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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · interior das escolas, devido às cobranças feitas pela sociedade, principalmente pelo Estado e pelos meios de comunicação, os

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

Ficha para Identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: As contribuições das teorias críticas como aporte para o ensino e a

aprendizagem na Escola Pública.

Autor: Terezinha de Jesus Nardi

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de

Implementação

doProjeto e sua

localização:

Colégio Estadual Floriano Peixoto - EFMP

Rua Paraná, nº 2777 - Centro

Laranjeiras do Sul/PR

[email protected]

Município da

escola: Laranjeiras do Sul

Núcleo Regional

de Educação: Laranjeiras do Sul

Professor

Orientador: Dr. Almir Paulo dos Santos

Instituição de

Ensino

Superior:

UNICENTRO

Relação

Interdisciplinar: ______________

Resumo:

Pelos estudos realizados, percebeu-se que as últimas décadas

foram marcadas pela discussãosobre como melhorar a

qualidade do ensino e o nível de aprendizagem dos alunos, pois

essas são preocupações que aumentam constantemente no

interior das escolas, devido às cobranças feitas pela sociedade,

principalmente pelo Estado e pelos meios de comunicação, os

quais avaliam o desempenho das instituições, tendo como

referência os resultados (geralmente insatisfatórios) obtidos no

INEP/SAEB. Assim sendo, verifica-se a importância de se criar

um espaço de reflexão, através de estudos e entre professores e

pedagogos, orientados por uma teoria de educação coerente

que contemple as características da escola estudada. Como

afirma Tafarel (2011, p.266) "a educação da classe trabalhadora

transcendem a escola". Nesse sentido, compreende-se que a

educação precisa e deve contribuir para formação de um sujeito

com consciência humana e histórica.

Com essa visão, é que o presente projeto, pretende desenvolver

um estudo sistemático sobre as políticas educacionais e as

concepções de ensino que permeiam o trabalho educativo.

Destacando-se osestudos na PedagogiaHistórico-Crítica de

Demerval Saviani e demais autores que comungam da mesma

matriz teórica.

Palavras-chave: Políticas Educacionais, Teorias de Aprendizagem,

PedagogiaHistórico-Crítica.

Formato do

Material

Didático:

Caderno Temático

Público: Professores. Pedagogos e Equipe Diretiva.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - PDE

UNIVERSIDADE DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ - UNICENTRO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO - PEDAGOGIA

AS CONTRIBUIÇÕES DAS TEORIAS CRÍTICAS COMO APORTE PARA O

ENSINO E A APRENDIZAGEM NA ESCOLA PÚBLICA

Professora PDE: Terezinha de Jesus Nardi

Professor Orientador: Dr. Almir Paulo dos Santos

GUARAPUVA

2014

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNICENTRO

UNIVERSIDADE DO CENTRO - OESTE DO PARANÁ

CADERNO TEMÁTICO

AS CONTRIBUIÇÕES DAS TEORIAS CRÍTICAS COMO APORTE PARA O

ENSINO E A APRENDIZAGEM NA ESCOLA PÚBLICA

1 APRESENTAÇÃO

O material Didático Pedagógico foi organizado de acordo com os requisitos

para Participação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, política

pública de formação continuada, ofertada aos professores da rede pela Secretaria

de Estado da Educação do Paraná.

A sua organização decorre do eixo de pesquisa: O papel do pedagogo na

escola – O trabalho como princípio educativo e da linha de pesquisa: As

contribuições das Teorias Crítica como aporte para o ensino e aprendizagem na

Escola Pública, proposta no Projeto de Intervenção na Escola.

Este material contempla estudos direcionados aos professores, pedagogos e

equipe da direção, sobre as teorias pedagógicas que dão base ao trabalho

pedagógico dos profissionais, contextualizando-as nas políticas educacionais.

A opção pela organização da Produção Didática em forma de Caderno

Pedagógico, deu-se pela possibilidade de inserção de atividades em torno de

questionamentos sobre o processo educativo, oportunizando aos participantes,

momentos de reflexão sobre elementos que estão presentes na realidade da escola

e de seus trabalhos, juntamente com a fundamentação teórica, possibilitando que o

grupo possa intervir na realidade estudada, conseguindo reconhecer e diferenciar os

problemas internos dos que são reflexos de problemas maiores, e externos a escola.

