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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
O Atlas Enquanto Ferramenta Para um Saber Geográfico
Maria Rosineide Ferrante 1
Eloíza Cristina Torres 2
RESUMO
Este artigo apresenta uma síntese do projeto “O Atlas enquanto ferramenta para um saber geográfico”. Este trabalho caracteriza o Município de Sabáudia – PR e fora elaborado no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE-2013 na área da Geografia. O projeto foi aplicado aos alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Hermínia Rolim Lupion- Ensino Fundamental e Médio. A pesquisa teve como objetivo instrumentalizar o trabalho docente no Ensino Fundamental e médio, contribuindo para a formação do aluno, ampliando o desenvolvimento do raciocínio espacial nas escalas local/global e suas respectivas articulações e inserções, assim como subsidiar os educadores da rede pública estadual de ensino, auxiliando-os como material didático de apoio. Neste contexto foi possível compreender a contribuição do atlas escolar municipal como instrumento de produção do conhecimento pelos alunos. Assim, o município de Sabáudia foi o ponto de partida para a análise do espaço geográfico e de um ensino contextualizado. Nesse contexto, alunos e dos professores tiveram a oportunidade de conhecer os fatores histórico-geográfico do município através de uma abordagem local e contextualizada com as demais escalas ( regional e nacional), fato que permitiu a discussão de diferentes conceitos sobre diversos conteúdos geográficos por meio de dados do próprio município em que se vive.
Palavras- chaves: Atlas; Sabáudia; Município; Geografia.
_____________ _1 Pós graduada em Geografia e Meio Ambiente pela FAFIJAN e em Gestão pela FACO.
Graduada em Geografia pela FAFIJAN, professora da Rede Estadual de Ensino desde 1996.
Cursando o Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE/2013 pela UEL.2 Artigo orientado e revisado pela profª. DRª. Eloíza Cristina Torres do Departamento de
Geociências da Universidade Estadual de Londrina
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1. INTRODUÇÃO
O Estudo da Geografia compreende basicamente em ler o mundo, bem
como construir a cidadania. Nessa perspectiva, a Geografia incorpora o
estudo do território como algo fundamental para compreender as relações que
ocorrem entre homen-tempo-espaço. Nesse contexto é que podemos
responder: Quem sou? Onde vivo? Com quem vivo? E ao dar respostas para
estes questionamentos o aluno esta construindo sua identidade, reconhecendo
sua história e seu espaço. Este estudo leva o aluno a uma reflexão sobre sua
a realidade concreta. De acordo com as Diretrizes Curriculares para o ensino
de Geografia (PARANÁ, 2009, p. 51), “o espaço geográfico, é entendido como
o espaço produzido e apropriado pela sociedade”. Lefebvre 1974, ainda afirma
que ele é “composto pela inter relação entre sistemas de objetos – naturais
culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais,
políticas e econômicas”
O estudo deste tema justifica-se uma vez que Geografia tem uma
atuação privilegiada dentro do elenco das disciplinas na escola, pois
proporciona ao aluno, uma interação entre o ambiente vivido no seu dia- a-dia
e o mundo do qual ele faz parte. O trabalho com o ensino da Geografia deve
privilegiar o conhecimento espontâneo dos alunos desafiando-os na
apropriação do conhecimento científico acerca da realidade vivenciada por
eles. Assim, os alunos puderam construir um material sobre a geografia do
município onde vive. Construíram um mini-atlas geográfico do município de
Sabáudia. A partir dessa construção, surgiu a carência de subsídios para
realização destas atividades didáticas com dados atualizados sobre o
município.
Nesse sentido, percebeu-se a necessidade de se estudar o município. O
levantamento de dados para a realização desse projeto significa dar condições
ao aluno de reconhecer-se como sujeito que tem história, que é parte
integrante daquilo que esta estudando, significa compreender a sociedade em
que vive e o espaço por ele produzido. Segundo Vygotsky, (1993), a ação de
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qualquer ser humano antecede a linguagem, portanto, o aluno só aprende por
meio de suas experiências.
