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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

CLAUDIA REGINA SILVA SLOMSKI

AGENTE EDUCACIONAL I – DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES

PARA UMA MELHOR CONVIVÊNCIA NO TRABALHO.

Artigo apresentado ao

Programa de Desenvolvimento

Educacional do Paraná (PDE)

como requisito para a

conclusão do Programa.

Orientadora: Prof.ª Dra. Suzane

Schmidlin Löhr

CURITIBA

2014

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AGENTE EDUCACIONAL I – DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES

PARA UMA MELHOR CONVIVÊNCIA NO TRABALHO.

Autora: Claudia Regina Silva Slomski1

Orientadora: Prof.ª Dr. Suzane Schmidlin Löhr2

RESUMO

A escola é um organismo complexo formado por um grande grupo de pessoas com as mais diferentes culturas, crenças, interesses e conhecimentos, que tem como objetivo em comum a educação. No primeiro semestre de 2014, foi desenvolvido um projeto direcionado aos Agentes Educacionais I (Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando) de uma escola pública estadual de Curitiba. As funções desempenhadas pelos Agentes Educacionais I envolvem contato direto com professores, pais, alunos, contribuindo para a formação integral dos estudantes. Capacitá-los significa investimento na educação de forma ampla, assim como na qualidade de vida de tais profissionais e está previsto legalmente na Lei Complementar 123 de 09 de setembro de 2008, do Estado do Paraná. O projeto teve por objetivo implementar ações que possibilitassem ao Agente Educacional I discutir relações humanas no trabalho, direitos, deveres e obrigações inerentes à sua função, previstas no Regimento Escolar. Foram conduzidos 15 encontros, nos quais os agentes educacionais puderam fazer leituras, debater temas relacionados à sua função na escola e participar de dinâmicas grupais. A escola conta com oito Agentes Educacionais I, 7 participaram dos encontros. De acordo com dados observados, pode-se concluir que há necessidade de manter capacitações periódicas constantes no ambiente escolar devido à rotatividade de Agentes Educacionais I e a falta de comprometimento de alguns muitas vezes por da falta de informação sobre suas atribuições, direitos e deveres. Palavra-chave: relações humanas. educação. agente educacional I. leis.

1 INTRODUÇÃO

O Estado do Paraná, visando melhorias na educação, propôs a

regulamentação do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), através da

Lei Complementar nº130 de 14 de julho de 2010, com duração de dois anos e que

tem como objetivo a Formação Continuada dos professores pertencentes ao quadro

próprio da Rede Pública de Ensino do Paraná.

Todos os professores participantes do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) desenvolvem um Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP) no

1 Professora da Rede Estadual de Educação do Paraná, participante do PDE/2013, SEED-PR, [email protected] 2 Professora Doutora em Psicologia Clinica, orientadora do projeto PDE, pela UFPR, em parceria com a SEED-PR, [email protected].

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primeiro semestre após o ingresso no Programa. O objeto de estudo e intervenção

do projeto deve ser identificado no ambiente escolar de atuação do professor que

está em processo de formação continuada. No segundo semestre o professor

produz o Material Didático-Pedagógico que irá, além de outras coisas, subsidiar o

desenvolvimento do PIP.

Durante o segundo ano do PDE o professor aplica o PIP na escola e atua

como tutor no Grupo de Trabalho em Rede (GTR), disponibilizado a professores da

rede estadual de ensino não participantes no PDE, os quais após efetivarem suas

inscrições, passam a participar de discussões sobre o tema do projeto, contribuindo

assim, para o desenvolvimento do PIP. A última etapa a ser cumprida pelo professor

participante do programa é escrever um artigo, que tem como propósito analisar os

resultados obtidos após o desenvolvimento do PIP na escola, trazendo possíveis

considerações sobre a realidade escolar.

