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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · a crise ambiental, a água como um dos recursos naturais mais importantes para o ... necessitam da água para sobreviver. É uma

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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ARTIGO PDE 2013: O USO DESEJÁVEL DA ÁGUA NO AMBIENTE ESCOLAR

Autora: Mariema Ribeiro1

Orientadora: Profª. Dra Liliani Marilia Tiepolo2

RESUMO

Apresentamos a discussão sobre a utilização consciente da água no ambiente escolar, a partir da aplicação de uma sequência didática elaborada a partir dos princípios da sustentabilidade e da educação ambiental com a intenção de trabalhar com os estudantes temas relacionados ao uso desejável da água e ao uso abusivo e predatório dos recursos naturais e buscar diálogos sobre soluções e boas práticas que evitem o desperdício no ambiente escolar. A sequência didática foi aplicada em dezessete estabelecimentos de ensino da rede estadual do Paraná por professores das disciplinas de Ciências, Geografia, Biologia, Química e História no período de fevereiro a maio de 2014. O resultado desta aplicação possibilitou debates e reflexões pertinentes e relevantes no espaço escolar sobre a questão do uso desejável da água no ambiente escolar, expondo desperdícios, excessos e falta de manutenção dos espaços escolares. O artigo aponta a necessidade de profundas reflexões sobre o uso sustentável dos recursos naturais, em questão a água, e a compreensão que todos fazem parte do meio ambiente, e, desta forma devem pensar em práticas educativas que possibilitem temas como convivência, diálogo, pluralismo, alteridade e responsabilidade.

Palavras-chave: educação ambiental, consciência ambiental, o uso da água.

1Professora PDE: Mariema Ribeiro, professora de Ciências do Colégio Estadual Paulo Leminski de Curitiba.

2Professora do Curso de Gestão Ambiental e do Mestrado em Desenvolvimento Territorial Sustentável da Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral, Matinhos, Paraná.

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1. INTRODUÇÃO

O contexto atual da sociedade se apresenta preocupante diante da

problemática ambiental, causada pelas ações imediatistas e inconsequentes dos

seres humanos sobre a natureza. Leff (2001) relata sobre a impossibilidade de

resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem

que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, gerados pela

dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do

desenvolvimento.

No intuito de discutir a problemática ambiental relatada o presente artigo

apresenta o resultado da aplicação de uma sequência didática sobre a questão do

uso desejável da água no ambiente, elaborada a partir dos princípios fundamentais

da sustentabilidade, ou seja, a perspectiva ética, a mudança de valores e de

comportamento dos sujeitos, e a educação ambiental, entendendo como uma forte

aliada no sentido de orientar a educação em direção à sustentabilidade. A intenção foi

trabalhar com os estudantes temas relacionados ao uso desejável da água, ao uso

abusivo dos recursos naturais e buscar diálogos sobre soluções e boas práticas que

evitem o desperdício no ambiente escolar. Inicialmente a sequência didática foi

desenvolvida no Colégio Estadual Paulo Leminski, situado em Curitiba - Paraná,

quase divisa com o Município de Pinhais, e na continuidade do estudo foi aplicada em

diversas escolas do estado do Paraná.

Para a elaboração da sequência didática foi desenvolvido um estudo sobre a

utilização da água, buscando evidenciar os aspectos referentes à redução e o uso

racional da água no ambiente escolar. Este estudo partiu de reflexões teóricas sobre

a crise ambiental, a água como um dos recursos naturais mais importantes para o

planeta Terra e a necessidade da Educação Ambiental no espaço escolar.

A sequência didática era composta por atividades organizadas a partir das

referidas temáticas: Uso da água – consequências do seu abuso; Água nosso

problema comum; e Orientando o uso racional da água. Para cada temática foram

desenvolvidos procedimentos metodológicos e didáticos que garantiam a

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sensibilização, reflexão e produção de materiais que oportunizassem aos alunos

conhecimentos necessários para a formação e consciência ambiental.

