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FACULDADE TECOMA Bacharel em Administração Elcimara Silveira Barbosa ORÇAMENTO FINANCEIRO: UMA FERRAMENTA PARA GESTÃO E CONTROLE DOS CUSTOS Paracatu 2012

ORÇAMENTO FINANCEIRO: UMA FERRAMENTA PARA … Completo REV03... · Estágio Supervisionado II, sob orientação do professor Geraldo B. B. de Oliveira, como requisito parcial para

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FACULDADE TECOMA

Bacharel em Administração

Elcimara Silveira Barbosa

ORÇAMENTO FINANCEIRO: UMA FERRAMENTA

PARA GESTÃO E CONTROLE DOS CUSTOS

Paracatu

2012

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Elcimara Silveira Barbosa

ORÇAMENTO FINANCEIRO: UMA FERRAMENTA

PARA GESTÃO E CONTROLE DOS CUSTOS

Monografia apresentada a disciplina de

Estágio Supervisionado II, sob orientação do

professor Geraldo B. B. de Oliveira, como

requisito parcial para obtenção do titulo de

Bacharel em Administração, pela Faculdade

Tecsoma.

Orientador: Fernando Antunes

Paracatu

2012

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Barbosa, Elcimara Silveira

Orçamento financeiro: Uma ferramenta para gestão e controle dos custos. Elcimara

Silveira Barbosa. Paracatu, 2012.

118 f.

Orientador: Fernando Antonio Antunes.

Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma – Programa de Graduação em

Administração.

1. Princípios da Administração Financeira. 2. Definição de Administração Financeira. 3.

Orçamento Financeiro. 4. Controle e Gestão e custo. I. Antunes, Fernando Antonio. II. Faculdade

Tecsoma de Paracatu.III. Título.

CDU 658.15

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Elcimara Silveira Barbosa

ORÇAMENTO FINANCEIRO: UMA FERRAMENTA

PARA GESTÃO E CONTROLE DOS CUSTOS

Monografia apresentada ao curso de

Administração da Faculdade Tecsoma, como

requisito parcial para obtenção do titulo de

Bacharel em Administração.

Fernando Antonio Antunes

Orientador Teórico e Coordenador do Curso – TECSOMA

Geraldo B.B. de Oliveira

Orientador Metodológico – TECSOMA

Professor Membro da Banca – TECSOMA

Paracatu, _____ de Julho de 2012

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Dedico este trabalho a Deus por me dar forças e

ajudar na superação de todos os desafios

enfrentados neste tempo. A todas as pessoas que

me ajudaram durante estes quatro anos de

muitas lutas e conquistas, de sorrisos, mas

também de lágrimas, a conquistar meu objetivo

profissional, tornando-me uma Administradora.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus que todos os dias me proporcionada tantas

bênçãos para que eu possa continuar minha caminha na busca da realização de meus

sonhos.

Aos meus pais, Elsi e Sudário, que tanto me apoiam para que este meu sonho se

concretize. As minhas Irmãs Elciane e Ildiane, que com pequenos gestos me ajudaram

na minha caminhada durantes esses anos. Aos meus Tios Orlando e Patrícia e as

pequenas Palloma, Eduarda e Helena, que sempre estiveram comigo, torcendo pelo meu

sucesso.

Ao meu namorado Wallyson José, que vem me acompanhando. Obrigada pelo

carinho, compreensão, apoio e a confiança a mim depositada, acreditando sempre no

meu sucesso.

Aos meus amigos, em especial aos grandes amigos Ana Lúcia, Débora, Rangel,

Cleber, Sandoval e todos aqueles que torcem todos os dias pelas minhas conquistas. Por

todos os meus familiares, que acompanham essa minha caminhada, mesmo que um

pouco distantes, mas nunca deixaram de apoiar e ajudar no que precisei e estiveram

rezando por mim continuamente.

Ao professor, coordenador e orientador Fernando Antunes, que com sua

paciência e dedicação, me ajudou no que precisei para a conclusão de mais este

trabalho.

A todos, meus sinceros agradecimentos.

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O Planejamento é uma importante ferramenta para o sucesso de uma

empresa. (SANVICENTE E SANTOS, 2002, p. 16).

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RESUMO

A Administração financeira é um importante estudo para todas as empresas, seja está de

pequeno ou grande porte. Sendo considerado sua importância, o presente estudo tem

como seu principal foco mostrar a importância de se ter uma boa administração

financeiras nas empresas, tomando como exemplo o estudo de caso da empresa

FERGASAN e através dos resultados apresentados, mostrar os problemas que foram

gerados devido a falta de uma boa administração financeira. Para a realização do estudo,

fez-se necessário a pesquisa bibliográfica sendo esta uma forma de explicar na teoria, os

motivos que levaram a empresa a chegar na situação atual. Após os estudos

relacionados com a área financeira, foi feito a coleta de dados da empresa para entender

na prática quais as causas que levaram a empresa aos problemas que foram

identificados. Com a aplicação da pesquisa, pode-se concluir que na FERGASAN

precisa se implantado o planejamento financeiro, programação de manutenções

preventivas e controle de custos para que a mesma consiga alcançar implantar uma

gestão financeira eficaz e capaz de reverter a situação que a empresa se encontra.

PALAVRAS-CHAVES: Administração financeira, planejamento financeiro,

programação de manutenção, manutenção preventiva, controle de custos, gestão

financeira.

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ABSTRACT

The Financial Management is an important study for all businesses, whether is small or

large. Being considered its importance, this study has as its main focus to show the

importance of having a good financial management in business, taking as example the

case study company FERGASAN and through the results, we show the problems that

were generated due to lack of good financial management. For the study, it was

necessary to literature and this is one way to explain the theory, the reasons that led the

company to reach the current situation. After the studies related to the financial district,

was made to collect data from company to understand in practice what are the causes

that led the company to the problems that were identified. With the application of

research, one can conclude that the need to deploy FERGASAN financial planning,

scheduling, preventive maintenance and cost control so that it can deploy to achieve

effective financial management and able to reverse the situation that the company is .

KEYWORDS: Financial management, financial planning, maintenance scheduling,

preventive maintenance, cost control, financial management.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Organograma da Empresa .................................................................... 18

FIGURA 2 – Uma apresentação esquemática do orçamento de vendas .................... 61

FIGURA 3 – Gráfico de Custos Versus Nível de Manutenção ................................. 73

FIGURA 4 – Gráfico Lucro Versus Disponibilidade ................................................ 73

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Cronograma de atividades ...................................................................... 22

TABELA 2 Recursos Materiais e Financeiros .......................................................... 24

TABELA 3 Principais instituições Financeiras ......................................................... 34

TABELA 4 Áreas de responsabilidade de uma empresa ........................................... 49

TABELA 5 Resultados periódicos de uma centro de investimento .......................... 50

TABELA 6 Plano de Contas de despesa por natureza ............................................... 51

TABELA 7 Empresa ABC: Plano de contas de despesas por centros de

responsabilidade ........................................................................................................

52

TABELA 8 Dados necessários para a projeção do balanço e fontes das estimativas

correspondentes .........................................................................................................

60

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LISTA DE SIGLAS

FERGASAN – Ferreira, Gama e Santiago

MAMT – Mean Active Maintenence Time

HH – Horas Extras

ONU – Organização das Nações Unidas

LTDA - Limitada

EFD – Estoque Final Desejado

VO – Vendas Orçadas

EID – Estoque Inicial Desejado

PO – Produção Orçada

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

NBR – Norma Brasileira

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15

2 PROJETO DE ESTÁGIO ................................................................................... 17

2.1 Dados da empresa ............................................................................................. 17

2.1.1 Razão Social .................................................................................................... 17

2.1.2 Nome Fantasia ................................................................................................ 17

2.1.3 Endereço .......................................................................................................... 17

2.1.4 CNPJ ................................................................................................................ 17

2.1.5 Inscrição Estadual .......................................................................................... 17

2.1.6 Quadro Societário ........................................................................................... 17

2.1.7 Capital Social .................................................................................................. 17

2.1.8 Organograma .................................................................................................. 18

2.2 Título........................................................................................................... 18

2.2.1 Tema ................................................................................................................ 18

2.3 Justificativa ................................................................................................ 19

2.4 Problematização ....................................................................................... 19

2.5 Hipótese .............................................................................................................. 20

2.6 Objetivos ............................................................................................................ 20

2.6.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 20

2.6.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 20

2.7 Metodologia do Trabalho ................................................................................. 20

2.8 Resultados Esperados ....................................................................................... 21

2.9 Público alvo ........................................................................................................ 22

2.10 Cronograma de atividades ............................................................................. 22

2.11 Recursos ........................................................................................................... 23

2.11.1 Recursos Humanos ....................................................................................... 23

2.11.2 Recursos Materiais e Financeiros ................................................................ 24

2.12 Referencial Teórico ......................................................................................... 24

3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .................................................................. 28

3.1 Administração Financeira e sua Evolução ...................................................... 28

3.1.1 Principais Conceitos de Finanças e sua importância .................................... 30

3.1.2 Serviços financeiros ........................................................................................ 31

3.1.3 A administração financeira nas empresas ..................................................... 31

3.1.4 O estudo da administração financeira ........................................................... 32

3.2 Ambiente Operacional ...................................................................................... 33

3.2.1 Instituições financeiras ................................................................................... 33

3.2.2 Mercados financeiros ...................................................................................... 35

3.2.3 Relacionamento entre instituições e mercados .............................................. 36

3.2.4 Mercado Monetário ......................................................................................... 36

3.2.4.1 Funcionamento do mercado monetário .................................................... 37

4 ORÇAMENTO FINANCEIRO .......................................................................... 38

4.1 Orçamento e Controle ...................................................................................... 41

4.1.1 Vantagens e limitações do orçamento ......................................................... 42

4.2 Implantação e utilização do sistema Orçamentário .... 44

4.2.1 Princípios da boa utilização de orçamento .................................................. 44

4.2.2 Necessidade de criação de nova mentalidade .............................................. 46

4.3 Adequação do sistema Orçamentário á Estrutura Organizacional da

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empresa .................................................................................................................... 47

4.3.1 Planos de contas por centro de responsabilidade ........................................ 50

4.4 Problema comportamentais encontrados na utilização de um sistema de

orçamentos ...............................................................................................................

52

4.5 Preparação para o Orçamento Anual ............................................................. 55

4.5.1 Enquadramento do plano orçamentário anual em um esquema de

planejamento a longo prazo ...................................................................................

55

4.5.2 O orçamento anual como componente do plano de longo prazo ............... 57

5 MANUTENÇÃO .................................................................................................. 63

5.1 Conceitos iniciais sobre manutenção ............................................................... 63

5.1.1 O que é a gerência de manutenção na empresa ............................................. 65

5.1.2 A finalidade da gerência de Manutenção ...................................................... 65

5.1.3 Conceituação de Mantenabilidade ................................................................. 66

5.1.4 Os tipos de Manutenção .................................................................................. 69

5.2 Custos de Manutenção em Geral ..................................................................... 69

5.2.1 O censo de 1968 dos Estados Unidos ............................................................. 70

5.2.2 Fatores adversos no custo e na eficiência da manutenção ........................... 71

5.3 Custos da falta de Manutenção ........................................................................ 72

6 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 75

6.1 Descrição da empresa ....................................................................................... 75

6.1.1 Produto que oferece ....................................................................................... 76

6.1.2 Mercado em que atua e Concorrentes ............................................................ 76

6.1.3 Logística e Transporte ..................................................................................... 77

6.2 Falta da Administração Financeira ................................................................. 78

6.3 A visão da empresa relacionado com finanças: “não-necessidade de

Administração financeira” .....................................................................................

79

6.4 A Concorrência ................................................................................................. 79

6.5 A falta de Planejamento ................................................................................... 80

6.6 A falta de orçamentos ....................................................................................... 81

6.7 Controle de custos e atividades ........................................................................ 81

6.8 Dificuldade de implantação do orçamento ..................................................... 82

6.9 A visão da empresa relacionado com Orçamento e Controle ....................... 83

6.10 Não realização de análises e comparativos de custos de equipamentos ..... 84

6.11 Inexistência do Plano de contas da empresa ................................................. 85

6.12 Falta de Planejamento par alongo prazo ...................................................... 86

6.13 Tipos de manutenção dentro da empresa ..................................................... 86

7 HIPOTESES E OBJETIVOS PROPOSTOS .................................................... 89

7.1 Apresentação das Hipóteses ............................................................................. 89

7.2 Apresentação dos Objetivos ............................................................................. 90

8 METODOLOGIA ................................................................................................ 92

9 ANÁLISE DE DADOS ........................................................................................ 94

9.1 Entrevista ........................................................................................................... 94

9.2 Objetivo do Estudo ............................................................................................ 96

9.3 Metodologia aplicada para solução do problema ........................................... 96

9.4 Limitações .......................................................................................................... 96

9.5 Discutindo resultados obtidos .......................................................................... 97

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9.5.1 Entrevista aos gestores .................................................................................... 97

9.5.2 Fase de coleta de Dados .................................................................................. 98

9.5.3 Lançamentos das informações ....................................................................... 99

9.5.3.1 Planilha de lançamentos dos valores realizados de Julho de 2012 á

junho de 2012 ...........................................................................................................

100

9.5.4Viabilidade Econômica da empresa ................................................................ 101

9.5.4.1VPL ................................................................................................................ 102

9.5.4.2 Payback......................................................................................................... 103

9.5.4.3 TIR ................................................................................................................ 103

9.5.5 Projeções financeiras ...................................................................................... 104

9.5.6 Reduções de custos das contas críticas ........................................................... 104

9.6 Conclusões Finais .............................................................................................. 107

9.6.1 Conclusões Operacionais ................................................................................ 108

9.6.2 Conclusões Financeiras .................................................................................. 108

CONCLUSÃO ......................................................................................................... 110

SUGESTÕES E PROPOSTAS .............................................................................. 111

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 112

APÊNDICE .............................................................................................................. 114

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho relaciona-se com a Administração Financeiras nas

organizações, mostrando deste seu surgimento, bem como os principais pontos que

devem ser considerados. Para este estudo, será tratado o caso da empresa FERGASAN,

que passa por problemas financeiros na empresa em geral.

A administração financeira surgiu por volta do ano de 1900, tendo como seu

principal foco orientar as empresas que já existiam no mercado, bem como promover a

legalização das mesmas, surgindo assim o primeiro objetivo que consistiu em levantar

capital através da emissão de títulos. A empresa FERGASAN será estudada focando a

sua área financeira e os principais itens que contribuíram para que a mesma chegasse na

atual situação financeira.

Dentro dos estudos da administração Financeira existem várias fases que devem

ser bem estudadas e então implantadas nas organizações. O planejamento é umas dessas

fases que se torna uma importante ferramenta para que uma empresa alcance o seu

sucesso. E na FERGASAN pode-se identificar que não existe nenhum tipo de

planejamento ou controle dos custos da empresa, bem como é desconhecido o objetivo

de se ter um planejamento como uma forma de redução e controle dos custos da

empresa. Conforme é mencionado por Sanvicente e Santos (2008, p. 16) “Planejar é

estabelecer com tendências as ações a ser executadas, estimar os recursos a serem

empregados e definir as correspondentes atribuições de responsabilidades em relação a

um período futuro determinando”. Este método é uma forma de alcançar os objetivos

que são propostos pelas empresas.

Para que o planejamento financeiro tenha um resultado positivo dentro das

empresas, é importe a utilização de uma ferramenta muito importante que é a

implantação do orçamento financeiro que é uma forma de planejar e controlar as

atividades da empresa. Devido à ausência dessa ferramenta de controle dentro da

empresa FERGSAN, o estudo terá como seu principal assunto a ser abordado, a

implantação de um orçamento anual na empresa, para que este seja uma forma para que

ela possa controlar seus custos, verificar onde está sendo seus maiores gastos e tomar as

devidas ações para que estes sejam reduzidos.

A manutenção será também um tema abordado, dento em vista que os seus

custos teve grande impacto no resultado que a FERGASAN apresenta no momento.

Conforme é mencionado por Filho (2008), as máquinas que são utilizadas pelas

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empresas, com o passar dos anos, precisam sofrer manutenções para garantir a sua

disponibilidade na empresa, bem como a produtividade das mesmas, de forma que a

empresa consiga alcançar suas metas. Hoje, a empresa passa praticamente por

manutenções corretivas, que acabam gerando grandes custos para a empresa. Com o

desenvolvimento deste a ideia é que seja implantado uma programação de manutenção

preventivas como uma forma de controle de custos e disponibilidade de operações de

suas máquinas.

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2. PROJETO DE ESTÁGIO

2.1 Dados da empresa

2.1.1 Razão Social

FERGASAN – TRANSPORTES E SERVIÇOS LTDA

2.1.2 Nome Fantasia

FERGASAN

2.1.3 Endereço

RUA JOÃO PINHO COSTA N° 110 – SALA 02 – CENTRO – PARACATU - MG

2.1.4 CNPJ

05.743.038/0001-78

2.1.5 Inscrição Estadual

Isento

2.1.6 Quadro Societário

NILTON GERALDO REGINALDO GAMA E ELI FERREIRA BARBOSA

2.1.7 Capital Social

R$200.000,00

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18

2.1.8 Organograma

Figura 1: Organograma da Empresa

Fonte: Elaborada pela autora.

2.2 Título

Orçamento Financeiro: Uma ferramenta para gestão e controle de Custos

2.2.1 Tema

Orçamento Financeiro

Socio Diretor Geral

Socio Diretor - Operacional

Analista Administrativo

Estagiário

Motorista

Ajudante

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2.3 Justificativa

A Empresa FERGASAN enfrente grandes problema em relação aos seus custos

devidos o planejamento financeiro não ser alinhado com as suas atividades diárias que a

empresa exerce em relação as manutenções em suas máquinas. Para que a empresa

tenha uma estabilidade financeira e consiga executar todas as suas atividades e atender

os clientes, é muito importante que o planejamento financeiro seja feito para coordenar

e controlar as ações propostas pela empresa.

O planejamento financeiro é um dos aspectos importantes para

funcionamento e sustentação de uma empresa, pois fornece roteiros para

dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos.

Dois aspectos-chave do planejamento financeiro são o planejamento de caixa

e de lucros. O primeiro envolve o planejamento do orçamento de caixa da

empresa; por sua vez, o planejamento de lucros é normalmente realizado por

meio de demonstrativos financeiros projetados, os quais são úteis para fins de

planejamento financeiro interno, como também comumente exigido pelos

credores atuais e futuros. (GITMAN, 1997, p. 588).

O planejamento financeiro irá definir quais são as estratégias que serão

utilizadas pela empresa para conseguir seguir o orçamento feito para cada uma de suas

atividades de manutenção. Conseqüentemente, conseguindo seguir suas metas traçadas

no planejamento, ela conseguirá alcançar os seus lucros esperados e este, também deve

ser feito um planejamento dos seus lucros, para melhor administrar seus ganhos, saber

qual a melhor forma de aplicar estes e conseguindo assim, atender seus clientes dentro

do prazo esperado por cada um e manter-se em dia com seus fornecedores, para uma

boa pareceria com os mesmos e credibilidade para ambas as partes.

2.4 Problematização

A empresa FERGASAN passa por muitos problemas financeiros devido as

frequentes manutenções corretivas que ocorrem de sem a devida programação tanto do

tempo como dos custos com cada uma.

Esse problema vem gerando despesas altas e acima do que é esperado para o

mês, pois tais manutenções corretivas geram gastos acima do mercado, pois não tem a

possibilidade de fazer as devidas cotações e obrigando seus patrões a pagarem o que o

mercado está pedindo, umas vez que suas máquinas precisam sempre estar em operação.

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20

2.5 Hipótese

Para solucionar o problema da FERGASAN, precisa ser feito um estudo da

mesma e entender como são suas atividades e como torná-las mais rápidas e com o

menor custo.

A criação de um planejamento financeiro e orçamentário irá proporcionar uma

rotina de manutenções preventivas nas máquinas sendo uma forma de facilitar as

atividades de controle dos custos. Estas intervenções serão feitas em todos os

equipamentos com antecedência, prevenindo os mesmos de manutenções corretivas,

gerando gastos mais altos e o não cumprimento de suas obrigações com seus

associados.

2.6 Objetivos

2.6.1 Objetivo Geral

a) Propor criação de orçamento financeiro para melhor controle dos custos da

empresa.

2.6.2 Objetivos Específicos

a) Verificar quais os maiores gastos com manutenções em máquinas;

b) Orçar as manutenções preventivas programadas de cada um dos

equipamentos;

c) Controlar diariamente os gastos da empresa, justificando cada um para que

se tenha um relatório mensal;

d) Criar através dos relatórios, um memorial de calculo para fazer melhor os

orçamentos nos próximos anos.

2.7 Metodologia do trabalho

A metodologia para a elaboração do projeto será iniciada com um estudo da

atual situação financeira em que a empresa se encontra, buscando informações nos

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documentos da empresa, tais como balanço patrimonial e a demonstração de resultados,

que irá indicar a situação atual da mesma.

A partir destes dados coletados, será feito uma entrevista com os gestores da

empresa para verificar quais os métodos que hoje são utilizados para a gestão de custos,

com a finalidade de avaliar cada parte do processo e verificar as possibilidades de

melhoria e mudanças na atual gestão.

Após a coleta dos dados e do resultado da pesquisa, será iniciada a pesquisa

bibliográfica referente o assunto, buscando na teoria as respostas e também meios para a

melhoria da gestão financeira da empresa. Verificar os principais conceitos da gestão

financeira, levantando dados gerais e específicos relacionados ao assunto.

Para a realização desta etapa do projeto dar-se a busca de informações manuais

em livros, revistas, jornais disponíveis na faculdade e nos livros particulares adquiridos

relacionados ao assunto e também por consulta em meios eletrônicos, consultas em

artigos e nas páginas de acesso relacionada ao assunto. Nessa fase, se fará as leituras

relacionadas ao tema escolhido, juntamente com anotações de todas as pesquisas e

leituras feitas. Anotações estas que serão arquivadas em pastas manuais e eletrônicas,

onde posteriormente, dará o início na elaboração da monografia.

Após coletadas todos os dados da empresa e também dados teóricos, será feito

uma pesquisa eletrônica para verificar quais as principais causas da má gestão

financeiras das empresas, fazendo um comparativo com a empresa FERGASAN, para

assim, saber qual a melhor estratégia que será feita no projeto, onde irá melhorar a

gestão financeira da empresa.

Ao final será mostrando a importância da boa gestão financeira na empresa

FERGASAN e os benefícios que serão percebidos com a implantação do mesmo.

2.8 Resultados esperados

O projeto visa a melhor gestão da empresa FERGASAN, tendo como objetivo,

alcançar os seguintes resultados:

a) Ter total controle financeiro de todas as despesas e receitas da empresa, de

forma que obtenha relatórios diários, semanais e mensais para controle de

tudo;

b) Ter um planejamento eficaz das manutenções feitas em toda a frota de

caminhões;

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c) Controlar as despesas da empresa para que todas as contas sejam pagas em

dia e evitar custos desnecessários (multas);

d) Reduzir os gastos com manutenção nos equipamentos;

e) Funcionários capacitados para o trabalho;

f) Ter uma gestão eficaz do planejamento da empresa, para que a mesma

consiga ter eficiência no seu resultado final.

2.9 Público alvo

Com a execução do projeto, pretende-se atingir primeiramente todos os

envolvidos da empresa, mostrando os benefícios que o mesmo trará para a empresa e

posteriormente, atingir também seus parceiros (fornecedores).

2.10 Cronograma de atividades

Tabela 1: Cronograma de atividades

(continua)

Atividades 2011 - elaboração do

projeto

8/11 9/11 10/11 11/11 12/11 1/12 2/12

Elaboração e formulação do tema,

objetivos gerais e específicos. X

Verificar o real problema da

empresa. X

Levantamentos de dados

bibliográficos, resumos e anotações

para consultas futuras.

X X X X X

Coleta dos dados e informações

gerais da empresa. X X

Levantar possíveis hipóteses para o

problema e justificativas para a

elaboração do projeto.

X

Verificar os resultados esperados

com a implantação do projeto. X

Elaborar a metodologia do projeto e

o cronograma das atividades. X

Elaboração do projeto. X X

Redação final do projeto com as

principais informações

adquiridas/coletadas.

X

Orientação final teórica e

metodologica e correções

necessárias.

X

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23

(conclusão)

Atividades 2011 - elaboração do

projeto

8/11 9/11 10/11 11/11 12/11 1/12 2/12

Apresentação do Projeto. X

Atividades 2012 - execução do

projeto

1/12 2/12 3/12 4/12 5/12 6/12 7/12

Pesquisas bibliográficas, anotações

e consultas as anotações feitas. X X X X

Verificar na empresa os dados

específicos em relação ao assunto. X

Entrevista com os gestores da

empresa para a coleta de

informações referente a atual gestão

financeira.

X

Desenvolvimento do projeto com

orientação teórica e metodológica. X X X X

Estudo de caso da empresa

FERGASAN e finalização do

projeto.

X X

Revisão gramatical e teórica. X

Correção e finalização do projeto. X

Entrega final e apresentação. X Fonte: Elaborada pela autora.

2.11 Recursos

Para que seja possível a realização do projeto, faz-se necessários alguns recursos

que deveram compor junto com os envolvidos no processo, para que este seja bem

elaborado e seja alcançado os objetivos propostos.

2.11.1 Recursos humanos

Para a Elaboração do projeto serão necessários os recursos humanos que são

todas as pessoas que estarão apoiando na elaboração do mesmo. São elas:

a) Sócio Diretor Geral da Empresa;

b) Sócio Diretor Operacional da empresa;

c) Assistente Administrativo;

d) Estagiário;

e) Orientador Teórico;

f) Orientador Metodológico.

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2.11.2 Recursos materiais e financeiros

Tabela 2: Recursos Materiais e Financeiros

Descrição Atividade Quantidade Valor

Unitário

Valor

Total

Recarga Cartucho Impressão de relatórios

e documentos diversos

necessários

4 R$10,00 R$40,00

Combustível Locomoção durante as

etapas de elaboração

do Projeto

10 R$2,95 R$29,50

Computador novo Melhor Eficiência do

Controle de Custos

(Sistemas e planilhas)

1 R$2.000,00 R$2.000,00

Papel 4 Impressão de

documentos

necessários

2 R$14,50 R$29,00

Canetas Uso Geral 3 R$0,45 R$1,35

Borracha Lápis Uso Geral 8 R$0,25 R$2,00

Calculadora

Financeira HP12C

Uso nas analises

financeiras (cálculos)

1 R$280,00 R$280,00

TOTAL: R$2.381,85 Fonte: Elaborada pela autora.

2.12 Referencial Teórico

De acordo com Hoji (2009), dentro dos estudos de administração financeira,

trata-se o objetivo das empresas sendo a maximização do seu valor no mercado, forma

pela qual estará aumentando as riquezas dos proprietários. Estes esperam que todos os

seus investimentos produzam um retorno que seja compatível com o risco que elas

assumem, por meio de gerações de resultados financeiros e econômicos (caixa e lucro)

que são adequados por longo prazo ou indefinidamente, isso porque o investimento é

feito em caráter permanente.

O lucro é importante tanto para as empresas privadas como para as empresas

públicas. Nas empresas públicas o lucro será reinvestido para executar planos de

melhoria para a comunidade.

A geração permanente de lucro para a empresa é muito importante, pois o bom

investimento destes fará com ela cumpra suas obrigações financeiras e tenha valor para

investir na própria empresa, conforme descrito pelo autor Hoji (2009, p. 03):

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A geração permanente de lucro e caixa contribui para que uma empresa

moderna cumpra suas funções sociais por meio de geração e pagamento de

impostos, treinamento e remuneração e pagamento adequada dos empregados

investimentos em melhoria ambiental.

Uma empresa pode ser visualizada como um sistema que gera lucro e faz com

que ela aumente os recursos investidos. A empresa é representada pelos seus gestores e

funcionários, e é a interação destes com os agentes econômicos onde ela esta inserida

que fará com que a mesma gere resultados financeiros e econômicos, capazes de

remunerar os empregados com salário justos e também seus acionistas/gestores, sendo

ainda possível realizar investimentos para o crescimento da empresa.

