16
© Pedro Proença TEMPORADA 201 8 | 2019 TEMPORADA CLÁSSICA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA | CORO RTVE CONCERTO DE PÁSCOA DOMINGO 14 ABRIL - 18H00 MUSEU DO DINHEIRO FUNDADORES PATROCINADOR PRINCIPAL PATROCINADORES Ludwig van Beethoven Missa solemnis, Op. 123 Miren Urbieta-Vega Soprano Lorena Valero Mezzo-Soprano Fabián Lara Tenor André Henriques Baixo Ana Pereira Concertino e Violino Solo Juan Pablo de Juan Maestro do Coro Pedro Amaral Maestro CONCERTO COM O APOIO DO BANCO DE PORTUGAL

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

  • Upload
    others

  • View
    8

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

© P

edro

Pro

ença

TEMPORADA2018 | 2019

TEMPORADACLÁSSICA

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA | CORO RTVE

CONCERTO DE PÁSCOA

DOMINGO 14 ABRIL - 18H00 MUSEU DO DINHEIRO

FUNDADORES PATROCINADORPRINCIPAL

PATROCINADORES

Ludwig van BeethovenMissa solemnis, Op. 123

Miren Urbieta-Vega SopranoLorena Valero Mezzo-Soprano

Fabián Lara TenorAndré Henriques Baixo

Ana Pereira Concertino e Violino SoloJuan Pablo de Juan Maestro do Coro

Pedro Amaral Maestro

CONCERTO COM O APOIODO BANCO DE PORTUGAL

Page 2: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

CONCERTO DE PÁSCOALudwig van Beethoven (1770-1827)

Missa solemnis, Op. 123 (1823)(duração aproximada: 80 min.)

I. KyrieII. GloriaIII. CredoIV. SanctusV. Agnus Dei

Page 3: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

Beet

hove

n em

181

9 se

gura

ndo

na su

a mão

a pa

rtitu

ra d

a Miss

a Sol

emni

s | P

intu

ra Jo

seph

Kar

l Stie

ler |

Font

e: W

ikim

edia

Com

mon

s

A MISSA SOLEMNIS

No domínio musical, uma das mais importantes transformações que houve nos séculos XVII e XVIII foi a emancipação da escrita instrumental, contra o predomínio da Palavra. O legado de Ludwig van Beethoven é corolário disso mesmo. E é também aí que a argumentação da autonomia e suprema singularidade da Arte dos Sons acha fundamentos categóricos. Estranha-se, por isso, a motivação que levou o músico a dedicar cinco anos do seu tempo, já em final de carreira, à composição de um vitral de estilos apenso num texto religioso, a colossal Missa solemnis.

Em 1818, quando se soube que o Arquiduque Rudolfo iria receber o título de Cardeal, Beethoven decidiu compor uma Missa para ser tocada na cerimónia de posse. Seria forma de homenagear o seu patrono e amigo, mas também pretexto para se propor a uma situação profissional e financeira mais vantajosa. No entanto, à data da cerimónia, dois anos passados, o trabalho estava longe de estar completado. Tal não se deveu à incapacidade de cumprir um prazo, mas sim ao cuidado e à obstinação que o compositor dedicou ao projeto, que ultrapassou largamente os propósitos iniciais. Antes de iniciar a

composição, propriamente dita, em abril de 1819, mergulhou nas mais ricas bibliotecas privadas de Viena para aprofundar o seu conhecimento das técnicas usadas na música sacra do passado, em particular nas partituras de Palestrina, J. S. Bach e Händel. Familiarizou-se com uma maneira de abordar o missal imune à contaminação do estilo operático italiano que estava em moda, e devolveu ao mundo uma obra em nome pessoal, depurada e imponente. Definitivamente, não era uma Missa pensada para servir o culto e o dogma cristão católico. Na mistura de estilos diversos, fundia as mais antigas práticas numa abordagem romântica da religiosidade inerente à condição do Homem, à sua necessidade de transcendência.

Naquela época já não era possível imaginar funções musicais litúrgicas impregnadas de fé piedosa. O novo espírito romântico teria de ater-se em abnegação e sobriedade para reconstruir tal experiência. Mas Beethoven aproximou-se desse caminho improvável, mais ainda sabendo-se que pela mesma altura compôs Sonatas para Piano de grande complexidade, as Variações Diabelli, e aproximavam-se a Sinfonia N.º 9 e os últimos (e extraordinários) Quartetos de Cordas. Assim, a robustez formal que lhe era tão característica não se espelha nesta Missa, o que levou autores como Theodor Adorno a supor uma

pretensa displicência. No seu entendimento, o compositor apropriou-se de técnicas preexistentes, sem coerência com o individualismo humanista associado à sua figura. Noutra leitura, diferentes autores defendem que a sua educação católica floriu em final de vida, atormentado pela surdez total e vários outros problemas de saúde, pelo tortuoso processo que enredou a luta da custódia legal de seu sobrinho, pela transformação dos paradigmas políticos e sociais que ocorreu nos primeiros anos do século XIX em Viena. Seja como for, esta obra respira uma espiritualidade profundamente humana, uma forma de humanismo transcendental, porventura mística. No seu diálogo com o passado, a consciência histórica aborda o presente, mas também a finitude da vida, num alcance intemporal.

A Missa solemnis só foi tocada duas vezes em tempo de vida do compositor. A primeira em 1824, em São Petersburgo; na sua ausência, por incapacidade de suportar tão longa viagem. A segunda ocorreu poucas semanas mais tarde, na própria cidade de Viena, mas em versão parcial, já que na época não era permitida a interpretação de missas fora das igrejas. Tocaram-se, então, o Kyrie, o Credo e o Agnus Dei, nesse mesmo concerto em que também se estreou a Sinfonia N.º 9.

Page 4: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

A ESCULTURA DA PALAVRA

A Missa Solemnis não é uma obra evidente. Está cheia de contrastes e mudanças abruptas, sem transições. De aparência austera, é uma partitura simultaneamente grandiosa e compenetrada, tecnicamente aparatosa e subtil. Curiosamente, é na relação entre música e texto que se descobre um dos seus principais fascínios. Em cada compasso, o ouvinte é convidado a acompanhar uma leitura, a apreciar a expressão e o sentido das palavras como num desfile de esculturas sonoras.

