14
Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · As tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas relações, entre o estar juntos

Embed Size (px)

Citation preview

Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

YES, WE TALK ENGLISH: o processo de ensino aprendizagem da Língua Inglesa e o emprego da Tecnologia digital

Anita Leoratto Bavaresco Montegutti1

Drª Beatriz Helena Dal Molin2 Resumo: A língua Inglesa é a idioma mais importante do mundo, utilizado para a comunicação por muitas nações, e estudada como uma língua estrangeira por tantas outras. É a língua da ciência, da comunicação, do esporte, da tecnologia, etc. Tecnologia que está presente principalmente na vida da grande maioria dos jovens, através de inúmeros modelos de aparelhos tecnológicos digitais existentes. Jovens estes que frequentam as escolas e que tem como uma das disciplinas de língua estrangeira moderna, a Língua Inglesa. São estudantes que normalmente costumam reclamar por terem dificuldades de entender este idioma, por diferentes motivos e consequentemente sentem-se desmotivados, o que os leva a desanimarem e perder o interesse em estudá-lo. Com o objetivo de apresentar mudança de estratégias de ensino-aprendizagem, através deste estudo, cria-se novas alternativas de como ensinar uma língua estrangeira de maneira de modo que motive o educando a aprender a empregar a língua Inglesa utilizando ferramentas tecnológicas digitais, já presentes em sua realidade, na realização de diferentes situações de ensino-aprendizagem apresentadas no material didático, e postadas em um ambiente virtual, blog.

Palavras-chave: Tecnologia. Conhecimento. Aprendência.

Introdução

O Projeto O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: tecnologia, conhecimento e

aprendência apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE é

parte integrante às atividades da formação continuada da Rede Estadual de

Educação do Paraná. Desenvolvido dentro da linha de pesquisa: A Tecnologia no

1 MONTEGUTTI, Anita Leoratto Bavaresco – formada em Letras-Inglês, pela faculdade de Filosofia,

Ciências e Letras de Palmas - PR, pós-graduada em Língua Portuguesa e Comunicação pela Universidade do Contestado – UNC – Caçador – SC. Professora efetiva de LEM- Língua Inglesa no Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental, Médio e Profissional de Dois Vizinhos – PR, e-mail: [email protected].

2 Professora orientadora DAL MOLIN, Helena Beatriz - formada em Letras-Francês, Mestre em

Linguística/Análise do Discurso, Pós-Doutora do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento/ Área de Mídia e Conhecimento/ Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. Membro do grupo de pesquisa PCEADIS/Cnpq/UFSC, do grupo Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura, Linguagem, Linguagens em ambientes idiossincráticos, Núcleo de Complexidade e Cognição (Antigo Núcleo de Eco ergonomia) UFSC. Professora no Colegiado de Letras e no Programa de Pós-graduação mestrado e doutorado em Letras_Linguagem e Sociedade da UNIOESTE-Paraná. Coordenadora do Projeto Estudo, concepção e produção de recursos educacionais impressos e digitais - Unioeste e instituições parceiras. Cascavel – PR, e-mail: [email protected].

Ensino de Língua Estrangeira Moderna, com estudantes do 9º ano do ensino

fundamental do Colégio Estadual Leonardo da Vinci – EFMNP do município de Dois

Vizinhos, Paraná e que teve como professora orientadora da IES, Prof.ª Drª Beatriz

Helena Dal Molin.

A elaboração desse projeto partiu da identificação da problemática

apresentada nas aulas de Língua Inglesa, sobre “o por que aprender uma língua

estrangeira, se não é usada?” Estudantes sem interesse em aprender. Outro

problema diz respeito às ferramentas tecnológicas existentes no espaço escolar,

mas que muitas vezes não são utilizadas, por inúmeros motivos: por não ser

permitido; não saber como utilizar; por causa de acessos limitados e frequentemente

por não estar com condições de funcionamento adequado.

O referido projeto teve como objetivo desenvolver atividades de língua Inglesa

valendo-se da tecnologia de comunicação digital com o uso de buscando motivar os

estudantes no aprendizado da língua Inglesa, considerando que esta é presença

real nos aparelhos tecnológicos usados por eles e uma das línguas mais faladas no

mundo. Para isto desenvolveu-se um ambiente virtual – blog, onde seriam postadas

as situações de ensino-aprendizagem trabalhadas durante a implementação do

projeto: O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: tecnologia, conhecimento e aprendência.

