29
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · física; necessita-se enquanto professores buscar múltiplas possibilidades para ... problemática, percebe-se a necessidade de

  • Upload
    vanminh

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICA – PEDAGÓGICA – PDE / 2013.

TÍTULO:

USO DE IMAGENS NA TRANFORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR.

AUTOR:

CLACIR ANA ONGARATTO

DISCIPLINA/ÁREA:

GEOGRAFIA

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO E SUA LOCALIZAÇÃO:

COLÉGIO ESTADUAL PEDRO STELMACHUCK. RUA: JOAQUIM FERNANDES S/Nº - BAIRRO CRISTO REI

MUNICÍPIO DA ESCOLA:

UNIÃO DA VITÓRIA

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO:

UNIÃO DA VITÓRIA

PROFESSOR ORIENTADOR:

Ms: PAULO SÉRGIO MEIRA ROCHA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR:

UNESPAR – FAFIUV

RESUMO: Esta Unidade Didática trabalhará conteúdos partindo da realidade do educando para que se compreenda quem é o sujeito ativo do meio em que vive. Objetiva-se com esta unidade desenvolver o censo crítico através da percepção das transformações ocorridas no espaço de vivência em União da Vitória – PR, em diferentes períodos da formação da cidade, utilizando-se principalmente o uso de imagens. Será necessário: pesquisar registros de imagens sobre a dispersão populacional em União da Vitória – PR, principalmente as margens do Rio Iguaçu; estudar as transformações devido à ocorrência de enchentes; analisar as mudanças ocorridas no espaço de vivência ao longo do tempo, comparando e interpretando imagens de diferentes épocas. Primeiramente se trabalhará conceituações: (Paisagem, Lugar, Natureza, Território e Sociedade, Enchentes, Cheias). Na sequência serão observadas e interpretadas às transformações ocorridas, por meio de fotos, jornais antigos, imagens da internet e outras fontes. Em seguida serão ministradas aulas de campo em pontos estratégicos pré-selecionados para visualização da atual distribuição espacial da área urbana do

município. Far-se-á uma exposição para toda comunidade escolar, dos resultados obtidos.

PALAVRAS - CHAVE:

ENSINO DA GEOGRAFIA. ESPAÇO URBANO. PAISAGEM. ENCHENTE.

FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO:

UNIDADE DIDÁTICA

PÚBLICO ALVO: ALUNOS DO 1º ANO A- ENSINO MÉDIO.

APRESENTAÇÃO:

Esta Unidade Didática (O Uso de Imagens na Transformação do

Espaço Urbano de União da Vitória – PR) surgiu da necessidade em trabalhar

com os alunos a transformação da paisagem, juntamente com as ações da

sociedade em relação às mudanças (ocorridas, que ocorrem e ocorrerão), para

que haja percepção e interação entre homem x natureza, e as necessidades

em harmonizar os elementos do meio em que vive. Hoje, a sociedade participa

ativamente desse processo de transformação, seja ela histórica, social ou

física; necessita-se enquanto professores buscar múltiplas possibilidades para

a transmissão e abordagens de determinados conteúdos partindo da realidade

do educando para que ele compreenda os sujeitos ativos e as transformações

ocorridas no espaço habitado.

Os educadores devem pensar no processo ensino aprendizagem de

uma forma inovadora, com reflexão e construção do conhecimento, sempre a

partir da realidade em que está inserido, ou seja, partir do local para o global,

facilitando a assimilação deste contexto. Percebe-se que fatos geográficos

ocorrem de formas semelhantes em várias partes do globo, porém a forma de

trabalhar e agir diante de tais fatos se dão de formas diferenciadas,

dependendo do nível social, econômico, educacional, da sociedade a qual se

esta inserida. Portanto, tem-se a obrigação de refletir e possibilitar a

compreensão das transformações ocorridas no meio de vivência do aluno,

estimulando o gosto em aprender e principalmente entender os conteúdos da

disciplina, percebendo sua importância para o entendimento do mundo,

formando um sujeito crítico e criativo, problematizando seu dia a dia com vistas

a mudanças.