Neste sentido, o objetivo da sequência didática no espaço escolar é sensibilizar

o estudante quanto ao uso e o desperdício de água na escola com a finalidade de

reduzir o desperdício de água no ambiente escolar. E assim, oportunizar a discussão

da Educação Ambiental para além da sala de aula, uma vez que os estudantes podem

influenciar seus familiares e comunidade local.

Neste sentido, o objetivo deste artigo é apresentar a utilização da sequência

didática em escolas de regiões diversas do estado do Paraná, demonstrando sua

efetividade como importante recurso metodológico para o desenvolvimento da

temática ambiental, especificamente relacionada com o uso desejável da água no

espaço escolar.

2. O DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A sequência didática apresenta na primeira atividade o “Uso da água –

consequências do seu abuso” e tem como objetivo sensibilizar para o tema água,

através do texto “A carta de 2070”, e realizar debates sobre a possível escassez da

água no Planeta Terra.

Um dos recursos naturais mais importantes para o planeta Terra é a água.

Todas as espécies que habitam o nosso planeta, necessitam da água para sobreviver.

É uma das poucas substâncias que encontramos nos três estados físicos: gasoso,

líquido e sólido.

Sobre este componente essencial, DASHEFSK (2003, p. 25) traz indicações

interessantes:

As estimativas indicam que a quantidade total de água, em todas as suas formas, na biosfera é de 1,362 sextilhão de litros; não é por acaso que a Terra é chamada de planeta água. Mais de 97% de toda a água encontra-se nos oceanos e é comumente chamada de água salgada. Os 3% restantes compõem-se de água doce. Cerca de 2% encontram-se nas geleiras e 0,5% são águas subterrâneas; apenas 0,2% são águas superficiais (correntes, rios, poços, lagos e reservatórios); 0,1% está no solo, e menos do que isso encontra-se na atmosfera. A água cobre mais de 70% da superfície da Terra e é um componente majoritário no controle do clima por reter grande quantidade de calor. Ela é essencial a todas as formas de vida, que são composta principalmente de água.

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O Brasil é um dos maiores provedores de água do planeta, neste sentido

VICTORINO (2007, p 21) aponta que:

O Brasil é um país privilegiado em termos de disponibilidade de água pois conta com 28% da disponibilidade sul-americana e de 12% das reservas de água do mundo. Em território brasileiro, 72% da água está localizada na bacia amazônica. O Rio Amazonas tem 6.885 quilômetros de extensão e é o maior do mundo em volume de água, despejando 175 milhões de litros por segundo no Oceano Atlântico. No entanto, não podemos esquecer que o crescimento da população faz com que o risco de escassez também nos atinja. Entre 1970 e 2000 o Brasil passou de uma população urbana de 55% para 82% do total da população. É sabido que mais de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e, ainda, outros 2 bilhões não têm qualquer tipo de saneamento básico.

Com a preocupação do consumo excessivo e o desperdício da água, a partir

da Rio-92, no Brasil, em 1997, foi proclamada a Lei Nº 9.433/97, conhecida com Lei

das Águas, que estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos no Brasil,

criando o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), que

cuida da coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre

recursos hídricos. A ideia foi estabelecer mecanismos para assegurar a

disponibilidade de água com qualidade de uso, utilizável de maneira racional,

prevenindo e defendendo contra uso impróprio dos recursos naturais.

Em 2000, foi proclamada a Lei Nº 9.984/00, que dispõe sobre a criação da

Agência Nacional de Águas (ANA), autarquia federal de implementação da Política

Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de

Gerenciamento de Recursos Hídricos vinculada ao Ministério do Meio Ambiente,

executor da política. A missão da ANA é “implementar e coordenar a gestão

compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso a água,

promovendo seu uso sustentável em benefício das atuais e futuras gerações”.

O consumo da água é hoje alvo de debates e preocupações da sociedade

contemporânea em escala mundial.

