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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Esse caderno servirá de orientação no trabalho a ser desenvolvido durante a ... Apresentação dos Slides explicando como acontece

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: Reflexões e práticas pedagógicas diante dos distúrbios e dificuldades de aprendizagem

dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais.

Autor: Leocadia de Oliveira Mendes

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Impl. do

Projeto e loc.:

Colégio Nilson Batista Ribas

Município da escola: Curitiba

Núcleo Regional de

Educação:

Curitiba

Professor Orientador: Maria de Fátima Minetto

Instituição de Ensino

Superior:

Universidade Federal do Paraná

Relação

Interdisciplinar:

Equipe pedagógica

Resumo:

O material didático proposto é um Caderno Pedagógico composto por

textos e atividades que levam a reflexão das práticas pedagógicas

diante dos distúrbios e dificuldades de aprendizagem dos alunos com

necessidades educacionais especiais. Este material vem ao encontro da

proposta em trabalhar com professores e equipe pedagógica que

atendem alunos da sala de recursos multifuncional 1. O tema do projeto:

O pedagogo como articulador das práticas docentes da sala de recursos

multifuncional 1 e das classes comuns, veio da necessidade da escola

entender e trabalhar mais os temas: Inclusão; sala de recursos; como

acontece a aprendizagem; dificuldades e transtornos na aprendizagem;

avaliação dos alunos para a sala de recursos e o papel do pedagogo na

mediação deste trabalho, temas esses tratados neste material.

O Objetivo é articular a ação pedagógica entre os docentes da sala de recursos multifuncional 1 e das salas comum, por meio da reflexão das suas práticas, à luz da teoria, através de textos, filmes, troca de experiências, estudo de caso, apresentando atividades práticas para a melhoria do ensino e aprendizagem dos alunos das salas de recursos multifuncional 1.

Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem; sala de recursos; articulação da ação docente.

Formato do Material

Didático:

Caderno Pedagógico

Público: Professores, Equipe Pedagógica.

www.cbctc.puc-rio.br

LEOCADIA DE OLIVEIRA MENDES

PDE/2013

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR

MATERIAL DIDÁTICO

Reflexões e práticas pedagógicas diante dos distúrbios e dificuldades de aprendizagem

dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais

Professora PDE: Leocadia de Oliveira Mendes

Área/Disciplina do PDE: Pedagogia

NRE: Curitiba

Professora Orientadora: Maria de Fátima Minetto

Escola de implementação: Colégio Estadual Nilson Batista Ribas-EFM

Público objeto da intervenção: Professores do ensino regular

Curitiba, 2013

INTRODUÇÃO:

O material didático será apresentado em forma de Caderno Pedagógico e tem por

intuito colaborar com os professores nas diversas formas de pautar o trabalho pedagógico

com métodos e técnicas que venham ao encontro das necessidades especiais dos alunos

que frequentam a sala de recursos multifuncional 1 e colaborando para que os

professores alcancem seus objetivos de ensino e aprendizagem.

Este material será composto por sugestões de textos de fundamentação teórica,

fichas de Avaliação no Contexto Escolar, sugestões de atividades, filmes e de jogos

pedagógicos. Além dos esclarecimentos procuraremos dispor de análise das dificuldades e

transtornos, através de grupo de estudos com questionamentos a serem levantados e

principalmente de encaminhamentos metodológicos, práticas pedagógicas e exemplos de

atividades que servirão para o desenvolvimento das habilidades emocionais dos alunos,

das necessidades básicas para a aprendizagem e o compartilhamento com outras pessoas.

JUSTIFICATIVA:

A proposta é trabalhar definições e conceitos com o os professores, para levá-los a

compreender melhor o aluno que apresenta defasagem de conteúdo, déficit ou distúrbio

de aprendizagem e comportamento estereotipados buscando o desenvolvimento de um

trabalho diferenciado, não só com essa clientela, mas com todos os alunos.

Embora reconhecendo a importância e a seriedade do trabalho desenvolvido na

Sala de Recursos Multifuncional do Colégio, o que se quer com esse trabalho é

conscientizar os educadores da educação básica sobre os distúrbios e a dificuldades

apresentadas pelos alunos. Devido à sua complexidade, as mesmas nem sempre são

identificadas ou entendidas pelo professor das séries finais do ensino fundamental.

Sabendo que as necessidades inclusivas são muito amplas, não se tem a pretensão

de esgotá-las nesse trabalho, portanto, serão abordadas necessidades especiais mais

comuns nas escolas, e especificamente as mais comuns na realidade de nosso contexto

escolar, bem como algumas orientações aos professores.

Esse caderno servirá de orientação no trabalho a ser desenvolvido durante a

implementação do projeto.

OBJETIVO GERAL:

Oferecer subsídios e alternativas metodológicas para intervenção pedagógica aos

professores que trabalham com alunos de sala de recursos multifuncional 1, buscando a

articulação do ensino da sala de recursos com a classe comum.

ATIVIDADES

A) FORMAÇÃO PARA DOCENTES

Grupo de estudos para trabalhar conceitos e definições da inclusão

abordandando as dificuldades de aprendizagem apresentados pelos alunos da

sala de recursos, assim como síndromes, Transtorno do Espectro Autista (antes,

Transtorno Global do desenvolvimento), Deficiência Intelectual e Transtorno

do Déficit de Atenção e Hiperatividade, com fundamentação teórica de como

se aprende e como se ensina e apresentação de textos, filmes e reflexões sobre

a prática docente e a legislação sobre a sala de recursos.

Fonte: www.fotosdahora.com.br Duração: 20 horas – cinco encontros de quatro horas cada

Quando: março e abril

Participantes: Professores e pedagogos do CENBR

Objetivo Específico: - Contribuir na formação continuada dos professores, oportunizando

a troca de experiências, procurando discutir aspectos relevantes dos conteúdos,

melhorando a forma de ensinar os alunos do ensino regular com dificuldades de

aprendizagem e que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional 1.

Primeiro encontro:

Tema: Inclusão e a Sala de Recursos

Metodologia:

1) Como leitura prévia em Preparação ao tema sugere-se como embasamento teórico o

texto: Políticas Inclusivas e Compensatórias na Educação Básica de Carlos Roberto

Jamil Kury. Retirado do Programa de Pós-graduação em Educação da Pontifícia

Universidade Católica e Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas

Gerais([email protected])

2) Passar recortes do Filme: Uma lição de vida -Jovem sem pernas nem braços -

minhttps://www.youtube.com/watch?v=bQ4wLEnp8chttps://www.youtube.com/watch?

v=FHePPdyQqOU

3) Solicitar que conversem dois a dois sobre o impacto que o filme nos traz assim como

as impressões de cada participante. A que o filme nos remete?

O tema inclusão escolar vem exigindo cada vez mais de nós, não só no sentido de

conhecermos, mas agirmos como defensores da igualdade de direitos de todos por uma

educação de qualidade. Precisamos estar melhores preparados para essa defesa.

A inclusão diz respeito a todos os alunos, e não somente a alguns. Ela envolve uma mudança de cultura e de organização da escola para assegurar acesso e participação para todos os alunos que a frequentam regularmente e para aqueles que agora estão em serviços segregados, mas que podem retornar à escola em algum momento no futuro. A inclusão não é uma colocação de cada criança individual nas escolas, mas é criar um ambiente onde todos os estudantes podem desfrutar o acesso e o sucesso no currículo e tornarem-se membros totais da comunidade escolar e local, sendo, desse modo, valorizados. (MITTER, 2003, p.236)

Uma das formas legais de inclusão é a sala de recursos. Vamos entender como a lei

estabelece este atendimento, quais os alunos a serem atendidos, que tipo de atendimento é

feito e discutir até que ponto este atendimento está sendo um meio de inclusão ou é mais

uma ação burocrática que a escola realiza para encobrir a realidade.