O PIP aqui descrito foi realizado voltado aos Agentes Educacionais I,

funcionários concursados ou que tenham ingressado via Processo Seletivo

Simplificado (PSS), para atuar na escola, desempenhando funções de: manutenção

de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente (auxiliar de serviços gerais

e porteiros), alimentação escolar (merendeiras) e interação com o educando (fiscal

de corredor e etc.). São profissionais essenciais ao funcionamento da escola e

mantem interação direta ou indireta com o educando. Dada a natureza do trabalho

que desenvolvem, em vários momentos não são incluídos nos treinamentos e

capacitações desenvolvidos nas semanas pedagógicas de forma adequada. Tais

capacitações tendem a focar no processo ensino-aprendizagem sistemático dos

alunos, ou seja, aquele realizado dentro da sala de aula, enquanto o contingente

profissional alvo do projeto está vinculado com o aprendizado assistemático.

Porém, a perspectiva de educação aqui defendida, direcionada à formação

integral do educando e fruto do trabalho integrado de todos os profissionais atuantes

na escola, mostra que há uma carência nas escolas de oportunidades para a

inclusão permanente dos Agentes Educacionais I nas capacitações realizadas nas

semanas pedagógicas.

Monlevade (2012) defende que a educação escolar comporta vários

profissionais além dos professores. Vale ressaltar que os funcionários Agentes

Educacionais I são também educadores, pois em suas vidas particulares são pais,

mães e membros da sociedade, que é essencialmente educadora, conforme

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defende Monlevade (2012). A educação dos estudantes não se faz somente dentro

da sala de aula, o ambiente escolar gera inúmeras ocasiões que contribuem para o

processo educativo, no significado amplo da palavra. A escola é formada por várias

pessoas, que no convívio diário se deparam com dificuldades, desafios e conflitos,

que quando resolvidos de forma positiva geram aprendizado significativo,

fortalecendo a relação existente entre elas.

O ser humano inicia seu aprendizado observando e repetindo aquilo que

vivencia, portanto, essa forma de aprendizado por espelho, ou modelo, influencia,

igualmente, os estudantes no convívio diário dentro da escola. Na escola os alunos

assistem às interações entre os mais diversos profissionais porteiro(a),

merendeira(o), cozinheiro(a), auxiliar de serviços gerais, equipe de professores,

gestores, dentre outros, sendo submetidos, assim, também a um processo educativo

indireto. A forma como os profissionais elencados interagem com os estudantes,

constitui outra forma de aprendizado, agora pela experiência direta. Tanto o que se

aprende por observação, quanto por experiência direta, posteriormente será levado

pelos estudantes e pelos profissionais para o resto de suas vidas.

O projeto buscou sensibilizar os Agentes Educacionais I sobre a influência

que exercem na formação integral dos educandos, fornecendo ferramentas para

melhor exercerem seu papel, partindo do pressuposto que com isso, tais

profissionais ganhem em autoestima e competência, que a escola ganhe em ter um

clima mais cooperativo e conexo entre todos os que nela trabalham, que os alunos

ganhem oportunidades ricas de aprendizado assistemático e, por fim, que a

sociedade ganhe em respeito e valorização de todos.

O PIP teve como objetivo geral implementar ações que possibilitem ao Agente

Educacional I discutir relações humanas no trabalho, direitos, deveres e obrigações

inerentes à sua função previstas no Regimento Escolar.

Para fundamentar o projeto e as ações nele desenvolvidas, foi realizado

levantamento bibliográfico sobre o contexto social e as conquistas do Agente

Educacional, as leis que regulamentam a atuação do trabalhador e as relações

humanas no ambiente escolar. Uma síntese do que se encontrou na literatura será

apresentado a seguir.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 AGENTE EDUCACIONAL I: HABILIDADES E FORMAS DE CONTRATAÇÃO NA