O consumo diário de água é muito variável ao redor do globo. Além da disponibilidade do local, o consumo médio de água está fortemente relacionado com o nível de desenvolvimento do país e com o nível de renda das pessoas. Uma pessoa necessita de, pelo menos, 40 litros de água por dia para beber, tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos, cozinhar etc. Dados da ONU, porém, apontam que um europeu, que tem em seu território 8% da água doce no mundo, consome em média 150 litros de água por dia.

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Já um indiano, consome 25 litros por dia. Segundo estimativas da Unesco, se continuarmos com o ritmo atual de crescimento demográfico e não estabelecermos um consumo sustentável da água, em 2025 o consumo humano pode chegar a 90%, restando apenas 10% para os outros seres vivos do planeta (MMA, 2005, p. 25).

Os dados apresentados alertam sobre a necessidade de orientar as novas

gerações sobre a necessidade de instituir um consumo consciente dos recursos

naturais fundamentais para os seres humanos.

Entrar no universo da crise ambiental nos remete a necessidade de discutir a

dimensão da sustentabilidade, e para isso obrigatoriamente precisamos destacar a

maior causadora da degradação social e natural dos países da América Latina.

É preciso denunciar os sucessivos ajustes e programas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial que abarcaram tanto a externalização dos custos ambientais e sociais do comércio internacional, como o intercâmbio ecológico e economicamente desigual. A Organização Mundial do Comércio (OMC) também orienta interesses de lucros transacionais, reforçando um modelo de desenvolvimento dominante. Não é possível, assim, aceitar as estratégias que impulsionam os círculos de poder como sujeitos principais da sustentabilidade, nem aceitar o dilema da densidade demográfica como problema ambiental de primeira ordem, muito menos aceitar o otimismo tecnológico como alternativa prioritária para solucionar a crise ambiental (LARRAÍN et al., 2002).

Considerando estas instituições transnacionais como essenciais para entender

a problemática, o fato é que dificilmente as empresas e corporações vão mudar de

proposições por mais que leis e tratados sejam apresentados. Neste caso, SATO

(2005) apresenta um quadro desalentador, ao citar Dalton, “enquanto a destruição

capitalista continue produzindo ganhos para os donos do mundo e seja mais

importante que a conservação ambiental, a única possibilidade que a ecologia tem de

ser importante é a de continuar sendo um negócio”.

A partir da fundamentação teórica apresentada com relação ao uso da água, a

sequência didática apresenta como procedimento metodológico a composição de um

mapa conceitual das percepções que os estudantes têm desta problemática no

presente e no futuro. A partir da apresentação dos mapas conceituais produzidos

pelos estudantes, o professor desenvolve uma aula dialogada sobre alguns conceitos

básicos de Educação Ambiental, considerando a problemática da água em especial.

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No segundo momento o professor apresenta “A Carta de 2070”, e promove uma

discussão sobre a escassez da água no âmbito local e planetária. No debate destaca

questões sobre o resgate dos aspectos positivos e negativos do uso inadequado da

água, para produção de uma redação com o título: Água saberei viver sem ela? O

professor analisa as produções elaboradas pelos alunos, e socializa as melhores

redações no ambiente escolar.

O desenvolvimento desordenado de atividades produtivas e o grande aumento

do consumo dos recursos naturais vêm causando efeitos nocivos na degradação do

solo, do ar, da água e da saúde humana e dos ecossistemas, fazendo com que a

sustentabilidade apareça da necessidade de reorganizar o processo civilizatório da

humanidade.

A ideia de sustentabilidade implica a prevalência da premissa de que é preciso definir limites às possibilidades de crescimento e delinear um conjunto de iniciativas que levem em conta a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos por meio de práticas educativas e de um processo de diálogo informado, o que reforça um sentimento de corresponsabilidade e de constituição de valores éticos. Isto também implica que uma política de desenvolvimento para uma sociedade sustentável não pode ignorar nem as dimensões culturais, nem as relações de poder existentes e muito menos o reconhecimento das limitações ecológicas, sob pena de apenas manter um padrão predatório de desenvolvimento. (JACOBI, 2003, p.195)

A preocupação mundial com o ambiente se torna importante por volta dos anos

60, mas a temática da educação ambiental é destacada depois da Conferência das

Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972.