Para que as empresas tenham um bom desenvolvimento financeiro, é importante

o conhecimento do planejamento financeiro, quais são suas diretrizes de mudança nas

empresas e os benefícios que o bom planejamento traz para as organizações.

Dentre as diretrizes do planejamento devem incluir uma identificação das metas

financeiras das empresas, uma análise das diferenças entre tais metas e a interação

financeira corrente da empresa e um pronunciamento quanto ás providencias necessárias

para que a empresa atinja suas metas financeiras. Ou seja, o planejamento financeiro e

um processo que ajuda a empresa a evitar tropeçar no futuro caminhando para traz.

Para Ross Westerfield, dentro da política do planejamento financeiro, existem

elementos básicos importantes para as empresas. São eles, as oportunidades de

investimento que a empresa decide aproveitar, o grau de endividamento que a empresa

decide adotar e o montante de dinheiro que a empresa julga ser necessário e apropriado

distribuir aos acionistas. Essas políticas que as empresas precisam escolher, visando o

seu crescimento próprio e a rentabilidade da empresa.

Quando fala se em planejamento financeiro, vemos que este estabelece o método

pelos quais as empresas eram conseguir atingir seus objetivos financeiros. Estes

métodos possuem duas dimensões: prazo e nível de agregação. Como todo objetivo ou

estratégia que as empresas utilizam, o planejamento financeiro é uma demonstração do

que será feito num período futuro. Este plano pode ser feito a curto e longo prazo,

dependendo do ramo de negócio que a empresa irá seguir, pois assim como diz Ross

Westerfiela, “quase todas as decisões envolvem períodos longos de implantação” (2010,

p. 589). Quando a empresa deseja algo a ser realizado dentro dos primeiros 12 meses, é

um planejamento financeiro a curto prazo e de 2 á 5 anos, planejamento a longo prazo.

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Como base para a elaboração dos planos financeiros, deve ser feito uma análise

de orçamento de capital de cada um dos projetos da empresa. Conforme citado por Ross

Westerfield, todas as propostas de investimentos da parte operacional das empresas são

tratadas e somadas como um grande projeto, processo pelo qual o autor denomina como

agregação.

Conforme mencionado por Ross Westerfield, todo planejamento financeiro deve

envolver um conjunto de alternativas para os próximos 3 anos, em relação a possível

situação que a empresa estaria no decorrer do período. Isso é feito através de uma

divisão que devem preparar três planos de negócios alternativos: para o pior cenário da

empresa, para o cenário normal ou melhor cenário, ou seja, deve-se criar nos planos

alternativos que possivelmente serão adotadas nos próximos três anos. No primeiro

cenário, são alternativas para retirar a empresa de uma possível condição que está

passando; na segunda são alternativas que visam manter um bom cenário que a empresa

está vivendo; e no terceiro são alternativas com base em hipóteses otimistas que a

empresa possa viver, resultados acima do esperado, hipóteses estas visando manter ou

melhorar ainda mais os resultados.

Mas para que as empresas consigam atingir seus objetivos e fazer os melhores

planejamentos financeiros, é preciso ter um administrador financeiro que irá focar todo

seu trabalho na elaboração e acompanhamento dos projetos da empresa na qual ele

trabalha.

Segundo Hoji (2009, p. 07), a função do administrador financeiro é exercida por

pessoas ou até mesmo por um grupo de pessoas que podem ter diferentes

denominações:

A administração financeira de uma empresa é exercida por pessoas de grupos

de pessoas que podem ter diferentes denominações, como: vice-presidente de

finanças, diretor financeiro, controller e gerente financeiro. (HOJI, 2009, p.

07).

Na sua bibliografia, o autor denomina o administrador financeiro como

“administrador financeiro”.

Ao contrário que se possa imaginar, as atividades de operações das empresas

existem em função do negócio da empresa e não da competência do administrador

financeiro determinar como esta devem ser conduzidas. O que acontece é que este,

através de seus conhecimentos técnicos e de sua visão global em relação ao negócio da

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empresa, ele pode contribuir decisivamente quanto a melhor forma de conduzir as

atividades operacionais.

O foco de toda empresa é a atenção de lucros, com isso todas as suas atividades

devem ser conduzidas para este fim. Para isso, existem as funções típicas do

administrador financeiro das empresas: análise, planejamento e controle financeiro;

tomadas de decisões de investimentos; e tomadas de decisões de financiamentos. E para

que este administrador consiga exercer corretamente e com eficiência, ele deve receber

o apoio técnico de profissionais especializados em Tesouraria e controladoria. Estes

darão ao administrador financeiro, todo apoio para que todas as decisões a serem

tomadas sejam eficazes e favoráveis para a empresa. Consequentemente com tal apoio,

o planejamento financeiro será mais eficaz e favorável para a empresa.

É muito importante que todas as empresas conheçam quais são os objetivos que

são adquiridos quando é implantado uma ma boa administração financeira na empresa,

porem sabendo exatamente quais são estes objetivos que elas devem focar. E para que

esse planejamento seja bem feito, deve ter um bom administrador financeiro que irá

tomar conta dessa parte, tendo esta atividade como seu foco principal.

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3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Quando se trata da parte de Administração Financeira dentro da Administração,

trata-se de uma área muito ampla conforme e várias oportunidades de carreira, explica

Gitman. Esta afeta a vida de todas as pessoas e organizações sejam elas com fins

lucrativos ou não, privadas ou públicas, financeiras ou não financeiras.

Gitman define finanças como “(...) a arte e a ciência de administrar fundos”

(GITMAN, 2002, p. 4), isso porque qualquer individuo ou organização que obtêm

através de seus suas atividades profissionais qualquer tipo de receita que serão

utilizados para suprir as necessidades de si próprio ou ainda investir para que possa

aumentar esta receita. A área de finanças pode ser visualizada por revisão das

oportunidade de carreira nesse campo, estas podem ser divididas em dois grandes

grupos para melhor serem entendidos: primeiro a parte de serviços financeiros e depois

a Administração Financeira.

3.1 A administração financeira e sua evolução

De acordo com Brigham citado por Menon e Ianesko (2007), o primeiro

momento que surgiu a administração financeira foi por volta do ano de 1.900. O início

destes estudos começou com o foco de orientas as empresas que já iniciaram suas

atividades no mercado, porém não conseguiram legalizar as mesmas. Com isso, surgiu

um dos seus primeiros objetivos, levantar capital através da emissão de vários destes

títulos.

A administração financeira como um campo separado surgiu por volta de

1.900, seu estudo baseou-se em orientar e legalizar empresas que estavam

iniciando no mercado, com o objetivo de levantar capital através da emissão

de títulos de vários tipos. (BRIGHAM Apud MENON; IANESKO, 2007,

p.1).

Nos anos 30, devido a depressão, a administração financeira voltou para a

reorganização, liquidez das empresas e para a regulamentação dos mercados e títulos. Já

nas décadas de 40 e 50, o este estudo ainda continuou a ser ensinado, como uma

matérias descritiva, mas somente para os estudantes da época e não para a os altos

administradores, que seriam de fato, os que mais precisavam da “Administração

Financeira”, porém não tinham como ter contato com a mesma.

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Esse critério começou a ser mudado ainda na década de 50, onde a maioria das

empresa já começaram em querer sempre mais aumentar seus lucros, escolher quais os

tipos de clientes cada um queria atingir com a inclusão de seus produtos no mercado, e

ainda aprender qual a melhor forma de utilizar o seu capital de giro de forma que não se

perca nada do mesmo, pelo contrário, para aumentar suas receitas.

Nesta etapa, pode se dizer que foi o momento em que começaram a surgir

grandes oportunidades para as empresas, onde foi considerada uma era de tomada de

decisões, sobre, financiamentos, empréstimos e até mesmo investimentos. Esse conceito

foi se mantendo constante no decorrer dos anos. Á na década de 90, o objetivo principal

das empresas e organizações no geral, passou a ser então a maximização de suas

receitas, ou seja, aumentar cada vez mais seus lucros, de forma a reduzir então suas

despesas de operação.

Com esse critério, observou que era necessário uma remuneração (bônus) maior

aos gestores (gerentes) das empresas para que cada um destes, independente da área ou

departamento que atuam, trabalhassem da melhor forma em favor da empresa, para que

este possa trazer resultados positivos para as empresas, ou seja, os lucros que são

esperados pelos empresários, donos de seu próprio negócio. Todo esse processo, foi

uma forma muito nova que foi criada, com certeza para trazer melhorias para as

empresas. Porém foi necessário mudar a visão dos acionistas em relação a nova forma

de administrar; e ainda provocou o aumento de gestores de carteiras de fundos de

pensão e fundos mútuos. Esses gestores, propuseram compra de uma quantidade de

ações de grandes empresas. Estes pressionaram essas ações para beneficiarem os

acionistas. Todas essas negociações tinham um objetivo em comum: a melhoria

contínua nos ganhos da empresa.

Essa definição de que os administradores financeiros e a alta administração.

Tinham como o principal objetivo o lucro, foi até a década de 90. Pode-se afirmar que

até hoje, este conceito ainda é muito importante e indispensável, porém existe outros

pontos que tem a mesma importância, como a maximização da riqueza da empresa e,

consequentemente, de seus proprietários, visando um controle de caixa, estabilidade

para investimentos futuros.

Para que esses objetivos sejam alcançados nas organizações, devem-se se tomar

algumas medidas de mudança. Isso pode em um primeiro momento, reduzir os lucros

das empresas, porém vão aprimorar seus conhecimentos e as tomadas de decisões serão

votadas as melhorias tecnológicas e nos processos produtivos, o que futuramente trará o

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30

retorno perdido, caso este seja o caso (queda nos lucros devido as mudanças no

processos). Para que essa nova visão seja bem sucedida, muitos administradores

financeiros estão contratando profissionais em estudos de produção, que tenham uma

visão empreendedora de negócios, especialistas em custos de oportunidade (ou seja,

custos que hoje são alocados como despesas, mas que futuramente será revertido e

lucros ainda maiores que o que foi investido para a empresa). Outro ponto importante

que está sendo bem valorizado é a parte de informação, que é um dos itens importantes

para que as empresas possam estar sempre acompanhando as mudanças no mercado e

ainda de certa forma, ficar focado no que os clientes estão em busca.

3.1.1 Principais conceitos de finanças e sua importância

De acordo com Brigham sendo citado por Menon e Ianesko (2007), pode-se

definir que a finança dentro da empresas, interessa-se pela aquisição e uso eficiente dos

fundos que são exigidos por essas. Também se cita a administração do dinheiro bem

como das revindicações monetárias. Ou seja, isso torna a sua finalidade como sendo

administrar e dirigir os itens que são estudados para algum objetivo a favor da empresa,

como sendo um campo de aplicação prática na empresa.

Existem algumas funções principais e indispensáveis da administração

financeira dentro das empresas, que são:

a) Aquisição de itens que são essenciais para que a empresa consiga operar;

b) A boa distribuição de cada um dos itens adquiridos dentro da empresa, de forma

a atender cada uma das demandas dentro da empresa;

c) Verificar se há fundos suficientes que estejam disponíveis dentro da empresa e

que estes estejam liberados para que possam ser empregados em projetos na

organização, que tem como principal objeito o lucro para a mesma.

È indiscutível que a área de finanças é indispensável dentro de uma organização,

pois é esta única área que irá mostrar qual a real situação da empresa, ou seja, é este

conceito que quando aplicado nas empresas, ajudará as mesmas no seu sucesso e ou

também no seu fracasso. A administração financeira não é utilizada e recomendada

somente em empresas ou organização, é também muito utilizada por pessoas,

profissionais dessas mesmas empresa onde é utilizada, seja em suas vidas profissionais

bem como em suas vidas particulares (familiar).

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Brigham sendo citado por Menon e Ianesko (2007), menciona que as funções

relacionadas com a administração financeira que são desempenhadas nas empresas, tem

como principal objetivo, a riqueza, ou seja, o aumento contínuo de seus lucros,

exercendo de certa uma função muito importante dentro das organizações. Utiliza-se

destes estudos para se tomar várias decisões com o intuito de trazer cada vez resultados

satisfatórios para as organizações.

3.1.2 Serviços financeiros

Esta área está voltada para a concepção e prestação de serviços de acessória,

como também a entrega de produtos financeiros quanto para indivíduos, como para

empresa e governo. Gitman (2002) enxerga várias oportunidades relacionadas com esta

área:

Isso envolve uma amplitude de interessantes oportunidades de carreira na

área de bancos e instituições correlatadas, de planejamento de finanças

pessoais, de investimentos, de bens de imóveis e de seguros (GITMAN,

2002, p. 4).

Dessa forma, o autor enxerga uma amplitude de oportunidades quando se trata

de serviços financeiros, uma vez que toda a área de finanças envolve atividades que são

executadas por bancos e grandes instituições financeiras, como na área de planejamento,

que uma das mais importantes nas organizações.

3.1.3 A administração financeira nas empresas

Quando se trata de Administração de empresas, trata-se de todas as

responsabilidades financeiras que um administrador terá dentro de uma empresa,

independente se esta é com ou sem fins lucrativos, de pequeno ou grande porte, ou seja,

trata-se das pessoas que estarão trabalhando diretamente com todas as questões

financeiras dentro da empresa de forma ativa. Os administradores financeiros

desempenham várias tarefas que irão contribuir para que o financeiro da empresa seja o

esperado e planejado. Gitman afirma que algumas dessas atividades devem ser bem

executadas pelo Administrador, evitando assim problemas futuros da empresa. São elas:

orçamentos, previsões financeiras, administração de caixa, administração do crédito,

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análise de investimentos e capacitação de fundos. Nos últimos anos, com todos os

avanços e leis que devem ser cumpridas, elevam a complexibilidade e importância das

responsabilidades do administrador financeiro. Isso porque as empresas vêm crescendo

cada vês mais e estes profissionais capacidatados, devem ficar atentos nestes pontos

dentro da organização, citando o ainda que muitos dos bons resultados de

administradores em grandes empresas provém de altos executivos e do governo.

A globalização também é considerada uma grande tendência para que muitas

empresas adotem a figura do administrador financeiro. Este é capaz de administrar fluxo

de caixa nomeado em vários tipos de moedas, protege de certa forma as empresas dos

riscos políticos e cambial e apesar dessas necessidades tornarem as funções do

administrador mais exigente e complexa, estas podem propiciar carreiras

recompensadoras e interessantes. Para comprovar, Gitmam (1997) cita exemplos de

empresas norte-americanas que aumentaram suas vendas e investimentos em outros

países, enquanto empresas estrangeiras têm aumentado também suas vendas e

investimentos diretos dos Estados Unidos.

3.1.4 O estudo da administração financeira

Gitmam (1997), ressalva que por mais que muitos estudos mostrem e foquem em

empresas com fins lucrativos, o estudo da Administração Financeira pode e dever ser

aplicado em empresas sem fins lucrativos e ainda na vida pessoal. As várias áreas em

que as pessoas podem se especializar, todas podem servir de base para novos desafios e

aprendizados a respeito de finanças. Cada empresa, mesmo que já existam outras do

mesmo ramo de atividade, há alguns pontos que diferem a mesma de outras no que diz

respeito a administração financeira da empresa. Existem algumas atividades que exigem

constantes inovações que precisam de investimentos financeiros, ou seja, precisam de

verbas para serem executadas. E para isso a empresa precisa se preparar para tais gastos.

Já Sanvicente e Santos (2008, p. 16) mencionada em sua obra Orçamento na

Administração de Empresas, que além de todas as fases do no estudo da administração

financeira, “o Planejamento é uma importante ferramenta para o sucesso de uma

empresa”. Diz ainda:

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“Planejar é estabelecer com tendências as ações a serem executadas, estimar

os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atribuições de

responsabilidades em relação a um período futuro determinando, para que

sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos porventura fixados para uma

empresa e suas diversas unidades”. (SANVICENTE E SANTOS, 2008, p.

16).

Com isso o autor vem mostrar que as ações que serão executadas nas empresas,

estas devem ter inicialmente um planejamento de como será feito todo o processo, bem

como estimar todos os gastos e os recursos que serão necessário para que a mesma seja

executada dentro o período que é pré determinando. O planejamento bem feito estará

ajudando a empresa a alcançar satisfatoriamente os objetivos que foram propostos por

uma empresa em qualquer de suas unidades.

3.2 Ambiente operacional

Para iniciar este tópico, Gitmam (1997, p. 30), apresenta três formas para as

empresas que necessitam de fundos de fontes externas possam obtê-los:

A primeira PE através de “instituições financeiras que captam poupanças e as

transferem para que para aqueles que precisam de fundos. Outra é através de

mercados financeiros, foros organizados onde fornecedores e tomadores de

vários tipos de fundos podem realizar transações. E uma terceira é através da

colocação privada. Devido à natureza não estruturada das colocações

privadas.

Com essa afirmação, o autor da ênfase primeiramente as instituições financeiras,

devido à natureza não estruturada das colocações privadas.

3.2.1 Instituições financeiras

Iniciando o estudo dessas instituições, primeiro Gitmam (1997, p. 30) define que

“As instituições financeiras são intermediários que canalizam as poupanças de

indivíduos, empresas e governos para empréstimos ou investimentos”. Com isso, muitas

instituições financeiras, direta ou indiretamente, juros sobre os fundos depositados, já

outras prestam serviços que são cobrados de seus depositantes, como exemplo cita-se a

taxa de serviços incidentes sobre contas correntes. Ainda assim, algumas instituições

financeiras captam poupanças e empresas esses fundos aos seus clientes e outras, por

sua vez, investem as poupanças de seus clientes em ativos rentáveis, tais como bens

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imóveis ou ações e títulos de dívida. Também, existem outras que tanto emprestam

fundos quanto investem as poupanças. O governo querer que as instituições financeiras

operem dentro de determinadas diretrizes regulamentares.

Para exemplificar, em sua obra, Gitmam (1997) cita as principais intituições

financeiras na economia americana que são os bancos comerciais, os bancos de

poupança, as associações de poupança e empréstimos, as cooperativas de crédito,

companhias de seguro de vida, fundos de pensai e fundos mútuos. Essas, atraem fundos

dos indivíduos, empresas e governos, combinam-nos e prestam determinados serviços

de forma a tornar atraentes os empréstimos colocados a disposição de indivíduos e

empresas. Estas, também podem dispor de parte desses fundos para atender a várias

demandas governamentais. A tabela 3 mostra uma breve descrição sobre as principais

instituições financeiras citadas.

Tabela 3 - Principais instituições financeiras

(continua)

Instituições Descrição

Banco Comercial

Aceita tanto depósito à vista (conta corrente) como depósito a prazo

(poupança). Também oferece contas com pedido de resgate negociáveis

(NOW), que são contas de poupança que rendem juros e sobre as quais se

pode emitir cheques. Além disso, oferece contas de depósito no mercado

monetário, o qual paga juros a taxas competitivas em relação aos demais

instrumentos de investimento a curto prazo. Concede empréstimos

diretamente aos tomadores de fundos ou através dos mercados

financeiros.

Banco de Poupança:

Similar aos bancos comerciais, exceto que eles não mantém depósitos à

vista (conta corrente). Capta fundos de poupanças, de contas NOW e das

contas de depósito do mercado monetário. Geralmente, empresta ou

investe fundos através dos mercados financeiros, apesar de alguns

empréstimos imobiliários serem feitos a indivíduos. Os bancos de

poupança estão localizados principalmente nos Estados de Nova Iorque,

Nova Jersy e Nova Inglaterra.

Associação de

poupança e

empréstimo

Similar ao banco de poupança, no sentido de oferecer depósitos de

poupança, contas NOW e contas de depósito do mercado monetário.

Além disso, obtém capital através da venda de títulos nos mercados

financeiros. Empresta fundos, principalmente a indivíduos e empresas, na

forma de empréstimos hipotecários de bens e imóveis. Alguns fundos são

canalizados para investimentos nos mercados financeiros.

Cooperativa de

crédito

Intermediário financeiro que lida basicamente com as transferências de

fundos entre os consumidores. Para associar-se à cooperativa de crédito é

necessário, geralmente, um vínculo comum, tal como trabalhar para

determinado empregador. A cooperativa de crédito aceita, de seus

associados, depósitos de poupança, contas NOW e contas de depósito do

mercado monetário e empresta a maioria desses fundos a outros

associados, tipicamente para financiar compras de automóvel,

eletrodomésticos ou benfeitorias de imóveis .

Companhia de

seguros de vida

É o maior tipo de intermediário financeiro que lida com poupanças de

indivíduos. Recebe pagamentos de prêmios que são destinados a

empréstimos ou investimentos, acumulando fundos para, no futuro,

cobrir os pagamentos de benefícios.

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35

(conclusão)

Instituições Descrição

Fundo mútuo

Um tipo de intermediário financeiro que reúne fundos dos poupadores e

os torna disponíveis às empresas e governo que os demandam. Obtém

fundos através da venda de quotas e usa esses recursos para adquirir

títulos de dívida e ações emitidas por várias empresas e unidades de

governo. Cria uma carteira diversificada de títulos e a administra

profissionalmente, com vistas a atingir um objetivo de investimento

específico, tal como liquidez com alto retorno. Existem centenas de

fundos, com uma variedade de objetivos de investimento. Os fundos

mútuos do mercado monetário, que provêem retornos competitivos e

elevada liquidez, são bastante populares, especialmente quando as taxas

de juros de curto prazo estão altas.

Fonte: Adaptado de Gitman (1997, p. 32)

3.2.2 Mercados financeiros

Os mercados financeiros fornecem um foro no qual fornecedores de fundos, tomadores

de empréstimos e investidores podem negociar diretamente. Enquanto os empréstimos e

os investimentos das instituições são feitos sem o conhecimento direto de fornecedores

dos fundos (poupadores), no mercado financeiro os fornecedores sabem onde seus

fundos estão sendo emprestados ou investidos. Os dois mercados financeiros básicos

são: o mercado monetário e o mercado de capitais. As transações com instrumento de

divida de curto prazo ou com valores mobiliários negociáveis realizam-se no mercado

monetário. Os títulos de longo prazo são negociados no mercado de capitais.

Todos os títulos, seja no mercado monetário ou no mercado de capitais, são

inicialmente emitidos no mercado primário. Este é o único mercado no qual o

emissor – as sociedades anônimas ou o governo – é diretamente envolvido na

transação e recebe os benefícios diretos dessa emissão – ou seja, a empresa

efetivamente recebe pela venda de títulos. Quando os títulos começam a ser

negociados entre indivíduos, empresas, governos ou instituições financeiras,

poupadores e investidores, tornam-se parte do mercado secundário. O

mercado primário é aquele no qual os “novos” títulos são vendidos; o

mercado secundário pode ser visto como um mercado de títulos “usados” ou

“possuídos anteriormente”. (GITMAN, 2002, p. 33).

Uma palavra chave, citada pelo autor, mostra que no mercado monetário ou no

mercado de capitais, o emissor é diretamente envolvido na transação, consequentemente

recebe os benefícios diretos desse emissão: “mercado primário”.

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36

3.2.3 Relacionamento entre instituições e mercados

Gitmam (1997) afirma que as instituições financeiras participam ativamente do

mercado monetário e do mercado de capitais, tanto como fornecedoras quanto como

tomadoras de fundos. Os indivíduos, empresas e governos que fornecem e demandam

fundos podem ser nacionais ou estrangeiros. Em alguns casos, poderá haver restrições

legais às operações de certas instituições no mercado financeiro. Encerramos esta seção

com uma breve descrição do mercado monetário, incluindo seu equivalente

internacional – o mercado euromoeda. A seção seguinte é dirigida à discussão do

mercado de capitais, devido à sua grande importância para as empresas.

3.2.4 Mercado Monetário

Gitman (2002), ressalta que o Marcado Monetário origina-se do relacionamento

financeiro entre fornecedores e tomadores de fundos de curto prazo, os quais têm

vencimentos de um ano ou menos. O mercado monetário não é uma organização real

instalada em algum ponto central, embora a maioria das transações realizadas nesse

mercado ocorra nas grandes cidades, como Nova Iorque. A maioria das transações do

mercado monetário é feita com valores mobiliários negociáveis – que são instrumentos

de dívida de curto prazo tais como Letras do Tesouro, Commercial Paper e certificados

de depósito negociáveis emitidos pelo governo, empresas e instituições financeiras,

respectivamente.

O mercado monetário existe porque certos indivíduos, empresas, governos e

instituições financeiras possuem, temporariamente, fundos ociosos que

desejam aplicar em algum tipo de ativo líquido ou de curto prazo que renda

juros. Por outro lado, outros indivíduos, empresas, governos e instituições

financeiras encontram-se em situações em que precisam de financiamento

sazonal ou temporário. (Gitmam, 1997, p. 34).

Desse modo, o mercado monetário possibilita o encontro entre fornecedores e

tomadores de fundos líquidos de curto prazo.

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3.2.4.1 Funcionamento do mercado monetário

Para iniciar o estudo de como é o funcionamento do mercado monetário,

Gitmam (1997, p. 34), inicia este estudo com uma pergunta importante que deve ser

considerada: “Como os fornecedores e os tomadores de fundos de curto prazo

estabelecem contato no mercado monetário?” Para explicar , ele menciona que

geralmente, eles entram em contato através de grande bancos, por intermediário dos

dealers de títulos governamentais ou do Federal Reserve. O Federal Reserve envolve-se

somente em empréstimos de um banco comercial a outro; esses empréstimos são

conhecidos por transações em fundos federais. Inúmeras corretoras de valores adquirem

vários instrumentos do mercado monetário para revenda aos clientes. Se uma corretora

não dispuser de um instrumento solicitado pelo cliente, ela tentará adquiri-lo.

Adicionalmente, instituições financeiras, tais como bancos e fundos mútuos, compram

instrumentos de mercado monetário para suas carteiras a fim de proporcionar retornos

atraentes aos seus depositantes e cotistas.

A maioria das operações no mercado monetário é realizada por telefone. Um

empresa que deseja comprar um determinado valor mobiliário negociável pode ligar

para seu banco e este tentará comprar o título contactando um banco conhecido por

“manter ofertas firmes de compra e venda”, ou procurará negociar o título em questão.

O banco ou a empresa poderá também acessar diretamente um dealer de títulos

governamentais, ou seja, uma instituição que compra vários títulos governamentais e

outros instrumentos do mercado monetário para revenda.

Não importa se uma empresa ou governo está emitindo um instrumento de

mercado monetário (demandando fundos de curto prazo) ou adquirindo um

instrumento de mercado monetário (fornecendo fundos de curto prazo); uma

das partes interessadas deve procurar diretamente a outra ou usar um

intermediário, tal como um banco comercial, um dealer de títulos

governamentais, ou uma empresa corretora, para fazer a transação.

(GITMAM, 1997, p. 34).

Os indivíduos que desejam comprar valores mobiliários negociáveis, geralmente

devem fazê-lo através de uma empresa dealer. O mercado secundário (ou de revenda)

para valores mobiliários negociáveis não difere do mercado primário (ou de emissão

inicial), no que se refere às transações básicas realizadas.

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4 ORÇAMENTO FINANCEIRO

Para iniciar os estudos sobre orçamento financeiro, Sanvicente e Santos (2008),

ressalta a importância do orçamento financeiro dentro das grandes empresas. Orçamento

deve ser utilizado como instrumento de planejamento e controle das atividades de uma

empresa. Porém, o autor, deixa esclarecido que para que o orçamento seja bem feito

deve se levar em contas dois determinados itens que são de muita relevância para o

sucesso do mesmo: “planejamento e controle”.

De uma forma, as empresas planejam e controlam todas as suas atividades, com

a finalidade de seguir uma linha que fará com que a mesma tenha sucesso nas suas

atividades. A implantação de um orçamento nas empresas faz com que essas tarefas

sejam formalizadas e sistematizadas. Essa implantação sem dúvidas, tem muitas

vantagens tanto para seus gestores como cada um de seus funcionários, pois irá

melhorar todos os controles da empresa.

