Organizae Scola r 2012

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PREFEITURA DA CIDADE DE SO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO

COLETNEA DE TEXTOS LEGAISOrganizao da Rede Municipal de Ensino

2012

PREFEITURA DA CIDADE DE SO PAULO Gilberto Kassab Prefeito SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO Alexandre Alves Schneider SECRETRIA ADJUNTA Clia Regina Guidon Faltico CHEFIA DE GABINETE Lilian Dal Molin ASSESSORIA TCNICA E DE PLANEJAMENTO Sueli Aparecida de Paula Mondini SME/ ATP/ ASSISTNCIA TCNICA Tnia Carvalho Verglio ORGANIZAO DO DOCUMENTO Tnia Carvalho Verglio SME/ AT Maria Luisa Assis Cardoso SME/ AT COLABORAO Yukiko Kouchi DRE So Mateus EDITORAO Adelazir Teresinha M. Mattos Costa SME/ AT Maria Luisa Assis Cardoso SME/ AT

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NDICELEGISLAO FEDERAL- Decreto n 7.611, de 17 de novembro de 2011 Dispe sobre a educao especial, o atendimento educacional especializado e d outras providncias. ........................................ - Parecer CNE/CEB n 2/2011 (aguardando homologao) Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remunerao dos Funcionrios da Educao Bsica pblica. ........ - Parecer CNE/CEB n 8/2011 (aguardando homologao) Admissibilidade de perodos destinados a frias e a recesso em instituies de Educao Infantil. .................... .....22 .....17 .....13

LEGISLAO MUNICIPAL I LEI- Lei n 15.387, de 28/06/11 Dispe sobre a criao de cargos que especifica no Quadro do Magistrio Municipal e no Quadro de Apoio Educao, do Quadro dos Profissionais de Educao. ......................................................................................................................... - Lei n 15.391, de 06/07/11 Acresce inciso IV ao art. 1 da Lei n 14.651, de 20/12/07, para o fim de assegurar a permanncia dos servidores que especifica no Regime Prprio de Previdncia Social do Municpio de So Paulo RPPS, bem como prorroga o prazo previsto no 1 do art. 6 da Lei n 13.973, de 12/05/05. ..................................................... .....32 - Lei n 15.466, de 08/10/11 Altera a redao dos arts. 2, 3, 4, inciso VIII (VETADO) da Lei n 14.668, de 14/01/08, e d outras providncias. ................................. - Lei n 15.490, de 29/11/11 Dispe sobre o reajustamento do Abono Complementar institudo pelo art. 11 da Lei n 14.244, de 29/11/06; institui os Abonos Complementares para os Profissionais de Educao que especifica; reajusta as Escalas de Padres de Vencimentos dos Quadros dos Profissionais de Educao; cria cargos de Professor de Educao Infantil, no Quadro do Magistrio Municipal, do Quadro dos Profissionais de Educao. .............................................................................................................................. - Lei n 15.499, de 07/12/11 Institui o Auto de Licena de Funcionamento .....37 .....34 .....33 .....29

Condicionado, e d outras providncias. .............................................................................. - Lei n 15.518, de 28/12/11 Acrescenta inciso VI ao art. 13 da Lei n 11.123, de3

22/11/91, que dispe sobre a poltica municipal de atendimento aos direitos da crianas e do adolescente; altera a redao do art. 5 da Lei n 13.116, de 9/4/01, que dispe sobre o funcionamento dos Conselhos Tutelares no Municpio de So Paulo. ................................. .....43

II DECRETOS- Decreto n 52.115, de 04/02/11 Confere redao ao artigo 22 do Decreto n 46.861, de 27 de dezembro de 2005, que dispe sobre a concesso das aposentadorias e penses dos servidores pblicos do Municpio de So Paulo. ............................................................ .....45 - Decreto n 52.218, de 29/03/11 Cria os Conselhos Tutelares de Bela Vista, Brasilndia, Cangaba, Graja II, Parque So Rafael, Pedreira e Rio Pequeno/Raposo Tavares e reorganiza os demais Conselhos Tutelares no Municpio de So Paulo; revoga os Decretos n 43.045, de 02/04/03, e n 49.228, de 18/02/08. ............................................. .....46 - Decreto n 52.291, de 03/05/11 Confere nova redao ao 4 do artigo 8 e acrescenta o artigo 10-A ao Decreto n 50.687, de 25 de junho de 2009, que regulamenta o disposto nos artigos 134 e 135 da Lei n 8.989, de 29 de outubro de 1979, disciplinando a organizao da escala de frias, a acumulao de frias e o gozo de perodos no usufrudos. ............................................................................................................................. .....53 - Decreto n 52.319, de 17/05/11 Confere nova redao ao artigo 8 do Regulamento do Sistema de Estgios da Prefeitura do Municpio de So Paulo, aprovado na forma do Anexo nico do Decreto n 50.336, de 19/12/08. ................................................................ - Decreto n 52.342, de 26/05/11 Institui o Programa Ampliar nas unidades .....54

educacionais da Rede Municipal de Ensino. ......................................................................... .....55 - Decreto n 52.397, de 07/06/11 Introduz alteraes no Decreto n 46.861, de 27 de dezembro de 2005, que dispe sobre a concesso das aposentadorias e penses dos servidores pblicos do Municpio de So Paulo, para o fim de disciplinar a aplicao de prazos de decadncia e prescrio no mbito do Regime Prprio de Previdncia Social do Municpio de So Paulo - RPPS; altera a redao do artigo 1 do Decreto n 42.718, de 16 de dezembro de 2002, que dispe sobre delegao de competncias aos Secretrios Municipais. ............................................................................................................................ .....58 - Decreto n 52.609, de 31/08/11 Regulamenta o parcelamento das reposies, pelos servidores municipais, dos pagamentos indevidos feitos pela Fazenda Municipal; confere nova redao ao caput do artigo 7 do Decreto n 48.138, de 13 de fevereiro de 2007. ... - Decreto n 52.622, de 02/09/11 Regulamenta a concesso do horrio de estudante aos servidores pblicos municipais e a permisso para sua ausncia do servio nos dias de4

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realizao de provas, conforme previsto no 2 do artigo 175 da Lei n 8.989, de 29 de outubro de 1979, e no 2 do artigo 18 da Lei n 9.160, de 3 de dezembro de 1980; revoga os Decretos n 17.244, de 26 de maro de 1981, e n 24.245, de 17 de julho de 1987. ...................................................................................................................................... .....64 - Decreto n 52.652, de 16/09/11 Cria o Centro de Referncia em Direitos Humanos na Preveno e Combate Homofobia CCH, no Municpio de So Paulo. ........................... - Decreto n 52.655, de 19/09/11 Autoriza a transferncia, para a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, da gesto e execuo dos servios de manuteno predial de escolas e demais equipamentos da Secretaria Municipal de Educao. .............. - Decreto n 52.681, de 26/09/11 Dispe sobre o licenciamento obrigatrio das obras intelectuais produzidas com objetivos educacionais, pedaggicos e afins, no mbito da rede pblica municipal de ensino. ......................................................................................... .....71 - Decreto n 52.785, de 10/11/11 Cria as Escolas Municipais de Educao Bilngue para Surdos - EMEBS na Rede Municipal de Ensino. .................................................... - Decreto n 52.787, de 10/11/11 Confere nova redao ao inciso VIII do artigo 3 do Decreto n 46.861, de 27 de dezembro de 2005, que dispe sobre a concesso das aposentadorias e penses dos servidores pblicos do Municpio de So Paulo. .................. - Decreto n 52.857, de 20/12/11 Regulamenta a Lei n 15.499, de 7 de dezembro de 2011, que institui o Auto de Licena de Funcionamento Condicionado............................... - Decreto n 52.895, de 04/01/12 Dispe sobre a criao dos Centros Municipais de Educao Infantil - CEMEIs na Rede Municipal de Ensino. ............................................... - Decreto n 52.947, de 27/01/12 Institui o Programa CEU Olmpico nos Centros Educacionais Unificados CEUs, da Rede Municipal de Ensino. ....................................... .....89 .....87 .....76 .....75 .....72 .....70 .....67

III CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAO- Indicao CME 16/10 Diretrizes para a matrcula no ensino fundamental com base no Parecer CNE/CEB n 12/10. (Retificada no DOC de 05/02/11) ...................................... .....92

- Parecer CME n 213, de 12/05/11 Consulta sobre as frias na educao infantil. ........ .....97

IV PORTARIA INTERSECRETARIAL- Portaria Conjunta SEE/SME n 01, de 25/08/11 Define parmetros comuns execuo do Programa de Matrcula Antecipada/Chamada Escolar para o ensino5

fundamental em 2012, na cidade de So Paulo, e d outras providncias. ...........................

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V PORTARIAS SME- Portaria SME n 1.284, de 17/02/11 (Retificada no DOC de 02/03/11) - Autoriza o funcionamento das Escolas Municipais de Ensino Fundamental EMEFs, que especifica. - Portaria SME n 1.285, de 17/02/11 (Republicada no DOC de 19/02/11, por conter incorrees) - Autoriza o funcionamento da Escola de Educao Infantil EMEI, que especifica. .............................................................................................................................. ...110 - Portaria SME n 1.286, de 17/02/11 Autoriza o funcionamento dos Centros de Educao Infantil CEIs, que especifica. ............................................................................. ...111 - Portaria SME n 1.443, de 28/02/11 Divulga os valores do Programa de Transferncia de Recursos Financeiros PTRF, s Associaes de Pais e Mestres APMs, das Unidades Educacionais da Rede Municipal Direta de Ensino, para o ano de 2011. ...................................................................................................................................... ...112 - Portaria SME n 1.680, de 16/03/11 (Republicada no DOC de 07/04/11, por conter incorrees) - Dispe sobre o Programa Estudos de Recuperao nas escolas municipais de ensino fundamental, de educao especial e de ensino fundamental e mdio da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. Alterada pela Portaria SME n 2.645, de 23/05/11. ................................................................................................................ ...115 - Portaria SME n 2.174, de 14/04/11 Dispe sobre critrios e procedimentos para designao/ nomeao de Profissionais para exerccio/substituio nos cargos que especifica, e d outras providncias. Alterada pela Portaria SME n 5.536, de 23/11/11. ... Portaria SME n 2.645, de 23/05/11 Altera o art. 4 da Portaria n 1.680, de 16/03/11, republicada no DOC de 07/04/11, que dispe sobre o Programa Estudos de Recuperao nas escolas municipais de ensino fundamental, de educao especial e de ensino fundamental e mdio da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. ....... - Portaria SME n 2.715, de 26/05/11 Introduz alteraes no mdulo de Agente Escolar das unidades educacionais da Rede Municipal de Ensino. ...................................... - Portaria SME n 3.126, de 22/06/11 Estabelece procedimento especfico de designao para a funo de Professor Regente de Sala de Apoio e Acompanhamento Incluso para o ano letivo de 2011. ...................................................................................... - Portaria SME n 3.127, de 22/06/11 Atualiza o valor do per capita e adicional berrio para as Creches e Centros de Educao Infantil CEIs da Rede Conveniada da Cidade de So Paulo. ............................................................................................................6

