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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Titulo: Incentivo à família na participação na vida escolar dos filhos
Autor Marli Piffer
Escola de Implementação
Escola Estadual do Campo Duque de Caxias-Ensino fundamental-Paulistânia
Escola Estadual do Campo Duque de Caxias en Em Ensino
Município da Escola Alto Piquiri-Pr
Núcleo Regional de Educação Umuarama
Orientador Cássia Regina Dias Pereira
Instituição de Ensino Superior FAFIPA/UNESPAR
Disciplina/Área Pedagogia
Produção Didático-Pedagógica Caderno Pedagógico
Relação Interdisciplinar O envolvimento da família na escola tem relação com todas as disciplinas do Currículo escolar
Público Alvo
Pais e/ou responsáveis, alunos, professores e Funcionários
Resumo
Este estudo tem como objetivo pesquisar sobre a importância e a valorização das relações de parcerias com a família na escolarização, no desenvolvimento e na construção da aprendizagem do educando. A falta da participação dos pais ou responsáveis na vida escolar de seus filhos, possibilitou perceber o desinteresse e a irresponsabilidade dos educandos para com os estudos. Por essa razão, esta Intervenção Pedagógica com o tema: Família na Escola : uma parceria necessária, foca como objeto de estudo o ensino aprendizagem através de um trabalho em parceria com a família e a escola procurando a obtenção de resultados satisfatórios. Desta forma a pesquisa norteará caminhos que orientem as ações da escola e a participação dos pais na instituição escolar, ajudando a descobrir meios que tornem o processo de ensino aprendizagem eficientes. Para tanto se faz necessário analisar algumas teorias e relacioná-las com a prática procurando assim contribuir para o crescimento, aprimoramento e o real envolvimento entre família e escola.
Palavra-chave Escola; Família; Ensino e aprendizagem.
APRESENTAÇÃO
O Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná capacita professores objetivando melhorias no
processo ensino aprendizagem conta com atividades específicas a serem
realizadas pelos professores participantes no sentido de qualificar a formação
continuada. Uma das atividades é a realização de um Caderno Pedagógico
sobre o tema pesquisado pelo professor e este deve ser trabalhado com o
público alvo escolhido.
Assim, este Caderno Pedagógico tem por objetivo dialogar com os
pais e/ou responsáveis, alunos, professores e funcionários sobre a importância
e a valorização da parceria entre família e escola para refletir na coletividade os
problemas de aprendizagem objetivando a melhora da aprendizagem dos
alunos.
Todo trabalho foi realizado através de uma pesquisa intensa de vários
autores, conversas informais com os professores da Escola Estadual do
Campo Duque de Caxias e leituras indicadas pelos palestrantes da
FAFIPA/UNESPAR.
Com base no referencial teórico da perspectiva histórico-social esta
pesquisa foi desenvolvida tendo como ênfase especial a turma do 6º ano do
Ensino Fundamental.
O próximo passo é envolver alunos, pais e/ou responsáveis,
professores e funcionários em momentos de estudos e reflexões sobre as
necessidades e os desafios do cotidiano escolar e da sala de aula no que
concerne a participação da família na escola, através de várias oficinas onde
todos participarão de atividades diversificadas em vários encontros.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: OFICINAS
As oficinas são concebidas como espaço pedagógico onde se constrói
e reconstrói conhecimento. Este espaço pode ser tanto a sala de aula, a
biblioteca, a quadra de esportes e até mesmo a sombra acolhedora de
árvores, o importante é a atitude reflexiva onde um grupo compartilha ideias
sentimentos, vivências visando a reconstrução individual e coletiva do
conhecimento. A oficina como tempo-espaço para vivência, a reflexão, a
conceitualização; como síntese do pensar, sentir e agir. Como “o” lugar para a
participação, a aprendizagem e a sistematização dos conhecimentos, onde a
partir das brincadeiras, da troca de experiências entre os participantes,
confluem o pensamento, o sentimento e a ação. Dessa forma, a oficina
pedagógica constitui o lugar do vínculo, da participação, da comunicação, da
produção social de objetos, acontecimentos e conhecimentos (GONZÁLEZ,
APUD, CANDAU, 1995, p. 117).
Como a Oficina é um encaminhamento metodológico que permite a
construção coletiva a partir das condições do próprio grupo, constitui-se na
opção mais significativa para oportunizar atitudes libertadoras e de interação
entre os participantes.
Este espaço de interação e troca de saberes, ocorre através de
dinâmicas, atividades coletivas e individuais que proporciona ao participante
expor seus conhecimentos sobre a temática em questão e assimilar novos
conhecimentos acrescidos por aquele que conduz a oficina. Esse processo de
conhecimento se dá á partir da marca da horizontalidade na construção do
saber inacabado.
Esta experiência enquanto prática democrática e participativa se
realiza mediante uma abertura do condutor da oficina, que não se coloca como
o único detentor de conhecimento. Se, na verdade, o sonho que nos anima é
democrático e solidário, não é falando aos outros, de cima para baixo,
sobretudo, como se fôssemos os portadores da verdade a ser transmitida aos
demais, que aprendemos a escutar, mas é escutando que apreendemos a falar
com eles (FREIRE, 1998, p.127).
Como a Oficina não apresenta fórmula pronta, pode ser utilizada como
laboratório, um espaço de experimentação, favorecendo o surgimento da
atitude crítica criativa e sistematizadora. Pode ser ainda usada como um locus
de construção gradativa, pessoal/coletiva no aperfeiçoamento do
conhecimento, a partir de uma estrutura que lhe é própria.
As oficinas são realizadas através de vários momentos: inicialmente,
tem-se uma dinâmica de acolhida e entrosamento, para facilitar o
conhecimento mútuo e a interação entre os participantes. Posteriormente, tem-
se a reflexão de um tema específico, de interesse do grupo, que busca refletir
a realidade, e suas inter-relações com os níveis individual, grupal e coletivo.
Assim, utilizam-se músicas, poesias, relatos de vida, desenhos,
dramatizações, gravuras, contos, cartazes, fotografias, que falem da vida
cotidiana dos participantes, que facilitem a troca de saberes e que articule
conteúdo, embasamento teórico e metodológico. No decorrer da oficina, os
participantes compartilham a própria história de vida, onde este cotidiano é
inserido no contexto mais amplo, referindo à realidade local, estadual, nacional
e mundial. A oficina é concluída, através da avaliação e encerramento dos
trabalhos do dia.
Portanto, as oficinas pedagógicas possibilitam um processo educativo
composto de sensibilização, compreensão, reflexão, análise, ação, avaliação.
Esse trabalho concebe o homem como ser capaz de assumir-se como sujeito
de sua história e da História, como agente de transformação de si e do mundo
e como fonte de criação, liberdade e construção dos projetos pessoais e
sociais, numa dada sociedade, por uma prática crítica, criativa e participativa (
GRACIANI, 1997, p.310).
Diante da responsabilidade com a educação em nível científico é
necessária que a escola procure vincular a este ofício, a educação que o aluno
traz de casa. Por isso é preciso buscar uma aproximação mais efetiva dos pais
no âmbito escolar, considerando que sua presença e participação tornarão o
processo de aprendizagem mais viável e contextualizado à realidade social,
política e econômica do aluno.
Tem-se a intenção de buscar também uma interação entre família e
escola de maneira afetiva com benefícios na relação entre pais e filhos, através
da participação efetiva da família na escola, semeando assim, sentimentos de
fraternidade, solidariedade, justiça e respeito.
Acredita-se que a utilização dessas relações servirá como elo que
possibilitará à consecução das demais dimensões pedagógicas e
administrativas com o envolvimento, a participação, a interação e sinergia de
todos.
Para a aplicação e desenvolvimento das oficinas foram previstas 3
oficinas de quatro horas culminando com um encontro de 4 horas, onde pais,
filhos professores e funcionários participarão de atividades de conhecimento e
de lazer objetivando a união de todos na escola.
OFICINA 1- CONHECENDO A HISTÓRIA DA FAMÍLIA
PRESSUPOSTO BÁSICO: História da formação da família
Os grupos familiares podem ser entendidos como frutos do processo
histórico, gestado ao longo do tempo de modo ativo de geração para geração.
Para se entender essa dinâmica é necessário retroceder aos modelos mais
antigos, onde se explicitavam as relações entre seus componentes.
Na Grécia e na Roma antiga a família era caracterizada pelo
paternalismo, onde o pai tinha todo o poder sobre seus dependentes, incluindo
sua mulher, escravos, parentes e filhos.
Havia, na época, uma influência do escravismo, base da vida
econômica e social das antigas sociedades grega e romana, onde o pai tinha o
direito de aceitar ou não seu filho e poderia até vendê-lo como escravo ou
matar, caso julgasse oportuno.
Na Grécia e na Roma antiga a família era caracterizada pelo patriarcalismo, todas as pessoas viviam sob o teto do pai da família e eram subordinadas a ele. O pai tinha todo poder sobre seus dependentes, incluindo sua mulher, escravos, parentes e filhos, os quais lhe deviam respeito e obediência. O poder sobre os seus filhos, era o mesmo que tinha sobre os seus escravos, podendo-lhes conceder a vida ou a morte, os favores ou os rigores da lei. A justiça que o pai aplicava no âmbito doméstico era de sua alçada exclusiva, não restando aos que se julgassem prejudicados qualquer recurso. Este poder que o “pater famílias” possuía, era exercido desde o primeiro dia de nascimento de seu rebento, já que o pai tinha o direito de aceitar ou rejeitar o recém-nascido, chegando a ponto de poder vender seu próprio filho como escravo ou matá-lo, se julgasse oportuno. (OLIVEIRA, 2013, s.p.)
