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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
YES, WE TALK ENGLISH: o processo de ensino aprendizagem da Língua Inglesa e o emprego da Tecnologia digital
Anita Leoratto Bavaresco Montegutti1
Drª Beatriz Helena Dal Molin2 Resumo: A língua Inglesa é a idioma mais importante do mundo, utilizado para a comunicação por muitas nações, e estudada como uma língua estrangeira por tantas outras. É a língua da ciência, da comunicação, do esporte, da tecnologia, etc. Tecnologia que está presente principalmente na vida da grande maioria dos jovens, através de inúmeros modelos de aparelhos tecnológicos digitais existentes. Jovens estes que frequentam as escolas e que tem como uma das disciplinas de língua estrangeira moderna, a Língua Inglesa. São estudantes que normalmente costumam reclamar por terem dificuldades de entender este idioma, por diferentes motivos e consequentemente sentem-se desmotivados, o que os leva a desanimarem e perder o interesse em estudá-lo. Com o objetivo de apresentar mudança de estratégias de ensino-aprendizagem, através deste estudo, cria-se novas alternativas de como ensinar uma língua estrangeira de maneira de modo que motive o educando a aprender a empregar a língua Inglesa utilizando ferramentas tecnológicas digitais, já presentes em sua realidade, na realização de diferentes situações de ensino-aprendizagem apresentadas no material didático, e postadas em um ambiente virtual, blog.
Palavras-chave: Tecnologia. Conhecimento. Aprendência.
Introdução
O Projeto O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: tecnologia, conhecimento e
aprendência apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE é
parte integrante às atividades da formação continuada da Rede Estadual de
Educação do Paraná. Desenvolvido dentro da linha de pesquisa: A Tecnologia no
1 MONTEGUTTI, Anita Leoratto Bavaresco – formada em Letras-Inglês, pela faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Palmas - PR, pós-graduada em Língua Portuguesa e Comunicação pela Universidade do Contestado – UNC – Caçador – SC. Professora efetiva de LEM- Língua Inglesa no Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental, Médio e Profissional de Dois Vizinhos – PR, e-mail: [email protected].
2 Professora orientadora DAL MOLIN, Helena Beatriz - formada em Letras-Francês, Mestre em
Linguística/Análise do Discurso, Pós-Doutora do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento/ Área de Mídia e Conhecimento/ Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. Membro do grupo de pesquisa PCEADIS/Cnpq/UFSC, do grupo Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura, Linguagem, Linguagens em ambientes idiossincráticos, Núcleo de Complexidade e Cognição (Antigo Núcleo de Eco ergonomia) UFSC. Professora no Colegiado de Letras e no Programa de Pós-graduação mestrado e doutorado em Letras_Linguagem e Sociedade da UNIOESTE-Paraná. Coordenadora do Projeto Estudo, concepção e produção de recursos educacionais impressos e digitais - Unioeste e instituições parceiras. Cascavel – PR, e-mail: [email protected].
Ensino de Língua Estrangeira Moderna, com estudantes do 9º ano do ensino
fundamental do Colégio Estadual Leonardo da Vinci – EFMNP do município de Dois
Vizinhos, Paraná e que teve como professora orientadora da IES, Prof.ª Drª Beatriz
Helena Dal Molin.
A elaboração desse projeto partiu da identificação da problemática
apresentada nas aulas de Língua Inglesa, sobre “o por que aprender uma língua
estrangeira, se não é usada?” Estudantes sem interesse em aprender. Outro
problema diz respeito às ferramentas tecnológicas existentes no espaço escolar,
mas que muitas vezes não são utilizadas, por inúmeros motivos: por não ser
permitido; não saber como utilizar; por causa de acessos limitados e frequentemente
por não estar com condições de funcionamento adequado.
O referido projeto teve como objetivo desenvolver atividades de língua Inglesa
valendo-se da tecnologia de comunicação digital com o uso de buscando motivar os
estudantes no aprendizado da língua Inglesa, considerando que esta é presença
real nos aparelhos tecnológicos usados por eles e uma das línguas mais faladas no
mundo. Para isto desenvolveu-se um ambiente virtual – blog, onde seriam postadas
as situações de ensino-aprendizagem trabalhadas durante a implementação do
projeto: O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: tecnologia, conhecimento e aprendência.