Com a Produção Didática - Pedagógica, sob o título "As contribuições das

Teorias Críticas como aporte para o ensino e aprendizagem na Escola Pública", com

isso, espera-se auxiliar na melhoria da qualidade do ensino, focalizando a criticidade

da comunidade escolar, como na aprendizagem do Colégio Estadual Floriano

Peixoto - EFMP, de Laranjeiras do Sul, fortalecendo, a práxis dos profissionais direta

ou indiretamente envolvidos no Projeto de Intervenção, a partir da leitura e reflexão

de bases teóricas sólidas.

O tema exposto pela Produção Didático-Pedagógica aborda a concepção do

materialismo histórico dialético, e torna-se relevante, por trazer contribuições para a

formação dos profissionais docentes, equipe pedagógica e direção. Nessa

perspectiva, provoca a reflexão sobre o processo educacional na atualidade, bem

como, as diversas formas e modelos implantados na escola pública brasileira, as

políticas educacionais e o papel do Estado neste contexto. Traz ainda para

discussão, as pedagogias de educação, seus fundamentos filosóficos e psicológicos

e sua relação com o projeto de nação desse período histórico e econômico. A

metodologia utilizada permite a contextualização da Pedagogia Histórico-Crítica-

Social, sendo a principal base teórica das Diretrizes Curriculares do Paranáe estas

consistem na orientação e organização do trabalho pedagógico nas escolas da rede.

Através dos estudos dos textos, busca-se oportunizardebates ereflexões a

respeito das influências dos organismos Internacionais na organização política

interna do país e principalmente nas políticas de educação. A partir destas reflexões,

acredita-se, ser possível compreender melhor a relação destas políticas com as

Tendências Pedagógicasao longo da história da educação no Brasil. O trabalho de

conscientização e formação dos envolvidos no Projeto de Intervenção será iniciado

pela análise dos resultados obtidos no questionário desenvolvido com professores,

pedagogos e direção a cerca dos conhecimentos existentes em relação às

pedagogias educacionais e classificação dos problemas internos e externos a

escola.

Este trabalho será desenvolvido em 32 horas, sendo 24 horas presenciais e

08 à distância, numa parceria com a UNICENTRO, que como projeto de Extensão

certificará os educadores.

Esperamos que com os estudos propostos por este Caderno Temático se

coloque novamente em discussão a PedagogiaHistórico-Crítica e as DCEs.

A organização do Caderno temático está organizada em quatro unidades,

assim definida: Unidade I – As influências das Políticas neoliberais nas políticas da

educação; Unidade II – As teorias Pedagógicas não críticas; Unidade III - Os

fundamentos do Histórico-Crítica e a Unidade IV – A Pedagogia Histórico-Crítica.

2UNIDADEI

As Políticas Educacionais e a influência das políticas neoliberais na

organização do trabalho pedagógico.

2.1 Objetivo

Refletir sobre as influências das políticas neoliberais relacionadas as

políticas da educação para as escolas públicas no país.

2.2 Fundamentação Teórica

Atualmente, trabalhar nas instituições escolares exige não apenasformação

especifica, mas também a compreensãodo contexto em que se dão as relações de

poder, entre os organismos internacionais e o Estado, de onde brotam as políticas e

os reflexos sobre a sociedade. A análise deste contexto proporciona localizar onde e

como se articulam estas as forças, e como se sobrepõe a soberania de uma nação

dependente, que subjugada economicamente passa a depender de países com

experiência histórica de poder capitalista.

Assim, a relação entre estes organismos e o Brasil, determinou uma série de

reformas, principalmente na década de 1990. No que tange a educação, os

documentos de organismos internacionais (UNESCO, CEPAL, UNICEF, e BANCO

MUNDIAL), versavam em torno de conceitos como produtividade, qualidade,

competitividade, eficiência e eficácia. Já no final da década os discursos ganham um

tom mais humanista, por meio do qual a política educacional ocuparia o lugar de

solução dos problemas humanos mais candentes e o discurso passa a enfatizar

conceitos como: justiça; equidade; coesão social; inclusão; oportunidade e

segurança. Nesse contexto, compreende-se, quecabe a educação, a solução para

diversos problemas como: violência, desemprego, miséria,exclusão social, as

agressões ao meio ambiente, etc.