Mesmo na era Cristã, onde foi proibida a pena de morte sobre os
filhos, a mulher e os filhos continuavam sendo propriedade do chefe da família,
somente após a invasão do Império Romano pelas tribos germânicas, no
século XII com o início da Idade Média aconteceram mudanças fundamentais
nas sociedades.
O homem medieval passou a ser regido pela sua fé religiosa e
acreditava que deviam se preparar na terra para obter o céu. Neste sentido a
Igreja Católica tinha o monopólio sobre as mentes de milhões de indivíduos dos
mais diversos países.
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia. (SUA PESQUISA, 2013)
Nesta época, aconteceram mudanças na estrutura social, política e
econômica configurando também mudanças no universo familiar que foi
dividido em nobreza e campezinato.
A família nobre era formada por senhores de terras que cuidavam em
preparar-se para a guerra e em manter a ordem em seus domínios. Valorizava
– se no desenvolvimento da educação de seus filhos, a ideia de hierarquia, a
obediência e lealdade aos seus superiores, o preparo nas armas com o
objetivo de, um dia, torná-los cavaleiros.
Já a família camponesa tinha sua vida centrada em torno da produção
agrícola e por isso tinha poucos momentos para a família, em face de o tempo
ser preenchido no desenvolvimento de atividades, tanto para os adultos quanto
para as crianças.
Nos séculos XIII, XIV e XV no final da Idade Média e começo da Idade
Moderna a criança passou a ser reconhecida como um indivíduo diferenciado
do adulto, com especificidades próprias, porém muitas vezes considerada
como um adulto em miniatura.
Na Idade Média esse sentimento não existia. Quando a criança não precisava mais do apoio constante da mãe ou da ama, ela ingressava na vida adulta, isto é, passava a conviver com os adultos em suas reuniões e festas. Essa infância muito curta fazia com que as crianças ao completarem cinco ou sete anos já ingressasse no mundo dos adultos sem absolutamente nenhuma transição. Ela era considerada um adulto em pequeno tamanho, pois executava as mesmas atividades dos mais velhos. Era como se a criança pequena não existisse. A infância, nesta época, era vista como um estado de transição para a vida adulta. O indivíduo só passava a existir quando podia se misturar e participar da vida adulta. Não se
dispensava um tratamento especial para as crianças, o que tornava sua sobrevivência difícil. (ARIES, 2012, p.99-100).
Na Idade Moderna o grupo familiar era estruturado em função da
preservação do patrimônio herdado. O lar tinha como função a proteção contra
a ameaça externa, e era um lugar público e político. Caracterizava-se pelo
modelo de família aristocrática, onde as crianças eram tratadas pelos pais
como pequenos animais domésticos, e não como objeto de afeição materna ou
paterna. Na família camponesa, a mãe era tida como o modelo de autoridade e
tinha Deus e o pároco como representantes da autoridade. A família Burguesa
do século XIX tem os pais como modelo de identificação e a autoridade era
parental. Na família Operária do mesmo século, o modelo de autoridade era o
patriarcal, tendo o patrão como ponto de referência.
Somente em meados do século XVII surgiu a preocupação com a
educação formal dos filhos, Por isso foram multiplicadas as escolas com a
finalidade de aproximá-las das famílias. Com a multiplicação dos colégios
houve uma mudança quanto a obrigatoriedade de a mãe ser educadora
exclusiva de seus filhos.
Na família contemporânea os filhos são vistos como depositários das
expectativas parentais e a autoridade é compartilhada pelo pai e pela mãe.
Existe a preocupação social de integrar a pessoa portadora de deficiência física
ou mental, ou o doente crônico na família e sociedade.
A FAMÍLIA NA ATUALIDADE
Nas últimas décadas, a família tem sofrido profundas transformações
na sua estrutura, em função das mudanças nos modelos de constituição
familiar contemporâneo, porém ainda tem demonstrado capacidade de
sobrevivência e adaptação mesmo que com novos personagens familiares.
As famílias constituídas por um pai, mãe e filhos, já não são o único
modelo, presente em nossa sociedade.
Hoje a família é constituída de forma bastante diferente de
antigamente, onde era o pai quem decidia o futuro dos filhos. Hoje há várias
formas de construir família: família sem pai, família sem mãe, filhos sendo
deixados para as avós cuidarem etc.
A família contemporânea caracteriza-se por uma grande variedade de forma que documentam a inadequação dos diversos modelos da tradição para compreender os grupos familiares da atualidade (SARACENO, 1997, p.78).
Assim conclui-se que não há mais um modelo ideal de família com
valores imutáveis, ou até mesmo, inalteráveis que resistem a qualquer
situação.
A ideia de que é possível apenas um único modelo de família torna-se fonte geradora de preconceitos e estigmatizações a qualquer outro modelo que fuja deste, que é considerado o correto. Hoje se conhece outros tipos de família além das tradicionais como a família homoafetivas, bem como a homoparentalidade. O vínculo afetivo que se dá entre pessoas do mesmo sexo vem propor um modelo alternativo dentro dos novos arranjos, emergindo a “família homoparental”. Embora seus componentes possam tê-la individualmente, tais uniões não possuam capacidade procriativa no sentido biológico. (PERRONI E COSTA , 2008, p. 2).
A família segue novos aspectos obedecendo aos princípios da
afetividade e estabilidade. Reconhecer a família formada pela união estável
somente entre homem e mulher ou da união homoafetiva não dificulta a
proteção da relação como entidade familiar.
Pode-se afirmar que o casamento não é mais a única forma de se
constituir família, isto independe da diversidade de sexos, mas é preciso ter por
base o afeto, para que uma relação se configure como família.
Essas mudanças sociais nas sociedades ocidentalizadas que têm
contribuído para o surgimento de novas formas de família ocorreram em função
de a entrada da mulher no mercado de trabalho, o aumento exponencial do
fenômeno divórcio, o progresso cientifico as novas exigências e a maior
competitividade a nível laboral.
A família passa por profundas alterações na sua estrutura e dinâmica – separações e novos casamentos, ausência de um dos genitores, ausência prolongada de ambos os pais pela exigência do trabalho – o que provoca consequências, a serem
pesquisadas, na criança e no adolescente. O efeito mais visível é o pouco contato e conhecimento deste filho e a ausência de controle sobre as rotinas e hábitos dele, o que pode ser vivido por este de inúmeras formas, inclusive como falta de cuidado e afeto (TEIXEIRA, 1994. APUD, PAIVA, 2008, p.50).
Atualmente, para a configuração de família, não há mais sequer a
necessidade de existir um casal, pois a família não está mais unicamente
ligada à finalidade procriativa.
A família (...), na maioria das vezes, é composta pelos pais biológicos, avós, tios, primos e, às vezes, irmãos. No entanto, pode-se encontrar famílias compostas de outras maneiras: a mãe é solteira e o pai não está presente ou o casal se separa”. Cabe ressaltar que, em muitos casos, essas situações adversas não comprometem o amor e o ambiente harmonioso da família, e os filhos experimentam a aceitação e segurança decorrente do bem-viver familiar (MALDONADO, 2003, p.153).
A família, é o resultado das transformações sociais, além de passar por
estas transformações, a família ainda tem de adaptar-se à situação
socioeconômica, que sofre mudanças significativas e influencia a qualidade de
vida das famílias. É um processo constante de modernização.
Porém, os mais variados ajustes e padrões estabelecidos pela
adaptação à modernidade não foram capazes de excluir a função paterna e
materna que prevalecem independentemente de quem vai assumir ou
desempenhar.
De acordo com Scheibe a família é um ponto de referência, provedora
do amor que anima e dá sustentação, carinho e aconchego frente aos
problemas da vida. Para essa autora isso se dá sem que se precise rotular o
conceito de família, pois mesmo as ditas incompletas ou desestruturadas
podem “gerar” crianças felizes. “ As famílias são pessoas que a gente ama e
que nos ajudam a crescer” (SCHEIBE, 2006, p. 1).
METODOLOGIA
O encaminhamento da oficina poderá ser feito com o apoio de slides
nos quais sejam apresentados os conceitos principais citados no texto.
O dirigente da oficina fará os apontamentos e a articulação do
conteúdo com os fatos do cotidiano escolar, facilitando o diálogo com os
participantes.
Sendo o vídeo um recurso útil que possibilita a síntese, gera as mais
diversas sensações no expectador e por isso pode possibilitar motivação para
novas situações, como um expectador crítico, a apresentação do vídeo:
Conceitos de família. O que é? Poderá colaborar para a compreensão sobre o
conteúdo ajudando os participantes a sintetizarem cada conceito de família
abordado pelo dirigente.
Para possibilitar o envolvimento dos participantes a sugestão é
desenvolver a dinâmica do boneco que poderá mostrar a importância do
planejamento para a o sucesso de um trabalho.
DINÂMICA DO BONECO
_ Objetivo: Mostrar que quando há planejamento tudo fica melhor estruturado e
se obtém ótimo resultado.
