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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO GERÊNCIA DE MÍDIA-EDUCAÇÃO Organização e Dinamização do acervo nas Salas de Leitura: Orientações Gerais Sala de Leitura Prof. Lourenço Filho 2014

Organizacao e dinamizacao do acervo

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Este documento tem como principal objetivo apresentar as orientações gerais para a organização dos acervos das Salas de Leitura e sua dinamização nas escolas da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, tendo em vista favorecer a unidade do trabalho, respeitando, ainda, a diversidade de situações e de possibilidades de cada escola. Trata-se de material básico, que deve estar presente em todas as Salas de Leitura, além de servir como referência para a realização de outras ações no Nível Central, nas CRE e nas Salas de Leitura Polo.

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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO

GERÊNCIA DE MÍDIA-EDUCAÇÃO

Organização e Dinamização do acervo nas Salas de Leitura:

Orientações Gerais

Sala de Leitura

Prof. Lourenço Filho

2014

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Elaboração: Equipe da Gerência de Mídia-Educação Sala de Leitura Prof. Lourenço Filho

“Para que aconteça a dinamização do acervo, do espaço da biblioteca e da leitura, a

biblioteca escolar deve ser repensada como um ambiente também de criação e de

compartilhamento de experiências, um espaço de produção cultural em que crianças

e jovens sejam criadores e não apenas consumidores de cultura, exercendo, assim,

suas funções básicas que são a educativa, a informativa, a cultural e a recreativa”.

(CARVALHO, 2005, p.19)

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Sumário

Aos professores de Sala de leitura e Bibliotecários: algumas considerações iniciais

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A importância da dinamização e da organização do acervo

04

As Salas de Leitura: espaços de encontro entre leitores e leituras

05

A composição do acervo

06

Equipamentos na Sala de Leitura

08

Registrar, Classificar e Catalogar: o que é isso?

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Acervo Bibliográfico

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Acervo de periódicos

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Acervo Audiovisual

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Empréstimos: importante estratégia de mediação da leitura

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Anexo I: Lei nº 12244, de 24 de maio de 2010 22

Anexo II: Orientações para o descarte de livros 23

Anexo III: Cuidados com o acervo

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Referências Bibliográficas 26

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Aos professores de Sala de leitura e Bibliotecários: algumas considerações iniciais

A organização e dinamização de acervos é tema recorrente nas propostas para formação de ambientes voltados para o incentivo à leitura. Na Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, as Salas de Leitura recebem, desde a sua criação, as orientações para a organização do trabalho por meio de cursos, oficinas e materiais impressos como o que ora se apresenta. Na medida em que avançam as discussões neste campo e que também se ampliam os meios para a realização das ações, estas orientações sofrem adequações no sentido de conferir ao trabalho de organização do acervo a agilidade necessária para que a mediação da leitura aconteça da forma desejada. Neste sentido, também são consideradas as diretrizes para o trabalho a ser desenvolvido nestes espaços, elaboradas a cada gestão.

Este documento tem como principal objetivo apresentar as orientações gerais para a organização dos acervos das Salas de Leitura e sua dinamização nas escolas da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, tendo em vista favorecer a unidade do trabalho, respeitando, ainda, a diversidade de situações e de possibilidades de cada escola. Trata-se de material básico, que deve estar presente em todas as Salas de Leitura, além de servir como referência para a realização de outras ações no Nível Central, nas CRE e nas Salas de Leitura Polo.

A edição que apresentamos a seguir reflete, portanto, a necessidade de reorganização do trabalho das Salas de Leitura, considerando não apenas as orientações pedagógicas relacionadas à mediação da leitura de literatura na escola, mas, igualmente, aspectos relacionados ao contexto de trabalho, como: a presença cada vez maior de professores novos na função de regentes de Salas de Leitura; a ampliação de escolas com atendimento em horário Integral; a criação de projetos especiais (Escolas do Amanhã, EDI, Ginásios Cariocas etc); a implantação do horário de Centros de Estudos semanais para professores de 1º segmento do EF e a chegada de profissionais bibliotecários nas escolas e Bibliotecas Escolares Municipais, entre outros.

Outro aspecto importante a destacar é a informatização dos processos de organização dos acervos e de gestão da informação nas Salas de Leitura. Há alguns anos, este tem sido um objetivo perseguido e diversas ações já foram realizadas neste sentido, desde a orientação aos gestores para garantir, em cada Sala de Leitura, um computador destinado a esta função, assim como a atualização de algumas orientações para a organização dos espaços, até a contratação de serviço especializado para o desenvolvimento de um programa próprio, adequado às características e necessidade da Rede. O referido programa encontra-se em fase de produção e, por esta razão, as orientações que se apresentam nesta edição traduzem este momento de transição para uma etapa mais avançada, em que os processos serão cada vez mais ágeis e interligados em rede.

A elaboração deste trabalho conta, a cada edição, com diversas sugestões e propostas recebidas pela equipe, apresentadas pelos participantes das reuniões, seminários e oficinas. Portanto, suas dúvidas, sugestões e outras considerações podem ser encaminhadas ou tratadas em consultorias previamente agendadas com a equipe da Gerência de Mídia-Educação ([email protected] ou 2976-2308).

Contamos com sua participação!

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A importância da organização e da dinamização do acervo

“Uma boa biblioteca possui coleção selecionada em função dos interesses da comunidade a que serve. Não é um amontoado de livros recebidos por doação ou enviados por órgãos governamentais que, embora com a melhor das intenções, não conhecem a fundo as necessidades da escola. Ela deve ser organizada de forma a permitir que o livro ou material certo seja encontrado com facilidade e rapidez.”

Bernadete Campello

Preciso organizar o acervo da Sala de Leitura. Por onde começar?

Para que fazer este trabalho na escola?

Quem é o responsável pelo acervo?

Estas e outras questões devem fazer parte das preocupações do profissional que assume a Sala de Leitura de uma escola, ao iniciar seu planejamento. A partir delas propomos uma reflexão sobre a importância deste trabalho para que toda a comunidade escolar possa usufruir dos materiais diversos que ali se encontram.

A composição do acervo das Salas de Leitura deve considerar as diretrizes da gestão, refletindo também o Projeto Político Pedagógico da escola. O cuidado na seleção do que deve compor este acervo também está diretamente relacionado à organização dos materiais no espaço da Sala de Leitura. É preciso avaliar, ainda, o equilíbrio entre quantidade e a qualidade do acervo, procurando oferecer aos leitores uma diversidade de gêneros literários, de formatos de livros e de abordagens temáticas.

Uma sala abarrotada de materiais que nada ou pouco dizem aos seus leitores está longe de cumprir seu papel. Do mesmo modo que uma sala onde os livros de edições mais requintadas, com capa dura e papel lustroso, por exemplo, estão escondidos nos armários, fora do alcance dos leitores.

Cabe ao professor Regente de Sala de Leitura e/ou ao Bibliotecário que atua na escola a tarefa de zelar pela organização do acervo, buscando os meios possíveis para dar conta de duas questões primordiais: -saber o que existe no acervo da Sala de Leitura; -identificar com quem estão os materiais tomados por empréstimo.

Para tanto, é preciso que as atividades a elas relacionadas sejam contempladas na rotina de trabalho destes profissionais, uma vez que para organizar e acompanhar o empréstimo dos livros e de outros materiais é necessário tempo e dedicação.