Estudos mostraram que desde a Conferência Mundial de Educação para

Todos, realizada em Jomtien (Tailândia), em 1990, financiado pela UNESCO,

UNICEF, PNUD e Banco Mundial, onde governo de 155 países, incluindo o Brasil,

subscreveram a declaração ali aprovada, comprometendo-se a assegurar uma

educação básica de qualidade às crianças, jovens e adultos. No entanto, verifica-se

que fica cada vez mais claro queeducação para todos está difícil de acontecer.

Segundo Torres (apud 1999 SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2011, p.50)

algumas das estratégias acordadas na Conferência dentre outras:

Concentrar a atenção mais na aprendizagem e menos em aspectos formais como o número de anos de escolarização ou de certificados, assegurando que a crianças, jovens ou adultos pudessem efetivamente aprender, bem como utilizar sistemas de avaliação de resultados. Entre outros.

Pelas palavras acima, constata-se que é preciso fazer a análise dos

resultados das avaliações externas da educação (SAEB, SAEB, INEP, PISA, etc.)

com o olhar no movimento político que se estabelecia na década de 1990,

principalmente nos acordos resultantes da Conferência de Educação para Todos em

Jamtien, Tailândia, na Carta de Dakar, 2000 e os documentos de acordos da CEPAL

e os países da América Latina entre eles o Brasil.

De acordo com Zanardini (2011, p.101):

O que caracteriza a função social dos processos avaliativos em larga escala é a mera verificação com ênfase na cobrança e culpabilização dos envolvidos com as unidades escolares, sejam eles, de gestores, professores, funcionários, pais, alunos ou comunidade, em relação à qualidade e eficiência da educação escolar.

E, de acordo com Shiroma, Moraes e Evangelista (2011, p.80) referindo-se a

reforma Universitária, cabendo bem neste contexto:

Se os processos avaliativos são fundamentais para o bom funcionamento do sistema educacional com um todo, questiona-se, porém a forma autoritária e impositiva pela qual vem sendo implementado e sua eficácia quanto à melhoria e ao aperfeiçoamento das instituições.

Neste contexto, pode-se compreender quenum âmbito maior, na

superestrutura, as parcerias entre o Estado e os organismos internacionais

(UNESCO, CEPAL, UNICEF, e BANCO MUNDIAL), colocam a educação como a

solução para diversos problemas que atingem a humanidade, (violência,

desemprego, miséria, exclusão social, as agressões ao meio ambiente...), sem levar

em conta a atual conjuntura econômica e política, a que está imersa a sociedade, e

com ela todas as instituições de ensino.

Os autores são muito claros quando dizem:

Valorizar o ambiente de aprendizagem de crianças, jovens e adultos, responsabilizando cada sociedade pela garantia das condições materiais, físicas e emocionais essenciais para aprender, incluindo nutrição, atenção à saúde entre outros; fortalecer o consenso entre os vários interesses, reconhecendo a obrigação do Estado e das autoridades educacionais em proporcionar educação básica à população e a necessidade de envolver a sociedade: organismos governamentais e não governamentais, setor privado, comunidades locais, grupos religiosos, famílias. Destaca-se a urgente necessidade de melhorar a situação docente. (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2011,p.50)

Ao refletir sobre as palavras dos autores pode-se observar que as políticas

neoliberais das últimas décadas incumbiram à instituição escola e a comunidade, a

responsabilidade pela garantia da produção e da equidade. Porém, os

financiamentos não corresponderam e não correspondem ao leque de

responsabilidades a que os docentes passaram a assumir e que vão muito além da

sua formação. Logo, a não correspondência das expectativas, verificadas pelos

resultados das avaliações externas, culpam os professores e gestores escolares

pelos fracassos, sem cogitar a possibilidade de mexer na infraestrutura.