DESENVOLVIMENTO
Esta dinâmica visa trabalhar a união e a cooperação entre família.
Dividir os participantes em equipes, cada equipe receberá papel, pincel atômico
e as fichas contendo as partes que deverão desenhar.
Ao término dos trabalhos o mediador solicitará que cada grupo mostre
o que desenhou aos demais participantes e em seguida eles devem utilizar as
partes que possuem para construir um único boneco colando as partes no
quadro negro.
Sendo assim, após a conclusão do boneco, o mediador deve então
questionar aos participantes:
O que o boneco montado tem de parecido ( ou diferente) de nossa
família?
Quando uma família não tem (cita-se alguma estrutura ausente no
boneco) de que forma ela consegue atuar?
E quando uma família tem (cita-se alguma estrutura que tenha em
quantidade maior do que o normal no boneco e a sua quantidade) o
que acontece?
O que podemos fazer para melhorar então o desempenho de nossa
família?
Ao final da discussão o grupo com certeza terá refletido a respeito de
vários aspectos de como andam as relações entre os membros da família e é
aí que o mediador entra para fazer com que o grupo reflita a respeito de
como vem atuando.
_ Apresentação da proposta de Implementação pedagógica aos alunos,
pais, professores e funcionários através de slides justificando a necessidade
da participação dos pais na vida escolar dos filhos.
_ Leitura, reflexão e discussão sobre os textos.
Avaliação diagnóstica:
Nome do responsável _____________________________ Data ___/___/___
1. Os trabalhos escolares são atividades desafiadoras para seu filho?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
2. Ele consegue realizar as tarefas escolares com organização?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
3. Seu filho (a) gosta de realizar a suas atividades escolares?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
4. Em casa ele tem horário para estudar e assistência nos deveres?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
5. Demonstra prazer em estudar nessa escola?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
6. Os assuntos estudados despertam interesse no aluno?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
7. Você procura a professora ou a coordenação pedagógica quando quer saber
sobre o desenvolvimento do seu filho?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
8. Você tem participado das reuniões de pais?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
9. Quais as sugestões para que a escola possa melhorar o atendimento
pedagógico a seu filho?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
- Montagem do cronograma das próximas oficinas, com todos os participantes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família; tradução de Dora
Flaksman-2ª Ed. Rio de Janeiro: LTC,2012.
KNOPF, Cassiano; CERUTTI, Janaína. Relação entre família e a escola e
seus impactos na educação. Revista Conhecimento Pratico/Língua
Portuguesa. Edição nº 36 – Maio 2012.
MALDONADO,Maria Tereza. As Sementes do Amor - Educar crianças de 0 a
3 anos para a paz. Editora Planeta do Brasil. 2003. São Paulo SP.
OLIVEIRA, Aloídes Souza de. Família: um desafio para os assistentes
sociais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 101, jun 2012. Disponível em:
<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11575>. Acesso
em maio 2013.
PAIVA, Joseane Nadir da Mata. Reconstruindo Histórias: vivências de
adolescentes em Liberdade Assistida na Comarca de Muriaé-MG. 2008.144 f.
Dissertação (Mestrado) - Pós-graduaçãoem Serviço Social do Departamento
de ServiçoSocial da PUC – Rio de Janeiro.
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação. Rio de Janeiro. José Olímpio,
2007.
SARACENO, C. (1988) “Sociologia da família”. Editorial Estampa, Lisboa,
1997.
SCHEIBE. Jeanete W. Família: conceito em transformação. Disponível em:
<http://www.escoladepais.org.br/materias/view.asp?id=37>, acessado em
03/06/2013
SZYMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas –
Brasília: Líber Livro, 2011.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. 1ª edição. São Paulo: Editora
Gente, 1996.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina
consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad,
1994.
OFICINA 2- VAMOS FALAR SOBRE FAMÍLIA E ESCOLA
PRESSUPOSTO BÁSICO: Interação entre família e escola
Em todas as etapas da construção do conhecimento tem – se como
meta para que a aprendizagem se desenvolva com qualidade, a participação
da família na escola.
A família e a escola são duas instituições fundamentais para a vida de
uma pessoa, pois antes da escola a educação se dá na comunidade e na
família. Na modernidade, a Educação Escolar tornou-se o modo de educação
predominante tendo como função garantir a aprendizagem de todos os seus
alunos.
O que ambas as instituições tem em comum é o fato de prepararem os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social. Ambas desempenham um papel importante na formação do indivíduo e do futuro cidadão (SZYMANSKI 2011. p. 98).
Na escola a criança aprende, sem dúvida alguma, porém não é só lá
que isso acontece. A escola é um espaço privilegiado para se aprender. No
entanto aprende-se de uma forma diferente do que se aprende na família.
Por exemplo, a escola também ensina valores e algumas coisas que a
família ensina, porém de forma diferente, com encaminhamento diferente e
uma pontuação diferente.
A família precisa ser educadora, ensinar seu filho, porque é ela quem
constitui o sujeito, a pessoa, a forma de entender o mundo e de ler o mundo.
Isso tudo é fruto da relação que ele tem com a família. Dessa forma pode-se
dizer que, teoricamente:
A família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111)
Assim pode-se concluir que a família e a escola são pontos de apoio
ao ser humano e por essa razão quanto melhor for a parceria entre ambas
melhores serão os resultados na formação do sujeito.
O desempenho escolar de cada aluno depende não apenas do seu rendimento escolar em sala de aula e da competência dos professores, mas também, do apoio da base familiar que este aluno encontra em sua casa.” (KNOPF e CERUTTI, 2012. p. 22).
Deste modo, a escola precisa organizar-se em torno do conhecimento
e buscar parcerias para dar conta da tarefa de educar. Ela precisa de aliados
com quem dividir a grande missão a ela atribuída, que é a de: formar cidadãos
de fato. Sem dúvida, uma grande aliada da escola nesta tarefa é a família, que
precisa estar em consonância com a escola, uma dando suporte à outra.
Muitas vezes, a escola espera genericamente que a família “ajude” ou “não atrapalhe”. Isto não é suficiente. A escola precisa investir no trabalho de formação e conscientização dos pais. Devemos esclarecer aos pais a concepção de disciplina da escola, de forma a minimizar a distância entre a disciplina domiciliar e escolar. Diante de toda crise, as famílias estão desorientadas. Muitos educadores argumentam que não seria tarefa da escola este trabalho com a família. De fato, só que concretamente se não fizermos algo já, enquanto lutamos por mudanças mais estruturais, nosso trabalho com a criança ficará muito mais difícil (VASCONCELLOS, 1994, p. 63).
A escola deverá buscar a parceria da família através de um trabalho
conjunto, criando espaços para que esta família participe do processo
educacional de forma consciente do seu papel, que não é o de submeter-se às
imposições da escola, mas sim de colaborar para que o processo de ensino e
de aprendizagem de fato promova o desenvolvimento almejado. Saber-se que
participação não pode se resumir apenas na entrega dos resultados das
avaliações, mas deve acontecer de modo que o vínculo entre a família e a
escola seja fortalecido ou até mesmo criado.
A aproximação com a família é de suma importância para o trabalho
pedagógico, pois esta muitas vezes não tem conhecimento do que é feito na
escola e de como é feito. Portanto, uma boa relação entre a família e a Escola
deve estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal
alvo o aluno.
A escola deve também, exercer sua função educativa junto aos pais,
discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que
em reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho
escolar e social às crianças.
[...] toda pessoa tem direito à educação, é evidente que os pais também possuem o direito de serem senão educados, ao menos, informados no tocante à melhor educação a ser proporcionada a seus filhos. ( PIAGET, 2007, p. 50).
Muitas vezes os professores se deparam com pais que criticam a
escola por considerarem que ela não oferece um bom ensino, mas por outro
lado transferem suas tarefas para ela. Alguns pais esperam, inclusive, que a
escola encaminhem os filhos ao dentista, ao médico. Se a escola for cuidar
destes encaminhamentos, com certeza o ensino ficará prejudicado.
Outra questão é que a família não está conseguindo impor limites aos
filhos. Geralmente não estabelece um horário para estudo em casa e permite,
inclusive, dos filhos faltarem à escola por motivos banais. Imaginam que a
escola sozinha fará tudo para que seu filho se torne um sujeito responsável, e
que tenha sucesso. Daí a necessidade dos professores, pedagogos e direção,
juntamente com os pais, definirem o papel de cada um na vida escolar dos
educandos.
É claro que a escola não poderá exigir dos pais aquilo que eles não
podem fazer. De maneira coletiva, os limites de cada um deverão ficar
estabelecidos, para que não se crie falsas expectativas e até mesmo trocas de
acusações. A escola também deverá deixar bem claro aos pais a sua função
social, que não é apenas cuidar para que seu filho passe de ano, que seja bem
cuidado, mas sim que sua função essencial consiste na socialização do saber
sistematizado, indispensável ao exercício da cidadania através de uma
educação que humaniza que emancipa. Educação esta que deve estar
centrada na apropriação dos conhecimentos. Se a família for consciente do
papel da escola, sabendo quais são seus objetivos para com seu filho, sem
dúvida ela estará mais disposta a fazer a parceria necessária para que haja
uma educação de qualidade.
