos dedicados ao transporte de doentes, nos termos da regulamentação aplicável.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

IUC Tabelas – Categorias A, B, C, D, E, F e G

Aumento em cerca de 1,4% no valor do IUC.

Para os veículos da Categoria B matriculados em território nacional após 1 de janeiro de 2017, verifica-se uma redução na taxa adicional de € 38,08 para € 28,92 no escalão “Mais 180 até 250 g/km” de emissões de CO2, e de € 65,24 para € 58,04 no escalão “Mais de 250 g/km” de emissões de CO2.

IMI Adicional ao IMI – incidência subjetiva

As cooperativas de habitação e construção quando exclusivamente proprietárias, usufrutuárias ou superficiárias de prédios para construção de habitação social ou a custos controlados passam a ser consideradas sujeitos passivos do adicional ao imposto e, como tal, deixam de estar isentas do pagamento deste imposto.

IMIAdicional ao IMI – prédios excluídos da base de incidência

Verifica-se um alargamento dos prédios excluídos da base de incidência de Adicional ao IMI.

Se, anteriormente, apenas não era contabilizado o valor dos prédios que no ano anterior tinham estado isentos ou não sujeitos a tributação em IMI, com o novo OE2018, também não deverão ser contabilizados, (i) o valor dos prédios que se destinem exclusivamente à construção de habitação social ou a custos controlados cujos titulares sejam cooperativas de habitação e construção ou associações de moradores; (ii) o valor dos prédios ou partes de prédios urbanos cujos titulares sejam condomínios, quando o valor patrimonial tributário de cada prédio ou parte de prédio não exceda 20 vezes o valor anual do indexante de apoios sociais (que se estima em € 8.426,00) e, ainda, (iii) o valor dos prédios ou partes de prédios urbanos cujos titulares sejam cooperativas de habitação e construção e associações de moradores.

IMI Adicional ao IMI – tributação conjunta

Quanto à opção pela tributação conjunta relativamente ao Adicional ao IMI, dispõe o OE2018 que esta opção se mantém inalterada até ao momento em que os sujeitos passivos casados ou em união de facto decidam em contrário, isto é, é válida até ao exercício da respetiva renúncia (incluindo no caso da opção efetuada no ano de 2017).

IMIAdicional ao IMI – alterações à declaração

Com a introdução de um novo artigo, o artigo 135.º-M, permite-se aos contribuintes, no prazo de 120 dias contados a partir do termo do prazo para pagamento voluntário do imposto, manifestar ou alterar as opções referidas nos artigos 135.º-D (opção pela tributação conjunta) e 135.º-E (heranças indivisas), nos termos aí previstos.

Salvaguarda, não obstante, a decorrência dos prazos em sede de reclamação graciosa, impugnação judicial ou revisão do ato tributário, uma vez que não se admite que da entrega das declarações possa resultar uma ampliação dos prazos que seriam aplicáveis caso estas não tivessem sido apresentadas.

IMIAdicional ao IMI – forma e prazo da liquidação

Quando seja exercida a opção pela tributação conjunta, há lugar a uma única liquidação, sendo ambos os sujeitos passivos solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto.

Acrescem juros compensatórios (nos termos do artigo 35.º da Lei Geral Tributária) quando, por facto imputável ao sujeito passivo, for retardada a liquidação de parte ou da totalidade do imposto devido.

IMI Matrizes prediais

Por último, em matéria de Matrizes Prediais, a informação relativa aos prédios averbados na matriz predial em nome dos sujeitos passivos passa a ser disponibilizada no Portal das Finanças. Caso a matriz não reflita a titularidade dos prédios que integram a comunhão de bens dos sujeitos passivos casados, estes devem comunicar, até 15 de Fevereiro, a identificação dos prédios que são comuns. Com base nesta informação, compete à Autoridade Tributária e Aduaneira proceder à atualização matricial, com efeitos a 01 de Janeiro desse ano.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

IMTIncidência objetiva e territorial – transmissão onerosa

Anteriormente o artigo 2.º, n.º 3, alínea c) do Código do IMT, caracterizava como atos que se configuram como transmissão onerosa, apenas a outorga de procuração que confira poderes de alienação de bem imóvel ou de partes sociais a que se referia a alínea d) do n.º 2 do mesmo artigo. Agora passa também a configurar transmissão onerosa a outorga de procuração que confere poderes de alienação de unidades de participação caso o representado não tenha poderes para revogar a procuração.