4) Apresentação dos slides sobre a sala de recursos, com base na resolução nº 4459/11 e

instrução n° 016/2011 – SEED/SUED (em anexo)

5) Discutir e responder em grupo:

o A SRM é suficiente para responder as necessidades dos alunos com NEE?

o Quais aspectos da sala de recursos você considera mais importantes para os

alunos com NEE?

o O professor (a) da classe comum se defronta com alunos com diferenças

individuais no processo de aprendizagem, como você lida com isso?

o O que você destacaria de positivo na inclusão de alunos com NEE nas salas

comuns? E quais as maiores dificuldades?

Fonte:infojovem.org.br Segundo encontro:

Tema: Como acontece a aprendizagem

Metodologia:

1) Ler o texto: “O Processo de ensino aprendizagem na centralidade do papel da escola e

da definição de sua função primordial” de Elisane Fank E Leticia Felipe Nunes, que

servirá como referencial teórico para o desenvolvimento do trabalho

apps.unibrasil.com.br/revista/index.php/educacaoehumanidades/.../332 de e Fank -

2010. Pesquisado dia 17/09/2013.

Afirma Arantes,

Uma das competências previstas para os professores manejarem suas classes é considerar as diferenças individuais dos alunos e suas implicações pedagógicas como condição indispensável para elaboração do planejamento e para a implantação de propostas de ensino e de avaliação da aprendizagem condizentes e responsivas às suas características. 2006.

Vigotski (2005) afirma que o desenvolvimento intelectual do indivíduo não pode

ser entendido como independente do ambiente social. Para ele o desenvolvimento ocorre

primeiro no plano social depois no nível individual. Ele introduz o conceito do nível do

desenvolvimento proximal, que é a distância entre o nível de desenvolvimento real e

potencial, por isso a importância do contexto social e da capacidade de imitação. Assim

para ele a aprendizagem ocorre mais facilmente no ambiente coletivo, daí a importância

da inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns.

2) Apresentação dos Slides explicando como acontece a aprendizagem conforme Wigotski.

Segundo QUEIROZ e SILVA (2001) o trabalho em equipe e em parcerias é fundamental, principalmente quando se trata da legitimidade da inclusão, assim, para os autores, a inclusão não se legitima somente com a capacitação do profissional da educação, pois requer um trabalho com a comunidade, visando à parceria para integrar PNEEs (Portadores de Necessidades Educacionais Especiais) ao mundo social. Essa responsabilidade é de competência de todos os profissionais que farão parte da vida desses educando.

Sugestão de leitura complementar:

Texto: Concepções afirmativas e negativas sobre o ato de ensinar de Newton Duarte-

retirado dos Cadernos CEDES, vol. 19 n.44 Campinas Apr.1998. doi: 101590/S0101-

32621998000100008.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32621998000100008&script=sci_arttext –

pesquisado em 14/11/13.

3) Após a leitura respondam

Por que o aluno dever estar no foco ou na centralidade do processo de ensino

aprendizagem?

Quais os aspectos que você acha importante na relação entre ensinar e aprender?

Que concepção de ensino aprendizagem e de avaliação desta aprendizagem você defende e

por quê?

Quais aprendizagens são mais urgentes para aquele aluno incluído?

Na minha disciplina, quais são aa aprendizagens consideradas mínimas naquele semestre

ou ano?

Que conteúdos é base para outros conteúdos posteriores?

O que devo ensinar para favorecer a integração escolar e social do aluno incluído?

3)Palestra sobre o tema ministrada pela Doutora professora Maria de Fátima Minetto.

O termo “deficiência intelectual” é definido por limitações significativas tanto do

funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo do indivíduo. Atualmente

a Association on Intellectual and Developmental Disabilities – AAIDD (2010) recomenda a

utilização do termo “Deficiência Intelectual” em substituição ao termo “Deficiência Mental”,

uma vez que este último, muitas vezes se confunde com a expressão “doença mental” que

refere-se a perspectiva psicopatológica.

Link Association on Intellectual and Developmental Disabilities – AAIDD (2010) http://aaidd.org/

Link Association on Intellectual and Developmental Disabilities – AAIDD (2010) http://aaidd.org/

DSM-5 (http://www.psychiatry.org/dsm5 ) APA http://www.psych.org/

O principal instrumento de apoio para o diagnóstico dos transtornos do

desenvolvimento é o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic

and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-5, 2013), atualmente na sua quinta

versão. É um instrumento utilizado por profissionais de todo o mundo na área da saúde,

educação e pesquisadores. O Manual estabelece diferentes categorias de transtornos

mentais e critérios para diagnosticá-los, definidos a partir de estudos realizados pela

APA (American Psychiatric Association, 2010).

Na versão anterior DSM-IV (1994) apresentava um modelo multiaxial composto

por 5 eixos: (destaque para os que nos interessam aqui)

No Eixo I - Transtornos Mentais da infância e adolescência (que incluíram: TRANSTORNOS DE APREENDIZAGEM, TRANSTNOS DAS HABILIADADES MOTORAS, TRASNTORNOS DA COMUNICAÇÃO, TRASNTORNOS GLOBAIS DO

DESENVOLVIMENTO (Autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtornos disrupitivos da infância, transtorno sem outra especificação-SOE), TRANSTORNO DO DEFICIT DE ATENÇÃO E COMPORTAMENTO DISRUPTIVO, TRASNTORNOS DA ALIMENTAÇÃO NA INFANCIA, TRASNTORNOS DE TIQUES, TRANSTORNOS DE EXCREÇÃO, OUTROS TRANSTONSO DA INFANCIA E ADOLESCENCIA SEM ESPECIFICAÇÕES)

No eixo II - Transtornos de Personalidade tínhamos dentre outros a deficiência Mental (hoje chamada deficiência intelectual)

Na nova versão a reformulação estabelece DSM 5 (2013):

O DSM 5 não apresenta divisão por eixos (multiaxial do DSM-IV), somente capítulos. Abaixo aprestaremos um quadro comparativo dos aspectos mais importantes que apresentaram mudanças e que interessam para os educadores:

DSM-IV DSM - 5 Eixo I- Trans. Geral da Infância e Adolescência (com 10 itens)

Transtornos do Neurodesenvolvimento (com 7 itens)

Retardo mental (do eixo II) Deficiência Intelectual Trans. da aprendizagem Trans. Específico da aprendizagem Trans. Habilidades Motoras Trans. Motores Trans. Comunicação Trans. Comunicação Trans. Globais do Desenvolvimento (TGD) Trans. Espectro Autista Trans. Déficit de Atenção e Comportamentos disrupitivos

Trans. Déficit de Atenção e Hiperatividade

Trans. Alimentação No DSM-5 ganha um capitulo separado Trans. Tiques No DSM-5 ganha um capitulo separado Trans. Excreção No DSM-5 ganha um capitulo separado Trans. Sem Outra Especificação (SOE) Outros Trans. do

Neurodesenvolvimento sem Especificação

Ainda um destaque para o quadro acima Comportamentos disrupitivos, também

ganha um capítulo à parte que passa a ser chamado Trans. Disrupitivos do Controle de Impulsos e da conduta.