Em 1977, foi realizada a Conferência de Tbilisi e a Conferência Intergovernamental

sobre Educação Ambiental (ProNea, 2005, p.21).

A crescente preocupação com meio ambiente e desenvolvimento sustentável

resulta na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento, conhecida como Rio-92 ou Eco-92, celebrada no Rio de Janeiro,

em 1992. Nesta conferência foi assinado um documento global, conhecido como

Agenda 21, regulamentando o processo de desenvolvimento com base nos princípios

da sustentabilidade. Também foram elaborados os seguintes documentos: A

Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento; Princípios para a

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Administração Sustentável das Florestas; Convenção sobre Mudança do Clima;

Convenção da Biodiversidade (LEFF, 2001).

Na continuidade da sequência didática é apresentada a questão: “Água nosso

problema comum” e tem como objetivo identificar os pontos de desperdícios da água

no ambiente escolar. O professor divide a turma em grupos de no mínimo quatro

integrantes e os convida para observar e anotar os pontos de desperdícios no espaço

escolar em tabela específica, inserindo a data, o local e o tipo de desperdício ocorrido.

A partir desta tabela os estudantes constroem cartazes com orientações para diminuir

os desperdícios da água no ambiente escolar.

Esta atividade também promove que os integrantes desenhem um mapa ou

croqui da escola identificando os pontos de uso de água e verifiquem se uso está

adequado, pontos de desperdício, e tipos de desperdício (ex: torneira estragada,

válvula de descarga espanada, vazamentos, mal uso da água pela comunidade

escolar). Além da montagem de planilha para acompanhamento do consumo através

do relógio da água (semanalmente), elaboração de gráficos a partir dos resultados

sobre consumo, e a obtenção de imagem, através de fotos tiradas pelos estudantes

dos pontos problemáticos.

A última atividade da sequência didática é “Orientando o uso racional da água”

onde os alunos devem elaborar folders com orientações para o melhor uso da água

no ambiente escolar. Nesta atividade orienta-se para que o professor divida a turma

em grupos de no mínimo quatro integrantes, para elaboração das orientações do

melhor uso da água, por meio de folders que devem ser entregues a Comunidade

Escolar.

A Educação Ambiental no espaço escolar pode ser um dos caminhos para

oportunizar aos estudantes clareza conceitual e reflexão sobre as práticas sociais e

econômicas que acabam degradando o meio ambiente e seu ecossistema. A

produção de conhecimento deve obrigatoriamente atender as inter-relações do meio

natural com o social, responsabilizando os atores envolvidos e as formas de

organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo

desenvolvimento, numa perspectiva que priorize um novo perfil de desenvolvimento,

com ênfase na sustentabilidade socioambiental.

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A Constituição Brasileira de 1988 no seu artigo 225 diz que “todos têm direito

ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o

dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Neste

mesmo artigo, no parágrafo primeiro, inciso VI estabelece que o poder público deve

“promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização

pública para a preservação do meio ambiente”.

É importante ressaltar que o Plano Nacional de Educação (2011-2020)

estabelece no artigo segundo, inciso VI, como uma de suas diretrizes a “promoção da

sustentabilidade socioambiental”. Neste sentido é fundamental que as escolas

discutam questões socioambientais, tais como, por exemplo, o uso desejável da água

e da energia, em situações de trabalho pedagógico que fortaleçam e promovam a

sustentabilidade socioambiental.