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ESCOLA

Com a evolução tecnológica vivenciada pela sociedade moderna, tudo se

tornou muito automático, o que fez com que as pessoas deixassem de perceber e

dar valor a cada um que contribui para o funcionamento da estrutura social, várias

vezes não conseguindo reconhecer a singularidade e a importância de cada

trabalhador, independente da tarefa que exerça. Quando o funcionário consegue

perceber que a sua parte no trabalho compõe um todo interligado, integrado e

necessário, é possível que passe a comprometer-se mais com a escola e engajar-se

mais nas tarefas que são de sua responsabilidade. Porém, trabalhar em grupo não

é uma tarefa simples e envolve muita comunicação entre as partes, exigindo

habilidades que nem sempre estão presentes no funcionário ao ingressar no

trabalho na escola. A compreensão de como se estrutura a divisão do trabalho no

ambiente educacional, permitirá avaliar o espaço de cada trabalhador, as funções a

ele atribuídas, para, quando necessário, proceder ajustes, visando o melhor

funcionamento da escola e o bem estar de todos que a ela se relacionam.

Segundo Borges (2011), a forma como o indivíduo age no mundo é resultado

da articulação entre o social e o individual, carregado de vivências, conhecimento e

cultura. As representações que o indivíduo e o grupo têm, influenciam o modo como

eles se posicionam em relação às situações e objetos e na maneira como

contribuem para a construção social da realidade.

No Brasil vivemos uma situação atípica, que se prolonga ano após ano: dada

a demanda de profissionais para atuação imediata na educação e o intervalo entre a

realização de concursos públicos, muitas vezes as escolas abrem vagas para

preenchimento imediato, via PSS, para atender as necessidades temporárias de

excepcional interesse público, conforme estabelece a Lei Complementar no 108, de

18/05/2005, na 121, de 29/08/2007 e o Decreto Estadual no 4.512, 01/04/2009.

Um profissional ingresso via PSS, tem limites na renovação de seu contrato e

restrições com a possibilidade de sonhar com um plano de carreira na área de

atuação, já que plano de carreira está previsto apenas para o quadro de funcionários

da educação básica ingressos por concurso público. O Colégio Estadual no qual o

PIP foi desenvolvido conta com um total de oito Agentes Educacionais I dos quais

37,5% (três pessoas) pertencem ao quadro próprio dos funcionários também

chamados de efetivos e 62,5% (cinco pessoas) contratados por tempo determinado.

Para atender ao objetivo de oferecer educação com qualidade, independente

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de fazerem parte do quadro efetivo ou serem contratados por tempo determinado,

todos os trabalhadores atuantes nas escolas precisam eventualmente passar por

capacitação. O Governo Federal, através do Ministério da Educação e Cultura,

mantém programas voltados para as escolas públicas, direcionados de forma direta

e indireta ao trabalho e ao trabalhador. Tais programas visam melhorias no

desempenho da função, seja no ambiente de trabalho ou pela instrumentalização do

indivíduo no desempenho de sua função. Exemplos de programas desta natureza

são: o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE ESCOLA), o Plano de Ações

Articuladas (PAR), o Profuncionário entre outros.

2.2 LEIS QUE REGULAMENTAM A ATUAÇÃO DOS TRABALHADORES – AGENTE

EDUCACIONAL I

A Constituição Federal dispõe, no artigo 206, inciso V, acerca do plano de

carreira e ingresso exclusivamente por concurso público dos profissionais da

educação escolar. Com tal determinação, a escola passaria a contar com um

contingente profissional mais estável, com oportunidade de construir carreira no

âmbito em que atua, porém como já foi mencionado, essa não é a realidade em

grande parte das escolas Estaduais.

Para entender o papel dos Agentes Educacionais I dentro da escola,

precisamos conhecer também a Lei Ordinária no 12.014/2009, que altera a LDB

9394/96, e define as diferentes funções desempenhadas na escola, discriminando

as categorias de trabalhadores que devem ser considerados profissionais da

educação, além de solidificar o espaço para cada categoria profissional atuante na

escola. A referida lei fortalece a necessidade de investimento na formação de todos

os profissionais atuantes nas escolas. No Paraná a Lei Complementar no 123, de

09/09/2008, institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos

Funcionários da Educação Básica, garantindo espaço para a categoria profissional

de Agente Educacional I e II.