Segundo este manual em sua nova versão transtorno de espectro autista é

caracterizado por um déficit de interação social, bem como, um atraso em seu repertório

verbal e não verbal, ou seja, apresenta habilidades restritas e repetitivas que implica em

muitas possibilidades de variações (isso inclui as categorias que antes existiam sob o

nome de TGD, mesmo que continuem sendo usado por um tempo, serão aos poucos

substituído pelo TEA).

retirado de:infojovem.org.br Quarto encontro:

Tema: Distúrbios e dificuldades de aprendizagem

Fonte: dislexicosaibaseusdireitos.blogspot.com

Metodologia:

Recomendar que assistam ao filme Filme Como Estrelas no Céu antes do encontro

1) Solicitar aos participantes que reflitam sobre as questões abaixo:

Quais são suas impressões diante do filme?

Qual a relação do filme com o tema?

Que comparações podemos estabelecer com a nossa realidade?

Em quais aspectos o filme contribui para melhoria da atuação com alunos?

Leitura complementar: Texto: Distúrbios, Transtornos, Dificuldades e Problemas de

Aprendizagem de Juliana Zantut Nutti- Psicóloga, Doutora em Educação pela UFSCar

http://dorisney.spaceblog.com.br/876143/Disturbios-de-aprendizagem/ data 30/09/2013

2) Ler o texto em grupos pequenos, analisar e discutir, pois, não desconsiderando o papel

da escola como parte dos casos de não aprendizagem, e partindo do princípio de que os

problemas de aprendizagem não ocorrem por si, mas devem ser buscadas suas causas e

planejadas ações considerando seu todo, A escola, ao buscar saber as causas dos

problemas de aprendizagem se depara com inúmeros problemas, entre eles, os distúrbios

como a dislexia, discalculia, disortografia entre outros. Respondam com base no filme e

no texto :

Quais os recursos além da SEM1 a escola se utiliza para beneficiar esses

alunos?

O que faço na minha disciplina e o que preciso melhorar para obter melhores

resultados com esses alunos?

Como acontecem as relações na escola, entre professor e aluno com NEE?

Sugestões de atividades e atitudes para alunos com distúrbios de aprendizagem

http://depalavraempalavrainclusao.blogspot.com.br/2013/04/dificuldades-de-

aprendizagem-associadas.html -dia 18/08/2013

Fonte:infojovem.org.br

Quinto encontro:

Tema: avaliação de alunos para a sala de recursos

Sugestão de leitura complementar:

Avaliação Na Educação Especial das Diretrizes de Avaliação do Processo de Ensino e de Aprendizagem para a Educação Básica - Governo Do Distrito Federal - Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Educação Básica – Brasilia - 2008

Pesquisado em 29/09/2013

http://www.se.df.gov.br/wpcontent/uploads/pdf_se/publicacoes/diretrizes_avaliacao.pdf

Saberes e Práticas da Inclusão -Avaliação para identificação das Necessidades

Educacionais Especiais- Brasília – 2006- 94 pág.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/avaliacao.pdf

A avaliação da aprendizagem é um processo sistemático e contínuo pelo qual nos

mostra se estamos alcançando os objetivos que nos propomos. A função não é apenas

medir, mas retroalimentar este processo. Portanto se em um determinado momento

vemos que estamos aquém dos nossos objetivos, temos que imediatamente rever as

estratégias e até esses objetivos, talvez até rever o currículo. Este reajuste é necessário, isto

é, avaliar as evidências de prós e contra dentro do processo para podermos evoluir no

ensino e consequentemente o aluno na aprendizagem.

É necessário prestar atenção na forma em que se realiza a seleção de conteúdos

para avaliação, para isso deve-se considerar:

Que os instrumentos sejam variados;

Oferecer informações concretas sobre o que se pretende;

Utilizar-se de códigos que se adequem a estilos de aprendizagem dos alunos, com

um olhar especial para aqueles alunos com necessidades educacionais especiais.

Portanto utilizar-se de avaliações orais, escritas, gráficas, desenhos, pesquisas,

observações entre outras;

Que se possam aplicar a situações cotidianas na escola e que permitam

transferência de aprendizagem a outros contextos.

Para que o professor possa fazer seu plano de aula mais realístico possível e assim

abster-se de muitas falhas de avaliação, propomos dar a conhecer como se realiza a

avaliação do aluno que frequenta a sala de recursos, mas que também faz parte dos

alunos da sala comum.

Metodologia

1) Apresentação dos slides

2) Para refletir:

Quanto tempo demoramos em perceber que as dificuldades de aprendizagem não

se apoiam apenas num desinteresse unilateral?

A escola e especificamente a equipe pedagógica e os professores devem rever juntos as

fichas de avaliação de forma a pensá-las como suporte para suas ações. Este

momento visa à participação de todos os envolvidos no processo de ensino-

aprendizagem dos alunos que participam da sala de recursos multifuncional 1,

fazendo parte de uma formação da cultura de participação de fato, uma participação

crítica e política e de responsabilidade de todos.

3) Apresentação das fichas de avaliação utilizadas para os alunos da sala de recursos,

pela professora da sala de recursos. Como pautar a prática pedagógica em face da

realidade, como conhecer e avaliar o aluno da sala de recursos? .

Cada ficha será lida discutida no grupo e simulada uma avaliação para exemplificar.

As fichas relacionadas abaixo compõem a AVALIAÇÃO NO CONTEXTO, conhecidas de

todas as equipes pedagógicas e dos professores das Salas de Recurso Multifuncional 1, das

escolas estaduais no Paraná.

São elas:

Anexo A Ficha de Referência Pedagógica

Anexo B Entrevista com Pais ou Responsáveis

B) REUNIÕES PEDAGÓGICAS

Atividade integrativa de estudo e orientação do material pedagógico para

pedagogos e professores do ensino regular e da sala de recursos, durante a

hora atividade reforçando os temas estudados no grupo de estudos como: a

inclusão, as dificuldades de aprendizagem frente à realidade dos alunos da

sala de recursos do CENBR e o papel do pedagogo diante da problemática,

abordando as dificuldades mais comuns como: dislexia, discalculia, dislalia e

disgrafia e o TDAH.

Duração: 12 horas – três encontros de quatro horas cada

Quando: março e abril

Participantes: Professores e pedagogos do CENBR

Objetivo Específico:

Munir os professores de recursos a serem utilizados na sala de aula, discutindo as

melhores formas de ensinar diante da realidade do CENBR;

Criar um espaço pedagógico para que os professores possam relatar suas

dificuldades e expor suas ideias.

Em cada reunião terá a seguinte estratégia:

1- Faz-se a leitura de um texto sobre o tema proposto e a discussão com a realidade da

escola.

2- Após respondem as seguintes questões:

a) Até que ponto o tema tem a ver com a realidade de nossos alunos?

b) Como pautar a nossa prática pedagógica diante da realidade?

c) O que devo deixar de fazer e quais posturas positivas tomar diante dos desafios do dia a

dia?

d) O que mais preciso saber sobre o aluno incluído que frequenta minhas aulas?

Fonte:infojovem.org.br Primeira reunião

Tema: Inclusão e adaptações curriculares.

O que temos a ver com isso?

danianepereira.blogspot.com O que queremos é dar oportunidade de aprendizagem igual a todos, defendendo

que a inclusão é uma forma de democracia com direito a uma educação formal a todos,

utilizando-se de um mesmo currículo, porém nos deparamos com a realidade e o desafio

de adaptar o currículo para aqueles que não conseguem acompanhar, porque sabemos

que os alunos não são iguais e existem aqueles com graves problemas de aprendizagem.