De acordo com Martinez e Calvi (2004, p.13), entende-se que educadores, bibliotecários e comunidade escolar devem ser cúmplices nesse trabalho, já que a criação de um ambiente favorável à leitura é condição básica para melhorar a qualidade da educação e da vida cidadã.

Organizar e manter o acervo da Sala de Leitura é, portanto, para além de mera tarefa, uma ação importante para o sucesso do trabalho. Trata-se de compartilhar o cuidado com um bem público que recebe significativos investimentos, uma responsabilidade de todos.

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As Salas de Leitura: espaço de encontros entre leitores e leituras

(...) a biblioteca é um Centro Cultural, onde a memória viva das comunidades deveria ficar registrada. Logo, não se pode concebê-la como depósito de livros ou reduto de seres mal humorados que não apreciam a leitura.” Paulo Freire

A Sala de Leitura precisa ser atraente, agradável, iluminada e confortável,

contribuindo, assim, para um ambiente favorável às práticas de leitura no encontro entre leitores e textos. O espaço da Sala de Leitura também educa. A forma como este é organizado poderá favorecer a dinamização do acervo, auxiliando a formação de leitores e a promoção da leitura.

Existem móveis que permitem melhor aproveitamento dos espaços e acomodação dos livros e materiais. Este mobiliário precisa estar a serviço dos leitores, contribuindo para a estética e a funcionalidade da Sala de Leitura e do trabalho proposto. Assim, a escolha do mobiliário a ser utilizado ou construído deve considerar o público a que se destina, como por exemplo, a altura das prateleiras adequada à idade dos leitores.

Lembramos que não há, na Rede, uma metragem padrão para as Salas de Leitura, nem um modelo único de arrumação para seu mobiliário e seus equipamentos. O importante é que esta arrumação facilite o acesso dos leitores a esse espaço e a realização de atividades para a dinamização de seu acervo. Os materiais relacionados a projetos específicos no contexto do programa Rio, uma cidade de leitores e da MULTIRIO devem ter fácil localização nas Salas de Leitura. Acervos de Literatura Indígena e Africana (Maleta L.I.A.), Biblioteca do Professor, Publicações dos Projetos Poesia na Escola e Redação da Folha Dirigida, além dos multikits e impressos da MULTIRIO e do projeto Cineclube nas Escolas (quando este não tem um espaço específico), são alguns dos exemplos. Também é importante observar se especificidades da escola estão contempladas no acervo: Escola do Amanhã, GEC; GENTE, GEA, GEAC, GES, GEO, Escola Bilíngue, EI, EF, EE, EJA etc.

É interessante considerar a possibilidade de reservar um espaço para produções da própria comunidade escolar e de autores da localidade onde a escola está inserida. Esta simples iniciativa pode resultar no fortalecimento de vínculos entre os leitores e a Sala de Leitura.

Outro aspecto importante é relativo às condições mínimas de segurança para a manutenção do acervo existente (armários com chave para os equipamentos e materiais de maior valor) e as condições físicas adequadas para sua conservação (ventilação, iluminação etc).

Um quadro de avisos, com fácil visualização, apresentando os principais comunicados aos leitores, a programação da Sala de Leitura, entre outros informes, além de uma caixa permanente de sugestões e cartazes com as legendas que orientam os leitores sobre a forma como o acervo está organizado, são altamente recomendados.

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A composição do Acervo

O acervo das Salas de Leitura é composto por: livros de literatura para crianças, jovens e adultos; obras de referência; livros informativos; livros-brinquedo, além de periódicos (revistas, gibis, jornais etc).

Também poderão fazer parte deste acervo os seguintes materiais:

folhetos;

mapas;

DVD/CD;

Jogos;

brinquedos;

gravuras;

materiais acessíveis (audiolivros, braille etc)

recortes (artigos de jornais, revistas etc);

outros.

De acordo com a Lei federal nº 12.244, de 24 de maio de 2010 (ver anexo I), a composição do acervo de livros de uma biblioteca escolar deve considerar a relação de um título para cada aluno matriculado na escola. Assim, uma escola com mil alunos deve ter, no mínimo, um acervo de 1.000 títulos de literatura.

A seleção de livros é um trabalho fundamental nas Salas de Leitura. Ao selecioná-los, estaremos escolhendo aqueles que atenderão aos desejos da comunidade escolar, às suas necessidades de informação e de acesso a outros conhecimentos e experiências. O modo como o acervo da Sala de Leitura se organiza reflete o trabalho da escola.

O acervo básico de uma Sala de Leitura é constituído de:

Livros de literatura - principal acervo de uma sala de leitura, constituindo-se de obras de literatura para adultos, literatura infantil e juvenil, de autores nacionais e estrangeiros.

Livros de referência (enciclopédias, dicionários, atlas etc) - são destinados à consulta específica e introduz o aluno na busca da informação.

Livros informativos – (almanaques, álbuns ilustrados etc) são mais indicados para pesquisas ou estudo de um tema específico, auxiliando o trabalho escolar. São diferentes dos didáticos, pois não se destinam ao uso formal em sala de aula ou a uma série específica, mas são comprometidos com a informação, mesmo quando se apresentam sob a forma de uma história, para apresentar as informações de modo mais lúdico. Obras deste tipo, também chamadas de paradidáticas, podem ajudar a responder as questões que povoam o universo infantil e incentivar o gosto pelo mundo das letras "Lemos livros informativos para buscar informação, para saber mais sobre um determinado tema, para descobrir coisas divertidas e curiosas", explica a formadora de professores Ana Flavia Alonso.

Livros-brinquedo (livros de jogos, RPG etc) - têm como principal objetivo o lazer, favorecendo, também, o gosto pela leitura quando despertam nos leitores o desejo da busca por histórias a eles relacionadas.

Livros acessíveis (em Braille, ampliados, audiolivros etc): atendem às necessidades dos leitores com deficiência, favorecendo a inclusão.

Periódicos – (revistas, publicações científicas, jornais, boletins) são obras publicadas periodicamente, trazendo, em geral, informações atuais.

Outros materiais – (fotografias, vídeos, gravuras e pinturas, mapas, cartas, jogos, CD, DVD) enriquecem o acervo, variando as fontes para pesquisa, leitura e outras práticas.

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Estes materiais pressupõem critérios específicos para a sua aquisição e organização na Sala de Leitura, considerando sua diversidade e os objetivos a que se destinam.

Algumas escolas ainda possuem fitas de vídeo VHS ou mantém arquivos de recortes de jornais (hemeroteca). Nestes casos existem orientações específicas:

- Arquivo de recortes (seleção de recortes de jornais e/ou revistas que tragam informações relevantes): a seleção deve conter o nome do autor do artigo, assunto, o título e a data da publicação dos recortes. O mesmo pode ser feito em relação aos periódicos, caso não haja interesse em guardá-los por inteiro. Estes recortes podem ficar arquivados em pastas ou similares, em ordem alfabética de assunto.

- Fitas VHS: devem seguir as orientações básicas para o registro de CD/DVD. No caso dos programas produzidos pela Multirio, as produções estão disponíveis para consulta e impressão em http://www.multirio.rj.gov.br/portal/

Alguns cuidados especiais com as fitas de vídeo:

Após o uso, guardar a fita de vídeo rebobinada;

As fitas deverão ser acondicionadas e/ou arrumadas na posição vertical nos armários ou estantes;

Evitar sua exposição ao sol ou lugares úmidos.