A escola deve ter um papel para além da transmissão e acúmulo de

conhecimentos, passou a fazer parte da vida dos indivíduos na modernidade,

determinando suas condições de inserção social, seu grau de cidadania, sua relação

com o trabalho e como o mundo (OLIVEIRA, 2009). Deve auxiliar como afirmadora

dos direitos humanos, ajudando na construção de uma sociedade cidadã e

participante.

Isso implica a necessidade de se multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação ambiental em uma perspectiva integradora. E também demanda aumentar o poder das iniciativas baseadas na premissa de que um maior acesso à informação e transparência na administração dos problemas ambientais urbanos pode implicar a reorganização do poder e da autoridade (JACOBI, 2003, p.192).

Neste sentido, a escola tem a competência de disponibilizar o acesso a

informação e desenvolver a cidadania, isso pressupõe a defesa do direito de todos,

dos direitos difusos e coletivos que possibilitem realizar atividades pedagógicas que

promovam experiências e vivências sociais, tornando nossos estudantes

sensibilizados e participativos na comunidade em que vivem.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) estabelece

no Artigo 32, Inciso II que o ensino fundamental tem por objetivo a formação básica

do cidadão mediante “a compreensão do ambiente natural e social, do sistema

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político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade”.

Isso representa dizer que é necessário que a escola discuta e aprofunde os

conhecimentos referentes ao meio em que vivemos, bem como as relações sociais

que são estabelecidas. Diante disso, surge a necessidade de aprofundar os

conhecimentos relativos às questões ambientais, instituindo a Educação Ambiental,

ou seja, é fundamental criar ações efetivas e permanentes que busquem conscientizar

o jovem sobre a sustentabilidade socioambiental.

As principais políticas públicas para a Educação Ambiental desenvolvidas no

Brasil desde os anos 80 foram fundamentais para o entendimento sobre a importância

da preservação e manutenção do meio ambiente sustentável. Seguem as principais

ações, conforme CARVALHO (2006): 1984 - Criação do Programa Nacional de

Educação Ambiental (Pronea); 1988 - Inclusão da EA como direito de todos e dever

do Estado no capítulo de meio ambiente da Constituição; 1992 - Criação dos Núcleos

de EA pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA) e dos Centros de Educação Ambiental pelo Ministério da Educação (MEC);

1994 - Criação do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea) pelo MEC e

pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA); 1997 - Elaboração dos Parâmetros

Curriculares pela Secretaria de Ensino Fundamental do MEC, onde "meio ambiente"

é incluído como um dos temas transversais; 1999 - Aprovação da Política Nacional de

EA pela Lei nº 9.795; 2001 - Implementação do Programa Parâmetros em Ação: meio

ambiente na escola, pelo MEC; 2002 - Regulamentação da Política Nacional de EA

(Lei nº 9.795) pelo Decreto nº 4.281; 2003 - Criação do Órgão Gestor da Política

Nacional de EA reunindo MEC e MMA.

Durante a Conferência Rio-92 a temática ambiental surgiu com uma questão

de política ambiental de sustentabilidade, pois a preocupação era definir

encaminhamentos de implementação da Educação Ambiental, entendendo ela como

ferramenta para promover a sustentabilidade como plano de sobrevivência do planeta.

A participação do Ministério da Educação e Cultura foi fundamental, pois como um

dos responsáveis no desenvolvimento de políticas educacionais no país, pode

colaborar com o fortalecimento da Educação Ambiental na escola. Neste momento foi

produzida a Carta Brasileira para a Educação Ambiental (ProNea, 2005).

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No Brasil, em 1999, é aprovada a Lei Nº 9.795, que dispõe sobre a Política

Nacional de Educação Ambiental. A lei define a educação ambiental quando diz no

seu artigo primeiro:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, p.1).

Esta Lei foi regulamentada pelo Decreto Nº 4.281, que institui a Política

Nacional de Educação Ambiental, conforme seu artigo primeiro:

A Política Nacional de Educação Ambiental será executada pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, pelas instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, pelos órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo entidades não governamentais, entidades de classe, meios de comunicação e demais segmentos da sociedade (BRASIL, 2002, p.1).