IMT Caducidade do direito à liquidação

O prazo de caducidade previsto para a liquidação de IMT é ampliado de 8 para 12 anos sempre que respeite a sujeito passivo residente em pais, território ou região sujeito a um regime claramente mais favorável (Portaria n.º 150/2014 de 13 de Fevereiro com as alterações subsequentes).

IS Crédito ao consumo – taxas

Com o OE2018, altera-se a Tabela Geral do Imposto do Selo, nos casos de concessão de crédito ao consumo passando a taxa (i) nos créditos de prazo inferior a um ano, para 0,08%, (ii) nos créditos de prazo igual ou superior a um ano para 1%, e (iii) nos créditos utilizados sob a forma de conta corrente, descoberto bancário ou qualquer outra forma em que o prazo de utilização não seja determinado ou determinável para 0,08%.

Relembramos que se manterá em vigor durante o ano de 2018 a norma que determina o agravamento destas taxas em 50% (OE2016).

IS Seguros de grupo contributivo – encargo

Nos termos da alteração ao artigo 3.º do Código do IS, o titular do interesse económico nos seguros de grupo contributivo passa a ser o segurado, na proporção do prémio que suporte.

ISOrganismos de Investimento Coletivo – prazo para liquidação

Da alteração ao artigo 23.º, n.º 9 do Código do IS resulta que o valor líquido global destes organismos, a ser liquidado trimestralmente, passe a ser pago até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que se constitui a obrigação tributária.

ISGarantias – prazo de reclamação e de impugnação

Dispõe o novo n.º 4 do artigo 49.º do Código do IS que “Nas transmissões gratuitas, os prazos de reclamação e de impugnação contam-se a partir do termo do prazo para pagamento voluntário da primeira ou da única prestação do imposto.”.

ISCompensação de imposto – sujeitos passivos e prazo

Verifica-se um alargamento da possibilidade de compensação do imposto liquidado em resultado de anulação de operações ou redução do seu valor tributável (com exceção dos locadores e sublocadores de arrendamentos e subarrendamentos), a qual pode ser efetuada em qualquer entrega de imposto seguinte, nos dois anos seguintes contados a partir da data em que o imposto se torna devido.

IS Obrigação declarativa

Os sujeitos passivos de imposto do selo estão desde 2018 obrigados a apresentar declaração discriminativa, por verba aplicável da Tabela Geral, indicando (i) o valor tributável das operações e factos sujeitos a imposto do selo, (ii) o valor do imposto liquidado, identificando os titulares do encargo, (iii) as normas legais ao abrigo das quais foram reconhecidas isenções, identificando os respetivos beneficiários, e (iv) o valor do imposto compensado, nos termos do artigo 51.º, identificando o período de imposto compensado e os beneficiários da compensação. Esta declaração deve ser apresentada por via eletrónica até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que a obrigação tributária se tenha constituído.

Ademais, a entidades públicas que já estão sujeitas à emissão e envio anual à Autoridade Tributária e Aduaneira de uma declaração discriminativa do imposto do selo liquidado e do valor das operações e dos atos realizados isentos deste imposto, segundo a verba aplicável da tabela, passam a estar obrigadas a emitir e enviar a declaração contributiva mencionada supra, no prazo e condições aí definidos.