Devemos destacar que a legitimidade de tudo o que está posto na Lei, em

nível Federal, Estadual, Municipal e Escolar, só se concretizará no momento em que

influenciar no trabalho realizado e nas relações interpessoais estabelecidas no

cotidiano escolar. O Regimento Escolar, instrumento que esmiúça o funcionamento

dentro da escola, muitas vezes normatiza ações que contemplem tais aspectos.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (2010), a escola tem no Regimento

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Escolar a sua expressão política, pedagógica, administrativa e disciplinar e é ele que

estrutura, define, regula e normatiza as ações do coletivo escolar. O Regimento é,

portanto, um importante aliado do profissional, no exercício de sua função, no

entanto, nem todos os funcionários dão a ele a devida importância.

2.3 RELAÇÕES HUMANAS NA ESCOLA

Entender as relações humanas é mais do que manter contato com as

pessoas, segundo Chiavenato (2006), é compreender as pessoas, respeitando sua

personalidade, o que é peculiar a cada uma delas. Esse conceito se aplica a

qualquer situação: no lar, escola, trabalho, etc. Freire (1997), afirma que quando

nos fazemos presentes no mundo e nas relações com os outros, conseguimos

ampliar o nosso conhecimento sobre nós mesmos e, quanto mais nos conhecermos,

mais teremos a possibilidade de fazer a diferença com relação ao mundo ao nosso

redor.

Todos são importantes no processo educacional e dentro da escola estão em

contínua interação, seja com pares ou com os demais segmentos da escola. Cada

grupo e subgrupo mantém relação entre si e com os outros, determinando o papel

de cada um. Casado (2002), destaca a interferência recíproca das pessoas que

atuam nas organizações, sendo que a escola pode ser considerada uma dessas

organizações.

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Para o desenvolvimento do PIP denominado, “As Relações Interpessoais do

Agente Educacional I Estabelecidas a Partir da Sua Função Prevista no Regimento

Escolar”, na primeira Semana Pedagógica do ano letivo fizemos a apresentação,

divulgação e sensibilização para todos os presentes, (professores, equipe diretiva e

pedagógica, agentes educacionais I e II) sobre o projeto que pretendíamos

implementar na escola. Na sequência destinamos um período para a inscrição dos

Agentes Educacionais I interessados em participar das oficinas a serem

desenvolvidas no decorrer do ano letivo. Inscreveram-se todos os Agentes

Educacionais I presentes, num total de três funcionários. Em virtude da variação do

período de contratação com Agente Educacionais I entre fevereiro e abril, houve

ingresso de participantes a posteriore, o que tornou necessário a realização de um

encontro específico com os recém contratados que quiseram participar do projeto

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que já estava em andamento, para que tivessem conhecimento dos temas

abordados nos encontros anteriores.

Foi previsto um total de quatro encontros por mês, com duração de duas

horas cada, nos meses de março, abril, maio e junho, perfazendo um total de 32

horas, sendo que primeiro encontro ocorreu em fevereiro no período vespertino

durante a Semana Pedagógica. Os encontros ocorreram fora do horário de trabalho

da maioria dos Agentes Educacionais. Apenas um agente efetivo e um agente

contratado estavam em horário de trabalho, mas foram liberados para participar do

projeto pela direção.

Todos os encontros iniciavam com uma pequena explanação sobre o tema a

ser abordado, em seguida era feita uma dinâmica de grupo para desencadear um

debate. Em dois, dos quinze encontros realizados, foi utilizado um recurso áudio

visual (um filme e um documentário) para em seguida discutir a temática prevista

para o encontro. Cada encontro foi planejado prevendo que a temática fosse

desenvolvida e concluída dentro do tempo proposto, sem atividades

complementares para casa.

Nos encontros estruturados para atender às informações e habilidades

deficitárias por parte dos agentes Educacionais I, foram abordados os temas:

Relacionamento Interpessoal; Empatia na Escola e na Vida; Autoconhecimento;

Lidar com os Sentimentos e as Emoções; Valor Humano; Amizade; Regimento

Escolar – direitos, deveres e obrigações, com o objetivo geral de suscitar reflexões

por parte do Agente Educacional I sobre as relações humanas no trabalho.