O Programa Nacional de Educação Ambiental faz a articulação entre os órgãos

do governo, para trabalhar a educação ambiental, intermediando a interlocução e as

estratégias e ações, buscando a participação social. Orientando os agentes públicos

na gestão ambiental para atingir a população, utilizando, por exemplo: palestras,

cursos, folders, cartilhas, seminários.

Com a regulamentação da Política Nacional de Educação Ambiental, o ProNEA compartilha a missão de aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente e outros que tenham interface com a educação ambiental, por intermédio dos quais a PNEA deve ser executada, em sinergia com as demais políticas federais, estadual e municipais (ProNea, 2005, p.35).

A construção do ProNEA deverá transcender entre as esferas governamentais

e não governamentais, a nível nacional, estadual e municipal, estruturando-os e

fortalecendo-os para a prática ambiental (ProNea, 2005).

O desafio da escola está em desenvolver o tema de maneira transversal em

todas as disciplinas ofertadas, de forma que o estudante perceba a importância do

desenvolvimento sustentável, em todos os sentidos. Neste sentido, SATO (2005)

contribui para o debate:

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A educação ambiental não é uma tarefa inocente isenta de intencionalidades e propósitos, nem se trata de ensinar às crianças como o mundo anda mal, nem tampouco ocultá-lo. O acúmulo de conflitos, valores, culturas e idiossincrasias que se cruzam nesta parcela de realidade, atribui ao ambiental um valor superestimado de complexidade epistemológica e um status disciplinar de singular riqueza, pois nele se encontra uma diversidade de interesses contrapostos, de ideologias contrárias, de pressupostos filosóficos divergentes, de éticas díspares e de práticas cotidianas muito desiguais e variadas (SATO, 2005 p.184).

Neste sentido, ao inserir os conhecimentos concernentes à Educação

Ambiental nos currículos da Educação Básica e da Educação Superior, buscar

desenvolver de forma transversal, mediante temas relacionados com o meio ambiente

e a sustentabilidade socioambiental, como conteúdo dos componentes já constantes

do currículo (CNE/CP, 2012, p.5).

Com relação à função transformadora da educação ambiental para a

sociedade, é relevante, conforme JACOBI (2003), destacar que:

“A co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o que, no dizer de Tamaio (2000),3 se converte em “mais uma ferramenta de mediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais para a construção das transformações desejadas” (JACOBI, 2003, p.193).

Ao final da sequência didática o professor deve possibilitar a exposição dos

resultados e fotos e croqui dos pontos críticos e com desperdícios, o entrega do

relatório a Direção informando o uso da água no Colégio, com sugestões dos

estudantes.

3. APLICAÇÕES NAS ESCOLAS

A sequência didática foi aplicada em 17 escolas conforme tabela abaixo E os

dados analisados a partir do levantamento dos dados apresentados pelos professores

3 TAMAIO, I. A Mediação do professor na construção do conceito de natureza. Campinas, 2000. Dissertação de

Mestrado do Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino/Unicamp.

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responsáveis demonstram que ocorreram discussões relevantes sobre o uso

desejável da água no ambiente escolar utilizando a sequência didática.