Para explicar este dilema Coll (2004) sugere que se deve: “Proporcionar tantas

experiências iguais de aprendizagem quanto possível, ao mesmo tempo em que se levam

em conta as necessidades individuais.” Na temática da adaptação curricular, o pedagogo

deve auxiliar os professores na busca de alternativas, possibilidades e experiências de

aprendizagens para diferentes grupos ou indivíduos.

Afirma Libâneo, (1996) ”{...} pedagogo é o profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações.”

A função do pedagogo é organizar o trabalho pedagógico na escola onde atua.

Diante da inclusão seu papel é de mediação do processo educativo articulando a ação dos

docentes das salas comuns e da sala de recursos para que todos os alunos sejam

beneficiados por uma aprendizagem de qualidade. O fio condutor do trabalho do

pedagogo é o processo de ensino aprendizagem que acontece na escola.

Como fundamentação teórica sobre a função do pedagogo temos o texto:

“Possibilidades de Mediação do Currículo retirado do caderno temático da Coordenação

de Gestão Escolar”. Organização do trabalho pedagógico / Secretaria de Estado da

Educação. Superintendência da Educação – Curitiba : SEED – Pr., 2010.

O pedagogo é aquele que não fica indiferente, neutro, diante da realidade. Procura intervir e aprender com a realidade em processo. “O conflito, por isso, está na base de toda a pedagogia.” Percebe-se aqui o pedagogo como articulador do trabalho coletivo da escola, articula a concepção de educação da escola às relações e determinações políticas, sociais, culturais e históricas. Assim sendo, o pedagogo, à luz de uma concepção progressista de educação, tem sua função de mediador do trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços de contradição para a transformação da prática escolar. Porém,

baseado nesta concepção, sua atuação se faz para a garantia de uma educação pública e de qualidade visando à emancipação das classes populares.

Com a ajuda da professora da SRM1 e da pedagoga, discutem-se as medidas para a

solução das dificuldades encontradas, assim como apresentarei algumas sugestões de

atividades para serem realizadas com os alunos em sala de aula.

Saviani afirma:

O pedagogo responde pela mediação, organização, integração e articulação do trabalho pedagógico. Portanto, sugere a própria compreensão de que ser pedagogo significa ter o domínio sistemático e intencional das formas por meio dos quais se devem realizar o processo de formação cultural. (Saviani, 1985, p.103).

O que o pedagogo pode fazer para articular melhor o trabalho do professor da sala de

recursos com os demais professores que atuam com os alunos de inclusão?

A Lei de Diretrizes Bases da Educação n° 9.394/96 que regulamenta todo o ensino

no país, afirma no seu artigo 26, que os sistemas de ensino têm autonomia para utilização

de um currículo que facilite a aquisição básica de atitudes, valores, de domínio da escrita,

leitura: - Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base comum, a ser

complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte

diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da

economia e da clientela. Levar em consideração as características desta clientela é

considerar que cada indivíduo é único e precisa ser notado como tal. Claro, não é fácil o

trabalho da equipe escolar, porém se esta tiver consciência que ela é essencial para

formação e desenvolvimento da criança com TDAH e aos demais alunos com

necessidades educacionais especiais, as expectativas de êxito aumentarão.

Para refletir e responder:

Até que ponto o tema tem a ver com a realidade de nossos alunos?

Como pautar a nossa prática pedagógica diante da realidade?

O que devo deixar de fazer e quais posturas positivas tomar diante dos desafios

do dia a dia?

O que mais preciso saber sobre o aluno incluído que frequenta minhas aulas?

Segundo Adriana Marcondes Machado, do Serviço de Psicologia Escolar do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, revista escola, para formar uma escola inclusiva de verdade, ela sugere ao professor:

- Dividir as dúvidas com a coordenação e com os colegas quando receber uma criança com necessidades especiais; - Não reduzir o aluno à sua deficiência. Apesar de ter características peculiares, ele tem personalidade e carrega uma história e muitas experiências que o tornam único. - Conversar constantemente com outros especialistas que tratam da criança, pois eles podem ajudar a pensar em estratégias para lidar com o aluno. Não se esquecer, porém, de que quem sabe como ensinar a criança é o professor. - Trabalhar a diversidade — uma característica de todos, e não só da criança com deficiência — ao planejar as atividades. - Estimular comportamentos solidários entre os alunos. Eles podem, por exemplo, dar ideias de como o colega que usa cadeira de rodas pode ficar bem acomodado na sala.

Sugestão de atividades e atitudes positivas diante das dificuldades em sala de aula

http://depalavraempalavrainclusao.blogspot.com.br/2013/04/dificuldades-de-aprendizagem-

associadas.html - pesquisado em 18/08/2013.

Dislexia é um distúrbio na leitura que interfere na escrita, normalmente

identificada no início da alfabetização, período em que o aluno inicia o processo de

leitura formal. Na Dislexia destacam-se a leitura e escrita como as principais dificuldades

apresentadas. Na escrita aparecem frequentemente trocas de letras com sons parecidos,

substituições de palavras, repetição e supressão de letras, sílabas e como consequência

lentidão em realizar cópias.

A dificuldade do disléxico consiste em não conseguir identificar símbolos. A

dislexia é um dos quadros de maior prevalência entre os transtornos de aprendizagem.

Sugestão de leitura complementar:

Texto: Sugestões para trabalhar com disléxicos em sala de aula.

http://www.abcdislexia.com.br/dislexia/dislexico-sala-de-aula.htm - pesquisa em 29/09/13

Ler o artigo “O que é preciso saber” Um olhar sobre algumas necessidades especiais mais

comuns na escola Autismo, Síndrome de Down, TDAH, Transtornos Emocionais,

Transtorno da Conduta, Dislexia, Dispraxia, Discalculia, Disgrafia e Disortografia do

Livro: Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade, de Eugênio Cunha, p.85.

Para refletir e responder:

Até que ponto o tema tem a ver com a realidade de nossos alunos?

Como pautar a nossa prática pedagógica diante da realidade?

O que devo deixar de fazer e quais posturas positivas tomar diante dos desafios

do dia a dia?

O que mais preciso saber sobre o aluno incluído que frequenta minhas aulas?

Ainda segundo ele, crianças com TDAH têm grandes dificuldades de ajustamento

diante das demandas da escola. Um terço ou mais de todas as crianças portadoras de

TDAH ficarão para trás na escola, no mínimo uma série, durante sua carreira escolar.

O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade- TDAH tem causas genéticas e

é um transtorno neurobiológico, aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda a

sua vida.

Segundo Barkley (2002, p.235) crianças com TDAH têm grandes dificuldades de

ajustamento diante das demandas da escola. Um terço ou mais de todas as crianças

portadoras de TDAH ficarão para trás na escola, no mínimo uma série, durante sua

carreira escolar.

Todo TDAH apresenta déficit na capacidade de priorizar a atenção. E ao professor

cabe a compreensão de que as dificuldades do aluno com esse transtorno nem sempre são

decorrentes de habilidades a serem aprendidas ou da falta de interesse, mas sim,

decorrem das atividades naturais das redes neurais complexas de cérebro.