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- Portaria SME n 3.128, de 22/06/11 Fixa o valor mnimo da remunerao dos profissionais docentes, habilitados na forma da lei, em exerccio nas instituies conveniadas, conforme disposto nos itens 3.7 do Anexo I e 2.1.2 do Anexo II, ambos da Portaria SME n 3.969 de 18/08/09, republicada no DOC de 10/09/09 e alterada pela Portaria SME n 4.338, de 16/08/10. ..................................................................................... ...132 - Portaria SME n 3.477, de 08/07/11 (Republicada no DOC de 27/10/11, por conter incorrees) Institui normas gerais para celebrao de convnios no mbito da Secretaria Municipal de Educao com Entidades, Associaes e Organizaes que atendam crianas na faixa etria de 0 (zero) a 3 (trs) anos, define procedimentos para concesso de autorizao de funcionamento das instituies conveniadas, e d outras providncias. Alterada pela Portaria SME n 5.473, de 18/11/11 ......................................... ...133 - Portaria SME n 3.479, de 08/07/11 (Republicada no DOC de 27/10/11, por conter incorrees) - Institui os Padres Bsicos de Infraestrutura para as Instituies de Educao Infantil do Sistema Municipal de Ensino do Municpio de So Paulo, e d outras providncias. .............................................................................................................. - Portaria SME n 3.647, de 14/07/11 Prorroga o prazo concedido no item 15 da Portaria SME n 690, de 20/01/11. ....................................................................................... ...164 - Portaria SME n 3.802, de 27/07/11 (Retificada no DOC de 06/12/11) - Autoriza o funcionamento das Escolas Municipais de Ensino Fundamental - EMEFs, que especifica. - Portaria SME n 3.803, de 27/07/11 Autoriza o funcionamento do Centro de Educao Infantil CEI, que especifica. .............................................................................. - Portaria SME n 4.627, de 13/09/11 Institui o Ncleo Gestor de Informao NGI e o Grupo de Tecnologia da Informao e Comunicao GTIC e reorganiza o Centro de Informtica, no mbito da Secretaria Municipal de Educao e d outras providncias. ..... ...168 - Portaria SME n 4.938, de 05/10/11 Introduz alterao no subitem 1.1 do item 1 da Portaria SME n 4.794, de 10/12/2008, que alterou a Portaria SME n 4.081, de 30/09/2008, que dispe sobre a aquisio e distribuio dos Uniformes e Kits escolares para os alunos da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. .............................. ...170 - Portaria SME n 5.033, de 10/10/11 Dispe sobre diretrizes, normas e perodos para a realizao de matrculas na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Educao de Jovens e Adultos - EJA, na Rede Municipal de Ensino e nas Instituies Privadas de Educao Infantil da Rede Indireta e Conveniada e d outras providncias. ....................... - Portaria SME n 5.142, de 19/10/11 Prorroga o prazo concedido no item 15 da Portaria SME n 690, de 20/01/11, alterada pela Portaria SME n 3647, de 14/07/11. ........ - Portaria SME n 5.359, de 04/11/11 (Retificada no DOC de 02/12/11) - Estabelece novos procedimentos para o desenvolvimento do Programa Estudos de Recuperao7

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nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental, de Educao Especial e de Ensino Fundamental e Mdio da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. ................. - Portaria SME n 5.360, de 04/11/11 Reorganiza o Programa Ampliar institudo pelo Decreto n 52.342, de 26/05/11, nas Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. .......................................................................................... ...187 - Portaria SME n 5.361, de 04/11/11 Institui o Programa Lngua Inglesa no Ciclo I nas Escolas da Rede Municipal de Ensino que mantm o Ensino Fundamental, e d outras providncias. ......................................................................................................................... - Portaria SME n 5.362, de 04/11/11 Estabelece procedimentos para a solicitao do enquadramento por Evoluo Funcional dos integrantes da carreira do Magistrio Municipal. ............................................................................................................................. - Portaria SME n 5.473, de 18/11/11 Altera os artigos 7, 23, 28, 31, 44 e a Clusula Nona do Anexo nico da Portaria SME n 3.477/2011. ....................................................... ...201 - Portaria SME n 5.536, de 23/11/11 Altera a Portaria SME n 2.174, de 14 de abril de 2011, que dispe sobre critrios e procedimentos para designao/nomeao de profissionais para exerccio/substituio nos cargos que especifica e d outras providncias. ......................................................................................................................... - Portaria SME n 5.538, de 23/11/11 Dispe sobre a designao de Professores efetivos, lotados em outras Escolas, para regncia nas Escolas Municipais de Educao Especial - EMEBS, nas situaes que especifica. ................................................................. ...203 - Portaria SME n 5.539, de 23/11/11 Dispe sobre o Processo de Escolha/Atribuio de turnos e de classes/blocos de aulas aos Professores da Rede Municipal de Ensino que atuam nas Escolas Municipais e d outras providncias. Alterada pela Portaria SME n 5.713, de 14/12/11. ................................................................................................................ ...205 - Portaria SME n 5.540, de 23/11/11 Dispe sobre o Processo de Escolha/Atribuio do Mdulo Docente aos Professores de Educao Infantil e de turnos de trabalho aos Auxiliares de Desenvolvimento Infantil, lotados e/ou em exerccio nos Centros de Educao Infantil da Secretaria Municipal de Educao, e d outras providncias. ............ - Portaria SME n 5.541, de 23/11/11 (Retificada no DOC de 20/01/12) - Dispe sobre a organizao das Unidades de Educao Infantil, de Ensino Fundamental, de Ensino Fundamental e Mdio e dos Centros Educacionais Unificados da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. .......................................................................................... ...223 - Portaria SME n 5.542, de 23/11/11 Dispe sobre o cronograma e execuo de servios nos CEIs indiretos e nas Creches / CEIs da Rede Particular conveniada, para o ano de 2012, e d outras providncias. ................................................................................. - Portaria n 5.543, de 23/11/11 (Republicada nos DOCs de 25/11/11 e 01/12/11, por8

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conter incorrees e retificada no DOC de 14/02/12) Dispe sobre as diretrizes para a elaborao do CALENDRIO DE ATIVIDADES - 2012 nas Unidades de Educao Infantil, de Ensino Fundamental, de Ensino Fundamental e Mdio, de Educao de Jovens e Adultos e das Escolas Municipais de Educao Bilnge para Surdos da Rede Municipal de Ensino. ............................................................................................................ - Portaria SME n 5.549, de 24/11/11 Dispe sobre critrios e procedimentos para o credenciamento de instituies sem fins lucrativos, especializadas e com atuao exclusiva na rea de educao especial, interessadas em estabelecer convnios com a Secretaria Municipal de Educao - SME. ........................................................................... - Portaria SME n 5.550, de 24/11/11 Institui normas para a celebrao de convnios de Educao Especial com Instituies que mantenham Centros de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), Escolas de Educao Especial (EEE), cursos e programas de iniciao ao mundo do trabalho, destinados a jovens e adultos, e atividades de enriquecimento curricular, em carter complementar ou suplementar. ........................... - Portaria SME n 5.551, de 24/11/11 Altera o artigo 3 da Portaria SME n 1.566, de 18/03/08. ............................................................................................................................... - Portaria SME n 5.594, de 28/11/11 Especifica as competncias dos profissionais envolvidos no Projeto Rede, integrante do Programa Inclui, institudo pelo Decreto n 51.778, de 14/09/10 e d outras providncias. ...................................................................... ...254 - Portaria SME n 5.596, de 29/11/11 Dispe sobre o Transporte Escolar Gratuito TEG para os alunos da Rede Municipal de Ensino. .............................................................. ...258 - Portaria SME n 5.635, de 02/12/11 Dispe sobre diretrizes, normas e perodos para a realizao de matrculas no Ensino Mdio, no Curso Normal em nvel mdio e na Educao Profissional Tcnica de nvel mdio na Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. ......................................................................................................................... - Portaria SME n 5.636, de 02/12/11 Dispe sobre a organizao dos Laboratrios de Informtica Educativa nas Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. Alterada pela Portaria SME n 935, de 17/01/12. ............................... ...264 - Portaria SME n 5.637, de 02/12/11 Dispe sobre a organizao das Salas de Leitura, Espaos de Leitura e Ncleos de Leitura na Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. Alterada pela Portaria SME n 934, de 17/01/12. ............................... ...271 - Portaria SME n 5.704, de 12/12/11 Institui as Matrizes Curriculares para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental EMEFs, Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Mdio EMEFMs e Escolas Municipais de Educao Especial - EMEEs, e d outras providncias. ....................................................................................................... - Portaria SME n 5.707, de 12/12/11 Regulamenta o Decreto 52.785, de 10/10/11 que9