Em síntese:

Na escolha das obras que constituirão o acervo deve-se levar em consideração:

o Projeto Político Pedagógico da escola;

os interesses dos leitores;

a qualidade literária.

a atualização dos assuntos - os materiais desatualizados deverão ser retirados do acervo. Ressalta-se, no entanto, que as obras de valor histórico precisam permanecer nas Salas de Leitura.

O acervo da Sala de Leitura pode ser adquirido por meio de compra ou obtido por doações e/ou permutas e o descarte contribui para sua atualização:

Compra – a aquisição de títulos e materiais pode ser realizada pela própria Unidade Escolar, pelo Nível Central ou pela CRE. No caso da escola, as compras podem ocorrer a qualquer momento, com verbas próprias ou com recursos oriundos da SME, destinados a compra de livros para as Salas de Leitura na Bienal Internacional do Livro do RJ e no Salão do Livro para Crianças e Jovens - FNLIJ.

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Ao realizar uma compra é importante considerar, conforme apontado anteriormente, o Projeto Pedagógico da escola, o interesse da sua comunidade escolar, a qualidade e adequação dos livros e de outros materiais. Para tanto, é essencial envolver todos os segmentos da escola na indicação dos títulos a serem adquiridos, consultar catálogos de editoras, pesquisar em livrarias, feiras de livros e sites especializados, além de acompanhar as premiações literárias, com o objetivo de elaborar uma lista prévia com diversas opções para o momento da compra.

Uma atividade muito comum em diversas escolas é a orientação prévia aos alunos que participam da visitação escolar ao Salão do Livro e à Bienal para que identifiquem, durante a visita, os livros que desejam ver no acervo da escola. Os alunos pesquisam os dados relativos ao livro desejado (título, autor, editora e preço) e encaminham para a professora da Sala de Leitura, que analisa a possibilidade de contemplar as sugestões recebidas, divulgando-as quando da apresentação dos novos títulos adquiridos à comunidade escolar.

Doação - oferta de livros e outros materiais à Sala de Leitura, que podem ser oriundas da comunidade escolar, de editoras, de instituições públicas ou particulares. Qualquer material doado deve passar por uma avaliação prévia da escola: Direção, Coordenação Pedagógica e Sala de Leitura, para que o mesmo possa ser incorporado ao acervo.

Permuta – as Salas de Leitura podem trocar entre si livros e materiais. Isso poderá ocorrer quando uma determinada Sala possuir materiais que não atendam mais ao perfil dos leitores de sua comunidade escolar ou quando houver excesso de um determinado título. Esse procedimento deverá ser efetuado com a autorização da Direção da Unidade Escolar e ser devidamente documentado, com o registro em guia de remessa e memorando, que deverá ficar arquivado na Sala de Leitura.

Descarte – o descarte de livros deve ocorrer sempre que necessário, garantindo a atualização do acervo e a organização do espaço. Recomenda-se especial cuidado com o descarte de livros, uma vez que a adoção de procedimentos inadequados, como queimar livros ou jogá-los em lixeiras constitui infração grave, sob pena de multa aos responsáveis. Materiais danificados ou que apresentem defasagem da informação devem ser descartados de acordo com orientações específicas da E/SUBE/CED (ver Anexo II).

A origem dos livros do acervo (compra, permuta ou doação) ou sua destinação (descarte, baixa ou permuta) devem ser sinalizadas no Livro Tombo, conforme as orientações apresentadas adiante.

Equipamentos na Sala de Leitura

As Salas de Leitura desenvolvem atividades e projetos que incorporam as diferentes mídias e suas linguagens. Deste modo, os equipamentos disponíveis na unidade escolar são utilizados nessas experiências mídia-educativas entre alunos e professores e podem permanecer sob a guarda da Sala de Leitura:

filmadora;

máquina fotográfica;

telão;

DVD;

TV;

aparelho de som;

computador;

projetor Datashow;

Lupa eletrônica etc;

Estes equipamentos também podem estar alocados em outro espaço da unidade escolar sob a responsabilidade de outro profissional indicado para esta tarefa. Esta decisão cabe a

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cada grupo, de acordo com suas características e necessidades. O fundamental é que todos os recursos existentes na escola sejam disponibilizados para toda a comunidade escolar, a serviço do projeto pedagógico.

Em relação aos laboratórios de informática existentes na Rede é importante destacar que já existem orientações específicas para a dinamização destes espaços. Em alguns casos os laboratórios estão localizados em espaços específicos na escola, separados da Sala de Leitura. Também é possível identificar escolas em que a Sala de Leitura e o Laboratório de Informática estão em um mesmo espaço ou em espaço contíguo. Ressalta-se que a Sala de Leitura e a Coordenação Pedagógica da escola devem atuar em conjunto na organização deste trabalho e no planejamento para o uso coletivo destes equipamentos, uma vez que os demais professores da escola também devem se apropriar dos recursos ali existentes para o desenvolvimento de seu trabalho com os alunos.

Embora a Sala de Leitura também utilize os recursos da Educopédia (especialmente, as áreas: Grandes Obras, Asas de Papel e Educoteca), os equipamentos relativos à sua utilização nas Salas de Aula não devem ser considerados como os demais mencionados neste documento, em função da especificidade de seu uso e de sua localização na escola.

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Registrar, Classificar e Catalogar: o que é isso?

É preciso saber o que existe no acervo da Sala de Leitura, e também é necessário organizá-lo de modo que toda a comunidade escolar possa acessar os materiais com

rapidez e eficiência.

Registrar: procedimento de inserir o livro na relação de bens da Sala de Leitura. Este registro pode ser feito à mão, em livro próprio (capa dura, pautado e com folhas numeradas), ou no computador, digitado em tabela específica. O registro do livro indica que o mesmo faz parte do acervo da escola. Chamamos de LIVRO TOMBO (LT) o livro registrado manualmente ou as folhas digitadas e impressas, colocadas numa pasta. Todas as Salas de Leitura precisam ter o controle do que há em seu acervo.

Classificar: ao registrar um livro no LT, inserimos a obra numa organização própria, que, no caso da SME/RJ, é uma adaptação das grandes classes de DEWEY, simplificadas de acordo com as áreas do currículo escolar, atreladas a cores previamente estabelecidas, conforme será descrito a seguir, no iterm Classificação.

Catalogar: a elaboração de catálogos (impressos ou digitais) pode facilitar a busca por materiais na Sala de Leitura. Identificar rapidamente os livros por título, autor, assunto ou editora pode agilizar o empréstimo e a pesquisa, por exemplo. Embora não seja obrigatória, a elaboração de catálogos pode ser uma ótima opção para a organização e dinamização do acervo das Salas de Leitura.

1. Acervo Bibliográfico

Recomenda-se que os livros que compõem o acervo bibliográfico das Salas de Leitura sejam disponibilizados somente após serem registrados.

Antes de iniciar o registro do livro este deve receber um carimbo, atrás da folha-de-rosto.