E. T. A. Hoffmann, o autor do conto que mais tarde inspirou o bailado O Quebra Nozes de Tchaikovsky, publicou em 1814 um artigo acerca do «Renascimento da Música Sacra» que nos ajuda a perceber este ambíguo retrato: o de um humanista inveterado e inconformado com as limitações da existência dedicando-se à composição de uma Missa. Referindo-se à Missa em Dó Maior, de 1807 - a única outra Missa de Beethoven -, Hoffmann dizia que tal estilo era propenso à ostentação dramática e, portanto, incompatível com a disciplina de um servo da Igreja. Não

sabemos o que diria Hoffmann a respeito desta Missa Solemnis, se tivesse vivido para a escutar. Mas adivinha-se que a opinião sairia reforçada.

Esse mesmo artigo fornece-nos mais ideias que ajudam a compreender a mentalidade da época. Diz que, nas Artes, o Neopaganismo Germânico e o Cristianismo correspondem, respetivamente, à Escultura e à Música; que o Cristianismo relegou a Escultura para um plano menor, enquanto, pelo contrário, ostentou a Música, e também a Pintura; preferia as dimensões incorpóreas e menos sensuais destas últimas. Entende-se, por isso, que a Música tenha sido um meio privilegiado para a profissão da fé cristã. Na Missa solemnis, Beethoven conseguiu, todavia, conciliar o melhor dos dois mundos. Por um lado, explorou a abstração musical de maneira a iluminar o encantamento espiritual, com estilos de escrita tão diversos como a polifonia renascentista, o canto gregoriano ou a complexidade da fuga. Por outro, estabeleceu uma relação simbiótica com o texto, submetendo-se à sua configuração, mas esculpindo em cada instante uma solução dramática que ilustra o seu conteúdo.

Foi na última década da sua vida, quando a surdez se tornou total, que Beethoven compôs as suas obras mais arrebatadoras. Focou-se então nos elementos essenciais da sua Arte, uma verdadeira «Música Pura», no sentido em que se desprende da dimensão física e de propósitos funcionais. Normalmente, esse conceito está associado à música instrumental. Porém, na Missa Solemnis estende-se à Palavra, já que esta se funde com o Som num sublime artístico indivisível. A narrativa substancia-se na relação da Música com a Palavra, numa abordagem afim ao género da Oratória que também decorre da influência de Messias de Händel. A este respeito, são ilustrativos os corais exultantes do Gloria, ou a inspiração bucólica do Sanctus. De resto, é sempre possível distinguir a diferença entre as secções que narram a vida de Jesus e as outras que proclamam explicitamente a doutrina da fé em Deus. Esta dualidade sobressai no contraste entre a teatralidade e a plasticidade sonora de boa parte do Credo, mais próximas do texto, e o aparato de uma Fuga em que ainda ecoa o Kyrie do Requiem de Mozart.

TEXTOS DE RUI CAMPOS LEITÃO

«Cru

z e C

ated

ral n

a Mon

tanh

a» |

Pint

ura d

e Cas

par D

avid

Frie

dric

h (1

812)

| Fo

nte:

Wik

imed

ia C

omm

ons

Page 5: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

Allegro vivace[Coro]

Meno Allegro, cantabile[Solistas e Coro]

Tempo I[Solistas e Coro]

Larghetto[Solistas e Coro]

Allegro maestoso[Coro]

Allegro ma non troppo e ben marcato[Solistas e Coro]

Poco più Allegro[Solistas e Coro]

Presto[Coro]

Gloria in excelsis Deo.Et in terra pax hominibus bonæ voluntatis. Laudamus te.Benedicimus te.Adoramus te.Glorificamus te.

Gratias agimus tibipropter magnam gloriam tuam.

Domine Deus, Rex cœlestis,Deus Pater omnipotens.Domine Fili unigenite, Jesu Christe.Domine Deus, Agnus Dei,Filius Patris.

Qui tollis peccata mundi, miserere nobis.Qui tollis peccata mundi, suscipe deprecationem nostram.Qui sedes ad dexteram Patris,miserere nobis.O! miserere nobis.

Quoniam tu solus Sanctus.Quoniam tu solus Dominus.Quoniam tu solus Altissimus, Jesu Christe,cum sancto Spiritu in gloria Dei Patris,Amen.

Cum sancto Spiritu in gloria Dei Patris,Amen.

Quoniam tu solus Sanctus.Quoniam tu solus Dominus.Quoniam tu solus Altissimus, Jesu Christe,cum sancto Spiritu in gloria Dei Patris,Amen.

Gloria in excelsis Deo.

Glória a Deus nas alturas.E paz na terra aos homens de boa vontade.

Nós Vos louvamos.Nós Vos bendizemos.Nós Vos adoramos.Nós Vos glorificamos.

Nós Vos damos graçaspor Vossa imensa glória.

Senhor Deus, Rei dos Céus,Pai Todo-Poderoso.Filho Unigénito, Senhor Jesus Cristo,Senhor Deus, Cordeiro de Deus,Filho de Deus Pai.

Vós que tirais o pecado do mundo,tende piedade de nós;Vós que tirais o pecado do mundo,acolhei a nossa súplica;Vós que estais à direita do Pai,tende piedade de nós.O! tende piedade de nós.

Só Vós sois o Santo;só Vós sois o Senhor;só Vós sois o Altíssimo, Jesus Cristo,com o Espírito Santo na glória de Deus Pai.Amém.

Com o Espírito Santo na glória de Deus Pai.Amém.

Só Vós sois o Santo;só Vós sois o Senhor;só Vós sois o Altíssimo, Jesus Cristo,com o Espírito Santo na glória de Deus Pai.Amém.

Glória a Deus nas alturas.

TRADUÇÃO DO TEXTO DAMISSA SOLEMNIS EM RÉ MAIOR, OP. 123 DE LUDWIG VAN BEETHOVEN

II. GLORIA

Assai sostenuto[Solistas e Coro] Andante assai ben marcato[Solistas e Coro]

Tempo I[Solistas e Coro]

Kyrie eleison.

Christe eleison.

Kyrie eleison.

Senhor, tende piedade.