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criou as Escolas de Educao Bilngue para Surdos EMEBS na Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. .......................................................................................... ...287 - Portaria SME n 5.713, de 14/12/11 Altera dispositivos da Portaria SME n 5.539, de 23 de Novembro de 2011, que dispe sobre o processo de escolha/atribuio de turnos e de classes/blocos de aulas aos Professores da Rede Municipal de Ensino que atuam nas Escolas Municipais, e d outras providncias. ...................................................................... ...296 - Portaria SME n 5.724, de 14/12/11 Dispe sobre a dispensa de ponto aos afiliados para participao em eventos programados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de Educao Infantil da Rede Direta e Autrquica do Municpio de So Paulo SEDIN, para o ano de 2012. ................................................................................................. - Portaria SME n 5.725, de 14/12/11 Dispe sobre a dispensa de ponto aos afiliados para participao em eventos programados pelo Sindicato dos Especialistas de Educao do Ensino Pblico Municipal de So Paulo SINESP, para o ano de 2012. ....................... - Portaria SME n 5.767, de 20/12/11 Institui o Programa de Preveno de Acidentes e Primeiros Socorros nas Unidades Educacionais que especifica, e d outras providncias. .. ...300 - Portaria SME n 6.778, de 28/12/11 Dispe sobre a dispensa de ponto aos afiliados para participao em eventos programados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administrao Pblica e Autarquias do Municpio de So Paulo SINDSEP, para o ano de 2012. ................................................................................................................................. ...303 - Portaria SME n 6.779, de 28/12/11 Dispe sobre a dispensa de ponto aos afiliados para participao em eventos programados pelo Sindicato dos Professores e Funcionrios Municipais de So Paulo APROFEM, para o ano de 2012. .............................................. - Portaria SME n 6.780, de 28/12/11 (Retificada no DOC de 20/01/12) Dispe sobre a dispensa de ponto aos afiliados para participao em eventos programados pelo Sindicato dos Profissionais em Educao no Ensino Municipal de So Paulo SINPEEM, para o ano de 2012. ............................................................................................ - Portaria SME n 934, de 17/01/12 Altera dispositivos da Portaria SME 5.637, de 02 de dezembro de 2011, que dispe sobre a organizao das Salas de Leitura, Espaos de Leitura e Ncleo de Leitura da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. ........ - Portaria SME n 935, de 17/01/12 Altera dispositivos da Portaria SME 5.636, de 02 de dezembro de 2011, que dispe sobre a organizao dos laboratrios de informtica educativa nas unidades educacionais da Rede Municipal de Ensino, e d outras providncias. ......................................................................................................................... - Portaria SME n 936, de 17/01/12 Oportuniza a redistribuio, a ttulo precrio, dos titulares de cargos de Supervisor Escolar, para exerccio em Diretoria Regional de Educao diversa da de lotao, estabelece critrios e d outras providncias. ...................10

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- Portaria SME n 1.128, de 20/01/12 Dispe sobre as atividades dos Especialistas em Informaes Tcnicas, Culturais e Desportivas Educao Fsica, em exerccio nos Centros Educacionais Unificados CEUs, e d outras providncias. .................................. - Portaria SME n 1.218, de 23/01/12 Estabelece procedimento especfico de designao para a funo de Professor Regente de Sala de Apoio e Acompanhamento Incluso e Professor de Apoio e Acompanhamento a Incluso para o ano letivo de 2012. . - Portaria SME n 1.445, de 07/02/12 Atualiza o valor do per capita para as Entidades de Educao Especial conveniadas com a Secretaria Municipal de Educao. ... ...317 ...315...311

VII COMUNICADOS SME- Comunicado SME n 1.290, de 13/09/11 Comunica o cronograma das etapas de implantao do Ensino de Lngua Inglesa para o Ciclo I do Ensino Fundamental I. ........... - Comunicado SME n 1.608, de 29/11/11 Dispe sobre o Transporte Escolar Gratuito TEG aos alunos da Rede Municipal de Ensino. ................................................................. ...322 - Comunicado SME n 07, de 10/01/12 Dispe sobre a expedio de Atestados para fins de Evoluo Funcional referentes s atividades de Recuperao Paralela e Projeto Ampliar. ................................................................................................................................ ...326 ...319

OUTRAS SECRETARIAS/ CMARA MUNICIPAL DE SO PAULO- Comunicado DERH-3 n 023/11, de 25/07/11 Procedimento de Faltas. ...................... - Portaria SEMPLA-G n 066/11 Uniformiza os procedimentos relacionados desaverbao de tempo de servio e emisso da respectiva certido de tempo de servio. ...330 - Portaria SEMPLA-G n 067/11 Estabelece os ttulos de cursos e crditos a serem considerados para efeito da Gratificao de Atividade. ........................................................ ...322 - Portaria SEMPLA-G n 068/11 Institui formulrio prprio de opo para exerccio do direito previsto no art. 10 da Lei n 15.364, de 25 de maro de 2011, que institui a Gratificao de Atividade. .................................................................................................... - Portaria SEMPLA-G n 075/11 Altera a Portaria n 068/SEMPLA.G/2011, que institui formulrio prprio de opo para exerccio do direito previsto no art. 10 da Lei n 15.364, de 25 de maro de 2011, que institui a Gratificao de Atividade. ......................... ...343 ...338 ...328

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LEGISLAO FEDERAL

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Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos DECRETO N 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011. Dispe sobre a educao especial, o atendimento educacional especializado e d outras providncias. A PRESIDENTA DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alnea a, da Constituio, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, da Constituio, arts. 58 a 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 9o, 2o, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007, art. 24 da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, DECRETA: Art. 1 O dever do Estado com a educao das pessoas pblico-alvo da educao especial ser efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os nveis, sem discriminao e com base na igualdade de oportunidades; II - aprendizado ao longo de toda a vida; III - no excluso do sistema educacional geral sob alegao de deficincia; IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsrio, asseguradas adaptaes razoveis de acordo com as necessidades individuais; V - oferta de apoio necessrio, no mbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educao; VI - adoo de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadmico e social, de acordo com a meta de incluso plena; VII - oferta de educao especial preferencialmente na rede regular de ensino; e VIII - apoio tcnico e financeiro pelo Poder Pblico s instituies privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuao exclusiva em educao especial. 1o Para fins deste Decreto, considera-se pblico-alvo da educao especial as pessoas com deficincia, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotao. 2o No caso dos estudantes surdos e com deficincia auditiva sero observadas as diretrizes e princpios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.13

Art. 2o A educao especial deve garantir os servios de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarizao de estudantes com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao. 1 Para fins deste Decreto, os servios de que trata o caput sero denominados atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedaggicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas: I - complementar formao dos estudantes com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequncia dos estudantes s salas de recursos multifuncionais; ou II - suplementar formao de estudantes com altas habilidades ou superdotao. 2o atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedaggica da escola, envolver a participao da famlia para garantir pleno acesso e participao dos estudantes, atender s necessidades especficas das pessoas pblico-alvo da educao especial, e ser realizado em articulao com as demais polticas pblicas. Art.3o So objetivos do atendimento educacional especializado: I - prover condies de acesso, participao e aprendizagem no ensino regular e garantir servios de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes; II - garantir a transversalidade das aes da educao especial no ensino regular; III - fomentar o desenvolvimento de recursos didticos e pedaggicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e IV - assegurar condies para a continuidade de estudos nos demais nveis, etapas e modalidades de ensino. Art. 4o O Poder Pblico estimular o acesso ao atendimento educacional especializado de forma complementar ou suplementar ao ensino regular, assegurando a dupla matrcula nos termos do art. 9-A do Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007. Art .5o A Unio prestar apoio tcnico e financeiro aos sistemas pblicos de ensino dos Estados, Municpios e Distrito Federal, e a instituies comunitrias, confessionais ou filantrpicas sem fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, matriculados na rede pblica de ensino regular. 1o As instituies comunitrias, confessionais ou filantrpicas sem fins lucrativos de que trata o caput devem ter atuao na educao especial e serem conveniadas com o Poder Executivo do ente federativo competente. 2o O apoio tcnico e financeiro de que trata o caput contemplar as seguintes aes: I - aprimoramento do atendimento educacional especializado j ofertado; II - implantao de salas de recursos multifuncionais;14

III - formao continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educao bilngue para estudantes surdos ou com deficincia auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com baixa viso; IV - formao de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educao na perspectiva da educao inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participao e na criao de vnculos interpessoais; V - adequao arquitetnica de prdios escolares para acessibilidade; VI - elaborao, produo e distribuio de recursos educacionais para a acessibilidade; e VII - estruturao de ncleos de acessibilidade nas instituies federais de educao superior. 3o As salas de recursos multifuncionais so ambientes dotados de equipamentos, mobilirios e materiais didticos e pedaggicos para a oferta do atendimento educacional especializado. 4o A produo e a distribuio de recursos educacionais para a acessibilidade e aprendizagem incluem materiais didticos e paradidticos em Braille, udio e Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com sintetizador de voz, softwares para comunicao alternativa e outras ajudas tcnicas que possibilitam o acesso ao currculo. 5o Os ncleos de acessibilidade nas instituies federais de educao superior visam eliminar barreiras fsicas, de comunicao e de informao que restringem a participao e o desenvolvimento acadmico e social de estudantes com deficincia. Art. 6o O Ministrio da Educao disciplinar os requisitos, as condies de participao e os procedimentos para apresentao de demandas para apoio tcnico e financeiro direcionado ao atendimento educacional especializado. Art. 7o O Ministrio da Educao realizar o acompanhamento e o monitoramento do acesso escola por parte dos beneficirios do benefcio de prestao continuada, em colaborao com o Ministrio da Sade, o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica. Art. 8o O Decreto no 6.253, de 2007, passa a vigorar com as seguintes alteraes: Art. 9-A. Para efeito da distribuio dos recursos do FUNDEB, ser admitida a dupla matrcula dos estudantes da educao regular da rede pblica que recebem atendimento educacional especializado. 1o dupla matrcula implica o cmputo do estudante tanto na educao regular da rede pblica, quanto no atendimento educacional especializado. 2o O atendimento educacional especializado aos estudantes da rede pblica de ensino regular poder ser oferecido pelos sistemas pblicos de ensino ou por instituies comunitrias, confessionais ou filantrpicas sem fins lucrativos, com atuao exclusiva na educao especial, conveniadas com o Poder Executivo competente, sem prejuzo do disposto no art. 14. (NR)

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Art. 14. Admitir-se-, para efeito da distribuio dos recursos do FUNDEB, o cmputo das matrculas efetivadas na educao especial oferecida por instituies comunitrias, confessionais ou filantrpicas sem fins lucrativos, com atuao exclusiva na educao especial, conveniadas com o Poder Executivo competente. 1o Sero consideradas, para a educao especial, as matrculas na rede regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas regulares, e em escolas especiais ou especializadas. 2o O credenciamento perante o rgo competente do sistema de ensino, na forma do art. 10, inciso IV e pargrafo nico, e art. 11, inciso IV, da Lei no 9.394, de 1996, depende de aprovao de projeto pedaggico. (NR) Art. 9o As despesas decorrentes da execuo das disposies constantes deste Decreto correro por conta das dotaes prprias consignadas ao Ministrio da Educao. Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Art.11. Fica revogado o Decreto no 6.571, de 17 de setembro de 2008. Braslia, 17 de novembro de 2011; 190o da Independncia e 123o da Repblica. DILMA ROUSSEFF Fernando HaddadEste texto no substitui o publicado no DOU de 18.11.2011 e republicado em 18.11.2011 - Edio extra