Deve-se romper barreiras e buscar formas mais prazerosas de ensinar

e aprender Geografia, com metodologias mais dinâmicas e próximas da

realidade, explorando o espaço de vivência da comunidade escolar quer seja

seu bairro, sua cidade, seu município, etc., pois é no espaço usado pelo

homem que as particularidades, a história, a cultura bem como a identidade

estão marcadas. O aluno terá uma percepção maior de tudo isso se além da

teoria, partir para seu conhecimento empírico, juntamente com aulas práticas,

usando, além da observação em tempo atual, imagens e fotos de diferentes

períodos, buscadas junto a álbuns de famílias, jornais, revistas, internet, para

aliar ao entendimento das teorias trabalhadas em sala de aula. Ainda despertar

a necessidade da busca de um maior conhecimento pelo meio ao qual se está

inserido. Dentro deste contexto, Santos (1988, p. 22) ressalta:

A percepção é sempre um processo seletivo de apreensão. Se

a realidade é apenas uma, cada pessoa a vê de forma

diferenciada; dessa forma, a visão pelo homem das coisas

materiais é sempre deformada. Nossa tarefa é a de ultrapassar

a paisagem como aspecto, para chegar ao seu significado.

(SANTOS, 1988 P. 22).

O espaço geográfico é constituído por elementos naturais e culturais, e

os mesmos se entrelaçam numa contínua mudança por motivos diversos. No

município de União da Vitória – PR, esses elementos são evidenciados pelo rio

Iguaçu e a população, os quais são os maiores responsáveis pela

transformação desse espaço de vivência. São constantes o transbordamento

das águas do Rio Iguaçu, ocupando as margens ribeirinhas causadas por

elevados índices pluviométricos que ocorrem a cada 1,7 anos. Devido essa

problemática, percebe-se a necessidade de trabalhar com os alunos sobre a

transformação da paisagem, juntamente com as ações da sociedade em

relação às mudanças, para que se perceba a interação existente entre homem

x natureza, com necessidades em harmonizar os elementos do meio, devido

este fenômeno.

É comum culparmos elevados índices de chuvas que aumenta o nível

das águas do Rio Iguaçu, atingindo os ribeirinhos, não havendo reflexão sobre

a ocupação humana nas áreas próximas ao seu leito, desmatamento da mata

ciliar, ou do lixo jogado em seu leito e margens.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (Paraná 2008 p. 68)

entendem que a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e

políticos e nas relações que ela estabelece com a natureza para a produção do

espaço geográfico, ou seja, a sociedade produz um intercâmbio com a

natureza, de modo que a última se transforma em função dos interesses

econômicos da primeira. Ao mesmo tempo a natureza não deixa

completamente de influenciar a sociedade, que cria seus espaços, de acordo

com as relações políticas e as manifestações culturais.

Sobre a teoria e o ensino da Geografia, acrescenta-se que sua

relevância está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma

dimensão espacial, no qual o espaço é a materialização dos tempos da vida

social. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

alunos conhecimentos específicos da Geografia, com os quais ele possa ler e

interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das

temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagens. (PARANÁ,

2008).

Os movimentos da sociedade, atribuindo novas funções às formas geográficas, transformam a organização do espaço, criam novas situ ações de equilíbrio e ao mesmo tempo novos pontos de partida para um novo movimento. Por adquirirem uma vida, sempre renovada pelo movimento social, as formas - tornadas assim formas-conteúdo - podem participar de uma dialética com a própria sociedade e assim fazer parte da própria evolução do espaço. (SANTOS, 1996, p. 69).

Diante destas considerações, esta Unidade Didática, pretende

colaborar na transmissão dos conteúdos de Geografia em sala de aula para

que realmente ocorra a percepção e compreensão das transformações

ocorridas na sociedade, com vistas à atuação sobre a mesma.

O objetivo geral deste trabalho é desenvolver o censo crítico através da

percepção das transformações ocorridas no espaço urbano de vivência da

população em União da Vitória – PR – por meio de uso de imagens, com uma

turma do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Pedro Stelmachuk, em

União da Vitória – PR. Os objetivos específicos são: pesquisar registros de

imagens sobre a dispersão populacional em União da Vitória – PR,

principalmente as margens do Rio Iguaçu; estudar por meio de imagens as

transformações que ocorrem no espaço devido à ocorrência de enchentes;

analisar as mudanças ocorridas no espaço de vivência do aluno ao longo do

tempo; comparar e interpretar imagens de diferentes épocas para compreender

as transformações ocorridas na área urbana de União da Vitória – PR.

