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Flores de Natal Organização: Miguel Carqueija Prefácio: Dilson Ferreira da Silva Autoras: Abá Morena, Célia Leal, Denise Matos, Edla Marinho (Edla Princesa), Eliane Auer (Moça Bonita), Glaucia Ribeiro, Helena Luna (H. Luna), Ignez Freitas, Irá Rodrigues, Isabelle Mara, Ísis Dumont, Leti Ribeiro, Limaflor (Hortencia Alencar), Maranaza (Nazareth Carvalho), Maria Cândida Vieira, Maria Eugenia Santos, Maria Marlene, Meimi (Eliane Maria de Jesus), Meri Viero, Nativa, Norma Aparecida Silveira de Moraes, Perfumedeflores (Elisabete Gouvea), Regina Madeira (Estrela Radiante),

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Flores de Natal

Organização: Miguel Carqueija

Prefácio: Dilson Ferreira da Silva

Autoras: Abá Morena, Célia Leal,

Denise Matos, Edla Marinho (Edla

Princesa), Eliane Auer (Moça Bonita),

Glaucia Ribeiro, Helena Luna (H.

Luna), Ignez Freitas, Irá Rodrigues,

Isabelle Mara, Ísis Dumont, Leti

Ribeiro, Limaflor (Hortencia Alencar),

Maranaza (Nazareth Carvalho), Maria

Cândida Vieira, Maria Eugenia Santos,

Maria Marlene, Meimi (Eliane Maria de

Jesus), Meri Viero, Nativa, Norma

Aparecida Silveira de Moraes,

Perfumedeflores (Elisabete Gouvea),

Regina Madeira (Estrela Radiante),

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Rosa das Oliveiras, Rosilene de

Souza, Tiina Magalhães.

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PRÓLOGO

Miguel Carqueija

O SENTIDO DO NATAL

O ser humano consegue desvirtuar as coisas

mais belas e puras que existem.

Quem não conhece os Flintstones, aquele

famoso desenho de tv que rendeu também filmes

de longa-metragem e histórias em quadrinhos?

Embora tosca em termos de animação e superficial

em sua moral, a criação de William Hanna e Joseph

Barbera tinha o seu charme, com enredos

elaborados e bastante cômicos, desde que se

aceitasse a situação absurda de uma pré-história

tecnológica (uma tecnologia da idade da pedra).

Uma vez fizeram um especial de longa-

metragem intitulado ―O Natal dos Flintstones‖. Bem,

não pensem que eu esteja simplesmente implicando

com esse desenho que no fundo pretendia satirizar

a classe média norte-americana, e cujos episódios

me divertiram muitas vezes em minha adolescência.

Mas, esse especial tinha uma idiossincrasia que

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chamava muita atenção pois era aberrantemente

evidente: nele o Natal era unicamente consumismo

e uma superficial camaradagem.

O Papai Noel tinha algum problema — já não

recordo os detalhes — e quem acabava por

substituí-lo era, claro, o Fred Flintstone.

Nessa história o Natal se resume a isso: Papai

Noel, canções, presentes... e não se fala em Jesus,

em Presépio, na Sagrada Família, na Estrela Guia.

É claro que, a rigor, sendo os Flintstones pré-

históricos, não poderiam conhecer a Natividade.

Mas, deixem pra lá, pois até Paris e Roma pré-

históricas já apareceram em outra fita de longa-

metragem...

Infelizmente, na vida real isso também

acontece: já testemunhei festas natalinas onde a

decoração ignorava ostensivamente qualquer

indicação do sentido religioso da data, qualquer

referência à Criança Divina.

Até numa série japonesa — onde se julga que

praticamente não existe Cristianismo — num

episódio natalino da Sailor Moon, fala-se em Jesus

numa canção de Natal. E nós, no Ocidente dito

cristão, com frequência nos esquecemos do

Aniversariante e o substituímos pela fictícia figura

do Papai Noel — que na verdade tem uma origem

cristã (o bispo São Nicolau) — mas de há muito

desvirtuada. Pode ser que a dupla Hanna-Barbera

não tenha feito por mal, apenas se deixaram

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influenciar pela mentalidade hedonista e consumista

da moderna sociedade norte-americana.

Esta antologia de textos poéticos e em prosa, a

cargo das Flores do Recanto, é uma contribuição

para compensar um pouco o esquecimento a que a

mídia tenta condenar o Divino Infante que,

teimosamente, volta a nascer glorioso neste Natal

de 2014.

Que o Menino Jesus, Maria e José abençoem as

amigas tão queridas que contribuíram com seus

esforços e suas penas (ou teclas, para sermos

atualizados) e nos trouxeram textos tão delicados

como verdadeiras jóias em palavras.

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2014.

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P R E F Á C I O.

Foi-me concedida a incumbência, por sinal honrosa, de

prefaciar a obra “Flores de Natal”, antologia de poemas, artigos e

contos. Nela, somente escritor do sexo feminino se faz presente,

para bem enfeitar de flores conforme o título, a temática do

Natal. Natal é tempo de magia. Época de manifestação falada,

cantada e escrita, onde as palavras chaves são: amor,

fraternidade, sensibilidade, verdade e união. Exatamente esse é

o primordial exercício que as participantes tecem com sublime

talento. Elas quando escrevem pensam em si, nas amizades, e

nas pessoas que estão em volta. São mulheres que em suas

labutas profissionais traduzem tristezas, felicidades, ímpetos,

medos, amores, tranquilidade, paz e esperanças de melhores

dias. Cada artigo, poema ou conto que você degustar marcará

com o seu olhar, todavia, a impressão de que o Natal é

renascimento. Como esperado filho com ansiedade e profundo

amor, a presente obra foi projetada com respeito e muita

dedicação ao leitor, buscando alimentar a alma dos que

acreditam no Natal como festa maior da cristandade. Assim,

salutar resultado da reunião das amantes da escrita, mesmo

cientes da árdua tarefa de propagar a arte. Natal é tempo de se

dar as mãos. É tempo de alegria! E é com alegria que faço parte

desta brilhante empreitada literária. Tenham prazerosa leitura e

sejam bem-vindos à celebração desse ímpar e divino momento.

DILSON FERREIRA DA SILVA.

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CANTIGA PRA NINAR NATAL!

Bate o sino como hino

Blém! Blém! Blém! Anunciando:

- O menino já vem!

Blém! Blém! Blém!

Pára com esse blém, blém...

Pra não acordar o menino!

O menino dorme (psiu!)

Mas, quando Ele acordar

Vêm lhe visitar os humildes

Trazendo leite, pão e mel

E no céu a estrela guiando

Soberanos, súditos e servos!

Quando o menino acordar

Continue com o blém, blém, blém...

O povo também precisa acordar

Aceitar que o menino nasceu,

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Crescerá e morrerá na cruz

Pra nascer de novo em cada natal

R i t u a l

Em espírito e verdade

Nos corações

Dos homens de boa vontade!

14/11/2012 - D I L S O N - NATAL/RN.

DILSON FERREIRA DA SILVA,

nasceu em 03/03/1951 na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, e com

07 anos de idade veio para Natal/RN, onde se considera um genuíno

potiguar papa-jerimum. Estudou até o 2º grau completo e trabalhou na

área de recursos humanos durante 35 anos em várias empresas, estando

hoje aposentado. É casado com Maria Salete Sousa e tem duas filhas:

Samantha e Sabrina. Participa da SPVARN há um ano. Tem poesias

publicadas em várias antologias. Sonha, um dia publicar seu livro solo.

Para correspondência: E-mail: [email protected]

Site de escritor: www.recantodasletras.com.br/autores/dilsonpoeta

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ABÁ MORENA

(Brasília – DF)

É NATAL!

Abrem-se os portais celestes!

...O grão da vida

No ventre de uma virgem cresce

Tal como uma flor

Esperança-se a terra...

Que gesta,nutre e aquece

Este que muito d'antes resplandece!

E ao soar os sinos

Mulheres,homens e meninos

Contemplam no céu

Uma estrela maior anunciar:

-"Carpe Diem! Carpe Diem!

Veio à luz,o Salvador!"

...Anjos consoante em festa

Cantam "Hosanas...Hosanas ao Senhor!"

Abrem-se os portais dos sonhos!

Para as tantas gentes que ainda

nem vivem(...)

Aos que não veem,não ouvem e

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não dizem(...)

Aos pobres,cansados

e sem sorrisos(...)

Aos doentes, de alma cativos

e imundos(...)

Regozijai!!!

E deixai nascer em vós

o Salvador do mundo!!!

FELIZ NATAL

SOBRE A AUTORA:

Pseudônimo Abá Morena, nascida, criada e residente no Distrito

Federal desde 19 de agosto de 1986, trabalho como Agente de

Saúde, formada como técnica de odontologia

e Bacharel em Teologia. Além de escritora em que me aventuro,

canto, danço e interpreto.

Sou amante da arte como um todo.Considero-me uma mulher de

mil faces! Não gosto de definições, porém um amigo bem disse:

"Abá Morena é um barco de emoções flutuantes...". É assim que me

sinto ás vezes, felizmente.

Abá Morena

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CÉLIA LEAL

(Salvador – BA)

NATAL NA ESCOLA

Célia Leal e os alunos do TAP II

Hoje é festa de Natal

O nascimento de Jesus

tempo de muita alegria

pois nasceu o Deus da Luz.

É Natal na nossa escola

Vamos juntos festejar

com uma ceia bem bonita

com Jesus comemorar.

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O NASCIMENTO

O Natal já vem chegando, e com ele a alegria

músicas de blim blão, toda hora todo dia

esse tempo é muito lindo, pois nasceu o salvador

a esse aniversariante dedico todo meu amor.

Bate o sino pequenino, para alegrar esse dia

que nasceu Jesus Menino, do ventre de Maria,

que ao Pai, deu seu sim, e num gesto de coragem,

andando de sol a sol, sem encontrar estalagem.

Partiu para Belém, no lombo de um jumento

e chegado a hora, para o bebê nascer

ninguém os ajudou, parecia um tormento

não encontrando abrigo, ele nasceu no relento.

Célia Leal

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Biografia atualizada em 2013

Célia Leal de Jesus, natural de Mata de São João, cidade baiana

próxima ao litoral, em 10 de janeiro de 1960. Filha de Nair Leal de

Araújo, casada, 3 filhos, Professora da Rede Municipal de Salvador,

graduada em pedagogia pela Universidade Federal da Bahia

(UFBA) em 2009. Com pós graduação em História Social da Cultura

Afro Brasileira e Indígena, pela Faculdade da Cidade. Participei em

2009 do projeto da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de

Salvador de uma coletânea de Cordéis sobre o Meio Ambiente com

o Titulo de “Cordel Ambiental”. Com o Cordel “Aquecimento Global”

na categoria de Professores. Também participei em 2013 de uma

Antologia no IX concurso Literário “Poesias sem Fronteiras” com o

poema infantil “Audição”. Atualmente estou trabalhando, com

Jovens e Adultos e também com a pré-escola.

Célia Leal participou também das duas antologias “Flores do

Recanto” publicadas neste Recanto das Letras em 2014.

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DENISE MATOS

(Gravataí – RS)

Um sonho de Natal

Jesus deu o melhor de si para nós,

daremos nós de nós o nosso melhor,

seremos pois, o cântico em louvor

seremos mais, não seremos sós,

seremos juntos uma só voz

a entoar alegria ao nosso senhor

Seremos menos nós e mais o próximo,

doando-nos de coração ao máximo,

multiplicando esperanças ao redor

Seremos o alento ao menino de rua,

seremos a felicidade que perpetua,

seremos pois, o significado do amor.

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Poesia viva

Existem pessoas que resplandecem!

São poesias vivas em nosso dossel...

Pessoas que nasceram para jamais serem esquecidas...

Que trazem sorrisos em pétalas,

que perfumam o nosso sentir,

plantam flores em nosso caminho...

Pessoas que pintam céus e salpicam estrelas,

traduzem o amor em brumas

e debruam nosso dorso

- Pessoas revestidas de amar -

Seres com tamanha sensibilidade

que aquecem nosso coração e nossa face,

sabem se doar e espargir letras banhadas de esperança

Que sem mesuras, ungem nossas mãos

e nos apresentam a pena leve

cuja tinta é a palavra! - não escrita a ferro e fogo -

mas qual o vento, voa livre em sua essência...