4 RESULTADOS

A tabela 1, ilustra os temas abordados, o número de encontros necessários

para desenvolver a temática, a razão pela qual o tema foi trabalhado e a forma

utilizada para implementá-lo.

Tabela 1 – Organização do PIP

TEMA ENCONTRO OBJETIVO ESTRATÉGIA

Empatia na Escola e na Vida

1, 2 e 3

Compreender o que significa ser empático e as dificuldades de

aplicar esta atitude em situações positivas e negativas no dia-a-dia e

no contexto escolar.

* O filme “Intocáveis” para introduzir um debate sobre a valorização da pessoa no trabalho, preconceito,

confiança, respeito, carinho, atitudes positivas e negativas.

* Dinâmica de grupo “Posso Entrar” para discutir o conceito de empatia,

o que facilita e o que dificulta a capacidade de colocar-se no lugar

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do outro; aceitar o comportamento das pessoas, diminuir julgamentos

e melhorar os relacionamentos.

Autoconhecimento

4 e 6

Reconhecer as suas habilidades, qualidades, capacidades e seus

limites como Agente sendo capaz de promover para si e para os outros situações positivas no

ambiente escolar.

* Duas dinâmicas de grupo “Jogo dos Bilhetes” e “O jogo da

Bicharada” para introduzir uma discussão sobre o processo de

autoconhecimento, refletir sobre a importância de reconhecer atitudes

e características pessoais.

Lidar com os Sentimento e as

Emoções 7

Conscientizar-se do quanto os sentimentos e as emoções

influenciam o comportamento das pessoas, para que possam ficar atentos as próprias atitudes no trabalho dentro de um ambiente

educativo.

* Uma dinâmica “Crenças e Sentimentos” seguida de um debate para avaliar o quanto as emoções influenciam no comportamento e refletir sobre as maneiras de lidar

com as emoções.

Valor Humano 8, 9 e 10

Identificar seus valores de vida; os diferentes valores presentes na

escola e refletir sobre os mesmos na tentativa de ser capaz de lidar

com as diferenças de forma construtiva.

* Assistir ao documentário “Ilha das flores”, em seguida debater com o

grupo os valores abordados no documento.

* Leitura da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e

debater cada um dos artigos à luz dos direitos e liberdades individuais

e os deveres para com a comunidade em que se vive.

Relacionamento Interpessoal

11

Refletir sobre como algumas características físicas são apreciadas ou rejeitadas,

preconceitos, rótulos, estereótipos podem nos conduzir a atitudes

inadequadas e a importância do respeito pelas diferenças, o que

também pode facilitar a capacidade de resolução de problemas e

conflitos com colegas de trabalho ou entre alunos.

* Leitura de um pequeno texto sobre o que é relacionamento

interpessoal. * Dinâmica de grupo “Abrigo

Subterrâneo”. * Debate sobre a importância do

respeito pelas diferenças individuais e como isso pode melhorar os relacionamentos interpessoais.

Amizade 13 Elaborar um conceito de amizade que inclua qualidades, defeitos,

contradições e tensões.

*Uma dinâmica de grupo que permita aos participantes

compreender que o Amigo Real tem defeitos e qualidades e a

importância do respeito pelas diferenças individuais.

Regimento Escolar –

direitos, deveres e contradições

12 e 14

Conhecer o que é Regimento Escolar, como ele é elaborado e de

que forma ele regulamenta os seguimentos representados no

ambiente escolar e em específico a função do Agente Educacional I.

* Dinâmica de grupo no qual os participantes classificariam cada

frase em direito, dever e obrigação (sem saber que são os artigos do Regimento Escolar pertinentes a

sua função). * Leitura do Regimento Escolar e

discussão.

Plano de Carreira

15

Conhecer as conquistas ao longo do tempo da categoria e ser capaz de articular ascensão pessoal junto

ao plano de carreira do Agente Educacional previsto em lei.