Autores como: Dermeval Saviani, Eneide Oto Shiroma, Maria Célia

Marcondes Moraes, Olinda Evangelista e João Batista Zanardini contribuíram

significativamente para que esta pesquisa se realizasse, servindo como suporte e

subsidiando a compreensão das articulações neoliberais presentes nas políticas

educacionais do nosso Estado. Cabeaqui salientar que, as discussões em torno das

Diretrizes Curriculares do Paraná construídas a partir da participação dos

profissionais do ensino, não foram mais propiciadas, e que há um empenho em

implementar as políticas de cunho assistencialista. No entanto, a forma como

sãocobradas estas implementações, entre outras ações, revela-se as características

de um Estado neoliberal, reservando-se ao papel de fiscalizador, cabendo à escola e

aos profissionais que nela atuam a inteira responsabilidade pelo fracasso escolar.

2.3 Encaminhamento Metodológico

Os trabalhos serão desenvolvidos com base em estudos que priorizem

reflexões para a introdução e abordagem do tema será feita uma mesa redonda com

a participação do Professor orientador da UNICENTRO, Doutor Almir Paulo dos

Santos, da professora Doutoranda Maria Josélia Zanlorenzi e da Orientanda,

Terezinha de Jesus Nardi. Na sequência serão organizados grupos de professores e

pedagogos que por dois encontros de 4 horas farãoleituras de alguns capítulos de

obras e artigos como Política Educacional de Eneide Oto Shiroma, Maria Célia

Marcondes de Moraes e Olinda Evangelista. Os capítulos: Cap. I – Reformas de

ensino, modernização administrada(p.16-44). Cap II – Os arautos da reforma e a

consolidação do consenso (p.45-72). A reforma como política educacional dos anos

de 1990 (p.73-115). Dos artigos: A reforma do estado e da educação no contexto da

ideologia da Pós - Modernidade de Isaura Mônica Zanardini. Perspectiva.

Florianópolis, v. 25, n.1, p.245-270, jan/jun, 2007 eO Estado Liberal e a política

Educacional Brasileira: Elementos para Amilton análise de Amilton Benedito e Isaura

Mônica Zanardini (p.7-24). Campus UNOESTE, Cascavel PR, Portal Dia a Dia

Educação – SEED/PR.

As leituras serão intercaladas, os grupos farão a leitura de textos diferentes e

apresentação aos outros participantes fazendo os contra-pontos com as políticas

atuais. Os participantes serão ouvidos, quanto à forma e encaminhamento dos

encontros, bem como o registro das produções dos grupos que poderão ser

organizadas através de slides e/ou relatórios.

Para concluir a Unidade I, será proposto o vídeo “Nós da Educação”. Com

Gaudêncio Frigotto, pela TV Paulo Freire, o qual propõe a compreensão sobre as

mudanças do final do século e início do Séc XXI, gravado no dia 12-03-2007.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRIGOTTO, Gaudêncio. VÍDEO: “Nós da Educação”! Políticas educacionais no final do século, com TV Paulo Freire. 12-03-2007. PELETTI, Amilton Benedito; ZANARDINI, Isaura Mônica. UNOESTE, Campus de Cascavel, PR. Dia a Dia Educação. Portal do SEED-PR. 2014. Ver. Eletrônica Pesquiseduca. Santos, v. 5, n. 9, p. 7-26, jan-jul,2013. SHIROMA, Eneide Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes; EVANGELISTA, Olinda.Política Educacional. RJ, 2011. ZANARDINI, Isaura Mônica. Perspectiva. Florianópolis, v. 25, n. 1, 245-270, jan/jun. 2011.

3 UNIDADE II

As teorias de educação e as tendências pedagógicas.

3.1 Objetivo

Contribuir para que os professores e pedagogos identifiquem na sua

prática pedagógica, as origens de suas opções por determinadas linhas

pedagógicas, no que se referem à teoria e a prática, através de estudos e

debates.

3.2 Fundamentação Teórica

Esta unidade propõe definir a importância da educação no contexto atual,

visando contribuir para o entendimento e análise das leituras posteriores. Para isso,

a contribuição deSaviani(2009, p.155)é de extrema importância, quando definea

educação como:

Um processo que se caracteriza por uma atividade mediadora no seio da prática social global. Tem-se, pois, como premissa básica que a educação está sempre referida a uma sociedade concreta, historicamente situada. (...) Como atividade mediadora, a educação se situa em face das demais manifestações sociais em termos de ação recíproca. A fim de determinar o tipo de ação exercida pela educação sobre diferentes setores da sociedade, bem como o tipo de ação que sofre das demais forças sociais é preciso, para cada sociedade, examinar as manifestações fundamentais e derivadas, as contradições principais e secundárias.