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IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

RGIT Contraordenação Aduaneira – Descaminho

De acordo com a nova redação dada ao artigo 108.º, n.º 6 do RGIT, incorre também na prática de uma contraordenação aduaneira de descaminho, punível com coima de € 1.000 a € 165.000, quem, à entrada ou saída do território nacional, não cumprir o dever legal de declaração de montante de dinheiro líquido, como tal definido na legislação comunitária e nacional, igual ou superior a € 10 000, transportado por si e por viagem.

A mesma coima também é aplicável a quem violar a obrigação de comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira as informações prévias legalmente exigíveis, à chegada ou à partida das mercadorias, em cumprimento de medidas restritivas internacionais, se outra infração mais grave lhe não couber.

RGITContraordenação Aduaneira – Introdução Irregular no Consumo

O sujeito passivo que não dispuser ou não cumprir as exigências legais de registo contabilístico especialmente previstas para os beneficiários de isenções, pode ser punido com uma contraordenação de introdução irregular no consumo, punível com coima de € 250 a € 165.000.

RGIT

Contraordenação fiscal – Transferências de Fundos para Paraísos Fiscais

A falta de apresentação de declarações para efeitos fiscais ou apresentação fora do prazo legal da declaração a ser submetida por instituições de crédito, sociedades financeiras e demais entidades que prestem serviços de pagamento relativos a transferência de fundos para países territórios ou regiões com regime claramente mais favorável (denominados “paraísos fiscais”), é punida com coima de € 250 a € 5.000.

RGIT

Contraordenação fiscal – Não Organização e Atrasos na Execução da Contabilidade

A não organização da contabilidade de harmonia com as regras de normalização contabilística, quando não punível como crime ou contraordenação mais grave, passa a ser punida com coima de € 500 a € 10.000.

Quando está em causa o atraso na execução da contabilidade, na escrituração de livros ou na elaboração de outros elementos de escrita, ou de registos, por período superior ao previsto na lei fiscal, a coima aplicável é de € 250 a € 5.000.

No caso do sujeito passivo produzir um ficheiro normalizado de exportação de dados sem observância do modelo de estrutura de dados legalmente previsto constitui contraordenação punível com coima de € 250 a € 5 000.

LGT Renúncia do representante fiscal

Consagra-se a possibilidade de o representante fiscal renunciar à representação nos termos gerais, mediante comunicação escrita ao representado, enviada para a última morada deste.

A renúncia torna-se eficaz relativamente à Autoridade Tributária e Aduaneira quando lhe for comunicada, devendo esta, no prazo de 90 dias a contar dessa comunicação, proceder às necessárias alterações, desde que tenha decorrido pelo menos um ano desde a nomeação ou tenha sido nomeado novo representante fiscal.

LGT Inspeção Externa

É incluída uma nova exceção à regra geral da inadmissibilidade de repetição de um procedimento externo de fiscalização referente ao mesmo sujeito passivo, imposto e período, nos casos em que tal procedimento visa apenas a consulta e recolha de documentos ou elementos.

LGT

Transmissão dos créditos e obrigações tributárias – pagamentos por terceiros

Relativamente à proibição de cessão dos créditos a terceiros, dispõe o novo n.º 4 do artigo 29.º que esta proibição não obsta a que o pagamento de um crédito (resultante de atos de liquidação de imposto) seja efetuado por pessoa diferente do sujeito passivo desde que este expressamente o autorize, mediante requerimento a efetuar à Autoridade Tributária e Aduaneira.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

LGTDever de comunicação – Transferências para Paraísos Fiscais

É antecipado para o final do mês de Março de cada ano o prazo para as instituições de crédito, as sociedades financeiras e as demais entidades que prestem serviços de pagamento, comunicarem à Autoridade Tributária e Aduaneira as transferências e envio de fundos que tenham como destinatário entidade localizada em país, território ou região com regime de tributação privilegiada mais favorável.

Passa a estar previsto que esta obrigação de entrega da declaração subsiste mesmo que não tenham ocorrido transferências ou envio de fundos abrangidos pela obrigação de comunicação.