Citados por Menon e Ianesko (2006), Figueiredo e Caggiano, diz que o

orçamento é um instrumento que irá dar a direção a empresas para que as mesmas

possam alcançar os objetivos propostos no planejamento. Ou seja, considera-se que no

orçamento constam os planos específicos, isto relacionado nos itens como datas, custos,

planejamento, visando orientar a administração das mesmas para que se atinja seus

objetivos empresariais.

Sanvicente e Santos (2008, p. 16), explica também, com clareza, o conceito:

Na verdade a formalização e a sistematização do planejamento e do controle

administrativos através de orçamentos criam condições para que se progrida

no sentido da otimização da ação administrativa, documentando-se planos e

programas e permitindo uma aferição mais objetiva do desempenho dos

diversos setores da empresa.

Em sua obra”Orçamento na Administração de Empresas” Sanvicente e Santos

(2008) ressaltam que na implantação de orçamento nas organizações, a primeira reação

das equipes é que os gestores possam estar tentando controlar as atividades que estão

sendo desempenhadas por cada colaborador dentro da empresa, porém o mesmo traz

uma nova visão a respeito do assunto: “(...) ele é um instrumento de participação no

planejamento das atividades da empresa, especialmente daquelas atividades pelas quais

cada funcionários é responsável”.

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Também com o mesmo pensamento, Bressan (2006, p. 102) enfatiza a

importância da implantação da sistematização do orçamento dentro das empresas,

passando de um capricho, mas sim, uma necessidade das grandes organizações em

manter um controle que consiga controlar todas as atividades da empresa através do

orçamento:

A utilização de sistemas informatizados para o gerenciamento financeiro é

uma necessidade recorrente nas empresas modernas, envolvendo desde

sistemas simples, baseados em planilhas eletrônicas, a sistemas especialistas,

configurados para necessidades específicas de processos de tomada de

decisão. (BRESSAN, 2006, p. 102).

Com o objetivo de trazer uma visão mais ampla relacionada ao orçamento nas

empresas Frezatti (2005), em seu artigo “Inovação ou resgate de antigos conceitos de

administração empresarial”, cita que existem pensamentos diferentes sobre este

assuntos, mas que fazem com que cada uma deles se fundamente com o objetivo geral

que a empresa deseja alcançar. De acordo com Frezatti (2005) na respectiva obra,

analisam o orçamento do ponto de vista da pesquisa, onde percebeu que as tendências

do orçamento pode ser agrupadas em abordagens mutuamente excludentes, ou seja,

vários itens que são implantados dentro da empresa podem ser agrupados dentro de um

mesmo sistema para melhor gerir cada um deles.

Em seu artigo, Frezatti (2005, p. 4), mostra duas abordagens relacionadas ao

orçamento:

A primeira abordagem está relacionada ao grupo que defende a melhoria do

processo orçamentário. Esse grupo considera que o activitybased budgeting

deve ser a ferramenta que pode proporcionar esse benefício necessário para

revitalizar o processo, a partir de foco no plano operacional. A segunda

abordagem está relacionada ao grupo que defende o abandono do orçamento

e, como seqüência, que seja desenvolvida uma radical descentralização da

entidade. A abordagem desse grupo ficou conhecida como beyond budgeting.

No sentido de melhorar os processos dentro das organizações recomenda-se que

seja feito revisões de seus orçamento para que possam gerir melhor seus objetivos,

focando tais itens nos custos variáveis e não nos fixos, pois são eles que poderão se

tornar imprevisíveis e causar danos as empresas. A sugestão é que seja utilizado

inclusive utilizando o rolling-budgeting, incentivos à utilização do activity-based

budgeting.

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Conforme citado por Frezatti (2005) deve reconhecer que o orçamento quando

instalados nas organizações tem grande impacto sobre o desenvolvimento da carreira,

tanto nas premiações como nas promoções dos executivos. Dessa maneira, o orçamento

pode ter pontos positivos e pontos negativos:

a) Pode-se considerá-los como positivos, quando os interesses dos

colaboradores estão alinhados com os objetivos que as empresas esperam de

seus funcionários, ou seja, com o objetivo que a empresa deseja chegar com

o trabalho de cada colaborador dentro da organização.

b) Ao contrário, negativamente, quando há certa divergência entre os objetivos

estipulados pela empresa com os do colaborador, o que denominado

congruência de objetivos. Quando o orçamento é mal administrado, essas

reações ocorrem das mais variadas formas, o que irá resultar em

comportamento disfuncional, pois a empresa não consegue se adequar com

as ideias do colaborador e vice-versa.

Ainda relacionado ao ponto negativo, Frezatti (2005, p.4) diz:

Os problemas mais críticos são as definições de metas muito altas ou muito

baixas. Metas desafiadoras mas exeqüíveis são um desafio permanente e

saudável para os gestores. Outra dificuldade é superestimar custos ou

subestimar receitas, criando reservas no orçamento, o que torna a exigência

por desempenho menos objetiva. Ainda temos o problema de uma

pseudoparticipação, caracterizada pela superficialidade, e que objetiva apenas

ter a adesão formal dos subordinados às metas. Ademais, podemos encontrar

ações que reduzem ou minimizam tais disfunções, como realimentação sobre

o desempenho, incentivos monetários e não monetários, participação, padrões

realísticos, controlabilidade de custos e múltiplas medidas de desempenho.

De acordo com o que foi citado por Frezatti (2005), mesmo com as vantagens

que o orçamento tradicional proporciona, este ainda possui algumas imperfeições que

podem causar problemas para a organização. Dentre essas imperfeições, existe uma que

tem grande potencial: “o foco na redução de custos e não na criação de valor”, onde a

maioria das empresas procuram primeiramente a reduções dos custos a que preço for,

porém repassa que a empresa deve sim pensar na redução de seus custos, pois os

mesmos devem ser controlados, porém deve-se se focar na melhoria contínua do seu

produto, para fazer com que o mesmo consiga o valor necessário no mercado para a

venda do seu produto.

Ainda assim, Frezatti afirma que existe perda de tempo nas empresas pelos fatos

das mesmas perderem tempo se preocupando com as coisas que estão no passado: “(...)

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os pontos frágeis do processo tradicional podem ser descritos como perda de tempo, já

que as pessoas gastam tempo no acompanhamento orçamentário falando sobre o

passado” (FISCHER, 2002 apud FREZATTI 2005), ou seja, muitas vezes as empresas

se preocupam com o que aconteceu comparando-se com o que foi planejado para

determinada atividade, sendo um dos pontos mais importantes, a discussão para o

futuro, pois na mesma será discutido o que será feito para melhorar cada um dos itens

que foram levantados pela empresa. Evidentemente o autor desconsidera que o processo

de acompanhamento orçamentário pretende exatamente o compromisso quanto ao

futuro.

O que deve deixar claro é que o processo orçamentário não encoraja as pessoas

ao desempenho, mas ao desempenho do orçamento, e, finalmente, a revisão do

orçamento é demorada e as empresas não conseguem fazê-lo rapidamente.

4.1 Orçamento e Controle

Se tratando de orçamento existem vários pontos que devem ser abordados e

levados em conta para que este seja bem feito. A implantação e utilização do orçamento,

é uma ferramenta importante dentro do processo administrativo para que o mesmo se

torne mais amplo e deve ser usado como instrumento de controle, conforme citado por

Sanvicente e Santos (2008, p.22). Esse controle deve ser entendido e executado durante

a execução do projeto, pois é ele que irá mostrar em qualquer momento do projeto como

está o andamento do mesmo, quando relacionado ao planejamento e também no que

esteja relacionado com os custos que estão sendo empregados para que o projeto seja

bem sucedido. Assim ele ainda ressalva:

Evidentemente, a função de controle não se esgota no acompanhamento puro

e simples, como também envolve a geração informação para a tomada de

decisões de avaliação e eventual correção do desempenho alcançado,

proporcionalmente ao seu afastamento em relação ao tido como desejável.

(SANVICENTE E SANTOS, 2008, p.22).

O orçamento irá predeterminar as unidades que serão responsáveis por cada

parte do processo dentro da empresa, como receitas, despesas, volumes de atividades,

qualidade de atuação e tudo isso dentro do período que é pré-estabelecido no projeto.

Porém de nada adiante você planejar todo o projeto atravéz do orçamento e não

controlar o mesmo, mas saber como está o andamento das atividades que foram

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estipuladas no planejamento, ou seja, precisa ser verificado sempre se as

responsabilidades que foram designadas a cada um estão sendo cumpridas conforme o

que foi planejado.

4.1.1 Vantagens e limitações do orçamento

Nos orçamento também temos algumas vantagens e limitações que devem ser

consideradas, conforme menciona Sanvicente e Santos (2008; p. 23):

A utilização de um sistema orçamentário, entendido como um plano

abrangendo todo o conjunto das operações anuais de uma empresa, através da

formalização do desempenho dessas importantes funções administrativas

gerais, oferece inúmeras vantagens que decorrem diretamente dessa

formalização.

Dentre as principais vantagens existem algumas que são citadas por Sanvicente e

Santos (2008), que pode-se mencionar para que se esclareça essa questão. Dentre elas

cita-se:

a) A existência e a utilização do sistema exige que sejam concretamente fixados

objetivos e políticas para a empresa e suas unidades. Através da

sistematização dos processos de planejamento e controle através da criação

dos orçamentos, faz com que as empresas façam um exame prévio e

cuidadoso de todos os itens que estão relacionados ao orçamento da empresa,

antes da tomada de decisão importantes dentro da organização. Esse controle

ainda obriga a administração das empresas a dar a devida atenção adequada e

oportuna aos efeitos que podem surgir devidos as novas condições externas

que eventualmente surgem durante o processo.

b) A segunda está relacionada com a integração de uma área da empresa com as

demais inclusive com as filiais, ou seja, um orçamento global que fará com

que os demais membros da administração, participem e conheçam as demais

áreas do orçamento. A participação de todos é de suma importante para que

uns consigam entender como é o processo em demais áreas e o que ele pdoe

fazer para ajudar a empresa a atingir seus objetivos.

c) Obriga os administradores a quantificarem e datarem todas as atividades

pelas quais serão responsáveis, ao invés de limitarem a compromissos com

metas e alvos vagos e imprecisos.

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d) Através da delegação de poderes e de autoridades, que se refletem de certa

forma nos orçamentos da empresa, reduz o envolvimento dos altos

administradores nas áreas operacionais da empresa.

e) Identifica os pontos eficientes e os pontos ineficientes no desempenho das

unidades da empresa, permitindo assim acompanhar como estão cada um dos

processos, se estão sendo executados conforme o que foi planejado.

f) Por fim, a preparação de todo o orçamento anual que é feito na maioria das

empresa, ajuda a melhorar a utilização de todos os recursos que foram

levantados no momento da elaboração do projeto, mantendo sempre um

controle sobre cada um dos itens para assim, ter eficiência.

Além das mais variadas vantagens e contribuições que o sistema de

planejamento controle pode proporcionar aos administradores e todos os envolvidos,

Sanvicente e Santos (2008, p. 24) que essas não são as respostas para todos os males

que podem surgir na empresa: “(...) ele não é a resposta para todos os males, pois para

ser bem aplicado numa empresa, requer atitudes apropriadas e o conhecimentos da

técnica envolvida na sua utilização”.

Saindo da regra, a utilidade deste sistema esbarra com os seguintes obstáculos

que podem ser entendidas como limitações:

a) Os dados contidos no orçamento são estimativas que podem estar sujeitas a

erros tanto para mais quanto para menos, dependendo da sofisticação do

processo em que o mesmo estará fazendo parte. A finalidade é planejar, com

isso fica impossível eliminar todas as possibilidades de erros dentro do

processo. Sanvicente e Santos (2008, p.24) ainda afirma que é “melhor

planejar com a consciência do erro que possa estar sendo cometido, do que

simplesmente admitir o futuro como inserto demais”.

b) O Custo do sistema é um item que também deve ser avaliado. Muitas

empresas ainda de pequeno porte, não tem a capacidade de contratar pessoas

especializadas capazes de implantar e supervisionar em suas respectivas

empresas o sistema de orçamento, bem como fica inviável liberar

colaboradores de suas áreas para se dedicarem inteiramente na implantação

do sistema de orçamento.

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Entretanto os benefícios já foram mencionados e parecem claros. Tudo

dependeria da comparação dos benefícios do planejamento e do controle

formais a esses custos. Por outro lado há variações de complexidade no

sistema orçamentário empregado, o que leva a níveis distintos de custo.

(SANVICENTE E SANTOS, 2008, p. 24).

c) O uso do sistema de orçamento é recomendável para determinados estilos de

administração que talvez não seja aceitável em determinadas empresas.

Aquelas que são mais autoritárias, são mais difíceis de aceitar devido a

responsabilidade e controle que já existem nas mesmas. Planejar e controlar

é sempre bom, mas sem a delegação de responsabilidade para que uma

colaborador da empresa fique responsável pelo sistema, esta pratica nas

empresas se tornará um exercício dispendioso do que em uma forma de

administrar mais racionalmente os recursos da empresa. É desejável que toda

empresa faça uma avaliação relacionado a este ponto antes que o sistema

seja instalado na mesma, para que assim ele possa contribuir para o

crescimento da empresa.

4.2 Implantação e utilização do sistema orçamentário

Para iniciar este estudo, Sanvicente e Santos (2008) ressalta que para a

implantação e utilização do sistema orçamentário dentro de uma organização é preciso

que as partes interessadas da empresa estejam sempre atentas ao que pretendem atingir

mantendo-se em operação, de forma que suas áreas possam seguir o que foi estabelecido

no sistema orçamentário.

4.2.1 Princípios da boa utilização de orçamento

Tanto na introdução de um sistema orçamentário em uma empresa que até então

não o utilizava quanto a sua utilização regular durante anos seguidos requerem, para um

aproveitamento adequado das vantagens existentes bem como para a superação das

limitações que foram citadas anteriormente.

Para que a utilização do orçamento seja eficaz, Sanvicente e Santos (2008, p.

26), cita alguns princípios que ele menciona como “Condições Fundamentais” para que

este seja bem sucedido dentro das empresas, conforme abaixo:

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a) Inicialmente é indispensável que se aprove a implantação do sistema

orçamentário na mesma, principalmente a alta cúpula administrativa da

empresa, em seus vários aspectos. Desse modo, espera-se que a alta

administração entenda a natureza e os elementos básicos da elaboração de

orçamento, esteja convencida de sua utilidade para a empresa, pois trata-se

da formalização dos procedimentos de planejamento e controle das

operações anuais da empresa, mostrando-se disposta a empregar toda a sua

atenção e os recursos da empresa para o bom andamento de suas tarefas

relacionadas ao Orçamento financeiro da empresa.

b) Para o processo de implantação do orçamento financeiro, é preciso que o

sistema preveja, através de um calendário (roteiro) apropriado para a mesma,

o envolvimento deliberado dos administradores do processo de

planejamento. Isso começa pela sua atenção ao fornecimento de dados para a

montagem dos diversos orçamentos parciais, dados esses que devem refletir

os seus conhecimentos e estudos apropriados dos segmentos das operações

pelas quais são responsáveis. Essa participação que se espera dos indivíduos

que são afetados no processo de elaboração do orçamento, visa diminuir o

impacto negativo arbitrárias de cima para baixo, bem como aumentar o

interesse e o envolvimento de cada administrador na condução das atividades

de cuja supervisão está encarregado.

c) Por ultimo, é indispensável que o sistema, particularmente ma sai fase de

acompanhamento e controle, gere informações que deem destaque apenas ás

diferenças significativas entre o desempenho planejado e o desempenho

afetivo, como elemento para decisões posteriores pelos destinatários das

informações. Se isso não for feito, boa parte das vantagens das informações

inerentes ao uso de orçamentos estarão perdidas, pois os executivos que

receberem todas as informações de controle não poderão diminuir o seu

envolvimento com as decisões do dia-a-dia, e o seu tempo não estará

empregado a medida do seus custo para a empresa.

Citado na obra de Sanvicente e Santos (2008), Welsch denomina este princípio

como “Administração por exceção”, insistindo que é preciso fazer com que os

executivos se ocupem com os aspectos incomuns da comparação entre realizado e

planejado.

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Para confirmar, ainda assim afim que o incomum é significativo ou relevante, ou

seja, para que uma obediência correta a este princípio também é necessário haver

critérios para que se possa dier quando uma variação ou diferenã entre o realizado e o

planejado é digna de maior atenção e de medidas subsequentes.

Para exemplificar, Sanvicente e Santos (2008, p. 27) cita-se:

Em uma empresa, 10% de diferença entre o realizado e o planejado podem

ser significativos e em outra não. Isto dependerá, principalmente, do grau da

incerteza com que a empresa faz suas estimativas orçamentárias, o que por

sua vez está relacionado a dois aspectos: (1) a satisfação ou refinamento dos

procedimentos de estimação e (2) a instabilidade do ambiente externo á

empresa.

Dessa forma é melhor que uma porcentagem, em lugar de valores absolutos,

para medir essas diferenças, e calculá-las através de um confronto entre realizado e o

que foi planejado par ao mesmo período, do que entre o realizado no período em estudo

e o realizado em outro período, como exemplo o ano anterior, pois o comportamento

efetivo em dois períodos distintos pode estar sujeito a influências externas diferentes,

além de se perder de vista a noção fundamental do que seria tido eficiente ou desejável,

sem falar em ajustes em consequências de inflação ocorrida entre as duas datas.

4.2.2 Necessidade de criação de nova mentalidade

Para que o orçamento tenha sucesso dentro de uma organização, é preciso que a

mesma, ou seja, seus gestores passem por um processo de educação orçamentária, ou de

criação, dentro da empresa, de uma atitude apropriada ao aproveitamento das vantagens

do sistema, como afirma Sanvicente e Santos (2008).

Pode-se entender por “Educação Orçamentária”, um programa de comunicação

aos administradores já envolvidos ou eu virão a se envolver com o uso do sistema

orçamentário, de seus benefícios, tanto para a empresa como para o melhor desempenho

de suas tarefas específicas na organização. Ainda sendo citado por Sanvicente e Santos

(2008), Welsch chama tal programa como “trabalho de relações públicas” e indica que

o melhor procedimento consistiria em fazer com que o pessoal de supervisão tomasse

parte ativa no grupo encarregado por elaborar Orçamentos.

Já Tung citado também por Sanvicente e Santos (2008), identifica dois grupos

diferentes de utilização: os entusiastas e os indiferentes, e “até contrários a qualquer tipo

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de alteração do sistema de trabalho que já lhes é familiar”. È recomendado que seja feito

com o segundo grupo um treinamento, cuja principal preocupação seja mostrar o

trabalho a ser feito e os benefícios que dele advirão. A percepção desses benefícios é

vista como a fonte de motivação desses executivos, e disso decorre maior aceitação para

o sistema.

Por fim, nesse processo de mudança na mentalidade dois pontos táticos são

importantes para melhorar a disposição apresentada pelos administradores para usar o

sistema orçamentário: no primeiro trata-se da fase de implantação onde é aconselhável

iniciar pelas áreas em que estejam concentrados os “entusiastas”, para que os resultados

satisfatórios facilitem a aceitação pelas demais. Em segundo ponto, é interessante que

seja programado contato direto com os administradores de linha e o gerente de

orçamento, para que este compreenda melhor as realidades operacionais da empresa e

não acabe projetando um sistema orçamentário que não condiga com a situação em que

a empresa atua, além de poder cercear a liberdade de ação dos administradores, ou seja,

a empresa acabará sendo muito bem controlada que ficará afogada em relatórios,

podendo assim até mesmo vir a perder oportunidades legítimas de lucro.

4.3 Adequação do sistema de orçamentos á estrutura organizacional da empresa

Neste estudo, duas palavras importantes são citadas, estas que são duas

referências que devem ser bem definidas e seguidas para que o processo de adequação

do orçamento nas empresas: o Planejamento e Controle. Sanvicente e Santos (2008, p.

28) ainda mencionam:

Planejamento e controle, as atividades administrativas particularmente

favorecidas pelo uso de um sistema orçamentário, pressupõem também a

designação de níveis de autoridade, e de responsabilidade pelas decisões,

além de medidas necessárias para que sejam alcançadas os objetivos da

empresa.

Qualquer que seja o critério adotado para a designação de autoridade e

responsabilidade dentro das organizações, é chamado de estrutura Organizacional da

empresa, o que irá definir as pessoas chaves e suas respectivas atividades que cada uma

é responsável. O orçamento bem elaborado dentro de uma organização, após ser feito o

planejamento, este servirá melhor como um instrumento de administração se for

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elaborado segundo as linhas dessa estrutura, visualmente, o orçamento global das

empresa estará estruturado com o organograma da mesma.

O orçamento ideal deve ser preparado para os diversos níveis e unidades da

organização. Estes orçamentos devem indicar o máximo de informações para que o

mesmo seja uma ferramenta que ajudará a empresa a alcançar devidamente todos os

objetivos propostos pela mesma. Tais informações devem conter: o que deve ser feito,

como e quando, e também identificar indivíduos específicos que possam posteriormente

ser responsabilizados ou que prestem contas de desempenhos efetivos considerados

satisfatórios ou não.

Para finalizar, Sanvicente e Santos (2008), reforça que a elaboração do

orçamento por unidade de negócio, ou seja, por área de atuação, contribui para a

formalização do processo:

É necessário dizer que, assim como a montagem de uma estrutura de

autoridade e de responsabilidade visa estabelecer um arcabouço para permitir

a execução de operações correntes com um mínimo de direção superior, a

elaboração de orçamentos por unidade de responsabilidade também contribui

para formalizar o processo esperando de consecução dos objetivos numéricos

da empresa durante o período em questão. (SANVICENTE E SANTOS,

2008, p. 28).

Quando mencionado a tarefa de controle, para execução desta, é muito

importante que tenha linhas definidas de responsabilidade, onde cada um sabe qual o

seu papel na empresa. Para isso, precisa-se de uma fonte de dados para o controle, está é

a contabilidade. Mas neste caso, trata-se de uma contabilidade por responsabilidade, ou

seja, cada área dentro da empresa deverá fazer seus controles de forma que o orçamento

se torne a ferramentas de controle eficaz para a organização. Com outras palavras,

Sanvicente e Santos (2008, p. 29) ressalva:

O plano de contas adotado para a função de controle deverá ser capaz de

permitir que os dados reais para o necessário acompanhamento e a avaliação

do desempenho sigam as linhas da elaboração do orçamento, o que, segundo

o que propomos, deve ser feito por reais de autoridades e responsabilidade

sobre partes das operações da empresa.

Para isso, pode-se definir três áreas de responsabilidade dentro da empresa,

sendo eles:

a) Centros de resultados;

b) Centro de Custos;

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c) Centros de investimentos.

Estes três tipos podem ser bem definidos conforme mostra o quadro abaixo:

Tabela 4: Áreas de responsabilidade de uma empresa

CENTRO DE

RESULTADOS

Permite que o desempenho do Administrador de um segmento operacional

de uma empresa seja aferido com base na maneira pela qual o resultado

planejado é atingido (ficou acima ou abaixo do que foi planejado). É de

uso mais apropriado em uma situação de divisões de produtos ou serviços,

ou seja, em caso em que esse segmento de operações possui

responsabilidade diretas pela geração de receitas externas. Seria o exemplo

de uma empresa descentralizada, ou poderia ser perfeitamente aplicado a

empresas do tipo holding, tornando cada uma das subsidiárias industriais

ou comerciais em um centro de resultado do grupo. O mesmo conceito

também é aplicado em situações em que não existe uma transferência

externa que gere receitas, mas sim, interna; nesse caso, é preciso atribuir

um valor á produção transferida a outros ponto da mesma empresa. Isto se

faz através da fixação de preços de transferência , o que sempre envolve

alguns problemas inerentes a determinação de valores mais ou menos

arbitrários.

CENTRO DE

CUSTO

Na situação em que o administrador de um segmento operacional não pode

exercer controle sobre o investimento ou a receita (e o resultado, portanto),

mas pode controlar com afetividade o volume de despesas na realização de

níveis de produção, o centro de custo será o conceito mais apropriado para

a avaliação do seu desempenho á frente desse segmento. Esta alternativa

parecer ser a mais apropriada para uma situação em que se pretende reduzir

os custos através do controle mais rígido, acoplado a um sistema de

avaliação de desempenho e eficiência de diversos níveis administrativos,

sem que hajas condições para uma descentralização como a que estaria

associada á capacidade de gerar receita ou exercer controle sobre seus

níveis de recursos (investimentos) usados pela unidade.

CENTRO DE

INVESTIMENTO

Consiste na mesma subdivisão da empresa em que unidades geradoras de

resultado, acrescentando-se uma medida do ativo, ou patrimônio a elas

disponíveis para gerar este resultado. Neste caso, o desempenho médico

com bases na taxas de retorno (resultado/investimento), mas o aspecto de

fixação arbitrária de valores se acentua, já que além do preço de

transferência interna, é preciso fazer uma atribuição da parcela do

investimento total da empresa colocada a disposição de cada centro. Como

ratear, por exemplo, os montantes gastos em pesquisias, aperfeiçoamento

de produtos, recrutamento e remuneração dos altos administradores da

unidade central? Umas das maneiras de contornar tal problema, consiste

em levar em conta apenas o investimento diretamente resultante da

implantação e do funcionamento do centro, considerando ainda uma

parcela, não propriamente de resultado, mas sim de excedente líquido

como contribuição para cobrir os custos indiretos da empresa. Um relatório

de resultado periódico de um centro de investimentos poderia ter a forma

apresentada na tabela 1.

Fonte: Adaptado de SANVICENTE E SANTOS (2008, p. 30)

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50

Tabela 5: Resultados periódicos de um centro de investimento MÊS DE ABRIL DE 1977

Centro de investimento – Escritório Belo Horizonte

Valores mensais Valores acumulados

Reais Planejados Reais Planejados

Receitas de vendas

- Vendas canceladas

Receitas líquidas

Custo dos produto vencidos

$97.964

1.821

96.146

44.644

$91.400

2.700

89.700

43.600

$387.441

9.155

378.286

181.884

$391.000

6.700

384.300

190.200

Lucro Bruto 51.499 46.100 196.402 194.100

Publicidade

Des com pessoal

Ocupação

Utilidades

Despesas Gerais

2.788

9.445

12.817

8.475

8.871

2.690

8.200

11.700

7.950

7.100

10.816

37.913

46.448

35.745

28.692

11.000

31.900

49.100

33.000

29.200

Custos do centro de investimento

Resultado líquido

Despesas administrativas

42.396

9.103

3.897

37.640

8.460

3.660

159.614

36.788

15.498

170.200

39.900

15.600

Excedente 5.206 4.800 21.290 24.300

Ativos do Centro (A)

Taxa de retorno (L/A) 112.000

4,65%

100.000

4,80%

105.350

20,21

100.000

24,30%

Fonte: SANVICENTE E SANTOS (2008, p. 31)

4.3.1 Planos de contas por centro de responsabilidade

De acordo com Sanvicente e Santos (2008), o “perfeito e desejado

relacionamento entre planejamento e controle é através de orçamentos”, trata-se de

informações a respeito da execução dos planos, de modo a permitir a comparação entre

os valores planejados e valores efetivos. Com isso é muito importante que tanto os

planos que são elaborados como os relatórios de controle devem estar sempre

obedecendo a um mesmo critério de geração e apresentação das informações, o que é

feito principalmente pela área de contabilidade. Após serem definidos os responsáveis

os centros de responsabilidade e autoridade, devem se implantar, mas acima de tudo,

utilizar um plano de contas que atenda satisfatoriamente as necessidades de informações

para fins de planejamento e controle.

Neste sentido sabemos que há despesas e atividades que sua natureza irá

verificar nos mais diferentes pontos da empresa. Como exemplo, é citado gastos de luz

e força. Este tipo de despesa é utilizado em várias áreas dentro da empresa, tanto na área

administrativa como na ara operacional da empresa. Porém caso o plano de contas

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apresente apenas a expressão “Luz e força” fica complicado de se definir qual a área

que é responsável pelo gasto.