Primeiramente solicitar junto a equipe pedagógica, um espaço de

tempo durante a primeira semana pedagógica de 2014, para a divulgação

desta Unidade Didática, junto a equipe pedagógica, direção, professores e

funcionários para que todos tomem conhecimento das atividades que serão

realizadas, bem como solicitar a colaboração de todos quando necessário. A

divulgação será feita de forma oral com uso de recurso audiovisual,

explicitando os objetivos e as atividades que se pretende realizar durante a

implementação desta unidade.

Na primeira aula de Geografia da turma pré-selecionada para

aplicação, faz-se os devidos esclarecimentos da Unidade Didática que será

aplicada, com os objetivos e as ações que serão desenvolvidas, deixando clara

a importância da participação efetiva dos alunos, por meio das atividades que

serão solicitadas, para sentirem-se motivados pela busca do saber, bem como

perceber a importância da Geografia em seu cotidiano.

Primeiramente trabalham-se conceituações: (Paisagem, Lugar,

Natureza, Território e Sociedade, Enchentes, Cheias), e outros

conceitos necessários, para que ocorra o entendimento da

cumplicidade existente entre tais elementos e o Espaço Geográfico.

Na sequência observa-se e interpreta-se imagens por meio de fotos

impressas, jornais antigos, imagens da internet e outras fontes, do

município de União da Vitória – PR, de diferentes épocas,

Observações essas que se possam associar o nível das águas do

rio Iguaçu com o deslocamento e organização populacional.

Para melhor compreensão terá aulas de campo em pontos

estratégicos pré-selecionados como: Ponte do Arco, Morro do Cristo,

Avenida Bento Munhoz, para visualização da atual distribuição

espacial da área urbana do município.

Com a finalização da parte teórica, levantamentos de dados, aulas

de campo e os registros efetuados, faz-se uma exposição para toda

comunidade escolar, das produções realizadas, permitindo a todos o

conhecimento e a visualização concreta das atividades realizadas.

Nas primeiras aulas da implementação faz-se um resgate de conceitos

essenciais para que ocorra o entendimento das atividades propostas:

PAISAGEM: Partindo-se do pressuposto de que paisagem é tudo

aquilo que se aprende pelo olhar, ou que paisagem é tudo aquilo que

observamos até onde nossa vista alcança, tanto os elementos naturais como

os culturais.

Inicialmente faz-se uma dinâmica desenvolvendo os sentidos, onde:

Primeiro observará o entorno da escola;

Após a observação cada aluno irá representar em um sulfite

através de desenhos os elementos vistos, ouvidos e os odores

sentidos;

Na sequência os alunos farão uma breve explanação de seus

desenhos, o professor exporá a ideia de paisagem, mostrando que a

paisagem é dinâmica e não estática reconstruindo coletivamente

o conceito dado à paisagem.

LUGAR: Para que o aluno entenda o conceito de lugar, utiliza-se o

desenho da paisagem confeccionado por ele, ou que o mesmo escolha algum

outro lugar que goste, pedindo que expresse em palavras o que o lugar

representa para ele. Na lousa o professor irá relacionando as palavras-chaves

descritas pelos alunos, com o objetivo de uni-las para que ocorra a percepção

entre eles de que: o lugar para nós indivíduos vai além do espaço físico e, é,

fruto de construções e sentimentos de um elo afetivo, pois é nele que vivemos

e interagimos em nosso dia a dia. O conceito de lugar será construído

coletivamente.

NATUREZA e SOCIEDADE: Os conceitos de natureza e sociedade

será trabalhados a partir das ideias que os alunos irão relatando que possuem

sobre os mesmos. Também se fará na lousa a relação das palavras-chaves

descritas por eles. Se construirá um conceito para natureza e outro para

sociedade, fazendo-se um elo entre ambos, para que se perceba a relação

existente, bem como as transformações que ocorrem no espaço geográfico

devido ações naturais e culturais. Será analisadas imagens de diferentes

períodos (na TV pen drive, data show), de áreas próximas ao Colégio Pedro

Stelmachuck, dando enfoque aos conceitos elencados até aqui.

Exemplos:

COLÉGIO ESTADUAL PEDRO STELMACHUCK

Figura 01 – Fonte: acervo da família do Sr. Benjamim Franzener ( enchente de 1983).