Existem pessoas que brotam em beijos,

que elevam em brisas carinhosas,

que são verdadeiros atos de amorosidades!

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- Reverberam sonhos em seus olhares de horizonte -

Que em versos úmidos, molham nossos lábios,

aconchegam-se em nosso peito,

e amanhecem em nossas almas...

Ah... Existem pessoas...

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O menino que colhia estrelas

Ele gostava de voar. E porque gostava, voava.

Nunca o vi com os dois pés no chão. Ele não era como os outros meninos,

mais parecia um biplano.

Penso que poderia ser anjo, tamanha sua capacidade de voar.

Vez por outra, quando distraído, observava-o colhendo estrelas com os

olhos, uma por uma, em noites de longas invernadas. Vez por outra,

também, quando distraída, debruava-me com algumas delas.

Passara-se algum tempo e o menino de longas asas havera crescido, assim

como a força de seus traços e a intensidade de suas palavras.

Ensinara-me sobre os versos azuis que viviam às margens dos olhos da

alma e sobre a suavidade dos acordes que sibilavam aos ouvidos daqueles

que podiam ouvir a música no pulsar da poesia.

Tentara viver nesse mundo, mas as páginas limitaram a escrita de seus

passos; o dom de suas asas. Necessitava de lugares mais altos, algures

onde os olhos desavistassem os telhados. Onde o impulso dos ventos o

fizessem nuvem, pássaro, luz infinda qual sombra desconhece.

Criara então um mundo pra si, sem lugares ou coisas, sem os grãos do

tempo para lhe tolher se fosse cedo ou tarde, apenas céu vestido de fachos

e corpos celestes para que pudesse brincar. Criara a ponte para a

eternidade.

Ainda hoje o vejo riscando o firmamento em poeiras de cometas; luzindo

os olhos dos poetas, caiando almas de esperança.

Ainda há noites em que me descem estrelas em flocos de neve, e sinto-o a

beijar-me a face; posto que aquele menino de longas asas, colhedor de

estrelas, plantou tantas delas em meu peito, que me fizeram preferir, assim

como ele, a desaprender o mundo... e sonhar.

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Denise Matos

Nasci em Porto Alegre, resido atualmente em Gravataí, R.S.

Comecei a escrever desde muito cedo. Aos onze anos de idade já escrevia

diários e cadernos de poesias.

Amante das letras, em busca de aprendizado; escrevo tudo que vem de meu

coração e minh’alma grita.

Participo de coletâneas, antologias e publico minhas obras no site Recanto

das Letras.

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EDLA MARINHO (EDLA PRINCESA)

(Boa Esperança – ES)

A LUZ DO NATAL (Postado no RL em 23/12/2011) E a luz que faltava nas densas trevas, brilhou O mundo que há mais de dois mil anos já sofria Viu nascer um menino que até o sol iluminou Pra quem o aceitou, noite se fez então, dia. Desde que reis magos seguiram aquela estrela Que clareava seu passos, norteava sua viagem Quem andava em trevas pode também, vê-la Iluminado caminho jamais será uma miragem. Amor incondicional, nasce lá em Belém “Bate o sino pequenino” a nos anunciar Que nasce dentro de cada um também Um menino, o Deus para a todos salvar. A mensagem nem sempre entendida Percorre os séculos sem mudança Mensagem de amor, promessa de vida Viva e eficaz em nossa lembrança. “noite feliz... de amor” é o que os homens proclamam Uns querem paz de verdade, e a buscam e repartem Outros só em palavras, nem sabem a quem festejam Presentes caros, para que os seus egos se fartem.

Onde está quem nasceu na humildade de uma estrebaria? Estaria nas festas regadas a vinhos e comida farta Nas reuniões de família onde Ele sequer entraria

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Onde se finge estar bem ao menos nessa data... Quero um Natal onde Ele nasça e cresça Nos corações sofridos de tanta gente aflita Que caminha sem que a Sua luz apareça Nada mais há em que essa gente acredita. Quero que as crianças cresçam sonhando E que seus sonhos se tornem realidade Que vençam honestamente, estudando Que não lhes sejam tiradas as oportunidades. Feliz Natal, feliz ano todo, todos os anos A todos os seres criados em amor, pelo Senhor Não importa se somos gregos ou troianos O aniversariante da festa nos traz o amor! ****************************************

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SEMPRE NATAL

( Postado no RL em 21/12/2013)

Sinos batem ainda

Sempre haverá Natal

O amor não finda

Apesar de dias maus

Quase cheguei a desistir Nem mesmo celebrar

Mas não posso mentir

Ainda é tempo de amar

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AS LUZES DO NATAL

( Postado no RL em 11/12/2012)

As luzes se acendem...

Brilho no céu, são as estrelas

Contando histórias às estrelinhas nascentes,

Cada uma solta centelhas...

Risinhos alegres de crianças inocentes.

As luzes se acendem...

Nas casinhas humildes ou nas mansões,

São esperança iluminando, da gente, o olhar

Plantando o amor nos nossos corações,

Somos vencidos e reféns do verbo amar.

As luzes se acendem...

São preparativos de mais um Natal, Os desejos de Boas Festas e Feliz Ano Novo.

Que não nos alcance nenhum mal,

Em todos os filhos de Deus haja renovo!

As luzes se acendem...

Nas linhas, nos versos dos poetas do Recanto,

Todos querem aproveitar o momento

Tecendo em rimas ou prosas seu manto,

Bordando com amor os sentimentos.

** FELIZ NATAL a todos os poetas e amigos desse lindo

jardim

Onde se planta flores de todas as espécies e cores

Um ANO NOVO verdadeiramente novo, meus votos de

cetim,

Com nossa família, e no Recanto, entre essas

flores!

***************************

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RECANTISTAS, FELIZ NATAL!

( Postado no RL em 23/12/2010)

Da vida, sois artistas...

Da poesia, mordomos!

Todos tem, da alvorada

ou do por do sol,

a releitura encantada!

Nestes dias de festa

sois a festa dos leitores...

pois fazeis vossas poesias,

referindo-se ao Natal,

Que traga muitas alegrias!

Eu também quero deixar

a todos minha mensagem:

Que tenhais todos, muita luz...

esperança, paz, saúde e amor!

Quem há de vos dar é apenas Jesus!

FELIZ NATAL! BOAS E VERDADEIRAS FESTAS!

UM 2011 MUITO ABENÇOADO

COM AS RICAS BÊNÇÃOS DE DEUS!

ABRAÇOS, COM CARINHO DE VOSSA AMIGA RECANTISTA, QUE JÁ VOS CONSIDERA PARTE DE UMA GRANDE FAMÍLIA,

DA QUAL TENHO O PRIVILÉGIO DE ESTAR, AGORA,

PARTICIPANDO

EDLA PRINCESA

Edla Marinho (no RL como Edla Princesa) é mineira de Lagoa da Prata, de onde saiu aos 7 anos pra BH e posteriormente, ao se casar, para o estado do ES.Tem 2 filhos, um casado, e uma filha. Escreve por entender ser o jeito mais fácil de expressar sentimentos, não por se considerar poetisa.

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ELIANE AUER (MOÇA BONITA)

(São Mateus – ES)

Que neste Natal

As luzes do coração brilhem mais

Do que as expostas ao ar livre

Que os sinos que ecoam

Sejam mais intensos que as palavras de

mau gosto proferidas

Que nas festas não haja apenas

aparência

E as emoções sejam sentidas dentro do

peito

Que o preconceito e descaso sejam

banidos

E os amores sejam bem nutridos.

Que o jardim do coração seja regado

diariamente

Pela fé, coragem, disposição, energia

positiva, bem querer...

Para que sempre cresça e floresça na

vida de todos.

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HOJE VI O NATAL

Hoje vi o Natal

Na inocência das crianças

Na cantata de Natal

No sorriso aflorado

Nas vestes e asas de anjos

Nas mensagens expressadas

Nas famílias reunidas

Na comunidade escolar

Prestigiando os lindos filhos

Na comemoração de Natal.

Foi Divino o momento

Em que todos cantavam

Quando a inocência anunciava

Palavras de sabedoria

Montando a expressiva Árvore de Natal

Com união, paz, amor, fé, doação,

bondade...

Para anunciar juntos

Num só coro desejar um Feliz Natal!

Está chegando o Natal

Está chegando o Natal

Paz, amor e alegria

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Desejo-te

Tudo de especial

Um caminhão de felicidades

Saúde e lealdade

Carinho em forma de amizade.

Desejo-te um lindo céu azul

E quando o dia nublar

Desejo um arco-íris bem colorido

Para te alegrar.

Quando a noite de Natal surgir

Desejo-te

Um pisca-pisca de estrelas

Enfeitando e deixando o céu bonito.

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UM PRESENTE DE NATAL

Assim eu ouvi: “meu presente de Natal,

Sua amizade eterna!”

Em resposta, humildemente posso oferecer-lhe:

O meu carinho,

Minha atenção,

Minha amizade e dedicação

Poderei sorrir com você quando se alegrar

Abraçar-te como o vento, quando chorar

Contemplar a beleza dos seus olhos...

Sentir a sua presença no meu coração.

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QUISERA EU NESTE NATAL...

Quisera eu ter um ninho Para encher de crianças Para neste Natal Rechear o coração de esperança. Quisera eu ter uma praça Cheia de doces e chocolates Só para adoçar a vida Daquelas crianças com arte! Quisera eu ser um gênio

Nesse Natal de esperança Sem mágica transformar a vida De muitas crianças perdidas. Quisera eu ser uma pessoa pública Para instituir e fazer cumprir a alegria Na vida de todos que sofrem Sem o pão de cada dia! Quisera eu correr pelos campos Com muitas crianças livres de preconceitos Sejam pobres ou ricas Aproveitando tudo que têm direito.

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Um Natal de misericórdia

Um Natal de misericórdia

Nesse ano eu Te peço Senhor

Para seus filhos que sofrem

De problemas diversos

Peço por aquele

Que está no hospital

Peço que o mantenha

Firme na esperança

Na noite de Natal

Peço por quem sofre

A dor da perda de um ente querido

Que restaure seu sorriso

E remova a sua tristeza

Peço paz nos corações

Sem a ilusão do dia-a-dia

Que não falte à criança

O pão de cada dia.

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Eliane Queiroz Auer, natural de São Mateus –ES, Pedagoga,

Especialista na Educação, Escritora e Poetisa, Membro da

AMALETRAS-Academia Mateense de Letras-São Mateus-ES,

AFESL- Academia Feminina Espírito-santense de Letras,Vitória-ES,

ALB -Academia de Letras do Brasil -Seccional Suiça, Academia de

Artes e Letras de Marataizes -ES, Membro, Delegada das Artes e

Comendadora da Confederação Brasileira de Letras e Artes-

CONBLA-São Paulo, Coordenadora Correspondente Regional do

Projeto Simbiose AVATARES-Cachoeiro do Itapemirim-ES.

Eliane Auer

http://www.mocabonita.recantodasletras.com.br/

https://www.facebook.com/elianeauer

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GLAUCIA RIBEIRO

(Brasília – DF)

NATAL DE SONHO

Natal de paz, Natal de amor Juntos vamos pedir ao Senhor Que bênçãos sejam espalhadas em toda a terra Graças constantes recaiam sobre as nossas vidas E que as guerras deixem de existir. Natal de paz, Natal de amor Vamos abraçar as pessoas do mundo Esperar que a imaginação seja fecunda O bem cultivar, em todo o planeta espalhar E as discórdias tentar neutralizar. Noite feliz, noite de alegria Que esse bom sentimento se alastre Pelas demais noites em todo o mundo Que nenhuma pessoa sinta sede ou fome Que tenha um lugar quentinho para dormir E que possa pronunciar com dignidade o seu nome.

Natal de paz e de amor na minha e na sua vida...

Glaucia Ribeiro Lira

Jornalista, poetisa, cronista, também tem experiência na área de teatro.

Escreve no Recanto das Letras e é co-autora da antologia poética “Flores

do Recanto”, edições I e II.