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AGUARDANDO HOMOLOGAO MINISTRIO DA EDUCAO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO INTERESSADO: Graboski Advogados Associados UF: SP ASSUNTO: Consulta referente Resoluo CNE/CEB n 5/2010, que fixa as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remunerao dos Funcionrios da Educao Bsica pblica. RELATORA: Maria Izabel Azevedo Noronha PROCESSO N: 23001.000024/2011-15 PARECER CNE/CEB N: 2/2011 COLEGIADO: CEB APROVADO EM: 1/3/2011 I RELATRIO Trata o presente parecer de consulta encaminhada por Graboski Advogados Associados, de Adamantina, SP, acerca da Resoluo CNE/CEB n 5/2010, que fixa as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remunerao dos Funcionrios da Educao Bsica pblica. O questionamento deveras interessante e, por isso, o reproduzimos abaixo: A Resoluo estabelece Diretrizes para elaborao dos planos de carreira dos Funcionrios da Educao Bsica (art. 1). Contudo no art. 2 faz referncia a profissionais, que so aqueles descritos no inciso III, art. 61 da LDB. Assim, fao a primeira indagao: os termos funcionrio e profissional foram tomados como sinnimos pela Resoluo? (...) Os profissionais a que alude o art. 2 so aqueles habilitados na rea de Servios de Apoio Escolar (21 rea profissional). De acordo com o Catlogo Nacional de Cursos Tcnicos, o Eixo Tecnolgico Apoio Educacional compreende os cursos: Tcnico em Alimentao Escolar, Tcnico em Biblioteconomia, Tcnico em Infraestrutura Escolar, Tcnico em Multimeios Didticos, Tcnico em Orientao Comunitria e Tcnico em Secretaria Escolar. Compreende-se, ento, que funes como as do servente escolar, agente administrativo, vigia escolar, motorista escolar, etc. no esto contemplados, porque no h cursos tcnicos nas referidas reas. Ento, seria correto considerar que o plano de carreira, objeto do caput do art. 2 se refere aos profissionais descritos no inciso II, art. 61 da LDB (curso tcnico), enquanto que o prescrito no pargrafo nico do art. 2 se refere aos demais trabalhadores, sendo entendido por trabalhadores aqueles cujas funes no so objeto de formao tcnica, como o servente, vigia e os demais acima citados? Ou seja, a obrigatoriedade em elaborar o plano refere-se apenas as funes para as quais existem cursos tcnicos e para os demais o plano de carreira ser estendido de acordo com a discricionariedade do ente federado? No art. 2 a Resoluo afirma que so profissionais os portadores de diploma de curso tcnico ou superior na rea pedaggica ou afim. Ao referir-se a diploma de curso superior na rea pedaggica a Resoluo est aceitando como formao o curso de pedagogia ou apenas os cursos constantes do Catlogo Nacional de Cursos Superiores em tecnologia, que so, segundo o catlogo (pg. 17) de apoio escolar, denominado de Curso Superior de Tecnologia em Processos Escolares (pg. 18 do catlogo)? Anlise As Diretrizes s quais se referem os questionamentos do consulente surgiram diante de uma realidade inadivel, que se consubstanciou com as alteraes na Constituio Federal e na Lei n 9.394/96 (LDB), que acabaram por tratar dessa importante categoria de trabalhadores que atuam nas escolas de Educao Bsica mantidas pelo poder pblico.17

Veja-se, a propsito, o que diz sobre o assunto a Constituio Federal: Art. 206. O ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios: (...) V - valorizao dos profissionais da educao escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, aos das redes pblicas; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 53/2006) (...) VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educao escolar pblica, nos termos de lei federal. (Includo pela Emenda Constitucional n 53, de 2006) Pargrafo nico. A lei dispor sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da Educao Bsica e sobre a fixao de prazo para a elaborao ou adequao de seus planos de carreira, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. (Includo pela Emenda Constitucional n 53, de 2006) A redao que se ape no destaque do texto que vai mais acima aquela que hoje se encontra em vigor. Para que se veja o avano do iderio hoje defendido pelo texto constitucional, relembro as duas redaes anteriores do inciso V do artigo 206 da Constituio Federal, a primeira, a verso existente quando da promulgao da Carta Nacional, em 05/10/1988; a segunda, quando da promulgao da Emenda Constitucional n 19/98. V - valorizao dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira para o magistrio pblico, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, assegurado regime jurdico nico para todas as instituies mantidas pela Unio; V - valorizao dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistrio pblico, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) Note-se que a redao original da Magna Carta j mencionava os profissionais do ensino. Contudo, afirmava como princpio que apenas os profissionais do ensino que pudessem ser reconhecidos como integrantes do magistrio pblico teriam, necessariamente, planos de carreiras, que, em ltima anlise, seriam leis que tratariam de suas questes laborativas de forma independente das leis que tratavam das de todos os demais trabalhadores ligados ao poder pblico. No h como fugir da bvia concluso de que o texto constitucional era elitista, na exata medida em que segregava, dentre todos os trabalhadores em educao, uma parcela destacada para cuidar dos mais diversos aspectos do funcionamento das escolas e dos sistemas de ensino, como se nada tivessem a ver com o processo educativo. Assim, no nosso entender, bastante claro que o substantivo profissionais da verso original do inciso V do artigo 206 se referia to somente queles, que alm dos professores tambm integrassem a carreira do magistrio, como os diretores de escola, os supervisores de ensino e afins. A Emenda Constitucional n 19/98 no avanou na busca da integrao dos demais trabalhadores em educao. A leitura atenta de sua redao apenas deixa claro que o objetivo do texto foi o de ampliar o rol de profissionais que poderiam ser considerados professores para fins de aposentadoria especial, nada mais. Com a promulgao da Emenda Constitucional n 53/2006, pela primeira vez menciona-se uma grande categoria de trabalhadores, os trabalhadores em educao. A Constituio Federal passa a nomear essa categoria de trabalhadores de profissionais da educao escolar, sendo claro que so profissionais de educao escolar os professores, os diretores de escola, supervisores de ensino mas, da mesma forma, todos aqueles que18

possuem atividade laborativa nas escolas, obviamente, mantidas pelo Poder Pblico, j que o inciso V se refere, especialmente, aos planos de carreira que passam a ser atinentes a estas carreiras de servidores. Como se sabe, a prerrogativa de propor leis que regulem a atividade de trabalho de seus servidores do Poder Executivo, j que os trabalhadores da iniciativa privada tm suas condies de trabalho reguladas pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Na esteira das reformas constitucionais h a alterao da LDB, dada pela redao da Lei n 12.014/2009: Art. 61 Consideram-se profissionais da educao escolar bsica os que, nela estando em efetivo exerccio e tendo sido formados em cursos reconhecidos, so: I professores habilitados em nvel mdio ou superior para a docncia na educao infantil e nos ensinos fundamental e mdio; II trabalhadores em educao portadores de diploma de pedagogia, com habilitao em administrao, planejamento, superviso, inspeo e orientao educacional, bem como com ttulos de mestrado ou doutorado nas mesmas reas; III trabalhadores em educao, portadores de diploma de curso tcnico ou superior em rea pedaggica ou afim. Pargrafo nico A formao dos profissionais da educao, de modo a atender s especificidades do exerccio de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da Educao Bsica, ter como fundamentos: I a presena de slida formao bsica, que propicie o conhecimento dos fundamentos cientficos e sociais de suas competncias de trabalho; II a associao entre teorias e prticas, mediante estgios supervisionados e capacitao em servio; III o aproveitamento da formao e experincias anteriores, em instituies de ensino e em outras atividades. Pois bem, vimos que a Constituio Federal, desde a Emenda Constitucional n 53/2006, passa a utilizar o termo profissionais da educao escolar para designar uma categoria de trabalhadores que, j vimos, so aqueles que atuam nas escolas de Educao Bsica mantidas pelo poder pblico. A Lei n 9.394/96 foi modificada pela Lei 12.014/2009, de modo que o seu artigo 61 passa a ser lavrado da maneira que destacamos nos pargrafos transcritos anteriormente. Ali v-se que o termo profissionais de educao escolar usado pela Constituio Federal para designar uma categoria de trabalhadores apropriadamente adaptado para o termo Profissionais de Educao Escolar Bsica, porque, como tambm j vimos, naquele ponto em especial a Constituio Federal tratava claramente destes trabalhadores. A Resoluo CNE/CEB n 5/2010, em seu prembulo, fixa as Diretrizes Nacionais para a Elaborao de Planos de Carreira para os Funcionrios (grifo nosso) da Educao Bsica pblica. Em seus artigos 1 e 2, ela afirma que: Art. 1 Fixar, em regime de colaborao e com base no Parecer CNE/CEB n 9/2010, as Diretrizes Nacionais para orientar a elaborao dos Planos de Carreira e Remunerao dos Funcionrios da Educao Bsica pblica de que trata o inciso III do artigo 61 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Art. 2 A presente Resoluo aplica-se aos profissionais descritos no inciso III do artigo 61 da Lei n 9.394/96, o qual considera profissionais da Educao Bsica os trabalhadores em educao, portadores de diploma de curso tcnico ou superior em rea pedaggica ou afim, desde que habilitados nos termos da Resoluo CNE/CEB n 5/2005, que cria a rea de Servios de Apoio Escolar (21 rea Profissional) ou de dispositivos ulteriores sobre eixos tecnolgicos sobre o tema, em cursos de nvel mdio ou superior. Pargrafo nico. Os entes federados que julgarem indispensvel a extenso de parte ou de todos os dispositivos da presente Resoluo aos demais trabalhadores da educao podero aplic-los em planos de carreira.19