RUA JOAQUIM LUIS FERNANDES COLÉGIO ESTADUAL PEDRO STELMACHUCK

Figura 02 - Fonte: Google Earth – acesso em 10/09/2013

COLÉGIO ESTADUAL PEDRO STELMACUCK

Figura 03 - Fonte: Google Earth- acesso em 02/09/2013

ANALISANDO E RESPONDENDO

01. Observadas as três imagens (figuras 01,02,03) percebe-se que todas

representam um mesmo local. De acordo com sua observação e o que

aprendemos até aqui, escreva:

O que essas imagens tem em comum?

Quais os elementos naturais e culturais representados?

É possível identificar períodos históricos diferentes e fatores naturais

que interferem na vida da sociedade? Quais? Justificar.

02. É possível perceber alguma relação dessas imagens com o desenho

que você fez no início da atividade?

03. Expresse em um breve comentário as relações que identificou.

Os conceitos de território, limite e fronteira, serão trabalhados

partindo da análise das observações feitas do entorno da localização do

Colégio, juntamente com as imagens apresentadas, para que compreendam os

processos históricos, físicos e humanos, que contribuem para as

transformações do espaço vivido.

Deve-se analisar imagens e mapas (bairro, município, estado, país,

continente), partindo do local para o global. A partir das observações sobre as

linhas que identificam os diferentes territórios, se fará uma discussão do que os

alunos entendem sobre território, limites e fronteiras, no qual o professor irá

explorar os diversos meios existentes para demarcar os limites existentes entre

os territórios (serras, rios, ruas, linhas imaginárias e outros). Juntamente com

as imagens, se fará o uso dos mapas do município, estado, país e continentes

de forma expositiva, e uso de atlas, para que os alunos percebam a inter-

relação entre os espaços existentes.

Exemplos:

COLÉGIO PEDRO STELMACUCH – BAIRRO CRISTO REI

Figura 04 - Fonte: Google earth – acesso em 03/09/2013

UNIÃO DA VITÓRIA

Figura 05 - Fonte: Google Earth: acesso em 03/09/2013

BRASIL NA AMÉRICA DO SUL

Figura 08 - Fonte: Google earth – acesso em 03/09/2012

Após observação e comparação das imagens e mapas apresentados

se iniciará um questionamento:

O que essas imagens representam?

A medida que os alunos vão colocando suas idéias o professor

conduzirá para que expressem o que entendem por limites e

fronteiras,construindo os conceitos juntamente com a turma.

Auxiliando-os para que entendam a diferença entre ambos.Depois

de construidos os conceitos de forma coletiva, o professor

apresentará os conceitos usados em bibliografias.

O que se entende por território?

Será uma indagação feita a turma após o entendimento de limites e

fronteiras. O professor deverá fazer com que percebam que território

não se restringe somente a áreas delimitadas por fronteiras , mas

sim um espaço socializado onde a sociedade vive, organizado-o de

acordo com os recursos naturais e e a culturais a qual se está

inserida, onde natureza e sociedade relacionam-se mutuamente.

Para um melhor entendimento será apresentadas fotos do município de

União da Vitória em diferentes períodos.

Exemplos:

PONTE MANOEL RIBAS – PARQUE AMBIENTAL

Figura - 09 – Fonte: https://www.google.com.br/ – acesso em 04/09/2013

PONTE MANOEL RIBAS – PARQUE AMBIENTAL

Figura 10 Fonte: https://www.google.com.br/ - acesso em 10/09/21013

PONTE MANOEL RIBAS – PARQUE AMBIENTAL

Figura – 11 – Fonte: Google earth – acesso em 03/09/2013

PARQUE AMBIENTAL

Figura 12 -Fonte: Google earht – acesso em 03/09/2013

Após a observação das imagens, caberá ao professor questionamentos:

Reflexão 1- Indivídual

Que elementos predominam em cada paisagem?

Quais características de cada imagem lhe chamou mais atenção?

É possível identificar os elementos invisíveis existentes nos lugares

mostrados? Como?

Qual elemento é mais marcante em cada uma das imagens? Natural

ou cultural? Justifique.

É possível identificar as mudanças ocorridas?

Reflexão 2- Em Dupla

Comparar as observações entre os colegas.

Existem diferenças entre as observações? Quais?

Apresentar para a turma, com interferência do professor quando

necessário.