Nome da U.E

(Nº de registro)

Nome da SL

Folha que se encontra logo no início do livro, antes do texto propriamente dito, onde estão os dados essenciais à identificação e descrição do livro: autor, título, editora, data etc. Em alguns livros para crianças, o texto começa logo no verso da capa; portanto, essas obras não possuem folha-de-rosto. Neste caso, deve-se procurar um lugar para o carimbo que não prejudique a leitura do texto.

Obs: a data do registro também pode constar no carimbo, por opção da SL.

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Registro

O registro do livro que chega à Sala de Leitura representa o direito de posse da obra. É efetuado no Livro Tombo (LT). Neste livro é documentada a entrada de um título no acervo bibliográfico da Sala de Leitura, com o registro das informações sobre a obra, que devem, preferencialmente, ser retiradas da folha-de-rosto do livro.

Caso a Sala de Leitura tenha o Livro Tombo digitado, este deverá ser impresso em folhas numeradas e colocadas em uma pasta, em ordem sequencial. Recomenda-se, realizar o backup (cópia de segurança) periodicamente, guardando uma cópia em cd-rom ou pendrive deste arquivo.

O Livro Tombo deve ser elaborado de acordo com o seguinte modelo:

Nº Data de registro

Autor Tipo de autoria

Títu lo

Vol. Exem

plar

Edi

ção

Local Edi

tora.

Ano ISBN Origem cor Cate

goria

Baixa Mot. da

Baixa

Esta tabela constitui o padrão mínimo de registro comum a todas as Salas de Leitura. No entanto, outras colunas podem ser inseridas de acordo com a necessidade de cada escola. Uma versão mais completa já pode ser identificada no sistema de informatização do controle de acervos (em construção). Para visualizar todos os dados requeridos pelo sistema acesse: (Planilha-Modelo.xls)

https://drive.google.com/file/d/0B6ZR7EvA9p8iWHFvajFaSURZZ0E/edit?usp=sharing

Não é aconselhável agrupar as colunas acima, uma vez que este procedimento poderá dificultar ou impedir a importação dos dados para o novo sistema.

A seguir, o detalhamento de cada item:

Número (Nº) – Cada livro deverá receber um nº de registro (sequencial), mesmo que haja vários exemplares de um mesmo livro (título). Isto quer dizer que o livro é sempre registrado por unidade e não por título.

Se a obra for escrita em volumes, registra-se cada volume separadamente, atribuindo um nº para cada um, seguindo a ordem sequencial.

Caso haja a baixa de um livro, o seu substituto receberá outro nº de registro.

Data de registro– é a informação do dia, mês e ano em que o registro foi feito no LT.

Autor – coloca-se o nome de quem escreveu / traduziu / organizou a obra, começando pelo último sobrenome separado do prenome por vírgula. Ex.: Clarice Lispector - LISPECTOR, Clarice.

Algumas considerações sobre o registro do autor:

Quando o autor se fez conhecido por dois sobrenomes, respeita-se o que ficou convencionado. Ex.: Joaquim Maria Machado de Assis - MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria.

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Quando o autor tem o sobrenome acrescido das palavras “Filho”, ”Neto” ou “Junior” e que não representem sobrenome de família, registra-se o último sobrenome seguido destas palavras. Ex: Manoel Berston Lourenço Filho -LOURENÇO FILHO, Manoel Berston.

Quando a obra tiver até três autores, registra-se o nome que aparece em primeiro lugar. Ex.: Cora Coralina, Ferreira Gullar e Olavo Bilac deve-se fazer o registro da seguinte forma: CORALINA, Cora.

Mais de três autores, no campo autor anota-se a sigla S.A. Ex.: Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Henriqueta Lisboa, Mário Quintana deve-se fazer o registro na coluna do Autor da seguinte forma: S.A.

Caso o livro tenha vários autores e um organizador destacado na folha de rosto, coloca-se o nome do organizador no espaço destinado ao autor.

Quando a obra tiver adaptador mencionado na folha de rosto, registra-se seu nome no lugar do autor. Ex.: A obra “Novos Contos de Grimm”, adaptada por José Bento Monteiro Lobato, deve ter a coluna de autor com o seguinte registro: MONTEIRO LOBATO, José Bento.

Quando a obra for de um órgão público (federal, estadual ou municipal) ou privado, deve-se colocar o nome do país, estado ou cidade em primeiro lugar e depois o nome do órgão responsável.

Ex.: Brasil, Ministério de Educação.

Quando a obra não tiver um autor especificado, deixa-se em branco a coluna destinada ao autor.

Tipo de Autoria – nesta coluna deve ser sinalizada autoria do livro, destacando se o nome citado na coluna anterior (autor) é: organizador, tradutor, adaptador ou coordenador. Caso o autor citado não se enquadre em nenhum dos casos citados, esta coluna deverá permanecer em branco.

Título – registra-se o nome do livro tal qual aparece na folha de rosto.

Volume - se a obra for escrita em volumes, anota-se também o nº do volume/tomo. Ex.: História Universal da Arte Vol.1; História Universal da Arte Vol. 2.

Exemplar - se a obra tiver mais de um exemplar (dois ou mais livros iguais), deve-se anotar nesta coluna a informação “Exemplar1” apenas a partir do segundo exemplar. Deste modo, se a Sala de Leitura possui três livros iguais, o primeiro é considerado o título e os demais exemplares.

Não esquecer que a cada exemplar será atribuído um nº de registro individual, diferente do título, na coluna destinada a este fim (Coluna Nº).

Cabe destacar que no novo sistema (em produção) “Título” será considerado o “Exemplar1”.

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Edição – anota-se nesta coluna o nº da publicação da obra, que, geralmente, é encontrado na folha-de-rosto. Ex.: 2ª edição. Caso não seja encontrado, deixa-se a respectiva coluna em branco.

Local – anota-se nesta coluna o nome da cidade em que foi editado o livro. Caso haja a indicação de mais de uma cidade, registra-se apenas a primeira e se não houver nenhuma indicação, anota-se a informação S.L. (sem local).

Editora – registra-se o nome da editora responsável pela publicação da obra. Quando não for mencionado o nome da editora, anota-se a informação “s.ed.” (sem editora)

Ano – anota-se o ano de publicação/impressão da obra. Quando não for mencionado registra-se “s.d.” (sem data).

Origem da aquisição – nesta coluna, deve ser anotada a informação sobre a forma pela qual o livro foi adquirido: compra; doação ou permuta.

Cor - anota-se nesta coluna o nome da cor relativa à área de conhecimento a que o título pertence, após classificado, obedecendo às orientações que seguem no tópico Classificação.

Categoria – anota-se nesta coluna a descrição da categoria relativa à área de conhecimento a que o título pertence, após classificado, obedecendo as orientações que seguem no tópico Classificação.

Baixa – anotam-se nesta coluna a data da baixa. Recomenda-se realizar esta anotação na cor vermelha para facilitar a sua localização no registro.

Motivo da Baixa – registra-se o motivo pelo qual a obra já não pode mais fazer parte do acervo. Os motivos podem ser: perda ou extravio, defasagem da informação, danificação e permuta.

Outros aspectos importantes a respeito do Registro no Livro Tombo:

O LT é sequencial, respeitando-se a numeração do livro anterior no caso de mais de um volume;

No caso registro feito à mão, recomenda-se iniciar um novo LT somente quando todas as folhas do anterior forem totalmente utilizadas, independente da mudança de ano. Deve-se, ainda reservar as últimas folhas (cinco ou mais) do LT para o registro das possíveis erratas nos registros feitos ou para qualquer outra observação que se faça necessária.