Neste sentido Jane Margareth Castro e Marilza Regattieri (Orgs.)
salientam que:
No Brasil com a quase universalização do acesso ao ensino fundamental, a desigualdade nas condições de aprendizagem e no alicerce dos resultados educacionais está sendo assumida como um problema de qualidade da escola/sistema – além de ser uma questão prioritária na agenda nacional. A busca pela qualidade com equidade, ou seja, todos os alunos aprendendo e progredindo na carreira escolar na idade certa, presente na pauta das políticas, nos projetos e também nos programas de pesquisa na área da Educação (CASTRO E REGATTIERI, 2009, p. 19).
Considerando a importância da família em todos os aspectos da vida
de seus membros, principalmente no processo de escolaridade, muitas Leis
foram legalizadas, como:
- Estatuto da Criança e do Adolescente, que no artigo 4º estabelece
como dever da família, da comunidade e do poder público assegurar,
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida,
saúde, alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, convivência
familiar e comunitária da criança e do adolescente. E no seu artigo 55
diz que é obrigação dos pais ou responsáveis matricular e acompanhar
seus filhos na rede regular de ensino;
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/96) nos artigos
1º, 2º, 6º e 12 que estabelecem a educação como dever da Família e
do Estado;
Plano Nacional de Educação (Lei nº 10172/2007) que define
como uma das prioridades a implantação de Conselhos Escolares e
outras formas de participação familiar para enriquecimento das
oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos.
Assim, pais e professores devem ser estimulados a discutirem e
buscarem estratégias conjuntas e específicas ao seu papel, que resultem em
novas opções e condições de ajuda mútua. Para tanto, cada escola, em
conjunto com os pais, deve encontrar formas peculiares de relacionamento que
sejam compatíveis com a realidade de pais, professores, alunos e direção, a
fim de tornar este espaço físico e psicológico um fator de crescimento e de real
envolvimento entre todos os segmentos.
É possível, enfim, inferir que a participação dos pais na vida escolar de
crianças e adolescentes é sim, imprescindível; mas ao mesmo tempo, é
necessário que este envolvimento seja um envolvimento de qualidade e
saudável, pois é o que causa o sucesso escolar do aluno.
METODOLOGIA
A oficina poderá ser iniciada com a leitura do texto: Interação entre
família e escola, que poderá oportunizar aos participantes ativar conhecimentos
prévios como também mostrar os objetivos da leitura, suscitando reflexões
entre os leitores.
A apresentação do vídeo: A família e a escola como parceiras será útil
para melhor compreensão do conteúdo e poderá possibilitar aos participantes a
socialização oral das idéias.
Para estimular o trabalho em equipe a sugestão é desenvolver a
dinâmica da bala que poderá aguçar a curiosidade dos participantes fazendo
com que busquem formas diversas para concretizar a dinâmica.
DINÂMICA DA BALA
Objetivo: estimular o trabalho em equipe;
Materiais: uma bandeja e balas de acordo com o número de participantes. As
balas devem ser colocadas dentro da bandeja.
DESENVOLVIMENTO
Forma-se um círculo e o mediador dirá aos participantes:
- Vocês terão que chupar uma bala, só que poderão usar somente uma
das mãos para desembrulhá-la e levá-la à sua boca.
Esta dinâmica aguçará a curiosidade dos participantes que, por sua
vez, buscarão os modos mais diversos para concretizá-la. Dicas da
daqui http://rubiaemilia.blogspot.com.br
Plenário – comentar o exercício:
O que foi difícil executar?
Do que gostou mais?
O que pôde observar?
É um trabalho alegre e divertido. Permite ao grupo expressar-se de
modo diferente do habitual, percebendo as dificuldades que surgem quando
são buscadas novas formas de realização do trabalho proposto.
_ Avaliação: Formar grupos e responder a seguinte questão:
_ De que forma a escola poderá obter a parceria da família em suas
atividades?
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
nº 9394/96. Brasília : 1996.
Castro, Jane Margareth et Ragattieri, Marilza (Orgs). Interação escola família:
subsídios para práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC. 2009.
http://rubiaemilia.blogspot.com.br. Acesso em 29/10/2013
KNOPF, Cassiano; CERUTTI, Janaína. Relação entre família e a escola e
seus impactos na educação. Revista Conhecimento Pratico/Língua
Portuguesa. Edição nº 36 – Maio 2012.
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação. Rio de Janeiro. José Olímpio,
2007.
SZYMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas –
Brasília: Líber Livro, 2011.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. 1ª edição. São Paulo: Editora
Gente, 1996.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina
consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994.
OFICINA 3. COMO ESTAMOS TRANSMITINDO OS VALORES AOS NOSSOS
FILHOS?
PRESSUPOSTO BÁSICO: Escola e família: parceiros na transmissão de
valores.
Pais e escola estão juntos na tarefa de transmitir valores necessários
para a boa formação do indivíduo. Aos pais parece-nos extremamente natural
que se ocupem disso, mas a escola ainda que repensando seu lugar nesse
âmbito, parece-nos natural concebê-la como co-responsável pela orientação e
formação do indivíduo.
A escola já não mais se presta a apenas dar o arcabouço teórico
necessário do currículo formal. Vêm ampliando seu papel junto à sociedade,
lidando com o resultado direto das influências que a família produz em seus
filhos. Educadores vêem refletidas nas crianças e jovens aquilo que em sua
família as configura: seus valores, seu padrão relacional, seus conceitos em
relação à própria escola e de como esta é valorizada ou não.
É a partir de como os alunos refletem seu comportamento na escola é
que entendemos muito dos valores que seus pais emprestam aos seus filhos.
Nestas circunstâncias observamos o aspecto da qualidade e sua
importância. Reconhecemos então que valores são estes, pois os vemos
representados nas crianças e jovens que, quando em contato com a filosofia e
postura da escola, tornam-se deslocados – parecendo-nos supor que estes se
utilizam da escola, assim como um produto de consumo, um espaço que está
unicamente a favor de prestar um serviço aos pais.
Ora sem dúvida que a escola presta um serviço, inclusive para a
sociedade como um todo, mas há o que acrescentarmos a isso: - que sua
matéria prima é o desenvolvimento e formação de indivíduos.
Há crianças e jovens que criticam e tratam mal a própria escola, pois
não lhes foi ensinado o valor de respeito à escola e a importância de pertencer
a ela. Tratam-na como produto.
Isso tudo é muito simples de se enxergar: é visto na conduta da
criança e do jovem perante a forma como ela respeita as regras, as normas, a
maneira pela qual ela trata os funcionários, por vezes como seres invisíveis,
nem dignos de um bom dia , tratando-os como aqueles que estão ali porque
são pagos para isso. Agem assim na verdade porque não lhes foi ensinado o
valor da dignidade e do trabalho.
Certamente não vêem seus pais agindo com cordialidade frente aos
funcionários, e assim imitam o modelo que lhes é concedido.
Há que refletirmos:
- que valores os pais transmitem?
- que valores seus filhos imitam?
O interessante no processo da ação educativa é que ela não se
encerra em si mesma, acaba indo além. Observemos aqueles alunos, que, têm
na escola o locus de aprendizado dos valores. De um modo contrário, serão
eles os transmissores dos valores aprendidos na escola aos pais.
Podemos então compreender que quando a escola cumpre a missão,
de transmitir valores essenciais e não negociáveis, ela acaba por educar
também aos pais. É onde nossa ação educativa acaba por englobar a família
do aluno.
Há alunos, por exemplo, que demonstram pouco ou nenhum cuidado e
zelo pelas dependências da escola. Jogam lixo no chão, não dão descarga no
sanitário, riscam as paredes, deixam a torneira aberta, molham o rolo de papel
higiênico. E isso não acontece em escolas públicas ou de periferia, é um
acontecimento geral observado, tendo em vista o valor associado à capacidade
de vincular-se e estabelecer uma relação de respeito e afeto.
Assim como a cidadania de se sentir fortalecido em suas raízes, a
escola é um espaço que precisa ser valorizado, pois promove o sentimento de
pertencer, preenchendo esta necessidade que nós seres humanos possuímos
em relação às coisas, pessoas e situações e que nos dão significado na vida.
Pertencer a uma escola é um valor por demais valoroso, é nossa
segunda morada, é o local onde mostramos quem somos e o que precisamos
nos tornar. E é pela participação dos educadores e todo pessoal envolvido na
formação de uma criança e jovem que sentimos o quanto de esforço, empenho
e trabalho é reunido, para que estes princípios e a filosofia que envolve todo
processo educacional sejam concluídos.
A aliança entre família & escola
A família é o núcleo que processa, digere, e elabora as transformações
que ocorrem num contexto social mais amplo.
As demandas trabalhadas na educação são parte do interesse escolar,
envolvido pela qualidade da relação professor-aluno e pelas situações
familiares que se expressam e interferem diretamente na postura da criança e
jovem, ante a aprendizagem e nas relações com o professor, colegas e
funcionários da comunidade escolar.
A aliança necessária entre escola e família parece-nos perfeita para
servir de parâmetro para aqueles jovens que com certeza precisam refletir, de
maneira que possam ter uma postura firme diante de temas tão controversos
como a droga, o sexo precoce, as dúvidas frente à escolha profissional, enfim
temas relacionados ao rumo de sua vida e ao próprio destino na sociedade que
o aguarda.