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Helena Luna (H.Luna)

(Fortaleza – CE)

ÁRVORE DE NATAL (Helena Luna)

Bem no centro da sala

Ergue os galhos com graça

Esquecida de tudo:

Os problemas do mundo

Ficam todos lá fora,

Pois cá dentro é rainha

Dominando sozinha

Os que chegam e os que moram.

Está vestida de sonho

Com as roupagens mais ricas:

Tem pingentes de ouro,

Tem correntes de prata,

Que ofuscam e arrebatam,

Só pra ser mais bonita.

No seu porte altaneiro

Há um tom companheiro

Conclamando, chamando

Os amigos presentes

A se darem as mãos

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Para uma oração,

Não importa se é crente,

Ou se, acaso, é pagão.

O que importa em verdade

É a felicidade que nos une, irmãos,

Neste instante que encanta

Quando a voz se levanta

Entoando a canção,

A canção magistral

À Noite de Natal.

. . .

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NATAL

Noite lenta se arrastando

Entre a música do piano,

E o vinho sobre a mesa.

Dizem todos, noite linda!

Menos eu que digo, ainda,

Noite cheia de tristeza.

Nascida no Rio de Janeiro e residindo em Fortaleza, Ceará,

desde 1961, ocasião em que o órgão que trabalhava – DNOCS,

foi transferido para essa cidade,

ali vindo a constituir família. Estudos iniciais realizados no

Colégio São Paulo em Ipanema. Graduada em Direito pela

Universidade Federal do Ceará. Frequentadora assídua do site

“Recanto das Letras”, onde através de seus poemas expõe seus

sentimentos e pensamentos.

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IGNEZ FREITAS

(S.Paulo – SP)

E mail: [email protected]

NOITE DE NATAL

Era noite de Natal, enquanto muitos festejavam a

chegada do menino Deus, em casa de João Pedro e

Irene só havia tristeza e agonia, pois o filho do casal

de apenas cinco anos repentinamente ficou muito

doente e eles não sabiam o que o menino tinha. Eles

moravam num sítio bem distante da cidade e o carro

deles estava quebrado, telefone não havia por lá, os

vizinhos que eram poucos não estavam em casa,

deviam ter ido assistir a missa do Galo, assim eles só

podiam orar e esperar por um milagre. Foi quando

eles ouviram um carro parar em frente a casa onde

moravam, ficaram apreensivos e também

esperançosos, afinal não esperavam visitas naquela

noite. Ouviram bater na porta e João Pedro foi atender

o recém-chegado que disse precisar de ajuda, o pneu

do seu carro havia furado bem ali na frente e como

estava escuro, ele precisava de uma lanterna ou

qualquer coisa que pudesse iluminar enquanto ele

trocava o pneu. João Pedro pegou um lampião a gás e

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juntos foram para fora ver o que se podia fazer.

Enquanto isso Irene olhava seu filho e implorava a

Deus por um milagre. Depois de trocarem algumas

palavras o recém-chegado se apresentou como sendo

Marcos, médico pediatra e disse que estava de

passagem, estava indo para sua fazenda onde iria

passar o Natal, disse também que seus familiares já

estavam lá, ele não pode vir antes, pois fizera plantão

no hospital até a noite, e que esperava chegar à

fazenda antes da meia noite. Nesse instante os olhos

de João Pedro se iluminaram e ele contou ao médico

sobre o estado de seu filho, que prontamente se

propôs examiná-lo. Entraram no quarto do menino

que ardia em febre e depois de um exame detalhado o

Doutor disse que o menino precisava ser internado

imediatamente, pois os sintomas eram de apendicite

aguda e que era grave. Como a família estava sem

carro, ele mesmo levou o menino e os pais para o

hospital onde trabalhava e deixou-o aos cuidados do

plantonista do dia que era um excelente cirurgião. Os

pais depois de agradecerem muito ao Doutor Marcos,

e pedir mil desculpas pelo transtorno, desejaram a ele

e a família um feliz Natal!O Doutor disse que Deus

sabia o que estava fazendo quando o pneu furou bem

ali naquele lugar. E foi-se embora feliz com a certeza

do dever cumprido, chegou à fazenda quando já

passava da meia noite, mas ele se sentia muito bem

por ter ajudado aquela família. No íntimo ele sabia que

era mais um milagre de Natal e ele foi apenas um

instrumento nas mãos de Deus!

No dia seguinte, ainda preocupado, ele procurou o

casal e soube que o menino passara por uma cirurgia

delicada, mas que agora estava se recuperando muito

bem e que eles jamais poderiam pagar pelo seu gesto

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humanitário! E o Doutor disse; não é a mim que

devem agradecer, mas sim a Deus que atendeu suas

preces, eu fui apenas um instrumento servindo a

vontade do Pai!

Ignez Freitas

......................

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NATAL DE JESUS

O Natal está chegando,

Todos querem festejar,

O nascimento do Menino

Que vem para nos salvar.

A Estrela guia anuncia

Em Belém Jesus nasceu.

Os sinos do mundo inteiro

Saúdam o filho de Deus.

Nesse Natal vamos orar,

Pedindo ao nosso Senhor,

Que no coração do povo,

Nasça também o amor.

Nasce sempre uma criança.

Sem sonhos ou alegria.

Filhos de pais sem teto,

Nas vilas da periferia.

Jesus nasceu como homem,

Veio ao mundo ensinar,

Que o que tem mais valor

É o coração que sabe amar.

Ignez Freitas.

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Escrevo desde menina, mas só depois que conheci a

internet é que comecei a divulgar meu trabalho. Os

elogios nas páginas sociais me incentivaram a

escrever meu primeiro livro solo denominado: Alma e

Poesia. De lá pra cá fui desenvolvendo minha

habilidade poética. Tenho algumas antologias de

contos, poesias e trovas. Também participo da UBT:

grupo de trovadores da minha cidade e tenho

participações em vários livretos de trovas, além de

uma página de escritores na internet!

(Ignez Freitas)

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IRÁ RODRIGUES

(Santo Estêvão – BA)

NATAL!

Tempo de renovar as esperanças

De amar o nosso semelhante- estender a mão

De levar carinho a todas as crianças

Saber perdoar – abrir seu coração...

Natal!

É magia que flutua e ocupa o ar

Que possamos colaborar para realizar

Cada sonho que uma criança sonhar

Levando o amor em cada lar...

Que não falte a cada família

A solidariedade, a paz e a compaixão

O sorriso lindo no rosto da cada criança

Na certeza de uma nova esperança...

Que os sonhos possam ser realizados

Onde cada criança tenha a certeza

Que nos sapatinhos sejam colocados

Os presentinhos esperados...

Irá Rodrigues

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QUEM DERA

Se nesse Natal criança fosse criança

Que não houvesse essa triste separação

Onde para muitos só existe a esperança

Implorando apenas por um pedaço de pão...

Que todas as crianças pudessem viver o Natal

Não olhando as vitrines e sonhando com Papai Noel

Mas de forma digna como um bem especial

Mas é um sonho, só lhes resta olhar as estrelas do céu...

E ficar imaginando uma família, uma moradia

Onde pudesse colocar na janela o seu sapatinho

Mas isso na vida de muitas crianças só é uma fantasia

Sem brinquedo, sem família, sem um gesto de carinho...

Quem dera!

O mundo entrasse numa nave e voltasse diferente

Que toda a maldade, o egoísmo e o orgulho

Desse lugar a dignidade e o respeito do ser Gente

Que essas diferenças ficassem num velho embrulho...

Jogados e incinerados no lixo do esquecimento

Onde a justiça, a igualdade e a fraternidade

Fizessem parte dos nossos sentimentos

Que o Natal trouxesse a todos o grande ensinamento...

Que a criança representante do menino Jesus

Fosse vista com um olhar de igualdade

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Que ela fosse abraçada, jamais julgada

Assim como foi o Cristo na cruz....

Um feliz Natal com amor no coração...

(Irá Rodrigues)

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MEU NATAL!

Resolvi montar uma árvore Toda ela especial Descartei tudo de velho Quero algo bem legal...

No ouro das estrelas Colei beijinhos e brigadeiros As bolas trocadas por bombons Todos com sabores e recheios...

E fui arrumando Docinhos de todo tipo Não aguentava e comia Um só nem percebia...

E no final que delícia Minha árvore toda perfeita Confeites de chocolate Meu Natal enfeitado de magia...

E assim lembrei os amigos Com guloseimas Amor Chocolates Fiz aquela festança Fiz bagunça fui criança...

Autoria- Irá Rodrigues

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Irá Rodrigues, natural de Santo Estevão - Bahia. Geógrafa

licenciada pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

Autora de o livro “ SONHAR SEM SEGREDOS”. Participação em duas antologias em Portugal pelas editoras Pastelaria Studos e

Modrocomia, participação em antologias Emoções Poéticas e

Inspiração em Versos- São Paulo, Amo amar Você- Rio de Janeiro, participação na Revista Artepoesia que circula

semanalmente em Salvador a qual tem como objetivo espalhar a poesia, Antologia O Melhor de Poesias Encantadas onde foi

congratulada como poetisa em destaque recebendo sua primeira

medalha e Certificado como escritora baiana...autora de vários contos e fábulas publicados em sites portugueses pelos quais foi

homenageada com Honras ao Mérito e Distinção Honrosa.

Administradora de grupos de poética brasileira e portuguesa. Atualmente preparando seu livro infantil o qual logo estará ao

alcance de todas as crianças e adultos. Membro da ALB-

Academia de Letras Brasileira de Araraquara SP.

Na inquietude em que vivo dificilmente vou serenar, pois me

tornei escrava das palavras, onde a minha poesia alçou voos longínquos aonde não imaginaria alcançar.

Irá Rodrigues

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ISABELLE MARA

(Brasília – DF)

NOITE DE NATAL

Em quase todas as cidades

Tudo se cobre de luz

Mas falta fraternidade

Mesmo em nome de Jesus.

Nem todos se dão as mãos,

Falta solidariedade,

Falta até motivação

Para um Natal de verdade

Adultos promovem festas

O comércio soma os lucros,

Mas ficam tantas arestas

Pois nos falta quase tudo!

Alguns não têm sapatos

Pra colocar na janela,

Vagueiam de pés descalços,

Mesmo assim sonham com ela...

Ela, a noite de Natal,

Por tantos, tão esperada,

Quando o amor fraternal

Não custa-nos quase nada...

Basta ter um coração

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No peito, forte a pulsar,

Para que a emoção

Tudo possa transformar.

Se todos se dessem as mãos

Com um amor fraternal,

Transformariam essa ação

Num doce e FELIZ NATAL.

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PAPAI NOEL EXISTE

Aqui pertinho, na vizinhança, mora um pai que tem apenas

uma filha ainda pequenina, com apenas cinco aninhos, mas

muito inteligente e linda! Ele chama-se... Deixe-me

lembrar... Ah! Os vizinhos o chamam seu Né e a menininha

chama-se Brisa e nunca vi nome mais adequado para

aquele doce menina.

Mas aquela família era muito simples, pobre mesmo e a

mãe da Brisa partira para o outro lado da vida no exato

momento em que nos oferecia sua linda e suave Brisa que

nascera prematura de seis meses.

Era uma menina de olhos claros, cabelos lisos e longos,

muito bem cuidada pelo pai que para trabalhar, tinha que

leva-la, pois não havia quem olhasse por ela.

A casa era simples, tinha apenas duas portas, a da frente e

a dos fundos e uma janelinha que dava para a avenida e

nos finais de semana no final da tarde a Brisa sempre

estava ali sentadinha na porta observando o movimento e

sempre com um suave sorriso triste.

Eu, sempre que vinha do trabalho passava por ali e parava

um pouco para conversar com ela, saber como foi seu dia,

o que tinha feito, com o que brincava se havia feito mais

alguns desenhos para que eu os compasse; eu fazia sempre

essa caminhada apenas para lhe dar um pouco de atenção

e carinho e ela me retribuía com um beijo no rosto,

mostrando-me o que havia desenhando e eu os comprava

por alguns trocadinhos que ela colocava num cofrinho

dizendo ser para comprar um presente para seu pai já que

estava chegando o Natal.