O PDE é um Programa de Formação Continuada e tem como objetivo aliar o

conhecimento teórico ao conhecimento aplicado, ou seja, teoria e prática, prática

esta desenvolvida com a Educação Básica na Rede Pública Estadual do Paraná.

Através do Projeto de Intervenção Pedagógica originado de uma problemática

de ensino-aprendizagem existente no ambiente escola, desenvolve-se material

didático com atividades que busquem solucionar os problemas apresentados.

A Língua Inglesa é hoje o idioma da comunicação global, o mais estudado em

todo o mundo e é por meio desta língua que povos de todos os cantos da terra,

conseguem se comunicar. Esta afinidade entre os povos por meio do inglês favorece

o conhecimento, o entendimento e o respeito entre as culturas envolvidas. Para que

esta comunicação realmente seja efetivada há necessidade do uso dos meios

tecnológicos como a internet que está presente no mundo todo e “imaginar a

educação hoje sem o uso das tecnologias é praticamente inviável. A criança que

chega à escola já tem acesso à mídia”. (Suzuki; Rampazzo, 2009, p.38).

Como já se sabe a tecnologia, de uma forma ou de outra, está presente na

vida de uma grande maioria da população. Sendo assim é impossível pensar a

educação escolar sem a utilização dessas ferramentas virtuais.

De acordo com os PCNs:

A Língua Estrangeira no ensino fundamental tem um valioso papel construtivo como parte integrante da educação formal. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de capacitação que leva a libertação. A língua é o indicador mais sensível de todas as transformações sociais. (Brasil, 1998, p.41).

Desde o século IX d.C., aprende-se e ensina-se línguas estrangeiras e o

método da gramática-tradução era usado para ensinar o latim e até hoje para

ensinar as línguas .

Os Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam que aprender uma língua

estrangeira moderna é um direito de todos os cidadãos que vivem em um mundo

socialmente globalizado e culturalmente plural, mas elementos complicadores para o

processo de aprendência de língua estrangeira moderna provocam frustações,

ansiedades e questionamentos para o corpo docente como número de estudantes,

equipamentos audiovisuais, professor que fala muito pouco ou não fala a língua

estrangeira que leciona.

Os Parâmetros então sugerem que as aulas de língua estrangeira se centrem

no desenvolvimento de apenas uma habilidade: a leitura, a qual ajudará também na

leitura em língua materna (gêneros textuais, estratégias de leitura) e

consequentemente na habilidade da escrita.

Segundo Emília Ferreiro (2001),

A presença da escrita na tela do computador é hoje um fato universal. A tecnologia da informação e da comunicação está trazendo mudanças importantes não apenas no mercado de trabalho, mas também nas práticas de leitura e escrita. Navegar na Internet exige um comportamento do leitor bastante diferente do comportamento que ele tem diante do livro. (EMÍLIA FERREIRO, 2001: 24),

Ao que concordamos com a autora citada e acrescentamos que a escola

precisa acompanhar esta caminhada da humanidade sob pena de se sentir cada vez

menos operante e com menos sucesso em sua tarefa de ensinar. Urge que se

busque meios e estratégias de modo que “Todos aqueles que querem ser

proficientes numa língua precisam ler, gostem ou não”! (David Hill, 1997), e assim

cativar os estudantes para os processos de leitura e interlocução em língua

estrangeira.

A Educação é o caminho fundamental para transformar a sociedade. Educar é

colaborar para transformar as vidas de estudantes e educadores em processos

permanentes de aprendizagem. As tecnologias nos permitem ampliar o conceito de

aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas relações, entre o estar juntos

fisicamente e, virtualmente.

A Internet é um grande recurso para a aprendizagem múltipla: aprende-se a

ler, a buscar informações, a pesquisar, a comparar dados, a analisá-los, a criticá-los,

a organizá-los.