Observação: Espera-se com essa atividade que os alunos percebam as

transformações ocorrridas em seu espaço de vivência devido a fatores culturais

e naturais, enfocando as enchentes que ocorrem no município de União de

Vitória – PR em função das cheias do Rio Iguaçu, para a partir daí se trabalhar

as enchentes e sua influência na transformação do espço urbano de União da

Vitória – Paraná.

A partir da conversação se começará uma discussão sobre o histórico

das enchentes em União da Vitória – PR, onde caberá ao professor esclarecer

a diferença entre cheias e enchentes, sempre buscando construir juntamente

com a turma a denominação conceitual na lousa.

Após se mostrará algumas imagens das enchentes que mais marcaram

a cidade de União da Vitória; no qual se fará uma análise coletiva, dos

aspcetos físicos e humanos que mais marcaram cada uma delas. E um

breve histórico das causas e consequências ocorridas devido a este

fenômeno.

Exemplos:

Figura 14 - Enchente na Cidade de União da Vitória, no ano de 1983 (TUCCI; BERTONI, 2003,

apud Rocha 2012).

Figura 15 -Enchente na Cidade de União da Vitória, no ano de 1992 (TUCCI; BERTONI, 2003,

apud Rocha 2012).

Nessa atividade também se abordará as características físicas do

rio Iguaçu e sua influência na sociedade união vitoriense.

RESPONDA:

01. Aponte os principais problemas sociais e econômicos promovidos por esse

fenômeno.

02.Quais as possíveis soluções para impedir que as enchentes ocorram?

03. Após análise e discussão das imagens, os alunos terão como tarefa buscar

registros através de fotos, com seus familiares ou outros, de diferentes

períodos do município de União da Vitória – PR. E trazer para as próximas

aulas.

Os fenômenos naturais, juntamente com as ações humanas

transformam constantemente o espaço geográfico, mudando e recriando

paisagens. Sendo o homem o principal transformador, buscando sempre

condições que lhe são “confortáveis” para sua sobrevivência.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (Paraná 2008 p. 30)

entendem que a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e

políticos e nas relações que ela estabelece com a natureza para a produção do

espaço geográfico, ou seja, a sociedade produz um intercâmbio com a

natureza, de modo que a última se transforma em função dos interesses

econômicos da primeira. Ao mesmo tempo a natureza não deixa

completamente de influenciar a sociedade, que cria seus espaços, de acordo

com as relações políticas e as manifestações culturais.

Analisando este contexto, se trabalhará com observações de

imagens através de fotos, jornais antigos, google earth, mapas e outras fontes

do município de União da Vitória – PR, de diferentes épocas do espaço urbano,

selecionadas pelo professor e, trazidas pelos alunos.

Segundo Rocha (2012), de 1936 a 1982, observou-se a ocorrência de

enchentes pequenas e médias, o que induziu a população a ocupar áreas das

planícies de inundação, como apresenta a mancha em vermelho na figura

abaixo, criando falsa segurança para a população, gerando um potencial de

risco de inundação.

Figura 16 - Carta topográfica da cidade de União da Vitória (IBGE, 1974, apud Rocha 2012)

Para melhor compreensão, também se analisará a imagem:

Figura 17 - Fonte: Google earth – acesso em 10/09/2013

AMPLIANDO AS OBSERVAÇÕES

Atividade realizada em pequenos grupos:

01. As imagens nos oferecem informações sobre o lugar observado. Descreva

o que existe em comum entre as imagens.

02. O rio Iguaçu é o elemento natural que mais se destaca nas imagens,

sabemos também que a organização territorial urbana de nosso município

aconteceu em seu entorno. Muitas vezes ocasionando transtornos a

população. Escreva situações em que isso ocorre.

03. Será que a ocupação populacional de União da Vitória, sempre esteve

organizada da forma como está hoje?

04. Quais as áreas de nosso município que mais sofreram ou sofrem

transformações quanto a ocupação populacional? Por que isso acontece?

05. Montar um painel com as imagens trazidas pelo grupo das mudanças

ocorridas na parte urbana de União da Vitória - PR, fazendo os

apontamentos para apresentar aos colegas.

Observação: O professor terá algumas imagens pré-selecionadas, para auxiliar

o desenvolvimento da atividade. Também irá apresentar em TV pen-drive

algumas imagens.