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Certa tarde eu pedi para ela me mostrar seus vestidinhos,

sapatos... Queria saber o que lhe comprar de Natal e ela

mostrou-me orgulhosa um único par de sapatinhos branco

que ganhara do pai no dia dos seus cinco aninhos e

dizendo-me que iria pôr os mesmos na janela na noite de

Natal para o Papai Noel lhe trazer uma boneca que tinha

visto numa daquelas lojinhas do bairro e me descreveu

como seria a boneca que pediria ao bom velhinho.

Aí eu tive a ideia de lhe dar de presente a tal boneca tão

desejada, mas apenas no Natal como se fora o Papai Noel

que a tivesse presenteado.

Chegou o Natal e a Brisa como me havia dito, pôs o

sapatinho na janela com um bilhetinho do jeito que sabia

escrever e até desenhou a boneca que queria ganhar, mas

que o Né, seu pai, não teria como lhe comprar.

Pois bem, no outro dia quando eu voltava do trabalho e não

vendo a Brisa no lugar de sempre, perguntei ao seu Né

porque ela não estava ali e ele me disse que ela estava

triste porque pusera o sapatinho na janela na esperança de

que o Papai Noel lhe deixasse o que tanto desejava e o que

aconteceu, foi que lhe roubaram o único sapatinho que

tinha, pois se roubaram um pé, do que lhe serviria o outro?

E agora nem o sapato nem a boneca com que tanto

sonhara.

Era de cortar o coração o pranto silencioso e resignado

daquela menininha linda e tão carente. Abracei-a e

beijando seu rostinho molhado de lágrimas, disse-lhe que

não ficasse triste, pois o bom velhinho deveria ter levado o

sapatinho para saber que número trazer e quem sabe, no

dia de Natal, quando ela estivesse dormindo ele não

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deixasse ali a realidade do seu sonho! E assim fiz, comprei-

lhe outro par de sapatos, e a boneca que ela me descrevera

com todos os detalhes e quando seu Né me disse que ela

estava dormindo, fui devagarinho e junto da caminha deixei

dois pacotes enfeitados com laços de fita cor de rosa para

quando pela manhã ela acordasse fosse à primeira coisa a

encontrar.

No final do dia seguinte ao dia de Natal passei em frente da

casa da Brisa e de longe vi que ela estava todo

arrumadinha, com um vestido novo e o sapato que ganhara

do Papai Noel... Mas ela nem esperou eu chegar mais perto

da casa, avistou-me e correu com a bonequinha nos

braços, gritando de felicidade, dizendo em alto em bom

som: Agora eu sei que PAPAI NOEL EXISTE! Agora eu sei.

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EU NO NATAL...

É muito encorajador quando a nossa confiança

Vem-nos falar do amor, da paz e da esperança,

Dos sonhos que poderão brevemente realizar-se

E das pessoas queridas que jamais vão afastar-se.

O Natal é para alguns uma época um pouco triste

Pela ausência sentida, pela saudade que existe,

De tanta gente querida que se foi pra eternidade...

Mesmo assim, não nos machuca no Natal essa saudade.

Apenas nos entristece um pouquinho essa ausência

Pois queríamos dividir, com quem assim como eu,

Também sente essa saudade nos abraços das presenças.

Papai Noel, se eu pudesse não esqueceria ninguém!

Iria pôr nas janelas sons dos sinos de Belém;

Porém, ainda existem alguns que sequer janelas têm.

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ISABELLE MARA - uma mulher terrivelmente sonhadora,

orgulhosamente nordestina do Ceará onde foi revelada no

que se refere às letras, pelo Professor e Jornalista JOSÉ

ALCIDES PINTO a quem intitulou de MOÇA TRISTE e a

comparou a AUTA DE SOUZA.

ISABELLE MARA - pertence a algumas academias de letras

do País, como no Rio de Janeiro, Rio Grande do sul, Ceará e

Brasília, tem alguns escritos premiados, faz parte de

algumas coletâneas de poesias tem um livro publicado

intitulado ―SONHOS DE UMA VIDA‖, edição esgotada,

graças a Deus, e vez por outra se atreve a compor e

interpretar suas canções, algumas delas, assim como

alguns dos seus escritos, publicados no RECANTO DAS

LETRAS.

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ÍSIS DUMONT

(Aparecida Ramos)

(João Pessoa – PB)

A Humildade de um Rei

Nos campos reinava a injustiça,

Um clima de desesperança rondava a

periferia,

Nas ruas se faziam ouvir gritos de

pesadelos.

Pobres, mulheres, “doentes” e idosos -

Nada valiam.

O mundo sem esperança de redenção.

Na terra ressequida nada crescia, ainda

regando,

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As poucas flores que nasciam,

morriam de inanição.

Corações petrificados jorravam

maledicências,

Autoridades escravizavam os pobres,

Portadores de doenças “graves” eram

abandonados.

Mas... Deus não esqueceu seus filhos

e,

Da aridez da terra rachada fez nascer a

mais

Bela Flor: MARIA!!

Cumpriram-se as profecias!

Na abóbada celeste ecoaram cânticos

de glória,

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Aleluias, vivas de alegria povoaram o

universo!

Animais, em “atitude” de adoração,

ofereceram seu bafejo

(aquilo que os homens negaram) para

aquecer a

Divindade e a humanidade ali

transfigurada

Entre a fragilidade e a

fortaleza, entre a ternura

E o poder do Novo, Único e Eterno

Rei do Universo: JESUS!!!

*******

Ísis Dumont

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Festa para a Humanidade

O sol acordou mais cedo, seus raios cobriram a terra,

A colina abriu as portas, desejou “bom dia” à serra,

Montanhas deram-se às mãos e cantaram uma canção,

Para saudar o nascimento daquele ilustre rebento

-O Filho Amado do Pai,

-Do mundo a Redenção!

Do mundo a Redenção que os homens não acolheram,

Os corações estavam cheios, não havia “Lá” um lugar.

A cidade estava em “festa”, as pensões superlotadas

Maria, muito cansada, sem saber onde pernoitar.

Por sorte lhe indicaram um estábulo lá no cercado,

Junto aos bois e outros animais, com seu esposo José

Ali pode descansar...

Bendita Estrela Guia,

Trouxe até “Eles” os pastores

Que entoaram louvores

À Vida, Luz e Verdade

Ao Rei que veio à terra

Para os demais “destronar”!

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Ísis Dumont

Mini Biografia

Maria Aparecida Ramos, (Isis Dumont/nome poético) natural de

Duas Estradas, Paraíba, Brasil. Viveu durante a infância em um Sítio

onde residiam também os avós maternos. Escreve poesias desde a

adolescência. Sua obra versa sobre o amor... Amor a Deus, amor à

vida, às pessoas. Entretanto, temáticas do cotidiano como política,

violência, realidade social não passam despercebidas. Professora

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Vale do Acaraú, Sobral,

Ceará. Poetisa cadastrada no Recanto das Letras, onde, no “Site do

Escritor” (www.isisdumontprosaeverso.net) tem um Livro (digital)

publicado: “Simplesmente Amor”, além de três Antologias, sendo

duas em parceria com poetisas recantistas: Antologia poética

"Amor" (impresso e digital) e "Flores do Recanto", gratuitos para

baixar e imprimir. A terceira Antologia “Minuto de Poesia”

(impresso), um trabalho conjunto com mais dezenove

poetas/escritores (de Estados diferentes), idealizado e publicado

pelo Grupo Editorial Beco dos Poetas, em 2013. Vencedora em

primeiro Lugar com a Poesia “Cores de Dezembro” no Concurso “Mil

Poesias de Natal”, promovido pela ACADEMIA MATEENSE DE

LETRAS/AMALETRAS, São Mateus, Espírito Santo. Teve uma poesia

(FELIZ) publicada na Revista "Quimera", na Argentina, edição N°

059 (junho/2013). Membro dos Sites: casadelpoetaperuanonobrasil,

Luso -Poemas e Beco dos Poetas, onde tem páginas e algumas

publicações. Delegada e Embaixadora da Paz, pela Confederação

Brasileira de Letras e Artes – CONBLA, São Caetano do Sul, São

Paulo. Participante, recentemente, do II Prosas Poéticas, organizado

e publicado por J R Viviani (Blog “Vendedor de Ilusão”). Editora do

Blog rosachoqueeoutrascores.blogspot.com.br e mais

algumas páginas e grupos no FACEBOOK.

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LETI RIBEIRO

(Belo Horizonte – MG)

NATAL( Acróstico)

N .oite feliz, na capela celebram com alegria

A.njos a cantar, glórias e hosanas nas alturas!

T.erra e céus proclamam ao Rei dos Reis

A. leluia, aleluia! Nasceu nosso Salvador

L. uz Divinal, que nos trouxe vida eternal.

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro

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ANUNCIAÇÃO

Os pastores que viviam em meio ao campo

Pastoreavam seus rebanhos, logo anoiteceu,

Em vigia a noite, olhando para o céu viram grande luz

Eles temeram essa luz brilhante...

Porque nela tinha a glória de Deus

E para grande espanto e surpresa,

Viram um anjo, que se aproximou dizendo:

- Não temais! Haverá brilho de luz aqui na terra

Trago aqui boas novas, logo contentarás,

Grande alegria para todo povo!

Hoje nasceu na cidade de Davi

O Salvador que é Cristo, o Nosso Senhor.

Os pastores deixaram o temor e o coração se alegrou,

Olharam para o céu, logo puderam contemplar,

Ao lado daquele anjo, que anunciou a boa nova,

Uma milícia maior de multidão de querubins

Louvando a Deus e cantando em coro celestial:

Glória a Deus nas alturas! – Disseram:

Paz na terra entre os homens.

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Que o amam e o querem bem!

Ao nosso grande Deus, Rei dos Reis!

Senhor dos Senhores,

Paz e amor reinem entre vós!

História do nascimento de Jesus S.Lucas, 2: 8-14

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro

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CRISTO LUZ CELESTE

Foi numa linda noite

Onde a estrela guia brilhou

Com raio de luz sem igual

Mostrando a trilha ao Salvador.

Os três Reis magos,

Do oriente vieram trazer

Oferendas e presentes

Para o pequenino Deus ofertar

Que em grandeza maior

Fez-se homem e veio ao mundo

Alegria, Cristo é nosso Salvador!

Nasceu Jesus nossa fonte de Luz

É Natal!

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro

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ESTRELA GUIA

Estrela guia, no céu surgiu um brilho sem igual

Uma estrela jamais vista, luz brilhante, luz celestial,

Guia os passos ao encontro do menino Deus,

Pois nasceu Jesus, Ele é vida e fonte de luz!

Luz da salvação e alegria, luz do amor!

Nossa luz celeste! E o Natal chegou!

A estrela novamente brilhou...

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro

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TRADIÇÃO

Sinos tocam à meia-noite

Luzes brilhantes por toda cidade

A mesa está posta, com a ceia farta e bela

Cristãos cantam em coro, celebrando este dia

As árvores decoradas com enfeites coloridos

Tudo é magia, a tradição do Natal,

Muda os ares em todo mundo,

Os povos e nações celebram em reflexão

Dia grandioso, é mesmo lindo e cheio de cores,

Deixando a mensagem de paz aquecer os corações...

Pois nasceu o salvador,

Jesus Cristo nosso eterno redentor.

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro

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QUISERA

Quisera eu neste Natal

Transformar esta prosa em magia,

Realizando o sonho de toda criança em ser feliz de verdade,

No coração de cada ser humano um ato de amor e bondade,

Que cada criança tenha uma família,

Que cada família tenha alegria,

Que cada ser humano tenha paz,

Que a felicidade não seja apenas uma utopia,

Que ela faça em cada coração morada,

Sendo o Natal um símbolo de amor

Trazendo união entre os seres humanos

Paz no coração de cada homem de boa vontade.

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro

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Meu nome é Elieti Mendes Ribeiro Estevão `

Pseudônimo no Recanto das Letras : LETI RIBEIRO

Tenho 39 anos, sou casada e mãe de uma linda menina.

Não sou escritora e nem poetisa, minha formação é técnica e

administrativa no ramo de seguros, sou securitária há mais de 20

anos, atualmente sou analista de sinistro de seguro de vida em

grupo.