*Leitura de texto que aborda as conquistas dos Agentes

Educacionais. * Leitura do Plano de Carreira dos Agentes Educacionais, debatendo

os artigos para melhor compreensão.

Fonte: a autora

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Como foi mencionado anteriormente, foi inserido um encontro síntese dos

encontros anteriores, no momento em que alguns agentes educacionais

ingressaram na escola. Assim, o 5º encontro foi realizado apenas com os Agentes

Educacionais I contratados fazendo-se um resumo do que havia sido discutido até

então com o restante do grupo, promovendo nivelamento do grupo quanto aos

conhecimentos dos participantes em relação aos temas da oficina.

A assiduidade dos participantes oscilou entre os 15 encontros (no máximo 14

encontros, já que o quinto encontro foi de nivelamento para os contratados) até a

participação em apenas 2 dos encontros previstos. Três participantes estiveram

presentes no número máximo de encontros, ou seja, 14. Um dos participantes entrou

apenas no quinto encontro no grupo (por ter sido contratado após o início dos

encontros) e desde então não faltou a nenhum dos encontros, de forma que

consideramos a sua participação também como total. O quinto participante teve alta

assiduidade, já que entrou no quinto encontro e esteve presente em 8 dos 10

encontros restantes. Já os dois últimos participantes foram bastante negligentes,

comparecendo, respectivamente em 3 e 2 dos 10 encontros.

Cabe ressaltar que a escola onde o PIP foi desenvolvido conta com um total

de oito Agentes Educacionais I, que podem ser categorizados em 37,5% efetivos e

62,5% contratados, dos quais apenas um Agente Educacional não se inscreveu nos

encontros. Ao compararmos as duas categorias (efetivos e contratados), é possível

observar que 3 participantes do estudo que compõem o quadro efetivo da escola

participaram em 97,6% dos encontros ofertados. Um dos participantes concursados

faltou em um dos encontros realizados alegando estar doente. Já a participação dos

Agentes Educacionais I contratados via PSS, apresentou maior oscilação, com dois

deles tendo alta participação, e dois deles participando em apenas 2 encontros.

Estar presente não caracteriza por si envolvimento na atividade. Assim, para

analisar o grau de envolvimento dos participantes nos encontros da oficina, seis

encontros foram gravados e os conteúdos transcritos, possibilitando então a análise

de conteúdo, separando por natureza da intervenção. As classes formuladas foram:

apresentação de dúvida, responder ao ser indagado, comentários pertinentes ao

tema, comentários sem relação com o tema, concordar com o colega, discordar do

colega. Para análise foi considerado episódio de fala e o intervalo compreendido

entre o período em que um falante assumia a fala até a palavra ser passada a outro

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falante. As gravações ocorreram do 9º ao 14º encontro.

Tabela 2 – Categorias em que se enquadram as falas dos participantes em cada

encontro analisado

Classes

Encontro Participa

ntes Apresenta dúvida

Responde quando

indagado

Comentários

pertinentes ao tema

Comentários sem

relação com o tema

Concorda com o colega

Discorda do colega

9º 5 2 40 17 0 5 0

10º 5 1 12 27 9 22 0

11º 5 2 5 38 12 3 4

12º 5 0 31 27 0 0 0

13º 5 0 90 54 0 12 0

14º 6 21 3 77 7 20 0

Total geral 26 181 240 28 62 4

Fonte: a autora.

A tabela 2 mostra a quantidade de vezes que os participantes fizeram

intervenções durante os encontros 9 a 14 do PIP. Houve pelo menos uma fala por

participante a cada encontro em que o mesmo estavam presentes.

A categoria “Comentários pertinentes ao tema”, teve aumento gradativo de

emissão ao longo dos encontros, podendo sinalizar que conforme os encontros iam

avançando havia maior liberdade dos participantes em expressar-se independente

de errar ou acertar, que seria congruente com a percepção de evolução na interação

entre o grupo. Esta hipótese é corroborada com o que se observa em outra

categoria, denominada “Comentários sem relação ao tema”, a qual sofreu pequeno

acréscimo no décimo primeiro encontro seguido de um declive. Esta categoria

representava brincadeiras entre os participantes, o que poderia sinalizar liberdade

entre eles para comunicação, mas envolvia comentários por vezes inapropriados ao

que estava sendo tratado.