A dificuldade entre as partes vem residindo no desconhecimento do
que cabe à família e do que cabe especificamente à escola.
O que vêm sendo solicitado por parte dos dirigentes da escola, é
buscar um modo diferente de se reportar nas questões ligadas à família. Temos
pais que procuram a escola ou têm na sua finalidade, um lugar seguro para
que seus filhos sejam de certa maneira modelados e que recebam a educação
que consideram adequada.
Que educação é esperada?
O que é que vêm fazendo parte das expectativas dos pais, que a
escola não sabe?
Os pais esperam mais que ensino formal?
Veremos então que limites a escola precisa manter da família e que
pontes podem ser feitas para esta aproximação.
A aliança entre escola & família nos possibilita refletir sobre que
modelo e que valores são necessários enfatizar na construção da
personalidade e que limites podem ser construídos para que cada uma - tanto
escola como família - possam de fato reconhecer o que cabe a cada uma.
Se ambas estiverem unidas e afinadas quanto aos valores que querem
imprimir e transmitir aos seus alunos e filhos, haverá um laço de co-
responsabilidade entre as partes, onde poderão então transmitir valores
correlatos ao que um ser humano necessita, fazendo assim prevalecer àqueles
aspectos que venham de encontro ao que um indivíduo possa responder frente
às questões do mundo.
Geralmente uma escola é conhecida por seu método, pela sua linha
pedagógica, por alguma característica específica, que lhe confere uma certa
identidade assim como a família.
Ambas são responsáveis pelo processo de socialização tão importante
à criança e ao jovem.
A ação da família em si não basta. Precisamos do espaço escolar para
a ampliação de suas interações e desenvolvimento das potencialidades do Ser,
experimentando atributos diferentes daqueles a que são estimulados na
família. Podem vivenciar situações distintas das famílias, respondendo às
situações de formas diferentes, podendo inclusive criar e re-criar as suas
relações.
A escola areja as relações intrafamiliares, já que a família não se
esgota em si mesma, ela caminha para além. Neste caso, a escola e depois a
vida...
A família destina à escola uma imensa diversidade de estilos e de
culturas específicas, onde cada aluno revela a existência de um modelo de Ser.
Representação esta da sociedade: - cosmopolita, diversa e pluricultural.
O que manter e o que desprezar?
Compreender que valores serão desprezados e aqueles que devem
fazer parte do repertório da escola acabará por influenciar positivamente as
famílias, ao que se refere à postura ética que se vê fortalecida, quando há
ressonância entre os pólos principais da formação de indivíduos: a família e a
escola. Sendo assim, podemos esperar uma sociedade cujo futuro possa ser
viável e humano. (RICOTA, s/d).
METODOLOGIA
O encaminhamento da oficina poderá ser feito com o apoio do vídeo:
Quem ama educa, de Içami Tiba, onde o autor se propõe a ajudar os pais na
empreitada de educar os filhos reforçando a importância de valores e atitudes
como limites e diálogo.
O dirigente da oficina fará os apontamentos e a articulação do
conteúdo do vídeo com o texto: Escola e família: parceiros na transmissão de
valores, facilitando o entendimento e o diálogo com os participantes.
Para exercitar a sensibilidade, o raciocínio lógico e os valores pessoais
de cada um, a sugestão é desenvolver a dinâmica: O naufrágio, onde o
dirigente após a dinâmica poderá montar três equipes que levantarão os
valores vistos no vídeo, no texto e na dinâmica. Após reflexão sobre os
mesmos poderá enfatizar quais valores devem ser ensinados na escola e quais
devem ser ensinados na família. Para tanto, é importante respeitar as escolhas
de cada grupo, no entanto pode ser feito uma reflexão diante das prioridades e
nunca das pessoas. Os valores são fundamentais, mas ninguém pode ser
excluído.
DINÂMICA O NAUFRÁGIO
Objetivo: Exercitar a sensibilidade, o raciocínio lógico e os valores pessoais de
cada um, respeitando a decisão do grupo.
DESENVOLVIMENTO
Orientações: O coordenador conta a história e vai dando os comandos como
se fosse o Capitão do navio. Não importa quantas pessoas exista no grupo. Os
subgrupos devem ser de três pessoas e o tempo tem que ser observado à
risca.
Imaginem que vocês estão em um navio com 1 Capitão, 7 tripulantes e
30 passageiros. De repente, sofrem um terrível impacto. O Capitão logo avisa:
- Atenção Srs passageiros! Devido a uma colisão com um iceberg o navio irá
afundar em 2h30. Não é motivo para pânico. Temos uma ilha a cinco dias,
desde que os tripulantes dos botes consigam remar sem parar. Estamos em
alto mar e navios por estas bandas só a cada 2 meses. Há coletes e botes para
todos. O tempo é suficiente para todos se salvarem desde que obedeçam meu
comando. Atenção para as ordens:
Ordens Minutos
Ordens Minutos
Se dividir em grupos de três para facilitarem as decisões 01
Decidirem quem coordenará e quem registrará as decisões 01
(Passar por escrito as demais ordens e pedir que cada grupo vá
selecionando as tarefas que acharem mais importantes. Separar as tarefas
somando os tempos utilizados)
Ordens
Minutos
Fazer uma pequena mala com roupas e documentos 10
Montar uma caixa de alimentos para cada bote – pegar o que puder 10
Abastecer galões de 5 litros com água potável (Tempo por galão) 03
Montar kits de primeiros socorros 10
Passar protelor solar 05
Ir ao banheiro para atender as necessidades fisiológicas 05
Fazer uma pequena festa de despedida 10
Fazer uma refeição substanciosa 15
Verificar seus e-mails pessoais 10
Fazer guerra de travesseiros para aliviar o estresse 10
Tirar foto do rombo do casco do navio 10
Fazer reunião para explicar os procedimentos de salvamento 05
Escrever sobre o naufrágio em seu diário de viagem 10
Colocar sinalizadores, bússola e mapa nos botes. 05
Colocar colete salva-vidas 05
Colocartodas as pessoas no bote salva-vidas 15
Considerando 5 galões de água = 150 minutos 138
(Após 10 minutos de trabalho o comandante avisa a todos que o caso
se complicou e que agora só resta 1 hora. Que todos possam rever as
prioridades)
(Depois de 10 minutos avisar que não há mais tempo e que o navio
está quase todo imerso. Determinar a última tarefa a ser feita.)
Os tripulantes foram embora em um bote e os demais
passageiros pegaram os botes, restando apenas um. Este bote só cabe sete
pessoas (lembrando que cada grupo é o que restou, são três pessoas e só
podem levar mais quatro). Eu afundarei com meu navio. Vocês, no entanto
precisam saber escolher quem levarão para a ilha. Eis a lista dos que ainda
estão no barco.
Um violinista, com 40 anos;
Um narcótico viciado, com 18 anos;
Um advogado, com 25 anos;
A mulher do advogado, com 24 anos, que acaba de sair do
manicômio. Ambos só irão ser for juntos;
Um sacerdote;
Um Pastor;
Uma prostituta, com 34 anos;
Um ateu, com 20 anos, autor de vários assassinatos;
Uma universitária que fez voto de castidade;
Um físico, 28 anos, só aceita entrar no bote se puder levar consigo
sua arma;
Um declamador fanático, com 21 anos;
Uma menina, com 12 anos de idade, e baixo QI, portadora de vírus
HIV;
Um homossexual, com 47 anos;
Uma débil mental, com 32 anos, que sofre de ataques epiléticos;
Um Atleta de 27 anos;
Uma mulher com 8 meses de gravidez.
No final das tarefas o assessor deve analisar as escolhas de cada
grupo levando em conta a distância e quem está no bote para remar durante os
3 dias. O Assessor deverá aproveitar as respostas para abrir a discussão sobre
a importância das escolhas feitas no dia a dia; o que é realmente prioridade
para as pessoas; como agir no momento de desespero; o porquê de cada
grupo na escolha final;
Deve se respeitar as escolhas de cada grupo, no entanto pode ser feito
uma reflexão diante das prioridades e nunca das pessoas. Os valores são
fundamentais, mas ninguém pode ser excluído. (DINÂMICAS NA
CATEQUESE, 2011)
_ Avaliação: Após a discussão escolher um dos pais para elaborar o
texto sobre os apontamentos levantados pelo grupo.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RICOTA, Luiza. Escola e família: parceiros na transmissão de valores
disponível em:
http://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=11#.Ul4IwlDrz6
O . Acesso em 16/10/2013
http://catequesedaparquiadeipu.blogspot.com.br/2011/10/o-
naufragio.html#thsah.pcrQgTlh.dput. Acesso em 16/10/2013
OFICINA 4- REVISANDO VALORES DA FAMÍLIA
PRESSUPOSTO BÁSICO: 13 Valores que precisamos ensinar todos os dias
Nunca é demais repetir para seus filhos a importância dos bons
valores. Explique como eles podem se tornar pessoas melhores
Os bons valores devem ser aprendidos ainda na infância e transmitidos
de pais para filhos, como uma herança. Só assim é possível garantir que as
crianças de hoje se tornem adultos melhores amanhã. Veja, a seguir, as lições
que você não pode esquecer de passar!
Veja, a seguir, as lições que você não pode esquecer-se de passar!