De acordo com BENZICK e BROMBERG (p.208-209, 2003) Os alunos com

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade necessitam de:

om rotinas diárias consistentes;

ensino-aprendizagem e a participação ativa de todos os envolvidos nesse processo;

as carteiras estejam sempre em filas ou que as atividades sejam sempre as mesmas para todos;

a disposição do espaço, do tempo e dos móveis, deve ter em mente as necessidades específicas desses alunos, de modo que favoreça, ao máximo, sua participação total na dinâmica da aula.

Até que ponto o tema tem a ver com a realidade de nossos alunos?

Como pautar a nossa prática pedagógica diante da realidade?

O que devo deixar de fazer e quais posturas positivas tomar diante dos desafios

do dia a dia?

O que mais preciso saber sobre o aluno incluído que frequenta minhas aulas?

Sugestão de Leitura e atividades

TDA-H (Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade) da teoria à Prática, de Clarice

Peres, editora Wak, Rio de Janeiro, 2013.

Práticas Pedagógicas para inclusão e diversidade, Eugênio Cunha. 2ª edição, editora Wak,

Rio de Janeiro, 2012.

Algumas estratégias Pedagógicas para alunos com TDAH. Escrito por ABDA

http://www.tdah.org.br/br/textos/textos/item/401-algumas-estrat%C3%A9gias-pedag%C3%B3gicas-para-alunos-com-tdah.html

13 REFERÊNCIAS

ABDA. Algumas estratégias Pedagógicas para alunos com TDAH.

http://www.tdah.org.br/br/textos/textos/item/401-algumas-estrat%C3%A9gias-pedag%C3%B3gicas-para-alunos-com-tdah.html . Pesquisado em 30/10/2013.

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BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade( TDAH): guia completo e autorização para os pais, professores e profissionais da saúde. Porto

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BENCZIK, E. P. B. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: um guia de orientação para profissionais. 2ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

CARVALHO, Paulla Helena S., DUARTE, Ana Carolina S. B., FANK, Elisane, LEUTZ, Marilda A., TAQUES, Mariana. F. O Papel do Pedagogo na Gestão: Possibilidades de

Mediação do Currículo, Material apresentado no EDUCERE. Curitiba, 2008. COLL, C. et al. Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de

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CUNHA, A. E. Práticas pedagógicas para a inclusão e diversidade. 2. Edição, Rio de

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DUARTE, Newton. Concepções afirmativas e negativas sobre o ato de ensinar.

FILME: COMO ESTRELAS NA TERRA - Toda Criança é Especial - Taare Zameen Par – Every Child is Special, Drama, Índia, 2h42min, 2007, Direção: Aamir Khan.

FANK, Eliane, NUNES, Letícia F. Material disponibilizado após palestra no Evento dos Pedagogos Novos, em Faxinal do Céu, dez. 2009.

KURY, Carlos Roberto Jamil. Políticas Inclusivas e Compensatórias na Educação Básica

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LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo,

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Mendes, et all: (Mariana F. Taques, Paulla Helena S. de Carvalho, Ana Carolina S.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. “Possibilidades de Mediação do Currículo retirado do caderno temático da Coordenação de Gestão Escolar”. Organização do trabalho pedagógico. Curitiba : SEED – Pr., 2010.

PERES, Clarice. TDA-H (Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade) da teoria à Prática, editora Wak, Rio de Janeiro, 2013

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VIGOTSKI. Lev. S. Pensamento e Linguagem. 3ªed. São Paulo: Martins

VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. Livraria Martins Fontes, São Paulo: Editora Ltda., 1998.

______. A Construção do Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes,

2001. Resumo do livro. Pesquisado em: http://www.angelfire.com/mo/giulli/psico.html, dia 23/05/2013. ZIBAS, D. M. L. Reforma do ensino médio nos anos de 1990: o parto da montanha e as novas perspectivas. Versão atualizada de trabalho apresentado na 26ª Reunião Anual da ANPED, 2003.

ANEXOS:

14.1 Instrução 16/2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

INSTRUÇÃO N° 016/2011 – SEED/SUED

A Superintendente da Educação, no uso de suas atribuições e, considerando:

• a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N° 9394/96;

• o Decreto Federal N° 7611, de 17 de novembro de 2011;

• e os preceitos legais que regem a Educação, emite

1. DEFINIÇÃO

Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um atendimento

educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de

alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos

globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede

Pública de Ensino.

2. OBJETIVO

Apoiar o sistema de ensino, com vistas a complementar a escolarização de alunos

com deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do

desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de

Ensino.

3. ALUNADO

Alunos matriculados na rede pública de ensino com:

3.1 Deficiência intelectual: Em conformidade com a Associação Americana de Retardo

Mental, alunos com deficiência intelectual são aqueles que possuem incapacidade

caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no Estabelece

critérios para o atendimento educacional especializado em SALA DE RECURSOS

MULTIFUNCIONAL TIPO I, na Educação Básica – área da deficiência intelectual,

deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos.

comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e

conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade.

3.2 Deficiência física neuromotora: aquele que apresenta comprometimento motor

acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações funcionais nos

movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto

escolar no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se

comunicar ou para comunicação.

3.3 Transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de

alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais,

na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com

autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da

infância (psicose) e transtornos invasivos sem outra especificação.

3.4 Transtornos funcionais específicos: Refere-se a funcionalidade específica

(intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz respeito a um

grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas: na

aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas,

na atenção e concentração.

4. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica deverá obrigatoriamente

estar contemplada no Projeto Político-Pedagógico e Regimento da Escola, funcionará

com características próprias em consonância com as necessidades específicas do aluno

nela matriculado.

4.1 Quanto à carga horária:

a) Nas instituições estaduais, cada Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na

Educação Básica terá autorização para funcionamento de 20 horas/aulas semanais,

sendo 16 horas/aula para efetivo trabalho pedagógico e 4 (quatro) horas-atividade do

professor, de acordo com a legislação vigente.

b) Nas escolas municipais, cada Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação

Básica terá autorização de funcionamento de 20 horas/relógio semanais.

A carga-horária reservada para hora-atividade do professor deve respeitar a

normatização da mantenedora.

4.2 Quanto aos recursos materiais

A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica deve ser organizada

com materiais didáticos de acessibilidade, recursos pedagógicos específicos adaptados,

equipamentos tecnológicos e mobiliários. Entre estes destacam-se os jogos pedagógicos

que valorizem os aspectos lúdicos, estimulem a criatividade, a cooperação, a

reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos.

4.3 Quanto ao número de alunos

O número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma, para cada

Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I, na Educação Básica.

4.4 Quanto ao cronograma de atendimento

a) O horário de atendimento ao aluno, na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na

Educação Básica deverá ser em período contrário ao que este está matriculado e

frequentando a classe comum.

b) O atendimento educacional especializado deverá ser realizado por cronograma.

Poderá ser individual ou em grupos, de forma a oferecer o suporte necessário às

necessidades educacionais especiais dos alunos, consonante a área específica,

favorecendo seu acesso ao conhecimento.

c) O cronograma de atendimento deve ser flexível, organizado e reorganizado sempre

que necessário de acordo com as necessidades educacionais dos alunos.

d) No cronograma deve constar um horário para realização do trabalho colaborativo com

professores do ensino regular e família.

e) A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica deverá atender os

alunos matriculados da escola onde está autorizada, assim como alunos de outras

escolas públicas da região.

f) Outras possibilidade de organização do cronograma deverão ter anuência da direção e

equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, devidamente registrada em ata, com

vistas a atender as necessidades e especificidades de cada localidade.