Cristo, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

I. KYRIE

Page 6: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

Allegro ma non troppo [Coro]

Adagio[Solistas e Coro]

Andante[Tenor solo e Coro]

Adagio espressivo[Solistas e Coro]

Allegro[Coro]

Allegro molto[Coro]

Allegro ma non troppo[Coro]

Allegretto ma non troppo[Coro]

Allegro con moto[Coro]

Credo in unum Deum,Patrem omnipotentem,factorem cœli et terræ,visibilium omnium, et invisibilium.

Credo in unum Dominum Jesum Christum,Filium Dei unigenitum,et ex Patre natum ante omnia sæcula.Deum de Deo, lumen de lumine,Deum verum de Deo vero.Genitum, non factum,consubstantialem Patri:per quem omnia facta sunt.Qui propter nos homines,et propter nostram salutemdescendit de cœlis.

Et incarnatus est de Spiritu Sanctoex Maria Virgine.

Et homo factus est.

Crucifixus etiam pro nobis sub Pontio Pilato:passus, et sepultus est.

Et resurrexit tertia die, secundum Scripturas.

Et ascendit in cœlum:sedet ad dexteram Patris.Et iterum venturus est cum gloria, judicare vivos et mortuos:cujus regni non erit finis.

Credo in Spiritum Sanctum, Dominum, et vivificantem:qui ex Patre Filioque procedit.Qui cum Patre, et Filiosimul adoratur et conglorificatur:qui locutus est per Prophetas.

Credo in unam sanctam, catholicamet apostolicam Ecclesiam.Confiteor unum baptismain remissionem peccatorum.Et exspecto resurrectionem mortuorum.Et vitam venturi sæculi. Amen. Et vitam venturi sæculi. Amen. Et vitam venturi sæculi. Amen.

Creio em um só Deus,Pai Todo-Poderoso,Criador dos céus e da terra,De tudo o que é visível e invisível.

Creio no Senhor Jesus Cristo,Filho Unigénito de Deus,E nascido do Pai antes de todos os séculos.Deus de Deus, Luz da Luz,Deus verdadeiro do Deus verdadeiro,Foi gerado, e não criado,consubstancial ao Pai:Por quem tudo foi feito.E que, por nós, homens,Para nossa salvaçãoDesceu dos céus.

E encarnou pelo poder do Espírito Santo,Nascendo da Virgem Maria.

E fez-se homem.

Crucificado também por nósSob ordem de Pôncio Pilatos:Padeceu, e foi sepultado.

E ressuscitou ao terceiro dia,Segundo as escrituras.

E subiu aos céus:Onde está sentado à direita do Pai.Voltará novamente com glória,Para julgar os vivos e os mortos:E o seu Reino não terá fim.

Creio no Espírito SantoSenhor que dá a vida:Que provém do Pai e do FilhoE com o Pai e o FilhoÉ adorado e glorificado:Ele que falou pelos profetas.

Creio numa única, santa, católicaE apostólica Igreja,Confesso único batismoPara remissão dos pecados.E espero pela ressurreição dos mortos.E a vida no mundo que há-de vir. Amén.

E a vida no mundo que há-de vir. Amén.

E a vida no mundo que há-de vir. Amén.

III. CREDO

Page 7: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

Adagio[Solistas]

Allegro pesante[Coro]

Presto[Coro]

Preludium: Sostenuto ma non troppo(Violino Solo)

Andante molto cantabilee non troppo mosso[Solistas, Coro e Violino Solo]

Adagio[Solistas e Coro]

Allegretto vivace[Solistas e Coro]

Allegro assai[Solistas e Coro]

Tempo I - Presto - Tempo I[Solistas e Coro]

Sanctus, Sanctus, Sanctus,Domine Deus Sabaoth, pleni sunt cœli et terra gloria tua.

Osanna in excelsis!

Benedictus qui venit in nomine Domini.Osanna in excelsis!

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,miserere nobis.Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,miserere nobis.

Agnus Dei,

dona nobis pacem.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,miserere nobis. dona nobis pacem.

Santo, Santo, Santo,Senhor Deus dos Exércitos,

O Céu e a Terra estão cheios da Vossa glória.

Hosana nas alturas!

Bendito o que vem em nome do Senhor.Hosana nas alturas!

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,tende piedade de nós.Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,tende piedade de nós.

Cordeiro de Deus,

dai-nos a paz.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,Tende piedade de nós.

dai-nos a paz.

IV. SANCTUS ET BENEDICTUS

V. AGNUS DEI

Page 8: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

MIREN URBIETA-VEGASOPRANO

Distinguida nos Prémios Líricos Teatro Campoamor (2015), na categoria Cantora Revelação, pelo êxito da sua estreia como Liù na produção de Turandot encenada por Núria Espert, dirigida pelo maestro John Mauceri na ABAO, a soprano de Donostia / San Sebastián conta ainda entre os seus prémios o de Melhor Cantora Espanhola no Concurso de Canto Francesc Viñas (2014), o Segundo Prémio no Concurso Internacional de Canto de Bilbao (2012) e o Terceiro Prémio no Concurso Médoc Bordéus (2016), entre outros.

Recentemente, em 2018, estreou-se no Palácio das Artes de Valência no papel de Liù (encenação de Chen Kaige) e também no Teatro Real de Madrid, nesse mesmo papel da ópera Turandot de Puccini (encenação de Robert Wilson). Interpretou os papéis de Adina em L’elisir d’amore, de Marguerite em Faust, na Ópera de Oviedo (2016), de Zerlina em Don Giovanni, na Quinzena Musical de San Sebastián / ABAO e de Inès em La Favorite, no Grande Teatro do Liceu de Barcelona. Também interpretou os papéis de Arminda em La finta giardiniera de Mozart, e as zarzuelas El Caserío, Katiuska, Luisa Fernanda, Los Gavilanes e La Tabernera del puerto, entre outras.

Participou nas estreias mundiais das óperas Juan José de Sorozábal, La llama de Usandizaga (com gravação para a Deutsche Grammophon) e na estreia espanhola de Pinocchio de Valtinoni.