Em controvérsia com a função executada, sempre adorei

escrever, desde adolescente escrevia diários, mensagens, poemas

e participava ativamente no ministério de mensagens religiosas e

música da comunidade jovem adventista.

Minha experiência com a escrita é constante em texto de

redação comercial, a partir daí empenhei-me em aprendizado

necessário da gramática e língua portuguesa para necessidade

profissional. A escrita poética vem mesmo de vocação e

inspiração, escrevo pela necessidade pessoal que tenho de

comunicar e expressar sentimento, não tenho profundos

conhecimentos literários, mas considero válido o aprendizado,

embora não tenha tempo de dedicar-me a fundo na escrita,

sempre que tenho oportunidade mergulho no sonho de poesias e

encantos, que para mim é essencial escrever meus textos.

Escrevo o que vem do meu coração, por isso sempre assino De

Dentro Do Meu Ser, meus textos são de experiências vividas,

outras assistidas. Adoro lirismo, a fantasia faz bem a alma

poética, quando escrevemos, podemos usar as letras como um

portal de sonhos, criando asas e voando para onde quisermos,

como e com quem quisermos, alma poética em busca de expressão

e poesia, esta sou eu: Elieti e para os amigos do recanto LETI

RIBEIRO, abraços poéticos!

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LIMAFLOR

(HORTENCIA ALENCAR)

(Belo Horizonte – MG)

UMA PEQUENA HISTÓRIA DE NATAL

Madame Dayse, assim chamada, era uma lady.

Tendo pertencido à alta sociedade, viveu dias gloriosos, tanto por sua fortuna e beleza, como por realizar-se, amparando os menos favorecidos.

Enviuvou cedo; o marido, rico industrial, deixou-lhe dois filhos adolescentes, que ela criou, incentivando-os a seguir os mesmos padrões de modéstia, e cultivar o espírito de benevolência que a ela eram naturais.

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Madame Dayse dedicou-se especialmente ao socorro de criancinhas. Trabalhando como voluntária em diversas instituições não mediu esforços para oferecer aos seus protegidos, além de presença e carinho, assistência financeira em todos os termos de suas necessidades.

Adultos, os dois filhos formaram-se: um deles como tecnólogo, atuando na área de petróleo, minério e gás natural. Pós- graduado foi-lhe oferecido um posto na Noruega, como consultor; o outro, médico, prestava serviços no Congo, África, na instituição Médicos sem Fronteiras.

Tendo os filhos distantes, Dayse entregou-se com maior entusiasmo ao seu trabalho assistencial, criando uma ala hospitalar especializada em nascituros cujas mães, por inúmeros motivos não tinham como criá-los.

Madame Dayse dispensava todo o seu amor àqueles pequeninos, principalmente aos acolhidos, advindos de total abandono, sem filiação, ou mesmo um nome...

Em noites de Natal, os ali chegados nessa situação extrema, antes de serem encaminhados à adoção, eram batizados com os nomes Noel, ou Noelia.

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Assim Dayse os colocava sob a proteção misericordiosa do Menino Deus.

Anos se passaram: No outono da vida, Dayse não se deixou vencer pelo cansaço: mesmo sofrendo de insidiosa doença que quase a impedia de locomover-se, não podendo exercer suas ações como voluntária, ainda assim, nos Natais, ainda era levada à sua ala de nascituros para embalar nos braços pequenos enjeitados ali nascidos naquela noite.

Naquele ano seu estado de saúde piorou sensivelmente. A medicação que lhe era ministrada deixava-a prostrada na maior parte do tempo; suas forças se exauriam pouco a pouco.

Madame Dayse permanecia em sua mansão cercada pelo cuidado de competentes enfermeiras; nada lhe faltava em razão de aparatos para seu conforto: um elevador fora instalado para transportá-la e à sua cadeira de rodas ao andar inferior da casa e suas dependências, como aos pomares e aos grandes jardins, onde, quando se sentia melhor, ia distrair-se.

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Era visitada por amigos que muito a estimavam; os filhos procuravam sempre estar junto dela com a frequência que lhes permitia o trabalho que executavam do outro lado do mundo.

Estava próximo o Natal. A pedido de Dayse a decoração, a iluminação artística dos jardins, da fachada e de toda a casa foram executadas com todo o esmero; Um presépio estaria apresentado num dos salões. Madame Dayse esperava a vinda dos filhos para as festas; uma ceia seria servida para convidados especiais, entre eles crianças que ela amparava desde muito. Para Dayse o Natal sempre fora a verdadeira data de confraternização, quando todos os corações deveriam rejubilar-se e abrir-se ao amor universal.

Dayse, na expectativa de tantas emoções, contava estar mais forte e bem disposta para participar dos festejos.

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Antevéspera de Natal. Na casa silenciosa todos repousavam.

Chovera durante o dia e a noite, muito fresca, iluminada pelo brilho suave da lua, exibia um céu sem nuvens, como um manto que se desdobrasse sobre a natureza.

Uma brisa branda entrando pela janela propagava o perfume das roseiras florescentes.

Madame Dayse despertou: moveu-se na cama livremente sem sentir dor. Ergueu-se e apoiada nos travesseiros, respirou, enchendo o peito com o ar frio e perfumado. Fitando a janela imaginou-se nela debruçada, admirando o jardim, naquele momento, iluminado pelo brilho ofuscante das mil lâmpadas que o cobriam por inteiro. Como seria feliz se sua incapacidade física, apenas por um momento, não a tolhesse, permitindo-lhe realizar aquele anseio.

Esse desejo intenso encorajou-a: sentou-se na cama e deixou que seus pés tocassem o chão. Nem sequer lhe ocorreu usar a campainha para que uma das enfermeiras, pronta a seu chamado, pressurosa, viesse em seu auxílio.

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Dayse, inexplicavelmente, sentiu-se forte e capaz. Firmou-se, ergueu-se, equilibrou-se; de pé trocou o primeiro passo, outro mais, e imbuída da coragem de sua nova postura, caminhou até a janela; ali se debruçou cheia de contentamento, vislumbrando enfim o espetáculo das árvores coroadas pelas guirlandas tremeluzentes.

Seu olhar percorreu, sem pressa, o espaço de seu jardim, que podia ser alcançado, visto do alto da janela, desde as requintadas roseiras, as esguias palmeiras, a fonte luminosa lançando alto, seus jatos multicoloridos, até a ala plantada com chorões...

Perdida nesse encantamento, Dayse lembrou-se que ainda não havia visto o novo presépio erigido no salão pelos decoradores. (Só poderia visita-lo levada, por uma de suas auxiliares, e isso, dentro de algumas horas).

Nova ideia brotou em sua mente estimulada por seu ato bem-sucedido de alcançar a janela: “se tentasse descer ao andar de baixo e visitar o presépio?”.

Madame Dayse conhecia sua situação de dependência. Entretanto, naquele momento, sentindo no corpo leve, seus movimentos

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restabelecidos, julgou-se pronta para lançar-se a uma nova tentativa.

E, no silêncio daquela madrugada, Dayse, caminhou até a porta, abriu-a; venceu serenamente a distância que a separava da escadaria; deteve-se diante do lance dos degraus em curva que a separavam do andar inferior. Um desconhecido fulgor a tudo iluminava.

Madame Dayse nem sentiu os pés tocarem o solo enquanto descia. Leves, seus passos venceram a distância, docemente, como se flutuassem.

Buscou o salão onde o magnifico presépio colheu o seu olhar. Atentou para os encantos da nova ornamentação, e sentindo-se grata pela ousadia de ali ter chegado sem qualquer esforço, voltou-se para a manjedoura onde repousava e imagem do Menino Deus.

Seus olhos encontraram então, não a imagem, mas um menino vivo, que a fitava com ternura e lhe estendia os seus bracinhos nus. Sem surpresa, Dayse o tomou a si; aconchegou-o ao peito, acariciou-o, sentindo nas mãos a brandura da pele

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viva, macia e morna; protegeu-lhe a nudez envolvendo-o na mantilha com que se agasalhara, lá em cima, ao deixar o próprio leito.

Colhida pela graça do milagre, ajoelhou-se, sentindo envolve-la diáfana luz e

suave perfume.

Assim a encontraram, de joelhos, aos pés da manjedoura vazia, apertando nos braços a imagem do Menino Deus.

Hortencia de Alencar, mineira, de Belo Horizonte. Uma

aventureira que , brincando com palavras, as converte em

fantasias; que, amando a natureza, verseja com

suas nuances e as edifica em versos; que convive com a

solidão sem sentir-se sozinha; que ri de si mesma; que

contempla o próximo com delicadeza e compaixão; que

aceita, incondicionalmente, as surpresas da vida e o

mistério da morte... enquanto avança estrada a fora,

harmonizando-se humildemente com os desígnios de

Deus.

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MARANAZA (NAZARETH CARVALHO)

(Juiz de Fora – MG)

MENINO DEUS - MENINO REI Menino Deus, que tinhas aos teus Pés um coral de anjos e arcanjos em contínua louvação, por que quizeste nascer tão pobrezinho com estes bracinhos abertos só pedindo colo?

Menino Deus,que vivias com o Pai e tinhas por morada um castelo alem das núvens cor de rosa, por que quizeste nascer assim tão humilde tão pobresinho sem ter ao menos uma pedra onde recostar tua cabeça? Eu sei, quizeste nascer assim tão humilde, tão pobrezinho só por nosso amor...só por nosso amor....

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NATAL Há enfeites nas paredes , nas portas e varandas, as coroas entrelaçadas com laços e guirlandas As luzinhas pisca-pisca vermelhas, verdes, amarelas nas árvores e nas paredes, nas portas e nas janelas As ruas viram atração com brilhos no visual, por toda parte as faixas: Feliz Natal...Feliz Natal... Na casa é tudo alegria não é alegria sem fé. tem presépio montado, com Jesus, Maria e José. Tudo é só felicidade, os sinos tocam na Matriz e as vozes cantam em coro Noite Feliz, Noite Feliz... Os anjos voam baixnho trazendo a saudação "Glória a Deus nas alturas

Paz na terra a cada irmão. Natal não é apenas uma vez com presentes e celebração, Jesus nasce todo dia na vida e no coração.

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Nasci em Carvalhos, sul de Minas, no dia 24.11.1929, sou professora aposentada e resido em Juiz de Fora, Minas Gerais. Já publiquei um livro "A menina da fazenda"pela Lei de Incentivo à Cultura de Juiz de Fora.Este mês vai sair meu segundo livro : "Vida de Professora", onde conto minha saga de Profesora com suas lutas e alegrias. Tenho outro livro para ser publilcado:"A Tua Imagem e Semlhança", com textos espiritualistas reflexivos. Escrevo contos infanto juvenís, poesias, porque o espírito é forte, a imaginaão não conhece limites do tempo nem da idade.

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MARIA CANDIDA VIEIRA

(Campina Grande – PE)

NATAL

Nasceu o menino Jesus

Aquele que veio para

Trazer para todos nós

Amor, perdão, salvação e a

Luz infinita de Deus.

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O NATAL NÃO PRECISA

O Natal não precisa

de pinheiros imensos

enfeitados com bolas,

fitas e velas.

O Natal não precisa

que as pessoas usem

roupas bonitas,

comprem presentes caros,

e se encham de comida e bebida.

De nada disso, o Natal

precisa, se a sua verdade

em todos nós estiver.

Porque o Natal não é festa,

mas o começo de uma

nova e feliz vida,

onde nascerão amor e perdão.

Natal é o nascimento

de um menino,

que veio preencher

o seu coração.

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Maria Cândida Vieira, além de poesia, escreve em prosa e se interessa pelos mais variados assuntos. Acredita que a poesia tem o poder de mexer com a sensibilidade das pessoas e que as palavras podem mudar nossa forma de ver o mundo. Adora ler, porque pensa que a leitura é o melhor alimento para o espírito e seus poetas preferidos são Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Gregório de Matos e Castro Alves.