4.5 Quanto à frequência

a) O aluno frequentará a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica o

tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de

aprendizagem na classe comum.

b) O número de atendimento pedagógico deverá ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por

semana, não ultrapassando 2 (duas) horas/aula diárias.

c) O professor da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica deverá

registrar o controle de frequência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio do

sistema.

d) O horário de atendimento da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação

Básica deverá seguir a estrutura e funcionamento da escola onde está autorizada.

4.6 Quanto à documentação

a) Cabe à secretaria da escola que mantém a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I,

na Educação Básica, a responsabilidade sobre a documentação do aluno.

b) Na pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum,

deverá conter os relatórios de avaliação psicoeducacional no contexto escolar que

indicou este atendimento especializado e relatório pedagógico do aluno, elaborado a

partir do conselho de classe, conforme regimento escolar.

c) Quando o aluno frequentar a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na

Educação Básica em escola diferente ao da classe comum, esta deverá constar na pasta

individual a documentação citada no item anterior, vistada pela equipe técnico-

pedagógica de ambas as escolas.

d) No histórico escolar não deverá constar que o aluno frequentou Sala de Recursos

Multifuncional - Tipo I, na Educação Básica.

e) Para transferência do aluno, além dos documentos da classe comum, deverão ser

acrescentadas cópias do relatório de avaliação psicoeducacional no contexto escolar e o

relatório pedagógico.

4.7 Quanto à Matrícula e Desligamento

a) As instituições deverão matricular o aluno no Sistema Estadual de Registro Escolar –

SERE, de acordo com os códigos próprios do serviço.

b) Todas as escolas deverão registrar o aluno público-alvo da Educação Especial da Sala

de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica, no Censo Escolar MEC/INEP

c) O desligamento do aluno da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação

Básica deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado pelo professor

especializado, juntamente com a equipe pedagógica, devendo ficar arquivado na pasta

individual do aluno.

5 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

5.1 Plano de Atendimento Educacional Especializado - é uma proposta de intervenção

pedagógica a ser desenvolvida de acordo com a especificidade de cada aluno. Será

elaborado a partir das informações da avaliação psicoeducacional no contexto escolar,

contendo objetivos, ações/atividades, período de duração, resultados esperados, de

acordo com as orientações pedagógicas da SEED/DEEIN.

5.2 Ação pedagógica

O trabalho pedagógico a ser desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I,

na Educação Básica deverá partir dos interesses, necessidades e dificuldades de

aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos,

contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum e, utilizando-se

ainda, de metodologias e estratégias diferenciadas, objetivando o desenvolvimento da

autonomia, independência e valorização do aluno. O trabalho pedagógico deverá ser

realizado em 3 eixos:

a) Eixo 1 - Atendimento individual:

• Sala de Recursos Multifuncional tipo I, na Educação Básica – anos iniciais: trabalhar o

desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva (áreas do

desenvolvimento).

• Sala de Recursos Multifuncional tipo I, na Educação Básica – anos finais: trabalhar

o desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva (áreas

do desenvolvimento) e os conteúdos defasados dos anos iniciais, principalmente de

leitura, escrita e conceitos matemáticos.

• Sala de Recursos Multifuncional tipo I, na Educação Básica – ensino médio:

trabalhar o desenvolvimento de processos educativos, que favoreçam a atividade

cognitiva e os conteúdos defasados, principalmente de leitura, escrita e conceitos

matemáticos.

b) Eixo 2 - Trabalho colaborativo com professores da classe comum

Tem como objetivo desenvolver ações para possibilitar o acesso curricular, adaptação

curricular, avaliação diferenciada e organização estratégias pedagógicas de forma a

atender as necessidades educacionais especiais dos alunos.

c) Eixo 3 - Trabalho colaborativo com a família Tem como objetivo possibilitar o

envolvimento e participação desta no processo educacional do aluno.

5.3 Avaliação de Ingresso

Se efetiva a partir da avaliação psicoeducacional no contexto escolar, que possibilita o

reconhecimento das necessidades educacionais especiais dos alunos com indicativos de:

a) deficiência intelectual, a avaliação inicial deverá ser realizada pelo professor de Sala

de Recursos Multifuncional – Tipo I e/ou pedagogo da escola. Deverá enfocar

aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,

sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do

desenvolvimento, considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais,

acrescida necessariamente de parecer psicológico com o diagnóstico da deficiência.

b) deficiência física neuromotora, a avaliação inicial deverá ser realizada pelo professorde

Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I e/ou pedagogo da escola. Deverá enfocar

aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,

sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do

desenvolvimento, considerando ainda, a utilização da comunicação alternativa para

escrita e/ou para fala, recursos de tecnologias assistivas e práticas sociais, acrescida de

parecer de fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Em caso de deficiência intelectual associado,

complementar com parecer psicológico.

c) transtornos globais do desenvolvimento, a avaliação inicial deverá ser realizada pelo

professor de Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I e/ou pedagogo da escola.

Deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação,

produção de textos, sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como

as áreas do desenvolvimento, acrescida necessariamente por psiquiatra ou neurologista

e complementada quando necessário, por psicólogo.

d) transtornos funcionais específicos: a avaliação inicial deverá ser realizada pelo

professor de Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I e/ou pedagogo da escola, sendo:

• Distúrbios de aprendizagem – (dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá

enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de

textos, sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do

desenvolvimento, acrescida de parecer de especialista em psicopedagogia e/ou

fonoaudiológico e complementada quando necessário, por psicólogo.

• Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade – TDA/H, deverá enfocar aspectos

relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, sistemas

de numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento,

acrescido de parecer neurológico e/ou psiquiátrico e complementada quando necessário,

por psicólogo.

5.4 Requisitos de ingresso na Sala de Recursos Multifuncional - tipo I, na Educação

Básica:

a) Sala de Recursos Multifuncional - tipo I, anos iniciais

• Alunos que nunca frequentaram serviços da Educação Especial: avaliação

psicoeducacional no contexto escolar, conforme item 5.3.

• Alunos egressos de Classe Especial ou Escola de Educação Especial: realizar apenas a

avaliação pedagógica com vistas a atualização do Plano de Atendimento Educacional

Especializado (item 5.1).

b) Sala de Recursos Multifuncional - tipo I, anos finais

• Alunos que nunca frequentaram serviços da Educação Especial: avaliação

psicoeducacional no contexto escolar, conforme item 5.3.

• Alunos egressos de Sala de Recursos Multifuncional (Tipo I) anos iniciais, Classe

Especial ou Escola de Educação Especial: realizar apenas a avaliação pedagógica com

vistas a atualização do Plano de Atendimento Educacional Especializado (item 5.1).

c) Sala de Recursos Multifuncional - tipo I, ensino médio

• Alunos egressos de Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, anos finais do ensino

fundamental.

• Realizar apenas a avaliação pedagógica com vistas a atualização do Plano de

Atendimento Educacional Especializado (item 5.1).

5.5 O processo de avaliação psicoeducacional no contexto escolar deverá ser orientado e

vistado pela equipe de Educação Especial do NRE.

6 ACOMPANHAMETO

6.1 A avaliação processual na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação

Básica objetiva acompanhar o desenvolvimento do aluno e traçar novas possibilidades de

intervenção pedagógica. O desenvolvimento do aluno deverá ser observado/analisado no

contexto comum de ensino e no atendimento educacional especializado.