O PDE é um Programa de Formação Continuada e tem como objetivo aliar o
conhecimento teórico ao conhecimento aplicado, ou seja, teoria e prática, prática
esta desenvolvida com a Educação Básica na Rede Pública Estadual do Paraná.
Através do Projeto de Intervenção Pedagógica originado de uma problemática
de ensino-aprendizagem existente no ambiente escola, desenvolve-se material
didático com atividades que busquem solucionar os problemas apresentados.
A Língua Inglesa é hoje o idioma da comunicação global, o mais estudado em
todo o mundo e é por meio desta língua que povos de todos os cantos da terra,
conseguem se comunicar. Esta afinidade entre os povos por meio do inglês favorece
o conhecimento, o entendimento e o respeito entre as culturas envolvidas. Para que
esta comunicação realmente seja efetivada há necessidade do uso dos meios
tecnológicos como a internet que está presente no mundo todo e “imaginar a
educação hoje sem o uso das tecnologias é praticamente inviável. A criança que
chega à escola já tem acesso à mídia”. (Suzuki; Rampazzo, 2009, p.38).
Como já se sabe a tecnologia, de uma forma ou de outra, está presente na
vida de uma grande maioria da população. Sendo assim é impossível pensar a
educação escolar sem a utilização dessas ferramentas virtuais.
De acordo com os PCNs:
A Língua Estrangeira no ensino fundamental tem um valioso papel construtivo como parte integrante da educação formal. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de capacitação que leva a libertação. A língua é o indicador mais sensível de todas as transformações sociais. (Brasil, 1998, p.41).
Desde o século IX d.C., aprende-se e ensina-se línguas estrangeiras e o
método da gramática-tradução era usado para ensinar o latim e até hoje para
ensinar as línguas .
Os Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam que aprender uma língua
estrangeira moderna é um direito de todos os cidadãos que vivem em um mundo
socialmente globalizado e culturalmente plural, mas elementos complicadores para o
processo de aprendência de língua estrangeira moderna provocam frustações,
ansiedades e questionamentos para o corpo docente como número de estudantes,
equipamentos audiovisuais, professor que fala muito pouco ou não fala a língua
estrangeira que leciona.
Os Parâmetros então sugerem que as aulas de língua estrangeira se centrem
no desenvolvimento de apenas uma habilidade: a leitura, a qual ajudará também na
leitura em língua materna (gêneros textuais, estratégias de leitura) e
consequentemente na habilidade da escrita.
Segundo Emília Ferreiro (2001),
A presença da escrita na tela do computador é hoje um fato universal. A tecnologia da informação e da comunicação está trazendo mudanças importantes não apenas no mercado de trabalho, mas também nas práticas de leitura e escrita. Navegar na Internet exige um comportamento do leitor bastante diferente do comportamento que ele tem diante do livro. (EMÍLIA FERREIRO, 2001: 24),
Ao que concordamos com a autora citada e acrescentamos que a escola
precisa acompanhar esta caminhada da humanidade sob pena de se sentir cada vez
menos operante e com menos sucesso em sua tarefa de ensinar. Urge que se
busque meios e estratégias de modo que “Todos aqueles que querem ser
proficientes numa língua precisam ler, gostem ou não”! (David Hill, 1997), e assim
cativar os estudantes para os processos de leitura e interlocução em língua
estrangeira.
A Educação é o caminho fundamental para transformar a sociedade. Educar é
colaborar para transformar as vidas de estudantes e educadores em processos
permanentes de aprendizagem. As tecnologias nos permitem ampliar o conceito de
aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas relações, entre o estar juntos
fisicamente e, virtualmente.
A Internet é um grande recurso para a aprendizagem múltipla: aprende-se a
ler, a buscar informações, a pesquisar, a comparar dados, a analisá-los, a criticá-los,
a organizá-los.