A Resoluo usa o substantivo funcionrios para que possa diferi-los, dentre todos os profissionais da educao escolar bsica, daqueles que integram carreiras diferentes das carreiras do magistrio, explicitando essa opo ao afirmar que a Resoluo cuida daqueles que so tratados no inciso III do artigo 61 da LDB. A opo foi pela praticidade, eis que, se no se usasse esse substantivo, ter-se-ia que usar a extensa forma: profissionais de educao escolar bsica de que cuida o inciso III do artigo 61 da Lei n 9.394/96, que, ao nosso ver, no seria adequado a uma ementa, onde se busca, de forma gil, explicar qual a finalidade de determinado ordenamento jurdico, no caso, a Resoluo de que ora tratamos. No tecnicamente inadequado, at porque o artigo 3, esse sim texto normativo (ao contrrio da ementa, que no ), adota a forma tcnica correta para nomear aqueles para os quais a norma aplicada. Portanto, a resposta ao primeiro questionamento a seguinte: so sinnimos os vocbulos utilizados pela Resoluo CNE/CEB n 5/2010, funcionrios e profissionais, muito embora o substantivo funcionrio tenha sido utilizado apenas uma vez em momento oportuno, em que se buscava meramente construir-se uma ementa norma. O segundo questionamento por bastante interessante. Vejamos: O inciso III do artigo 61 vai assim escrito: III trabalhadores em educao, portadores de diploma de curso tcnico ou superior em rea pedaggica ou afim. (Includo pela Lei n 12.014/2009). Portanto, a LDB considera que so profissionais de Educao Bsica aqueles que esto em efetivo exerccio nesta modalidade de ensino, desde que tenham sido formados em cursos reconhecidos. No caso do inciso III do artigo 61, so os trabalhadores em educao no tratados nos incisos I (professores) e II (pedagogos com habilitao em administrao, planejamento, superviso, inspeo e orientao educacional, geralmente diretores de escola, supervisores de ensino e afins), e que sejam portadores de diploma de curso tcnico em rea pedaggica ou afim. Nem a LDB e nem a Resoluo CNE/CEB n 5/2010 limitam a formao do profissional de educao a que alude o inciso III do artigo 61 da LDB ao Servio de Apoio Escolar (21 rea profissional). A LDB clara ao exigir a formao em cursos reconhecidos e, no caso do inciso III do artigo 61, exige a habilitao em curso tcnico ou superior, em rea pedaggica ou afim. A Resoluo CNE/CEB n 5/2010 afirma que a formao deve se dar, da mesma maneira, em curso tcnico ou superior, em rea pedaggica ou afim, fazendo meno Resoluo CNE/CEB n 5/2005, mas afirmando que a formao pode ser aquela obtida em mecanismos ulteriores, sobre eixo tecnolgico relacionado ao tema. Ao final, para reforar essa desvinculao absoluta com a Resoluo CNE/CEB n 5/2005, as Diretrizes, neste mesmo artigo, afirmam que esses mecanismos ulteriores (que, portanto, excluem os de Servio de Apoio Escolar, seno no haveria essa meno), devem ser obtidos novamente em cursos tcnicos e superiores. Assim, no verdade que a LDB ou a Resoluo CNE/CEB n 5/2010 privilegiam apenas determinada modalidade de curso, especialmente aqueles que so listados pelo consulente. A Resoluo ampla, reconhece avanos assumidos pelo Pas e no tem o condo de dificultar a obteno de status de profissionais de educao aos trabalhadores que se qualifiquem como tais; muito pelo contrrio, permite ampliar sobremaneira a capacitao tcnica daqueles que esto trabalhando em nossas escolas. As Diretrizes estampam o desejo de que todos, os responsveis pela limpeza, os responsveis pela escriturao, os responsveis pelo cuidado com os alunos, pela convivncia deles com a comunidade escolar, os vigias, os responsveis pela jardinagem, pela merenda, pela sade bucal dos estudantes, pela sade fsica e psicolgica, enfim, todos quantos orbitem pela escola e nela laborem, sejam tecnicamente qualificados. Haver profisses no futuro com as quais no contamos hoje, e cremos que as conheceremos, pois o avano cientfico est acelerado. No difcil, por exemplo, imaginar que o avano das redes sociais nos meios informatizados de comunicao gerar a necessidade de determinado profissional de educao, que no ser nem um professor e20

nem um tcnico em informtica, mas algo intermedirio, o qual dever ser formado em curso tcnico adequado ao exerccio de suas atividades. Ento, no seria mesmo correto que nem a LDB nem as Diretrizes sobre a qual ora se tecem estes comentrios fossem redigidas para uma determinada poca, prevendo apenas as possibilidades permitidas nessa era. A vocao das normas a perenidade, porque se deseja com elas a estabilizao das relaes sociais e, embora reconhea que a imaginao e a criatividade humana ainda esto avanando, assim como as relaes sociais, e por isso reconhea que algum dia tanto a LDB como as Diretrizes devero ser modificadas por novas normas adequadas a uma nova poca, as Diretrizes ora em estudo so vocacionadas para o agora e para o amanh, na exata medida de que, especialmente na questo da caracterizao e da formao dos profissionais da Educao Bsica, no fecha os olhos para o futuro. Da, visto tudo isso, a resposta ao segundo questionamento do consulente a de que no est correta a sua concluso. O caput do artigo 2 da Resoluo CNE/CEB n 5/2010 se destina aos trabalhadores de que trata o inciso III do artigo 61 da LDB. O pargrafo nico do mesmo artigo apenas afirma que os entes federados que quiserem ter apenas um plano de carreira, para todos os trabalhadores em educao, para aqueles que so tratados nos incisos I, II e III do artigo 61 da LDB, podem faz-lo, no sendo necessrio que trabalhadores cujas especificidades sejam diferentes, tenham diferentes planos de carreira. Finalmente, o artigo 2 da Resoluo CNE/CEB n 5/2010 disciplina adequadamente a questo da formao. No se espera, na Resoluo, que o curso de Pedagogia habilite o profissional que preparar a merenda escolar. O que a Resoluo deseja que exista a formao adequada para a melhor realizao do trabalho. Assim como aquele que prepara a merenda possua formao que lhe d o entendimento de saberes nutricionais e educacionais. E tambm aquele que pratique a ctedra possua formao pedaggica. Assim como nunca se pode esquecer que os entes federados, respeitadas a LDB e as Diretrizes em comento, elaboraro leis que disciplinaro, no mbito de suas esferas, as exigncias de formao que entenderem necessrias. II VOTO DA RELATORA Responda-se ao interessado nos termos deste Parecer. Braslia, (DF), 1 de maro de 2011. Conselheira Maria Izabel Azevedo Noronha Relatora III DECISO DA CMARA A Cmara de Educao Bsica aprova por unanimidade o voto da Relatora. Sala das Sesses, em 1 de maro de 2011. Conselheiro Francisco Aparecido Cordo Presidente Conselheiro Adeum Hilrio Sauer Vice-Presidente

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AGUARDANDO HOMOLOGAO MINISTRIO DA EDUCAO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO INTERESSADO: Secretaria Municipal de Educao de So Paulo UF: SP ASSUNTO: Admissibilidade de perodos destinados a frias e a recesso em instituies de Educao Infantil RELATOR: Cesar Callegari PROCESSO N: 23001.000049/2011-19 PARECER CNE/CEB N: 8/2011 COLEGIADO: CEB APROVADO EM: 7/7/2011 I RELATRIO Histrico O Exmo. Senhor Secretrio de Educao do Municpio de So Paulo, por meio do Ofcio n 199/2011-SME/AJ, solicita manifestao deste Conselho Nacional de Educao quanto proposta de oferecimento, sem qualquer interrupo, de um servio educacional que, aps a Lei n 9.394/96 (LDB), faz parte da educao escolar brasileira, referindo-se Educao Infantil. Pondera que, no entendimento daquela Secretaria de Educao, o perodo de frias escolares fundamental, seja para estimular a convivncia familiar da criana (arts. 227 e 229 da Constituio Federal), seja para viabilizar a adequada organizao pedaggica e curricular das unidades de Educao Infantil, preservando, igualmente, a relao e a identidade entre professor e alunos, que se mostra ainda mais importante nas primeiras experincias da educao formal. Sustenta, ainda, que no perodo de frias que as unidades devem programar a execuo dos necessrios servios de manuteno dos prdios e de dedetizao e desratizao, que no podem, evidentemente, ser realizados no perodo de funcionamento regular, pelo risco de contaminao, que se intensifica diante da fragilidade dos alunos, especialmente nessa faixa etria, de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. Ainda assim, informa que o calendrio escolar da Educao Infantil vem sendo objeto de alguns questionamentos, razo pela qual considera oportuna a manifestao deste Conselho a respeito da matria. A consulta foi acolhida pela Cmara de Educao Bsica (CEB) que, pela importncia do tema e potencial de recorrncia em outras escolas, redes e sistemas de ensino, decidiu pela elaborao de parecer e, para a tarefa, designou este relator e o Conselheiro Raimundo Moacir Feitosa, autor das Diretrizes Nacionais Curriculares da Educao Infantil. A primeira minuta de parecer sobre o tema foi apresentada aos membros da CEB, na reunio ordinria do ms de junho de 2011. Na ocasio, considerou-se oportuno ampliar os debates antes de uma deciso final e, para tanto, decidiu-se por agendar para o ms seguinte uma reunio ampliada, para a qual foram convidados representantes de vrias entidades nacionais, entre elas a Unio Nacional dos Dirigentes Municipais de Educao (UNDIME); o Conselho Nacional de Secretrios Estaduais de Educao (CONSED); o Movimento Interfruns de Educao Infantil do Brasil (MIEIB); a Confederao Nacional dos Trabalhadores em Educao (CNTE); o Frum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educao (FNCE); a Unio Nacional dos Conselhos Municipais de Educao (UNCME); e, especialmente, o Conselho Municipal de Educao e a Secretaria Municipal de Educao de So Paulo, alm de entidades representativas dos profissionais da educao da capital paulista. Todos compareceram e puderam apresentar suas opinies. Todos, sem exceo, posicionaram-se favoravelmente ao teor da minuta de parecer e contriburam com22