O problema a que se propõe uma resolução está no fato do município de
Sabáudia possuir poucos materiais para pesquisa sobre o mesmo. O presente
trabalho visa contribuir no sentido de produzir material geográfico como mapas,
tabelas, gráficos e registros fotográficos a fim de diminuir esta lacuna. É
unânime entre os professores de Geografia, não só do colégio, mas de todo o
município, a necessidade de material mais atualizado e consistente sobre o
município para se trabalhar com os alunos, ou seja, reunir informações sobre
nosso município em forma de material didático (atlas) é ao mesmo tempo
reorientar o eixo de nossa prática de ensino centrando-o na capacidade de
criar novas situações de aprendizagem por meio de uma ação didática de
formação do pensamento operatório cuja função de interiorizar a ação,
proporcionar aos alunos o desenvolvimento da capacidade de operarem
informações por meio de pesquisas da realidade.
Vai-se à escola para aprender a ler, a escrever e a contar. Por que não para aprender a ler uma carta? Por que não para compreender a diferença entre uma carta de grande escala e outra em pequena escala e se perceber que não há nisso apenas uma diferença de relação matemática com a realidade, mas que elas não mostram as mesmas coisas? Por que não aprender a esboçar o plano da aldeia ou do bairro? Por que não representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem, aquele onde vivem, aquele onde os pais das crianças vão trabalhar etc.? Por que não aprender a se orientar, a passear na floresta, na montanha, a escolher determinado itinerário para evitar uma rodovia que está congestionada? (LACOSTE, 2003 [1985], p.55)
O objetivo geral deste trabalho foi contribuir com o ensino de Geografia,
levando o aluno a compreender a dinâmica das paisagens culturais por meio
de um mini-atlas sobre o município de Sabáudia. Os objetivos específicos
visaram à utilização da linguagem cartográfica para representar e interpretar as
informações, assim como o levantamento de dados que possibilitasse a
elaboração de um mini atlas geográfico do município de Sabáudia e à
representação por meio de diferentes tipos de mapas as características e
transformações das paisagens do município.
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Buscou-se também despertar a curiosidade e o gosto pelo conhecimento
das características do município e identificar no espaço de vivencia as marcas
da urbanização e industrialização.
É fundamental que o estudo do município seja inserido já nas séries
iniciais do ensino fundamental e continuamente trabalhado nas séries finais e
ensino médio, uma vez que para posicionarmos de forma inteligente em
relação ao mundo temos que conhecê-lo bem e estar integrado na sociedade
participando de forma crítica e consciente na sua construção e transformação.
Ter o município como conteúdo de todas as séries do currículo por atividade, poderá parecer repetitivo e talvez muito tempo pra pouca coisa. Será assim mesmo se ficarmos naquela forma tradicional de trabalhar o conteúdo a partir do “eu” em círculos concêntricos, que vão se ampliando na medida em que a criança avança na série. Essa é uma forma de trabalhar que precisa necessariamente ser superada, pois o mundo e a vida não têm uma sequência linear e homogênea. (Callai, 1999, P.79)
Este projeto procurou evidencia que fenômenos que ocorrem no
município, o processo de organização do espaço, as relações entre os
homens, bem como as transformações não se limita apenas as questões
locais, ou seja, há ligações com fatores regionais, nacionais e até mesmo
internacionais.
Ainda segundo Callai (1999, P.78), ao estudar o município, afirma que o
processo de construção da sociedade, isto é, como os homens se relacionam
entre si e de que forma estão organizados para promover a sua subsistência,
seja em nível de trabalho, saúde, cultura, lazer. Como constroem sua história e
qual é o espaço que produzem neste processo.
Sabáudia é um município pequeno localizado às margens da PR 218, na
região norte do Paraná, resultado da organização da Companhia
Melhoramentos Norte do Paraná, que trabalhou com sistema de compra e
venda de lotes nessa região. Assim como muitos outros municípios do Paraná,
Sabáudia durante décadas esteve assentada em atividades ligadas ao setor
primário da economia, principalmente a agricultura e a pecuária. A partir da
década de 1970, o Paraná passou por significativas transformações em sua
base agrícola que culminou no intenso processo de êxodo rural e o trabalhador
sendo expulso do campo tendo assim que migrar para as cidades. Com
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Sabáudia não foi diferente, também passou por esse processo de
esvaziamento da zona rural, porém de forma mais lenta.