Caso a escola tenha feito um LT para cada ano, a nova organização começará a partir da numeração do último livro, destacando a existência dos anteriores na contracapa (livro feito à mão) ou em página inicial (livro feito digitalmente). Deste modo, o LT deverá ter na

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contracapa ou página inicial um quadro com o quantitativo do acervo do período correspondente ao(s) livro(s) anterior (es), com o número de títulos e exemplares e a última numeração correspondente;

Por exemplo: LT 1 – de 1 a 1000 títulos e exemplares registrados, sendo o último registro o de nº 1000; LT 2 – de 1001 a 2351 títulos e exemplares registrados, sendo o último registro o de nº 2351.

Erros mais recorrentes: se, no momento do registro do novo livro, for identificado um erro na sequência da numeração anterior, considera-se a diferença no somatório final, informando o ocorrido numa errata. Por exemplo: no total de 2351 livros, conforme o exemplo citado, se ao registrar o nº 1036 no lugar de 1006, ou seja, 30 números a mais, o nº 1006 deverá ser subtraído de 1036 (10036 - 1006=30) e total passará a ser 2321 livros registrados, já que a diferença é de 30. Outro erro comum é o caso de um mesmo número ter sido utilizado duas vezes. Nestes casos, deve-se inserir uma letra para diferenciar os títulos registrados (Ex.: 23 e 23 A).

Os livros didáticos não podem ser registrados no LT, em virtude da sua especificidade;

As Salas de Leitura que já possuíam LT anteriores não necessitam refazê-los, mas deverão adotar o novo formato nos próximos registros. Esta atualização poderá ser adotada a partir da folha subsequente do livro em uso, caso este tenha ainda muitas folhas em branco ou a partir da criação de uma nova tabela no computador. A futura informatização dos processos padronizará as diferentes anotações a partir de acréscimos e/ou supressões dos dados.

Classificação

Classificar o acervo bibliográfico é agrupá-lo segundo certas semelhanças que apresentam, objetivando orientar a organização do espaço e dos títulos da Sala de Leitura.

No final do ano letivo de 2006, a Divisão de Mídia-Educação, após consulta e colaboração das Salas de Leitura, elaborou a proposta de Classificação por Cores, uma classificação composta por oito agrupamentos que foram delimitados de acordo com as áreas do conhecimento que integram o currículo das escolas e a simplificação das dez grandes Classes de DEWEY. Cada um desses agrupamentos é representado visualmente por uma cor, que é formado ainda, por categorias, conforme a descrição abaixo:

A opção por organizar o acervo das Salas de Leitura por cores teve como objetivo favorecer a visibilidade, o acesso e a localização das obras pelos leitores. Nesse sentido, ao compreender essa forma de organização do acervo na Sala de Leitura e sua articulação com o uso da legenda, o leitor localizará os livros nas estantes segundo seu interesse, movimentando-se com independência na busca dos títulos que atendam à sua expectativa. Além disso, essa organização favorece a utilização da Sala de Leitura por outros professores da escola na realização de atividades de promoção de leitura com seus alunos neste espaço.

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PRETO: Obras Gerais – Dicionários, enciclopédias, gramáticas, atlas, coleções temáticas (livros de referência). Recomenda-se que estes livros não podem ser emprestados, sendo utilizados apenas para consultas na própria Sala de Leitura.

LARANJA: Livros para Formação do Professor – textos de abordagem pedagógica, Metodologias e didáticas específicas, Sociologia, Psicologia, Biologia, Informática e outras áreas aplicadas à Educação.

BRANCA: Ciências Exatas e Tecnológicas - Matemática (Geometria, Álgebra, Cálculo); Informática (Hardware, Software e Aplicativos).

VERDE: Ciências Naturais, Físicas e Biológicas – Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Ecologia, Química, Física, Medicina, Zoologia, Botânica.

AMARELO: Educação Física, Educação Artística e Línguas – Educação Física (esportes); Dinâmicas de Jogos; Educação Artística (música, dança, teatro, pintura, cinema, televisão, rádio etc.); Língua Portuguesa; Línguas Estrangeiras; Filologia; Linguística; Comunicação; Teoria Literária; História em Quadrinhos (teoria).

VERMELHO: Literatura Infantil e Juvenil – Contos, Fábulas, Poesias, Crônicas, Histórias em Quadrinhos, Romances, Textos Teatrais etc, para crianças e/ou jovens.

ROSA: Literatura Brasileira e Estrangeira – Poesias, Crônicas, Contos, Romances, Histórias em quadrinhos, Textos Teatrais etc, para adultos.

AZUL: Ciências Humanas e Sociais – História, Geografia, Ética, Valores, Religião, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Biografias, Folclore, Filosofia, Política, Cultura.

Recomenda-se que cada agrupamento de obras fique junto, em um mesmo lugar na estante, de acordo com sua cor referente. O livro receberá uma sinalização na base da lombada com a cor relacionada ao seu agrupamento/categoria e será colocado na estante em ordem alfabética pelo último sobrenome do autor.

A sinalização indicativa da cor a que pertence o livro poderá ser feita com etiqueta, adesivo, papel colorido etc. Pode-se utilizar caneta hidrocor ou similar para pintar as etiquetas que serão afixadas com contact ou durex, caso estas não sejam autoadesivas nas lombadas dos livros.

Além da classificação por cor, podem ser atribuídos símbolos para auxiliar na identificação de subcategorias (livros destacados por autor ou assunto, livros de imagens, com pouco texto etc), caso esta opção facilite o trabalho da Sala de Leitura.

Exemplo:

cor vermelha para indicar livros de literatura infantil e juvenil

cor vermelha com acréscimo de um círculo (ou outro símbolo qualquer) para indicar livros de Literatura Infantil e Juvenil sem texto.

No caso de existência de obras raras no acervo, recomenda-se que estas sejam marcadas com um R (referência) na lombada ou e estejam agrupadas em local específico (e

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seguro) devidamente sinalizado, independente da cor de sua classificação. Estas obras devem servir apenas para consulta e não devem ser emprestadas.

A criação de outros símbolos atrelados às cores, bem como a organização dos livros no espaço da Sala de Leitura devem estar relacionada às necessidades de cada escola e ao perfil dos seus leitores, contribuindo, assim, para construir a identidade de cada Sala de Leitura sem, no entanto, perder a unidade do trabalho proposto para toda a Rede. É de fundamental importância que a tabela de classificação com as cores indicativas, além de outras sinalizações julgadas necessárias, estejam em local de fácil leitura para todos os leitores.

Catalogação

A Catalogação é a reunião dos dados principais de uma obra, facilitando a sua identificação. A catalogação pode ser feita por meio de um caderno ou em páginas impressas (digitadas) reunidas em uma pasta, formando os catálogos. Durante muito tempo, utilizou-se a catalogação por fichas e, embora ainda presente em algumas Salas de Leitura e Bibliotecas, esta modalidade tem deixado de existir na Rede em função do tempo exigido para sua elaboração. Com a informatização do processo, os catálogos poderão ser gerados a partir do próprio sistema.

O catálogo tem por finalidade informar aos leitores da Sala de Leitura as obras que nela existem.

O melhor catálogo é aquele que pode responder, de modo simples e rápido, as seguintes perguntas do leitor:

Que obras posso encontrar deste autor?