Escola/Colégio Município Núcleo R. de

Educação

C. E. Izelina Daldin Gaiovicz General Carneiro União da Vitória

E. E. Godofredo Machado São José dos Pinhais Área Metropolitana Sul

C. E. do Campo de Doce Fino Quitandinha Área Metropolitana Sul

C. E. Francisco Carneiro Martins Guarapuava Guarapuava

C. E. Rui Barbosa Guarapuava Guarapuava

C. E. Anita Aldeti Pacheco Figueira Irati

C. E. Jose Carlos Pinotti Londrina Londrina

C. E. Godofredo Machado São José dos Pinhais Área Metropolitana Sul

E. E. Cecília Meireles Bandeirantes Cornélio Procópio

C. E..Douradina Douradina Umuarama

C. E. Izelina Daldin Gaiovicz União da Vitória União da Vitória

C. E. Bispo Dom José Martenetz Prudentópolis Irati

C. E. Tancredo Neves Foz do Iguaçu Foz do Iguaçu

C. E.Guilherme de Almeida Loanda Loanda

E. E. Jardim das Araucárias Castro Ponta Grossa

E. E.Antonio F F Costa Guaraniaçu Cascavel

E. E. Léo Kohler Terra Boa Cianorte

C. E. Paulo Leminski Curitiba Curitiba

Quando perguntado aos professores responsáveis se a sequência didática é

eficiente e possibilita discussões relevantes sobre o uso desejável da água no

ambiente escolar, 100% afirmam que a sequência didática possibilitou importantes

reflexões sobre a necessidade urgente de um trabalho de conscientização e de

imediatas mudanças nas atitudes quanto à preservação, consumo e desperdício da

água no ambiente escolar.

Os professores participantes relataram que a escola deve também “assumir a

tarefa de envolvimento das pessoas pelas causas ambientais”, trabalhar na

“conscientização da importância da água e o grande risco da escassez”, que deve

“investir em projetos na escola voltados para a melhoria de vida da própria

comunidade”, desenvolvendo “práticas de uso racional da água em seu cotidiano”, no

sentido de “preservar a água, nas escolas e aproveitar para que esse cuide e perdure

no seu dia-a-dia”, adotando “medidas preventivas, com orientações para o consumo

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de água sem desperdício”, e que a escola “interfira de maneira positiva na Educação

ambiental”.

“O que me chamou a atenção foi a atividade de grupo e a comparação dos mapas entre si sobre a sondagem do uso da água na escola pesquisada. E depois a confecção de folders para ser distribuído na escola e na sociedade explicando a importância de saber usar a água não desperdiçando. Eu já fiz uns anos atrás um trabalho parecido com esse em uma escola de bairro pobre e que não davam importância para a água, foi um trabalho difícil mais o objetivo foi alcançado de saber usar a água sem desperdiçar. Primeiro foi feito uma visita na nascente do Rio Avestruz que abastece a cidade. Lá eles nunca tinham visitado e se mobilizaram entre eles e limparam as margens da nascente, pois tinha muito lixo jogado pelas famílias do bairro, plantaram árvores e flores e depois voltando para a escola conversaram com outros alunos sobre o que observaram e entregaram folders para eles levarem para casa, para seus pais, sobre como usar da água sem desperdiçá-la.” (Professor responsável, Colégio Est. Izelina Daldin Gaiovicz 01)

No desenvolvimento da sequência didática foi possível expandir as discussões

no sentido de conscientizar os estudantes que devemos evitar pequenas atitudes

como deixar a torneira aberta ao escovar os dentes, lavar louça com torneira aberta,

tomar banhos demorados, lavar o carro com mangueira aberta, lavar a calçada com

mangueira, ao invés de usar um balde, aproveitamento de água de chuva são atitudes

que ajudam diminuir o consumo diário de água.

“Quando o professor consegue fazer essa interação aluno meio ambiente e o problema em questão, com certeza se torna mais fácil à conscientização sobre o uso racional da água, uma vez que foi vivenciada na realidade a importância de cuidar da água. em sala de aula se for bem trabalhado o tema voltado para o desperdício da água, estaremos formando cidadãos conscientes que farão toda a diferença junto às gerações futuras perante a problemática levantada”. (Professor responsável, do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava 02)

É necessário que a prática docente possibilita mudanças de comportamento na

comunidade escolar, desenvolvendo a compreensão que todos fazem parte do meio

ambiente, e, desta forma devem pensar em práticas educativas que possibilitem

temas como convivência, diálogo, pluralismo, alteridade e responsabilidade. No

sentido de levar os alunos ao conhecimento da importância do agir responsável

perante o meio ambiente.