sugestes para o seu aperfeioamento, sugestes essas prontamente acolhidas pelo relator e incorporadas ao texto que se segue. Importante contribuio foi apresentada pela Secretaria de Educao Bsica do Ministrio da Educao (SEB/MEC), consubstanciada na Nota Tcnica n 67/2011 COEDI/ DCOCEB/ SEB/ MEC, de 31 de maio de 2011, encaminhada ao CNE, mediante Ofcio n 1537/2011/GAB/SEB/MEC, de 5 de julho de 2011, assinado pela Secretria de Educao Bsica, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva. O documento traz um conjunto de anlises e ponderaes baseadas na legislao e, sobretudo, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil, para concluir e orientar o que segue: A partir desses entendimentos, as instituies de Educao Infantil, tanto as pblicas quanto as privadas, so consideradas unidades educacionais pertencentes aos respectivos sistemas de ensino. Seu funcionamento regulamentado por normas especficas e suas atividades pressupem um conjunto sistematizado de experincias planejadas para se desenvolver em um perodo do ano, seguido de intervalos, que so as frias e os recessos escolares. Esses intervalos permitem s crianas, conforme mandamento constitucional do art. 227, a convivncia familiar e comunitria. Alm disso, dever dos pais assistir, criar e educar seus filhos (CF, art. 229). Outro ponto importante, que nesses perodos de frias e recessos escolares as instituies realizam os servios de manuteno dos prdios, como dedetizao e desratizao e pequenas obras, alm de ser o momento de avaliao das prticas educativas e replanejamento curricular pelos professores. Por esses motivos, no adequado o funcionamento das instituies de Educao Infantil sem qualquer interrupo. necessria a existncia de um perodo de frias coletivas, mesmo que essas sejam de durao inferior ao perodo de frias do Ensino Fundamental e Mdio. Porm, apesar dos argumentos expostos, os sistemas de ensino no ignoram as necessidades das famlias que requerem atendimento para suas crianas em horrio noturno, em finais de semana e no perodo de frias. Contudo, esse tipo de atendimento, que responde a uma demanda legtima da populao, enquadra-se no mbito de polticas para a infncia, devendo ser financiado, orientado e supervisionado por outras reas, como assistncia social, sade, cultura, esportes, proteo social. O sistema de ensino define e orienta, com base em critrios pedaggicos, o calendrio, horrios e as demais condies para o funcionamento das creches e pr-escolas podendo prever uma reduo do perodo de frias e de recesso. Porm, essa opo no pode ser intempestiva ou emergencial, e nem deve abranger todo o perodo das frias das crianas. Para que essa reduo ocorra, necessrio: comprovada demanda da comunidade escolar; previso no planejamento e no calendrio anual da Secretaria Municipal de Educao; proposta pedaggica especfica para esse perodo, e garantia de que no seja obrigatrio para todas as crianas. Portanto, de acordo com os argumentos acima, no se admite o funcionamento das instituies de Educao Infantil sem qualquer interrupo. Em relao s famlias que demandam atendimento suplementar para seus filhos durante o perodo de frias ou de recesso escolar, as respectivas Secretarias Municipais de Educao podem organizar, de forma articulada com as famlias, as instituies de ensino e outras Secretarias, uma proposta pedaggica especfica para esses perodos, desde que comprovada previamente a demanda das famlias e ouvido o rgo normativo do respectivo sistema. Anlise de mrito De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil, estabelecidas pelo Parecer CNE/CEB n 20/2009 e pela Resoluo CNE/CEB n 5/2009, de23

carter mandatrio, ficou institudo que do ponto de vista legal, a Educao Infantil a primeira etapa da Educao Bsica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criana de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade, o que reafirma o art. 29 da Lei n 9.394/96, e ser oferecida em creches ou entidades equivalentes e prescolas, conforme literalmente explicita o art. 30 desta mesma Lei. De fato, a Constituio Federal de 1988, em seu art. 208, estabelece que a creche e a pr-escola constituem a Educao Infantil e, portanto, devem nortear-se pelos princpios que regem a educao, relacionados no art. 206, e perseguir os seus objetivos, definidos no art. 205. Esto, destarte, inseridas num sistema: o sistema de ensino. J consignava este Conselho no Parecer CNE/CEB n 4/2000, que definiu Diretrizes Operacionais para a Educao Infantil: claro que a integrao das instituies de Educao Infantil ao respectivo sistema de ensino no uma opo da instituio nem do sistema: ela est definida pela Lei e responde s necessidades e direitos das crianas brasileiras. preciso salientar, ainda, que a Constituio Federal delineou, perfeitamente, os mbitos da assistncia social, de um lado, e da educao, de outro. Com efeito, seguridade social (gnero do qual a assistncia social espcie) e educao integram captulos distintos inseridos no mesmo Ttulo VIII, que trata da Ordem Social. Cada qual tem seus princpios, seus objetivos e suas fontes prprias de custeio. Assim que o mesmo Parecer CNE/CEB n 20/2009 explicita que no atual ordenamento jurdico, as creches e pr-escolas ocupam um lugar bastante claro e possuem um carter institucional e educacional diverso daquele dos contextos domsticos, dos ditos programas alternativos educao das crianas de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade, ou da educao no-formal. Como consequncia direta, as instituies de Educao Infantil creches e pr-escolas devem organizar-se de acordo com um currculo definido e adequadamente planejado que, ainda de acordo com o Parecer CNE/CEB n 20/2009, concebido como um conjunto de prticas que buscam articular as experincias e os saberes das crianas com os conhecimentos que fazem parte do patrimnio cultural, artstico, cientfico e tecnolgico. Alm disso, so espaos de aprendizado que educam por meio de profissionais que detenham a formao especfica para tanto, qual seja, a habilitao para o magistrio superior ou mdio. E mais: a relao de identidade e afetividade entre o aluno e o professor ainda mais importante nessa primeira etapa da Educao Bsica, primeiro espao de educao coletiva fora do contexto familiar, em que o professor compartilha com a famlia os primeiros passos da educao da criana, embora com funes distintas. oportuno, ento, reiterar, conforme explicitado no Parecer CNE/CEB n 20/2009, que a famlia constitui o primeiro contexto de educao e cuidado das crianas. da famlia que elas recebem os cuidados materiais, afetivos e cognitivos necessrios ao seu bemestar e constroem suas primeiras formas de significar o mundo. Quando a criana passa a frequentar a Educao Infantil, preciso refletir sobre a especificidade de cada contexto no seu desenvolvimento e a forma de integrar as aes e projetos educacionais das famlias e das instituies educacionais. Essa integrao com a famlia necessita ser mantida e desenvolvida ao longo da permanncia da criana na creche e pr-escola, exigncia ainda mais importante frente s caractersticas das crianas de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade, o que cria a necessidade de dilogo para que as prticas educativas no se fragmentem. No sem razo que o art. 227 da Constituio Federal impe famlia, sociedade e ao Estado o dever de assegurar criana, com absoluta prioridade, o direito convivncia familiar. E ainda, de acordo com o que estabelece o art. 19 da Lei n 8.069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente), toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua famlia e, excepcionalmente, em famlia substituta, assegurada a convivncia familiar e comunitria... Considerando todos esses aspectos cuidadosamente abordados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil, mostra-se adequada uma estrutura24

curricular que se fundamente no planejamento de atividades durante um perodo, sendo normal e plenamente aceitvel a existncia de intervalo (frias ou recesso escolar), como acontece, alis, na organizao das atividades de todos os nveis, etapas e modalidades educacionais. Tal padro de organizao de tempo de operacionalizao do projeto poltico-pedaggico, com incluso de intervalos, no constitui obstculo ou empecilho para a consecuo dos objetivos educacionais. Por outro lado, preciso considerar que o funcionamento ininterrupto das unidades de Educao Infantil tema objeto da consulta que orienta este Parecer pode acarretar problemas para a execuo do planejamento curricular e avaliao das atividades educacionais por parte dos professores, com risco de consequncias na importante relao de identidade que deve existir nessa primeira etapa da Educao Bsica entre a criana e o educador, em face s inevitveis substituies de professores no decorrer do ano, como resultado do necessrio escalonamento das frias dos profissionais. Alm disso, possvel supor que uma estrutura curricular que no previsse um intervalo das atividades educacionais poderia comprometer as oportunidades das crianas a uma convivncia familiar mais intensiva, normalmente realizada nos perodos de frias ou recessos das unidades educacionais. H que se reconhecer, na verdade, que muitas famlias podem necessitar de atendimento para seus filhos em dias e at mesmo em horrios que no correspondam a perodos de atividade programados na estrutura curricular das unidades de Educao Infantil, a qual se pauta por critrios pedaggicos. Alis, essa necessidade pode existir, tambm, em outras etapas da educao, como, por exemplo, no Ensino Fundamental. Tal circunstncia no passou despercebida por este Conselho, que enunciou no Parecer CNE/CEB n 20/2009: Muitas famlias necessitam de atendimento para suas crianas em horrio noturno, em finais de semana e em perodos espordicos. Contudo, esse tipo de atendimento, que responde a uma demanda legtima da populao, enquadra-se no mbito de polticas para a infncia, devendo ser financiado, orientado e supervisionado por outras reas, como assistncia social, sade, cultura, esportes, proteo social. O sistema de ensino define e orienta, com base em critrios pedaggicos, o calendrio, horrios e as demais condies para o funcionamento das creches e pr-escolas, o que no elimina o estabelecimento de mecanismos para a necessria articulao que deve haver entre a educao e outras reas, como a sade e a assistncia, a fim de que se cumpra, do ponto de vista da organizao dos servios nessas instituies, o atendimento s demandas das crianas. Mais uma vez preciso salientar que no se podem confundir os princpios e objetivos constitucionais da assistncia social com os da educao: so objetivos distintos, embora imprescindveis de articulao. Dispe a Constituio Federal que, enquanto a assistncia social a ser prestada a quem dela necessitar tem por objetivos a proteo famlia e infncia e o amparo s crianas carentes, a educao, direito de todos, visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho. A utilizao de critrios de natureza assistencial para a definio do planejamento pedaggico e curricular (que abrange a elaborao do calendrio escolar) das unidades de Educao Infantil pode, assim, comprometer a vocao essencialmente educacional que a Constituio Federal e a Lei n 9.394/96 lhes atriburam. Por isso, consignou este Conselho, no citado Parecer CNE/CEB n 20/2009: As creches e pr-escolas se constituem, portanto, em estabelecimentos educacionais pblicos ou privados que educam e cuidam de crianas de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade por meio de profissionais com a formao especfica legalmente determinada, a habilitao para o magistrio superior ou mdio, refutando assim funes de carter25