Existe um livro com este título?

Que posso encontrar nesta Sala de Leitura sobre este assunto/tema?

Os catálogos mais comumente encontrados são organizados por: autor, editora, tema/assunto ou título. Cada Sala de leitura deve avaliar o(s) catálogo(s) mais adequado(s) à sua realidade.

Os itens básicos para compor um catálogo das obras são: Nº de registro, Autor, Título, Editora, Cor. De acordo com o tipo de catálogo a ser elaborado estes itens deverão ser ordenados, sendo sempre o primeiro aquele que dá origem ao documento, para facilitar a busca da informação.

Além dos catálogos acima descritos, outros poderão ser elaborados para atender às necessidades da escola, como por exemplo, catálogo de portais e sites interessantes para professores e alunos, catálogos de feiras e eventos literários da cidade, além dos catálogos oferecidos pelas próprias editoras entre outros.

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Algumas sugestões para a elaboração dos catálogos:

A) Catálogos organizados em páginas:

Por Autor – neste catálogo o leitor poderá identificar todos os títulos que o acervo oferece de um determinado autor. Todos os livros do acervo da Sala de Leitura deverão aparecer na relação organizada em ordem alfabética.

Autor Registro Título Editora Cor

Por Título – ao consultar este catálogo, o leitor poderá conhecer os títulos que compõem o acervo da Sala de Leitura, organizados pelos títulos dos livros em ordem alfabética.

Título Registro Autor Editora Cor

Por Cor– o leitor poderá consultar todos os títulos disponíveis na Sala de Leitura de uma determinada cor. Neste caso os títulos podem ser organizados pela ordem crescente do número de registro ou pela ordem alfabética do título/autor.

Cor Registro Autor Editora Título

B) Catálogos organizados por fichas:

Para quem ainda prefere utilizar as fichas, estas poderão ser organizadas em arquivos próprios ou em caixas, ordenadas por ordem alfabética, seja pelo nome do autor, pelo título ou pela cor.

Ex: Ficha por autor – reúne todas as obras de um autor e é formado pelas fichas elaboradas para cada autor existente na Sala de Leitura.

AUTOR:

TÍTULO:

EDITORA

COR/CATEGORIA

A elaboração de fichas por título, cor podem seguir o mesmo modelo alterando apenas a ordem em que as informações são colocadas na ficha.

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2. Acervo de Periódicos

Registro

Os periódicos (jornais, revistas, gibis etc) também compõem o acervo das Salas de Leitura e, em algumas situações, devem ser registrados. Não há necessidade de se manter o periódico no acervo, quando o mesmo não tiver informações atuais.

Gibis e Jornais – o registro destes materiais é opcional, entretanto, é importante considerar a necessidade de conhecer tais materiais, para realizar sua dinamização junto aos leitores. Este acervo pode, ainda, ser organizado por meio de gibitecas e hemerotecas. Localizadas em espaços específicos na Sala de Leitura.

Publicações institucionais – a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, suas Secretarias e Autarquias publicam, a cada gestão, materiais impressos que poderão ser registrados e incorporados ao acervo de Sala de Leitura.

Revistas pedagógicas e de divulgação científica – Estes periódicos deverão ser registrados e incorporados ao acervo de Sala de Leitura. São exemplos: Revista Pátio, Nova Escola, Presença Pedagógica, Cadernos de Pesquisa ou CEDES, entre outros.

O registro desse tipo de acervo também pode ser feito em caderno, pasta, ou fichas, contendo as seguintes informações: título; mês, ano de publicação; nº/volume; editora (ou órgão responsável).

3. Acervo Audiovisual

Registro

O acervo de audiovisual (CD ou DVD) deve ser registrado. Neste caso, os CD e DVD são anotados em livro próprio, diferente do LT ou digitados em relação específica, sempre por ordem de incorporação ao acervo. As informações básicas a serem registradas são:

Data em que o CD ou DVD está sendo registrado;

Título do CD ou DVD

Projeto ou ação à qual o material é vinculado (Cineclube, DVDteca, MULTIRIO etc)

Tempo de duração da gravação, caso seja possível fazer a indicação.

O Livro de Registro do acervo audiovisual também poderá ser utilizado como catálogo, ou seja, quando o leitor necessitar buscar algum desses materiais (cds, dvds) poderá consultá-lo.

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Empréstimo: importante estratégia de mediação da leitura

O empréstimo é um indicador importante da dinamização do acervo. Além de incentivar a leitura fora da escola, contribui para o desenvolvimento da disciplina, da pontualidade, do respeito ao bem comum, da responsabilidade e, ainda, proporciona o prazer da leitura tanto para a comunidade escolar como para seus familiares.

Ao emprestar um livro, o professor regente de Sala de Leitura expressa sua confiança no leitor promovendo sua aproximação afetiva com o livro.

Todos os alunos devem ser considerados leitores da Sala de Leitura, em potencial. Recomenda-se, portanto, que no caso de adoção de carteirinhas ou qualquer outra estratégia similar, todos os alunos sejam incluídos. Pode-se planejar uma ação específica para o momento da entrega das carteirinhas, mas sem diferenciar os alunos. Ao final de cada ano ou período estabelecido pela escola os leitores mais assíduos podem ser destacados como forma de reconhecer seu esforço e servir de estímulo para os demais.

Já os leitores de outros segmentos que frequentam esse espaço (professores, responsáveis, funcionários, voluntários, ex -alunos etc) deverão, caso desejem, efetuar sua inscrição e, se for o caso, receber sua carteirinha.

Qualquer livro pode ser emprestado, salvo os Livros de Referência e Livros Raros, que são obras para consulta no local. Todas as Salas de Leitura devem ter o controle efetivo dos empréstimos realizados, destacando: o que foi emprestado; para quem; quando, a data prevista para a sua devolução e a data da devolução.

É importante que a Sala de Leitura tenha um regulamento de empréstimo, com objetivo de orientar o leitor sobre suas regras e sua forma de realização.

Desta forma, faz-se necessário que sejam dadas ao leitor informações sobre:

O horário de funcionamento da Sala de Leitura;

A necessidade de fazer a sua inscrição para retirar o livro por empréstimo (excetuando-se os alunos matriculados na própria U.E.)

O prazo de empréstimo.

A quantidade de livros que poderá ser emprestada de cada vez;

O não empréstimo dos livros de referência;

A responsabilidade do leitor com a conservação do material emprestado.

A necessidade de reposição dos livros extraviados. Neste caso, destaca-se que, na Rede, não é permitido realizar nenhum tipo de cobrança em dinheiro ou causar constrangimento pela perda ou extravio de livros emprestados. Deve-se avaliar, em conjunto com a comunidade escolar, a circunstância do extravio. Pode ser estabelecido algum acordo para reparar as eventuais perdas. Por exemplo: o leitor deverá repor o livro perdido trazendo outro material de leitura para substitui-lo.

De acordo com o programa informatizado que está sendo produzido, já estão definidas as seguintes orientações no sistema que funcionará para todas as Salas de Leitura:

a) Inscrição na Sala de Leitura: todos os alunos da escola já serão cadastrados pelo seu nº do sistema de controle acadêmico. Professores de demais profissionais que atuam

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na escola devem apresentar seu nº de matrícula. Os leitores que não integram o quadro da escola deverão apresentar RG, CPF e comprovante de residência;

b) O prazo de empréstimo previsto é de 15 dias, renováveis por igual período, caso não haja procura da obra por outros leitores;

c) Podem ser emprestados até dois materiais (livros, DVD etc) por vez.