6.2 Os avanços acadêmicos do aluno tanto na classe comum como na Sala de Recursos

Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica, devem estar registrados em relatório

pedagógico, elaborado a partir do parecer dos professores das disciplinas no conselho de

classe.

6.3 A frequência do aluno na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação

Básica, deverá ser registrada no Livro de Registro de Classe próprio do Atendimento

Educacional Especializado - AEE.

7 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL–

TIPO I

I, EDUCAÇÃO BÁSICA

a) Identificar as necessidades educacionais especiais dos alunos.

b) Participar da avaliação psicoeducacional no contexto escolar dos alunos com

indicativos de deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais

do desenvolvimento, e transtornos funcionais específicos, em conformidade com as

orientações da SEED/DEEIN.

c) Elaborar Plano de Atendimento Educacional Especializado, com metodologia e

estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções

pedagógicas sugeridas na avaliação psicoeducacional no contexto escolar.

d) Organizar cronograma de atendimento pedagógico individualizado ou em pequenos

grupos, devendo ser reorganizado, sempre que necessário, de acordo com o

desenvolvimento acadêmico e necessidades do aluno, com participação da equipe

pedagógica da escola e família.

e) Registrar sistematicamente todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme plano

de atendimento educacional especializado e interlocução com os professores das

disciplinas.

f) Orientar os professores da classe comum, juntamente com a equipe pedagógica, na

flexibilização curricular, avaliação e metodologias que serão utilizadas na classe

comum.

g) Acompanhar o desenvolvimento acadêmico do aluno na classe comum, visando à

funcionalidade das intervenções e recursos pedagógicos trabalhados na Sala de

Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica.

h) Realizar um trabalho colaborativo com os docentes das disciplinas no desenvolvimento

de práticas pedagógicas inclusivas.

i) Desenvolver um trabalho colaborativo junto às famílias dos alunos atendidos na Sala de

Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica com o objetivo de discutir e somar

as responsabilidades sobre as ações pedagógicas a serem desenvolvidas.

j) Participar de todas as atividades previstas no calendário escolar, especialmente no

conselho de classe.

k) Produzir materiais didáticos acessíveis, considerando as necessidades educacionais

específicas dos alunos e os desafios que estes vivenciam no ensino comum a partir da

proposta pedagógica curricular.

l) Registrar a frequência do aluno Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação

Básica em livro de chama próprio do AEE.

8. CRITÉRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO E/OU

CESSAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL –

TIPO I, NA EDUCAÇÃO BÁSICA

8.1 A direção da escola deve garantir espaço físico.

8.2 Alunos avaliados conforme orientações pedagógicas da SEED/DEEIN, regularmente

matriculados e frequentando sala comum na Educação Básica da rede pública de ensino.

8.3 Professor especializado em cursos de pós-graduação em educação especial ou

licenciatura plena com habilitação em educação especial ou habilitação específica em

nível médio, na extinta modalidade de estudos adicionais e atualmente na modalidade

normal.

8.4 Protocolar a documentação exigida de acordo com as orientações da

SEED/CEF/DEEIN.

8.5 Encaminhar o protocolado para SEED/DEEIN para análise pedagógica e

providências.

Curitiba 22 de novembro de 2011.

Meroujy Giacomassi Cavet

Superintendente da Educação

14.2 Fichas de avaliação

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO EDUCACIONAL

Centro de Avaliação e Orientação Pedagógica/CEAOP – CURITIBA

Rua do Rosário, 144 – 10º andar – Bairro: Centro

CEP 80.020-110 – Curitiba – PR Fone: (41) 3224-5125

e-mail: [email protected]

FICHA DE REFERÊNCIA PEDAGÓGICA

(anexo A)

I. IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO:

Estabelecimento de Ensino:___________________________________________

Aluno:__________________________________ Série:_______ Turno:________

II. DADOS DE OBSERVAÇÃO:

1. Queixa Principal – Relato do(s) Professor (es) sobre fatores que têm contribuído para dificuldades do aluno:

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

2. Dificuldades acadêmicas e defasagens encontradas (intervenções realizadas pelo(s)

professor(es) e equipe pedagógica):

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3. Caso o aluno tenha necessidades educacionais especiais, descrevê-las: (Apontar os

encaminhamentos realizados na área da saúde):

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

III. DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura Descrição dos aspectos observados

Reconhece as letras do alfabeto

Faz leitura de palavras

Articula mal as palavras/frases

Repete as palavras conhecidas

“Se perde” no texto ao ler

Ignora a pontuação

Lê de forma monótona, sem inflexões

Segura o livro/texto muito perto dos olhos

Faz leitura de texto com compreensão

Lê com fluência, entonação e ritmo adequado

Identifica as ideias básicas do texto

Localiza as informações explícitas do texto

Localiza as informações implícitas do texto

Identifica textos de diferentes gêneros

Escrita Descrição dos aspectos observados

Percebe a relação entre escrita e fala

Escreve corretamente seu nome completo, utilizando-o como identificador de seus trabalhos e pertence

Escreve de forma que possa ler, ainda que não escreva ortograficamente

Escreve textos com ortografia convencional, utilizando a paragrafação e os recursos do sistema de pontuação para representar: intervalos entre ideias, começo e final de frases, frases ditadas por outro, exclamações e interrogações...

Utiliza letra maiúscula no início de períodos e em nomes próprios

Produz texto coerente com o tema e sequência lógica de ideias, localização temporal e espacial, faz referência às personagens e fechamento.

Utiliza o dicionário adequadamente quando solicitado, para melhor compreensão de textos lidos.

Utiliza recursos de coesão conjunções, pronomes, preposição, tempos verbais, advérbios...).

Utiliza vocabulário adequado.

Apresenta má organização da folha, das letras e erros de formas e proporções (grande demais, pequeno demais ...).

IV. DISCIPLINA: MATEMÁTICA

Números e Operações Descrição dos aspectos observados

Registra, lê e representa os números utilizando as regras do Sistema Numérico Decimal.

Faz agrupamento e trocas na base 10 e reconhece o valor posicional.

Tem noção de antecessor/sucessor, par/ímpar, igualdade/desigualdade, ordem crescente/decrescente.

Realiza as operações de adição com e sem reserva e subtração com recursos.

Realiza operações de multiplicação e divisão.

Resolve situação problema, compreendendo a ideia aditiva (juntar...) e subtrativa (tirar, comparar, completar...).

Resolve situação problema, compreendendo a ideia multiplicativa (adição de parcelas iguais...) e repartitiva (repartição equitativa e a de medida,...).

Compreende e representa a idéia de fração (lendo, escrevendo e desenhando).

Faz uso do cálculo de porcentagem (25%, 50%, 100%).

Grandezas e Medidas Descrição dos aspectos observados

Reconhece o valor de cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro e identifica seu valor no contexto diário.

Resolve situação problema envolvendo o Sistema Monetário Brasileiro, utilizando a escrita decimal.

Utiliza grandezas de mesma natureza (tempo, comprimento, massa e capacidade).

Estabelece relações entre unidades de medida de tempo (segundo, minuto e hora).

Interpreta e utiliza calendário anual (dia, semana, mês e ano).

Espaço e Forma Descrição dos aspectos observados

Reconhece representações gráficas e as utiliza no uso de mapas.

Reconhece semelhanças e diferenças entre poliedros (prismas, pirâmides e outros) e identifica as faces, arestas e vértices.

Classifica polígonos em quadriláteros, triângulos e outros.

Representa por desenhos as figuras planas.