1. Fraternidade
Nunca humilhe os outros. Se tiver problemas com alguém, diga
pessoalmente e com jeitinho. Quando a gente reage instantaneamente a uma
provocação, fala coisas pesadas sem pensar. E a maioria das pessoas merece
uma segunda chance, certo?
2. Humildade
Enxergue o gari e o presidente da firma como seus iguais e respeite-
os. Ouça críticas de coração aberto. Admita quando estiver errado(a) e não
sinta vergonha de pedir desculpas. Errar é humano! E aprender com os erros é
uma das maiores bênçãos de vida.
3. Cortesia
Trate todos com educação. Peça licença, diga “por favor” e
“obrigado(a)”, sorria sempre. Sendo gentil, a gente consegue as coisas com
mais facilidade. Sempre que possível, ofereça ajuda. Não custa nada dar uma
mão para o vizinho com as compras de supermercado, não é?
4. Responsabilidade
Cumpra suas obrigações: chegue no horário, pague suas contas em
dia (não gaste mais do que ganha) e respeite contratos e acordos. Maturidade
e responsabilidade não podem ser confundidas com chatice ou caretice.
1.5. Perseverança
Sabia que antes de inventar a lâmpada, Thomas Edison fez inúmeros
testes que deram errado? Se você tem uma idéia e acredita nela, persista!
Tenha força de vontade suficiente para não desistir nos primeiros obstáculos.
6. Otimismo
Tente enxergar o lado bom das coisas. Prefira ver o copo meio cheio,
ao invés de meio vazio! Isso é um exercício de vida! Aceite que os conflitos, por
piores que sejam, permitem que a gente cresça. Diga mais SIM do que NÃO.
Procure mais razões para agir, em vez de desculpas para ficar parado(o).
7. Solidariedade
Compartilhe. Divida o que tem com os outros. Quando você doa, o
velho vira novo. Qualquer armário esconde mil coisas que não nos servem
mais. E elas podem fazer outras pessoas felizes, como no dia em que você as
comprou ou ganhou. Ser generoso(a) não custa nada e ainda preenche o
coração.
8. Ousadia
Arrisque-se mais! A vida é curta e o tempo passa rápido. Sabe aquela
história de encarar cada dia como se fosse o último? Não guarde declarações
de amor para si, troque de emprego quando estiver infeliz, saia sozinho(a)
mesmo. Aliás, você pode ser sua melhor companhia!
9. Lealdade
Esteja pronto(a) para correr em socorro de seu melhor amigo(a),
mesmo que ele(a) ligue de madrugada, quando nossa cama fica especialmente
aconchegante. Dá para contar nos dedos de uma mão as pessoas com quem
podemos contar de olhos fechados. Valorize-as!
10. Compaixão
Seja generosa e fique atenta ao sentimento alheio. Sensibilize-se
quando os outros enfrentarem dificuldades, mesmo que tenha seus próprios
problemas. Ajude sem esperar nada em troca.
11. Flexibilidade
Balance ao sabor do vento. Ser maleável permite se curvar sem
quebrar, adaptar-se às situações, aguentar a pressão sem perder a elegância.
E saber a hora de ceder não significa covardia ou falta de convicção. É
sabedoria!
12. Tolerância
Aceite quem pensa e age de maneira diferente de você. Se não for
radical em suas opiniões, a vida fica melhor. Quem quer uma caixa só de lápis
pretos e brancos, podendo ter também os coloridos? Sempre é hora de seres
humanos aceitarem uns aos outros.
13. Integridade
Seja justa e sincera sempre (o que não justifica cometer grosserias!).
Faça o que considera correto e seja coerente com seus valores, por mais que
isso(o)a torne impopular. Não existe coisa melhor do que colocar a cabeça no
travesseiro e dormir sem culpa ou remorso de nada. (LEVISCHI, BEATRIZ.
2012)
METODOLOGIA
O encaminhamento da oficina poderá ser feito com o apoio de slides
nos quais sejam apresentados os 13 Valores que é necessário ensinar todos
os dias.
Para melhor compreensão poderá exibir o vídeo: Relações familiares _
inversão de hierarquias e subversão de valores e costumes, oportunizando
uma reflexão sobre como os valores influenciam as atitudes, decisões e
comportamentos de cada pessoa.
Para reforçar o conteúdo sugere-se trabalhar com a dinâmica: valores
familiares, onde os participantes poderão identificar valores e mensagens
transmitidos pela família, pois nenhum ser humano vive sem um núcleo de
princípios interiores que orientem sua interpretação do mundo, dando sentido e
direção para sua vida.
DINÂMICA: VALORES FAMILIARES
Objetivo: Identificar valores e mensagens transmitidos pela família.
Materiais necessários: Ficha de trabalho e lápis.
DESENVOLVIMENTO
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Distribuir ficha de trabalho e lápis, pedindo que respondam
individualmente às questões contidas na ficha.
3. Dividir o grupo em cinco subgrupos. Cada subgrupo fica responsável
por uma das questões da ficha de trabalho.
4. Solicitar a cada subgrupo que discuta as respostas individuais à
questão que lhe coube, registrando os pontos comuns.
5. Cada subgrupo apresenta suas observações.
6. Plenário - comentar os pontos de discussão:
* Que valores são especialmente importantes para a sua família?
* O que lhe chamou a atenção de tudo o que ouviu?
* Como se sente em relação à diversidade de valores do grupo?
7. Fechamento: o coordenador ressalta para o grupo que os valores
que possuímos influenciam nossas atitudes, decisões e
comportamentos. Nenhum ser humano vive sem um núcleo de
princípios interiores que orientem sua interpretação do mundo, dando
sentido e direção para sua vida.
Avaliação-Ficha de trabalho:
O que sua família pensa sobre:
1. Ter bom desempenho na escola?
2. Participar de grupos sociais, grêmio estudantil...?
3. Ter um emprego?
4.Ter religião?
5. Respeitar as leis?
6. Fonte: Projeto Adolescência Criativa Olodum Dinâmica publicada na
edição nº 372, jornal Mundo Jovem, Novembro de 2006, página 15.
_ Reflexão sobre os 13 valores familiares e o vídeo
_ Plenário da dinâmica e apresentação dos subgrupos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.mundojovem.com.br/dinamicas/valores-familiares. Acesso em
20/10/2013
LEVISCHI, Beatriz. 13 valores que precisamos ensinar aos filhos todos os
dias
In:.http://mdemulher.abril.com.br/familia/reportagem/filhos/13-valores-
precisamos-ensinar-aos-filhos-todos-dias-682358.shtml Acesso em 20/10/2013
MONASTÉRIO, Mônica. Limites de pais para filhos
http://www.youtube.com/watch?v=AM_2m8rIJFg. Acesso em 20/10/2013
OFICINA 5: PAIS BRILHANTES
PRESSUPOSTO BÁSICO: Situação atual da educação
Augusto Cury é um psiquiatra, pesquisador da psicologia e professor
que vêm escrevendo ótimos livros. Pais brilhantes - Professor fascinante não é
diferente.
No livro o autor faz uma profunda análise da situação atual da
educação (não só educação escolar como a que se recebe em casa também),
aponta alguns problemas existentes, quais são as causas no passado que
influenciaram na situação atual dessa situação e impõe sua teoria e métodos
para melhorá-la. Sua teoria defende a idéia de que a educação atual prepara
as crianças para o universo do trabalho mecanizado, do viver em função da
satisfação capitalista e material, enquanto o ideal seria uma educação mais
humanizada, que forme pensadores, sentimentais, porém racionais e
preparados para a vida.
Para defender sua teoria o autor faz um dualismo entre os pais bons,
pais da sociedade atual que visando não cometer os mesmos erros que seus
pais cometeram no passado acabaram proporcionando uma vida acomodada e
demasiadamente materialista aos seus filhos e tornando a família um grupo de
membros distantes e estranhos, e os pais brilhantes, que são os conselhos de
como os pais devem ser para saber.
A criança precisa ter infância, não presentes! Cada criança há um
mundo a ser descoberto. Você não deve obstruir a inteligência da criança e
deve participar de suas descobertas. Mas o mundo infantil, cheio de sonhos,
deve ser alertado sobre as possibilidades do fracasso.
Lembrar o passado deve ser feito sem acreditar na fidelidade destas
lembranças: o passado é sempre reconstruído! Na vida se acumula pilhas de
conteúdos, mas poucos estímulos próprios: conhece-se cada vez mais o
mundo cada vez menos a si próprio.
Os prazeres rápidos destroem as emoções verdadeiras. Quanto pior a
educação, maior o uso de psiquiatras e dos fármacos. Deve-se ter serenidade
para se esvaziar e ter sensibilidade para aprender.
Cury começa com sete conselhos principais para os pais:
1- Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser.
Dinheiro nenhum pode comprar seu ser, sua história, suas experiências, seu
tempo. Transforme a relação com seus filhos numa feliz aventura. Os vínculos
definem a qualidade da relação.
Cuidado com a RAM - Registro Automático da Memória. Ela não
depende da razão. Eles registram tudo, bons e maus exemplos, não podem ser
apagados e reeditá-los é complexo. A emoção é que define a qualidade destes
registros. Fica mais barato perdoar que odiar, porque o inimigo é mais presente
na nossa mente.