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MARIA EUGENIA SANTOS

(Salto do Itararé – PR)

NOITE DE NATAL

Sentia-me sozinha, Pelos caminhos da vida... Pobre, suja, mal vestida. O frio de novo tomava conta de mim. Ao longe vi sua casa. As luzes brilhavam como Estrelas no céu. As pessoas estavam felizes Enquanto eu não tinha nada para Me aquecer, nem plástico, nem papel. Há muito tempo eu estava De castigo. Talvez pagando pelos meus pecados. Talvez já houvessem redimido. Mas naquela noite Queria só um repouso Sentir-me humana de novo. Mesmo que as luzes se apaguem Ficarei aqui. Quem sabe alguém se lembre de mim. Então repentinamente Você chegou! Olhou-me nos olhos

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Conseguiu me ver de um jeito Que ninguém nunca viu. Acolheu uma estranha em sua casa E simplesmente sorriu... Meu Deus que alegria! Mesa farta. Aguá limpa. Cama macia... Eu quero que você saiba Que na sua casa me senti amada... Quero que você saiba que suas cobertas Aqueceram meu corpo. Mas... Com a luz do sol acordei. Em frente a sua casa eu dormi Te agradeço tanto por este tão pouco Por ter me deixado ficar aqui. Aconteceu esta noite Algo muito especial! Eu sei que de verdade, na sua casa entrei. Não foi uma noite qualquer... Foi uma noite de Natal. Maria Eugenia Santos

Maria Eugenia Santos, 35 anos, reside na cidade de

Salto do Itararé, PR. É escritora e membro da

COLINS - Confraria Literária Newton Sampaio, grupo

que reúne os escritores do Norte Pioneiro do

Paraná.

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MARIA MARLENE

(Tucuruí – PA)

POEMA 1 DESEJOS DE NATAL ...

Que não sejam apenas comidas e bebidas no Natal Que os corações sejam transbordantes de (FÉ)licidade Que em cada ser humano a essência divina seja real Que haja mais amor entre a humanidade.

Que aumente em cada um de nós a bondade

Que sejamos mais humildes e cristãos

Que vivenciemos mais a solidariedade

Que vivamos como verdadeiros irmãos.

Que Jesus Cristo seja o norteador em cada lar Que haja entre os povos, plena harmonia Que o lema das famílias seja “SEMPRE AMAR” Que todo(a)s desfrutem de intensa alegria Recebam um abraço caloroso da Marlene E sintam-se acarinhados pela Maria. FELIZ NATAL! by Maria Marlene

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POEMA 2

E ASSIM, SIM!

Que os dissabores

não nos tirem a alegria

Que os espinhos

não nos impeçam

de colher as flores

Que as batalhas perdidas

não sejam motivos pra desistir

Que as lágrimas vertidas

não nos tirem

o prazer de sorrir.

Que as ondas turbulentas

não nos façam pessimistas

Que as tempestades assustadoras

não nos tornem covardes

Que a impaciência

não nos tornem insolentes

Que a solidão

não nos deixem enclausurado(a)s

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Que as desilusões

não nos deixem amargurado(a)s

E assim, sim ...

Que conquistemos mais

e sejamos conquistado(a)s

Que acarinhemos mais

e sejamos mais acarinhado(a)s

Que amemos mais

e sejamos mais amado(a)s.

Que assim seja ...

By Maria Marlene

Em 11/12/2014

APRESENTAÇÃO.... Sou apenas uma mulher,

aprendiz de poetisa. Com os sonhos da Maria,

Com a razão da Marlene.

Sou amante das letras e adoro tecer poesia.

Sou simplesmente:

Maria Marlene

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MEIMI

(Eliane Maria de Jesus)

(Jataí – GO)

Noite de Natal

Cores...

Festas...

Alegria...

È sempre assim em ano vindouro de Dezembro.

O mundo fica em festa, luz colorida, doando-se espíritos natalinos entre humanidade.

Noite de luz, noite feliz e noite de paz!

Envolvendo a todos com o fogo do amor.

Momento de nós unirmos aos sentimentos, celebração, compaixão, perdão, e, sobretudo, amor. Buscar aceitar o próximo e suas limitações e qualidades. É momento de romper o preconceito, pegar na mão e abraçar aqueles que precisam da centelha do vosso amor único diante dos olhos do Pai. Que a Divindade nos lança um laço de amor que jamais se rompe, e tem compaixão diante dos pequeninos. Natal é momento de busca, compreensão, dos mistérios de Deus, ele nos dá uma oportunidade de um novo recomeço e conduz-nos à vereda luminosa. Espírito de Luz de Cristo Jesus, nos aquece, ele está habitando em nós.

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Eliane Maria De Jesus - Meimi

Eliane Maria de Jesus (Meimi) Nascida em 17 de Abril de 1968.

Formada em Pedagogia. Primeira participação Antologia

Poesias Encantadas VII. Minha nova paixão em escrever poesias expressando o sentir da alma.

E.mail:[email protected]

Site:www.recantodasletras.com.br

http://meimipoesias.blogspot.com.br

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MERI VIERO

(Guarapuava – PR)

Feliz Natal com Jesus

Esse Natal vai ser bem diferente A criança já cresceu, lindamente Tempo empresta o brilho ao olhar Que não sejam lágrimas a molhar Mas enfeitados sejam pelas luzes Natal mais sincero, sem presentes Que a estrela de Belém o céu cruze E avise ao homem que entre a gente Jesus deve fazer moradia todo o ano Pois Ele não é uma data comemorativa Mas deve permanecer em nossos planos Pois nos ama, além dessa data tão festiva.

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Meri Viero FELIZ NATAL! A neve não cai aqui, mas bate o sino Papai Noel dá presentes aos meninos Distribui sorrisos e magia tão colorida Enfeitam as ruas, as praças e avenidas Pois o Natal chegou branco e vermelho De barba branca, barriga grande e luvas Bom velhinho sorri em frente ao espelho

Lembra da ceia, do peru, saladas e frutas Sabe que é parte da festa da criançada Presentes vai distribuir pra molecada Vai ter bola, boneca, notbook e celular Não sabe se em todo lar vai poder estar Que a magia do natal esteja presente Não só na parte material, mas espiritual Jesus não carece de festa, quer amor real Quer o bem e a paz, abençoadas sementes. Meri Viero

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Meu nome é Lucimeri Viero, moro, desde sempre, na cidade de

Guarapuava, uma cidade que ainda é bonita aos meus olhos, mas

que começa a ter ares de cidade grande, e tenho me desencantado

com ela, escrevo desde meus quatorze anos, nunca tive obra

nenhuma publicada, tive o prazer de receber o convite de participar

do livro de Antonio Portela, um poeta de Portugal, e participei em

dois de seus livros, em cada um com uma poesia, tive a honra de

receber os dois livros, autografados por ele, um querido amigo

poeta. Amo a poesia, amo as letras, apesar de não saber escrever

tão bem quanto queria, mas a palavra me encanta, as frases que

elas formam, independentes de serem minhas, são voos especiais,

entrei no recanto em 2011, de lá para cá, saí algumas vezes, mas

sempre acabei voltando, a poesia, infelizmente no mundo fora do

recanto, é algo praticamente esquecido, então partilhar esse gosto

se torna tão especial. Agradeço de coração ao amigo Miguel

Carqueija, pelo convite para participar de sua antologia, foi uma

agradável surpresa que recebi e aceitei com todo carinho.

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NATIVA

(Marechal Floriano – ES)

POESIA DO NATAL

O brilho nos olhos humanos,

As cores vivas distribuídas,

Luzes por todos os lados,

Nascimento e celebração de vida.

As músicas impressionam,

Sorrisos e alegrias...

Sentimentos que se misturam,

O momento e a nostalgia.

Emoções...

Lembranças tão únicas,

Cada objeto trás um significado,

De vidas que cruzaram a minha,

Algumas já do outro lado...

Lembranças apoderam-se de mim,

Com a melodia natalina,

Existe um incômodo na alma,

Gentes que têm as suas mesas vazias.

Uma melodia diferente canta,

Faz-me reflexiva e sentida,

Com tantas cores brilhantes,

Choro descontente ainda.

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QUERO

Quero do Natal o verdadeiro sentido para celebrar,

Um olhar leve, sem jugo e acolhedor.

Mãos calorosas para cumprimentar,

O abraço que possa confortar.

Quero presentear a todos que posso,

Com presente de alto valor,

Nada do do comércio!

Símples para brindar com a verdade,

Sem se perder em consumo,

Celebrar com consciência,

A tudo, em amor eu resumo.

Um Natal bem consciente,

Que não falte o olhar puro,

Não falte o aperto de mão,

Não falte o sorriso mais lindo,

Não falte a compreensão.

Não falte a verdade e o amor,

Não falte a água e nem o pão.

Se tiver que faltar algo,

Falte a avareza,

Falte a tristeza,

Falte a maldade,

Falte o ódio,

Ambição...

O descaso com os irmãos

Em toda nação.

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CONTO DE NATAL

NEM TODOS SÃO FILHOS DE PAPAI NOEL

Naquele dia 24 de dezembro, as crianças acordaram felizes

para montar a árvore como era de costume. O pinheiro já

havia sido encomendado e logo chegaria...

As crianças tomaram o café da manhã e correram para o

mato junto com a mamãe para apanhar bromélia, barba de

velho e outros matos para o presépio. Era um dia com

muito perfume e alegria.

O verde colhido parecia ter cheiro de Natal e as esperanças

eram grandes, todas as crianças contavam seus sonhos

com os presentes.

Eram muito pobres mas acreditavam que todos eram filhos

de Papai Noel. Ninguém podia imaginar a possibilidade dele

esquecer alguém. Assim, com muito entusiasmo montaram

a árvore...

O papai e a mamãe pareciam preocupados, mas as crianças

não podiam imaginar nada de diferente que pudessem

frustrá-las. Naquela Noite, muita gente passava na estrada

que ia para a Igreja Evangélica Luterana onde o Natal era

celebrado com muita beleza.

Ilsa e Regina estavam brincando na calçada da casa

quando o pastor daquela Igreja passou, e, com um sorriso

que parecia um abraço beijado convidou as meninas para ir

até a igreja participar.

Ilsa e Regina aos pulinhos alegres chamaram outros irmãos

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e foram falar com o papai e a mamãe. Foi aquela decepção!

O papai não aceitou de forma alguma, pois cada um

deveria ficar na sua religião, eles eram católicos.

Ilza e Regina sentiram profundamente e não entenderam

bem porque ser tão grave ir naquela Igreja... Estavam na

janela tristes, quando veio uma filha do pastor com dois

versinhos de Natal para que elas falassem.

As duas aceitaram e ficaram decorando ali mesmo na

janela. Aquele sorriso do pastor falou profundamente na

alma das duas meninas e já não pensavam em Papai Noel

como o cara importante da festa, a alma já queria muito

mais.

Então seus pais saíram em seguida para uma visita de

amigos e elas ficaram sozinhas... Decidiram fugir, já que a

Igreja era perto. De chinelinhos velhos nos pés e

vestidinhos batidos foram correndo...

Não olharam para o que vestiam. Ao chegarem à porta da

Igreja o coração de cada uma quase saltava do peito e o

pastor lá do púlpito com aquele sorriso convidou as

meninas para sentarem à frente...

Tinham muitas crianças bonitas bem vestidas, mas, Ilsa e

Regina não se viam diferentes, todos sorriam e eram muito

gostosos aqueles sorrisos, substituíam qualquer doce

naquele momento.

Esqueceram do papai e da mamãe, simplesmente

aproveitaram o instante encantador. Queriam muito falar o

versinho como as outras crianças e falaram... Louvaram...

Tudo era lindo!

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No final foram abraçadas muito, muito por crianças e

adultos. A filha do pastor levou as duas até em casa, os

pais já tinham voltado e estavam zangados.

Brigaram muito, mas não surraram. As duas dormiram e

tiveram outros sonhos... Pela manhã, os irmãos

levantaram primeiro e a árvore estava vazia. Não havia

nenhum presente.

Os pais não tinham dinheiro pra nada naquele Natal, todas

as mentiras contadas para as crianças para justificar a falta

de presentes nada adiantavam. As crianças choravam no

cantinho muito decepcionadas, mas com Ilsa e Regina tudo

estava diferente, estavam radiantes como a noite que

tiveram, como se uma nova mensagem tivesse sido

plantada naqueles corações. De fato foi o que aconteceu!