Do modo como estamos exercendo o fazer pedagógico, perdemos tempo
demais, aprendemos muito pouco, desmotivamo-nos continuamente, repetindo aulas
convencionais e ultrapassadas. Temos uma modalidade de ensino em que
predominam a fala massiva e massificante, um número excessivo de estudantes por
sala, professores mal preparados, mal pagos, pouco motivados e pouco ricos
culturalmente. A infraestrutura costuma ser inadequada. Salas desconfortáveis que
acabam, pelo desconforto gerando desacomodação nos estudantes, pouco material
escolar avançado, tecnologias pouco acessíveis à maioria e muitas vezes com
problemas. Temos muitos estudantes que ainda valorizam mais o certificado do que
o processo de aprender, que fazem o mínimo (em geral) para ser aprovados, que
esperam ser conduzidos passivamente e, não exploram todas as possibilidades que
existem dentro e fora da organização escolar.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos
educadores autênticos que sejam humildes e confiantes, maduros intelectual e
emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e
dialogar, não docentes “papagaios”, que repetem o que leem e ouvem. Pessoas com
as quais valha a pena entrar em contato, porque desse contato sai-se enriquecidos.
Mudanças na educação dependem de termos educadores/pais (humanos),
administradores, diretores e coordenadores mais abertos que apoiem, e também de
estudantes curiosos e motivados. Motivados pelo espaço em que vivem, porque
quanto mais completo é o ambiente familiar, mais facilmente o educando consegue
construir a lógica da história, organizar de forma mais rica a linguagem.
É possível educar para a autonomia, para a liberdade com métodos
fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, que respeitem as
diferenças, que estimulem, que apoiem, orientados por pessoas e organizações
livres.
Segundo DEMO (2006), a tecnologia é uma linha a ser seguida para chegar
se à aprendizagem. Mas para aprender é preciso saber pesquisar, elaborar, redigir
textos próprios, ler conteúdos sistematizados, desconstruir e reconstruir as
experiências, argumentar e contra argumentar de maneira autônoma.
A construção do conhecimento, a partir do processamento multimidiático, é mais “livre”, menos rígida, com conexões mais abertas, que passam pelo sensorial, pelo emocional e pela organização do racional; uma organização provisória, que se modifica com facilidade, que cria convergências e divergências instantâneas, que precisa de processamento múltiplo instantâneo e de resposta imediata (Moran, 1998 apud Moran,2000, pp.148-152).
É preciso repensar o papel do educador como ação pedagógica e elaborar
outros modelos mais eficazes para a produção do conhecimento, para a formação e
a valorização dos profissionais da educação, uma vez que isto tem fundamental
importância na reestruturação dos currículos possíveis para o bom uso das
tecnologias, para uma real aprendência, pois ela é fato e os estabelecimentos de
ensino terão que incorporá-la, cada vez às suas práticas, tornando uma
aprendizagem off-line em on-line, ou seja, o conhecimento não se dá somente em
sala de aula, mas sim além destes espaços físicos, na internet.
Os profissionais preparados para o século XXI precisão ser criativos, críticos,
autônomos, questionadores, participativos e, principalmente, transformadores da
realidade social. Com esse desafio presente, Gadotti (apud Behrens, 2000,) atribui à
escola a missão de:
Amar o conhecimento como espaço de realização humana, de alegria e de contentamento cultural; cabe-lhes selecionar e rever criticamente a informação; formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser provocadora da mensagem e não pura receptora; produzir, construir e reconstruir conhecimentos elaborados. E mais: numa perspectiva emancipadora da educação a escola tem que fazer tudo isso em favor dos excluídos. Não discriminar o pobre. Ela não
pode distribuir poder, mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber, que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação, a tecnologia não é nada sem a cidadania. (GADOTTI, apud Behrens, 2000, p. 251)
O computador é, sem dúvida de grande interesse dos estudantes, porque,
então, não aliar esse recurso às aulas de Língua Inglesa, tirar proveito, cuidando
para não exaltá-lo a ponto de imaginar que ele, por si só, já garanta o aprendizado,
pensar em integrá-lo ao seu trabalho, Se a tecnologia está em toda parte dos
setores da vida em sociedade, também precisa estar na educação escolar.
O não uso dos recursos tecnológicos pelos educadores pode ser pela
ausência de conhecimento, pois as habilidades para o trabalho com as tecnologias
dependem de experiências e formação, se não houve formação adequada para
trabalhar com as mesmas, como investirão na formação dos discentes.