Esse processo foi parcial, conservador e doloroso. Parcial porque o processo de transformação tecnológico ocorrido privilegiou alguns produtores (os grandes), algumas atividades (os produtos de exportação) e algumas regiões (Centro-sul); conservador porque o que tem ocorrido mantém e agrava o padrão histórico da distribuição da posse da terra, da estrutura agrária deformada desde suas origens e; doloroso porque longe de melhorar as condições de vida da população rural, piorou-a drasticamente, expulsando do campo milhares de trabalhadores, acentuando o êxodo rural”. (SILVA, 1982. p. 49-50).
Nos últimos, anos é visível a transformação ocorrida no município com a
chegada da indústria que tem elevado a qualidade de vida e a confiança da
população que vislumbra um futuro melhor para atual e futuras gerações, já
que a reestruturação pela qual está passando irá garantir uma melhor
arrecadação e consequentemente um melhor investimentos na infra estrutura
do município.
Segundo Katuta (2007. s.p.) “[...] as imagens podem ser compreendidas como testemunhas oculares, indícios e modos de registros de geograficidades.” Assim, podemos verificar a importância das mesmas, sobretudo em um contexto onde há falta de um registro escrito. As imagens constituem-se em documentos e registros fundamentais que auxiliam na compreensão das geograficidades.
A valorização que os educandos dão ao seu espaço de vivencia é
deveras útil na geografia escolar, uma vez que a intenção da Geografia é fazer
com que eles aprendam, manipulem e compreenda a complexidade do espaço
sócio espacial.
É importante destacar que o desenvolvimento do projeto também vem
de encontro com os princípios das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná,
uma vez que um dos conteúdos estruturantes diz respeito a oportunização do
espaço em que vivem os próprios educandos, por meio do desvendamento dos
arranjos espaciais em múltiplas escalas. O material didático a ser produzido irá
sugerir trabalhar com uma geografia que não restrinja a descrição do espaço,
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mas que possa interpretá-lo de tal forma que encontre explicações para
formas, bem como o entendimento das forças que atuam na construção do
mesmo.
Segundo OLIVEIRA e ALMEIDA (2000, p.158), os atlas municipais
escolares devem integrar um conjunto de materiais cartográficos que
possibilitam o desenvolvimento das atividades significativas para o ensino de
conceitos e conteúdos da Geografia, História e Ciências do Ensino
Fundamental. Espera-se que o atlas geográfico do município possibilite o
desenvolvimento de atividades que promovam a investigação e a correlação
dos elementos.
A linguagem gráfica possui alguns princípios, sendo tratados
primeiramente pela Semiótica, conforme trata SIMIELLI (2007, p.78)
Ciência geral de todas as linguagens, mas especialmente
dos signos [...]. O signo é algo que representa o seu
próprio objeto. O signo possui dois aspectos: o
significante e o significado. O significante constitui-se no
aspecto concreto (matéria) do signo. Ele é audível e/ ou
legível. O significado é o aspecto imaterial, conceitual do
signo. O plano do significante é o da expressão e o plano
do significado é o do conteúdo. Esses aspectos levam à
significação que seria o produto final da relação entre os
dois.
O atlas não é apenas um conjunto de mapas e cartas geográficas, mas
sim um conjunto de dados sobre determinados assunto sistematicamente
organizado que serve de referência para a construção de informações de
acordo com a necessidade do usuário. É um instrumento onde podemos
analisar vários aspectos da realidade, seja a nível local, regional, nacional ou
global, tais como diversidade ambiental e cultural, características
demográficas, espaço econômico, urbanização, regionalização e muitos outros.
A palavra atlas é inspirada na mitologia grega que narra a história do
titã Atlas, conta-se que, Atlas tomou a frente das batalhas de Cronos e dos
Titãs contra os deuses do Olimpo, deixando Zeus furioso. Como castigo Atlas
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foi obrigado a carregar o mundo nas costas para sempre. Com isso, a palavra
atlas sempre aparece associada a algum tipo de apoio, atlóide por exemplo
corresponde a primeira coluna vertebral, que sustenta a cabeça. Já o atlas
escolar funciona como apoio a aprendizagem e realização de pesquisas.