LGT Derrogação do Sigilo Bancário

A comunicação de operações suspeitas, remetidas à Autoridade Tributária e Aduaneira, pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal da Procuradoria -Geral da República (DCIAP) e pela Unidade de Informação Financeira (UIF), no âmbito da legislação relativa à prevenção e repressão do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo passa a constituir fundamento para a derrogação do sigilo bancário em sede de procedimento de inspeção tributária.

LGT Alargamento dos Paraísos Fiscais

São também considerados países, territórios ou regiões com regime claramente mais favorável, nos termos do n.º 5 do artigo 63.º-D, aqueles que não disponham de um imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC ou, existindo, a taxa aplicável seja inferior a 60% da taxa de imposto prevista no n.º 1 do artigo 87.º do Código do IRC, sempre que se verifiquem oos requisitos cumulativos seguintes: (i) seja feita remissão expressa nos códigos e leis tributárias para o n.º 5, do artigo 63.º-D da LGT e que (ii) existam relações especiais, nos termos das alíneas a) a g) do n.º 4 do artigo 63.º do Código do IRC, entre as pessoas ou entidades envolvidas nas operações subjacentes às normas referidas na alínea anterior.

Não se aplica o regime acima, caso estejamos perante Estados -Membros da União Europeia ou a Estados-Membros do Espaço Económico Europeu, neste último caso desde que esse Estado esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia.

CPPTCompetência para cobrança coerciva de tributos

Altera o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 433/99 de 26 de Outubro (que aprova o Código de Procedimento e Processo Tributário) por forma a permitir que a competência para cobrança coerciva de tributos administrados pelas freguesias seja atribuída aos respetivos municípios, mediante celebração de protocolo.

CPPT Notificação aos mandatários

As notificações aos mandatários constituídos são efetuadas, no âmbito do procedimento tributário, por carta registada dirigida para o seu escritório e, no âmbito do processo judicial tributário, por via eletrónica nos termos do Código de Processo nos Tribunais Administrativos.

CPPT

Dispensa de prestação de garantia no pagamento em prestações

Para efeitos de suspensão do processo de execução fiscal quando é deferido o pagamento em prestação, é dispensada a prestação de garantia quando estejam em causa dívidas de € 5.000,00 ou de € 10.000,00 consoante se trate de pessoas singulares ou coletivas, respetivamente.

EBF

Impedimento de reconhecimento do direito a benefícios fiscais

Os benefícios fiscais dependentes de reconhecimento não podem ser concedidos quando o sujeito passivo:

i) Tenha deixado de efetuar o pagamento de qualquer imposto sobre o rendimento, despesa ou património no final do ano civil anterior ao pedido, e a situação se mantenha no termo do prazo para o exercício do direito de audição no âmbito do procedimento de concessão do benefício, ou

ii) Tenha deixado de efetuar o pagamento de contribuições relativas ao sistema da segurança social, se, no momento em que ocorre a consulta, a situação contributiva não se encontrar regularizada.

As referidas situações só serão impeditivas do reconhecimento do benefício fiscal, se a dívida em causa não tiver sido objeto de reclamação, impugnação ou oposição e prestada garantia idónea, quando devida.

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ABREU ADVOGADOS

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

EBF Extinção de benefícios fiscais

No caso de benefícios fiscais permanentes ou temporários dependentes de reconhecimento, o ato administrativo que os concedeu cessa os seus efeitos quanto às contribuições relativas ao sistema da segurança social, se, no momento em que ocorre a consulta, a situação contributiva não se encontrar regularizada.

EBFRemuneração convencional do capital social

Na dedução correspondente à remuneração convencional do capital social à taxa de 7%, limitada a cada exercício a entradas realizadas até € 2.000.000.00, passa a prever-se a possibilidade do recurso aos lucros do próprio exercício no âmbito da constituição de sociedade ou do aumento do capital social (antes apenas se previam as conversões de suprimentos ou de empréstimos dos sócios).