A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando
a construção de conhecimentos por uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de
alunos e professores foi nesse sentido que trabalhou-se a partir do projeto PDE com
o blog denominado ENGLISH IS GOOD 4 YOU 3.
Há a necessidade de conscientização que é preciso se alfabetizar
digitalmente, para promover ações pedagógicas efetivas para a formação de sujeitos
mais capazes de fazerem escolhas mais adequadas do que as de seus ancestrais e
talvez por isso a grande maioria das escolas apresente dificuldade com acesso a
internet e não disponha de bons equipamentos que subsidiem o trabalho com a
tecnologia que alguns professores já estão aptos a desenvolver, o que foi o caso
deste projeto.
De acordo com (Moran, 2000):
Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas. A construção do conhecimento, a partir do processamento multimídico, e mais “livre”, menos rígida, com conexões mais abertas, que passam pelo sensorial, pelo emocional e pela organização do racional; uma organização provisória, que se modifica com facilidade, que cria convergências e divergências instantâneas, que precisa de
3 http://englishisgood4you.blogspot.com.br/
processamento múltiplo instantâneo e de resposta imediata (MORAN,1998 apud MORAN, 2000, pp.148-152).
Através de redes sociais é possível hoje observar organizações de
movimentos, de lutas que fazem as autoridades competentes refletirem sobre o que
se está reivindicando, nos quais é possível perceber o quanto dispositivos
tecnológicos são importantes para uma educação libertadora, onde todos sem
distinção possam ser ouvidos tornando uma sociedade um pouco mais igualitária, e
a escola é a grande responsável em motivar esta população na realização de tais
mudanças, pois hoje educar, significa defender vidas. Só pessoas livres, autônomas
– ou em processo de libertação – podem educar para a liberdade, podem educar
para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem o
diploma de educador.
Para MORAN, “somente podemos educar para a autonomia, para a liberdade
com processos fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, que
respeitem as diferenças, que incentivem que apoiem orientados por pessoas e
organizações livres” (MORAN, 2000, p. 16).
Rubens Alves (2007 apud MORAN, 2000, p. 34), costuma dizer que educar
tem tudo a ver com sedução. Segundo ele, educador/a é quem consegue desfazer
as resistências ao prazer do conhecimento. Seduzir para “o que”? Ora, para um
saber/sabor. Portanto, para o conhecimento como fruição. Mas é importante frisar
igualmente o “para quem”, porque pedagogia é encantar-se e seduzir-se
reciprocamente com experiências de aprendizagem. Nos docentes deve tornar-se
visível o gozo de estar colaborando com essa coisa estupenda que é possibilitar e
incrementar – na esfera sociocultural, que se reflete diretamente na esfera biológica
– a união profunda entre processos vitais e processos de conhecimento.
Portanto, é necessário que o educador tenha o estudante como seu principal
aliado neste processo de aprendência, conduzindo-o pelos melhores caminhos, os
quais sejam fáceis de serem trilhados e que os levará a importantes e divertidos
resultados.
A Língua Inglesa é usada em muitos países do mundo e como principal
idioma para a comunicação internacional. Depois do Mandarin, língua falada pela
população chinesa, por ser um país com o maior número de habitantes da terra, mas
que no entanto a Língua Inglesa é falada por mais pessoas que qualquer outra. Ela
é a Língua oficial em mais de 55 países e a primeira língua de quase 400 milhões de
pessoas e o segundo idioma para quase 1 bilhão de outras pessoas, como os
gráficos a seguir representam:
Fonte: http://goo.gl/BMHzJ0
Fonte: http://goo.gl/SVYIYL
Novas tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais
presentes no dia-a-dia das pessoas e consequentemente a educação não fica de
fora, busca utilizar estas ferramentas também. Em se tratando de LEM- Língua
Inglesa, esta parceria torna-se ainda mais atuante, pois as novas tecnologias
facilitam o acesso por professores e estudantes a uma vasta quantidade de textos
atuais, ou seja, de informações nesse idioma. Por outro lado também, a Internet
proporciona a comunicação em inglês de diferentes pessoas em várias partes do
planeta, em diversas situações comunicativas.