Do modo como estamos exercendo o fazer pedagógico, perdemos tempo

demais, aprendemos muito pouco, desmotivamo-nos continuamente, repetindo aulas

convencionais e ultrapassadas. Temos uma modalidade de ensino em que

predominam a fala massiva e massificante, um número excessivo de estudantes por

sala, professores mal preparados, mal pagos, pouco motivados e pouco ricos

culturalmente. A infraestrutura costuma ser inadequada. Salas desconfortáveis que

acabam, pelo desconforto gerando desacomodação nos estudantes, pouco material

escolar avançado, tecnologias pouco acessíveis à maioria e muitas vezes com

problemas. Temos muitos estudantes que ainda valorizam mais o certificado do que

o processo de aprender, que fazem o mínimo (em geral) para ser aprovados, que

esperam ser conduzidos passivamente e, não exploram todas as possibilidades que

existem dentro e fora da organização escolar.

As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos

educadores autênticos que sejam humildes e confiantes, maduros intelectual e

emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e

dialogar, não docentes “papagaios”, que repetem o que leem e ouvem. Pessoas com

as quais valha a pena entrar em contato, porque desse contato sai-se enriquecidos.

Mudanças na educação dependem de termos educadores/pais (humanos),

administradores, diretores e coordenadores mais abertos que apoiem, e também de

estudantes curiosos e motivados. Motivados pelo espaço em que vivem, porque

quanto mais completo é o ambiente familiar, mais facilmente o educando consegue

construir a lógica da história, organizar de forma mais rica a linguagem.

É possível educar para a autonomia, para a liberdade com métodos

fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, que respeitem as

diferenças, que estimulem, que apoiem, orientados por pessoas e organizações

livres.

Segundo DEMO (2006), a tecnologia é uma linha a ser seguida para chegar

se à aprendizagem. Mas para aprender é preciso saber pesquisar, elaborar, redigir

textos próprios, ler conteúdos sistematizados, desconstruir e reconstruir as

experiências, argumentar e contra argumentar de maneira autônoma.

A construção do conhecimento, a partir do processamento multimidiático, é mais “livre”, menos rígida, com conexões mais abertas, que passam pelo sensorial, pelo emocional e pela organização do racional; uma organização provisória, que se modifica com facilidade, que cria convergências e divergências instantâneas, que precisa de processamento múltiplo instantâneo e de resposta imediata (Moran, 1998 apud Moran,2000, pp.148-152).

É preciso repensar o papel do educador como ação pedagógica e elaborar

outros modelos mais eficazes para a produção do conhecimento, para a formação e

a valorização dos profissionais da educação, uma vez que isto tem fundamental

importância na reestruturação dos currículos possíveis para o bom uso das

tecnologias, para uma real aprendência, pois ela é fato e os estabelecimentos de

ensino terão que incorporá-la, cada vez às suas práticas, tornando uma

aprendizagem off-line em on-line, ou seja, o conhecimento não se dá somente em

sala de aula, mas sim além destes espaços físicos, na internet.

Os profissionais preparados para o século XXI precisão ser criativos, críticos,

autônomos, questionadores, participativos e, principalmente, transformadores da

realidade social. Com esse desafio presente, Gadotti (apud Behrens, 2000,) atribui à

escola a missão de:

Amar o conhecimento como espaço de realização humana, de alegria e de contentamento cultural; cabe-lhes selecionar e rever criticamente a informação; formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser provocadora da mensagem e não pura receptora; produzir, construir e reconstruir conhecimentos elaborados. E mais: numa perspectiva emancipadora da educação a escola tem que fazer tudo isso em favor dos excluídos. Não discriminar o pobre. Ela não

pode distribuir poder, mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber, que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação, a tecnologia não é nada sem a cidadania. (GADOTTI, apud Behrens, 2000, p. 251)

O computador é, sem dúvida de grande interesse dos estudantes, porque,

então, não aliar esse recurso às aulas de Língua Inglesa, tirar proveito, cuidando

para não exaltá-lo a ponto de imaginar que ele, por si só, já garanta o aprendizado,

pensar em integrá-lo ao seu trabalho, Se a tecnologia está em toda parte dos

setores da vida em sociedade, também precisa estar na educação escolar.

O não uso dos recursos tecnológicos pelos educadores pode ser pela

ausência de conhecimento, pois as habilidades para o trabalho com as tecnologias

dependem de experiências e formação, se não houve formação adequada para

trabalhar com as mesmas, como investirão na formação dos discentes.

A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando

a construção de conhecimentos por uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de

alunos e professores foi nesse sentido que trabalhou-se a partir do projeto PDE com

o blog denominado ENGLISH IS GOOD 4 YOU 3.