Ora, isso será impossível se o plano de contas apenas apresentar um item com

o título “Luz e força”, Seria recomendável que essa conta definida pela

natureza do gasto, pudesse ser complementada com dados sobre centro de

responsabilidade correspondente: Administração Geral, Departamento de

Manutenção, Seção de Laminação, Grupo de máquinas n° 10, etc.

(SANVICENTE E SANTOS, 2008, p. 31).

Para melhor apresentar o que pretende-se dizer em relação ás deficiências de

planos de contas por natureza e ás vantagens dos planos por responsabilidade, veja a

tabela 6.

Tabela 6 - Plano de contas de despesa por natureza Código Despesas

00301

00302

00303

00304

00305

Luz e força

Água

Telefone, Telex e telegrama

Correio e malotes

Transporte do pessoal

Fonte: SANVICENTE E SANTOS (2008, p. 31)

Com esse modelo, caso estes gastos sejam efetuados por vários departamentos

dentro das empresas, ou seja, caso este valha por toda a empresa, fica difícil identificar

qual foi o setor que é responsável pelos gastos, o que diminui muito a possibilidade de

qualquer tipo de controle sobre tais despesas. Ou seja, dessa forma fica inviável que os

gastos efetuados pela empresa seja controlados por planejamento e orçamentos, a não

ser que este controle seja para a empresa como um todo. Dessa forma é apenas um

exercício para a alta administração no sentido, já que de tal forma não á a possibilidade

de submeter aos níveis hierárquicos inferiores as medidas necessárias para a consecução

de objetivos que nem mesmo conheceriam. No âmbito dos respectivos setores.

Dessa forma, Sanvicente e Santos (2008), afirma que seria imprescindível

segregar os setores da empresa em áreas de responsabilidade, mesmo que as despesas

tivessem a mesma natureza. A tabela 7 mostra essa distribuição de centros de custos de

forma a definir os gastos de cada departamento.

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Tabela 7 - Empresa ABC: Plano de contas de Despesas por Centro de

responsabilidade Código Despesas

00301

0030101

0030102

:

etc

:

0030109

00302

0030202

0030202

:

etc

:

0030209

Luz e força – Total

Luz e força – Departamento de Produção

Luz e força – Departamento de Manutenção

:

etc

:

Luz e força – departamento de Transporte

Água – Total

Água – Departamento de Produção

Água - Departamento de Manutenção

:

etc

:

Água - Departamento de Transporte

Fonte: SANVICENTE E SANTOS (2008, p. 32)

Com este modelo, ainda pode ser mais detalhado para os subsetores de cada

departamento com a simples adição dos algarismos necessários à direita dos códigos. E

dessa forma é possível que cada área dentro da empresa planeje seus próprios gastos a

partir do planejamento e ainda controlem cada um desses gastos de acordo com tais

dados que foram planejados: “É através de um esquema de ordem que a contabilidade

pode funcionar mais adequadamente como fonte de informações para o sistema de

planejamento e controle orçamentário”. (SANVICENTE E SANTOS, 2008, p. 32).

4.4 Problemas comportamentais encontrados na utilização de um sistema de

orçamentos

Conforme citado por Sanvicente e Santos (2008), dentre as várias vantagens do

sistema orçamentário que foram citadas, está o maior envolvimento ou

comprometimento dos colaboradores da empresa com o bom andamento das operações

da empresa. A participação desses indivíduos dentro do processo de elaboração do

orçamento e um pré-requisito muito importante para o êxito na sua utilização.

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Nas organizações em o espírito com o qual a alta administração dirige as suas

atividades é o da delegação de poderes e autoridade a níveis inferiores, e os

componentes desses níveis estão preparados para tomas as iniciativas daí resultantes, a

utilização de um sistema orçamentário tenderá a elevar esse sentido de participação, de

colaboração e de domínio do próprio destino de cada um, sendo assim uma forma de

aumentar a satisfação dos colaboradores pelo seu trabalho. Isso porque, uma vez que os

colaboradores da empresa são chamados a participar de um processo novo para a bisca

de melhores resultados, para cada um destes trabalhadores, a participação é uma forma

de aprender coisas novas dentro da empresa e ainda entender como funciona cada

processo dentro da empresa, acompanhando assim, o objetivo geral que a empresa

deseja alcançar com cada um de seus sistemas.

Porém existe o outro lado, dentro do processo de implantação do sistema

orçamentário, conforme menciona Sanvicente e Santos (2008).

Por outro lado, devido ao alcance que se deseja dar ao acompanhamento das

atividades da empresa por meio de um sistema orçamentário global,

atribuindo-se ainda a um setor administrativo da empresa e responsabilidade

de fazer funcionar esse sistema (o departamento de controle, orçamentos,

etc., na administração financeira), existem possibilidades de atrito entre esse

setor e os demais, porque o primeiro, principalmente na etapa de controle, até

certo ponto deverá justificar sua existência na razão direta da identificação de

falhas cometidas nos outros setores da empresa.

Isso significa que mesmo que o sistema orçamentário no alcance das pessoas

seja um ponto positivo, este pode vir a ter alguns atritos entre os demais departamentos

por o primeiro deverá justificar sua existência em relação as falhas ocorridas antes da

implantação do orçamento, fazendo com que os demais departamentos da empresas que

estão participando do processo, possam questionar algo mesmo que não interessantes no

momento, causando assim, problemas para que se cheguem ao comum acordo.

O setor de controle orçamentário surge como um agente de normas que irá de

certa forma investigar como está sendo o comprometimento de todos em relação a

criação e implantação do sistema orçamentário.

Sanvicente e Santos (2008, p.33), mencionam que qualquer que seja o título

dado ao supervisor do processo, este é recomendável dentro do processo para que possa

avaliar o andamento do processo. Nesse sentido, são desejáveis as seguintes atitudes por

parte de todos os envolvidos:

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a) Fazer do sistema orçamentário um meio de fixar padrões de desempenho,

medindo resultados reais e orientando toda a administração para uma atuação

satisfatória. Sendo que não deve recorrer ao orçamento como um

instrumento de pressão sobre as pessoas em buscar de maior esforço.

b) Substituir planos por orçamentos não poderá acontecer, já que estes são

apenas representações numéricas dos planos da empresa. A elaboração de

orçamento deve ser apoiada numa clara e inequívoca aceitação do valor do

planejamento formal para o êxito da empresa.

c) Com a participação dos diferentes administradores na elaboração de

orçamento, bem como nas discussões dos valores orçados com os níveis

superiores da administração, fazer com que cada indivíduo acabe utilizando

o orçamento como instrumento de auto controle das tarefas de que se deve

desincumbir no seu setor.

d) Insistir em uma definição clara da estrutura organizacional ( de linhas e

níveis de autoridade e responsabilidade). Ela é indispensável para vários

aspectos da administração da empresa, inclusive para que a eficácia do

instrumento orçamentário seja plenamente atingida, pois permite saber

claramente quem deve atingir que níveis de desempenho, e a quem deve

prestar contas disso.

e) Os formulários e relatórios do sistema devem basear-se mais nos aspectos

operacionais da empresa do que no procedimento de escrituração dos livros

contábeis. Este aspecto é importante até mesmo para o esclarecimento dos

inevitáveis conflitos a respeito da inclusão de itens não controláveis por um

setor ou centro de responsabilidade sob a jurisdição desse mesmo setor,

acabando assim por ser avaliado com base em algo que não pode influenciar.

f) A tarefa da controladoria é implantar, manter e coordenar o funcionamento

de um sistema orçamentário, não emitir ordens aos setores operacionais

diretos. A equipe é exclusivamente de assessoria, eo seu supervisor manterá

a confiança dos demais setores da empresa á medida que evitar a tomada de

decisões operacionais.

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4.5 Preparação para o orçamento anual

Conforme é mencionado por Sanvicente e Santos (2008), para que o orçamento

anual seja bem elaborado, deverá antes, fazer uma preparação, de modo que se entenda

quais são as suas principais atribuições e como ele deve ser realizado, de forma a trazer

os benefícios que a empresa espera.

4.5.1 Enquadramento do plano orçamentário anual em um esquema de planejamento

a longo prazo

A sequência de atividades através das quais a administração de uma empresa

executa a tarefa de elaboração do orçamento para todo período anual não passa de uma

parte do esforço permanente pelo qual os dirigentes dessa empresa estabelecem

diretrizes ara aquilo que a organização deve fazer e certo número de anos, conforme

mencionado por Sanvicente e Santos (2008). Mais específico, o orçamento é aquela

parte de um plano de longo prazo que é mais detalhamento referente a um determinado

período.

O planejamento de longo prazo pode não existir formalmente, embora a

conclusão normativa lógica de nossas recomendações quanto a um plano de um ano seja

no sentindo dessa formalização. Mesmo que este seja inexistente, a administração das

empresas nunca deixa de ter implícitas suas atitudes e determinações, nem que seja

apenas uma ideia quanto ao caminho desejável da empresa para um período superior a

ao plano orçamentário de apenas um ano.

Para os fins de planejamento orçamentário, esse ideia de orçamento anual é

fornecer as orientações básicas para se dar inicio ao planejamento para os próximos

doze meses seguintes. Essas premissas decorrem de um acompanhamento, seja este

formalizado ou não, das condições externas mais relevantes ás operações da empresa,

no sentindo de dar viabilidade a algum plano mais especifico, bem como os objetivos a

longo prazo e anuais estabelecidos como índices desejáveis de desempenho pela

empresa como um todo e por seus diversos setores. Sanvicente e Santos (2008, p. 28),

ressaltam:

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Em síntese, o inicio do processo de preparação do orçamento anual é o

resultado da conjugação de uma análise dessas condições (oportunidades,

recursos e ameaça em potencial ou reias para a empresa) com os objetivos

explícitos da administração da empresa.

Dessa forma, para que seja dado o início no processo de preparação para a

elaboração do orçamento anual, é preciso que os diversos executivos funcionais, todos

os responsáveis por cada departamento da empresa (chefes de departamento) recebam

da alta administração, um documento com instruções para o inicio efetivo da elaboração

do plano, enumerando as linhas gerais dos resultados que se consideram desejáveis,

para o ano, nas áreas de mercado, produtos, pessoal, relações publicas, finanças,

produção, e assim por diante, refletidos por sua vez em valores ou intervalos de valores

numéricos em termos de taxas de retornos, taxas de crescimento, participação no

mercado, ou mesmo lucro total em valor absoluto.

Da mesma forma, Vatter citado por Sanvicente e Santos (2008, p. 38), sob o

título “O manifesto do orçamento” explica muito bem resumido o que foi mencionado

anteriormente:

“A necessidade de compreender as metas e a posição da empresa

frequentemente é satisfeita quando se inicia o processo orçamentário com um

manifesto geral do presidente a seus subordinados. Este manifesto baseia-se

em um exame completo das perspectivas para a economia nacional e a

indústria, desenvolvimentos e situações políticas, tendências a atividades

sociais, tudo em relação aos objetivos e diretrizes da empresa. O manifesto

pode indicar que, por resultado deste exame, o executivo principal acredita

que está na época de expandir, de desenvolver novos produtos, de acrescentar

novos cais de distribuição, ou prosseguir em programas de expansão ou

diversificação. Ou, sob outras circunstâncias, pode indicar a necessidade de

economizar, de haver tratamento mais cuidadoso dos recursos, de seguir

menos rigorosamente novas maneiras de expandir as operações. A finalidade

do manifesto é criar o tom e a amplitude geral do programa da empresa...

essas propostas são distribuídas aos níveis organizacionais mais baixos,

tornando-se mais pormenorizadas e especificas a cada novo degrau. Este

fluxo de informação e debate serve para relacionar o ponto de vista global da

empresa pás operações das várias divisões, departamento e outras as

unidades. Cada administrador deve iniciar seu próprio planejamento com

uma ideia do programa global do qual seu plano será parte.”

A expressão em destaque é uma expressão muito feliz da maneira pela qual o

orçamento já se mostra como um instrumento de coordenação, mesma que seja na fase

inicial do orçamento.

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57

4.5.2 O orçamento anual como componente do plano de longo prazo

Ainda em sua obra “orçamento na administração de empresas”, Sanvicente e

Santos (2008), a elaboração de um orçamento empresarial a cada período de doze meses

ou outro período de tempo pré-determinado pela mesma, é o detalhamento das políticas,

metas e condições esperadas de atividades neste período de doze meses, nos seus

aspectos de operações e movimento de caixa, além da parcela correspondente dos

projetos de investimento ou abono de ativos imobilizados.

Quando o orçamento for feito acompanhando o ano civil, ou seja, o prazo pelo

qual é feito todo o orçamento vai de 1° de Janeiro até 31 de Dezembro do ano

determinado, é muito importante que todo o orçamento seja elaborado com prazo de

antecedência ao período em que o mesmo servirá de base, prazo este que varia de três a

quatro meses antes, ou seja, para o ano civil a elaboração do orçamento deve iniciar em

setembro ou outubro. Quanto mais tempo para que o mesmo seja elaborado, melhor será

feito o trabalho, pois cada detalhe será bem trabalhado e analisado para que o orçamento

seja o mais preciso possível.

Para melhor elaboração do orçamento anual, existem oito pontos importantes a

serem seguidos, conforme mencionado por Sanvicente e santos (2008), que levarão a

empresa a terem sucesso no seu orçamento.

a) Inicialmente deve ser feito uma previsão de venda, já que os níveis de

estoque e de produção (e os seus custos, por conseguinte), em geral estão

ligados ao volume físico de vendas. Alternativamente, quando a capacidade

de produção é a restrição principal, e não a absorção do volume de produção

pelo mercado (ou seja, a procura), o programa de produção é que deverá ser

o ponto de partida.

b) A seguir dispondo de informações sobre o que estava a vender, dadas as

perspectivas do mercado (procura total e a parcela a ser atendida pelos

produtos e serviços da empresa), elabora-se o orçamento de produção, que é

uma programação das atividades exigidas para a geração das unidades físicas

a serem vendidas ou estocadas, para a ampliação do inventário ou reposição

de unidades vendidas previamente.

Assim pode se definir que a produção orçada será dada por:

EFD + VO – EID = PO

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Como pode-se observar as vendas orçadas e a produção programada não

precisam oscilar exatamente da mesma forma durante o ano, pois as diferenças

eventuais entre elas ou não absorvidas ou se refletem em variações de estoque.

“Portanto o estoque serve de elo de coordenação entre a produção e vendas,

funcionando como um amortecedor que atende as necessidades de produtos da área

comercial quando a procura é extraordinariamente intensa, e também atende as

exigências da produção, no sentido da utilização regular de operários, máquinas a

instalações.

a) Consequentemente, não como terceira etapa, mas como complemento da

coordenação entre orçamento de vendas e orçamento de produção, teremos a

confecção de previsões de estoques de produtos acabados.

b) A conclusão do orçamento de produção terá assim estabelecido as condições

para que, por sua vez, sejam elaboradas as seguintes previsões:

Consumo de matérias prima e compras; o primeiro depende da produção

física programada (item 2), e o segundo está relacionado também ao que

deseja manter em termos de estoque de matéria prima e produtos de

elaboração (há aqui o mesmo elo de coordenação – entre compras e

produtos – que apontamos para vendas, estoque de produtos acabados de

produção);

Utilização de mão-de-obra direta produtiva e custos correspondentes, à

taxa prevista de remuneração para cada categoria de operário;

Custos indiretos ou de produção, envolvendo gastos necessários para a

realização da produção, mas não diretamente incorporados ao produto ou

serviço final, como acontece com a materia-prima. Estão aqui incluídos

itens tais como: luz e força, manutenção, depreciação de máquinas e

equipamentos, salários de supervisão da produção, seguros e alugueis de

máquinas, ferramentas e instaçãoes, além de outros gastos indiretos.

Os elementos que estão contidos nos itens a, b e c, devem em seguida, ser

acumulados, correspondendo em valor monetário total, ao custo de produtos vendidos,

que deduzido das receitas de vendas orçadas nos dará o resultado bruto conseguido pela

empresa em suas operações.

c) Finalmente conclui-se o processo de elaboração de uma projeção da

demonstração do resultado do exercício com provisões a respeito das

despesas administrativas e de vendas da empresa como um todo. A diferença

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entre o resultado bruto e o total destas despesas será o resultado operacional

revisto arqa a empresa no período seguinte.

Assim sendo, a conjugação de todas as previsões feitas até este ponto, além de

ter gerado os quadros de estoques projetados de matéria-prima e produtos acabados, terá

proporcionado, no processo de planejamento, uma previsão do resultado liquido a ser

conseguido nas operações da empresa. Tería-se assim concluído a preparação do

rolamento de desempenho da empresa, esquematizado conforme pode observar na

ilustração 2.

a) Dando sequencia no processo, seria iniciado a confecção do orçamento de

recursos, cujo final de refletiria num balanço projetado para cada subperíodo

do plano, bem como para a data de seu encerramento. O primeiro ingrediente

já resultou das projeções de estoques (item 3); acrescentam aqui as projeções

de saldos de contas a receber, que decorrem das vendas orçadas e da política

de credito e cobrança adotada pela empresa. A conclusão deste orçamento de

recursos ocorrerá com a elaboração do orçamento de caixa e das previsões de

financiamento.

b) Antes dos dois últimos, porém ainda complementando o conjunto de

aplicações de numerário da empresa, será preciso elaborar o orçamento de

gastos com ativos imobilizados, ou seja, incluir a parcela anual de projetos

de expansão física ou novas incorporações de máquinas, equipamentos e

veículos que venham a ocorrer durante o ano. Essas operações envolvem

pagamentos ou até recebimentos em caso de liquidação ou venda de ativos

imobilizados pertencentes à empresa.

c) Quanto tiverem sido efetuadas todas as projeções relacionadas à aplicação de

numerário pela empresa e esta tiver em mãos os dados relativos aos

recebimentos de vendas efetuadas, será possível elaborar o orçamento de

caixa, que não passa de um reflexo, em termos de saldos de caixa e depósitos

bancário à vista, dos níveis de operações fixados ou programados em todos

os orçamentos anteriores.

Para melhor apresentar este conceito, a tabela 4 esquematiza tal afirmação.

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60

Tabela 8 - Dados necessários para a projeção do balanço e fontes das estimativas

correspondentes.

CONTAS DADOS NECESSÁRIOS FONTES (ITENS)

Caixa, depósitos bancários à

vista,

Aplicação de liquidez imediata,

Contas a receber,

Estoques,

Ativo imobilizado,

Passivo exigível,

(circulante e a longo prazo),

Patrimônio líquido

(Capital + reservas)

Lucro acumulado

Saldo inicial, entradas e saídas,

Excedentes temporários de caixa

Vendas e política de crédito,

Produção, vendas e compras

Aquisição, liquidações e depreciação

Entradas, saídas e saldos de caixa e

política relativa à estrutura de capital

Política relativa à estrutura de capital

Política de dividendos e resultado do

exercício,

Item 8

Item 8

Item 1 e 6

Item 1, 2 e 4a

Itens 7 e 4c

Itens 8, 4a, 4b e 4c

Item 8

Item 5

Fonte: SANVICENTE E SANTOS (2008, p. 42)

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Ilustração 2 - Uma representação esquemática do orçamento de vendas

especificando

MAIS

MENOS custos e despesas, detalhados em:

Resultado em:

MAIS

MAIS

Resultado em:

ORÇAMENTO DE DESEMPENHO

Objetivo de resultado

Orçamentos de

vendas (por

região, produto,

serviço, período

ou cliente)

Orçamentos de

outras receitas

(juros, ganhos

eventuais, etc.)

Orçamento

de produção

(unidade)

Orçamento

de consumo

de matéria

prima

Orçamento

de mão-de-

obra direta

Orçamento

de custos

indiretos de

produção

Orçamento de

despesas de

vendas

Orçamentos de

despesas

administrativas

Orçamento de outras

despesas (juros,

perdas eventuais etc.)

Projeção da Demonstração do resultado do Exercício

Fonte: SANVICENTE E SANTOS (2008, p. 41)

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62

Ainda sob o conceito de orçamento definido por Sanvicente e Santos (2008),

conforme mencionado pelos autores, o orçamento de caixa é um instrumento útil dentro

das organizações para que se possa evitar todos os gastos desnecessários e elevados

quanto identificar os momentos em que um financiamento adicional ou também outra

medida financeira é viável e deverá ser feito para eliminar uma situação de insuficiência

numérica, ou seja, problemas financeiros que a empresa esteja enfrentando.

Sanvicente e Santos (2008, p. 42) menciona alguns itens que contém no

orçamento de caixa:

1. O saldo inicial no período;

2. As entradas previstas, por natureza;

3. As saídas de caixas previstas, por natureza;

4. Um resultado intermediário, igual a (1) + (2) – (3), que indicará a

necessidade de um financiamento temporário, caso seja resultado seja

negativo ou interferir a um nível mínimo considerado desejável, ou a

existência de excedentes desnecessários e aplicáveis de algum outro

modo rentável que não as operações básicas da empresa.

5. As previsões de cobertura dos difíceis ou de aplicação dos excedentes; e

6. O saldo final de caixa.

Dessa maneira, como o objetivo do orçamento de recursos era chegar à projeção

do balanço da empresa, já teremos todos os elementos necessários, que terão sido

obtidos na realização das estimativas contidas nos diferentes orçamentos até agora

mencionados.

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63

5 MANUTENÇÃO

Dentro de qualquer empresa que trabalha com as mais diversas máquinas.

Conforme é mencionado por Filho (2008), estas com o passar dos anos precisam passar

por manutenção para garantir a produtividade da máquina. Para que seja implantado a

manutenção das máquinas nas próprias empresas, é necessário primeiro entender os

conceitos, quais os tipos e os benefícios que estas podem trazer para a empresa.

5.1 Conceitos iniciais sobre manutenção

De acordo com os conceitos apresentados por Filho (2008), inicia-se um estudo

dobre os diversos tipos de organizações de manutenção, levando-se em consideração do

ponto de vista administrativo e físico. Como no mundo atual, tudo giram em torno das

finanças de uma empresa, trata-se ainda neste capítulo sobre os custos da manutenção

das mais diversas formas que variam de acordo com as empresas e com o ramo em que

as mesmas atuam no mercado.

Filho (2008) menciona que com o passar dos anos as empresas crescem muito

em um espaço de tempo pequeno, possibilitando uma atuação empírica reduzida. Ou

seja, essas grandes mudanças que ocorrem nas empresas reduz a quantidade de pessoas

que acreditam que o conhecimento vem da experiência e da observação, o

conhecimento sendo originado pelo conhecimento. Para que a manutenção ocorra de

forma favorável dentro da empresa, é de muita importância que nos diversos escalões da

empresa existam pessoas com conhecimentos para prever, organizar, planejar,

estabelecer prioridades, reunir os recursos necessários no momento oportuno e na

quantidade adequada e medir os diversos custos resultantes dos diversos fatores e

decidir pelo melhor.

Dentro desta observação, Filho (2008, p. 3), menciona algo importante sobre o

planejamento dentro da manutenção: “planejar com uma visão total é uma tarefa da qual

depende a produtividade da empresa como um todo, e a manutenção é uma das

responsáveis na obtenção deste objetivo”. Significa dizer que a produção no geral é

responsável pelo bom desempenho do planejamento para a mesma e a manutenção é

uma etapa muito importante para que todo o processo de produção seja eficaz. Isso

porque para que as empresas possam produzir, elas precisam que todos os seus

equipamentos e máquinas estejam em condições de operações e com isso, ela faz com

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que as empresas mantenham seus objetivos sempre a frente de forma a alcançar todos os

que foram propostos dentro do planejamento da mesma.

Filho (2008, p. 3) ainda cita os vários tipos de pessoas que se encontra nas

empresas que se posicionam das mais variadas formas dentro das organizações, no que

se diz respeito ao assunto Manutenção:

O homem de manutenção prudente antevê as dificuldades e se prepara para

elas; o simplório vai ao encontro delas cegamente e a empresa sofre as

consequências. O homem sábio vê longe. O tolo tenta enganar a si próprio,

não enfrenta a realidade.

Dentro da manutenção, existem vários desafios que devem ser enfrentados e

consequentemente decisões a serem tomadas para minorar as consequências do

inevitável, isto é, o desgaste dos equipamentos e falhas que podem acontecer no

decorrer das atividades. Este desafios mencionados é para que minimizar o máximo

possível estas falhas e com a finalidade de aumentar cada vez mais a produtividade das

empresas.

Pode-se dizer que a manutenção existe porque todos os equipamentos e

máquinas de uma empresa devem ser reparados, ou seja, deve existir os serviços de

manutenção para todos os equipamentos existente dentro das empresas. Tais serviços

devem ser eficaz, produtivo, eficiente e ordenada. Filho (2008), quando mencionada que

a manutenção deve ser ordenada, explica que a forma ordenada é para garantir que os

prestadores dos serviços de manutenção saibam onde eles irão realizar a manutenção,

em qual equipamento ou máquinas irá realizar a atividade, saber o que a esperar da

equipe e o que, por sua vez, a equipe espera. Ordenada de forma que a equipe de

operação saiba o que esperar das máquinas, saiba quando as máquinas irão para para

manutenção e quando retornarão disponíveis para operação e como as mesma irão

retornar para as atividades.

Porém, para que isso aconteça, é necessário uma equipe capacitada, tanto

relacionada a treinamentos quanto no que se diz respeito a ferramental adequado para

que possa executar todas as atividades da melhor forma possível, com planejamento,

controle e participação de todos os envolvidos no processo.

A Manutenção deve prestar seus serviços com qualidade. Um ponto importante é

a análise que deve ser feito previamente, redigidas, aprovados para então ser seguidas,

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isto é, serem executadas da melhor forma pela equipe da manutenção, de forma a

garantir.

5.1.1 O que é a gerência de manutenção na empresa

A gerência de Manutenção é uma parte integrada da empresa, que atua na

mesma com a finalidade de gerir a manutenção no sentindo mais amplo possível da

palavra.

Mencionado por Filho (2008), Aurélio define a palavra Gerenciar como sendo o

ato de gerir, e gerir por sua vez é o ato de dirigir, de administrar e governar. Ou se seja,

é a forma que os administradores e gestores da empresa utilizam para dirigir as suas

respectivas organizações de forma a junto com a empresa, alcançar os objetivos

traçados, as metas.

Com tudo, a Gerência de Manutenção pode se dizer que nada mais é, um

conjunto de normas, atos e procedimentos pertinentes a um sistema de manutenção, que

dá o objetivo para a equipe de Manutenção como um todo e para as organizações que

ele serve.

5.1.2 A finalidade da gerência de Manutenção

Filho (2008, p.3), explica que a gerência de manutenção tem sua finalidade

dentro das empresas, assim como cada departamento da mesma tem sua finalidade,

neste caso, define-se a finalidade da Gerencia da Manutenção: “definir as metas e

normas de procedimento e de trabalho para que se obtenha um melhor aproveitamento

de pessoal e máquinas”.

O autor citado acima, ainda afirma que são raras as empresas que conseguem

manter suas atividades em operação fora dos pontos ótimos nos dias de hoje, isso

porque a maioria das empresas para se manter no mercado, precisam estar acima de

tudo na melhor faze, não conseguem passar por momentos não tão bons como as que

elas desejam. Isso faz com que muitas empresas não tenham sucesso em suas operações,

devido nas primeiras dificuldades, preferem fechar seus negócios e seguir outra

atividade. E para que as metas das empresas sejam alcançadas e muito importantes que

todos os pontos mencionados sejam bem definidos entre toda a organização, sendo

indispensável a existência de uma estrutura adequada, e que exista uma equipe com

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alguns requisitos adequados, requisitos estes que são das mais diversas formas, porém

com um mesmo propósito, alcançar junto com a empresas os desafios e metas que

forma propostos.