Seus filhos/alunos não precisam de gigantes. Cruze suas histórias com
seus filhos, eles precisam é de seres humanos. Mas nenhuma técnica funciona
sem amor. Chorar e abraçar e mais importante que presentear.
2- Bons pais nutrem o corpo, pais brilhantes nutrem a personalidade. A
sociedade se tornou uma fábrica de estresse, de consumismo opressante.
Prepare seu filho a sobreviver ao sistema predatório, alimentando sua
inteligência, higiene física e mental. Procure proteger a emoção, não sendo
escravo dos problemas. Procure treiná-lo para ser líder, seguro, extroverso.
Alimente-o com sabedoria e tranquilidade. Lembre-se que tropeçamos numa
pedra, não numa montanha. O pessimismo é um câncer da alma. Procure ser
rico em bom senso. Um conflito psíquico pode durar por três gerações.
Conheça seus limites. A verdadeira liberdade está dentro de você.
3- Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar. Em vez
de criticar, faça-o refletir. Não repetir sermões, mas procure surpreender,
cirando ideias e encantando. Domine o gatilho da memória, a janela da mente,
o autofluxo do "eu". Não seja um manual de regras. Críticas puras geram
agressividade. Primeiro deve-se ganhar o território da emoção, para encantar,
ensinar a pensar e conquistar o armazém da memória. Procure surpreender
com criatividade e combater a geração do hambúrguer emocional, onde os
jovens não contestam mais, recebem tudo pronto e rápido, num fast-food do
prazer: rápido e efêmero, detestando a paciência. Deve-se procurar encantar
com pequenas coisas, para ser admirado, respeitado e, assim aprender.
4- Bons pais preparam os filhos para os aplausos, pais brilhantes
preparam-nos para os fracassos. Os jovens precisam ser educados na
sensibilidade, a ter metas e que a vida é um contrato de risco. A capacidade de
reclamar é o adubo da miséria, dificilmente se conquista alguma coisa apenas
reclamando. Deve-se descobrir a grandeza das coisas anônimas. Uma pessoa
superficial precisa de grandes eventos para ter prazer. Devemos educar a
enxergar os singelos momentos, a força nas perdas, a segurança no caos,...
5- Bons pais conversam, pais brilhantes dialogam como amigos. Deixe
seus filhos conhecê-los, nutra a personalidade deles, ensine-o a pensar.
Prepare-o para as dificuldades e derrotas. Desenvolva bons hábitos com o
diálogo. Dialogar é falar sobre o mundo que somos, falar sobre experiências,
sobre coisas íntimas. Não somos ilhas. Se destruirmos o diálogo, acabamos a
relação. Os jovens vivem procurando amigos, gritando através de seus
conflitos. A rebeldia é um clamor por carinho e compreensão. As dores podem
ser também este clamor.
Um projeto de educação da emoção pode ser desligar a TV e dialogar
com os filhos. Procure fazer isso com frequência. Melhor ter um filho amigo que
um diplomado.
Procure reconhecer seus erros e excessos e se desculpar. A pérola do
coração é saber tocar seus filhos e dialogar abertamente. Quem pensa em
morrer, tem sede e fome de viver. Ser amigo não é ser condescendente.
Autoridade e respeito se conquistam com diálogo.
6- Bons pais dão informações, pais brilhantes contam histórias.
Desenvolva a capacidade de extrair das coisas mais simples belas lições de
vida. Admirar a beleza do sol se pondo em vez de um quadro reproduzido.
Procurar ensinar muito falando pouco. As parábolas de Cristo como exemplo.
Criar histórias e inserir nelas lições de vida. Evite agredir ou se fechar. Conte
histórias para quem você ama, seja inventivo, estimulando os sonhos das
pessoas e tenha-o como amigo.
7- Bons pais dão oportunidades, pais brilhantes nunca desistem. São
semeadores de ideais, nunca desistem de educar. Festejam o retorno do filho
pródigo. Infelizmente ninguém se diploma na tarefa de educar.
Aprenda a dizer não sem medo; Não ceder a chantagens e pressões;
Defina os limites e barganhas possíveis; Tenha paciência e esteja pronto para
aprender sempre. A vida é uma grande escola que pouco ensina a quem não
sabe ler e nada a quem não quer aprender. (PALMEIRA, ROSANE. S/D).
SETE HÁBITOS DOS BONS PAIS E DOS PAIS BRILHANTES
Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de seres humanos que falem a
sua linguagem e sejam capazes de penetrar-lhes o coração!
1- Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser
2- Bons pais nutrem o corpo, pais brilhantes nutrem a personalidade
3- Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar
4- Bons pais preparam os filhos para os aplausos, pais brilhantes preparam os
filhos para os fracassos
5- Bons pais conversam, pais brilhantes dialogam como amigos
6- Bons pais dão informações, pais brilhantes contam histórias
7- Bons pais dão oportunidades, pais brilhantes nunca desistem
(extraído do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury). http://www.escolainteligencia.com.br/blog/author/camila-cury/Postado por Silvana Lima, 2012.
METODOLOGIA
A sugestão para o encaminhamento da oficina é o uso de slides com
os sete hábitos dos bons pais e dos pais brilhantes onde o dirigente fará os
apontamentos e a articulação do conteúdo com os fatos do cotidiano familiar,
colaborando assim com um possível diálogo entre os participantes.
Para reforçar o conteúdo sugere-se trabalhar a dinâmica: Ache os
pares, pequenas cartelas que contém frases do livro Pais brilhantes professor
fascinante de Augusto Cury.
A apresentação do vídeo: Pedido de uma criança a seus pais é um
recurso que poderá suscitar emoções no expectador e possibilitar motivação
para novas situações, como um expectador crítico.
Para finalizar, o dirigente poderá pedir que cada participante escreva
num papel a palavra que mais chamou sua atenção em tudo o que foi visto no
dia. Em seguida colocar as palavras numa caixa e ir retirando uma de cada
vez, a pessoa que escreveu poderá explanar o que entendeu sobre a palavra.
Enquanto os pais vão fazendo as explanações, uma pessoa previamente
escolhida poderá fazer a escrita das conclusões de cada palavra e em seguida
a leitura para todos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PALMEIRA, Rosane. Resumo pais brilhantes –professores fascinantes
in:http://www.sosestudante.com/diversos/pais-brilhantes-professores-.html.
Acesso em 20/10/2013.
http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/03/sete-habitos-dos-bons-
pais-e-dos-pais.html . Acesso em 31/10/2013.
OFICINA 6: DIREITOS E DEVERES DA FAMÍLIA E DO ALUNO NA ESCOLA
_ Objetivo: oportunizar à família e aos alunos a reflexão sobre seus
direitos e deveres e a adoção de atitudes de colaboração com a organização
do ambiente escolar.
_ Oficina: Estudo do Regimento Escolar sobre os direitos e deveres
dos pais e dos alunos na escola - Capítulos III e IV.
PRESSUPOSTO BÁSICO: Direitos e Deveres dos Pais e Alunos no Regimento
Escolar
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS
ALUNOS
Seção I
Dos Direitos
Art. 153 - Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos
dispositivos constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e
do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:
I. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e
do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no
ato da matrícula;
II. ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua
função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;
III. ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de
condições para o acesso e permanência no estabelecimento de
ensino;
IV. ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação;
V. solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de
ensino;
VI. utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos
materiais da escola, de acordo com as normas estabelecidas no
Regulamento Interno;
VII. participar das aulas e das demais atividades escolares;
VIII. ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos
casos previstos em lei;
IX. ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados
para o exercício de suas funções e atualizados em suas áreas de
conhecimento;
X. ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta
Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino;
XI. participar de forma representativa na construção,
acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico da
escola;
XII. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento
de ensino;
XIII. tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua
freqüência, no decorrer do processo de ensino e aprendizagem;
XIV. solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou
adolescente, revisão do aproveitamento escolar dentro do prazo
de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;
XV. ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do
ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem
sua aprendizagem;
XVI. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores, ao Conselho Escolar e ao Núcleo Regional
de Educação;
XVII. requerer transferência quando maior, ou através dos pais ou
responsáveis, quando menor;
XVIII. ter reposição das aulas quando da ausência do professor
responsável pela disciplina;
XIX. solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na
legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de
Ensino;
XX. sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de
ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das
atividades;
XXI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no
Conselho Escolar e associações afins;
XXII. participar de associações e/ou organizar agremiações afins;
XXIII. representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho
e do Conselho de Classe;
XXIV. realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas,
mediante justificativa e/ou atestado médico;
XXV. receber atendimento de regime de exercícios domiciliares, com
acompanhamento da escola, sempre que compatível com seu
estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de
compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de
freqüentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação;
XXVI. receber atendimento educacional hospitalar, quando
impossibilitado de freqüentar a escola por motivos de enfermidade,
em virtude de situação de internamento hospitalar.
Seção II
Dos Deveres
Art. 154 - São deveres dos alunos:
I. manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar;
II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;
III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento
de ensino, nos respectivos âmbitos de competência;
IV. participar de todas as atividades curriculares programadas e
desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino;
V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro
representante do seu segmento;
VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das
instalações escolares;
VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao
patrimônio da escola, quando comprovada a sua autoria;
VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino;
IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e
necessário ao desenvolvimento das atividades escolares;
X. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e
colegas;
XI. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e
avisos gerais, sempre que lhe for solicitado;
XII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;
XIII. manter-se em sala durante o período das aulas;
XIV. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;
XV. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao
setor competente;
XVI. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança
ou adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas;
XVII. comunicar, por escrito ou verbalmente, à direção ou equipe
pedagógica, sempre que organizar promoções culturais ou
esportivas que envolvem a Escola.