Nesse contexto entende-se que a prática escolar de boa parte dos

professores baseia-se em prescrições pedagógicas de senso comum, incorporadas

quando da sua passagem pela escola ou transmitidas aleatoriamente por pedagogos

e coordenadores pedagógicos. Entretanto, como diz Libânio(2009,p.19):

Essa prática contém pressupostos teóricos implícitos.(...) A prática escolar, assim, tem atrás de si condicionantes sóciopolíticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, consequentemente diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relação professor-aluno, técnicas pedagógicas, etc.

Logo, para melhor compreender essa concepção verifica-se que é necessário

fazer a retomada dos estudos das tendências pedagógicas no Brasil, a qual, após a

análise da conjuntura, passa a ser o foco principal de estudo neste projeto, a julgar

pela importância das teorias nas práticas pedagógicas dos educadores,pois, são

elas que dão mais clareza para os pontos de vistas históricos, do cotidiano e de suas

múltiplas relações. O saber teórico e as relações que se estabelecem com o saber

prático, nos levam a uma prática pedagógica consistente.

Assim sendo, segue-se a organização que Saviani (2003) estabelece, para

discorrermos sobre as teorias de educação e a forma como as mesmas se

entrelaçam na história política, econômica e social e a relação com a produção da

cultura humana.

Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (mundo da cultura).(SAVIANI, 2003, p.11)

As palavras remetem a visão de um homem como sujeito do processo

histórico, isso evidencia que neste momento histórico as influências da ideologia

neoliberal permeiam todos os discursos e o caminho de análise se dará neste

contexto. Entretanto,há que se compreender também que a justificação do sistema

capitalista se dá na forma de organização social baseada na propriedade privada,

com ênfase na defesa da liberdade e dos direitos e interesses individualistas na

sociedade e que, portanto, o objetivo á a manutenção do "status quo".

Entende-se, porém, que quando o professor ou profissional da educação não

tem claro sua proposta pedagógica, ele reproduz o sistema vigente neoliberal. Seus

interesses são pré-estabelecidos, devido a isso, o professor na função de docente,

dirigente ou de organizador do trabalho pedagógico, muitas vezes não percebe as

contradições presentes nosseus discursos e suas ações, e por isso tem que ter uma

postura teórica e pedagógica clara e fundada. Nesse contexto, de acordo com

Saviani (2012, p.3) classifica-seas teorias educacionais em dois grupos:

No primeiro, temos aquelas teorias que entendem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. No segundo, estão as teorias que entendem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização.

Com essa visão entende-se aqui, como marginalizados, as crianças com

idade escolar e que não tem acesso à escola, os que abandonam os que são

reprovados e os que saem dela com uma formação deficitária.

As teorias do primeiro grupo são constituídas por Saviani, como as Teorias

não Críticas. Neste Grupo aparecem a Pedagogia Tradicional, a Pedagogia Nova e a

Pedagogia Tecnicista. Para este grupo, a educação constitui-se uma força

homogeneizadora, deve promover a coesão, reforçar os laços sociais e superar a

marginalidade, cabendo-lhe o papel de conformação da sociedade, evitando sua

desagregação e garantindo a construção de uma sociedade igualitária. A educação

pode ser entendida como autônoma e descolada da realidade social. Conforme

Saviani(2012, p.4):

Como se vê, no que respeita às relaçõesentre educação e sociedade, concebe-se a educação como uma ampla margem de autonomia em face da sociedade. Tanto que lhe cabe o papel decisivo na conformação da sociedade evitando sua desagregação e, mais do que isso, garantindo uma construção de uma sociedade igualitária.

Como se pode perceber o papel da escola, mais propriamente do professor

pode fazer a diferença na vida do aluno, oportunizando-o vivenciar momentos

interativos que contribuirão para o exercício da cidadania econquista deautonomia

própria.