Entretanto entendemos que os mapas e cartas geográficas presentes nos atlas
são importantes, instrumentos da linguagem e análise geográfica,
considerando que a compreensão dos mesmos devem ser um processo de
decodificação que envolva elementos essenciais como titulo, escala, legenda,
entre outros.
O atlas geográfico a ser produzido contemplará vários mapas que serão
elaborados focando as múltiplas possibilidades de conhecimento do local
ampliando a utilização desta linguagem, uma vez que a cartografia , em sua
maior parte, é utilizada como mero recurso ilustrativo. Cabe aqui uma
referencia à Moreira citado por Katuta (2007, SP), onde afirma
O mapa é o repertório do vocabulário geográfico. E trata-se da melhor representação do olhar geográfico. O mapa é a própria expressão da verdade de que todo fenômeno obedece a um princípio de organizar-se no espaço. [...] O mapa é o fiel da sua identidade. [...] as nervuras do mapa são as categorias mais elementares do espaço: a localização, a distribuição, a extensão, a latitude, a longitude, a distância, e a escala, palavras do fazer geográfico.
A disciplina de Geografia, igualmente às demais disciplinas
oferecidas nas escolas, tem o compromisso com a escolarização e deve estar
articulada ao projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino,
sempre em favor da formação humana. O Ensino de Geografia deve ter como
objetivo a formação de um indivíduo que saiba ler o espaço, que consiga
analisar o sistema e as estruturas que produzem a sua organização, e sendo
leitor eficiente de mapas, seja capaz de realizar estudos e pesquisas
reorganizadoras e reconstrutoras do espaço. Para isto é preciso dar um novo
enfoque para a Cartografia no Ensino de Geografia, ainda vista por educadores
como mera técnica ou ferramenta e se transforme numa proposta metodológica
que permita um Ensino de Geografia mais crítico e assim possibilitando uma
transformação social.
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2. METODOLOGIA
ATIVIDADE 01
Nesta atividade buscou-se fazer um levantamento histórico do município
a fim de resgatar fatos importantes da cidade tanto. Nesta atividade, os alunos
foram induzidos a:
a) Organizar equipes e coletar informações através de entrevistas com os
pioneiros sobre a colonização do município de Sabáudia.
b) De posse dos dados da entrevista organizar a apresentação das mesmas
comparando semelhanças e diferenças das informações.
c) Discutir como se deu a colonização da região em especial no município de
Sabáudia.
d) Resgatar fotografias do inicio da colonização e organizar um painel
acompanhando a evolução histórica do município.
e) Exposição de painel com as fotos e dados coletados para observação das
mudanças ocorridas na paisagem ao longo do tempo.
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ATIVIDADE – 02
Esta atividade buscou um conhecimento por parte dos alunos do mapa
do município. Os alunos puderam:
a) Apresentar do mapa político do Estado do Paraná pelo professor;
b) Dar noções de orientação, distribuir papel sulfite orientar os alunos a
desenhar uma rosados - ventos, pedir para que coloquem as direções cardeais;
c) Sugerir aos alunos localizarem o município de Sabáudia e a capital do
Estado Curitiba ou outras cidades que eles conheçam;
d) Provocar questionamentos, por exemplo, se o município fica ao sul ou ao
norte do Estado ou em relação a capital Curitiba, quais rodovias passam pelo
município;
e) Propor que descubram a direção, em relação a sua cidade, de outras
localidades que conheçam: cidade de origem dos pais, parentes ou pessoas
conhecidas, fazer uma viagem imaginária escolhendo os municípios que
gostariam de conhecer;
f) Mostrar aos alunos como se lê a escala numérica de um mapa e uma escala
gráfica e concluir o que elas significam. orientá-los a verificar qual a distância
linear real entre dois pontos do mapa fazendo cálculos de distâncias em
quilômetros;
g) Distribuir réguas e propor aos alunos a sua utilização no mapa do Estado do
Paraná, de modo a calcular e responder perguntas como: Qual a distância em
quilômetros do nosso município a capital do Estado? A outros municípios que
sejam do interesse dos alunos, percursos imaginários poderão ser propostos,
lembrando que estas medições visam saber, não a distância precisa entre dois
pontos, mas aproximada: o objetivo é perceber que a distância é a mesma, em
mapas com diversas escalas.