Nos domínios da Oratória e do repertório sinfónico, interpretou Um

Requiem Alemão de Brahms, Stabat Mater de Dvořák, a Sinfonia N.º 4 de Mahler, Le Poème de l’amour et de la mer de Chausson, a Missa solemnis, Ah, Perfido! e a Sinfonia N.º 9 de Beethoven, os Requiem de Mozart e Fauré, o Gloria de Vivaldi, cantatas de Mendelssohn, Arriaga e Arambarri, e a estreia absoluta de Deitzen dizut Virgilio de Juan Carlos Pérez. Também se dedica à música de câmara, enquanto membro do Trio Easo (soprano, trompete e órgão) e do Aldaxka Trio (soprano, clarinete e piano), para lá de recitais de lieder, destacando-se a estreia absoluta do tríptico de canções de Antón García Abril no Teatro Arriaga de Bilbao (2015), entre ciclos de Berg, Strauss, Mahler e Dvořák. Em resultado do seu interesse pela música basca (Guridi, Sorozábal, Garbizu, Isasi, Lavilla), gravou o disco «Ametsetan» com o ianista Rubén Fernández Aguirre para a editora IBS Classical.

Licenciada em 2010 no Curso de Canto do Centro Superior de Música do País Basco, Musikene, estudou com a mezzo-soprano Maite Arruabarrena, trabalhou repertório com os professores Enrique Ricci e Maciej Pikulski, e ainda com o encenador Horacio Rodriguez Aragón. Frequentou masterclasses com Jaime Aragall, Carlos Álvarez, Isabel Monar, Enedina Lloris, Ana Luisa Chova, Montserrat Caballé e Mirella Freni. Completou a sua formação no Centro de Aperfeiçoamento Plácido Domingo, do Palácio das Artes de Valência, sob orientação artística de Alberto Zedda, trabalhando ainda com os maestros J. M. Pérez Sierra, Gianni Fabrini, Jocelyne Dienst e Roger Vignoles, entre outros.

LORENA VALEROMEZZO-SOPRANO

“A mezzo-soprano valenciana Lorena Valero distingue-se pela sua extraordinária técnica vocal e pela invulgar sensibilidade” (mundoclasico.com); “perfeita interpretação da personagem e uma voz homogénea em todas as tessituras” (Opera Actual); “belo timbre de contralto com graves poderosos” (Diario de Mallorca); “belíssima voz de timbre invulgar, com requinte emocional e cénico, e capacidade para percorrer os diferentes registos com grande naturalidade” (La Recensione, Reggio di Calabria).

Lorena Valero estudou em Viena com a mezzo-soprano camerística Margarita Lilova. No seu percurso profissional mais recente, destaca-se a interpretação dos papéis de Suzuki (Madama Butterfly, G. Puccini) no Teatro Principal de Palma de Maiorca e no Teatro Cilea de Reggio di Calabria, de Santuzza (Cavalleria Rusticana, P. Mascagni) no Teatro de Ópera de Metz (França), de Rosario (Goyescas, E. Granados) no Palácio de Música de Valência e nas comemorações do aniversário de nascimento de E.

Page 9: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

Granados na sua cidade natal (Lleida), de Elena (Mefistofele, A. Boito) no Théâtre du Passage em Neuchâtel e no Théâtre Equilibre de Friburgo (Suíça), de Salud (La Vida Breve, M. de Falla) no Teatro de Ópera de Metz, e Aida no Festival im Berg de Salzburgo.

Destaca-se, ainda, a sua estreia no Teatro San Carlo de Nápoles com El Sombrero de Tres Picos de Manuel de Falla, merecendo críticas como «Para o êxito da suíte contribuiu a voz de Lorena Valero pelo seu timbre e pela atmosfera criada» (Il Mattino), ou «Na partitura de Falla, juntou-se à orquestra a voz de Lorena Valero com grande volume e beleza tímbrica (Corriere del mezzogiorno), assim como a interpretação de Candelas em El Amor Brujo de Falla, no Concerto Comemorativo do Dia da Hispanidade no Brasil, no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal de Rio de Janeiro.

Entre outras obras do repertório espanhol, ao qual dedica sempre particular atenção, interpretou o papel de Raquel (El huésped del sevillano, J. Guerrero) com a Orquestra da Rádio Televisão Espanhola no Teatro Monumental de Madrid.

Lorena Valero foi distinguida com o «Premio Extraordinario Grandi Voci» no Concurso Internacional de Canto Grandi Voci de Salzburgo.

FABIÁN LARATENOR

De nacionalidade mexicana, o tenor Fabián Lara iniciou os seus estudos na Escola de Belas Artes de Tultepec, no México. Mais tarde, completou o grau de Bacharel em Interpretação de Ópera na Escola Superior de Música, na classe do contratenor Hector Sosa. Foi distinguido em vários concursos, quer no México quer fora do seu país, tais como o Concurso de Canto Lírico de Morelos (México), o 1.º Prémio no XVI Concurso de Canto Maritza Alemán (México), o 2.º Prémio na Ópera de São Miguel (México), o 1.º Prémio no Concurso Internacional Sinaloa (2013), o 1.º Prémio no Concurso Nacional de Canto Carlos Morelli (2013), o Prémio Internacional de Canto «Les Jeunes Ambassadeurs Lyriques», em Montreal (Canadá), e o 1.º Prémio no Concurso Internacional Hariclea Darcleé (Roménia).

Integrou o elenco da estreia mundial da ópera mexicana Nuestro Tresguerras, na interpretação do papel Albino Garcia. Também interpretou os papéis de Roberto, em Le Villi de Puccini, Nemorino em L’elisir d’amore de Donizzeti, e a parte de tenor solo da Sinfonia N.º 9 de Beethoven. Estreou-se internacionalmente no Concerto «SummerNight at the Opera» programado pelo Concertgebouw, em Amesterdão.

Entre as suas colaborações mais recentes e os seus compromissos futuros, destacam-se a interpretação do papel de Edgardo (Lucia di Lammermoor) no Teatro de Basileia, com direção musical do maestro Giampaolo Bisanti e direção cénica de Olivier Py, do papel de Alfredo (La Traviata) no Festival Verdi (Teatro Régio de Parma), do papel de Duca di Mantova (Rigoletto) na Ópera Estatal de Hanover, no Teatro do Estado de Innsbruck, no Teatro Cervantes de Málaga e nos Amigos da Ópera de Vigo, do papel de Cavaradossi (Tosca) na Ópera de Vigo, dos papéis de Messaggero (Aida), Ruiz (Trovatore) e Flavio (Norma) no Teatro Real de Madrid, e dos papéis de Messaggero (Aida), Manfredo (I vespri

siciliani) e Liverotto (Lucrezia Borgia) no Palácio das Artes de Valência.