Cada Sala de Leitura pode acrescentar ao regulamento os itens que desejar, de modo a adequar as orientações acima ao cotidiano da escola. É importante considerar, no entanto, a importância de discutir as normas de empréstimo, com a comunidade escolar, que deve respeitá-las. O regulamento da Sala de Leitura deve estar em local visível, para que os leitores tomem conhecimento.

Muitas Salas de Leitura contam com o apoio de alunos monitores, responsáveis, voluntários e/ou estagiários no desenvolvimento de diversas atividades. No caso dos empréstimos estas parcerias podem e devem ocorrer. No entanto, é preciso que o professor de Sala de Leitura ou o Bibliotecário orientem seus parceiros nesta ação, de modo que o empréstimo não se reduza a uma simples entrega de livros, registrados mecanicamente.

Conversas sobre os interesses dos leitores e os motivos da busca por um determinado livro ou material e, principalmente, a apresentação de sugestões de leitura, devem fazer parte do momento do empréstimo, sempre que possível.

Enquanto a produção do sistema de informatização do gerenciamento de acervo não é concluída, o controle de empréstimos poderá ser realizado por meio de registros em cadernos específicos por meio de tabelas no computador.

A) Registro de empréstimos em cadernos ou pastas:

Podem ser organizados por turma, por ano de escolaridade ou por matrícula em cadernos ou no computador (sempre com uma cópia de segurança).

Pode-se organizar um caderno ou pasta para os empréstimos feitos aos alunos da escola e outro para os demais leitores da comunidade escolar (professor; funcionário; responsáveis).

Quando todos os empréstimos forem registrados no mesmo caderno ou pasta, pode-se adotar um código para diferenciar os leitores, inserindo mais uma coluna na tabela abaixo. Ex. de legenda: A para Aluno; P para professor; F para Funcionário; R para Responsáveis e O para Outros.

Este sistema (ou outro criado pela própria Sala de Leitura) poderá facilitar a análise da movimentação e do uso do acervo pelos diferentes grupos da escola.

Sugestão de organização dos itens para o registro:

Nº de registro do livro no LT

Título Leitor Data do empréstimo

Data da devolução

Recebido por

B) Registro de empréstimo em fichas:

O registro de empréstimos por fichas foi adotado durante muito tempo como estratégia para organização do trabalho das Salas de Leitura. Trata-se de um procedimento que requer

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um tempo maior de preparo e, na realidade, observa-se sua substituição por registros manuais ou feitos no computador. Embora ainda existentes em alguns contextos, as fichas serão substituídas, gradativamente, por processos informatizados, a partir do novo programa.

Além do simples empréstimo de livros e outros materiais do acervo aos leitores, outras modalidades também são identificadas ou criadas pelos professores regentes de Sala de Leitura e bibliotecários:

Um exemplo é a modalidade de empréstimos por caixas para as Salas de Aula. As caixas são organizadas por temas/assunto ou por autor, sempre de acordo com o trabalho desenvolvido naquele momento em cada Sala de Aula. Neste caso os próprios professores regentes de turma realizam o empréstimo na Sala de Leitura e pode contar com a ajuda de alunos monitores para o gerenciamento de seu uso e devolução pela turma.

As sacolas de leitura organizadas para os responsáveis para leitura em casa, principalmente nos períodos de férias ou recessos escolares também são frequentes.

Estas e outras modalidades são igualmente incentivadas e devem ser devidamente registradas pela Sala de Leitura.

Algumas possibilidades para a dinamização do acervo:

Para que os livros e outros materiais ganhem vida na escola é preciso que os leitores os retirem das prateleiras e caixas. Além dos empréstimos muitas são as possibilidades de trabalho que contribuem para o alcance deste objetivo:

- elaboração de folders da Sala de Leitura, divulgando seu funcionamento, programação e regulamento, entre outras informações;

- uso das redes digitais (blogs, facebook, twitter etc) criados para divulgar o trabalho das Salas de Leitura, que podem ter um espaço reservado ao acervo e aos leitores;

- uso de canais disponíveis na escola: rádio escolar, jornal, murais etc para divulgação de novas aquisições para o acervo, assim como de listas dos livros/autores mais lidos, dicas de leitura, entre outras informações;

- criação de outros espaços para os livros, para além dos limites físicos da Sala de Leitura, como as cestas de leitura no corredor ou para um “recreio literário”, os cantinhos de leitura em locais de espera da escola (na fila de pais que aguardam atendimento na secretaria, por exemplo);

- criação de prêmios como o de “Leitor/leitora do Ano”

- realização de oficinas sobre a conservação e restauro de livros;

Estas e outras ações somadas às atividades de mediação da leitura de literatura, normalmente realizadas pelos professores de Sala de Leitura e Bibliotecários, tais como as exposições de livros e produções da comunidade escolar; os encontros com autor; as rodas e clubes de leitura; as oficinas; saraus e tardes poéticas etc, contribuem para a efetiva dinamização do acervo que ao mesmo tempo, potencializa estas atividades. Um bom acervo, organizado de forma adequada contribui decisivamente para a consolidação do trabalho e para o fortalecimento dos laços entre os leitores, as práticas de leitura e os livros, a partir do reconhecimento e da valorização da leitura de literatura na escola.

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Anexos

Anexo I

LEI Nº 12.244, DE 24 DE MAIO DE 2010

Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País.

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º As instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com bibliotecas, nos termos desta Lei.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.

Parágrafo único. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares.

Art. 3º Os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços progressivos para que a universalização das bibliotecas escolares, nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo máximo de dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário, disciplinada pelas Leis nos 4.084, de 30 de junho de 1962, e 9.674, de 25 de junho de 1998.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de maio de 2010; 189º da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

Carlos Lup

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ANEXO II

Orientações sobre o descarte de livros antigos dos acervos das salas de leitura:

A atualização de acervos é uma das ações a serem desenvolvidas permanentemente nas escolas, sendo uma das atribuições dos professores Regentes de Salas de Leitura e bibliotecários. Esta ação tem como objetivo promover a reorganização dos espaços e a renovação dos diversos materiais de leitura a serem oferecidos aos leitores da comunidade escolar. De acordo com as orientações do trabalho da sala de leitura, oriundas da E/SUBE/CED/GME (Gerência de Mídia-Educação), recomenda-se que:

Livros de literatura e obras de referência (dicionários, gramáticas etc):

Observar o ano da edição, aspectos conceituais e ortográficos, além das condições físicas do livro: livros muito antigos, desatualizados e deteriorados devem ser descartados, considerando as seguintes possibilidades: distribuição de livros para os alunos; doações para a comunidade do entorno da escola (associação de moradores, comerciantes locais e demais interessados) e bibliotecas comunitárias.