“Realmente fazer o conteúdo de sala de aula dialogar com o dia a dia do aluno requer um trabalho árduo e muitas vezes vamos encontramos barreiras, mas, só assim é possível contextualizar e relacionar teoria/prática, dando sentido e significado para vida do aluno. Assim, levando o educando a conscientização, responsabilidades, mudança de atitude e de comportamento em relação ao uso da água ou de qualquer outro bem

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essencial para vida. Outra vantagem neste processo que o aluno exercerá influência direta com seus familiares bem como com a comunidade local na transformação da realidade.” (Professor responsável, Escola Estadual Antonio F F Costa 03)

“desenvolver responsabilidade nos alunos, chamando-os para vivenciar o problema existente no âmbito escolar, isso faz com que o educando ajude encontrar soluções para resolver o problema ali existente e ao mesmo tempo esse se torna mais responsável se tornando um cidadão ambientalmente correto para o problema apontado. Achei bem interessante o trabalho em grupo entre os alunos e depois a comparação dos mapas, esse trabalho se for bem elaborado com certeza terá um resultado positivo perante a comunidade escolar”. (Professor responsável, do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava 04)

A escola deve desenvolver suas atividades embasadas nas Diretrizes

Nacionais da Educação Ambiental, Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, que diz

da necessidade de desenvolvimento de um caráter social em relação com a natureza

e com os outros seres humanos. No artigo 3º “a Educação Ambiental visa à construção

de conhecimentos, ao desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, ao

cuidado com a comunidade de vida, a justiça e a equidade socioambiental, e a

proteção do meio ambiente natural e construído” (CNE/CP, 2012, p.2). E o professor

tem a função de mobilizar os estudantes na construção de referenciais ambientais e

orientá-lo para saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma

prática social centrada no conceito da natureza.

A partir do pressuposto que a escola é um espaço importante para trabalhar

a questão ambiental, e o professor é um mediador fundamental na promoção de

reflexões na sala de aula que conscientize os estudantes sobre os cuidados com

relação aos recursos naturais, foi possível verificar, através desta pesquisa, que a

sequência didática aplicada possibilitou a promoção de reflexões sobre o uso

desejável da água no ambiente escolar. E os estudantes que participaram foram

mobilizados no sentido de se reconhecerem como participantes de um processo de

Educação ambiental que extrapola os muros da escola, visando uma revisão de

valores na comunidade com a intenção de almejar um futuro sustentável.

4. REFERÊNCIAS

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BRASIL. Lei nº 9394 de 30 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

BRASIL. Lei nº 9433 de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos

BRASIL. Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Politica Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 9984 de 17 de julho de 2000. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas – ANA.

BRASIL. Decreto nº 4281 de 26 de junho de 2002. Regulamenta a Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

CARVALHO, ISABEL CRISTINA MOURA, Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo, Cortez, 2ª Ed.2006

DASHEFSKY, H. STEVEN. Dicionário de ciência ambiental. São Paulo: Gaia, 2003.

FERREIRA, Eliza. OLIVEIRA, Dalila. Crise da escola e políticas educativas. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009.

JACOBI, Pedro. Educação Ambiental: Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, p. 189/205, 3 março/ 2003.

LARRAÍN, S.; LEROY, J.P.; NANSEN, K. (Eds.). Cono sur sustentable: aporte ciudadano a la construcción de sociedades sustentables. Berlín: Fundación Heinrich Böll, 2002.

LEFF, ENRIQUE. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

MMA/MEC/IDEC. Manual de Educação para o Consumo Sustentável. Brasília, 2005. 160p.

PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – ProNea. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005.

Resolução CNE/CP 2/2012. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de junho de 2012 – Seção 1 – p. 70

SATO, Michèle; CARVALHO, Isabel Cristina Moura (orgs). Educação Ambiental. Porto Alegre: Artmed, 2005.