Fabián Lara já trabalhou com os prestigiados maestros Roberto Abbado, Nicola Luisotti, Zubin Mehta, Giampaolo Bisanti, Fabio Biondi, Maurizio Benini, Henrik Nánási, Antonello Manacorda, Ramón Tebar, Sebastiano Rolli e Pablo González, e também com os encenadores David McVicar, Davide Livermore, Olivier Py, Emilio Sagi, Hugo de Ana, Jean-Louis Grinda, Arnaud Bernard, Francisco Negrín e Andrea Bernard.

ANDRÉ HENRIQUESBAIXO - BARÍTONO

André Henriques nasceu em Lisboa e concluiu o Curso de Canto da Escola de Música do Conservatório Nacional, na classe do professor António Wagner Diniz. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, completou o Master in Arts em Opera Performance na Royal Welsh College of Music and Drama, com os professores Donald Maxwell e Michael Pollock. Participou em masterclasses com Susan Bullock,

Page 10: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

Kathryn Harries, Anne Schwanewilms, Lucia Mazzaria, David Santos e João Paulo Santos.

No domínio da Ópera, interpretou Guglielmo (Così fan tutte), Masetto (Don Giovanni) e Figaro (Le Nozze di Figaro) com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Foi Brundibar, na ópera homónima apresentada no Tivoli BBVA e no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), Mufti (Le Bourgeois Gentilhome, Miguel Jalôto), Domestico de Lady Macbeth/ Un Sicario (Macbeth, TNSC) e Sargeant (The Pirates of Penzance, Coral de São José). No programa ENOA, com Claudio Desderi e Yin Chen Lin, foi Filiberto (Il Signor Bruschino) e Gianni Schicchi (Gianni Schicchi), na Fundação Calouste Gulbenkian. Para além disto, interpretou o Gran Sacerdote di Bello (Nabucco, TNSC), Fiorello (Barbiere di Siviglia, Ginásio Ópera), Peter (Hänsel e Gretel, com direção de Nuno Côrte Real), Cadmus (Semele, Nicholas Cleorbury), Polifemo (Acis e Galatea, com direção de Leonardo García Alarcón), Figaro (na estreia mundial de Beaumarchais de Pedro Amaral), Fernando na estreia moderna da ópera Ines di Castro, dirigida por João Paulo Santos), Dandini (La Cenerentola, com direção de David Jones) e Papageno (Die Zauberflöte, com direção de Gareth Jones e encenação de Martin Constantine). Cantou, ainda, com a Orquestra da Ópera Nacional do País de Gales, sob direção de Carlo Rizzi, o papel titular de Gianni Schicchi.

Em Concerto e Oratória, cantou as partes de baixo-barítono das Liebeslieder Walzer de Brahms, no Festival de Música de Sintra, com João Paulo Santos e Olga Prats, Magnificat de C. P. E Bach e Ein höher tag de Homilius, Jephte de Carissimi, Te Deum de Charpentier, excertos de Manfred de Schumann (com direção de Pedro Neves) Messiah de Handel, Paixão Segundo São João de J. S. Bach, Missa de João Domingos Bomtempo, a 9.ª Sinfonia de Beethoven (TNSC, dir. Joana Carneiro), Stabat Mater de Rossini e, ainda, o solo do Stabat Mater de Szymanowski (no St. David’s Hall). No âmbito da Música Antiga, apresenta-se regularmente com o Ensemble Avres Servas, dirigido por Nuno Oliveira.

ANA PEREIRAVIOLINO

Natural de Lanhelas (1985), iniciou

os estudos musicais na banda da sua terra natal, ingressando aos doze anos na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, na Classe de Violino do professor José Manuel Fernandéz Rosado. Aqui terminou o curso básico com a classificação máxima. Começou logo nesta fase de aprendizagem a ser distinguida em concursos: no Prémio Jovens Músicos 2002 obteve o 3.º Prémio de Violino (Nível Médio) e o 3.º Prémio de Música de Câmara (Nível Médio). Participou no 1.º Concurso de Violino Tomás Borba, sendo premiada com o 2.º prémio. Selecionada para a Academia Nacional Superior de Orquestra, começou a estudar com o professor Aníbal Lima, licenciando-se com a classificação máxima no ano de 2007. Antes, em 2005, obteve o 2.º Prémio no Concurso Jovens Músicos (Nível Superior) e, um ano depois, o 1.º Prémio no mesmo concurso. No ano de 2007 venceu a modalidade de Música de Câmara (Nível Superior),

como 1.º violino do Quarteto Artzen, grupo do qual é membro fundador. Mais recentemente, foi vencedora do Prémio Internacional Jovens Violinistas 2011 A Herança de Paganini.

Fez durante toda a formação masterclasses com prestigiados violinistas, nomeadamente Serguei Arantounian, Anotoli Swarzburg, Evélio Teles, Zófia Kuberska-Wóyciska, Gerardo Ribeiro, Eugene Gratovich, Irina Tseitlin, Michael Tseitlin Carmelo de los Santos, Günter Seifert, Igor Oistrach e Evegeny Bushkov, entre outros. As suas qualidades interpretativas levaram-na a ser concertino da Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, da Orquestra Académica Metropolitana, da Orquestra Sinfonietta de Lisboa e da Orquestra de Ópera Portuguesa. Foi também eleita como concertino para a Orquestra Nacional de Jovens APROARTE 2002 e para o II Estágio da Orquestra Sinfónica Académica Metropolitana.

Tocou em diversas orquestras: Sinfonietta do Porto, Sinfonietta de Lisboa, APROARTE, Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Orquestra Académica Metropolitana, Orquestra de Ópera Portuguesa, OrchestrUtopica, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Remix Ensemble e Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Apresentou-se como solista com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Académica Metropolitana, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra Metropolitana de Lisboa e Joensuun Kaupunginorkesteri (Finlândia), em Portugal e no estrangeiro.

Atua regularmente como concertino da Orquestra Sinfonietta de Lisboa e é membro fundador da camerata de cordas Alma Mater.

Ocupa, desde junho de 2015, o lugar de Concertino da Orquestra Metropolitana de Lisboa, formação que integra desde 2008 (e na qual ocupou o cargo de concertino-adjunto durante cerca de 7 anos). Faz parte do corpo docente das Escolas da Metropolitana desde 2009.