Para finalizar o que realmente se espera que a Gerência de Manutenção faça

dentro das empresa, Filho (2008, p. 4), define:

Compete a Gerência de Manutenção: definir suas estratégias (como

resolvemos os problemas de Manutenção); compete a ela, Gerência de

Manutenção, definir as compertências mínimas de seus colaboradores bem

como a quantidade e especialidades; definir o treinamento e o retreinamentos

de seus colaboradores; definir as necessidades materiais e financeiras para

suas tarefas, definir o que será controlado e como será controlado; compete a

Gerência definir quem deverá agir e quando, sempre que os resultados não

foram adequados ao momento da empresa.

Ainda dentro do assunto e conceito de manutenção, Lafraia (2001) afirma que a

maioria dos sistema de uma empresa sofre algum tipo de manutenção, seja este sistema

físico ou eletrônico. Isto siginifica que todos os equipamentos e sistema de uma

empresa são reparados quando falham, alpemd e sofrer outras atividades para mantê-los

operando. A facilidade com que se efetuam reparos e outras atividades de manutenção

determina a MANTENABILIDADE de um sistema ou equipamento.

5.1.3 Conceituação de Mantenabilidade

Lafraia (2001), em sua obra Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e

Disponibilidade, define do ponto de vista matemático “tem-se MANTENABILIDADE

é a probabilidade di equipamento ser recolocado em condições de operação dentro de

um período de tempo quando a ação de manutenção é executada de acordo com os

procedimentos prescritos”.

Mencionada por Lafraia (2001, p. 161), a NBR 5462 que trata da Terminologia

para a Confiabilidade (Termilogia), dá a seguinte definição:

Facilidade de um item de ser mantindo ou recolocado no estado no qual pode

executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando

a manutenção é executada sob condições determinadas e mediante

procedimentos e mediante procedimentos a meios prescritos.

Isso significa que a Mantenabilidade é capacidade que um item tem de se manter

operando no estado em que o mesmo possa executar suas funções, sob boas condições

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de uso para que seja garantido a boa funcionalidade de todos os itens e processos dentro

da empresa.

Lafraia (2001) ainda ressalva que para outros, mantenabilidade “é a

característica de projeto de u item que é expresso pela probabilidade de que o tempo de

Manutenção não ultrapassará um dado valor, quando o item é operado e mantido por

pessoas e procedimentos prescritos”.

O que é importante e lembrado pelo autor acima, é não confundir

mantenabilidade com manutenção. O mesmo ainda cita:

O termo Manutenção pode ser definido como: “Conjunto das ações

destinadas a manter ou recolocar um item num estado no qual pode executar

sua função requerida”. A Mantenabilidade é uma característica de projeto que

define a facilidade de manutenção, e tempo de manutenção, os custos e as

funções que o item executa. (LAFRAIA, 2001, p. 161).

Lafraia (2001) cita os inicialmente os dois tipos de manutenção, a corretia e a

preditiva, onde ressalva que o tempo de manutenção corretiva (reparo) encerra diversas

atividades, geralmente, divididas em dois grupos:

a) Tempo de Manutenção: isolar a falha, realização efetiva da manutenção,

testar;

b) Tempo administrativo: Planejar a intervenção, localizar pessoal,

deslocamento, obtenção do ferramental e equipamentos testes, etc.

Esses dois tipos de tempo dentro da manutenção irão definir a melhor forma de

atuar sempre quando houver falhar inesperadas dentro do processo. O primeiro irá

contar deste o momento de identificação da falha que resultará no isolamento do

equipamento e a realização efetiva da manutenção indo até o momento de testar o

mesmo, após a finalização das atividades de manutenção. O segundo tempo irá contar

desde o planejamento para a intervenção das equipes de manutenção, localizando todo o

pessoal treinado e capacitado para a execução da atividade, descolamento dos mesmos

(muitas vezes os colaboradores da empresa nem estão na empresa), busca de todo o

ferramental que será utilizado para corrigir a falha, bem como os equipamentos que

serão utilizados para testes.

O tempo de Manutenção ativa, conforme explica Lafraia (2001), incluiu o tempo

de estudos de diagramas de manutenção, etc.; antes de realizar a tarefa propriamente

dita, bem como o tempo de verificação da realização do trabalho. Pode incluir também,

o tempo necessário para a documentação, pós-execução, da tarefa, quando isto deve ser

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completado ates do equipamento se tornar disponível, como em aeronaves. A

Mantenabilidade é frequentemente especificada através do tempo médio de manutenção

ativa (MAMT – Mean Active Maintenence Time), pois este tempo que o projetista do

equipamento pode influenciar durante a fase do projeto.

Ainda definindo conceitos de Mantenabilidade Lafraia (2001, p. 162), cita o

escopo de Mantenabilidade que se resume em:

a) Tempo médio entre manutenção;

b) Tempo médio entre substituições;

c) Tempo para manutenção;

d) HH de manutenção/horas de operação;

e) Custos de manutenção/hora de operações.

Com este escopo o autor ainda define os itens que estão inclusos nos objetivos

da mantenabilidade:

a) Otimização dos tempos e custos de manutenção já no projeto;

b) Estimar os tempos para manutenção em função da disponibilidade requerida

se necessário; acrescentar redundância;

c) Estimar a dispobilidade;

d) Estimar os recursos requeridos para a execução da manutenção.

Após os objetivos serem traçados na mantenabilidade, citado por Lafraia (2001,

p. 162), existem etapas de um programa de mantenabilidade, geralmente, incluir as

seguintes etapas ou atividades:

a) Plano do Programa de Mantenabilidade;

b) Monitorar/Controlar Fornecedores/Contratos;

c) Revisão do programa;

d) Coleta de dados, análise e ações Corretivas;

e) Modelagem de Mantenabilidade;

f) Alocação da Mantenabilidade;

g) Previsão da Mantenabilidade;

h) FMEA para Mantenabilidade;

i) Análise da Mantenabilidade;

j) Critério do projeto de Mantenabilidade;

k) Plano de Manutenção e Análise de Logística;

l) Demonstração de Mantenabilidade.

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5.1.4 Os tipos de Manutenção

Lafraia (2001), explica que a manutenção pode ser classificada basicamente em

dois tipos: Corretiva e preventiva. Para melhor explorar o assunto ele menciona que a

manutenção corretiva incluir todas as ações que são tomadas para retornar um sistema

do estado falho para o estado operacional ou disponível, ou seja, é o mesmo que dizer

que e fazer com que um equipamento parou suas atividades devido a falhas

apresentadas que não permitem a continuidade de suas operações. Após verificadas as

falhas e a correção das mesmas, o equipamento deve estar em boas condições de iniciar

novamente as suas atividades. A frequência de manutenção corretiva é determinada ela

confiabilidade do equipamento. A ação da manutenção corretiva, não pode ser

planejada, ela normalmente ocorre quando não se deseja.

Já a manutenção preventiva procurar reter o sistema em estado operacional ou

disponível através da prevenção de ocorrência de falhas. Isto pode ser efetuado por meio

de inspeção, controles e serviços como: limpeza, lubrificação, calibração, detecção de

defeitos (falhas incipientes), etc...

Lafraia (2001, p. 174), explica que:

Se a manutenção é executada antes da falha de um equipamento mas somente

quando suas condições, determinadas através de um monitoramento contínuo,

indiquem que a falha é iminente, tem-se então a chamada manutenção

preventiva-preditiva ou simplesmente manutenção preditiva ou sob

condições.

Isso significa que a manutenção deve ocorrer antes que a falha aconteça, de

forma para programar a parada do equipamento para a realização da manutenção

preventiva, com isso os custos serão reduzidos e o tempo também será reduzido, uma

vez que a manutenção não será realizada devido a falhas, mas sim, através de dados e

levantamentos feitos, por exemplo, com relatórios de inspeção feitas nos mesmos.

5.2 Custos de Manutenção em Geral

Filho (2008) menciona a formação da empresa como um importante conceito

relacionado aos custos de manutenção.

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Uma empresa para ser formada precisa de capital (dinheiro) para se instalar,

para adquiri máquinas, e uma área física. Tudo que é gastos nas instalações

de uma fábrica divide-se basicamente em três, parcelas: as despesas de

instalação, o equipamento instalado e a tecnologia ou o conhecimento

adequado para fazer o equipamento operar de modo correto. (FILHO, 2001,

p. 17).

Todo empreendedor, administrador que for abrir um negócio ele precisa de ter

um capital inicial para ser investido na sua empresa, tanto nas máquinas e instalações,

bem como principalmente uma instalação física adequada que possa ser capaz de

suportar todos os equipamentos que serão necessários para a execução das atividades da

empresa.

Após estes itens terem cido tratados, existem outros itens, tão importe quanto,

que não podem ficar de forma alguma de fora do planejamento e do projeto da abertura

da empresa. São eles: os funcionários capacitados e treinados para as atividades e a

matéria-prima que será utilizada no processo. Mas para a empresa permanecer em

funcionamento ela precisará de mais matéria-prima e de máquinas funcionando, e para

isso, tem-se a manutenção.

Nesta etapa, Filho (2008), trata de custo de manutenção, ou seja, quanto uma

manutenção pode onerar uma empresa ou ser um fator de melhoria de produção, de

redução de despesas, de perda de matéria-prima como rejeito (refugo ou sucata). Para

isso ele utiliza de várias pesquisas feitas pelo mundo que mostram na prática os custos

de manutenção.

5.2.1 O censo de 1968 dos Estados Unidos

Filho (2008), cita que o censo de 1968 nos Estados Unidos fez um estudo em 20

grandes grupos industriais e encontrou que o valor médio, gastos em manutenção era

cerca de 8% do valor contábil do ativo fixo.

Ainda com o mesmo estudo foi possível verificar que a distribuição era bem

concentrada emtorno deste valor, ou seja:

a) 16 entre os vinte grupos estavam entre 6% e 10%;

b) 12 entre os vinte grupos estavam entre 7% e 9%.

Para explicar ainda estes números, Filho (2008, p. 18), ressalva que “a relação

entre as despesas com o pessoal de manutenção e o material gasto em manutenção era

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da ordem de 53% em mão-de-obra e de 47% em material”. E para se tratar dobre dados

do Brasil, ressalva:

Os dados do Brasil são de 50% para a mão-de-obra e 50% para material,

conforme o Documento Nacional editado bienalmente pela Abraman,

chegando, em alguns casos, ais 70% de mão de ora e 30% de material. (

FILHO, 2008, P. 18).

Já na Inglaterra conforme mencionado por Filho (2008), a ONU e alguns outros

livros a partir daquela publicação, as despesas em manutenção em milhões de libras por

ano, foram conforme mencionado abaixo:

Custos de engenharia de Manutenção em todas as indústrias britânicas

.................................................................................................................. 1.100

Custo de tida a Manutenção em todas as industrias Britânicas

............................................................................................................... ... 4.000

Economias estimadas em custos diretos de manutenção (mão-de-obra e

material) que seriam possíveis, se um planejamento e um controle adequado

de manutenção fossem introduzidos, sem perda ou prejuízos de produção

............................................................................................................200 a 250

Economias possíveis em custos indiretos, como perda de produção, etc

...................................................................................................... ..... 200 a 300

Melhorias possíveis em produtividade dos departamentos de Manutenção,

liberando pessoas para trabalhos de produção, ou para projetos de capital

........................................................................................................... ......... 60%

5.2.2 Fatores adversos no custo e na eficiência da manutenção

Filho (2008, p. 19), ainda usando dados fornecidos pelo documento da ONU que

relaciona sete fatores que influenciam negativamente na eficiência e nos custos da

Manutenção. São eles:

a) Pesquisa inadequada na confiabilidade e no equipamento vida do durante a

fase da instalação, ou de aquisição de novos equipamentos;

b) Procura da proposta mais barata, na aquisição, sem dar ênfase aos custos de

manutenção durante a vida do equipamento;

c) Procura sem detalhamento das esoecificaç~ies e sem reforçar a necessidade

de suporte adequado á manutenção como manuais, Lisats de sobressalentes,

desenhos, auxilio em treinamento, programas de Manutenção sugeridas pelo

fabricante, Orientação em como melhorar instalar o equipamento, etc.;

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d) Deficiências Gerências na avaliação correta do trabalho da manutenção e de

sua importância no futuro das instalações;

e) Treinamento inadequado para o pessoal de manutenção, que deve ser

fornecido em complemento ás habilidades básicas;

f) Treinamentos insuficientes para o gerente de Manutenção.

5.3 Custos da falta de Manutenção

Conforme mencionado por Marcorin e Lima (2003), Mirshawa & Olmedo

mencionam que os custos gerados pela função manutenção são apenas o início, apenas

aquilo que pode ser visível, comparando como a ponta de um iceberg. Essa ponta que

visível corresponde aos custos que pode-se observar já no primeiro instante e

identifica-se como: mão-de-obra, ferramentas e instrumentos, material aplicado nos

reparos, custo com subcontratação e outros referentes à instalação ocupada pela equipe

de manutenção. Abaixo dessa parte visível do iceberg, estão os maiores custos,

invisíveis, que são os decorrentes da indisponibilidade do equipamento, ou seja, são

aqueles gastos que só serão possíveis ser percebidos quando iniciar de fato a

manutenção, pois no momento da realização da atividade e da análise do que deve ser

feito é que será possível definir o que será necessário para que a manutenção aconteça

de forma eficaz e com a qualidade esperada.

Ainda sendo mencionados por Marcorin e Lima (2003), Mirshawa & Olmedo

ressalvam que o custo da indisponibilidade concentra-se naqueles decorrentes da perda

de produção, da não-qualidade dos produtos, da recomposição da produção e das

penalidades comerciais, com possíveis consequências sobre a imagem da empresa.

Complementando o que foi expresso acima, Cattini citado também por Marcorin e Lima

(2203), aponta que os custos são ligados à indisponibilidade e deterioração dos

equipamentos como consequência da falta de manutenção, pois quando não há a

manutenção adequada o equipamento e com qualidade, o mesmo vai desgastando mais

rápido. Mostra-se que nem sempre manter um equipamento operando para garantir

disponibilidadeé uma atitude viável.

Para Marcorin e Lima (2003), partindo do principio da manutenção como

premissa para a redução dos custos da produção, deve-se definir a melhor política ou

forma que deverá ser adotada pela empresa para a otimização dos custos. Assim, para

melhor ilustrar a afirmação, esta análise pode ser observada no gráfico clássico,

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mostrado na figura 3 criado por Mirshawa e Olmedo sendo citado por Marcorin e Lima

(2003), que ilustra a relação entre o custo com manutenção preventiva e o custo da

falha. Defini-se que entre os custos decorrentes da falha estão, basicamente, as peças e a

mão-de-obra necessária ao reparo e bem como o custo da indisponibilidade do

equipamento.

Figura 3: Gráfico de Custos Versus Nível de Manutenção

Fonte: MARCORIN E LIMA (2003, p. 38)

Já um outro exemplo ainda sendo citado por Marcorin e Lima (2003) e

formulado por Marty e naikan, mostra que a busca por falha zero (100% de

disponibilidade) requer gastos cada vez maiores com manutenção, o que acarreta uma

conseqüente redução do lucro da operação.

Figura 4: Gráfico Lucro Versus Disponibilidade

Fonte: MARCORIN E LIMA (2003, p. 38)

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É importante encontrar o melhor ponto de disponibilidade, em que o custo da

manutenção proporciona um nível de disponibilidade capaz de gerar máximo lucro à

operação, é o grande desafio na gestão da manutenção. Cabrita sendo citada por

Marcorin e Lima (2003), explica que a manutenção deve garantir a produtividade e o

lucro dos negócios da empresa com o menor custo possível. É muito importante

observar que a política de manutenção a ser adotada deve levar em consideração alguns

aspectos:

É muito importante observar, na busca do ponto ótimo, que a política de

manutenção a ser adotada deve levar em consideração aspectos como a

importância do equipamento para o processo, o custo do equipamento e de

sua reposição, as consequências da falha do equipamento no processo, o

ritmo de produção e outros fatores que indicam que a política de manutenção

não pode ser a mesma para todos os equipamentos, mas deve ser diferenciada

para cada um deles, na busca do ponto ótimo entre disponibilidade e custo.

MARCORIN E LIMA (2002, p. 38).

Estes aspectos mostram que cada equipamento deve ter seu próprio

planejamento para que seja feito as manutenções, de forma que este atenda todas as

expectativas relacionadas com o custos das manutenções e a disponibilidade das

máquinas.

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6 ESTUDO DE CASO

Inicia-se aqui a fase de estudo caso da empresa FERGASAN Transportes e

Serviços LTDA nos itens que estão ligados a Administração financeira da empresa, bem

como qual a real situação da mesma, tomando como base os dados realizados nos

últimos 12 meses.

6.1 Descrição da empresa

A empresa FERGASAN e hoje uma das mais antigas empresas credenciadas da

cidade no transporte de leite das fazendas da região para a Cooperativa agropecuária de

Paracatu – Coopervap. Além do transporte de leite, a mesma ainda conta com máquina

que fica locada para a Prefeitura Municipal de Vazante.

A ideia de abrir o negócio partiu dos três sócios que tiveram no ano de 2005, a

vontade de abrir a empresa de transporte de leite. Devido cada um deles em sua fase

inicial conhecer as dificuldades que os fazendeiros da região tinham em fazer o

transporte de leite, os mesmos resolveram concorrer a licitação que foi proposta pela

Coopervap de Paracatu, onde a mesma apresentou propostas viáveis para a cooperativa,

ganhando a mesma a licitação para o transporte de leite, das fazendas para a

cooperativa.

Inicialmente os sócios compraram uma linha de caminhões que foram adequados

conforme a norma imposta pela Coopervap. Uma grande vantagem da parceria que foi

considerada antes de entrar na licitação está relacionada com os tanques que deveriam

ser adaptados em cada equipamento. Porém estes ficam por conta do cliente, ou seja, da

empresa que irá receber (Coopervap).

Inicialmente, foi necessário disponibilizar um escritório central para que fosse

feito todo o processo de contratação de funcionários, pagamentos, atendimentos a novos

clientes, bem como toda a parte burocrática da empresa, para que a mesma pudesse

iniciar suas atividades.

Após aproximadamente três anos após inciar suas atividades, um dos sócios

resolveu vender sua parte aos demais sócios. Hoje a empresa conta com apenas estes

dois sócios que continuam administrando a empresa. O Sócio Sr. Nilton Geraldo

Reginaldo Gama atua como Gestor Administrativo da empresa, onde sua

responsabilidade tem foco maior no que se relaciona a parte administrativa, como

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pagamentos, recebimentos, documentações, etc. O Sócio Sr. Eli Ferreira Barbosa atua

como Gestor Operacional, onde o mesmo é responsável por toda a parte de

funcionamento dos equipamentos, auxiliar os motoristas em eventuais problemas com

as máquinas, cobrir ausências de funcionários, testes com novos funcionários, etc.

Hoje a empresa fica situada Rua João Pinho Costa n° 110 – sala 02 – Centro –

Paracatu – MG. Conta com quatro máquinas principais para o transporte de leite,

juntamente com uma única máquina que está sendo locada para a Prefeitura Municipal

de Vazante, onde seu principal objetivo é o auxílio nas estradas da cidade e zona rural.

O seu principal cliente ainda fica sendo a Coopervap em Paracatu, porém a ideia

dos gestores e que possam ampliar a mesma e investir em máquinas que geram um lucro

maior e com menos problemas relacionados com a manutenção dos mesmos, devido as

melhores condições de operações destas.

6.1.1 Produto que oferece

A empresa FERGASAN tem hoje como sua principal atividade no mercado o

serviço de transporte de leite em tanques específicos e a locação de máquinas pesadas

para determinados tipos de atividades

6.1.2 Mercado em que atua e Concorrentes

O mercado que a empresa atua hoje é praticamente voltada para apenas um

cliente: a Coopervap, cooperativa dos produtores de Paracatu. O mercado ficou mais

fácil pela facilidade de abrir uma empresa hoje. Com isso, surgiu vários concorrentes

que propunham preços e condições melhores para ganhar as licitações. Porém, para que

uma empresa seja credenciada, além das questões relacionadas com os preços, existem

várias outras questões relacionadas, por exemplo, com o segurança no transporte,

qualificação nos motoristas, qualidade do leite, que são todas consideradas na hora da

licitação.

Devido à forma de classificação das empresas, a FERGASAN vem mantendo

seu lugar. Porém devido a redução de seus equipamentos e o cliente precisar dos

serviços, a Coopervap precisou contratar mais caminhões, o que acabou abrindo lugar

para os concorrentes.

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6.1.3 Logística e Transporte

A empresa FERGASAN atua no transporte de leite das fazendas da região de

Paracatu. Tais pecuaristas são credenciados na cooperativa da cidade, onde os

caminhões da empresa são direcionados a buscar o leite e entregar na sede da empresa

na cidade.

Os motoristas são revezados, onde cada um trabalha um dia e folga o outro

(sendo um dia sim e outro não). Eles são direcionados para as empresas de acordo com

as linhas que são passadas pela própria cooperativa de forma que o leite não perca

qualidade devido o prazo de entrega do mesmo na cooperativa.

Como exemplo, cita-se a linha que abrange as fazendas pertencentes ao

município de Vazante, para estas é direcionado um caminhão que fará todo o trajeto da

linha, passando em todas as fazendas em horário acordados com os pecuaristas, para

que os mesmos cheguem no local e todo o leite já esteja nos tanques para serem

analisados e após aprovados no teste inicial, transferidos para o caminhão para serem

trazidos para a cooperativa.

Esse transporte não pode sofrer nenhum tipo de alteração no percurso, para que

não corra o risco de perder todo o produto e garantir que todo o produto que o

pecuarista retirou na sua propriedade será validado, dando o retorno que ele espera.

A empresa FERGASAN, também é avaliada mensalmente de acordo com a

qualidade dos serviços prestados. Ou seja, quanto melhor for o produto que ela entregar

na cooperativa, maior será seu premio de qualidade que é pago mensalmente como um

incentivo da própria cooperativa para as empresas que fazem todo o transporte de leite

para a sua fabrica, tendo em vista que a mesma reconhece que toda qualidade de seus

produtos dependem da qualidade da matéria prima que chega na mesma. Se o leite, que

é a sua principal matéria prima, não chega com a qualidade que a mesma espera nos

seus produtos, consequentemente, fazendo com que seus clientes tenham um produto de

qualidade e que atenda as suas necessidades.

Para a FERGASAN, é muito importante que a mesma consiga fazer todo o

transporte do leite de qualidade, pois a garantia da mesma de que as linhas a elas

destinadas serão mantidas para os próximos anos e com certeza, além da mesma ter que

atender a cooperativa, os pecuarista também são seus clientes e os mesmos também

devem ser tratados de forma que seus produtos sejam valorizados pelos clientes finais.

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6.2 Falta da Administração Financeira

A empresa FERGASAN atua a mais de 8 anos na cidade de Paracatu em Minas

Gerais. No ramo de transporte de leite e aluguel de máquinas pesadas, seu principal

cliente atualmente é a empresa Coopervap, situada também em Paracatu, onde a mesma

é responsável pelo recolhimento de leite das fazendas do município e região.

Atualmente a empresa conta com cinco máquinas no seu total, sendo uma delas locada

para a Prefeitura Municipal de Vazante. Mesmo com alguns anos de experiência, a

mesma ainda encontra falhas no que se relaciona com as questões de administração

financeira. Conforme mencionado por Brigham apud Menon e Ianesko (2006), a

administração financeira surgiu a anos, como sendo um forma de orientas as empresas

para que as mesmas possam fornecer duas atividades dentro do que exige a lei.

A administração financeira como um campo separado surgiu por volta de

1.900, seu estudo baseou-se em orientar e legalizar empresas que estavam

iniciando no mercado, com o objetivo de levantar capital através da emissão

de títulos de vários tipos. (BRIGHAM Apud MENON; IANESKO, 2006,

p.1).

A FERGASAN é classificada como uma empresa de pequeno porte, onde na

mesma identifica-se como o principal problema, os itens em que se referem a

Administração Financeira. Conforme mencionado por Brigham quando citado por

Menon e Ianesko (2007), a parte de finanças na empresa é a que irá se interessar pela

aquisição de bens bem como o uso eficiente dos bens que a mesma possui. Esta também

irá administrar o dinheiro da empresa, de forma que a mesma possa aumentas suas

receitas e diminuir suas despesas. Concluindo, sua finalidade de resume em administrar

e dirigir todos os itens que são estudados e administrados para que seja alcançado algum

dos objetivos da empresa.

Devido à falta de uma boa administração financeira dentro da empresa, a mesma

possui vários indícios de desorganização relacionados aos dados financeiros, fazendo

com que não seja possível identificar qual a sua real situação financeira.

De acordo Gitmam (1997), a área de finanças dentro das empresas, independente

se a mesma é de grande, médio ou pequeno porte, sendo indispensável este área dentro

de qualquer tipo de organização. É a área de finanças que irá mostrar, através de

números, qual a situação em que a empresa se encontra. Sendo assim, os estudo e

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aplicação de finanças na empresa, irá mostrar se a mesma esta obtendo sucesso com

suas atividades ou se a mesma está tendo prejuízos.

6.3 A visão da empresa relacionado com finanças: “não-necessidade de

Administração financeira”

A FERGASAN acredita que por ser uma empresa de pequeno porte, a mesma

não precisa ter uma gestão financeira, ou seja, usar das ferramentas de controle

financeiro para que a mesma possa obter sucesso. Diferente do pensamento que é

apresentado por Gitmam (1997), onde o mesmo cita que a administração financeira não

é utilizada e recomendada somente em empresas ou organização, é também muito

utilizada por pessoas, profissionais dessas mesmas empresas onde é utilizada, seja em

suas vidas profissionais bem como em suas vidas particulares (familiar). Sendo assim, a

empresa, por menor que seja, é importante que ela tenha uma boa administração

financeira, pois desta forma ela irá mostrar qual o momento certo de investir, como

investir, de forma que a mesma aumente sua receita e consiga ganhar o mercado onde

atua, sem que a mesma tenha aumento das despesas, bem como despesas não esperadas.

Ainda relacionado com o problema mencionado acima, Gitmam (1997), mostra

que em muitas casos, encontram-se estudos que mostram e focam somente o estudo da

administração financeira em empresa cujo o principal foco de suas atividades é a

geração de lucros (empresas com fins lucrativos), mostrando que o estudo da

Administração financeira pode, é e deve ser aplicado também em empresas que o foco

não é a geração de lucro, exemplificando mais uma vez, que este estudo deve ser

aplicado também na vida pessoal. Existem dentro do estudo de finanças várias áreas em

que as pessoas possam se especializar, áreas estas que servem como base para novos

desafios e aprendizados diferentes.

6.4 A Concorrência

Na cidade onde a FERGASAN atua, existe concorrentes que atuam no mesmo

ramo de atividade, porém nenhuma empresa é igual à outra. Conforme ainda

mencionado por Gitmam (1997), existe pontos importantes que as diferenciam uma das

outras, no que diz respeito à administração financeira de empresas.

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A FERGASAN passa por licitações que acontecem nas empresas que contratam

seus serviços, onde nestas, ela precisa apresentar toda a sua empresa, desde a forma que

a mesma pretende trabalhar, bem como o valor que será cobrado pela prestação de seus

serviços. Para isso, Gitmam (1997), ainda contribuiu mencionado que, devido a grandes

inovações que acontecem no mercado, as empresa devem e precisam também inovar.

Para que seja possível realizar investimentos e inovar, é preciso de investimentos

financeiros, ou seja, precisa-se de um capital para investir. Porém é importante que as

empresas estejam preparadas para tais gastos, caso o contrário, a tentativa de crescer e

investir, trará ao invés do crescimento desejado, maiores problemas financeiros,

prejudicando ainda mais a situação da empresa.

6.5 A falta de Planejamento

SANVICENTE E SANTOS (2008) também mencionada que além de todas as

fases do no estudo da administração financeira existe outra área importante e que deve

estar sempre em comunhão com a área de finanças: o Planejamento, ferramenta esta que

é fundamental para o sucesso das organizações, independente da posição que a mesma

representa (levando-se em conta o seu capital social).