Faz composição de figuras tridimensionais.

Tratamento da informação Descrição dos aspectos observados

Lê e interpreta dados representados em tabelas e gráficos.

Constrói listas, tabelas simples e gráficos de coluna.

V. DISCIPLINAS: EDUCAÇÃO FÍSICA, CIÊNCIAS, HISTÓRIA, ARTES, GEOGRAFIA, INGLÊS E ENSINO RELIGIOSO

EDUCAÇÃO FÍSICA Descrição dos aspectos observados

1. Consciência corporal (esquema corporal e conceito).

2. Coordenação motora global (andar, correr, pular).

3. Orientação espaço temporal (em cima, embaixo, longe, perto)

4. Movimentos globais estáticos (ficar em pé, em um pe só, de olhos fechados e abertos).

5. Equilíbrio (andar em linha reta, pé ante pé, descer e subir escadas...).

6. Lateralidade (esquerda/direita, dominância das mãos, dos pés dos olhos).

CIÊNCIAS (descrição dos aspectos observados)

HISTÓRIA (descrição dos aspectos observados)

ARTES Coordenação motora fina (manipulação do lápis e papel, apreensão do lápis,

pressão do traçado na folha, utilização da tesoura, etc) – (descrição dos aspectos observados)

GEOGRAFIA – (descrição dos aspectos observados)

INGLÊS – (descrição dos aspectos observados)

ENSINO RELIGIOSO – (descrição dos aspectos observados)

VI. OUTRAS OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

___________,__________________________

(local e data)

Assinatura dos Professores/Disciplinas:

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

ENTREVISTA COM OS PAIS ou RESPONSÁVEIS

(anexo B)

I – IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO:

Nome: ____________________________________________________________

Data de nascimento: _______/______/_______ Idade: _______

Escola: _____________________________ Ano: _________ Turno: ________

Naturalidade: ______________________________________________________

Nome do pai: ______________________________________________________

Profissão: __________________________________________ Idade: _________

Nome da mãe: _____________________________________________________

Profissão: __________________________________________ Idade: ________

Endereço residencial: ______________________________Fone: ____________

II – COMPOSIÇÃO FAMILIAR:

NOME IDADE SEXO ESTADO

CIVIL

GRAU DE

PARENTESCO

INSTRUÇÃO LOCAL DE

TRABALHO

Religião/credo: _____________________________________________________

Motivo da solicitação da avaliação: _____________________________________

III - DINÂMICA FAMILIAR:

Com quem o aluno reside: ____________________________________________

Relacionamento dos pais entre si: ______________________________________

Relacionamento dos pais com os filhos: _________________________________

Relacionamento entre os filhos: ________________________________________

Relacionamento geral entre os familiares: ________________________________

IV – DESENVOLVIMENTO:

Desenvolvimento Psicomotor (idade em que sustentou a cabeça, sentou sozinho, engatinhou, andou, controlou os esfíncteres – vesical e anal diurno e noturno, preferência manual...).

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Linguagem (em que idade se deu o balbucio, as primeiras palavras/frases, problemas articulatórios, gagueira...).

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Alimentação (período em que foi amamentado no seio/mamadeira, reações à introdução de outros tipos de alimentação, falta de apetite, alimenta-se em excesso, normal...).

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Sono (calmo, agitado, fala durante o sono, sonambulismo, terror noturno, tipo de respiração enquanto dorme...).

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Manipulação e hábitos (fez uso de chupeta, chupa o dedo, roi unhas, tiques,movimentos involuntários, estereotipias, maneirismos, agitação motora, auto-agressão, passividade).

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_______________________________________________________________________

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V – SOCIABILIDADE: (faz amigos com facilidade, diverte-se – como, quando e com

quem/mais velhos ou mais novos, atividade de lazer, comportamento nos ambientes em

geral...) frequenta outros ambientes além da escola? Quais?

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VI – INFORMAÇÃO MÉDICA:

Visão: _______Usa lentes corretivas ( ) Sim ( ) Não

Audição: _____Usa recurso auditivo / Prótese auditiva ( ) Sim ( ) Não

Problemas Físicos: _______________________________________________________

Saúde e geral: (Informações relevantes desde o nascimento até o momento)

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Possuí algum laudo médico? Toma alguma medicação de uso contínuo?

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VII – Atendimentos complementares (psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia,

psicopedagogia, acompanhamento neurológico ou psiquiátrico, entre outros):

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VIII – ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA: Hábitos de higiene (toma banho sozinho, se veste,

calça meia, sapatos, se penteia, escova os dentes regularmente sozinho, têm cuidados

com sua aparência pessoal e vestuário …)

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Responsabilidade por tarefas no lar (especificar) _______________________________

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IX – ANTECEDENTES FAMILIARES: (doenças, deficiências, vícios, grau de parentesco,

idade em que ocorreu, situação atual…)

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X – HISTÓRICO ESCOLAR:

Creche/Escola/atendimento ou apoio especializado que

frequentou:

Série/Ano

escolar

Ano civil

Retenções: Sim ( ) Não ( ) Quantas: ______

Quais séries/anos: ____________________

Rendimento escolar (necessita de auxílio na execução de tarefas escolares em casa):

_______________________________________________________________________

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Boletim escolar (notas):

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Frequência à escola (gosta de vir, é assíduo) Já precisou ou fez uso da FICHA FICA ou

acompanhamento pela REDE DE PROTEÇÃO?

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XI – Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada – BPC

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XII – PARTICIPA DE OUTRAS ATIVIDADES EXTRACLASSES: (cursos, projetos...).

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XIII – QUAL A IMPORTÂNCIA QUE A FAMÍLIA DÁ PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR?

XIV – OBSERVAÇÕES:

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_______________________________________________________________________

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_______________,______________________________________.

(Local e Data)

Entrevistador: __________________________ Função: ____________________

Entrevistado: ______________________________________________________

Parentesco: _______________________________________________________

Apêndice 1 Avaliação dos encontros e das reuniões pedagógicas As questões a seguir servem para avaliar a qualidade do trabalho realizado por mim, professora do PDE 2013. Coloque os conceitos considerando: 1) Os conteúdos foram relevantes para sua prática pedagógica Concordo total ( ) Concordo parcial ( ) Discordo parcial ( ) Discordo total ( ) 2) A carga horária foi suficiente para o desenvolvimento do conteúdo proposto Concordo total ( ) Concordo parcial ( ) Discordo parcial ( ) Discordo total ( ) 3) O material pedagógico serviu para subsidiar sua prática pedagógica Concordo total al ( ) Concordo parcial ( ) Discordo parcial ( ) Discordo total ( ) 4) Os encaminhamentos metodológicos foram motivadores Concordo total ( ) Concordo parcial ( ) Discordo parcial ( ) Discordo total ( ) 5) As atividades propostas atenderam a relação da teoria e prática Concordo total ( ) Concordo parcial ( ) Discordo parcial ( ) Discordo total ( ) Espaço para registrar sua opinião e sugestão:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Apêndice 2

PREVISÃO DO CALENDÁRIO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NO COLÉGIO

Atividades – 2014

Fevereiro:

- Divulgação para os professores e equipe pedagógica do CENBR

- 1º encontro- 4h

- 2º encontro- 4h

Março:

- 3º encontro- 4h

- 4º encontro- 4h

– 5º encontro- 4h

Abril

-1ª Reunião- 4h

- 2ª Reunião- 4h

- 3ª Reunião- 4h

Maio

Avaliação do projeto