Livros didáticos:

Embora possam estar presentes nos acervos das Salas de leitura para efeito de pesquisa ou de realização de estudos, pelos alunos, observa-se que, em alguns casos, as sobras destes livros são guardadas na sala de leitura, que passa a funcionar como verdadeiro “depósito”, o que é indesejável. Esclarecemos que os livros didáticos são distribuídos pelo PNLD - Programa Nacional do Livro Didático, do Governo Federal. A distribuição dos livros tem a vigência de três anos, período pelo qual os livros, exceto os consumíveis, não podem ser descartados, mas, apenas, remanejados entre as escolas da Rede ou entre Redes de Ensino. Lembramos que as orientações dadas às escolas indicam a necessidade do preenchimento correto de dados a respeito da distribuição do PNLD no SISCORT- Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica, encaminhando à CRE os livros não utilizados para que os mesmos possam atender às escolas que tenham registrado algum tipo de deficiência. De acordo com as diretrizes do PNLD e em cumprimento às Resoluções nº 30, de 18/06/2004 e nº 60 de 20/11/2009 (MEC), as escolas devem: - registrar e manter atualizado no Sistema o seu número de alunos para que essa informação possa ser utilizada no processo de remanejamento de livros. - considerando a vigência das distribuições (três anos), observar as seguintes orientações: 1- os livros não utilizados na escola, na forma determinada pelo Programa, deverão,

obrigatoriamente, ser utilizados para remanejamento ou disponibilizados pelos Diretores dessas escolas para a respectiva E/CRE, que realizará os remanejamentos entre as escolas de sua abrangência. Após este procedimento, os livros disponíveis deverão ser informados ao FNDE e disponibilizados para remanejamentos interestaduais;

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2- os livros didáticos reutilizáveis recebidos para utilização no primeiro ano do triênio deverão ser conservados por três anos, e aqueles enviados a título de reposição ou complementação no segundo e terceiro anos, deverão ser conservados, respectivamente, por dois e um ano;

3- os livros didáticos consumíveis serão entregues para utilização dos alunos e professores, que passam a ter a guarda definitiva, sem a necessidade de devolução ao final de cada período letivo.

4- Os livros remanescentes de distribuições antigas (mais de 3 anos) que, por alguma razão, ainda permanecerem na escola poderão ser distribuídos aos alunos, para efeito de estudos complementares ou pesquisas escolares, sem a necessidade de devolução. Estes livros podem, ainda, ser remanejados para outras escolas da Rede com a mesma finalidade.

Diante do exposto, ressaltamos a necessidade da atenção às orientações acima descritas e demais documentos relativos ao PNLD. Maiores informações sobre o Programa podem ser obtidas no site www.fnde.gov.br ou na E/SUBE/CED (profª Vânia Souza. tel: 2976-2296 e-mail: [email protected]).

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ANEXO III

Cuidados com o Acervo

1. Manter a Sala de Leitura limpa para evitar a presença de baratas. Lembre-se de que a barata vai até onde existe alimento, portanto, não é aconselhável o uso de alimentos neste local.

2. FUNGO – Remova-o, limpando com papel toalha molhado com álcool absoluto (99º - 1%

de água) o local afetado. Obs.: este tipo de álcool não é vendido em supermercados. Pode ser comprado em farmácias. 3. TRAÇAS - Elimine-as espalhando cravo-da-índia ou sachês entre os livros. 4. CUPIM – Embale o material e coloque-o dentro de freezer pelo período de 48 a 72 horas.

Em seguida retire-o e deixe-o pelo mesmo tempo em temperatura ambiente e, só então, desembale e faça a limpeza do(s) livro(s).

5. FOTOGRAFIA (Memória) – Nunca escreva sobre as fotos com caneta! Use lápis 6B ou

desigraph, (lápis macios) recomendados para escrita em documentos. Observação: embale as fotos e negativos, separadamente, em papel manteiga. Nunca utilize plásticos, em geral, oferecidos pelas lojas onde revelamos fotos.

6. Procurar guardar recortes de textos/fotos e documentos em Pastas Poliondas, de

preferência na cor branca. Como só recebemos na cor azul ainda é melhor usá-las, pois os materiais ficam mais protegidos.

7. Utilize o aspirador de pó, se possível, e, para renovar o ar, esterilizador. 8. Restauração de Livros – Aplicar cola, marca Cascorex, de rótulo azul atualmente.

Também recomendamos a utilização de borracha sintética. É igualmente recomendável o uso de máscaras e/ou luvas por ocasião da realização de limpeza pesada.

ATENÇÃO – Não faça limpeza nos livros com pano molhado!

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Referências Bibliográficas

1. ANTUNES, Walda de Andrade. et al. Curso de capacitação para dinamização e uso da biblioteca pública. 2.ed. rev. São Paulo: Global, 2000.

2. Brasil, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Biblioteca da escola – Direito de ler. PROLER, 2002.

3. Brasil, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Viagem da Leitura – Manual do Bibliotecário. Rio de Janeiro: FNLIJ, 1988.

4. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto, FNDE- Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação. Manual Pedagógico da Biblioteca da Escola. Local public.: Editora,1998.

5. CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, Instituto C&A. Prazer em Ler, 2007. Disponível em file:///D:/Users/01093947/Downloads/211020103447_publicacaoprazeremler.pdf

6. CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária,

Instituto C&A. Prazer em Ler. VOL 2, 2007. Disponível em file:///D:/Users/01093947/Downloads/221020103638_publicacaoprazeremler2.pdf

7. KUHLTHAU, Carol. Como usar a biblioteca na escola: um programa de atividades para a

pré-escola e ensino fundamental. Trad e adapt. Por Bernadete Santos Campello et al. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2002.

8. MARTINEZ, Lucila. Biblioteca & Escola Criativa – estratégia para uma gerência

renovadora das bibliotecas públicas e escolares. Petrópolis: Autores & Agentes & Associados, 1994.

9. MORO, Eliane Lourdes da Silva et al. (orgs). Biblioteca Escolar: Presente! Porto Alegre:

Evangraf, 2011. Disponível em http://www.bibliotecaescolarpresente.org.br/biblioteca.pdf

10. Rio de Janeiro, SME. Núcleo Curricular Básico Multieducação. Rio de Janeiro, 1996.

11. Rio de Janeiro, SME. Núcleo Curricular Básico Multieducação Temas em Debate – Sala de Leitura: Rio de Janeiro, s.d.

12. Martinez, Lucila e Calvi Gian. Biblioteca Escola Criativa: estratégias para uma gerência

renovadora das bibliotecas públicas e escolares. 1ª ed. Rio de Janeiro: Autores & Agentes & Associados,1994.

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13. Brasil, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Cartilha Biblioteca,1988.

14. Brasil, Ministério da Educação e Cultura. Biblioteca na Escola. Brasília, 2006.

15. Campello, Bernadete Santos. Biblioteca escolar: conhecimentos que sustentam a prática.

Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

16. Maroto, Lucia Helena. Biblioteca escolar, eis a questão! Do espaço do castigo ao centro

do fazer educativo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica,2012.

17. Minas Gerais, Secretaria de Estado de Estado da Educação de Minas Gerais. Organização e funcionamento de bibliotecas escolares. Coleção 7 Vol, 1995.

18. Martinez, Lucila e Calvi Gian. Biblioteca Escola Criativa: o espaço da comunidade. São

Paulo: Global, 2004.

19. 7 livros informativos para crianças: sugestões de leitura indicadas para aquela

fase, até os 10 anos, em que a criançada vive cheia de pergunta. In http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/livros-informativos-738874.shtml, acessado em abril,2014.