Planejar é estabelecer com tendências as ações a serem executadas, estimar

os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atribuições de

responsabilidades em relação a um período futuro determinando, para que

sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos porventura fixados para uma

empresa e suas diversas unidades. (SANVICENTE E SANTOS, 2002, p. 16).

A FERGASAN trabalha todos os dias da semana, onde necessita que toda a sua

frota de caminhões e máquinas, esteja sempre em condições de operação, pois os seus

clientes – os produtores rurais - dependem do serviço da empresa para que seu produto

chegue na Coopervap com a qualidade esperada e dentro do prazo, para que os produtos

que serão fabricados a partir deste produto esteja dentro dos padrões de saúde

estabelecidos. A falta de planejamento em relacionado com as atividades de manutenção

na empresa, faz com que muitas máquinas gerem problemas que impossibilitam a

operação das mesmas, trazendo assim, prejuízos tanto para os produtores como também

para a própria empresa, que também é cobrada pelos produtores e pelo seu cliente, por

não conseguir entregar seu produto.

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6.6 A falta de orçamentos

Devido essa necessidade de operação das maquinas na empresa, a mesma não

faz nenhum tipo de orçamento para que seja feito as manutenções preventivas nas

máquinas, de forma a manter cada uma delas em boas condições de operação. Conforme

pensamento exposto por Sanvicente e Santos (2008), o orçamento financeiro é muito

importante dentro das empresas. Este pode e deve ser utilizado, como um instrumento

de planejamento e controle das atividades de uma empresa. Porém, o autor deixa muito

bem esclarecido que, para que o orçamento seja bem feito, deve se levar em conta dois

determinados itens que são de muita relevância para o sucesso do mesmo:

“planejamento e controle”.

6.7 Controle de custos e atividades

Hoje a empresa FERGASAN não tem nenhum tipo de planejamento e controle

de suas atividades, bem como o controle do que pode ser gastos (controle de custos)

com cada um de seus equipamentos, não possuindo assim, um controle que poderá

ajudar a empresa a identificar em qual momento que determinado equipamento deverá

passar por uma manutenção, seja esta uma pequena revisão ou uma manutenção em

determinada peça do equipamento. De uma forma, Sanvicente e Santos (2008)

menciona que as empresas devem planejar e controlar todas as suas atividades, com a

finalidade de seguir uma linha que fará com que a mesma tenha sucesso nas suas

atividades. A implantação de um orçamento nas empresas faz com que essas tarefas

sejam formalizadas e sistematizadas, ou seja, fará com que a empresa tenha um

planejamento de como deverá se programar para que seus equipamentos tenham a

devida condição de operação, porém com o mínimo de gastos possível, sendo este,

sempre dentro do valor que a empresa planeja gastar com a manutenção em cada

equipamento.

A implantação deste método, para Sanvicente e Santos (2008), sem dúvidas, tem

muitas vantagens tanto para seus gestores como cada um de seus funcionários, pois irá

melhorar todos os controles da empresa.

Com isso, os funcionários da empresa saberão quando será feito a manutenção

no equipamento que o mesmo trabalha, podendo observar durantes as atividades, os

principais problemas existente na máquina, passando as informações para os gestores

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para que os mesmos possam programar o dia da manutenção (caso o problema possa ser

resolvido após o planejamento), orçando cada peça que será gasta no mesmo.

Na verdade a formalização e a sistematização do planejamento e do controle

administrativos através de orçamentos criam condições para que se progrida

no sentido da otimização da ação administrativa, documentando-se planos e

programas e permitindo uma aferição mais objetiva do desempenho dos

diversos setores da empresa. (SANVICENTE E SANTOS, 2008, p. 16).

Devido essa falta de programação na empresa, sempre que tem a necessidade de

uma manutenção em suas máquinas, é devido à mesma estar operando e o problema

impossibilitar que a mesma continue suas atividades. Como manter a máquina parada,

além de prejuízo para a empresa, ainda acarreta prejuízos aos fornecedores devido as

condições, por exemplo, do armazenamento do leite nas fazendas que na maioria delas,

não consegue guardar uma quantidade muita acima do que é produzido no mês, ela

precisa comprar as peças e contratar os serviços imediato, impossibilitando a empresa

de fazer mais de um orçamento, podendo ela pagar mais caro tanto pelas peças quanto

pelos serviços de manutenção. Isso acontece devido muitas vezes, por exemplo, os

problemas ocorrerem de madrugada ou em finais de semana, onde os custos são maiores

por causa do horário de atendimento e formas de pagamento que são de imediato.

Citados por Menon e Ianesko (2006), Figueiredo e Caggiano, enfatizam mais

ainda que o orçamento é um instrumento que irá dar a direção a empresas para que as

mesmas possam alcançar os objetivos propostos no planejamento. Ou seja, considera-se

que no orçamento constam os planos específicos, isto relacionado nos itens como datas,

custos, planejamento, visando orientar a administração das mesmas para que se atinja

seus objetivos empresariais.

6.8 Dificuldade de implantação do orçamento

Nenhum destes itens é utilizado hoje pela FERGASAN. O grande índice de

problemas nas maquinas que podem ser identificados e a necessidade de manter a

mesma em operação, muitas vezes faz com que os serviços e equipamentos que são

utilizados na manutenção das maquinas não sejam de qualidade, aumentando ainda mais

as chances dos problemas voltarem a acontecer e ainda com maiores prejuízos.

Na empresa, um dos motivos que a mesma não obteve sucesso na implantação

do orçamento, quando o mesmo foi iniciado, porém sem sucesso, é a dificuldade e

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aceitação dos funcionários. Muitos acreditam que fazer orçamento do que serão gastos

em um determinado período de tempo, é uma desconfiança apresentada perante aos

demais funcionários da mesma. Esse problema, é bem mencionado por Sanvicente e

Santos (2008) onde os mesmos ressaltam que, na implantação de orçamento nas

organizações, tem como a primeira reação das equipes (funcionários operacionais e de

outros setores da empresa) o pensamento de que os gestores possam estar tentando

controlar as atividades que estão sendo desempenhadas por cada colaborador dentro da

empresa, porém o mesmo apresenta uma nova visão a respeito do assunto, onde o

orçamento é um instrumento de participação no planejamento das atividades da

empresa, especialmente daquelas atividades pelas quais todos os funcionários são

responsáveis.

Isso deve ser apresentado de uma forma com que os funcionários da empresa

possam se sentir também responsáveis pela empresa, pois é da mesma quem vem à

remuneração de cada um. A visão que deve ser apresentada é uma forma de mostrar aos

funcionários, que eles são peças importantes dentro do planejamento de atividades na

empresa. Isso porque, como cada um trabalha em um determinado equipamento, ele tem

a visão dos problemas mais frequentes que a mesma apresenta, bem como poderá

identificar o que melhor pode ser feito para que estes sejam resolvidos. Por parte dos

funcionários podem surgir muitas ideias que poderão ainda ajudar a empresa além de

diminuir os problemas nas máquinas, consequentemente irá ajudar a empresa a reduzir

os custos de manutenção, resultando assim, no aumento de suas receitas.

6.9 A visão da empresa relacionado com Orçamento e Controle

Devido à empresa não trabalhar com nenhum tipo de orçamento e planejamento

de suas atividades, muitos itens que podem ajudar a empresa a diminuir os seus custos

ficam deixados de lado. A mesma acredita que o controle de custos e a gestão

Financeira, é apenas uma forma de colocar no “papel” tudo que entre e que sai da

empresa, no que se diz respeito a dinheiro propriamente dito, não sendo assim,

necessário qualquer tipo de planejamento, orçamento ou controle antecipado do que

poderá ser gastos. Contradizendo a ideia da empresa, Sanvicente e Santos (2008),

menciona que quando se tratado de orçamento, existem vários outros pontos que devem

ser bem abordados, para que a implantação do orçamento seja bem feito e traga os

resultados esperados por ela.

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A implantação e utilização do orçamento é uma ferramenta importante dentro do

processo administrativo e financeiro da empresa, para que o mesmo se torne mais

amplo, este deve ser usado como instrumento de controle, conforme citado por

Sanvicente e Santos (2008), pois desta forma a mesma saberá onde está sendo gasto

cada uma de suas despesas. Esse controle deve ser entendido e executado durante toda a

existência da empresa, pois é ele que irá mostrar em qualquer momento do projeto como

está o andamento da empresa, quando relacionado ao planejamento e execução de suas

atividades e também no que esteja relacionado com os custos que estão sendo

empregados para que sua atividade no mercado seja bem sucedida.

Evidentemente, a função de controle não se esgota no acompanhamento puro

e simples, como também envolve a geração informação para a tomada de

decisões de avaliação e eventual correção do desempenho alcançado,

proporcionalmente ao seu afastamento em relação ao tido como desejável.

(SANVICENTE E SANTOS, 2008, p.22).

Ao contrário do que é apresentado e defendido pela empresa, de que a forma de

controlar os gastos é fazer um simples acompanhamento do que esta sendo gastos.

Conforme citado por Sanvicente e Santos (2008), este item é apenas o início do

processo, pois existem outros itens que são de grande importância, como as tomadas de

decisões.

6.10 Não realização de análises e comparativos de custos de equipamentos

Hoje, dentro da FERGASAN é possível identificar em qual área e equipamento

foi gasto um determinado material ou serviço na empresa, pois todo o material que é

consumido é inserido em uma pequena planilha do equipamento no mês. Não é feito um

comparativo do que vem sendo gasto em cada um destes equipamentos,

impossibilitando uma visualização rápida do que mais está sendo gastos em cada

equipamento. Conforme o que é mencionado por Sanvicente e Santos (2008), essas

informações trata-se de informações a respeito do que está sendo feito pela empresa,

servindo como forma de comparar os valores que são planejados com o que está sendo

executado. Porém, devido também a falta de orçamento impossibilita essa comparação.

Outro fator que impossibilita esta comparação na empresa é a falta de um responsável

especifico e definido como responsável por determinada área, que terá a missão de

verificar tudo o que esta sendo gasto na empresa.

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Conforme ainda mencionado por Sanvicente e Santos (2008), é muito importante

que a empresa tanto nos planos que são elaborados como os relatórios de controle

devem estar sempre obedecendo a um mesmo critério de geração e apresentação das

informações, o que é feito principalmente pela área de contabilidade.

Portanto, tantos os planos elaborados quanto os relatórios de controle devem

obedecer a um mesmo esquema de geração e apresentação de informações, o

que faz principalmente através da contabilidade. (SANVICENTE E

SANTOS, 2008, p. 31).

Após serem definidos os responsáveis por cada área, deve-se implantar os

centros de responsabilidade e autoridade, mas acima de tudo, utilizar um plano de

contas que atenda satisfatoriamente as necessidades de informações para fins de

planejamento e controle.

6.11 Inexistência do Plano de contas da empresa

Hoje a empresa não utiliza um plano de contas para controle, o que dificulta

ainda mais qualquer tipo de organização financeiro e comparação entre gastos de

equipamentos, gastos mensais e atual situação da empresa. Não efeito na empresa

nenhuma previsão de revisão mensal ou anual em seus equipamentos, bem como em

novas instalações de suas máquinas, melhorias. Neste contexto, conforme mencionado

por Sanvicente e Santos (2008), a sequência de atividades através das quais a

administração de uma empresa executa a tarefa de elaboração do orçamento para todo

período anual, não passa de uma parte do esforço permanente pelo qual os dirigentes

dessa empresa estabelecem diretrizes para aquilo que a organização deve fazer em certo

número de anos.

A sequência de atividades através das quais a administração de uma empresa

executa a tarefa de elaboração do orçamento para dado período anual, não

passa de maneira formal ou informal, de uma parte do esforço permanente

pelo qual os dirigentes dessa empresa estabelecem diretrizes para aquilo que

a organização deve fazer em certo número de anos. (SANVICENTE E

SANTOS, 2008, p. 37).

Mais específico, o orçamento é aquela parte de um plano de longo prazo que é

mais detalhamento referente a um determinado período.

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6.12 Falta de Planejamento par alongo prazo

Ainda mencionado Sanvicente e Santos (2008), o planejamento de longo prazo

pode não existir formalmente, embora a conclusão normativa lógica de nossas

recomendações quanto a um plano de um ano seja no sentindo dessa formalização.

Mesmo que este seja inexistente, a administração das empresas nunca deixa de ter

implícitas suas atitudes e determinações, nem que seja apenas uma ideia quanto ao

desejo e objetivos da empresa.

Mesmo inexistindo um plano de longo alcance, contudo a administração não

deixa jamais de ter, implícitas em suas atitudes e determinações, pelo menos

alguma ideia quanto ao caminho desejável da empresa para um período

superior ao do plano orçamentário de um ano apenas. (SANVICENTE E

SANTOS 2008, p. 37).

Indo contra o que é citado acima pelos autores, a FERGASAN não procura fazer

planejamentos de seus custos em um determinado prazo de tempo, podendo ser

considerado um orçamento à longo prazo. Deste forma, na empresa não é feito nenhum

tipo de planejamento a longo prazo, como sendo um projeto de crescimento e melhoria

para a empresa.

6.13 Tipos de manutenção dentro da empresa

A FERGASAN precisa frequentemente, executar manutenções em suas

máquinas para que estas sejam capazes de operar conforma a demanda da empresa.

Quando a manutenção é bem feita, a empresa tem uma disponibilidade maior da

máquina conseguindo atender da melhor forma possível.

Neste assunto, Lafraia (2001), bem mostrar que a manutenção tem sua definição,

esta quando é elaborada da melhor maneira, consegue ter uma matenabilidade. Porém

são dois itens diferentes e que devem ser bem definidos.

O termo Manutenção pode ser definido como: “Conjunto das ações

destinadas a manter ou recolocar um item num estado no qual pode executar

sua função requerida”. A Mantenabilidade é uma característica de projeto que

define a facilidade de manutenção, e tempo de manutenção, os custos e as

funções que o item executa. (LAFRAIA, 2001, p. 161).

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É possível identificar na empresa que a mesma apenas atua em manutenções

corretivas, ou seja, ela apenas executa a manutenção quando ocorre falha que

impossibilita a operação do equipamento. Muitas vezes o equipamento ainda consegue

operar porém apresentando falhas, mas devido a necessidade de operação dos mesmos,

a empresa para o equipamento apenas em corretiva.

Conforme mencionado por Lafraia (2001), existem dois tipos de manutenção: a

corretiva e a preditiva, onde a manutenção corretiva é a que é feita sem nenhum tipo de

programação, planejamento e orçamento, sendo esta a formão inadequada, pois gera

prejuízos por equipamento parado e a falta de orçamento, eleva os custos com a

manutenção. Já no caso da manutenção corretiva, esta é feita de maneira programada,

com um planejamento prévio de como será feito e qual o custo com a manutenção,

sendo muitas vezes uma forma de diminuir os números de paradas do equipamento por

qualquer tipo de falha.

Para melhor explorar o assunto o autor menciona que a manutenção corretiva

incluir todas as ações que são tomadas para retornar um sistema do estado falho para o

estado operacional ou disponível, ou seja, é o mesmo que dizer que e fazer com que um

equipamento parou suas atividades devido a falhas apresentadas que não permitem a

continuidade de suas operações. Após verificadas as falhas e a correção das mesmas, o

equipamento deve estar em boas condições de iniciar novamente as suas atividades. A

frequência de manutenção corretiva é determinada ela confiabilidade do equipamento.

A ação da manutenção corretiva, não pode ser planejada, ela normalmente ocorre

quando não se deseja.

Já a manutenção preventiva procurar reter o sistema em estado operacional ou

disponível através da prevenção de ocorrência de falhas. Isto pode ser efetuado por meio

de inspeção, controles e serviços como: limpeza, lubrificação, calibração, detecção de

defeitos (falhas incipientes), etc...

Ainda assim, ressalva Lafraia (2001) que o tempo de manutenção corretiva

(reparo) encerra diversas atividades, geralmente, divididas em dois grupos: Tempo de

Manutenção: isolar a falha, realização efetiva da manutenção, testar; Tempo

administrativo: Planejar a intervenção, localizar pessoal, deslocamento, obtenção do

ferramental e equipamentos testes, etc.

São esses dois tipos de tempo dentro da manutenção irão definir a melhor forma

de atuar sempre quando houver falhas inesperadas dentro do processo. O primeiro irá

contar deste o momento de identificação da falha que resultará no isolamento do

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equipamento e a realização efetiva da manutenção indo até o momento de testar o

mesmo, após a finalização das atividades de manutenção. O segundo tempo irá contar

desde o planejamento para a intervenção das equipes de manutenção, localizando todo o

pessoal treinado e capacitado para a execução da atividade, descolamento dos mesmos

(muitas vezes os colaboradores da empresa nem estão na empresa), busca de todo o

ferramental que será utilizado para corrigir a falha, bem como os equipamentos que

serão utilizados para testes.

Porém, conforme é mencionado por Lafraia (2001), o ideal é que as

manutenções sejam feitas preventivamente, ou seja, antes da falha acontecer.

Se a manutenção é executada antes da falha de um equipamento mas somente

quando suas condições, determinadas através de um monitoramento contínuo,

indiquem que a falha é iminente, tem-se então a chamada manutenção

preventiva-preditiva ou simplesmente manutenção preditiva ou sob

condições. (LAFRAIA, 2001, p. 174).

E para que isso seja feito de forma eficaz, quando houver a necessidade de parar

um equipamento, a empresa precisa ter pessoas direcionadas para que possam

programar e planejar todas as atividades.

Pode-se evidenciar na empresa que os dois gestores tem tarefas distintas

(administrativo e operacional), porem ambos não tem nenhum tipo de planejamento

relacionado com a manutenção nos equipamentos, não possuindo assim, qualquer tipo

de controle sobre tais manutenções e custos das mesmas.

Ainda sendo mencionado por Lafraia (2001), o mesmo aborda que sempre deve

ser feito análises das falhas nos equipamentos, principalmente quando os mesmos

começam apresentar consequentes problemas em uma mesma peça. Para isso, o mesmo

apresenta um escopo de Mantenabilidade, onde o mesmo se resume: tempo médio entre

manutenção, tempo médio entre substituição, tempo gasto para ser feito a manutenção,

horas homem necessárias para a execução das atividades e os custos de manutenção.

Na empresa FERGASAN este escopo não é apresentado, fazendo com que não

se tenha um histórico numérico das falhas que vem constantemente impossibilitando a

operações das máquinas da empresa.

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7 HIPOTESES E OBJETIVOS PROPOSTOS

Inicialmente foram feitos algumas hipóteses que seriam possíveis para melhor

entender o que se passa na empresa, bem como ajudar na descoberta dos objetivos

propostos para serem implantados na empresa.

7.1 Apresentação das hipóteses

A partir dos problemas que foram possíveis ser identificados na fase de estágio

dentro da empresa FERGASA, o primeiro passo que se pode destacar é o estudo da

empresa, sendo está a forma utilizada para entender como funciona atualmente cada

departamento dentro da empresa, descobrir como é feito cada etapa do processo. Este

estudo tem como finalidade, verificar o que pode ser feito na empresa para que esta

possa fazer suas atividades de manutenção nas máquinas com o menor tempo possível,

evitando que a mesma fique por muito tempo parada para tais manutenções. Com isso,

será possível também identificar os pontos onde poderá trabalhar na redução dos custos.

Para que esse controle, tanto das manutenções como em relação aos custos da

empresa, o ideal seria a criação do planejamento financeiro, com a finalidade de criar

uma rotina de manutenções para toda a linha de caminhões da empresa, ou seja, criar

uma escala de manutenções preventivas nas máquinas, pois desta maneira será possível

prever o que deverá ser feito no equipamento, cotar a peça e/ou o serviço a ser

executado, podendo assim, ter descontos consideráveis em relação aos gastos com estas

atividades.

Com a elaboração do planejamento financeiro, será possível informar aos seus

clientes previamente o dia e por quanto tempo a máquina ficará parada, sendo

impossível o atendimento. Porém, o seu principal cliente, a Coopervap, irá providenciar

a liberação para que seja contratada uma linha extra para cobrir essas “faltas” das

máquinas. Mesmo dessa maneira, irá diminuir consideravelmente o tempo de parada

dos equipamentos, uma vez que sendo feitas as manutenções previamente, os possíveis

problemas que poderão ser apresentados, já serão tratados, dando pelas condições das

máquinas operarem com boas condições, satisfazendo as necessidades de seus

associados.

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A aplicação dessa processo, resultará na redução dos custos gerais da empresa,

conseguindo assim, fazer com que a empresa apresente resultados positivos

financeiramente.

7.2 Apresentação dos objetivos

O objetivo geral apresentado para a empresa, é propor para a mesma a criação do

orçamento financeiro, tendo em vista que este irá trazer vários benefícios, sendo esta

uma das melhores formas de fazer realmente a gestão dos custos dentro da empresa e

não ser uma forma de acompanhamento das despesas, como é feito hoje dentro da

organização.

Com a criação do orçamento, será possível identificar quais são os maiores

gastos que a empresa tem hoje, gastos estes sendo consideradas todas aquelas atividades

que de qualquer forma, geram custos para a empresa.

Para que esse orçamento seja eficiente, este precisa ser trabalhando junto com o

planejamento das manutenções preventivas, que também e proposto dentro do projeto. È

preciso saber qual a forma que será utilizada para a realização destas manutenções, bem

como o que será necessários quais os recursos, para que o orçamento seja baseado

conforme as manutenções.

Após a elaboração tanto do planejamento de Manutenção como do Orçamento

financeiro, precisa ser feito um controle diário dos dois itens, com o foco principal em

verificar o que está sendo cumprido e o que não está, quais as dificuldades que estão

sendo verificadas, de forma a resolver todos os problemas para que estes não atrapalhem

no andamento do processo.

Em relação aos gastos diários que surge na empresa, a proposta é que estes

precisam ser todos justificados, como uma forma de buscar formar para reduzir ou ainda

melhor, eliminar o gasto que foi apresentado. Isso em forma de relatórios que irão servir

como uma base de calculo para a elaboração dos próximos planejamentos de

manutenção bem como para o orçamento financeiro dos próximos anos.

Estes relatórios serão sempre revisados, a medida que os problemas forem

acontecendo e assim, estes deverão ser avaliados para que seja tomada medidas

preventivas para que estes itens não sejam frequentes. Porém, existem os custos fixos

que deverão ser trabalhos de formar a minimizar, porem, sabe-se que não tem como a

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empresa sobreviver sem estes, como por exemplo, os salários dos funcionários,

combustível, lubrificantes, etc.

Desde maneira, será possível atingir o objetivo geral que se espera com a

execução do projeto dentro da empresa, ou seja, reduzir os custos a partir da criação do

planejamento e orçamento financeiro da empresa.

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8 METODOLOGIA

Inicialmente foi necessário, conhecer a empresa de forma a entender tudo o que

se passa na mesma, e qual a forma de trabalho e postura dos gestores. Dentro da

FERGASAN, mesmo com as evidências de seus problemas, observou-se que muitas

informações estavam arquivadas e precisavam ser esclarecidas para o melhor

entendimento do que fazer para a resolução do problema.

Na FERGASAN, conforme identificado, observa-se que a empresa passa por

problemas financeiros. Á falta de orçamento está gerando autos custos com as

manutenções corretivas, concluindo que realmente a mesma passa por problemas

relacionados com a administração financeira no geral. Á falta do orçamento para a

realização das atividades na empresa, faz com que a mesma gaste muito em

consequência dos grandes problemas corretivos que ocorrem em suas máquinas.

Para que seja feito um completo entendimento da empresa, foi necessária uma

entrevista bem elaborada, com a finalidade de obter informações importantes, que não

foram possíveis de identificar apenas com o acompanhamento das atividades na

empresa.

Conforme Citado por Gil (1996), para que se possam levantar dados que são

importantes dentro do processo de pesquisa, precisa utilizar dos métodos voltados para a

interrogação e a partir destas é que surgirão as respostas que irão mostrar a natureza do

problema. Dentre elas, o autor cita como técnicas para essa metodologia a aplicação a

entrevistas com perguntas voltadas para as questões relacionadas com a empresa.

Porém, o autor ainda reforça que a pessoa que está na elaboração do projeto, deve

conhecer do assunto, de forma a mostrar as formas de melhoria para a empresa.

Desde forma, dentro da pesquisa realizada na empresa FERGASAN optou-se

pela fonte de coleta de dados a partir de uma entrevista feita com os gestores da

empresa, nos quais estes são os maiores responsáveis pelas atividades da empresa. Essa

modalidade foi selecionada devido a sua flexibilidade, sendo que pode ser aplicada de

diversas formas dentro da empresa, com a finalidade de colher os dados mais

importantes e necessários para a resolução do problema.

A entrevista foi realizada separadamente com cada um dos gestores da

FERGASAN, tendo um resultado positivo em relação ao que se esperava, uma vez que

a entrevista feita seguiu o principal assunto a ser abordado no projeto, relacionado com

a administração financeira e falta de orçamentos da empresa.

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Para a realização da entrevista foi necessário primeiramente definir quais os

dados que se pretendia obter com a mesma e a partir dessas informações, elaborar da

melhor maneira as perguntas a serem feitas aos gestores. Essa forma fundamenta-se no

pensamento de Gil (1996, p. 93), quando menciona que “a estratégia para a realização

de entrevistas em levantamentos deve considerar duas etapas fundamentais: a

especificação dos dados que se pretende obter e a escolha e formulação das perguntas”.

A entrevista seguiu o modelo padronizado, conforme define Marconi e Lakatos

(2005): “é aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido”,

onde foram feitas perguntas direcionadas aos problemas financeiros e suas principais

causas. Tais perguntas seguiram um roteiro previamente definido, direcionadas somente

para os gestores da empresa. O objetivo a ser alcançado com a entrevista, foi obtenção

de informações relacionadas com a administração financeira e a atual forma de trabalho

da empresa em relação aos métodos utilizados para os controles de custos, e a falta deste

roteiro pré-definido, poderia sair do que se espera com a entrevista.

A entrevista foi realizada separadamente com cada um dos gestores da empresa,

para que as respostas pudessem ser conforme o pensando de cada um deles e ao final,

comparar as informações que foram passadas pelos mesmos, para que pudesse enxergar

com está a maior causa do problema encontrado.

De acordo com a necessidade da área e as fontes de pesquisas disponíveis, foi

realizada a pesquisa qualitativa, com a finalidade de descrever os fenômenos que

ocorrem na empresa, que geram problemas encontrados para a mesma. Conforme

mencionado por Neves sendo mencionado por Gil (1996), a pesquisa qualitativa

“compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e

a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados”. Dessa forma,

foi utilizado a própria empresa FERGASAN como a principal fonte de dados para a

obtenção de informações importantes para a realização da pesquisa, sendo o autor da

pesquisa, o principal instrumento para a elaboração da mesma. A mesma foi feita

conforme a entrevista realizada, sendo sua principal característica, a forma descritiva,

devido toda a parte de obtenção de informações terem sido elaboradas através dos

estágios presenciais, das consultas aos funcionários e entrevista feira com os gestores da

empresa. Para essa metodologia adota de pesquisa qualitativa, foi necessário um tempo

maior a ser dedicado na empresa, com o intuito de adquirir o maior numero de

informações possíveis, para chegar as principais causas dos problemas encontrados na

empresa.

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9 ANÁLISE DE DADOS

Nessa fase, será feito a análise dos resultados que foram obtidos com o estudo

em questão, de forma a verificar se será viável ou não para a FERGASAN a

implantação do orçamento anual na empresa.

9.1 Entrevista

A partir das informações que foram possíveis de analisar com a entrevista, fica

evidente que a empresa FERGASAN Transportes e Serviços não é feito o a gestão ou

controle de custos na empresa. O que pode ser verificado é que a mesma apenas faz um

acompanhamento de todas as receitas e despesas da empresa, justificando cada uma de

suas despesas, separando por cada uma de suas frotas. Justificando os gestores, que

devido as constantes atividades da empresa e sendo apenas os dois gestores os

responsáveis por todos os setores da empresa, nunca foi observado que a mesma

precisaria de uma gestão financeiro, ainda mencionado que devido à empresa ser de

pequeno porte não tem a necessidade de fazer qualquer tipo de plano de contas, DRE,

etc. Apenas no final do ano, é feito um pequeno relatório (não sendo exatamente um

balanço), de forma a verificar como foi o ano da empresa.