meramente assistencialista, embora mantenha a obrigao de assistir s necessidades bsicas de todas as crianas. Eventual necessidade de atendimento a crianas em dias ou horrios que no coincidam com o perodo de atividades educacionais previsto no calendrio escolar das instituies por elas frequentadas, dever ser equacionada, ento, segundo os critrios prprios da assistncia social e de outras setores organizadores de atividades sociais, como sade, cultura, esportes e lazer, em instituies especializadas na prestao desses tipos de servios, eventualmente nas prprias instalaes das creches e pr-escolas, mediante o emprego de profissionais, equipamentos, mtodos, tcnicas e programas adequados a essas finalidades, devendo tais instituies atuar de forma articulada com as instituies educacionais. II VOTO DO RELATOR Nos termos do presente Parecer, a questo do funcionamento ininterrupto das instituies de Educao Infantil e a admissibilidade de perodos destinados a frias e recesso dessas instituies educacionais que atendem crianas at os 5 (cinco) anos de idade, conforme suscitada pela Secretaria Municipal de Educao de So Paulo, deve ser respondida com base nos dispositivos legais e nas normas contidas nas Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educao Infantil, consubstanciadas no Parecer CNE/CEB n 20/2009 e na Resoluo CNE/CEB n 5/2009, especialmente considerando que: 1. As creches e pr-escolas se constituem, em estabelecimentos educacionais pblicos ou privados que educam e cuidam de crianas de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade, por meio de profissionais com a formao especfica legalmente determinada, a habilitao para o magistrio superior ou mdio, refutando assim funes de carter meramente assistencialista, embora mantenha a obrigao de assistir s necessidades bsicas de todas as crianas. 2. Nas creches e pr-escolas mostra-se adequada uma estrutura curricular que se fundamente no planejamento de atividades durante um perodo, sendo normal e plenamente aceitvel a existncia de intervalo (frias ou recesso), como acontece, alis, na organizao das atividades de todos os nveis, etapas e modalidades educacionais. Tal padro de organizao de tempo de operacionalizao do projeto polticopedaggico, com incluso de intervalos, no constitui obstculo ou empecilho para a consecuo dos objetivos educacionais, ao tempo em que contribui para o atendimento de necessidades bsicas de desenvolvimento das crianas relacionadas convivncia intensiva com suas famlias e a vivncias de outras experincias e rotinas distintas daquelas organizadas pelas instituies de educao. 3. Considera-se que muitas famlias necessitam de atendimento para suas crianas em perodos e horrios que no coincidem com os de funcionamento regular dessas instituies educacionais, como o horrio noturno, finais de semana e em perodos de frias e recesso. Contudo, esse tipo de atendimento, que responde a uma demanda legtima da populao, enquadra-se no mbito de Polticas para a Infncia, devendo ser financiado, orientado e supervisionado por outras reas, como assistncia social, sade, cultura, esportes e proteo social. O sistema de ensino define e orienta, com base em critrios pedaggicos, o calendrio, os horrios e as demais condies para o funcionamento das creches e pr-escolas, o que no elimina o estabelecimento de mecanismos para a necessria articulao que deve haver entre a educao e outras reas, como a sade e a assistncia, a fim de que se cumpra, do ponto de vista da organizao dos servios nessas instituies, o atendimento s demandas das crianas. Dessa forma, instalaes, equipamentos, materiais e outros recursos, sejam das creches e pr-escolas, sejam dos outros servios, podem e devem ser mobilizados e articulados para o oferecimento de cuidados e atividades s crianas que delas necessitarem durante o perodo de frias e recesso das instituies educacionais. 4. Portanto, necessidades de atendimento a crianas em dias ou horrios que no coincidam com o perodo de atividades educacionais previsto no calendrio escolar das26

instituies por elas frequentadas, devero ser equacionadas segundo os critrios prprios da assistncia social e de outros setores organizadores e prestadores de servios sociais, como sade, cultura, esportes e lazer, em instituies especializadas na prestao desse tipo de servios, eventualmente nas prprias instalaes das creches e pr-escolas, mediante o emprego de profissionais, equipamentos, mtodos, tcnicas e programas adequados a essas finalidades, devendo tais instituies atuar de forma articulada com as instituies educacionais Uma vez homologado pelo Ministro da Educao, o presente Parecer deve ser encaminhado para os Conselhos Estaduais e Municipais de Educao de todo o Brasil, com a recomendao de que o tema seja analisado luz das especificidades de cada sistema de ensino, bem como UNDIME, ao CONSED, CNTE, ao Conselho Nacional de Assistncia Social e a organizaes representativas do Ministrio Pblico e do Poder Judicirio. Braslia, (DF), 7 de julho de 2011. Conselheiro Cesar Callegari Relator III DECISO DA CMARA A Cmara de Educao Bsica aprova por unanimidade o voto do Relator. Sala das Sesses, em 7 de julho de 2011. Conselheiro Francisco Aparecido Cordo Presidente Conselheiro Adeum Hilrio Sauer Vice-Presidente

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LEGISLAO MUNICIPAL

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LEI N 15.387, DE 28 DE JUNHO DE 2011 (Projeto de Lei n 113/11, do Executivo) Dispe sobre a criao de cargos que especifica no Quadro do Magistrio Municipal e no Quadro de Apoio Educao, do Quadro dos Profissionais de Educao. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe so conferidas por lei, faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 22 de junho de 2011, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1. Ficam criados, no Quadro do Magistrio Municipal e no Quadro de Apoio Educao, do Quadro dos Profissionais de Educao, os cargos discriminados no Anexo I Tabelas A a D, integrante desta lei. Art. 2. Em decorrncia da criao dos cargos previstos no art. 1, as respectivas quantidades de cargos constantes nos Anexos I e III - Tabelas A a D, do Quadro do Magistrio Municipal e do Quadro de Apoio Educao, a que se refere a Lei n 14.660, de 26 de dezembro de 2007, passam a ser as indicadas na coluna Situao Nova do Anexo II - Tabelas A a D, integrante desta lei. Art. 3. As despesas com a execuo desta lei correro por conta das dotaes oramentrias prprias, suplementadas se necessrio. Art. 4. Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao. PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO, aos 28 de junho de 2011, 458 da fundao de So Paulo. GILBERTO KASSAB, PREFEITO NELSON HERVEY COSTA, Secretrio do Governo Municipal Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 28 de junho de 2011.

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LEI N 15.391, DE 6 DE JULHO DE 2011 (Projeto de Lei n 193/11, do Executivo) Acresce inciso IV ao art. 1 da Lei n 14.651, de 20 de dezembro de 2007, para o fim de assegurar a permanncia dos servidores que especifica no Regime Prprio de Previdncia Social do Municpio de So Paulo - RPPS, bem como prorroga o prazo previsto no 1 do art. 6 da Lei n 13.973, de 12 de maio de 2005. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe so conferidas por lei, faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 4 de julho de 2011, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1. O caput do art. 1 da Lei n 14.651, de 20 de dezembro de 2007, passa a vigorar acrescido de inciso IV, com a seguinte redao: Art. 1. ............................................................ IV - titulares de cargos em comisso, exclusivamente, que ingressaram na Prefeitura do Municpio de So Paulo at 31 de dezembro de 2008, e que, em razo da natureza especfica das funes por eles desempenhadas, no pertinentes a fidcia, j foram admitidos no regime prprio do servidor efetivo. (NR) Art. 2. Permanecem submetidas ao Regime Prprio de Previdncia Social do Municpio de So Paulo - RPPS as aposentadorias e penses relativas aos servidores especificados no inciso IV do art. 1 da Lei n 14.651, de 2007, ora acrescido a referido diploma legal, concedidas anteriormente data da publicao desta lei. Art. 3. Fica prorrogado por 3 (trs) anos, a partir de 12 de maio de 2009, o prazo previsto no 1 do art. 6 da Lei n 13.973, de 12 de maio de 2005, para que o Instituto de Previdncia Municipal de So Paulo - IPREM implante a infraestrutura necessria ao alcance de sua condio de nico gestor das aposentadorias e penses, incluindo o processamento de dados e a concesso e pagamento desses benefcios. Pargrafo nico. Durante o perodo previsto no caput deste artigo, o IPREM poder manter convnios com rgos dos Poderes Executivo e Legislativo locais para a operacionalizao do processamento de dados e do pagamento das aposentadorias devidas pelo Municpio. Art. 4. Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, retroagindo a 15 de dezembro de 1998 os efeitos das disposies constantes de seus arts. 1 e 2. PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO, aos 6 de julho de 2011, 458 da fundao de So Paulo. GILBERTO KASSAB, PREFEITO NELSON HERVEY COSTA, Secretrio do Governo Municipal Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 6 de julho de 2011.

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LEI N 15.466, DE 18 DE OUTUBRO DE 2011 (Projeto de Lei n 298/10, dos Vereadores Arselino Tatto - PT e Jos Police Neto) Altera a redao dos arts. 2, 3, 4, inciso VIII (VETADO) da Lei n 14.668, de 14 de janeiro de 2008, e d outras providncias. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe so conferidas por lei, faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 14 de setembro de 2011, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1 Os arts. 2, 3 e 4, inciso VIII, da Lei n 14.668, de 14 de janeiro de 2008, passam a vigorar com a seguinte redao: "Art. 2 Para os efeitos desta lei entende-se como Poltica Municipal de Incluso Digital aes e polticas pblicas que promovam a incluso social, na busca pelos direitos e exerccio de saberes coletivos, no desenvolvimento de habilidades e competncias necessrias ao cotidiano, a partir do uso dos centros de democratizao de acesso rede mundial de computadores e na rede pblica de ensino". (NR) "Art. 3 A Poltica Municipal de Incluso Digital tem por objetivo proporcionar aos usurios e aos alunos da rede pblica municipal de ensino o acesso e capacitao na rea de informtica, tendo como premissa o respeito dignidade do cidado paulistano." (NR) "Art. 4 ....................................................................... VIII - articulao sistemtica com organizaes no governamentais e com os demais rgos da administrao pblica e da rede pblica de ensino do Municpio de So Paulo, e inclusive de outras esferas de governo, visando apoio e a insero de programas e atividades relacionadas incluso digital;" (NR) Art. 2 (VETADO) Art. 3 (VETADO) Art. 4 As despesas decorrentes da execuo desta lei correro por conta de dotaes oramentrias prprias, suplementadas se necessrio. Art. 5 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO, aos 18 de outubro de 2011, 458 da fundao de So Paulo. GILBERTO KASSAB, PREFEITO NELSON HERVEY COSTA, Secretrio do Governo Municipal Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 18 de outubro de 2011.