Os irmãos continuaram a espera do papai Noel por muitos

outros anos, mas Ilsa e Regina esperavam outro momento

como aquele, que viveram na celebração do dia 24, o Papai

Noel já não satisfazia mais aquelas duas meninas. O

verdadeiro Natal a elas foi revelado naquela noite.

Elas cresceram, casaram e tiveram filhos, o Natal que

passaram para os filhos não foi o mesmo contado pelos

pais. Prometeram para elas mesmas, que nunca queriam

ver tanta tristeza nos filhos como viram nos irmãos.

Se os pais ensinassem o verdadeiro sentido do Natal,

nenhuma criança ficaria triste. Porque Ilsa e Regina não

ganharam presente de loja, mas receberam sorrisos

sinceros, acolhida e Luz. Descobriram que o espírito de

Natal não está na mentira do bom velhinho e que nem todo

mundo é filho de Papai Noel, mas, todos são filhos de

PAPAI DO CÉU.

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Biografia – Lúcia Regina Corrêa, (Nativa) natural de

Marechal Floriano ES, Nascida em 08/05/1963. Poetisa

entusiasta. Atua na área da saúde com formação em

enfermagem, Psicóloga – psicanalista.

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NORMA APARECIDA SILVEIRA DE

MORAES

(Suzano – SP)

O SÍMBOLO DO NATAL

Amor deve persistir sempre no coração

Bondade ser o lema da humanidade

Neste Natal e em todos, com emoção

Levar na mensagem a Fraternidade

Natal significa nascimento no amor

É a confirmação do bem no coração

Natal é mais que presentes ou dor

É solidariedade, é focar consideração

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Natal é um dia de muita fé e magia

Do grande dom da confraternização

Pois predomina a coletiva alegria

Símbolo de mudança e transformação

Não adianta ser somente um dia solidário

E nos outros esquecer dos votos e ações.

Natal é tempo de grande reflexão

Dia de comemorar todas as realizações

Natal é dia de intensa paz e gratidão

Por todo o ano de trabalho e colheita

Na seara da vida, feitos e consolidação

Extrínseco e intrínseco em comunhão

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Natal é também tempo de esperança

Novos projetos, novos conhecimentos

Para um novo ano de fé e confiança

Crer em Deus e ter a paz nos sentimentos.

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NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES

NASCIMENTO. 02/08/59

PSICÓLOGA, PINTORA, ARTESÃ, ESCRITORA, POETISA

PERFIL

Amigos de Luz ...

Na mesma jornada da arte e da emoção

Gosto de compor coisas da vida, de vivências, da natureza, espiritualidade, beleza e

também choro numa poesia, faço prece, me realizo e tento ser autêntica e empática.

Foco no realismo dos sentimentos humanos...

Sou psicòloga, aposentada, passo dias escrevendo quando estou inspirada, desapareço

por outros...Amo espiritualidade, estudar religiões, sou Rosacruz, gosto do Espiritismo,

também aprecio Budismo, Catolicismo, algumas linhas Evangélicas,

Judaísmo, Fraternidade Branca, Teosofia, enfim gosto do ser humano. Amo a

natureza, aninais, flores. Curto muito a Melhor Idade, jovens e crianças...Amo

egiptologia, mar, mundo rural...

Gosto de coisas simples, luto pela igualdade, fraternidade e liberdade com

responsabilidade. Sou casada e muito amante de família e lar...Não tenho preconceito,

e procuro levar a vida procurando a minha essência o meu self. Creio na evolução da

alma, no amor, na fé, no perdão e na gratidão...

Minha forma de escrever, meu estilo, é de fácil entendimento para alcançar a todos,

é simples como eu...Desejo a todos que visitarem o meu perfil: Paz Profunda, Fé,

Amor, Respeito, Ética...

ASSIM COLOCO A ALMA EM GOTAS NUMA FOLHA BRANCA DE PAPEL,

FATOS SAIDO DO MEU BAÚ DE LEMBRANÇAS OU ATUALIDADES.

Felicidades Mil...Paz e Luz. MUITAS BENÇÃOS DE DEUS

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Tenho uma página com slides no site :

www.sergrasan.com/normasilveiramoraesslides

SEJA BEM VINDO (A)

Muitas bençãos Cósmica em sua vida.

POR FAVOR ASSINE MEU LIVRO DE VISITAS...

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PERFUMEDEFLORES

(Rio de Janeiro – RJ)

Boas Festas...!

O farfalhar das folhas

Em noite clara,

Anuncia a sua chegada.

Que o despontar do ano vindouro

Nos traga a força necessária

Para buscar aquilo que desejamos

E nos tornarmos melhores seres... Humanos!!

Que o espírito do Natal esteja conosco em gestos e atitudes, não somente no mês de dezembro, mas em toda nossa caminhada e que isso passe de geração para geração. São os meus sinceros votos a todos! Com carinho, Elisabete. Perfumedeflores

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Falando um pouquinho de mim...

Sou Elisabete Gouvêa de Moura, nascida e criada na

cidade do Rio de Janeiro. Pedagoga e estudante de

Psicologia encantada pela Ciência Humanas. No Recanto,

sou Perfume de Flores, deixo em meu canto um

pouquinho daquilo que preenche a minha vida: ideias em

palavras traduzem a minha poesia... Por quem sou

apaixonada.

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REGINA MADEIRA

(Miguel Pereira – RJ)

N.esse tempo de alegria e paz;

A. brir o coração nos satisfaz;

T. ransbordando de amor e gratidão;

A. ntecipo os sinais de união.

L. ado a lado com a cena que reluz.

D. ireciono os meus olhos para o céu;

E. scolhendo da missão o meu papel.

P. rocurando o que posso ofertar;

A. pesar de quase nada ter prá dar;

Z. elando por alguém onde passar.

E. ntrego ao Senhor os meus amigos;

L. ider forte contra todos os perigos;

U. so para o pedido a minha fé;

Z. erar a dor eu aprendi em Nazaré.

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Estrela Radiante

MELODIA DE NATAL

O seu noturno ecoa no silêncio,

No sagrado recôndito do amor,

Como chama voraz de um incêndio ,

Lava o meu peito apagando o amargor.

Notas soltas compõem a melodia

Contrariando o gosto de compor

O silêncio responde a sinfonia

Puro eco ecoa por onde for.

Sentimentos retornam como antes

A compor a melodia magistral

Entre luzes lindas e faiscantes

É composta melodia de Natal.

Estrela Radiante

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UM SONETO DE NATAL

Ao longe ouço o repicar dos sinos,

É chegada outra noite de Natal,

Do Aconcágua até os Apeninos,

E na África é um toque especial.

O aviso alegra aos pequeninos,

A esperança, sentimento natural,

O coração da vida tira ensinos,

Que a doação seja de forma total.

Na Ásia um presente vai aos meninos,

Na Oceania, alegria é geral,

Em toda Terra os sons são cristalinos.

Pois o amor toca em sinos de cristal,

A partilha torna os seres tão divinos,

E o amor maravilhoso, universal.

Estrela Radiante

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Eu sou Regina Madeira, nascida em Engenheiro Paulo de Frontin-RJ, professora por profissão e escritora por ocasião. Escrever mudou a minha vida, o curso da minha história. Hoje de tudo faço poesia, das lágrimas, tristezas, alegria e principalmente o amor e o mar, meus temos preferidos. Sou uma mulher de muita fé e faço questão de propagar o nome de Deus entre as pessoas.

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ROSA DAS OLIVEIRAS

(Guarulhos – SP)

VIAJEI NO MUNDO DOS SONHOS

Viajei no mundo dos sonhos

Profundamente eu mergulhei

Por alguns momentos chorei

Foram tantos sonhos risonhos

Viajei no mundo dos sonhos

No céu encontrei com a lua

Fui guiada por uma luz da rua

Até nas alturas eu componho.

Viajei no mundo dos sonhos

No paraíso eu quero acordar

E sempre da viagem lembrar

Entre as linhas tudo suponho.

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Viajei no mundo dos sonhos

Encontrei-me com meu amor

Oh! Doce quimera de esplendor

Viajar comigo eu lhe proponho!

(Rosa das Oliveiras)

......................................................

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COMO O POETA SE INSPIRA ?

Do nada o poeta se inspira

Transforma dor em alegria

Entre tempestade o poeta rima

Com letras deleita e transpira.

Os sentimentos vêm da alma

As estrelas brilham no céu

Nuvens cinzas são de mel

Flutua o poeta e se acalma.

Na explosão chove inspiração

O poeta ri pra não chorar

As lágrimas caem sem parar

Não há razão na sua emoção.

Em versos o poeta respira

Como o poeta se inspira ?

(Rosa das Oliveiras)

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A POESIA QUE SONHEI

Pelas ondas calmas do mar

A noite brilha com seu luar

Nossos sonhos se embalam

E os ecos das águas falam.

O vento sopra a nosso favor

Navegamos livres sem pavor

O céu iluminado de estrelas

Na viagem paisagem belas.

Mesmo por caminhos incertos

Pássaros voam em voo aberto

Neste devaneio a minha vida

Onde fantasia pode ser vivida.

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Em sonhos, eu vivi a magia.

Na realidade é minha poesia

Não tenho medo de acordar

Sou autora, nada vai mudar.

(Rosa das Oliveiras)

Rosa Aparecida da Silva Oliveira . Nascida em Paraisópolis - MG.

Trabalhou com seus pais na lavoura e só aprendeu a ler e escrever

com 15 anos de idade. Escreve por amor e com amor as letras.

Seu tema preferido é O AMOR.

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ROSILENE DE SOUZA

(Maringá – PR)

NATAL!!!

Lá vem o Natal,

A cidade iluminada,

crianças sonhando nas vitrines...

O papai Noel sorridente,

cheio de balas, todo contente!

sussurrando em seu ouvido...

...a criança faz o seu pedido!

E para todos que se prepara,

numa corrida alucinada...

muitas andanças nos shopping's... mercados..

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A busca dos presentes que agrada,

desejo que o relógio pára.

Preparar a mesa farta

e a família toda reunida!

E nesta noite Feliz

Nas igrejas tocam sinos,

corais cantam felizes...

nasce o Deus menino!

Em nossos corações,

doce melodias, hinos!

E dorme um sono leve o Deus menino,

enquanto a festa acontece...

...anjos cantam sua canção de ninar

E no coração dos homens o desejo:

de compartilhar...

...amar

...doar

O Natal acontece!

Rosilene de Souza

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Boas Festas!!!

Rosilene de Souza, Aventureira das letras, gosto de jogar letrinhas no ar, delas saem meus poemas, que falam um pouco do que sou, um pouco do que sinto, as vezes me colocando também em lugar de outras pessoas e assim, falar de seus amores, seus sentimentos, suas aspirações.

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TIINA MAGALHÃES

(Rio de Janeiro – RJ)

Vejo que muitos esqueceram o real sentido do Natal.

Será que esses ainda comemoram o nascimento de Jesus e

agradecem com uma reunião fraternal? Ou será que os valores foram perdidos e é só mais uma data que

usam como desculpa para gastar capital?

Por que muitos esperam o Natal chegar para doar roupas ou

alimentos a quem precisa? Será que essas pessoas se esquecem o resto do ano quem sente

fome também necessita?

Não existe alguém tão pobre que não tenha nada a oferecer e nem

alguém tão rico que não tenha o que receber.

Feliz de quem é solidário e com o próximo, compartilha apenas

pelo prazer.

Por que muitos também esperam pelo Natal para fazer as pazes

com um ente querido? Será que o orgulho vale mais do que o tempo em que poderia estar

próximo a um amigo?

Sim, o Natal é uma razão para boas ações no qual o verdadeiro significado é o nascimento de Jesus. João 3:16 diz: "Porque Deus

amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para

que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Não espere pelo Natal para plantar as boas ações.

Mas também não perca a essência e a cultura dessa divina

tradição.