Sendo questionados sobre o tipo de manutenção que hoje é realizado na

empresa, os mesmos mencionaram que devido as suas frotas não poderem parar para

fazer manutenção, estas hoje são feitas apenas em corretivas, ou seja, quando a máquina

fica sem condições de rodar, eles levam a mesma para a manutenção que muitas das

vezes são feitas por pessoas terceiras da empresa, gerando um custo muito alto, uma vez

que muitas desses problemas que são apresentados acontecem a noite, finais de semana,

etc. Devido a necessidade de colocar novamente a máquina em operação, a mesma não

tem a possibilidade de fazer uma cotação de preços bem feita de forma a pagar o melhor

preço com qualidade. Com isso, verifica-se que a participação dos funcionários no

momento de decidir se o equipamento vai parar para manutenção ou não, é basicamente

quando os mesmos percebem que os equipamentos podem trazer riscos para os mesmos,

pois estas informações geralmente são passadas quando o problema já está

impossibilitando a mesma de operar.

Porém, é justificado que em alguns desses casos que as máquinas quebram ou

apresentam qualquer tipo de falha, é devido as estradas com más condições de trafego e

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as chuvas que provocam atolamento das maquinas, principalmente quando estão

carregadas.

Estes custos que são gerados após estas manutenções, são passadas para os

funcionários apenas quando são os próprios funcionários precisam levar as máquinas

para manutenção. Isso ocorre geralmente quando as máquinas apresentam problemas

fora da cidade de Paracatu e os próprios motoristas precisam procurar ajuda nas cidades

mais próximas do local onde houve o problema ou ainda quando os gestores da

FERGASAN não estão na cidade e as máquinas precisam fazer manutenção, uma vez

que nessas condições geralmente são os próprios funcionários que assinam as notas de

entrega dos serviços.

Sendo questionados os gestores da FERGASAN sobre a realização de um

planejamento financeiro a longo prazo, os mesmos mencionaram que essa ideia foi

levantada no primeiro ano da empresa, porém não foi possível a realização devido as

atividades da empresa e os próprio gestores trabalharem em outras empresas. Na visão

dos mesmos, a ideia da implantação do planejamento financeiro é sim uma forma mais

eficaz de controlar os custos da empresa, mas acreditam que esse processo, caso seja

implantado na empresa, pode inicialmente gerar mais custos para a empresa, e no

momento eles sabem que não podem ter gastos extras, porém sabem que no futuro os

benefícios podem ser maiores que os custos iniciais.

Os gestores da empresa mostraram que a maior dificuldade que os mesmos

encontram em implantar o planejamento financeiro é a questão dos custos, mencionada

acima que pode gerar e que inicialmente teria que ser feito uma dedicação maior dos

dois gestores para que este fosse bem elaborado, e os mesmo não mostram confiança em

deixar a parte operação (gestão das manutenções – parte operacional) para um de seus

funcionários, uma vez que isso se faria necessário para que os dois pudessem dedicar na

elaboração do planejamento financeiro. A parte administrativa ainda poderia ser feito

pelos mesmos, uma vez que eles estariam trabalhando apenas com essa parte.

Com essa falta de planejamento e controle financeiro que não é feito na empresa,

eles observam que não seria possível de imediato mostrar no papel qual a real situação

da empresa, não podendo ainda ser avaliado uma forma de investimento para a empresa.

Apenas eles mencionam que é verificado mensal o lucro de cada frota e o lucro ou

prejuízo de cada uma.

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9.2 Objetivo do Estudo

O estudo em questão tem como seu principal objetivo analisar qual a situação da

FERGASAN bem como propor a elaboração do orçamento financeiro para que a mesma

possa controlar realmente seus custos, com a finalidade de aumentar sua receita.

9.3 Metodologia aplicada para solução do problema

O Trabalho foi desenvolvido dentro da empresa FERGASAN junto com o

analista administrativo da empresa e com os gestores da empresa. O mesmo iniciou-se

em fevereiro de 2012 a junho do mesmo ano, onde pode se identificado três fases

distintas que colaboraram para que fosse possível a realização do mesmo. No primeiro

momento pode-se destacar a fase da observação e entrevista, onde a mesma consistiu na

observação de todo o ambiente administrativo da empresa, bem como entrevistas que

foram realizadas com os gestores da empresa, com a finalidade de entender os

procedimentos hoje utilizados na empresa e que levaram a empresa a chegar na atual

situação em que a mesma se encontra. Em seguida, a fase de coleta de dados, onde foi

solicitado aos gestores da empresa que fornecesse os dados financeiros para que fosse

possível realizar a análise de todas as informações. Informações solicitadas: fluxo de

caixa, plano de contas, DRE, etc. Por fim, com posse das informações que foram

passadas pelos gestores da empresa, inicia a fase de lançamento de informações que

neste caso foi feito um relatório do que foi possível verificar com a entrevista feita com

os gestores e os valores, foram lançados em uma planilha eletrônica para que fosse

possível fazer uma análise com a finalidade de verificar qual a real situação da empresa.

9.4 Limitações

Para que o projeto pudesse ser elaborado de maneira a alcançar o seu objetivo,

seria necessário fazer uma análise financeira da empresa, tomando como base

informações que constam geralmente em documentos contábeis. Porém na

FERGASAN, a parte contábil da empresa é feita pelo gestor Administrativo da

empresa. Dessa forma, foi possível identificar a ausência de informações importantes.

Conforme citado anteriormente, a empresa não possui plano de contas e DRE.

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Outro item que foi encontrado que dificulta muito as análises está relacionado

com as saídas de caixas mencionadas nos custos realizados da empresa, onde pode-se

verificar que o valor é alto, para que ela não consiga justificar onde foram gastos tais

valores. E ainda, leva-se em consideração que os gestores da empresa, todo mês, contam

com o valor estipulado no Pró-labore.

9.5 Discutindo resultados obtidos

Após a realização das três fases mencionadas acima, precisa ser verificado os

resultados que foram obtidos em cada fase.

9.5.1 Entrevista aos gestores

Com a entrevista pode se constatado que a empresa, realmente, passa por

problemas financeiros, devido à falta de planejamento da mesma, bem como falhas dos

próprios gestores da empresa, que afirmam não fazer nenhum tipo de método para

controle dos custos, bem como fazer um planejamento financeiro dos possíveis gastos

da empresa, para entender e agir nos itens mais críticos, ou seja, nos itens que geram

mais gastos para a empresa. Observa-se que os gestores estão à disposição para novas

ideias que foram dadas para a melhoria da empresa.

A entrevista mostrou alguns pontos importantes de falhas da empresa, que de

certo modo, contribuíram para que a empresa chegasse na situação atual:

a) Falta de comprometimento dos gestores da empresa: isso porque pode ser

observado que a empresa procura sempre manter suas máquinas em

operação, porém não focam e se não se comprometem em dar melhores

condições para que os funcionários possam trabalhar com segurança e

qualidade. Os mesmos não se mostraram comprometidos com a sua própria

empresa, no que se relaciona com a parte financeira da empresa. Pode ser

observado que o foco dos gestores é a operação de suas máquinas,

esquecendo os mesmos que um bom planejamento financeiro e de

manutenção irão melhorar os controles de custos da empresa (que hoje não

possuem na empresa.

b) Falta de consulta nos “números da empresa”: a empresa FERGASAN, não

faz nenhum tipo de consulta financeira no momento em que precisa ser

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comprada uma peça, ferramenta, equipamento para a empresa. Isso faz com

que a empresa fique totalmente fora do que ela possui para gastar e onde

estão os maiores gastos da empresa. Isso gerou a falta de controle dos custos

da empresa, fazendo com que a mesma não consiga atacar nos pontos fortes

onde mais estão sendo os gastos.

c) Falta de programação de manutenção e planejamento financeiro: devido a

necessidade de operação das máquinas, a empresa precisa sempre mantê-las

em condições de operar. Porém ela não trabalha com uma programação de

manutenções preventivas, como uma forma de evitar com que esses

problemas frequentes que vem acontecendo com as máquinas na empresa

sejam eliminados. Essa falta de programação também impede que a mesma

faça um planejamento financeiro para um determinado período, de forma a

prever os possíveis gastos da empresa, bem como uma forma de fazer com

que a empresa tenha uma mantenabilidade maior de suas máquinas, para que

assim consiga também aumentar suas receitas. Para isso, ela precisa manter

suas máquinas em operação e em boas condições para transportar o leite. A

mesma é medida pela qualidade dos serviços prestados.

9.5.2 Fase de coleta de Dados

A Fase de coleta de dados é a fase mais importante dentro do processo e essa

importância foi reforçada com os gestores da empresa para que os mesmos pudessem

fornecer todos os dados necessários para o estudo, bem como entender qual a

necessidade de tais dados para o projeto.

Inicialmente foi solicitado as documentações básicas da empresa e de todos os

contratos que ela tem para saber quais os custos que a mesma tem a longo prazo. Além

desses, foram solicitados os seguintes documentos:

a) Plano de contas Gerencial da empresa;

b) Balanço patrimonial e DRE dos últimos três anos;

c) Relação do faturamento da empresa nos últimos 12 meses;

d) Relação de financiamentos em andamento da empresa;

e) Relação de contas a pagar da empresa;

f) Relação de contas a receber da empresa;

g) Valores gastos com manutenção nas maquinas;

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h) Relação de empresas que prestam serviços de manutenção para a empresa.

Dentre os dados que foram solicitados para os gestores da empresa, a maioria

deles a mesma não conseguiu apresentar para que estes fosse inseridos nas análise de

dados. Um dos pontos mais graves que pode ser verificado, está relacionada coma falta

do plano de contas da empresa e a DRE, umas vez que a empresa já atua a muito tempo

no mercado e nunca teve a preocupação de fazer um plano de contas, para que este se

fosse uma forma de controlar os seus custos.

9.5.3 Lançamentos das informações

O lançamento das informações foi feito em duas fazes pré-determinadas:

a) Na primeira fase foi feito um relatório com as informações que foram

possíveis de identificar através da entrevista feita com os gestores da

empresa. Neste processo foi relatado as ideias de cada um dos gestores que

foram passadas através de um escopo de entrevista que foi pré-definido antes

da mesma acontecer, sendo uma forma de focar a “conversa” nos assuntos

relacionados com a situação financeira da empresa no momento, bem como a

percepção de cada um dos gestores quando relacionado com os

conhecimentos da administração financeira e sua importância em qualquer

que seja o ramo e tamanho da empresa. Com a entrevista foi possível

identificar causas que levaram a empresa a chegar na situação em que as

mesmas se encontram.

b) Na segunda etapa, foi elaborado a planilha com os dados numéricos que

foram possíveis levantar na fase de coleta de dados da empresa. Sendo

destacado que a maioria dos relatórios que foi solicitado aos gestores da

empresa, estes não foram apresentados, justificando os mesmos que a

empresa por ser de pequeno porte, não precisa de plano de contas, DRE e

relatórios financeiros, geralmente utilizados em qualquer empresa. Foi feito

três planilhas (conforme anexo) de forma a identificar na mesma os itens que

seriam necessários: a) Os primeiros dados que foram necessários serem

levantados e que seriam a base para o projeto, foram os valores realizados da

empresa nos últimos 12 meses, onde com os valores encontrados, foi

possível fazer uma média de gastos mensal de cada item, bem como um

levantamento geral de todos os custos da empresa, e a mesma média mensal

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de gastos da empresa. Esses dados foram utilizados para a elaboração da

planilha de Projeção, ou seja, esta foi utilizada como um memorial de

calculo que foi utilizado para a elaboração do orçamento anual que foi

proposto para os próximos 12 meses; b) Foi elaborado uma planilha de

análise dos fatores financeiros e com estes lançamentos foi possível verificar

a viabilidade econômica da empresa atualmente e na projeção feita para o

próximo ano, sendo considerado o período de Julho de 2012 a Junho de

2013; c) Por fim foi elaborada uma planilha compondo a projeção de caixa

da empresa para o período mencionado acima, considerando a correção de

valores que foram considerados inadequados ou exorbitantes comparando-se

com o tamanho da empresa.

9.5.3.1 Planilha de lançamentos dos valores realizados de Julho de 2012 á junho de

2012

Nessa etapa de elaboração da planilha de custos realizados da empresa, foi

possível identificar algumas contas com números preocupantes que impactaram

negativamente na empresa, fazendo com que a empresa tivesse além de um resultado

final negativo, a média mensal também ficou negativa. Dentre estas contas, pode-se

destacar:

a) Impostos de veículos;

b) Salários;

c) Combustível;

d) Lubrificantes e filtros;

e) Manutenção (serviços e materiais);

f) Fornecedores;

g) Seguros;

h) Cartão de Crédito;

i) Retiradas extras.

Pode ser verificado na planilha que o período em que a empresa ficou com seu

saldo negativo, foi no mês de novembro, onde pode ser destacado que é também o inicio

do período chuvoso e nesta época do ano, é ainda mais necessários que as máquinas

estejam em bodas condições de operação, uma vez que boa parte das estradas são de

terra, o que dificulta ainda mais o transporte.

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Neste período, acontece vários problemas com as maquinas devido a falta da

programação preventiva nas máquinas, o que acaba gerando problemas nas máquinas

que as impossibilita de operar. Quando estes problemas acontece nas estradas, o socorro

ainda fica mais complicado e mais critico, dependendo do local. Com isso, os

funcionários atrasam a sua entrega, gera muitas horas extras, que consequentemente

gera um custo maior para empresa, umas vez que tais horas extras são mais caras que as

horas normais.

Outra conta muito preocupante esta relacionado com as retiradas de caixas que

tem um valor considerável, quando mencionado que estes valores estão descriminados

nesta conta devido não terem qualquer tipo de comprovante ou relação de onde foram

aplicados. Só é identificado os gastos quando os gestores da empresa, fazem o relatório

constando o lucro gerado pela máquina, menos as despesas que foram necessárias com

cada uma delas. A diferença de valor que não é identificado onde foi gasto é lançado

neste conta. Dessa forma, dificulta ainda mais o controle dos custos da empresa, pois

entende-se que está sendo feito retiradas da empresa para custear possíveis custos

particulares dos gestores da empresa.

9.5.4Viabilidade Econômica da empresa

A partir dos estudos realizados na empresa, foi possível identificar junto com os

gestores que seria possível reduzir 10% das despesas da empresa e aumentar a receita

em 10%. O aumento seria focado na operação das máquinas, ou seja, fazer com que as

máquinas operem com qualidade dentro do prezo, sem problemas de forma a reduzir

nos custos com manutenção. Porém deixando esclarecido para que esse processo fosse

realizado, preciso seguir a programação de manutenções preventivas nas maquinas, o

que irá diminuir as manutenções corretivas, consequentemente uma redução no tempo

de parada da mesma, onde esta terá boas condições de se manter em operação, os

funcionários cumprirão sua jornada de trabalho sem a necessidade de horas extras,

diminuindo assim, os custos de salários.

Em relação a redução do custo de manutenção, estas teria seus custos reduzidos

tanto no que diz respeito com materiais de reposição das máquinas, bem como na

prestação de serviços de terceiros para executar a manutenção.

A redução nos materiais teria seu foco principal na cotação de preços com

fornecedores para identificar aquele que possui o melhor preço, peça de qualidade,

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prazo de pagamento, tempo de entrega da peça, dentre outros itens. Quando é feito a

cotação de preços é possível identificar aquele que melhor atenderá a demanda da

empresa e com qualidade. Quando ocorre a manutenção corretiva e é necessário a

compra de uma peça, devido a mesma não poder ficar sem operar, o primeiro

fornecedor em que é encontrado a peça é aquele em que a empresa compra, pois não

tem a disponibilidade de ficar procurando o melhor preço.

O mesmo acontece com a prestação de serviços. Alguns problemas são

identificados pelos próprios funcionários e pelo gestor operacional da empresa, porém

este deve ser tratado antes que o equipamento pare corretivamente. Nestes casos em que

a máquina parou porque problema impede que a mesma continue com suas atividades,

na maioria dos casos os funcionários já não mais conseguem efetuar a manutenção.

Com isso é necessário levar o caminhão em oficinas ou ainda contratar o serviços de

mecânicos para fazer. Estes imprevistos não tem horário de acontecerem e quanto mais

fora do horário comercial, maior é o valor cobrado e na empresa. Praticamente os

problemas são todos foram do horário comercial, o que gera um custo muito alto na

prestação de serviços que pode ser reduzido com a programação das manutenções

preventivas na empresa.

9.5.4.1VPL

O valor presente líquido tem como sua principal função trazer para os valores

presentes os valores que foram investidos na empresa, ou seja, apresentar as previsões

de resultados financeiros da empresa um determinado espaço de tempo. O índice deverá

ficar acima de zero, o que irá significar que o negócio pode ser viável.

Seguindo este conceito foi feito duas análises para a FERGASAN, uma

compreendendo o valor realizado de Julho de 2011 até junho de 2012 e outra no período

de Junho de 2012 até junho de 2013, com uma previsão de aumento no faturamento de

10% devido ás reduções que foram feitas nos custos e a melhor qualidade de operação

das máquinas que gera uma qualidade melhor nos serviços prestados pela empresa. Nos

dois períodos que foram analisadas, os resultados obtidos foram favoráveis para a

empresa. Considerando os valores realizados pela empresa, o VPL teve o resultado de

R$9.879, 07 e considerando os valores projetados o VPL foi de R$9.456,65.

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9.5.4.2 Payback

O Payback é calculado de forma a apresentar o prazo de retorno do

investimento, ou seja, em quanto tempo o valor que foi investido na empresa será pago

e a empresa começará a dar lucros. Para a obtenção deste resultado foi considerada a

média de faturamento mês dos valores realizados e projetados.

Tomando com base os resultados apresentados no período que foi realizado, o

valor não foi bom, onde o mesmo apresentou 160 meses (pouco mais de 13 anos), para

que a empresa tenha o retorno do capital que foi investido. Este resultado justifica-se

devido aos grandes números negativos que a empresa realizou no período de Julho de

2011 á Junho de 2012. Caso não seja tomada uma decisão no sentido de reverter a

situação da empresa, esta poderá perder mais ainda e até mesmo fechar.

Porém, pode-se observar que é possível reverter a situação da empresa,

considerando o crescimento de 10% devido a reduções das despesas, no primeiro ano.

Considerando a mesma forma de calcular o payback para o período projetado de Junho

de 2012 até Junho de 2013, o indicado caiu para apenas 2 meses, o que mostra uma

redução considerável e muito favorável para a empresa.

Considerando as análises feitas, conclui-se que o cliente deverá ser rigoroso no

cumprimento dos índices projetados, para que a mesma consiga reverter a sua situação

negativa.

9.5.4.3 TIR

A taxa interna de retorno mede o valor da remuneração básica do capital

investido no negócio, tendo referência para serem utilizadas para cálculos, os valores

investidos na abertura do negócio e as projeções e realizações financeiras da empresa

em um período.

Sendo analisados os valores realizados pela empresa no período de Junho de

2011 até Junho de 2012, sendo considerado o valor total de investimento R$280.000,00

a TIR não pode ser calculada, devido os seus consecutivos números negativos. Já

considerando o período de Julho de 2012 até Junho de 2013, onde todos os seus valores

foram positivos, a TIR foi de 38,69%, concluindo assim que somente com um programa

reestrutura financeira da empresa é que será possível reverter a situação da empresa,

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sendo assim, o capital investido no negócio um retorno atrativo para os sócios da

empresa.

9.5.5 Projeções financeiras

Analisando os dados da realizados da empresa no período de Junho de 2012 á

junho de 2012, observa-se a necessidade de redução de custo que deverá ser feita para

que a empresa consiga alcançar seus objetivos. Para isso, algumas medidas devem ser

tomadas para que a FERGASAN consiga alcançar saldo positivo mensal, sem que

prejudique a qualidade dos seus serviços.

Inicialmente foi considerado um aumento aproximado de 10% das receitas da

empresa, que seriam geradas devido as boas condições das máquinas da empresa,

ficando maior tempo disponível para a prestação dos serviços. Esses valores que podem

ser observados na planilha, tiveram como base os valores que foram realizados pela

empresa nos últimos 12 meses.

Essas médias também foram estudadas com a finalidade de se entender quais das

despesas poderiam sofrer redução, sem que prejudique a qualidade dos serviços, para se

conseguir um resultado positivo na projeção para os próximos 12 meses.

Após ser apresentada a projeção, pode ser observado que os próprios gestores da

empresa, acreditam que a empresa tem um grande potencial para continuar suas

atividades por um período ainda maior de tempo. Com os dados apresentados e sendo

mostrados de forma clara e com números, os gestores puderam entender que para

empresa ter redução dos custos, o primeiro passo deverá partir dos próprios gestores da

empresa, uma vez que eles são os responsáveis pelo sucesso ou fracasso da empresa.

9.5.6 Reduções de custos das contas críticas

Após a coleta dos dados realizados do período de Julho de 2012 a junho de

2012, verificou-se que as contas citadas acima como as mais criticas deveriam ser o

foco para a redução dos custos. Tendo em vista que muitas delas tem custos

desnecessários e custos que não conseguem identificar onde foram gastos, estes

somente são identificados, quando é feito o levantamento das receitas e das despesas, e

percebe-se que estão faltando valores. Alguns ações foram propostas para que as

reduções fosse possíveis.

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a) Impostos de Veículos: neste campo pode ser verificado que os valores altos

são devidos os impostos dos veículos que são pagos em atrasos, e acabam

gerando multas. Fazer com que a empresa quite todas as despesas com os

veículos dentro do prazo para evitar que se paguem multas.

b) Salários: a redução nas contas de salário dar-se devido as máquinas estarem

em boas condições de operação, os motoristas irão cumprir suas rotas com

dentro do horário previstos, não gerando assim horas extras. Devido a estes

grandes problemas com as máquinas e muitos dos motoristas dobrarem, o

motorista que hoje é contratado para ajudar, poderá ser dispensado,

reduzindo os custos com salários e encargos trabalhistas.

c) Combustível: este é um dos itens mais complicados que foram identificados

para ser reduzido. Todos os caminhões precisam estar abastecidos para que

não fiquem parados nas estradas por falta de combustível. A redução neste

caso dar-se na mudança do local credenciado pela empresa para efetuar o

abastecimento. Desde o início das operações da empresa, ele abastece no

mesmo estabelecimento, isso faz com que o fornecedor não se importante e

proporcionar benefícios para a empresa, por serem a tanto tempo clientes da

empresa. Foi verificado que outros estabelecimentos possuem condições

mais favoráveis, com a mesma qualidade e que trará uma redução nos custos

desta conta.

d) Lubrificantes e filtros: com as manutenções preventivas que serão feitas nas

máquinas, os desgastes dos filtros e lubrificantes, irão atender o que é

proposto pelo fabricante, ter a duração que realmente eles suportam e ainda a

mudança para outro fornecedor melhores preços.

e) Manutenção (gastos com materiais e serviços): este é um dos itens que

geram mais desgastes na empresa. Devido as manutenções acontecerem

somente em corretivas, as peças tem um desgaste muito grande e precisam

ser trocadas imediatamente. Com isso não tem a possibilidade de se fazer as

cotações de preços. Com as manutenção preventivas, essas peças irão poder

ser compradas antecipadas, após uma inspeção feita antecipada. Isso

acontece também com a questão da prestação de serviços que é feito nas

manutenções. A antecipação dos serviços, irá gerar um custo menor, pois o

problema está mais simples de ser resolvido.

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f) Fornecedores: A consequência dos itens levantados acima é que irá

proporcionar um custo menor com os fornecedores, pois as cotações serão

fechadas com aqueles que possuem os menores preços. Outro item que foi

identificado, foi o pagamento em atraso de alguns boletos de fornecedores

que geram altos custos com os juros. Estas devem ser negociadas os prazos

para que a empresa consiga cumprir com suas obrigações e não peguem

multas por atrasos.

g) Seguros: os seguros deverão ser revisados, pois existem outras seguradores

que possuem melhores preços e são focadas no ramo de máquinas da

FERGASAN. Hoje a atual seguradora tem como seu principal foco, os carros

de empresas utilizados no dia-a-dia. Isso faz com que ela não oferece tantos

benefícios com as seguradores do ramos de máquinas como as que compõe a

empresa em questão.

h) Retiradas Extras: Foi identificado um grande custos que foi alocado na conta

de retiradas extras devido estes não terem seu destino justificado, ou seja,

são custos retirados do caixa da empresa que não são possíveis de identificar

seu destino. Dentro de uma empresa, isso não pode acontecer, pois gera a

dúvida em qual local foi gasto determinado valor. Com isso, foi mencionado

no orçamento que a empresa não terá nenhum gasto extra que não seja

possível identificar a sua natureza. Desta forma, será possível identificar com

precisão qual a conta que está tendo o maior gasto e como pode ser

trabalhado para que estes custos sejam reduzidos.

i) Tarifas de Cartão: Foi identificado que muitos itens são adquiridos em duas

forma, sendo alocados em duas contas. Um exemplo é o caso de

combustível, que foi identificado que o mesmo é feito no fornecedor

credenciado e também são abastecido em outros postos e foram pagos as

despesas no cartão. Com isso, faz com que não seja preciso o valor da conta

de combustível. Os cartões devem ser utilizados para a compra de pequenos

itens que não são viáveis ser pagos com um prazo maior ou ainda compras

que oferecem descontos em compras parceladas no cartão. Seja qual for o

valor, as boletas deverão ser pagas até o vencimento, para que não seja

gerado os juros que atualmente a empresa vem pagando devido aos atrasos

de pagamento das boletas.

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j) Contas de telefone: mesmo não sendo um valor que impacta tanto, foi

identificado que os valores que atualmente pagos estão altos. A proposta e a

firmação de um plano que inclua os gastos de Telefone Fixo, internet e

celular, que oferecem descontos com uma franquia que consiga atender a

demanda que a empresa precisa. Deste forma, os funcionários terão maiores

condições de ter um produto de qualidade, que atende e gera apenas uma

boleta para pagamento. Outro ponto importante é a questão do uso os

telefones da empresa para fins particulares. Isso, gera um certo

constrangimento aos demais funcionários, pois uns utilizam grande valor

com ligações particulares e outros não tem o direito de fazer uso de ligações,

muitas vezes para questões de trabalho.

9.6 Conclusões Finais

Dentro da empresa FERGASAN, pode-se verificar que a mesma possui duas

áreas definidas que devem manter um contato maior: área operacional e administrativa

financeira, que geram alguns aspectos importantes que deve ser observado.

O foco principal é a redução dos custos da empresa. Conseguindo fazer uma

redução dos custos da empresa, verifica-se que esta poderá aumentar sua receita, isso

devido à implantação das manutenções preventivas nas máquinas, elas não terão que

parar por problemas (manutenção corretiva), assim conseguirão atender dentro dos

prazos a rotas. Quanto mais eficiente e qualidade dos serviços prestados pela empresa,

maior será a participação da mesma no item de “Prêmio de Qualidade”, aumentando

assim a receita da empresa.

Deverá ser feito uma mudança em todo o processo financeiro da empresa para

que esta consiga cumprir o que foi proposto no orçamento anual elaborado. A

FERGASAN precisa cumprir todas as manutenções preventivas nas máquinas para que

estas possam operar com eficiência e atender a demanda de seus clientes. As

manutenções preventivas é uma forma que a empresa terá para manter suas máquinas

em boas condições de operar e ainda uma forma de reduzir os custos das peças e

serviços prestados, pois a empresa teria condições de fazer cotações e pesquisar o

melhor preço oferecido e com a qualidade que a empresa precisa.

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9.6.1 Conclusões Operacionais

Nessa etapa do processo, observa-se alguns itens que são identificados como

possíveis causas para que a empresa chegasse na condição financeira atual.