No contexto escolar, faz-se necessário promover o letramento digital, não
somente oportunizando o acesso a novas ferramentas e programas, mas
orientando-os a usar a tecnologia de forma responsável, crítica e inserida em seus
contextos sociais. E é por esta razão, que se necessita trabalhar, iniciando-se por a
compreensão e aplicação das regras de netiquetas, pois através destas, os
estudantes observam a importância de se ter normas para o uso da comunicação
virtual.
Vive-se em um mundo globalizado e dinâmico, onde o uso da Língua Inglesa
está se destacando como uma língua universal. Portanto faz-se necessário preparar
intelectualmente os estudantes de hoje para enfrentar os desafios do mercado de
trabalho que está cada vez mais globalizado.
Metodologia
A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola iniciou-se
com a apresentação do mesmo inicialmente para toda a comunidade escolar, em
seguida aos estudantes da turma do 9º ano, expondo quais eram as finalidades do
referido projeto.
Através de um questionário que se encontra no anexo, procurou-se conhecer
melhor o público com o qual o projeto seria desenvolvido.
O referido questionário versou sobre o acesso e uso que os educandos tem
em relação aos recursos tecnológicos.
Dos 112 estudantes pesquisados, 58 são meninos e 54 são meninas com
uma faixa etária de 13 a 16 anos de idade, dos quais 91 deles possuem computador
em casa e 19 não têm ainda.
Quando perguntados sobre o uso do computador 99 responderam que sim e
13 que não, com frequências variadas: 59 usam o computador diariamente, 17
semanalmente, 32 esporadicamente e 04 estudantes não responderam, para que
finalidade eles utilizam 63 estudantes responderam que para o lazer, 56 para
pesquisa, 63 para realizar trabalhos e 44 para visitar páginas.
Ao indagar se os estudantes usam o computador da e na escola: 28
estudantes responderam que sim, 81 responderam que não e 02 não responderam,
os 28 que responderam sim disseram que usam para fazer trabalhos, pesquisas,
trabalhos em grupo, mas poucas vezes, pois o professor precisa estar junto, mas
eles evitam levar, pois sozinhos é difícil de controlar a turma e a escola não tem um
laboratorista para acompanhar, ajudar a resolver alguns problemas que possam
aparecer, como por exemplo, as máquinas não funcionarem.
Ao questionar-se se os estudantes possuem curso de informática: 46
responderam que sim, 65 responderam que não e 02 não estudantes não
responderam.
Indagando-se se eles consideram importante estudar ou conhecer uma língua
estrangeira, neste caso, o inglês: 108 estudantes responderam que sim por diversos
motivos, porque vão precisar no futuro, para saber, para conhecer, para o trabalho,
porque é necessário saber mais que uma língua, para ir ao exterior, para adquirir
conhecimento, para conhecer línguas diferentes, porque inglês, é uma língua muito
importante, porque é bastante usado, porque é legal, para traduzir, porque gostam e
é a melhor matéria, porque é uma língua universal, para comunicar-se, para a
faculdade, porque é importante porque é diferente, para viajar, para fazer
intercâmbio, porque é importante no currículo, para entrar em uma boa faculdade,
para o Enem, para interagir com outras pessoas, para um bom emprego, para falar
corretamente, para entender textos em jogos, para a internet, para entender as
músicas, ainda dentro desta questão 04 estudantes que responderam que não é
importante aprender, disseram que ele tem preguiça, e não querem aprender, e se
assim o quisessem, faria uma escola particular, 01 estudante não respondeu.
Quando perguntados se acreditam ser importante e necessário usar o
computador nas aulas de língua inglesa, 94 estudantes responderam que sim e
justificaram dizendo que isto facilitaria o aprendizado, que usaria um material
diferente, não só o livro, teria mais acesso a informações, aprofundaria o
conhecimento, tiraria as dúvidas, traduziria e faria trabalhos, os 18 estudantes que
responderam que não é importante o uso do computador, justificaram dizendo que o
que se aprende com o computador, pode aprender também sem ele, que o professor
explica melhor que o computador, porque tem o livro para estudar, porque se faz
tudo o que é preciso em sala de aula, sem computador, porque aprendem mais,
lendo e falando, porque tem o dicionário e o professor explicando eles entendem
mais, porque tem dicionário e a internet não passa os dados certos. 01 estudante
não respondeu.