A categoria “Apresenta dúvida”, oscilou entre uma ou duas intervenções na

maior parte dos encontros, no entanto quando o tema abordado foi o Regimento

escolar, os participantes apresentaram 21 intervenções. Parece que nos temas em

geral um ou outro participante tinha alguma dúvida e buscava esclarecê-la. Porém o

Regimento escolar causou muitas dúvidas, o que pode indicar o pouco

conhecimento ou nenhum conhecimento sobre o tema por parte de alguns

participantes, ao mesmo tempo em que eles demonstram ter interesse em conhecer

mais sobre as normas do local de trabalho, conhecê-lo favoreceria o engajamento

dos profissionais com o seu trabalho, diminuindo situações de impasse que podem

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por vezes surgir, o que nos remete à importância de oferecer capacitações

frequentes aos Agentes Educacionais I.

Além do dado numérico relacionado à frequência com que determinada

categoria era emitida durante os encontros, segue a análise dos conteúdos

abordados, na qual constatou-se que:

Na primeira categoria “Apresentam duvidas”, esperava-se que os Agentes

apresentassem dúvidas quanto ao tema do encontro, porém no 9º, 10º e 11º

encontro as dúvidas estavam relacionadas ao significado de algumas palavras.

Apenas no 14º encontro as dúvidas estavam relacionadas ao tema abordado. Ou

seja, os participantes demonstravam fragilidade no domínio da comunicação

relacionado à compreensão dos termos utilizados pelo falante. Ter liberdade de

perguntar o significado é importante, pois demonstra que sentem-se à vontade

diante de todos para dirimir suas dúvidas. Perguntar quando não entenderam um

significado é também essencial para minimizar situações de conflito, pois um termo

mal interpretado pode gerar problemas imensos de relacionamento interpessoal no

contexto de trabalho.

Na segunda categoria “Respondem quando indagados”, era previsto que os

Agentes respondessem às perguntas feitas pela coordenadora ao grupo. O número

de intervenções variou bastante se compararmos a participação individual ao longo

dos seis encontros gravados, ou ainda, se compararmos uma pessoa com a outra.

Essa variação pode estar relacionada ao fato do Agente ter algum conhecimento

prévio da temática, ou, ter compreendido a temática abordada. Contudo nesta

categoria, “Respondem quando indagados”, alguns Agentes apenas balançavam a

cabeça concordando com a resposta do colega, ou com a coordenadora, e neste

caso devido à ausência de som/voz em áudio, respeitando o critério estabelecido

previamente, tais respostas não verbais não foram computadas.

Na terceira categoria “Comentários pertinentes ao tema”, era previsto que os

Agentes expressassem conhecimento prévio ou adquirido sobre a temática. Esta foi

a categoria na qual os participantes mais se expressaram verbalmente,

representando 44,4% do total geral de todas as falas nos encontros gravados,

demonstrando que interagiam entre si e com a coordenadora, demonstrando

conhecimento sobre o tema.

Na quarta categoria “Comentário sem relação com o tema”, era previsto que

houvesse um número mínimo de falas, contudo entre as seis categorias analisadas

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foi a quarta colocada quanto ao número de falas. A inspeção das respostas

registradas nessa categoria mostrou que tratava-se de brincadeiras entre os

participantes, que embora não tivessem relação com o que se discutia no momento,

não chegaram a comprometer na abordagem do tema.