EBF Lojas com história – isenção de IMI

Isenta de IMI os prédios ou parte de prédios afetos a lojas com história, reconhecidos pelo Município como estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social local e que integrem o inventário nacional dos estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, nos termos previstos na Lei n.º 42/2017, a partir do ano em que se verifique o reconhecimento pelo município e integração no referido inventário.

A isenção é de carácter automático e é aplicável enquanto se mantiver o reconhecimento ou classificação.

EBF(aditamento)

Lojas com história – Majoração de gastos e perdas para efeitos de IRC e IRS

Estabelece uma majoração de 10% dos gastos e perdas relativos a obras de conservação e manutenção dos prédios afetos a lojas com história, para efeitos de determinação do lucro tributável, em sede IRC, dos sujeitos passivo, que exerçam uma atividade comercial, industrial ou agrícola e de determinação, em sede de IRS, dos rendimentos empresariais e profissionais (categoria B) não abrangidos pelo regime simplificado.

Os documentos comprovativos dos gastos e perdas devem conter a morada do prédio em questão, bem como os dados identificativos do sujeito passivo ao qual está afeta a fração.

Esta majoração também se aplica no caso de os imóveis gerarem rendimentos da Categoria F (rendimentos prediais).

EBF Reabilitação urbana

Altera significativamente os benefícios fiscais relativos aos prédios urbanos que sejam objeto de reabilitação. Passam a ser elegíveis os prédios urbanos ou frações autónomas concluídos há mais de 30 anos ou localizados em áreas de reabilitação urbana desde que, cumulativamente, preencham as seguintes condições:

i) Sejam objeto de intervenções de reabilitação de edifícios promovidas nos termos do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, e

ii) Em consequência da intervenção, o respetivo estado de conservação esteja dois níveis acima do anteriormente obtido e tenha nível não inferior a “bom” e cumpra os requisitos de eficiência energética e qualidade térmica a que refere o artigo 30.º do Decreto-Lei 118/2013 de 20 de Agosto.

Os imóveis que cumpram aquelas condições poderão beneficiar de:

i) Isenção de IMI durante 3 anos após a conclusão das obras, podendo ser renovada por mais 5 anos a requerimento do proprietário, no caso de afetação a habitação permanente ou habitação própria e permanente.

ii) Isenção de IMT nas aquisições de imóveis destinados a intervenções de reabilitação, iniciadas no prazo máximo de 3 anos a contar da aquisição;

iii) Isenção de IMT na primeira transmissão após a reabilitação, a afetar a arrendamento para habitação permanente ou, se localizado em área de reabilitação urbana, também a habitação própria e permanente.

iv) Redução a metade das taxas devidas pela avaliação do estado de conservação.

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IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

EBF Incentivos à Reabilitação Urbana

As mais-valias auferidas por sujeitos passivos de IRS residentes em território Português decorrentes da primeira alienação subsequente à intervenção de reabilitação, são tributadas à taxa autónoma de 5%, sem prejuízo da opção pelo englobamento.

É revogada, relativamente a alguns benefícios fiscais (por exemplo, as isenções de IMI, IMT e de redução da taxa de IRS aplicável aos rendimentos prediais), a limitação temporal que impunha que as obras de reabilitação tivessem que se encontrar concluídas até 31 de dezembro de 2020.

EBF Incentivos fiscais à atividade silvícola

Na determinação da taxa de IRS a aplicar aos rendimentos da categoria B, decorrentes de explorações silvícolas plurianuais, o OE2018 estabelece que, no cálculo do respetivo valor, se deve incluir também o ato isolado (i.e., os rendimentos de ato isolado passam também a ser divididos por 12).

EBF

Incentivo fiscal à produção cinematográfica e audiovisual

Alargamento dos incentivos fiscais à produção cinematográfica à atividade audiovisual.