XVIII. inteirar-se dos conteúdos trabalhados pelos professores quando
da sua falta à aula;
XIX. evitar faltar à aula para resolver problemas particulares. Em caso
de “emergência” a ausência deverá ser registrada pela equipe
pedagógica;
XX. respeitar e colaborar com os representantes de turmas,garantindo o
desempenho de suas funções;
XXI. apresentar a documentação exigida, dentro do prazo estipulado
pela secretaria;
XXII. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos
recebidos e os pertencentes à biblioteca escolar;
XXIII. observar os critérios estabelecidos na organização do horário
semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados,
dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;
XXIV. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e
critérios estabelecidos;
XXV. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.
Seção III
Das Proibições
Art. 155 - Ao aluno é vedado:
I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o
andamento das atividades escolares;
II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao
processo pedagógico;
III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente,
qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de
ensino;
IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza
estranha ao estudo;
V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização
do órgão competente;
VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do
órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do
estabelecimento de ensino;
VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou
verbalmente colegas, professores e demais funcionários do
estabelecimento de ensino;
VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da
comunidade a situações constrangedoras;
IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do
respectivo professor;
X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências
do estabelecimento de ensino;
XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino;
XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou
uso de substâncias tóxicas;
XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos (celular, aparelho de som,
MP3, Walk-man, etc.) na sala de aula, que não estejam vinculados
ao processo ensino e aprendizagem;
XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou
pertences de seus colegas, funcionários e professores;
XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam
colocar em risco a segurança das pessoas como: estilingue,
estilete, armas de brinquedo, etc.;
XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral,
física ou de outrem;
XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam
direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da
direção e/ou do Conselho Escolar;
XVIII. promover excursões, jogos, festas, coletas, rifas, lista de pedidos,
vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar,
sem a prévia autorização da direção;
XIX. trazer objetos valiosos ou dinheiro, pois a escola não se
responsabilizará em caso de perdas, roubos e danos;
XX. usar de forma indevida as dependências da escola;
XXI. empregar vocabulário inadequado ao ambiente escolar;
Seção IV
Das Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares
Art. 156 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma
as disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes
ações:
I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores,
equipe pedagógica e direção;
II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura;
III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou
responsáveis, quando criança ou adolescente;
IV. encaminhamento a projetos de ações educativas;
V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou
adolescente, com registro e assinatura, e/ou termo de compromisso;
VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de
ensino, inclusive do Conselho Escolar, será encaminhado ao
Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de
providências cabíveis.
Art. 157 - Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar
serão devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e
demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS
Seção I
Dos Direitos
Art. 158 - Aos pais ou responsáveis, além dos direitos outorgados por
toda a legislação aplicável, têm ainda as seguintes prerrogativas:
I. serem respeitados na condição de pais ou responsáveis,
interessados no processo educacional desenvolvido no
estabelecimento de ensino;
II. participar das discussões da elaboração e implementação do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
III. sugerir, aos diversos setores do estabelecimento de ensino, ações
que viabilizem melhor funcionamento das atividades;
IV. ter conhecimento efetivo do Projeto Político-Pedagógico da escola e
das disposições contidas neste Regimento;
V. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de
ensino;
VI. ser informado, no decorrer do ano letivo, sobre a freqüência e
rendimento escolar obtido pelo aluno;
VII. ter acesso ao Calendário Escolar do estabelecimento de ensino;
VIII. solicitar, no prazo de 72 horas, a partir da divulgação dos
resultados, pedido de revisão de notas do aluno;
IX. assegurar autonomia na definição dos seus representantes no
Conselho Escolar;
X. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores: Conselho Escolar e Núcleo Regional de
Educação;
XI. ter garantido o princípio constitucional de igualdade de condições
para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de
ensino;
XII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no
Conselho Escolar e associações afins;
XIII. participar de associações e/ou agremiações afins;
XIV. representar e/ou ser representado, na condição de segmento, no
Conselho Escolar.
Seção II
Dos Deveres
Art. 159 - Aos pais ou responsáveis, além de outras atribuições legais,
compete:
I. matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a
legislação vigente;
II. exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;
III. manter relações cooperativas no âmbito escolar;
IV. assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem
a formação educativa do aluno;
V. propiciar condições para o comparecimento e a permanência do
aluno no estabelecimento de ensino;
VI. respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino
para o bom andamento das atividades escolares;
VII. requerer transferência quando responsável pelo aluno menor;
VIII. identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para
que seja encaminhado ao setor competente, o qual tomará as
devidas providências;
IX. comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico
e administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;
X. comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do
Regimento Escolar, for membro inerente;
XI. acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é
responsável;
XII. encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos
atendimentos especializados solicitados pela escola e ofertados
pelas instituições públicas;
XIII. respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias
de pais ou responsáveis para as quais for convocado;
XIV. cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber.
Seção III
Das Proibições
Art. 160 - Aos pais ou responsáveis é vedado:
I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o
desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável, no
âmbito do estabelecimento de ensino;
II. interferir no trabalho dos docentes, entrando em sala de aula sem a
permissão do setor competente.
III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente,
qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de
ensino;
IV. desrespeitar qualquer integrante da comunidade escolar, inclusive o
aluno pelo qual é responsável, discriminando-o, usando de violência
simbólica, agredindo-o fisicamente e/ou verbalmente, no ambiente
escolar;
V. expor o aluno pelo qual é responsável, funcionário, professor ou
qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras;
VI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam
direta ou indiretamente o nome do estabelecimento de ensino, sem
prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
VII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou
campanhas de qualquer natureza, em nome do estabelecimento de
ensino sem a prévia autorização da direção;
VIII. comparecer a reuniões ou eventos da escola embriagado ou com
sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
IX. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme
legislação vigente.
Art. 161 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no
Regimento Escolar serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se
em Ata, com as respectivas assinaturas.
Parágrafo Único - Nos casos de recusa de assinatura do registro, por
parte da pessoa envolvida, o mesmo será validado por assinaturas de
testemunhas.
METODOLOGIA
A oficina poderá ser iniciada com a leitura dos Capítulos referentes aos
Direitos e deveres dos pais e dos alunos na escola que poderá oportunizar aos
participantes conhecer seus direitos e deveres transcritos no Regimento
Escolar, suscitando reflexões entre os leitores.
Com base no Regimento Escolar o dirigente poderá propor a
elaboração de um Contrato Didático, onde os participantes estabelecerão
ações para o cumprimento de seus deveres. Este contrato poderá ser assinado
por todos os participantes.
Como sonhar é criar metas o dirigente poderá sugerir a dinâmica da
árvore que tem como objetivo sonhar com uma escola melhor para os filhos,
resgatar idéias para melhor qualidade de ensino e visa um planejamento futuro
através da organização do pensamento coletivo.
DINÂMICA: DA ÁRVORE
Objetivo da dinâmica:
Fazer com que as pessoas envolvidas, possam sonhar com uma escola
melhor para seus filhos;
Resgatar ideias comuns para melhor qualidade de ensino;
Organização do pensamento coletivo, visando um planejamento futuro;
DESENVOLVIMENTO
Será distribuído pedaços de papel em forma de folhas a todos os
participantes e feita a pergunta:
Como você gostaria que fosse esta escola?
Eles depois de escreverem seu sonho no papel deverão colar numa
grande árvore feita pela professora e fixada na parede. À medida que cada
participante dizer seu sonho, ele mesmo colará sua folha na árvore, e assim
com todos eles.
Reflexões e discussões propostas:
Após a dinâmica será discutido os seguintes aspectos:
• Como foi a experiência para os participantes;
• Existem sonhos em comum que se repetiram? Quais?
• Esses sonhos podem ser resolvidos a curto, médio ou longo prazo?
• Como a vocês pais poderiam contribuir para realizá-los?
• Quem mais poderia contribuir? Como?
• Discutir com o grupo a importância do envolvimento de todos (da
comunidade, do poder público, das organizações da sociedade civil,
das escolas etc.);
• Explicar a importância das pessoas sonharem e compartilharem os
desejos de melhoria que querem ver no local onde seus filhos que
estudam.
Para finalizar o trabalho, o dirigente poderá disponibilizar a mensagem
de encerramento: Vídeo: Filhos são como navios- de Içami Tiba com a
realização da dinâmica após o vídeo. No final do encontro os pais presentes
poderão pintar um barquinho ou confeccionar com dobradura, colocar o nome
do(a) filho(a) e completar coletivamente um painel com mar, afixando os
barquinhos, onde cada filho(a) no dia seguinte, deverá encontrar seu
barquinho e pegá-lo para si, como sinal de presença (porto seguro) e
comprometimento de seus pais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://educa-tube.blogspot.com.br/2012/08/filhos-sao-como-navios.html.
Acesso em 01/11/2013.
REGIMENTO ESCOLAR. Escola Estadual do Campo Duque de Caxias de
Paulistânia-Pr. Ensino Fundamental.