A falta de programação de manutenção preventivas nos equipamentos, pode ser

mencionada com uma das causas principais para a empresa chegar a situação financeira

em que ela se encontra. Devido a ausência das mesmas, as manutenções corretivas,

acontecem diariamente prejudicando os trabalhos dos funcionários da empresa, bem

como impactando nos custos, pois gera autos valores gastos com manutenção e ainda

prestação de serviços de terceiros nas maquinas, porque devido à falta de programação,

os fornecedores cobram mais caro da empresa, por ela necessitar que o serviço seja

executado da melhor maneira, porém com agilidade pois suas máquinas não podem

ficar parada esperando fazer cotações de preços, compra de peças mais baratas,

prestadores de serviços com disponibilidade e preço baixo.

Observa-se também certa “correria” no dia-a-dia dos gestores da empresa, tendo

em vista que um deles fica por conta da parte operacional sozinho e o outro além de

tomar conta de toda a parte administrativa da empresa, este ainda tem trabalho fixo em

outra entidade, não sendo possível uma total doação para a empresa FERGASA.

Devido a esse problema, a empresa nunca conseguiu implantar um sistema que

pudesse apresentar sempre que necessário, a situação da empresa através de números.

Isso é evidenciado pela falta do plano de contas, DRE, fluxo de caixa, etc. Dessa forma,

deverá ser feito pela gerência da empresa, um sistema informatizado que seja confiável

e que possa ser consultado todas as vezes que for decidir qualquer item relacionado a

finanças, como por exemplo: compras.

9.6.2 Conclusões Financeiras

A partir da análise dos valores que foram apurados e lançados na planilha de

análise financeira, é possível identificar que a empresa se encontra em situação de

comprometimento de liquidez. Ou seja, pode-se se afirmar que caso não seja tomado

providencias para a correção dos valores, a mesma pode encaminhar para a falência,

pois de acordo com os valores apurados, a tendência é que esses números aumentem

negativamente.

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Pode se afirmar a informação acima tomando com base os valores que foram

apresentados no lançamento do realizado da empresa, que fez com que a empresa

obtivesse consecutivos resultados negativos no período de 12 meses que foi considerado

os valores realizados (Julho de 2011 á Junho de 2012). Outro fator importante foram os

índices financeiros que foram apresentados, onde a TIR neste período foi nula, devido

aos valores negativos que a empresa apresentou, em determinados meses do ano; o

payback apurado foi muito perigoso, tendo em vista que o resultado foi de 160 meses, o

que conclui-se e torna o investimento inviável.

Quando feito a análise considerando o aumento da receita de 10% gerado através

das reduções de custos realizadas pela empresa considerados e projetados no para o

período de Julho de 2012 até Junho de 2012, os resultados apresentados foram mais

precisos e favoráveis para a empresa, sendo a TIR de 38,69% e o payback de apenas 2

meses.

Com esses resultados apresentados, acredita-se que as projeções que foram

apresentadas a empresa são realizáveis, uma vez que em valores reais, pede-se um

aumento anual de venda de R$112.339,07, o que representa um valor de R$9.361,59,

sendo considerado apenas o aumento que a empresa terá nas suas receitas, não levando

em consideração os valores obtidos com a redução das despesas.

Porém, para que estes resultados sejam favoráveis para a empresa, precisa de um

esforço considerável por partes dos gestores da empresa, para que os métodos

apresentados para a redução dos custos seja realmente aplicados dentro da empresa e

esta consiga reduzir os custos e o mais importante, que ela consiga controlar realmente

todas as suas receitas e despesas, de modo a fazer com que a empresa alcance o

resultado esperado.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que as empresas, independente do seu tamanho, precisam da

administração financeira para conseguir controlar toda as suas receitas e despesas.

Empresa ainda que trabalham com máquinas e precisam que estas estejam sempre em

operação, precisam realizar manutenções preventivas para garantir a operação das

mesmas.

Para que essa manutenção preventiva seja eficaz, é preciso que seja implantado o

a programação de manutenção e o planejamento financeiro, que tem o orçamento como

seu maior aliado. Isso foi proposto na empresa FERGASAN.

Na mesma foi identificada os problemas financeiros que na sua maioria, foram

gerados devido as manutenções corretivas que não acontecem na empresa, bem como a

inexistência da Administração financeira (ausência de plano de contas, DRE). O

planejamento financeiro proposto, irá fazer com que a empresa trabalhe com foco na

gestão de custo, procurando sempre seguir o que foi proposto no seu orçamento de

forma a garantir a qualidade na prestação de seus serviços.

Um fator muito importante é a gestão e controle eficaz dos custos, pois essa

redução de custos, fará com que a empresa trabalhe com qualidade, aumentando assim

sua receita, no item relacionada na qualidade dos serviços.

A gerência da empresa é a maior responsável pelos resultados da empresa, sejam

estes negativos ou positivos, pois são os gestores da empresa que a compõem e devem

gerenciar a empresa de forma que a mesma alcance os objetivos esperados.

Para a empresa FERGASAN, um dos itens importantes e que a gestão da

empresa deverá sempre buscar e a mantenabilidade, que irá medir a disponibilidade de

operação das máquinas após feita uma manutenção. Isso significa que a empresa passará

por uma manutenção preventiva, seguindo o que foi proposto no orçamento e de forma

que a máquina consiga se manter em operação durante todo a sua rota, sem que ocorra

prejuízos para ambas as partes.

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SUGESTÕES E PROPOSTAS

A partir dos resultados apresentados na análise de dados realizados e dados

projetados da empresa FERGASAN, podemos citar algumas propostas de melhoria que,

após implantadas na empresa, terão grande participação no sucesso da mesma. São elas:

a) Implantar o orçamento financeiro, de forma a prever os possíveis gastos da

empresa relacionados com suas atividades de modo geral;

b) O ideal é que o orçamento seja feito detalhadamente em um período anual, de

forma que seja mais preciso todos os valores que serão orçado para cada

atividade;

c) Implantar sistema para gestão e controle de custos na empresa de forma que a

mesma consiga seguir totalmente o que foi programado no orçamento, evitando

assim surpresas desagradáveis, como os custos acima do esperado pela empresa;

d) Ter um memorial de caçulo que seja capaz de dar uma direção para que a cada

ano os orçamentos sejam os mais eficazes possíveis, de forma a apresentar

resultados positivos para a empresa;

e) A sugestão para a criação de programação de manutenção nas máquinas, fará

com que a empresa tenha um caminho que ela deverá percorrer para fechar o seu

orçamento anual, conforme proposto.

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APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM GESTORES

1. Já foi realizado na empresa um planejamento a longo prazo?

2. Qual a sua ideia em relação ao Planejamento Financeiro?

3. Hoje é feito e gestão de custos na empresa? Se não, por quê?

4. Como é feito a escala de manutenção nos equipamentos operacionais?

5. Os funcionários da empresa tem conhecimento dos custos da empresa?

6. Qual a participação dos funcionários na programação das atividades a serem

executadas?

7. É feito um balanço mensal da empresa?

8. É possível fazer hoje uma análise financeira da empresa? De que forma?

9. Qual a dificuldade existente para realizar o planejamento financeiro?

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APÊNDICE B – CUSTOS REALIZADOS

(continua)

Fonte: Elaborada pela Autora.

Receitas jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12

Saldo Anterior - 7.676,15 17.164,47 23.282,84 23.936,92 19.302,40 (10.445,49) (21.061,08)

Caminhoes Leite 78.285,00 79.345,58 73.478,30 69.804,39 63.314,17 60.998,46 55.848,54 56.856,11

Reto-escavadeira 16.000,00 16.000,00 16.000,00 16.000,00 16.000,00 16.000,00 17.600,00 17.600,00

Aluguel/Frete Extra 9.428,50 9.334,56 8.947,83 8.580,44 7.931,42 7.699,85 7.344,85 7.445,61

Premio Qualidade 1.565,70 1.546,91 1.469,57 1.396,09 1.266,28 1.219,97 1.116,97 1.137,12

Sub-Total 01 105.279,20 113.903,20 117.060,17 119.063,76 112.448,79 105.220,67 71.464,87 61.977,76

Custos Fixos jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12

Agua 78,43 94,76 98,68 103,42 108,35 113,52 118,94 124,62

Energia 198,00 149,70 152,69 155,75 158,86 162,04 155,28 168,58

Telefone Fixo 342,21 353,62 365,40 377,58 390,17 403,17 446,61 330,50

Celular 797,00 626,90 757,79 589,72 722,71 556,80 546,02 564,22

Aluguel 550,00 568,33 550,00 550,00 550,00 550,00 650,00 650,00

Internet 164,90 164,90 164,90 164,90 164,90 164,90 164,90 164,90

Materiais de Consumo 98,90 102,20 112,42 73,65 136,02 49,62 82,17 56,52

Impostos/Seguros Veículos 1.056,00 1.176,00 1.296,00 1.416,00 1.536,00 1.656,00 1.776,00 1.696,00

Salários 18.980,00 19.612,67 20.004,92 20.405,02 20.813,12 42.458,76 21.653,97 22.087,05

Pro-Labore 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00

Encargos Trabalhistas 1.518,40 1.569,01 1.600,39 1.632,40 1.665,05 1.698,35 1.732,32 1.766,96

Sub-Total 02 26.283,84 26.918,09 27.603,20 27.968,44 28.745,19 50.313,17 29.826,20 30.109,35

Custos Variáveis jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12

Combustivel 23.834,05 22.524,04 21.247,84 26.035,45 21.893,67 16.129,49 18.430,02 19.762,52

Frete 1.058,50 1.138,47 765,31 969,10 1.771,12 1.862,20 3.865,85 2.148,47

Lubrificantes / Filtros 9.515,24 8.422,93 8.001,79 7.601,70 6.894,91 6.642,73 6.081,91 6.191,63

Manutenção (Material) 5.883,41 8.552,40 2.424,78 6.303,54 9.089,36 8.012,94 8.843,09 8.876,29

Manutenção (Serviços) 1.441,70 2.276,20 1.212,39 2.151,77 2.044,68 3.006,47 5.921,55 4.438,14

Fornecedores 4.914,25 5.867,28 5.673,92 3.490,22 4.965,71 4.949,92 3.792,43 2.842,81

Correios 144,17 127,62 121,24 115,18 204,47 300,65 292,15 243,81

Uniformes 1.350,00 1.530,00

Financiamentos 7.800,00 7.800,00

Seguros 5.479,95 5.414,19 5.143,48 4.886,31 4.431,99 4.269,89 3.909,40 3.979,93

Assistência Médica 475,00 475,00 475,00 475,00 475,00 475,00 522,50 522,50

Despesas Viagens 259,51 229,72 218,23 207,32 188,04 181,17 165,87 168,86

Sub-Total 03 54.096,26 54.798,14 52.865,74 52.028,26 51.770,92 53.449,30 53.188,89 49.006,09

Despesas jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12

Tarifas Bancárias 63,17 62,54 59,94 57,47 53,11 51,55 49,15 49,82

Tarifas de Cartão 2.105,58 2.084,54 1.997,91 1.915,62 1.770,24 1.718,37 1.638,21 1.660,78

Despesas de Cartório 106,29 109,83 112,03 614,27 116,55 118,88 121,26 123,69

Despesas de Escritório 216,26 191,43 181,86 172,77 306,70 450,97 438,23 365,72

Material de Limpeza 72,09 63,81 60,62 57,59 102,23 150,32 146,08 121,91

Brindes e Doações 2.000,00 1.500,00 600,00

Manutenção e Conservação 1.319,99 1.306,84 1.252,70 1.201,26 1.110,40 1.077,98 1.028,28 1.042,39

Multas 1.162,53 1.148,58 1.091,15 2.036,60 940,22 1.905,83 829,35 844,31

Retiradas Extras 10.177,05 10.054,93 8.552,18 9.074,57 8.230,84 4.929,80 5.260,31 4.391,29

Despesas com Funcionários 610,62 603,30 573,13 544,47 493,85 475,79 435,62 443,48

Sub-Total 04 17.222,95 15.022,49 13.308,39 15.130,14 12.630,29 11.903,70 9.510,86 9.199,91

Total Receitas 105.279,20 113.903,20 117.060,17 119.063,76 112.448,79 105.220,67 71.464,87 61.977,76

Total de Custos Variáveis 54.096,26 54.798,14 52.865,74 52.028,26 51.770,92 53.449,30 53.188,89 49.006,09

Margem de Contribuição 51.182,94 59.105,05 64.194,43 67.035,50 60.677,87 51.771,38 18.275,99 12.971,67

Total de Custos Fixos 26.283,84 26.918,09 27.603,20 27.968,44 28.745,19 50.313,17 29.826,20 30.109,35

Despesas Gerais 17.222,95 15.022,49 13.308,39 15.130,14 12.630,29 11.903,70 9.510,86 9.199,91

SALDO TOTAL 7.676,15 17.164,47 23.282,84 23.936,92 19.302,40 (10.445,49) (21.061,08) (26.337,59)

PONTO DE EQUILÍBRIO 54.063,75 51.874,69 50.335,13 49.675,58 53.270,85 102.256,99 116.629,87 143.860,46

%MC 48,62% 51,89% 54,84% 56,30% 53,96% 49,20% 25,57% 20,93%

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(conclusão)

Fonte: Elaborada pela Autora.

Receitas mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 TOTAIS MÉDIAS

Saldo Anterior (26.337,59) (21.425,96) (17.473,32) (13.883,88) (19.264,54) (1.605,38)

Caminhoes Leite 69.013,30 69.312,63 63.747,00 66.309,65 806.313,12 67.192,76

Reto-escavadeira 17.600,00 17.600,00 17.600,00 17.600,00 201.600,00 16.800,00

Aluguel/Frete Extra 8.161,33 8.691,26 8.134,70 7.890,97 99.591,31 8.299,28

Premio Qualidade 1.280,27 1.386,25 1.274,94 1.226,19 15.886,26 1.323,86

Sub-Total 01 69.717,31 75.564,19 73.283,32 79.142,92 1.104.126,15 92.010,51

Custos Fixos mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 TOTAIS MÉDIAS

Agua 130,57 121,87 109,30 98,90 1.301,37 108,45 0,12%

Energia 171,90 175,39 178,99 152,48 1.979,66 164,97 0,18%

Telefone Fixo 434,85 429,68 453,98 390,83 4.718,60 393,22 0,43%

Celular 583,02 602,46 622,54 643,29 7.612,45 634,37 0,69%

Aluguel 650,00 650,00 650,00 650,00 7.218,33 601,53 0,65%

Internet 164,90 164,90 164,90 164,90 1.978,80 164,90 0,18%

Materiais de Consumo 53,20 82,08 92,72 75,20 1.014,70 84,56 0,09%

Impostos/Seguros Veículos 1.416,00 1.936,00 1.256,00 1.376,00 17.592,00 1.466,00 1,59%

Salários 19.169,80 19.808,79 20.204,97 20.609,07 265.808,13 22.150,68 24,07%

Pro-Labore 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 30.000,00 2.500,00 2,72%

Encargos Trabalhistas 1.533,58 1.584,70 1.616,40 1.648,73 19.566,30 1.630,53 1,77%

Sub-Total 02 26.807,82 28.055,87 27.849,79 28.309,39 358.790,34 29.899,19

Custos Variáveis mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 TOTAIS MÉDIAS

Combustivel 19.124,39 23.873,17 25.036,51 20.232,18 258.123,33 21.510,28 23,38%

Frete 1.352,40 780,61 540,35 649,80 16.902,17 1.408,51 1,53%

Lubrificantes / Filtros 6.971,05 7.548,15 6.942,05 6.676,62 87.490,70 7.290,89 7,92%

Manutenção (Material) 5.112,44 6.287,32 4.103,65 3.023,22 76.512,44 6.376,04 6,93%

Manutenção (Serviços) 3.056,21 1.943,65 2.051,82 4.011,60 33.556,18 2.796,35 3,04%

Fornecedores 3.200,67 5.465,63 3.187,35 3.065,48 51.415,66 4.284,64 4,66%

Correios 105,62 114,37 105,18 101,16 1.975,62 164,64 0,18%

Uniformes 2.880,00 240,00 0,26%

Financiamentos 7.800,00 7.800,00 31.200,00 2.600,00 2,83%

Seguros 4.480,93 4.851,88 4.462,29 4.291,68 55.601,92 4.633,49 5,04%

Assistência Médica 522,50 522,50 522,50 522,50 5.985,00 498,75 0,54%

Despesas Viagens 190,12 205,86 189,33 182,09 5.985,00 498,75 0,54%

Sub-Total 03 51.726,21 51.387,27 46.951,70 50.374,24 621.643,02 51.803,59

Despesas mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 TOTAIS MÉDIAS

Tarifas Bancárias 54,63 58,19 54,45 52,82 666,83 55,57 0,06%

Tarifas de Cartão 1.821,10 1.939,80 1.815,13 1.760,54 22.227,81 1.852,32 2,01%

Despesas de Cartório 107,35 110,93 113,15 115,41 1.869,64 155,80 0,17%

Despesas de Escritório 158,43 171,55 157,77 151,74 2.963,43 246,95 0,27%

Material de Limpeza 52,81 57,18 52,59 50,58 987,81 82,32 0,09%

Brindes e Doações 1.800,00 5.900,00 491,67 0,53%

Manutenção e Conservação 1.142,59 1.216,78 1.138,86 1.104,74 13.942,78 1.161,90 1,26%

Multas 950,60 1.029,29 746,64 910,45 13.595,55 1.132,96 1,23%

Retiradas Extras 8.321,73 9.010,64 8.287,11 7.970,25 94.260,71 7.855,06 8,54%

Despesas com Funcionários 499,30 540,64 497,23 478,22 6.195,64 516,30 0,56%

Sub-Total 04 12.609,24 13.594,37 12.365,71 13.916,52 156.414,57 13.034,55

Total Receitas 69.717,31 75.564,19 73.283,32 79.142,92 1.104.126,15 92.010,51

Total de Custos Variáveis 51.726,21 51.387,27 46.951,70 50.374,24 621.643,02 51.803,59

Margem de Contribuição 17.991,10 24.176,92 26.331,62 28.768,68 482.483,13 40.206,93

Total de Custos Fixos 26.807,82 28.055,87 27.849,79 28.309,39 358.790,34 29.899,19

Despesas Gerais 12.609,24 13.594,37 12.365,71 13.916,52 156.414,57 13.034,55

SALDO TOTAL (21.425,96) (17.473,32) (13.883,88) (13.457,24) (32.721,78) (2.726,81)

PONTO DE EQUILÍBRIO 103.882,97 87.687,74 77.508,53 77.879,42 821.064,55 68.422,05

%MC 25,81% 32,00% 35,93% 36,35% 43,70% 43,70%

Análise

Vertical

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117

APÊNDICE C – CUSTOS PROJETADOS

(continua)

Fonte: Elaborada pela Autora.

Receitas jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12

Saldo Anterior 36.749,80 68.701,94 101.746,56 130.030,88 150.274,78

Sub-Total 01 110.543,16 148.288,21 173.592,42 202.316,51 222.968,34 240.488,97

110.543,16 111.538,40 104.890,48 100.569,96 92.937,46 90.214,19

Custos Fixos jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12

Agua 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00

Energia 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00

Telefone Fixo 159,00 159,00 159,00 159,00 159,00 159,00

Celular 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00

Aluguel 550,00 550,00 550,00 550,00 550,00 550,00

Internet 54,90 54,90 54,90 54,90 54,90 54,90

Materiais de Consumo 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00

Impostos

Salários 19.500,00 19.500,00 19.500,00 19.500,00 19.500,00 19.500,00

Pro-Labore 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00

Encargos Trabalhistas 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00

Sub-Total 02 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90

Custos Variáveis jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12

Combustivel 22.000,00 22.000,00 22.000,00 22.000,00 19.500,00 19.500,00

Frete 650,00 650,00 650,00 650,00 1.000,00 1.000,00

Lubrificantes / Filtros 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 6.500,00 6.500,00

Manutenção (Material) 3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00 4.000,00 4.000,00

Manutenção (Serviços) 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.500,00 1.500,00

Fornecedores 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00

Correios 85,00 85,00 85,00 85,00 85,00 85,00

Uniformes 950,00

Financiamento 6.000,00 13.800,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00

Seguros

Assistência Médica 425,00 425,00 425,00 425,00 425,00 425,00

Despesas Viagens 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00

Sub-Total 03 44.730,00 51.580,00 43.780,00 43.780,00 44.130,00 44.130,00

Despesas jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12

Tarifas Bancárias 63,17 62,54 59,94 57,47 53,11 51,55

Tarifas de Cartão 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.500,00 1.500,00

Despesas de Cartório 106,29 109,83 112,03 614,27 116,55 118,88

Despesas de Escritório 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00

Material de Limpeza 60,00 60,00 60,00

Brindes e Doações 1.000,00 1.500,00

Manutenção e Conservação 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00

Multas - - - - - -

Retiradas Extras - - - - - -

Despesas com Funcionários 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00

Sub-Total 04 3.979,46 2.922,37 2.981,96 3.421,74 3.479,66 4.920,44

Total Receitas 110.543,16 148.288,21 173.592,42 202.316,51 222.968,34 240.488,97

Total de Custos Variáveis 44.730,00 51.580,00 43.780,00 43.780,00 44.130,00 44.130,00

Margem de Contribuição 65.813,16 96.708,21 129.812,42 158.536,51 178.838,34 196.358,97

Total de Custos Fixos 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90

Despesas Gerais 3.979,46 2.922,37 2.981,96 3.421,74 3.479,66 4.920,44

SALDO TOTAL 36.749,80 68.701,94 101.746,56 130.030,88 150.274,78 166.354,63

PONTO DE EQUILÍBRIO 42.132,21 38.462,57 33.543,59 32.010,84 31.273,58 30.721,29

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118

(conclusão)

Fonte: Elaborada pela Autora.

Receitas jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 TOTAL

Saldo Anterior 195.435,28 179.574,54 177.062,02 190.668,70 225.539,84 253.495,64 1.785.833,23

Sub-Total 01 285.536,68 270.917,26 282.722,41 297.357,86 325.372,14 355.825,13 3.021.562,99

90.101,40 91.342,73 105.660,39 106.689,16 99.832,30 102.329,49 1.235.729,76

Custos Fixos jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

Agua 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 600,00

Energia 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 1.560,00

Telefone Fixo 159,00 159,00 159,00 159,00 159,00 159,00 1.908,00

Celular 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 2.400,00

Aluguel 550,00 550,00 550,00 550,00 550,00 550,00 6.600,00

Internet 54,90 54,90 54,90 54,90 54,90 54,90 658,80

Materiais de Consumo 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 480,00

Impostos 12.000,00 12.000,00

Salários 19.500,00 19.500,00 19.500,00 19.500,00 19.500,00 19.500,00 234.000,00

Pro-Labore 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 36.000,00

Encargos Trabalhistas 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 16.800,00

Sub-Total 02 37.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 313.006,80

Custos Variáveis jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

Combustivel 19.500,00 19.500,00 22.000,00 22.000,00 22.000,00 22.000,00 254.000,00

Frete 1.000,00 1.000,00 650,00 650,00 650,00 650,00 9.200,00

Lubrificantes / Filtros 6.500,00 6.500,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 66.000,00

Manutenção (Material) 4.000,00 4.000,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00 44.000,00

Manutenção (Serviços) 1.500,00 1.500,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 14.000,00

Fornecedores 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 60.000,00

Correios 85,00 85,00 85,00 85,00 85,00 85,00 1.020,00

Uniformes 1.050,00 2.000,00

Financiamento 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 79.800,00

Seguros 20.182,83 20.182,83 20.182,83 60.548,49

Assistência Médica 460,00 460,00 460,00 460,00 460,00 460,00 5.310,00

Despesas Viagens 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 1.440,00

Sub-Total 03 65.397,83 64.347,83 63.997,83 43.815,00 43.815,00 43.815,00 597.318,49

Despesas jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

Tarifas Bancárias 49,15 49,82 54,63 58,19 54,45 52,82 666,83

Tarifas de Cartão 1.500,00 1.500,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 14.000,00

Despesas de Cartório 121,26 123,69 107,35 110,93 113,15 115,41 1.869,64

Despesas de Escritório 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 1.800,00

Material de Limpeza 60,00 60,00 60,00 360,00

Brindes e Doações 1.000,00 3.500,00

Manutenção e Conservação 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 14.400,00

Multas - - - - - - -

Retiradas Extras - - - - - - -

Despesas com Funcionários 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 4.800,00

Sub-Total 04 3.480,41 4.423,51 2.971,98 2.919,12 2.977,60 2.918,23 41.396,47

Total Receitas 285.536,68 270.917,26 282.722,41 297.357,86 325.372,14 355.825,13 3.021.562,99

Total de Custos Variáveis 65.397,83 64.347,83 63.997,83 43.815,00 43.815,00 43.815,00 597.318,49

Margem de Contribuição 220.138,85 206.569,43 218.724,58 253.542,86 281.557,14 312.010,13 2.424.244,50

Total de Custos Fixos 37.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 25.083,90 313.006,80

Despesas Gerais 3.480,41 4.423,51 2.971,98 2.919,12 2.977,60 2.918,23 41.396,47

SALDO TOTAL 179.574,54 177.062,02 190.668,70 225.539,84 253.495,64 284.008,00 2.069.841,23

PONTO DE EQUILÍBRIO 48.100,61 32.897,71 32.423,34 29.418,67 28.987,37 28.606,39 390.129,69

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APÊNDICE D - GRÁFICOS

Fonte: Elaborada pela Autora.

Fonte: Elaborada pela Autora.

R$ -

R$ 20.000,00

R$ 40.000,00

R$ 60.000,00

R$ 80.000,00

R$ 100.000,00

R$ 120.000,00

R$ 140.000,00

jul-12 ago-12 set-12 out-12 nov-12 dez-12 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13

Receitas Realizadas x Orçadas

Realizado

Orçado

R$ -

R$ 20.000,00

R$ 40.000,00

R$ 60.000,00

R$ 80.000,00

R$ 100.000,00

R$ 120.000,00

jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13

Custos Realizados x Orçados

Realizado

Orçado

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APÊNDICE D – CUSTOS PROJETADOS

Fonte: Elaborada pela Autora.

Invest. Inicial (280.000,00)R$ (280.000,00)R$

Média de Venda Saldo Final Proj. Faturamento Saldo Final Proj.

jul/10 105.279,20R$ 9,37% - 115.807,12R$ 42.013,76

ago/10 106.227,05R$ 9,46% 7.676,15 116.849,75R$ 79.277,25

set/10 99.895,70R$ 8,89% 17.164,47 109.885,27R$ 117.316,65

out/10 95.780,91R$ 8,53% 23.282,84 105.359,00R$ 150.390,02

nov/10 88.511,87R$ 7,88% 23.936,92 97.363,05R$ 175.059,52

dez/10 85.918,27R$ 7,65% 19.302,40 94.510,10R$ 195.435,28

jan/11 81.910,36R$ 7,29% (10.445,49) 90.101,40R$ 179.574,54

fev/11 83.038,84R$ 7,39% (21.061,08) 91.342,73R$ 177.062,02

mar/11 96.054,90R$ 8,55% (26.337,59) 105.660,39R$ 190.668,70

abr/11 96.990,15R$ 8,63% (21.425,96) 106.689,16R$ 225.539,84

mai/11 90.756,64R$ 8,08% (17.473,32) 99.832,30R$ 253.495,64

jun/11 93.026,81R$ 8,28% (13.883,88) 102.329,49R$ 284.008,00

1.123.390,69R$ 100% 1.235.729,76R$

Média Fatur. 93.615,89R$

Média de saldo (1.751,32) 172.486,77

Crescimento

em 10% 1.235.729,76R$

Equivale a 112.339,07R$ no ano

9.361,59R$ ao mês

Situação Atual * Situação Projetada **

VPL R$9.879,07 R$9.456,65

TIR #NÚM! 38,69%

PAYBACK 160 (2)

* taxa média de juros em 2011 segundo BC (12,5%)

** taxa média de juros em 30/05/2012 segundo BC (9,0%)

Média de Faturamento

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