O valor a deduzir ao montante da coleta do IRC apurada nos termos das regras do Código do IRC é, para o ano de 2018, o valor correspondente a 25% (anteriormente de 20%) das despesas de produção e pós-produção cinematográfica, bem como das despesas de produção e pós-produção audiovisual realizadas em território nacional.

À percentagem de dedução referida acima pode ser aplicada uma majoração até um máximo de 30% (e não de apenas 25%, como era em 2017) no caso de obras com versão original em língua portuguesa e de obras com especial relevância artístico -cultural ou cuja produção tenha um impacto muito significativo no desenvolvimento dos recursos criativos, produtivos e territoriais nacionais.

É alterada para 30% a taxa a aplicar sobre as seguintes despesas:

a) Despesas realizadas nos territórios de baixa densidade, de acordo com a área geográfica considerada para efeitos do Programa Nacional de Coesão Territorial;

b) Remunerações de atores e técnicos portadores de deficiência;c) De produção cinematográfica e audiovisual no âmbito de projetos com impacto

significativo relativamente aos objetivos do presente incentivo, conforme critérios a definir e reconhecer pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual, I. P. (ICA, I. P.).

São alterados os requisitos cumulativos que têm de estar verificados para que as despesas estejam abrangidas por este incentivo, em particular alteração dos seguintes pontos:

a) O projeto passa a poder ser uma obra audiovisual para difusão televisiva ou para exploração através de serviços de comunicação audiovisual a pedido ou de outros serviços de comunicações eletrónicas, nomeadamente filmes ou séries de episódios de ficção, documentários ou animação;

b) Há uma redução do valor das despesas de produção elegíveis, realizadas em território nacional, agora no valor mínimo de € 500.000,00 ou, no caso de documentários, de € 250.000,00 (anteriormente, € 1.000.000).

Os sujeitos passivos que beneficiem deste incentivo são excluídos de tributação autónoma relativamente aos encargos que suportem com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas ligeiras de mercadorias, motos e motociclos, destinados a serem utilizados na produção cinematográfica e audiovisual.

É concedido ao Governo uma autorização legislativa para revogar o atual incentivo fiscal e para proceder à constituição de um fundo junto do Turismo de Portugal, I.P. que tem por objeto o apoio a ações, iniciativas e projetos que contribuam para o reforço do posicionamento do país enquanto destino turístico, coesão do território, redução da sazonalidade e sustentabilidade no turismo.

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IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

EBF

Benefícios em matéria de reestruturação empresarial – reorganização de empresas

Relativamente às empresas que exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial ou de prestação de serviços, e que se reorganizarem, em resultado de operações de reestruturação ou acordos de cooperação, a isenção de IMT passa também a ser aplicável à transmissão onerosa de imóveis habitacionais quando estes estejam afetos à atividade exercida a título principal.

Os benefícios fiscais em matéria de reestruturação empresarial passam a ser de reconhecimento automático (anteriormente, dependiam da apresentação de requerimento prévio). Sem prejuízo, mantém-se a necessidade de fazer constar do processo de documentação fiscal, para efeitos de justificação e comprovação dos pressupostos das isenções concedidas, os seguintes elementos:

a) Descrição das operações de reestruturação ou dos acordos de cooperação realizados;

b) Projeto de fusão ou cisão quando exigido pelo Código das Sociedades Comerciais;c) Estudo demonstrativo das vantagens económicas da operação;d) Decisão da Autoridade da Concorrência, quando a operação esteja sujeita

a notificação nos termos da Lei n.º 19/2012, de 8 de maio.

Contudo, no caso de cisão simples, salvo quando a parte cindida se destina a fundir com sociedades já existentes ou com partes de património de outras sociedades, os referidos benefícios são concedidos por despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças, precedido de informação da Autoridade Tributária e Aduaneira a requerimento do interessado.

Nos casos em que a operação esteja sujeita a notificação nos termos da Lei n.º 19/2012, de 8 de maio – lei que aprova o regime jurídico da concorrência –, os benefícios fiscais em matéria de reestruturação empresarial só podem ser aplicados quando seja emitida decisão favorável pela Autoridade da Concorrência.