3.2.1 Pedagogia Tradicional

Estudos revelam que esta pedagogia era pautada pela centralidade da

instrução (formação intelectual) pensavam a escola como uma agência centrada no

professor, cuja tarefa é transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade

segundo uma gradação lógica, cabendo aos alunos assimilar os

conteúdostransmitidos. Nesse contexto a prática era determinada pela teoria que a

moldava fornecendo-lhe tanto o conteúdo como a forma de transmissão pelo

professor, com a conseqüente assimilação pelo aluno. Essa tendência atinge seu

ponto mais avançado na segunda metade do século XIX com o método de ensino

intuitivo centrado nas lições de coisas.

A Pedagogia Tradicional que predominou de 1759, no Brasil, até por volta de

1930, monopólio da igreja Católica, tinha como missão, converter o súditos em

cidadãos. Um antídoto à ignorância e para livrá-los do pecado da marginalidade. A

educação era voltada às elites, seu papel é difundir a instrução, transmitir os

conhecimentos acumulados pela sociedade e sistematizados logicamente. Centrada

na figura do professor que transmite o acervo cultural aos alunos através de um

método expositivo, com exercício de memorização sem reflexão ou

contextualização. Cabendo ao aluno assimilar os conhecimentos que lhes eram

transmitidos.

Com base na psicologia inatista, o homem trazia consigo as qualidades

básicas prontas já ao nascer. A concepção humanista tradicional centra-se no

intelecto e o homem é constituído de uma essência imutável, cabendo a escola

realizar a preparação intelectual e moral do indivíduo para assumir seu papel na

sociedade. (...) "Ofertar o mesmo caminho para todos, privilegiando, assim, as

camadas mais favorecidas". (APP SINDICATO/PR,2011, p.19)

Cabe salientar que este modelo de educação escolar não conseguiu garantir

o acesso de todos à escola. Segundo Saviani (2009, p.6) "mesmo os que

ingressavam nem sempre eram bem-sucedidos, ainda teve de curvar-se ante o fato

de que nem todos eram bem-sucedidos ou se ajustavam ao tipo de sociedade que

se queria consolidar". As críticas a essa tendência no final do século XIX, deram

origem a outra teoria da educação, chamada Pedagogia Nova.

3.2.2 Pedagogia Nova

Com manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, sinaliza-se a

ruptura com as ideias da Escola Tradicional. A Escola Nova, ou escolanovismo,

nasce como uma nova tendência e busca distanciar-se do modelo tradicional,

inteiramente autoritário, promotora de mais desigualdades sociais. Impetrou uma

nova maneira de interpretar a educação, fortemente psicologizada. O marginalizado

deixa de ser propriamente o ignorante, mas o rejeitado. As crianças portadoras de

deficiências neurofisiológicas ganham espaço de preocupação e a pedagogia ganha

importantes adeptos como Decroly e Montessori. Com isso, a considerada grande

descoberta, o da individualidade de cada ser humano. "Eis a grande descoberta: os

homens são essencialmente diferentes; não se repetem; cada indivíduo é único".

(SAVIANI, 2009, p.7)

Para Pedagogia Nova, os problemas sociais pertencem à sociedade, ênfase

na cultura, não às diferenças de classes. Aprender era uma atividade individual de

descoberta e uma construção subjetiva. Valoriza-se a auto-aprendizagem (aprender

a aprender). O aluno era tido como o centro do ensino e o professor é um mero

facilitador da aprendizagem. O que prevalecia eraa Valorização do aspecto

psicológico (testes de inteligência e de personalidade)do sentimento e da

subjetividade.

Nesta pedagogia, nota-se a presença deuma forte biopsicologização também

da sociedade, como já foi dito, da educação e da escola. Fundamentalmente

interacionista e construtivista, têm na psicologia do desenvolvimento de Jean Piaget

sua base. Com enfoque nos processos cognitivos da criança e do homem. Estes

constroem conhecimentos na vida toda e na interação homem-meio.

Segundo Saviani(2012, p.8-9):

Compreende-se, então, que essa maneira de entender a educação, por referência à pedagogia tradicional, tenha deslocado do intelecto para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do diretivismo para o não diretivismo; da quantidade para a qualidade; uma pedagogia de inspiração filosófica centrada na ciência da lógica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da biologia e da psicologia. Em suma, trata-se de uma teoria pedagógica que considera que o importante não é aprender, mas aprender a aprender.