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ATIVIDADE 3
Neste momento do trabalho, os alunos puderam entrar em contato com
a geografia física do município, conhecendo seu relevo e suas especificidades
neste sentido. Os educandos tiveram a oportunidade de:
a) Pesquisar sobre o relevo paranaense.
b) A partir dos dados obtidos confeccionar uma maquete do relevo do Estado
do Paraná.
c) Identificar na maquete os principais rios paranaenses evidenciando a Bacia
onde se localiza o município de Sabáudia.
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ATIVIDADE 4
Nesta atividade, os alunos, através de uma exposição fotográfica,
puderam conhecer as belezas, problemas e particularidades do município.
Neste sentido:
a) Inicialmente os aluno receberão orientação de um fotógrafo com dicas
referente a posição, distância, etc., estimulando a criatividade e a capacidade
de observação da paisagem natural e cultural do município.
b) Os alunos deverão apresentar duas fotos por eles fotografadas e inscrevê-
las no Concurso de Fotografias do Município, acompanhadas de um pequeno
texto descritivo bem como o título, data, hora e localização da fotografia.
c) Será realizado uma exposição das fotografias para a comunidade escolar, e
a escolha e premiação das três melhores fotografias.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O material didático-pedagógico produzido no âmbito do PDE, intitulado
“O Atlas enquanto ferramenta para um saber geográfico”, cujo principal
instrumento foi a coleta de dados sobre o município de Sabáudia, foi um
projeto bastante ousado visto que não se dispunha de todos os conhecimentos
técnicos necessários para a efetivação do mesmo.
Os alunos construíram o material com recursos próprios e mesmo assim
percebeu-se que a elaboração do mesmo proporcionou grande prazer e maior
conhecimento em relação ao município trabalhado.
A proposta de elaboração do Atlas Municipal de Sabáudia teve como
resultado um aprendizado geográfico muito significativo para os alunos, por se
tratar do seu espaço de vivência o que acabou despertando a curiosidade
científica, seu interesse e participação ativa nas atividades propostas.
Ao contribuírem na produção do conhecimento sobre a sua realidade
local, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os fatores histórico-
geográficos que explicam as mudanças na paisagem e a atual organização da
sociedade e do espaço local bem como, desenvolveram habilidades de leitura,
representação, oralidade e interpretação, podendo desenvolver o censo crítico
sobre o tema trabalhado.
Quanto aos professores que se envolveram no projeto, as atividades
proporcionaram troca de experiências sobre as estratégias do processo de
ensino aprendizagem para a superação dos desafios do ensino de geografia e,
consequentemente, a melhoria da qualidade do ensino, na formação do
cidadão capaz de fazer uma leitura crítica da realidade.
É fundamental destacar que a utilização de recursos variados,
principalmente as atividades práticas e o uso das tecnologias tornam o
aprendizado mais prazeroso para os alunos. A organização do trabalho em
grupo, a liberdade de expor suas ideias a discussão e argumentação, a busca
e sistematização de informações também contribuíram para despertar o
interesse pela pesquisa científica, onde o educando participou ativamente na
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construção do seu conhecimento e no desenvolvimento de uma visão mais
crítica sobre a realidade a qual está inserido.
O resultado do trabalho foi bastante gratificante percebemos que as
contribuições positivas foram maiores que os limites encontrados, sendo assim,
recomendamos ações desta natureza para as práticas de ensino em Geografia.
um dos pontos culminantes do trabalho foi a montagem do painel
de fotos que revela as belezas do município foi um momento de grande
entusiasmo para a maioria dos alunos já que as mesmas retratavam locais já
vivenciados e reconhecidos por eles porém sem ser observados de forma
minuciosa.
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