EBF

Benefícios em matéria de mecenato – dedução para efeitos da determinação do lucro tributável das empresas

Em matéria de mecenato, o novo OE2018, quanto aos donativos previstos no n.º 6 do artigo 62.º do EBF, passa a prever que os mesmos sejam levados a custos em valor correspondente a:

a) 120% ou, no caso de donativos a determinadas entidades da área do desporto (por exemplo, Comité Olímpico de Portugal, Confederação do Desporto de Portugal, etc.), 130% do respetivo total (e não a 120% indiscriminadamente);

b) 130% ou, no caso de donativos a determinadas entidades da área do desporto, 140%, quando atribuídos ao abrigo de contratos plurianuais celebrados para fins específicos que fixem objetivos a prosseguir pelas entidades beneficiárias e os montantes a atribuir pelos sujeitos passivos (e não a 130% indiscriminadamente);

Por último, foi alterado o n.º 11 do artigo 62.º, relativamente aos donativos em espécie, neles se passando a incluir os bens alimentares.

EBFIsenção de IMI – Associação de Moradores

Aos prédios urbanos habitacionais, propriedade de cooperativas de habitação e construção ou associações de moradores e por esta cedidas aos seus membros em regime de propriedade coletiva, desde que se destinem à habitação própria e permanente destes, são aplicáveis as isenções de IMI previstas para prédios de reduzido valor patrimonial de sujeitos passivos de baixos rendimentos e para prédios destinados à habitação própria e permanente (anteriormente, a norma não abrangia as associações de moradores).

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

EBF(aditamento)

Incentivos à aquisição de participações sociais pelos trabalhadores

Isenção de IRS até ao limite de € 40.000,00 para os ganhos derivados de planos de opções, de subscrição, de atribuição ou outros de efeito equivalente, sobre valores mobiliários ou direitos equiparados, ainda que de natureza ideal, criados em benefício de trabalhadores ou membros de órgãos sociais, incluindo os resultantes da alienação ou liquidação financeira das opções ou direitos ou de renúncia onerosa ao seu exercício, a favor da entidade patronal ou de terceiros, auferidos por trabalhadores de entidades empregadoras relativamente às quais se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:

i) Sejam qualificadas como micro ou pequena empresa;ii) Tenham sido constituídas há menos de 6 anosiii) Desenvolvam a sua atividade no âmbito do setor da tecnologia, em termos

a definir por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da economia e, mediante certificação pela Agência Nacional de Inovação, S.A..

A isenção depende da manutenção na esfera do trabalhador, dos direitos subjacentes aos títulos geradores dos ganhos isentos por um período mínimo de dois anos.

Estão excluídos da isenção de IRS prevista os membros dos órgãos sociais e os titulares de participações superiores a 5%.

EBF Caducidade de benefícios fiscais

A vigência dos benefícios fiscais abaixo elencados é prorrogada até ao momento da entrada em vigor das normas constantes do diploma que vier a aprovar as conclusões que resultarem do relatório de avaliação dos benefícios fiscais. Para o efeito, o Governo deve até 1 de Abril de 2018 apresentar à Assembleia da República a correspondente proposta de lei, sob pena de caducidade dos seguintes benefícios:

i) Criação de emprega (artigo 19.º EBF);ii) Conta poupança-reformados (artigo 20.º EBF);iii) Planos de poupança em ações (artigo 26.º EBF),iv) Empréstimos externos e rendas de locação de equipamentos importados (artigo