Há a necessidade de conscientização que é preciso se alfabetizar

digitalmente, para promover ações pedagógicas efetivas para a formação de sujeitos

mais capazes de fazerem escolhas mais adequadas do que as de seus ancestrais e

talvez por isso a grande maioria das escolas apresente dificuldade com acesso a

internet e não disponha de bons equipamentos que subsidiem o trabalho com a

tecnologia que alguns professores já estão aptos a desenvolver, o que foi o caso

deste projeto.

De acordo com (Moran, 2000):

Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas. A construção do conhecimento, a partir do processamento multimídico, e mais “livre”, menos rígida, com conexões mais abertas, que passam pelo sensorial, pelo emocional e pela organização do racional; uma organização provisória, que se modifica com facilidade, que cria convergências e divergências instantâneas, que precisa de

3 http://englishisgood4you.blogspot.com.br/

processamento múltiplo instantâneo e de resposta imediata (MORAN,1998 apud MORAN, 2000, pp.148-152).

Através de redes sociais é possível hoje observar organizações de

movimentos, de lutas que fazem as autoridades competentes refletirem sobre o que

se está reivindicando, nos quais é possível perceber o quanto dispositivos

tecnológicos são importantes para uma educação libertadora, onde todos sem

distinção possam ser ouvidos tornando uma sociedade um pouco mais igualitária, e

a escola é a grande responsável em motivar esta população na realização de tais

mudanças, pois hoje educar, significa defender vidas. Só pessoas livres, autônomas

– ou em processo de libertação – podem educar para a liberdade, podem educar

para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem o

diploma de educador.

Para MORAN, “somente podemos educar para a autonomia, para a liberdade

com processos fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, que

respeitem as diferenças, que incentivem que apoiem orientados por pessoas e

organizações livres” (MORAN, 2000, p. 16).

Rubens Alves (2007 apud MORAN, 2000, p. 34), costuma dizer que educar

tem tudo a ver com sedução. Segundo ele, educador/a é quem consegue desfazer

as resistências ao prazer do conhecimento. Seduzir para “o que”? Ora, para um

saber/sabor. Portanto, para o conhecimento como fruição. Mas é importante frisar

igualmente o “para quem”, porque pedagogia é encantar-se e seduzir-se

reciprocamente com experiências de aprendizagem. Nos docentes deve tornar-se

visível o gozo de estar colaborando com essa coisa estupenda que é possibilitar e

incrementar – na esfera sociocultural, que se reflete diretamente na esfera biológica

– a união profunda entre processos vitais e processos de conhecimento.

Portanto, é necessário que o educador tenha o estudante como seu principal

aliado neste processo de aprendência, conduzindo-o pelos melhores caminhos, os

quais sejam fáceis de serem trilhados e que os levará a importantes e divertidos

resultados.

A Língua Inglesa é usada em muitos países do mundo e como principal

idioma para a comunicação internacional. Depois do Mandarin, língua falada pela

população chinesa, por ser um país com o maior número de habitantes da terra, mas

que no entanto a Língua Inglesa é falada por mais pessoas que qualquer outra. Ela

é a Língua oficial em mais de 55 países e a primeira língua de quase 400 milhões de

pessoas e o segundo idioma para quase 1 bilhão de outras pessoas, como os

gráficos a seguir representam:

Fonte: http://goo.gl/BMHzJ0

Fonte: http://goo.gl/SVYIYL

Novas tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais

presentes no dia-a-dia das pessoas e consequentemente a educação não fica de

fora, busca utilizar estas ferramentas também. Em se tratando de LEM- Língua

Inglesa, esta parceria torna-se ainda mais atuante, pois as novas tecnologias

facilitam o acesso por professores e estudantes a uma vasta quantidade de textos

atuais, ou seja, de informações nesse idioma. Por outro lado também, a Internet

proporciona a comunicação em inglês de diferentes pessoas em várias partes do

planeta, em diversas situações comunicativas.

No contexto escolar, faz-se necessário promover o letramento digital, não

somente oportunizando o acesso a novas ferramentas e programas, mas

orientando-os a usar a tecnologia de forma responsável, crítica e inserida em seus

contextos sociais. E é por esta razão, que se necessita trabalhar, iniciando-se por a

compreensão e aplicação das regras de netiquetas, pois através destas, os

estudantes observam a importância de se ter normas para o uso da comunicação

virtual.