2016

© D

avid

Rod

rigue

s

Page 11: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

JUAN PABLO DE JUANMAESTRO DO CORO

Natural de Melilla, Juan Pablo de Juan concluiu o Curso Superior de Música no Conservatório de Málaga. Completou a sua formação em Canto, na Escola Superior de Canto, e em Direção de Orquestra, no Real Conservatório de Música de Madrid, tendo estudado com os professores García Nieto, E. García Asensio, F. Grau, J. López Cobos, Maria Carmen Arroyo, José de Felipe e José A. Sainz de Alfaro. Recebeu uma bolsa da Comunidade de Madrid para prossecução de estudos fora de Espanha, o que lhe permitiu aperfeiçoar-se em Direção Coral com músicos tão prestigiados como Anton Armstrong e Aarné Saluveer. Foi selecionado entre o grupo de jovens maestros que trabalharam com a Jovem Orquestra Nacional de Espanha (JONDE) e foi solista com vários agrupamentos de câmara e formações instrumentais, tais como a Orquestra de Câmara do Conservatório de Melilla, a Orquestra Juvenil da Andaluzia e a Orquestra Sinfónica de Melilla.

A experiência que lhe é reconhecida no domínio da Direção Coral têm-no levado a trabalhar com vários coros espanhóis, tais como o Orfeón Donostiarra, a Polifónica Melillense, o Coro Maestro Guridi, o Coral Virgen de la Paloma, o Coro Eurolírica e os agrupamentos vocais Nabari e SPES, entre outros. Em 2006 começou a dirigir o Coro de Vozes Graves de Madrid e, em 2014, o Coro de Jovens de Madrid. Em ambos os casos, recebeu

numerosos prémios quer a nível nacional quer internacional, destacando-se o Prémio de Melhor Direção Coral nos concursos de Varna (2010; Bulgária), Torrevieja (2016), Rojales (2016) e Roma (2017).

Em 2011 foi diretor do 9.º Simpósio Internacional de Música Coral (IFCM). Foi júri em concursos corais realizados em Espanha e por todo o mundo, nas edições de 2016 e 2017 do programa televisivo «AcapelA», e colaborou com a Orquestra da Universidade de Silpakorn (Tailândia), a Filarmónica de Sopros Feroci (Tailândia) e a Sunrise String Orchestra (Banguecoque).

Leciona frequentemente cursos e masterclasses de música coral, destacando-se os realizados com o Coro de Crianças Órfãs do Uganda, a Confederação de Coros do País Basco, a Federação de Coros de Navarra, a Universidade Universidad Menéndez Pelayo, a Companhia Nacional de Teatro Clássico, a Universidade Internacional da Andaluzia e a Universidade de Granada. No ano

letivo 2016-2017 foi professor do Departamento de Coro da Escola Superior de Música Reina Sofía.

PEDRO AMARALMAESTRO

Pedro Amaral (Lisboa, 1972) iniciou os seus estudos em composição com Fernando Lopes-Graça, em 1986. Graduou-se na Escola Superior de Música de Lisboa (1994) e no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris (1998). Ainda em Paris, concluiu um Mestrado e um Doutoramento em Musicologia Contemporânea na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (2003). Estudou direção de orquestra com Peter Eötvös e Emílio Pomàrico. Em 2004 obteve o Prix de Rome. Professor da Universidade de Évora desde 2007 e Membro da Academia de Belas Artes desde 2017, Pedro Amaral é autor de diversas obras, entre as quais as óperas «O Sonho» (2010) e «Beaumarchais» (2017). Em cada temporada dirige numerosos concertos, em Portugal e no estrangeiro, com um repertório amplo do Classicismo à contemporaneidade. Destacou-se pelas suas interpretações das óperas de Mozart e das grandes sinfonias do romantismo germânico, de Beethoven a Bruckner e Brahms, bem como na sua prática do repertório contemporâneo, em particular das obras de Berio, Boulez e Stockhausen de quem foi assistente. Foi Maestro Titular da Orquestra do Conservatório Nacional (2007/08) e do Sond’Arte Electric Ensemble (2007/10), sendo atualmente Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

2016

© D

avid

Rod

rigue

s

Page 12: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria
Page 13: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

CORO RTVE

A Orquestra Sinfónica e Coro da Rádio e Televisão Espanhola é uma formação sinfónica-coral dedicada à interpretação e difusão de uma cultura musical de qualidade. Em 2015, a Orquestra comemorou o seu 50.º aniversário, ao qual se juntam outros 65 anos de um percurso artístico notável cumprido pelo Coro RTVE. Ambos, Orquestra e Coro, assumem o desígnio de embaixadores de excelência cultural vocacionados para o serviço público. É a única instituição do género em Espanha que tem uma vocação intrinsecamente audiovisual, sendo quase toda a sua atividade difundida através da TVE, RNE e RTVE.es, para lá de desenvolver uma intensa atividade no âmbito da gravação de jingles para rádio e televisão, assim como bandas sonoras para séries da TVE e filmes. Na Temporada 2016/2017, Miguel Ángel Gómez-Martínez assumiu a função de Maestro Titular da Orquestra Sinfónica RTVE. Por seu turno, Juan Pablo de Juan é Maestro Titular do Coro RTVE desde janeiro de 2019.

O Coro RTVE é o coro profissional mais antigo de Espanha, sendo considerado um dos melhores agrupamentos corais do país. O seu repertório estende-se desde as mais antigas obras religiosas e profanas até criações contemporâneas assinadas por compositores espanhóis e estrangeiros, incluindo numerosas estreias. Para lá das atuações conjuntas com a Orquestra Sinfónica RTVE e dos inúmeros concertos em que se apresenta a cappella ou com outros agrupamentos instrumentais, apresentou-se em importantes festivais internacionais. Participou em múltiplas ações de divulgação públicas e eventos comemorativos, e foi convidado para colaborar com as mais importantes orquestras espanholas, tais como a Orquestra Nacional de Espanha, a Orquestra Sinfónica de Madrid, a Real Orquestra Sinfónica de Sevilha e a Orquestra Sinfónica de Barcelona, e também a Orquestra Hallé de Manchester.