28.º EBF);v) Serviços Financeiros de Entidades Públicas (artigo 29.º EBF);vi) Swaps e empréstimos de instituições financeiras não residentes (artigo 30.º EBF);vii) Depósitos de instituições de crédito não residentes (artigo 31.º EBF);viii) Prédios integrados em empreendimentos que tenha sido atribuída utilidade

turística (artigo 47.º EBF);ix) Parques de estacionamento subterrâneos (artigo 50.º EBF);x) Empresas armadoras da marinha mercante nacional (artigo 51.º EBF);xi) Comissões vitivinícolas regionais (artigo 52.º EBF);xii) Entidades gestoras de sistemas integrados de gestão de fluxos específicos

de resíduos (artigo 53.º EBF);xiii) Coletividades desportivas, de cultura e recreio (artigo 54.º EBF);xiv) Deduções à coleta de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (artigo

63.º EBF);xv) Imposto sobre o Valor Acrescentado – Transmissão de bens e prestações

de serviços a título gratuito (artigo 64.º EBF).

Outros diplomas

Regime de Cobrança e Reembolso dos Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Singulares e Coletivas Decreto-Lei n.º 492/88

Estende o prazo de apresentação do pedido de pagamento em prestações até à data limite de pagamento da respetiva nota de cobrança.

CFI Dedução por lucros retidos e reinvestidos

Amplia de dois para três anos o prazo de reinvestimento dos lucros retidos, e amplia ainda o limite máximo dos lucros reinvestidos, para € 7.500.000,00. No caso de micro e pequenas empresas a dedução é aumentada de 25% para 50%.

Os lucros retidos deverão ser sujeitos a uma reserva especial, havendo penalizações em caso de incumprimento.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (OE2018)

IMPOSTO/DIPLOMA

ALTERADOASSUNTO NOVA REGRA PARA 2018

CFI SIFIDE

Faz depender a dedução à coleta prevista nos termos do SIFIDE da justificação efetuada por uma declaração emitida pela Agência Nacional de Inovação, S.A. de que as atividades exercidas ou a exercer correspondem efetivamente a ações de I&D.

Passa de junho para maio, o prazo de apresentação de candidaturas referentes a anos anteriores.

Estabelece a obrigação de envio de comunicação por via eletrónica com a identificação dos beneficiários e dos montantes das despesas elegíveis reportadas ao ano anterior da comunicação, bem como as respetivas majorações, se aplicáveis.

Adicionalmente, estabelece que cabe à Agência Nacional de Inovação, S.A. o reconhecimento da idoneidade da entidade em matéria de I&D. Tal reconhecimento é válido até ao 8.º exercício seguinte àquele em que foi pedido, não obstante ser sujeito a reavaliações oficiosas.

Revoga o artigo 37.º, n.º 8 onde se previa a exigência de uma auditoria tecnológica em caso de aprovação do projeto.

CFIAplicações relevantes no reinvestimento de lucros

Inclui como aplicações relevantes no reinvestimento de lucros as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas quando afetas à exploração de serviço público de transporte ou destinadas a serem alugadas no exercício da atividade normal do sujeito passivo.

CIRE Isenção de IS e IRC

Os rendimentos e ganhos apurados e as variações patrimoniais não refletidas no resultado líquido, verificadas por efeito da dação em cumprimento, cessão de bens e direitos dos credores e da venda de bens e direitos, em processo de insolvência que prossiga para liquidação, estão isentos de IRC.

Adicionalmente isenta-se de IS, a constituição ou prorrogação de garantias previstas em planos de insolvências, de pagamentos ou de recuperação praticados no âmbito da liquidação da massa insolvente.

Fiscalidade Verde

Artigo 50 Lei n.º 82-D/2014 de 31 de dezembro

Aprova a constituição de um grupo de trabalho no âmbito da descarbonização da sociedade.

Regimes de Tributação Privilegiada Claramente Mais Favoráveis

Portaria n.º 345-A/2016

Revoga a Portaria n.º 345-A/2016, recolocando em vigor a lista anterior de Paraísos Fiscais, constante da Portaria n.º 150/2014 de 13 de Fevereiro,à publicação da Portaria n.º 345-A/2016, de 30 de Dezembro.

Em consequência desta alteração, Jersey, Ilha de Man e Uruguai voltam a constar da “lista negra” de Paraísos Fiscais.

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