Vive-se em um mundo globalizado e dinâmico, onde o uso da Língua Inglesa

está se destacando como uma língua universal. Portanto faz-se necessário preparar

intelectualmente os estudantes de hoje para enfrentar os desafios do mercado de

trabalho que está cada vez mais globalizado.

Metodologia

A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola iniciou-se

com a apresentação do mesmo inicialmente para toda a comunidade escolar, em

seguida aos estudantes da turma do 9º ano, expondo quais eram as finalidades do

referido projeto.

Através de um questionário que se encontra no anexo, procurou-se conhecer

melhor o público com o qual o projeto seria desenvolvido.

O referido questionário versou sobre o acesso e uso que os educandos tem

em relação aos recursos tecnológicos.

Dos 112 estudantes pesquisados, 58 são meninos e 54 são meninas com

uma faixa etária de 13 a 16 anos de idade, dos quais 91 deles possuem computador

em casa e 19 não têm ainda.

Quando perguntados sobre o uso do computador 99 responderam que sim e

13 que não, com frequências variadas: 59 usam o computador diariamente, 17

semanalmente, 32 esporadicamente e 04 estudantes não responderam, para que

finalidade eles utilizam 63 estudantes responderam que para o lazer, 56 para

pesquisa, 63 para realizar trabalhos e 44 para visitar páginas.

Ao indagar se os estudantes usam o computador da e na escola: 28

estudantes responderam que sim, 81 responderam que não e 02 não responderam,

os 28 que responderam sim disseram que usam para fazer trabalhos, pesquisas,

trabalhos em grupo, mas poucas vezes, pois o professor precisa estar junto, mas

eles evitam levar, pois sozinhos é difícil de controlar a turma e a escola não tem um

laboratorista para acompanhar, ajudar a resolver alguns problemas que possam

aparecer, como por exemplo, as máquinas não funcionarem.

Ao questionar-se se os estudantes possuem curso de informática: 46

responderam que sim, 65 responderam que não e 02 não estudantes não

responderam.

Indagando-se se eles consideram importante estudar ou conhecer uma língua

estrangeira, neste caso, o inglês: 108 estudantes responderam que sim por diversos

motivos, porque vão precisar no futuro, para saber, para conhecer, para o trabalho,

porque é necessário saber mais que uma língua, para ir ao exterior, para adquirir

conhecimento, para conhecer línguas diferentes, porque inglês, é uma língua muito

importante, porque é bastante usado, porque é legal, para traduzir, porque gostam e

é a melhor matéria, porque é uma língua universal, para comunicar-se, para a

faculdade, porque é importante porque é diferente, para viajar, para fazer

intercâmbio, porque é importante no currículo, para entrar em uma boa faculdade,

para o Enem, para interagir com outras pessoas, para um bom emprego, para falar

corretamente, para entender textos em jogos, para a internet, para entender as

músicas, ainda dentro desta questão 04 estudantes que responderam que não é

importante aprender, disseram que ele tem preguiça, e não querem aprender, e se

assim o quisessem, faria uma escola particular, 01 estudante não respondeu.

Quando perguntados se acreditam ser importante e necessário usar o

computador nas aulas de língua inglesa, 94 estudantes responderam que sim e

justificaram dizendo que isto facilitaria o aprendizado, que usaria um material

diferente, não só o livro, teria mais acesso a informações, aprofundaria o

conhecimento, tiraria as dúvidas, traduziria e faria trabalhos, os 18 estudantes que

responderam que não é importante o uso do computador, justificaram dizendo que o

que se aprende com o computador, pode aprender também sem ele, que o professor

explica melhor que o computador, porque tem o livro para estudar, porque se faz

tudo o que é preciso em sala de aula, sem computador, porque aprendem mais,

lendo e falando, porque tem o dicionário e o professor explicando eles entendem

mais, porque tem dicionário e a internet não passa os dados certos. 01 estudante

não respondeu.

Com este questionário ainda pediu-se para que os estudantes sugerissem

exemplos de métodos e/ou estratégias que usassem os recursos tecnológicos

disponíveis nas aulas de língua inglesa, as ideias foram as seguintes: trabalhos em

grupo no laboratório, usar o tradutor, a internet, o celular, tablet, TV, redes sociais,

notebook, data show, ouvir música, mais fala, mais explicação, aulas ao ar livre,

filmes com legenda, vídeos em inglês, pesquisa em páginas em inglês, jogos

educativos, produzir trabalhos em powerpoint e em pen drive para apresentar, fazer

cursos, usar sites para ouvir e repetir e fazer exercícios em inglês on line.