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TIINA MAGALHÃES

Uma menina que apesar de jovem bem vivida, que baseia a vida se saciando pelo seu talento, se satisfaz jogando sua alma nos frutos de seus inventos e energizando a real missão de sua vida, trazendo harmonia e sensibilizando cada caminho, levando a paz, trazendo o amor, pregando contra os males e rancor, suas obras são todas de verdadeiras inspirações e escritas com o coração e a captação de cada momento e trazendo a magia da beleza da vida. (do perfil de Tiina em sua escrivaninha no Recanto das Letras)

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CONTO DE ENCERRAMENTO

SINOS DE NATAL

Miguel Carqueija

Avistar um céu de verdade, após tantos anos, era algo de

comovente. Apoiado ao gradil de um dos jardins da praça,

Fitzwillie Bell fitou longamente aquela Lua que, cheia,

esparzia sua imensa luz sobre o mundo. O firmamento

estava cravejado de estrelas e Fitzwillie lamentava,

tardiamente, não ter aprendido Astronomia para poder

reconhecer as constelações.

―Se eles forem minimamente humanos, saberão onde me

procurar. Mas o sistema já deixou de ser humano, e os esbirros também não o são.‖

Apesar desse raciocínio, Fitzwillie sabia que tudo estava

contra ele. Ocasiões existem em que o homem se sente

mais só do que nunca, sozinho no universo. E, ainda por

cima, um universo hostil.

Fitzwillie sabia que o tempo voa e que não podia se

demorar em contemplações. Pôs-se a caminhar no frio da

noite, com as mãos nos bolsos do casaco e exalando vapor

pelos lábios. Sabia da existência de um ponto de táxi, no lado oposto da imensa praça. Mas isto fôra há anos.

Existiria ainda? Os olhos azuis de Fitzwillie, sob suas

grossas sobrancelhas, olharam em volta precavidamente.

Seria o cúmulo do azar esbarrar agora com assaltantes

noturnos, pois não poderia recorrer á polícia.

Olhando um instante para cima, vislumbrou uma estrelinha

móvel que não era senão a Terra 5, isto é, a Penitenciária

Espacial, de onde ele viera. Com certeza já havia todo um

aparato à sua procura, mas o bote espacial espatifara-se a

centenas de quilômetros e, a não ser por uma grande sorte, eles não poderiam saber em que ponto do trajeto o

fugitivo saltara de pára-quedas.

Fitzwillie fitou por alguns instantes a comprida árvore de

Natal que, do interior da praça, distribuía a sua luz

piscante, proveniente de milhares de lâmpadas coloridas. O

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espetáculo era em si deslumbrante, mas Bell não nutria

grande entusiasmo por tais decorações.

Ele avistou finalmente o ponto de táxis. Àquela hora só

havia alguns poucos de plantão, e Bell estugou os passos.

Não poderia perder tempo.

Não estranhou muito em deparar com uma chinesa ou

coreana como taxista da vez. Táxi já não era uma profissão tão perigosa, mesmo para mulheres, por causa do

monitoramento dos veículos pelo GPS. Aproximou-se e a

mulher se destacou dos colegas e veio até ele.

— Boa noite — disse Fitzwillie. — Preciso ir ao Roseiral.

— É um pouco longe — disse ela, algo admirada.

— É por isso mesmo que eu vou de táxi — e Fitzwillie

sorriu, tentando ser simpático. — Se fosse perto eu iria a

pé.

Ela também sorriu e entrou no aparelho. Aquele era um

ponto de táxis terrestres. Aliás, naquela cidade ainda eram poucos os aerotáxis.

Bell acomodou-se no banco de trás, após informar a rua.

Embora houvesse um sistema de comunicação através da

vidraça, ele não pretendia manter conversação e esperava

que a taxista não fosse loquaz.

Por felicidade, ela não era.

Roseiral era um bairro pobre e mal cuidado, uma prova de

quanto estavam equivocadas as velhas utopias de futuros

imaculados, tipo Jetsons, onde tudo funcionaria às mil maravilhas. Mas, naquele momento, o raciocínio de Bell

encontrava-se muito distante do filosofar. Ele pagou a

corrida diante de uma casa sórdida, caindo aos pedaços, de

uma rua esburacada e suja. Àquela hora a via estava

deserta salvo, na esquina, alguns melancólicos cheiradores

de ilusionol.

Bell estava preocupado. Não tivera como avisar de sua

chegada; aliás nem tinha certeza que elas ainda moravam

lá.

Aproximou-se do portão e buscou a campainha. Ao pressioná-la, porém, percebeu que estava desligada. De

fato, muita gente fazia isso à noite para evitar trotes e

visitas indesejáveis.

Bell olhou em volta e, não avistando ninguém a não ser os

inofensivos toxicômanos esparramados na esquina, tratou

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de pular o muro. A casa toda estava ás escuras; já deviam

estar dormindo. Chino, o cachorro, não apareceu;

provavelmente já teria morrido.

Pé ante pé, chegou à encardida e velha porta e bateu

discretamente. Esperou na friagem, em vão, durante

minutos; afinal, resolveu bater com mais força. Elas iriam

se assustar, mas que mais ele poderia fazer? Não dispunha de comunicador.

Por fim, acendeu-se uma luz na frente da casa, no andar de

cima. Apareceu um rosto mal vislumbrado:

— O que é? Como entrou aqui?

— Eugênia — gritou ele em sussurro.

A luz de uma lanterna atingiu o seu rosto.

— Fitz! É você! Meu Deus!

— Sim, sou eu mesmo!

— Espere um pouco!

Eugênia não se fez esperar; desceu rapidamente a escadaria interna e abriu a porta, atirando-se nos braços do

irmão mais novo.

— Que milagre o trouxe aqui, na véspera do Natal?

— E a mãe?

— Ela dorme. Está muito enfraquecida, já vê... mas o que

houve? Deram-lhe liberdade condicional?

— Não — foi a triste resposta. — Eu fugi.

Ela pareceu muito assustada:

— Mas você não pode fazer isso, Fitz! Virão atrás de você! — É por isso que eu preciso ver logo a minha mãe. Não

quero que ela morra sem me ver mais uma vez.

— O sistema é tão cruel... entre, por favor.

Eugênia fechou a porta, passando a chave e o trinco.

— E o Chino? — lembrou-se Fitz de indagar.

— Está lá em cima, também, ferrado no sono. Está tão

velhinho... nós não o deixamos mais no quintal. Ficou

perigoso por aqui.

— Eu entendo. Vocês deviam se mudar daqui.

— Se tivéssemos feito você não nos encontraria. Era verdade. Pessoas como Eugênia e Cibelle não sabiam

usar o correio cósmico e o contato com Fitzwillie se

interrompera havia anos. A Bell desgostava o anacronismo

da mãe e da irmã, bem como as dificuldades que o sistema

carcerário impunha. Nunca lhe permitiriam descer à Terra

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para visitar a mãe idosa e doente, por causa dos custos das

viagens espaciais. Dessa maneira, parentes e amigos nunca

mais se viam, porque o preço de uma chamada visofônica

era também astronômico.

No vestíbulo, antes de subirem, Fitz levantou uma

importante questão:

— Eugênia... o que você vai fazer de sua vida quando mamãe falecer? Vai ficar inteiramente sozinha?

Eugênia, viúva e sem filhos, observou com melancolia:

— Nosso tronco secou, não é mesmo? Também tenho

pensado muito nisso. Talvez eu me case de novo, ou talvez

adote uma criança. Agora não posso pensar nem numa

coisa nem noutra.

Ao subirem a velha e rangente escada de madeira, com seu

corrimão carunchado, Eugênia perguntou, esperançosa:

— E você, Fitz? Ainda faltam cinco anos, não é? Não pode

conseguir uma redução de pena? Para ajudar a cuidar de nossa mãe!

— Isto seria justo; afinal eu não matei ninguém, fui

condenado por prática de vigarice. Vendi asteróides antes

que chegássemos neles, mas de fato prejudiquei muita

gente. Eu me arrependi do que fiz, mas tardiamente.

— Mas, pode ou não?

— Poderia, se tivesse um advogado que preste.

Entraram no quarto. O velho e enrugado Chino veio quase

se arrastando, mas abanando o rabo, numa tranqüila festa a Fitzwillie.

— Ele me reconheceu — disse o ex-escroque, deixando que

o cachorro de raça chinesa lhe lambesse as mãos.

— Cães são muito inteligentes e sensíveis — admitiu ela.

— É, eu sei. A mãe está dormindo...

— Ela terá de acordar para te ver.

Realmente, na cama modesta uma senhora idosa e magra

ressonava, de rosto para cima. Seus cabelos eram brancos

e ralos e seu aspecto, mesmo no sono, bastante sofrido.

— O que você fará? — sussurrou Eugênia. — O que eu farei?

— Depois de falar com mamãe. Quer passar a noite aqui?

— Acha que eu deveria? Sou um fugitivo e vocês estariam

encrencadas...

— Você crê que nossa mãe, com 84 anos, pode ficar

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encrencada com a policia? E eu, que cuido dela... a Lei me

garante esse direito.

Cibelle Bell começou a dar sinal de vida. A sua respiração

entrecortou um pouco e, por fim, ela abriu os olhos,

fixando-os no visitante.

—Mamãe — murmurou ele, e adiantou-se. A enferma, num

assomo de energia, ergueu-se do leito e pôs-se de pé antes mesmo que o filho a alcançasse. Os dois se abraçaram

como há anos não podiam fazer.

— Meu filho. Eu sabia que você voltaria para me ver.

Ela segurou-se nele, trêmula, e ele, quase tão trêmulo, mal

conseguiu falar:

— Mamãe, me perdoe. É Natal, e não te trouxe uma única

lembrança...

— E para que isso, Fitz? Você é o meu presente de Natal.

Ela arquejou e estremeceu nos braços dele.

— O que foi, mãe? As lagrimas escorriam pelo rosto da velhinha.

— Eu pedi muito a Deus que só me levasse depois que

pudesse vê-lo e me despedir de você. Eu vou morrer feliz,

Fitz. Eu esperarei vocês dois do outro lado.

— Mas o que é isso, mãe? Não vai acontecer nada disso!

— Isso é o que todos dizem, não é, Eugênia? As pessoas

convivem diariamente com a morte e passam a vida

fingindo que a morte não existe e até tentando convencer

disso os doentes terminais. Mas olhem para ele. Assim dizendo, ela apontou o cachorro. Cibelle, aliás,

passada a energia inicial, só se mantinha de pé porque

Fitzwillie a amparava.

— O velho e bom Chino sabe que vai morrer em breve. E

eu também sei. O sacerdote já esteve aqui, foi minha

penúltima visita, a antepenúltima foi o médico, e você é a

última, meu filho. Agora, morrerei entre meus dois filhos. O

que mais posso desejar?

Levaram-na de volta para a cama. Logo, a anciã entrava na

agonia mortal. — Temos de chamar um médico — Bell estava aflitíssimo,

mas Eugênia manteve a calma:

— O que ele poderá fazer? O Dr. Mirabeau já esteve aqui

hoje, já lhe deu um cordial mas explicou-me que a sua vida

está por um fio. Levá-la para o hospital serviria apenas

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para que ela sofresse mais.

Fitzwillie pôs a mão na testa, tentando represar o

desespero:

— Mas o que ela tem?

— Insuficiência cardíaca, falência dos órgãos vitais. Acho

melhor ficarmos com ela até o fim, era o que eu ia fazer.

Eugênia deitou o cachorrinho, já choroso, como se compreendesse tudo (e quem pode garantir que não

compreendia?) junto à agonizante, e sentou perto do rosto

da mãe, segurando-lhe uma das mãos. Fitzwillie fez o

mesmo do outro lado, angustiado e imerso em

pensamentos:

―O que vale para o Homem aventurar-se pelos espaços

siderais, conquistar o universo, se continua sujeito ao

grande mistério que é a morte? Ou estão certas pessoas

como mamãe e minha irmã, que acreditam num Deus de

bondade que aguarda os bons no pórtico do Além?‖ Já não pensava, naquele momento, no que iria fazer da sua

vida; só pensava naquela vida tão querida que se extinguia

a olhos vistos. E então, ante as lágrimas que ele e Eugênia

derramavam, e como se fosse uma resposta às suas

dúvidas, três coisas aconteceram quase simultaneamente:

Cibelle deu um grande suspiro e expirou serenamente.

O cachorrinho ganiu dolorosamente.

E os sinos da igreja próxima badalaram majestosamente,

chamando para a Missa do Galo.

(Miguel Carqueija)