Na quinta categoria “Concorda com o colega”, era previsto que houvesse uma

intervenção positiva por parte do Agente. Observou-se que a afirmação de

concordância com o colega estava relacionada a falas mais longas e afirmativas por

parte daquele que se expressava e a afirmação positiva dos que ouviam, por meio

de gestos ou apenas por pequenas expressões afirmativas. Parece, portanto, que os

participantes tinham habilidades de ouvintes e de falantes direcionadas aos colegas,

habilidades essas facilitadoras da comunicação interpessoal, e que podem contribuir

para um clima produtivo e de respeito no trabalho. A análise das respostas mostrou

que a concordância não era automática apenas para agradar ao colega, mas parecia

refletir real posicionamento frente ao que o colega dizia.

A sexta e última categoria “Discorda do colega”, avaliava os momentos em

que o Agente não concordava com o que estava sendo dito pelo companheiro,

apenas em um único encontro houve emissão desta categoria, e nas quatro vezes

em que foi emitida foi seguida de uma explicação da razão pela qual discordou do

colega, demonstrando assim respeito pelo ponto de vista do colega. A baixa emissão

nos demais encontros pode sinalizar que o grupo pensa de forma parecida sobre as

outras temáticas, mas pode também indicar que ainda não se sente à vontade para

expressar-se quando necessita discordar do que o colega diz. Trata-se de um

aspecto que merece estudo mais minucioso, dada a sua importância no contexto de

trabalho.

Cabe apontar que em vários encontros e momentos os Agentes se utilizaram

dos mecanismos paralinguísticos para se comunicar, com expressões faciais,

sorrisos ou o balançar da cabeça (sim e não), que não foram categorizados por não

estarem gravados em áudio.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O PIP buscou instrumentalizar os Agentes Educacionais I para melhorar as

relações interpessoais no ambiente de trabalho e conhecer o contido no Regimento

Escolar, aspectos que nas respostas dos participantes analisadas mostram que

parece terem sido atingidos.

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As discussões nos encontros sinalizaram ao Agente Educacional I a

importância de estar atento com relação ao desempenho da sua função no ambiente

escolar, que vai além de executar uma atividade prevista no Regimento Escolar, já

que é ele também um educador, podendo influenciar no processo educativo

assistemático dos alunos. Levou-os assim, a refletir sobre o quanto precisam estar

comprometidos com o aluno, que a escola ensina de forma sistemática mas também

assistemática, através do exemplo.

Uma situação não prevista no PIP, mas que surgiu durante os encontros, foi a

falta de comprometimento por parte dos Agentes Educacionais I contratados, os

quais não se engajaram de forma tão comprometida na atividade, um deles não se

inscrevendo na oficina e outros dois vindo em poucos dos encontros previstos.

Considerando que nos últimos anos os Governos Federal e Estadual tem investido

na oferta de capacitações para esta categoria profissional, ainda assim não houve

comprometimento por parte destes funcionários. No estado do Paraná, o Plano de

Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da Educação Básica,

garante espaço para a categoria profissional de Agente Educacional I e II, prevendo

como um dos critérios para as progressões a capacitação destes funcionários. A

natureza da contratação parece ter sido uma variável importante que influenciou nos

resultados, pois os funcionários concursados, que podem usufruir de um plano de

carreira, participaram ativamente da proposta, enquanto aqueles contratados via

PSS tiveram menor envolvimento.

As razões pelas quais os Agentes contratados por um ano não aderiram

adequadamente aos estudos não foram levantadas. Cabe ressaltar a importância de

políticas públicas que assegurem a permanência dos indivíduos em seu ambiente de

trabalho, possibilitando à escola avançar na busca de novos objetivos, sem ter que a

cada ano reiniciar as capacitações que poderiam estar superadas, o que tende a

comprometer a continuidade dos trabalhos na escola devido à rotatividade, além de

requerer maior investimento em capacitação, uma vez que cada ano a equipe de

apoio se renova.

REFERENCIAS:

BORGES, Jacquelaine Florindo; MEDEIROS, Cintia Rodrigues de Oliveira;

CASADO, Tania. Práticas de gestão e representações sociais do administrador:

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contratação de pessoal por tempo determinado, para atender a necessidade

temporária de excepcional interesse público, nos órgãos da Administração Direta e

Autárquica do Poder Executivo, conforme especifica. Diário Oficial do Estado,

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