Considerações Finais

O acesso a inúmeros materiais em Língua Inglesa, por meio da internet,

promove o domínio desta Língua, ampliando vocabulário e apresentando palavras e

expressões novas relacionadas ao assunto estudado, ativando conhecimentos

prévios e estimulando a reflexão crítica, construindo argumentos consistentes para

sustentar opiniões, em suas produções, pois observa-se que a educação acaba

recebendo influencias da tecnologia e há um novo perfil de estudante, que pede um

novo modo de ensinar e é praticamente impossível pensar, hoje, atuar no ensino de

Língua Inglesa sem o uso da tecnologia digital.

Referências

ASSMAN, Hugo. Reencantar a Educação: Rumo à sociedade aprendente. 9ª ed.

Petrópolis: RJ:Vozes, 2007.

BETTEGA, Maria Helena Silva. Educação continuada na era digital. São Paulo: Cortez, 2010.

BRASIL, Parâmetros Curriculares nacionais da Língua Inglesa, Brasília: MEC/SEF 1998.

CASTELLS, Manuel; CARDOSO, Gustavo (Orgs.). A Sociedade em Rede: do

conhecimento à ação política; Conferência. Belém (Por): Imprensa Nacional, 2005.

DAL MOLIN, Beatriz Helena. Do Tear à Tela: uma tessitura de linguagens e sentidos

para o processo de aprendência. Florianópolis, 2003, 237 f. Tese (Doutorado em

Engenharia de Produção), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC,

Florianópolis – SC, 2003.

GONÇALVES, Marluce Torquato Lima, NUNES, João Batista Carvalho, GT: Educação e Comunicação / n.16: Artigo: Tecnologias de informação e comunicação: Limites na formação e prática dos professores.

http://englishisgood4you.blogspot.com.br/

http://www.webbusca.com.br/atlas/paises_lingua_inglesa.asp

LIMA, Diógenes Cândido de (Org.). Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa:

conversas com especialistas: São Paulo, SP: Parábola Ed. 2009.

MORAIS, R. de (org.) Sala de aula – Que espaço é esse? 7. ed. Campinas: Papirus, 1994

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T. e BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Inglesa. Curitiba: SEED, 2008.

SANTOS, Paula Ugalde dos.Artigo: Cibercultura e Educação na Sociedade Contemporânea – Santa Barbara do Sul, RS:2009.

SUZUKI, Juliana T. F.;RAMPAZZO, Sandra R. R. Tecnologias em educação. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

ANEXO 1

Questionário

1-SEXO: ( )MASCULINO ( )FEMININO

2-IDADE: _____________

3-VOCÊ TEM COMPUTADOR EM CASA? ( )SIM ( )NÃO

4-VOCÊ USA O COMPUTADOR? ( )SIM ( )NÃO

5-COM QUE FREQUÊNCIA? ( )DIARIAMENTE ( )SEMANALMENTE (

)EXPORADICAMENTE

6-VOCÊ UTILIZA O COMPUTADOR PARA ( )LAZER ( )PESQUISA

( )FAZER TRABALHOS ( )VISITAR PÁGINAS

7-VOCÊ UTILIZA O COMPUTADOR NA ESCOLA? ( )SIM ( )NÃO

QUANDO?_______________________________________________________

8-VOCÊ TEM CURSO DE INFORMÁTICA? ( )SIM ( )NÃO

9-VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTE ESTUDAR, CONHECER UMA LÍNGUA

ESTRANGEIRA, NO CASO O INGLÊS?( ) SIM ( ) NÃO

10-VOCÊ ACHA IMPORTANTE E NECESSÁRIO USAR O COMPUTADOR NAS

AULAS DE LÍNGUA INGLESA?( ) ( )NÃO

11-QUE EXEMPLOS DE MÉTODOS QUE USEM RECURSOS

TECNOLÓGICOS VOCÊ SUGERE QUE SEJAM INSERIDOS NAS AULAS DE

LÍNGUA INGLESA?

_______________________________________________________________