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LEI N 15.490, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2011 (Projeto de Lei n 332/11, do Executivo, aprovado na forma de Substitutivo do Legislativo) Dispe sobre o reajustamento do Abono Complementar institudo pelo art. 11 da Lei n 14.244, de 29 de novembro de 2006; institui os Abonos Complementares para os Profissionais de Educao que especifica; reajusta as Escalas de Padres de Vencimentos dos Quadros dos Profissionais de Educao; cria cargos de Professor de Educao Infantil, no Quadro do Magistrio Municipal, do Quadro de Profissionais de Educao. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe so conferidas por lei, faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 16 de novembro de 2011, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1. Os limites fixados para o Abono Complementar institudo pelo art. 11 da Lei n 14.244, de 29 de novembro de 2006, com as alteraes introduzidas pelas Leis n 14.709, de 3 de abril de 2008, e n 15.215, de 25 de junho de 2010, ficam reajustados na conformidade dos valores constantes das Tabelas "A" a "C" do Anexo I desta lei, observado o disposto nos arts. 12 e 15 do mesmo diploma legal. Pargrafo nico. Os efeitos do disposto no "caput" deste artigo retroagiro a 1 de maio de 2011 e o pagamento do Abono Complementar cessar a partir de 1 de maio de 2014, ocasio em que ocorrer a sua extino. Art. 2. Fica institudo Abono Complementar, a ser concedido mensalmente aos integrantes da Classe dos Gestores Educacionais, da carreira do Magistrio Municipal, dos Quadros dos Profissionais de Educao, de acordo com os limites fixados no Anexo II desta lei, apurado conforme a frmula AC = LF - PV, em que: I - AC: valor do Abono Complementar; II - LF: limite fixado; III - PV: valor do padro de vencimento do servidor. 1. O Abono Complementar previsto neste artigo ser devido: I - aos Profissionais de Educao designados para exercer transitoriamente, na forma dos arts. 54 e 56 da Lei n 8.989, de 29 de outubro de 1979, cargos da Classe dos Gestores Educacionais, da carreira do Magistrio Municipal, durante o perodo da respectiva designao; II - aos aposentados em cargos da Classe dos Gestores Educacionais e pensionistas, aos quais se aplica a garantia constitucional da paridade. 2. O Abono Complementar de que trata este artigo: I - ser devido a partir de 1 de maio de 2011 e seu pagamento cessar a partir de 1 de maio de 2014, ocasio em que ocorrer a sua extino; II - no se incorporar aos vencimentos, proventos ou penses para quaisquer efeitos, e sobre eles no incidir vantagem alguma a que faa jus o servidor, aposentado ou pensionista, vedada, assim, sua utilizao, sob qualquer forma, para clculo simultneo que importe acrscimo de outra vantagem pecuniria. Art. 3. Fica institudo Abono Complementar, a ser concedido mensalmente aos servidores ocupantes de cargos do Quadro de Apoio Educao, dos Quadros dos Profissionais de Educao, de acordo com os limites fixados no Anexo III desta lei, apurado conforme a frmula AC = LF - PV, em que: I - AC: valor do Abono Complementar;34

II - LF: limite fixado; III - PV: padro de vencimento. 1. O Abono Complementar previsto neste artigo ser devido: I - aos servidores admitidos ou contratados nos termos da Lei n 9.160, de 3 de dezembro de 1980, para o exerccio de funes correspondentes a cargos do Quadro de Apoio Educao; II - aos servidores contratados com fundamento na Lei n 10.793, de 21 de dezembro de 1989, e alteraes posteriores, para o exerccio de funes correspondentes a cargos do Quadro de Apoio Educao; III - aos aposentados em cargos ou funes correspondentes a cargos do Quadro de Apoio Educao e pensionistas, aos quais se aplica a garantia constitucional da paridade. 2. O Abono Complementar de que trata este artigo: I - ser devido a partir de 1 de maio de 2011 e seu pagamento cessar a partir de 1 de maio de 2014, ocasio em que ocorrer a sua extino; II - no se incorporar aos vencimentos, proventos ou penses para quaisquer efeitos, e sobre eles no incidir vantagem alguma a que faa jus o servidor, aposentado ou pensionista, vedada, assim, sua utilizao, sob qualquer forma, para clculo simultneo que importe acrscimo de outra vantagem pecuniria. Art. 4. As Escalas de Padres de Vencimentos dos Quadros dos Profissionais de Educao ficam reajustadas em 13,43% (treze inteiros e quarenta e trs centsimos por cento) a partir de 1 de maio de 2014. 1. O disposto neste artigo aplica-se aos proventos dos aposentados, s penses e aos legados, aos quais se aplica a garantia constitucional da paridade. 2. O Executivo divulgar, mediante decreto especfico, os novos valores das Escalas de Padres de Vencimentos decorrentes do reajustamento previsto neste artigo. Art. 5. Sobre os valores dos abonos complementares de que tratam os arts. 1 a 3 desta lei incidir a contribuio para o Regime Prprio de Previdncia Social do Municpio de So Paulo - RPPS, prevista na Lei n 13.973, de 12 de maio de 2005. Art. 6. Ficam criados, no Quadro do Magistrio Municipal, do Quadro dos Profissionais de Educao, 500 (quinhentos) cargos de Professor de Educao Infantil. Art. 7. Em decorrncia do disposto no art. 6 desta lei, a quantidade de cargos constante do Anexo I, Tabela B Cargos de Provimento Efetivo do Quadro do Magistrio Municipal Cargo de Professor de Educao Infantil, e do Anexo III Tabela B - Enquadramento de Cargos de Provimento Efetivo do Quadro do Magistrio Municipal - Situao Nova Cargo de Professor de Educao Infantil, ambos da Lei n 14.660, de 26 de dezembro de 2007, fica alterada para 11.750 (onze mil e setecentos e cinquenta) cargos. Art. 8. As despesas com a execuo desta lei correro por conta das dotaes oramentrias prprias, suplementadas se necessrio. Art. 9. Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao. PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO, aos 29 de novembro de 2011, 458 da fundao de So Paulo. GILBERTO KASSAB, PREFEITO NELSON HERVEY COSTA, Secretrio do Governo Municipal Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 29 de novembro de 2011.

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Anexo I integrante da Lei n 15.490, de 29 de novembro de 2011 Tabela A Profissionais de Educao docentes submetidos Jornada bsica do Professor JB

Tabela B Profissionais da Educao docentes submetidos Jornada Bsica do Docente

Tabela C Profissionais da Educao docentes submetidos Jornada Especial Integral de Formao de titulares de cargos de Professor de Educao Infantil

Anexo II integrante da Lei n 15.490, de 29 de novembro de 2011 Profissionais de Educao Classe dos Gestores Educacionais

Anexo III integrante da Lei n 15.490, de 29 de novembro de 2011 Quadro de Apoio Educao

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LEI N 15.499, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2011 (Projeto de Lei n 189/10, dos Vereadores Abou Anni - PV, Adilson Amadeu - PTB, Adolfo Quintas - PSDB, Agnaldo Timteo - PR, Alfredinho - PT, Anbal de Freitas PSDB, Antonio Carlos Rodrigues - PR, Arselino Tatto - PT, Atilio Francisco - PRB, Attila Russomanno - PP, Aurlio Miguel - PR, Carlos Alberto Bezerra Jr. - PSDB, Celso Jatene - PTB, Chico Macena - PT, Claudinho - PSDB, Cludio Prado - PDT, Davi Soares - PSD, Dalton Silvano - PV, Domingos Dissei - PSD, Donato - PT, Edir Sales - PSD, Eliseu Gabriel - PSB, Floriano Pesaro - PSDB, Francisco Chagas - PT, Gabriel Chalita - PMDB, Gilson Barreto - PSDB, Goulart - PSD, talo Cardoso - PT, Jamil Murad - PC do B, Joo Antonio - PT, Jooji Hato - PMDB, Jos Amrico - PT, Jos Ferreira-Zelo - PT, Jos Police Neto - PSD, Juliana Cardoso - PT, Juscelino Gadelha - PSB, Mara Gabrilli - PSDB, Marcelo Aguiar - PSD, Marco Aurlio Cunha - PSD, Marta Costa - PSD, Milton Ferreira - PSD, Milton Leite - DEMOCRATAS, Natalini - PV, Netinho de Paula - PC do B, Noemi Nonato - PSB, Paulo Frange - PTB, Penna - PV, Quito Formiga - PR, Ricardo Teixeira - PV, Sandra Tadeu DEMOCRATAS, Senival Moura - PT, Tio Farias - PSDB, Toninho Paiva - PR, Ushitaro Kamia - PSD, Wadih Mutran - PP) Institui o Auto de Licena de Funcionamento Condicionado, e d outras providncias. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe so conferidas por lei, faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 9 de novembro de 2011, decretou e eu promulgo a seguinte lei: CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 1 A instalao e o funcionamento de atividades no residenciais em edificaes em situao irregular, nos termos da legislao em vigor no mbito do Municpio de So Paulo, dar-se- mediante a obteno do Auto de Licena de Funcionamento Condicionado, ora institudo. Art. 2 O Auto de Licena de Funcionamento Condicionado ser expedido para atividades comerciais, industriais, institucionais e de prestao de servios, compatveis ou tolerveis com a vizinhana residencial, exercidas em edificao em situao irregular, classificadas na subcategoria de uso no residencial - nR1 e nR2, nos termos do art. 154, incisos I e II, respectivamente, da Lei n 13.885, de 25 de agosto de 2004, nas hipteses permissivas de Auto de Licena de Funcionamento, nos termos da legislao em vigor, desde que: I - a atividade exercida seja permitida no local em face da zona de uso e da categoria e largura da via, atenda os parmetros de incomodidade, as condies de instalao e usos estabelecidos no inciso I e alneas "a", "d", "e", e "g" do inciso II do art. 174 e do Quadro n 04 da Lei n 13.885, de 25 de agosto de 2004 e, quando localizada em rea de mananciais, esteja elencada dentre aquelas admitidas nas reas de Interveno estabelecidas pelas leis estaduais especficas de proteo e recuperao dos mananciais da Billings e Guarapiranga; II - a edificao a ser utilizada para o exerccio da atividade tenha rea total de at 1.500,00m (mil e quinhentos metros quadrados); III - o responsvel tcnico legalmente habilitado, conjuntamente com o responsvel pelo uso, atestem que cumpriro a legislao municipal, estadual e federal vigentes acerca das condies de higiene, segurana de uso, estabilidade e habitabilidade da edificao.37

1 No sendo possvel o atendimento do nmero de vagas exigidas para estacionamento de veculos no local, esta exigncia poder ser atendida com a vinculao de vagas em outro imvel, nos termos da legislao em vigor. 2 O espao destinado ao estacionamento de veculos em outro imvel, referido no 1 deste artigo, poder ser disponibilizado por meio de convnio firmado com estacionamento e servio de manobristas, devendo o instrumento contratual ser mantido disposio dos rgos de fiscalizao municipal. 3 Na hiptese dos 1 e 2 deste artigo dever ser afixado no acesso principal da edificao ocupada pela atividade, em local visvel para o pblico, a indicao do local do estacionamento e o nmero de vagas disponvel. Art. 3 O Auto de Licena de Funcionamento Condicionado dever ser requerido pelos responsveis por atividades comerciais, ind