Com este questionário ainda pediu-se para que os estudantes sugerissem
exemplos de métodos e/ou estratégias que usassem os recursos tecnológicos
disponíveis nas aulas de língua inglesa, as ideias foram as seguintes: trabalhos em
grupo no laboratório, usar o tradutor, a internet, o celular, tablet, TV, redes sociais,
notebook, data show, ouvir música, mais fala, mais explicação, aulas ao ar livre,
filmes com legenda, vídeos em inglês, pesquisa em páginas em inglês, jogos
educativos, produzir trabalhos em powerpoint e em pen drive para apresentar, fazer
cursos, usar sites para ouvir e repetir e fazer exercícios em inglês on line.
Considerações Finais
O acesso a inúmeros materiais em Língua Inglesa, por meio da internet,
promove o domínio desta Língua, ampliando vocabulário e apresentando palavras e
expressões novas relacionadas ao assunto estudado, ativando conhecimentos
prévios e estimulando a reflexão crítica, construindo argumentos consistentes para
sustentar opiniões, em suas produções, pois observa-se que a educação acaba
recebendo influencias da tecnologia e há um novo perfil de estudante, que pede um
novo modo de ensinar e é praticamente impossível pensar, hoje, atuar no ensino de
Língua Inglesa sem o uso da tecnologia digital.
Referências
ASSMAN, Hugo. Reencantar a Educação: Rumo à sociedade aprendente. 9ª ed.
Petrópolis: RJ:Vozes, 2007.
BETTEGA, Maria Helena Silva. Educação continuada na era digital. São Paulo: Cortez, 2010.
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DAL MOLIN, Beatriz Helena. Do Tear à Tela: uma tessitura de linguagens e sentidos
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Engenharia de Produção), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC,
Florianópolis – SC, 2003.
GONÇALVES, Marluce Torquato Lima, NUNES, João Batista Carvalho, GT: Educação e Comunicação / n.16: Artigo: Tecnologias de informação e comunicação: Limites na formação e prática dos professores.
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http://www.webbusca.com.br/atlas/paises_lingua_inglesa.asp
LIMA, Diógenes Cândido de (Org.). Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa:
conversas com especialistas: São Paulo, SP: Parábola Ed. 2009.
MORAIS, R. de (org.) Sala de aula – Que espaço é esse? 7. ed. Campinas: Papirus, 1994
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T. e BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.
PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Inglesa. Curitiba: SEED, 2008.
SANTOS, Paula Ugalde dos.Artigo: Cibercultura e Educação na Sociedade Contemporânea – Santa Barbara do Sul, RS:2009.
SUZUKI, Juliana T. F.;RAMPAZZO, Sandra R. R. Tecnologias em educação. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
ANEXO 1
Questionário
1-SEXO: ( )MASCULINO ( )FEMININO
2-IDADE: _____________
3-VOCÊ TEM COMPUTADOR EM CASA? ( )SIM ( )NÃO
4-VOCÊ USA O COMPUTADOR? ( )SIM ( )NÃO
5-COM QUE FREQUÊNCIA? ( )DIARIAMENTE ( )SEMANALMENTE (
)EXPORADICAMENTE
6-VOCÊ UTILIZA O COMPUTADOR PARA ( )LAZER ( )PESQUISA
( )FAZER TRABALHOS ( )VISITAR PÁGINAS
7-VOCÊ UTILIZA O COMPUTADOR NA ESCOLA? ( )SIM ( )NÃO
QUANDO?_______________________________________________________
8-VOCÊ TEM CURSO DE INFORMÁTICA? ( )SIM ( )NÃO
9-VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTE ESTUDAR, CONHECER UMA LÍNGUA
ESTRANGEIRA, NO CASO O INGLÊS?( ) SIM ( ) NÃO
10-VOCÊ ACHA IMPORTANTE E NECESSÁRIO USAR O COMPUTADOR NAS
AULAS DE LÍNGUA INGLESA?( ) ( )NÃO
11-QUE EXEMPLOS DE MÉTODOS QUE USEM RECURSOS
TECNOLÓGICOS VOCÊ SUGERE QUE SEJAM INSERIDOS NAS AULAS DE
LÍNGUA INGLESA?
_______________________________________________________________