Entre as distinções recebidas, destaca-se o Prémio Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres (2014), atribuição do Ministério da Saúde, Serviços Sociais e

Igualdade do Governo Espanhol. Em 2016, recebeu o Prémio ¡Bravo! na Categoria Música atribuído pela Conferência Episcopal Espanhola. Em 2017, a Orquestra Sinfónica e Coro da RTVE receberam um prémio honorífico atribuído pela Semana de Música Religiosa de Cuenca, pelo contributo para a defesa e divulgação da música religiosa. Também foi distinguido com a «Antena de Oro Extraordinaria» da Federação de Associações de Rádios e Televisões de Espanha (2015) e o «Prémio Iris» (2015) da Academia das Ciências e das Artes da Televisão pelo contributo de relevo para a cultural musical espanhola.

No âmbito internacional, destaca-se a participação do Coro RTVE nos festivais da Flandres e de São Petersburgo, para lá das digressões a Roma e ao Vaticano realizadas em 2016 e 2017 no âmbito de um protocolo de parceria estabelecido com o Coro Filarmónico Vaticano. Em junho de 2018, atuou no Bridgewater Hall de Manchester (Reino Unido) em conjunto com a Orquestra Filarmónica da BBC, gravando nessa ocasião, para efeito de edição discográfica, La vida breve de Manuel de Falla, sob direção do maestro Juanjo Mena.

SOPRANOSANA ARELLANO MARTÍNEZ DE GOÑICARMEN ÁVILA DOMÍNGUEZMª TERESA BAREA NAVAMUELAÍDA BRICEÑO VARELAPAULA CABODEVILLA ORTIZPALOMA CHISBERT BAVIERAESTHER GARCÍA MARTÍNEZCONSUELO GIL PAZBLANCA GÓMEZ GARCÍARAQUEL GONZALEZ ALBARRÁNESTHER GONZÁLEZ DÍAZSONIA GONZÁLEZ LÓPEZGALYNA GURINAEWA HYLA ZAMOJSKAALEXIA JUNCAL ALCÁZARAMANDA PUIG DE PRADANANCY RODRÍGUEZ, GARNICAMARTA SANDOVAL RODRÍGUEZELENA SERRANP ERRAZQUINÁNGELA VALDERRÁBANO PINTOS

ALTOSALEJANDRA ACUÑA MANRIQUEEKATERINA ANTIPOVA ELISEEVAMIREN ASTUI ALTUNAPILAR BELAVAL ALONSOPALOMA COTELO SUILSESMERALDA ESPINOSA MARTÍNMª ANGELES FUENTES ALVAREZGISELLE FUNDORA SUÁREZENEIDA GARCÍA GARIJOESTEFANÍA GARCÍA NIETOCAROLINA MARTÍNEZ HUARTESUSANA PEÓN PORTESMª JOSÉ DE PERALTA SENAAÍDA RODRÍGUEZ FERNÁNDEZYOLANDA SAGARZAZU BRITANA SANDOVAL PAJARESJOANA THOMÉALLA ZAIKINA

TENORESIGNACIO ÁLVAREZ BASCÉSAR ARRIETA SALAZARESTEBAN BARRANQUERO SANCHEZFERNANDO CAMPO MOZOÁNGEL CASTILLA RAMÍREZF. JAVIER CHECA GARCÍACARLOS FERNÁNDEZ GLEZD E LA ALEJAMANUEL V.FERNANDEZ GONZALEZJUAN LUIS GUTIÉRREZ MARTÍNEZÁNGEL IZNAOLA ROMEROJAE-SIK LIMMIGUEL MEDIANO CORTÉSJOSÉ JAVIER NICOLÁS USARRAGARAFAEL A.OLIVEROS MEJÍAIGOR PERAL GOLDEZARJULIO PEREZ PULGARINFERNANDO POO CALANTE

BAIXOSALBERTO CAMÓN BOTELLAPABLO CANEDA SCHADCARMELO CORDÓN MANGASÓSCAR FERNÁNDEZ MARTÍNALEXIS JOHN HEATHMICHAEL JORGE GÓMEZJORGE LUJUA URQUIJOOLEG LUKANKIN LUKANKINRUB´EN MARTÍNEZ ORTIZJUAN MANUEL MONTESINOS MARTÍNEZLUIS A.MUÑOZ MARTÍNEZJ. MANUEL MURUAGA DEL CASTILLOPÀBLO PARDO RIVASMARCELO SOLIS ROSADOERIC TORRES ALFAROMIGUEL ÁNGEL VIÑÉ LERMA

Page 14: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

ORQUESTRA METROPOLITANADE LISBOA

A Orquestra Metropolitana de Lisboa

(OML) mantém uma programação regular desde 1992. Os seus músicos asseguram uma intensa atividade que se distingue pela qualidade e pela versatilidade, o que permite abordar repertórios diversos, criar novos públicos e afirmar o caráter inovador do projeto AMEC | Metropolitana, do qual esta orquestra é a face mais visível.

Desde início, a OML afirmou-se como uma referência incontornável do panorama orquestral nacional. Apesar de estar sedeada em Lisboa, apresenta anualmente uma temporada com quase duas centenas de atuações que estendem a sua ação a 12 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, com programações regulares junto de várias autarquias e deslocações frequentes a cidades de todo o país. Com espírito de

participação cívica, a OML apresenta-se frequentemente em eventos públicos relevantes, tais como o festival Dias da Música que acontece todos os anos no Centro Cultural de Belém. Nos programas sinfónicos, jovens intérpretes da Academia Nacional Superior de Orquestra juntam-se à sua constituição base, a qual já integra, em si mesma, vários músicos formados nesta escola. Manifesta-se deste modo a importância que a Metropolitana confia na ponte entre a prática e o ensino da música. Este desígnio, que distingue a sua identidade, é exemplo único no contexto musical português e raro no panorama internacional.

A OML tem gravados mais de uma dezena de CD – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Ao longo do seu historial, colaborou com inúmeros maestros e solistas de grande reputação nos

planos nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Pablo Heras-Casado, Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Emilio Pomàrico, Nicholas Kraemer, Leonardo García Alarcón, Hans-Christoph Rademann, Victor Yampolsky, Joana Carneiro, Pedro Amaral e Pedro Neves, ou os solistas Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Jorge Moyano, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Menezes, Enrico Onofri, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Henschel e Mark Padmore, entre outros.