06. Através dos painéis montados, se identificará quais áreas mais

sofreram transformações, enfocando por que as mesmas aconteceram

bem como identificar os períodos em que ocorreram, buscando o porquê

de tais mudanças.

Aula de Campo: é através das aulas de campo que se entra em

contato com a realidade, procurando entender a interação dos elementos

existentes no espaço geográfico, sendo estes naturais ou transformados pela

dinâmica social. Razão pela qual se fará aula de campo em locais pré-

selecionados, próximos às margens do rio Iguaçu (Morro do Cristo, Parque

Ambiental e ao longo da Avenida Bento Munhoz), para visualização da atual

distribuição espacial da área urbana do município de União da Vitória – PR.

Tendo como objetivos:

A percepção da transformação do espaço urbano de União da Vitória –

PR.

Levar a compreensão de que aspectos naturais, políticos e humanos

estão vinculados na formação do espaço geográfico que caracterizam:

paisagem, lugar natureza, território e sociedade.

Mostrar que somos agentes transformadores de nosso espaço de

vivência.

Reforçar as teorias trabalhadas em sala de aula.

Discutir e analisar as transformações observadas in loco, com as

imagens utilizadas em sala de aula.

Os alunos:

Terão antecipadamente informações dos locais que serão visitados,

com os objetivos, e receberão uma autorização assinada pelos pais ou

responsáveis para se deslocarem do colégio com o ônibus que será

devidamente agendado pela professora responsável, até os pontos

selecionados.

Serão orientados a questionar, anotar, fotografar, situações que lhes

chamarem atenção, etc, para em sala de aula se realizar um debate dos

registros obtidos, fazendo um feedback com a teoria apresentada.

Para finalizar a unidade didática, se fará:

Exposição no Colégio Estadual Pedro Stelmachuck durante um dia para

toda comunidade escolar das atividades desenvolvidas.

Mesa redonda com os alunos em sala de aula, apontando os pontos

positivos e negativos de todas as atividades realizadas e a mudança de

postura e conhecimento em relação às transformações do espaço

geográfico em que vivemos.

AVALIAÇÃO:

A avaliação ocorrerá de forma contínua, com a participação efetiva de

todos através de suas opiniões, registros, construções de conhecimentos

conceituais, produções individuais e trabalhos coletivos, demonstrando seu

interesse durante todo o processo da aplicação da unidade didática.

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, C. O saber histórico na sala de aula. 10. ed. - São Paulo: Contexto, 2005. CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: Labur Edições, 2007. CAVALCANTI, A. P. B. Conferência da Terra “fórum internacional do meio ambiente”- realizada na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, de 21 a 24 de maio de 2008. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/18609270/990100200/name/> Texto. Acesso em 10/05/2013. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados históricos e censos demográficos 2010. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br> Acesso em: 06/05/2013. IPARDES, Instituto Paranaense de desenvolvimento Econômico e Social. Perfil dos municípios. Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, 2010. MOREIRA, S.A.G. O uso de imagens no estudo da categoria território em Geografia. Disponível em http://ong.portoweb.com.br/curicaca/default.php?p_secao=49&PHPSESSID=9a2ab1ee8a554d8c3c591c1d05f5e7c3 acesso em 04/08/13. MUSSOI, A. B. A fotografia como recurso didático para o ensino da geografia, 2008. Disponível em www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/785-2.pdf Acesso em: 14/04/2013. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes curriculares de geografia para educação básica. Curitiba: SEED, 2008. PONTUSCHKA, N.N.; PAGANELLI, Y.T; CACETE N.H. Para ensinar e aprender geografia.3ª ed – São Paulo: Ed. Cortez, 2009. ROCHA, P.S. M. Gestão em áreas de risco de enchentes: estudo de caso para União Da Vitória – Paraná. Dissertação de mestrado da UNIVERSIDADE POSITIVO, (132 páginas), Curitiba, PR, 2012. SANTOS, C. D dos. A formação e produção do espaço urbano: discussões preliminares acerca da importância das cidades médias para o crescimento da rede urbana brasileira. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional. V.5,p.177-190, jan-abril / 2009 – Taubaté, SP, Brasil. Disponível em http://www.rbgdr.net/012009/ensaio1.pdf. Acesso em: 08/05/2013. SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

________. Metamorfose do espaço habitado: fundamentos teórico e metodológico da geografia. São Paulo: Hucitec,1988.