A Direção Artística da Orquestra Metropolitana de Lisboa é, desde 2013, assegurada por Pedro Amaral que, a partir de 2018, acumula as funções de Maestro Titular.

© M

arce

lo A

lbuq

uerq

ue |

Met

ropo

litan

a

FLAUTASNUNO INÁCIOJANETE SANTOS

OBOÉSSALLY DEANJOEL VAZ

CLARINETESNUNO SILVAJORGE CAMACHO

FAGOTESLURDES CARNEIROERLINE MOREIRA 2

RAFAELA OLIVEIRA

TROMPASROY FEMENELLAJÉRÔME ARNOUFMIGUEL OLIVEIRA 1

ARMANDO MARTINS 1

TROMPETESSÉRGIO CHARRINHODAVIDE LOPES 3

TROMBONESREINALDO GUERREIRO 1

FRANCISCO SALES 2

TIAGO NOITES 1

TÍMPANOSFERNANDO LLOPIS

ÓRGÃOLUDMILA CHOVKOVA 1

1.ºS VIOLINOSANA PEREIRA concertinoJOSÉ PEREIRA ALEXÊI TOLPYGO DIANA TZONKOVACARLOS DAMASJOANA DIASROMEU MADEIRALÍGIA VAREIRO 1

LYZA VALDMAN 1

MARCELO CALDEIRA 1

2.ºS VIOLINOSAGNES SÁROSIJOSÉ TEIXEIRAANZHELA AKOPYANDANIELA RADUELIANA MAGALHÃES 1

ANA OLIVEIRA 1

MICAELA SOUSA 1

SOFIA LEONG 1

VIOLASJOANA CIPRIANOIRMA SKENDERISÉRGIO SOUSA 1

ANA MONTEVERDE 1

VALENTIN PETROVANDREI RATNIKOV

VIOLONCELOSNUNO ABREUCATARINA GONÇALVES JIAN HONGRODRIGO BRITO 2

ALESSIO CUNHA 2

ANA CLÁUDIA SERRÃO

CONTRABAIXOSVLADIMIR KOUZNETSOVERCOLE DE CONCAMARIANA FERNANDES 2

MARGARIDA FERREIRA 1

1 - Convidado2 - Aluno convidado da ANSO3 - Estagiário OML 18/19

Page 15: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria
Page 16: ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA CORO …...CONCERTO DE PÁSCOA Ludwig van Beethoven (1770-1827) Missa solemnis, Op. 123 (1823) (duração aproximada: 80 min.) I. KyrieII. Gloria

www.metropolitana.pt facebook.com/metropolitanalx | Travessa da Galé 36, Junqueira - 1349-028 Lisboa | Tel.: +351 213 617 320

FUNDADORESPresidência do Conselho de Ministros - Ministro da CulturaMinistério da EducaçãoMinistério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Secretaria de Estado do Turismo / Turismo de Portugal, IPSecretário de Estado da Juventude e do Desporto

PROMOTORESCâmara Municipal de Caldas da RainhaCâmara Municipal de LourinhãCâmara Municipal de MontijoCâmara Municipal de Setúbal

PARCEIROS EM 2019Câmara Municipal de AlmadaCâmara Municipal do BarreiroCâmara Municipal de LouresCâmara Municipal do Seixal

DIRETOR EXECUTIVO António Mega FerreiraDIRETOR ARTÍSTICO Pedro AmaralDIRETOR PEDAGÓGICO Nuno Bettencourt Mendes

CIÊNCIA, TECNOLOGIAE ENSINO SUPERIOR

PARCERIASAntena 2 | São Luiz Teatro Municipal | Universidade Nova de Lisboa | Biblioteca Nacional de PortugalCultivarte - Encontro Internacional de Clarinete de Lisboa | CMS Rui Pena & ArnautInstituto Superior de Economia e Gestão | Casa Fernando PessoaFundação Arpad Szenes - Vieira da Silva | Secretaria-Geral da Educação e Ciência

INSTITUIÇÕES AMIGAS DA METROPOLITANA 2019

PATROCINADORES

PARCEIRO DO PROGRAMA “MÚSICA E CIÊNCIA”

PATROCINADOR PRINCIPAL

Este concerto pode ser filmado e/ou fotografado pela organização. Caso não autorize o registo da sua imagem contacte o Relações Públicas da Metropolitana no local.

PRÓXIMOS CONCERTOSTRAGÉDIA E PAIXÃOSEXTA 10 MAIO - 21H00 FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI, SETÚBALSÁBADO 11 MAIO - 21H00 CINETEATRO DA ACADEMIA ALMADENSEDOMINGO 12 MAIO - 17H00 GRANDE AUDITÓRIO DO CCB

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOAANTÓNIO ROSADO PIANO | MYKOLA DYADYURA MAESTRO

Sergei Rachmaninov Concerto para Piano N.º 2, Op. 18Piotr Ilitch Tchaikovsky Sinfonia N.º 6, Op. 74, Patética

BILHETES À VENDAForúm Municipal Luísa Todi: BOL | reservas: 265522127Cineteatro da Academia Almadense: Ticketline | Reservas: 213617321CCB: Ticketline | Bilheteira: todos os dias – 11h00>20h00

DE VENEZA A HAMBURGOSÁBADO 18 MAIO - 21H00 MUSEU DO DINHEIRO [OML NA NOITE DOS MUSEUS]

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOAJANETE SANTOS FLAUTA | JOANA DIAS VIOLINO | ALFREDO BERNARDINI MAESTRO

Carl Philipp Emanuel Bach Sinfonia em Mi Menor, WQ 178, H. 653Antonio Vivaldi Concerto para Flauta e Violino em Sol Menor, RV 517 (orig. para 2 violinos)Carl Philipp Emanuel Bach Sinfonia em Sol Maior, WQ 183/4, H. 666Antonio Vivaldi Concerto para Flauta e Violino em Si Bemol Maior, RV 524 (orig. para 2 violinos)Carl Philipp Emanuel Bach Sinfonia em Ré Maior, Wq.183/1, H. 663Antonio Vivaldi Concerto para Flauta e Violino em Si Bemol Maior, RV 514 (orig. para 2 violinos)ENTRADA LIVRE sujeita à lotação da salaLevantamento de bilhetes no dia do concerto, a partir das 16h00,na receção do museu - máx. 2 bilhetes/pessoa