Deste modo, diferentemente da Escola Tradicional, em que era uma classe

por professor, na Escola Nova, o agrupamento de alunos era feito por áreas de

interesse. Colocava-se os alunos em contato com grandes textos que deveriam ser

assimilados pela imitação. O professor agiria como estimulador e incentivador

mediados por materiais ricos e bibliotecas na classe. A aprendizagem decorreria

desse ambiente estimulador, espontâneo e da interação entre os alunos, os

materiais e o professor.

No entanto, e, mais uma vez, a Escola Nova também não conseguiu se

implementar nos sistemas de ensino como se esperava. Tendo como motivo,

principal, o alto custo em relação a escola tradicional. Sua organização ficou limitada

as escolas experimentais, muito bem equipadas e restritas a pequenos grupos

elitizados. Porém, o ideário da escolanovista, não deixou de influenciar educadores

das redes oficiais e como consequência negativa, houve o afrouxamento da

disciplina e a despreocupação com a transmissão de conhecimento. Situação muito

presente nas nossas escolas atualmente. Como afirma Saviani (2012, p.10):

[...] acabou, a absorção do escolanovismo pelos professores por baixar o nível do ensino destinado às camadas populares, as quais muito frequentemente têm na escola o único meio de acesso ao conhecimento elaborado. Em contrapartida, a "Escola Nova" aprimorou a qualidade do ensino destinado às elites.

Infelizmente, mais uma tentativa de mudança fracassou, permitindo qualidade

de ensino não aos pobres, mas sim a elite, tida como detentora do saber.

3.2.3 Pedagogia Tecnicista

A Pedagogia tecnicista nasce da ineficiência do escolanovismo na solução

dos problemas da marginalidade. Havendo também a preocupação com os métodos

pedagógicos escolanovistas, e com eficiência instrumental, sem perder o que

julgava-se conquista, se articula uma nova teoria educacional inspirada na "teoria do

capital humano" dando origem a Pedagogia Tecnicista.

No Brasil, com o advento do regime Militar e com um modelo econômico

associado-dependente, seguindo religiosamente o modelo organizacional das

empresas estrangeiras que aqui se instalaram, principalmente as americanas, há

uma ampla reforma no ensino superior, primário e médio garantidos pelas Leis:

5.540/68 e 5.692/71. A necessidade de mão de obra nas empresas, clama por uma

educação planejada de forma racional, eficaz e capaz de controlar as interferências

subjetivas que possam atrapalhar os resultados. Como o modelo empresarial o

processo educativo deve ser objetivo e operacional.

A partir do pressuposto da neutralidade científica e inspirada no princípio da racionalidade, eficiência e produtividade, essa pedagogia advoga a reordenação do processo educativo de maneira torná-lo objetivo e operacional. (SAVIANI, 2012, p.11)

Com a estrutura organizacional das empresas no campo educacional, essa

concepção de ensino deixa claros os princípios da racionalidade e da produtividade

e a busca de máximo resultado com o mínimo de desperdício. Para isso, o

planejamento passa ser o centro, e não mais o professor como na Pedagogia

Tradicional, e nem o aluno da Pedagogia Nova.

Na Pedagogia Tecnicista, o elemento principal passa ser a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição secundária, relegados que são à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais. (SAVIANI, 2012, p.13)

Assim,para o tecnicismo o marginalizado não é mais o ignorante, o rejeitado e

sim o incompetente, o ineficiente e o improdutivo e o que "constitui-se uma ameaça

para a estabilidade do sistema". (SAVIANI, 2012, p.13)

Logo, constata-se que do ponto de vista pedagógico, para pedagogia

tecnicista o importante é aprender a fazer. Portanto, cabe a educação contribuir para

a superação da marginalidade e assim estará contribuído para a ordem social. Ao

tentar fazer de forma direta a transposição do modelo empresarial para o sistema

educacional, a Pedagogia Tecnicista aumentou mais a situação caótica em que a

educação já se encontrava, aumentando significativamente o problema da

marginalidade com altos índices de repetência e evasão, esvaziando-se de

conteúdo, burocratizando o processo com inúmeros formulários, desconsiderando a

heranças arraigadas da pedagogia tradicional e da escola nova, perdendo sua

especificidade. Como diz Saviani (2012, p.14):

Na verdade, a pedagogia tecnicista, ao ensaiar transpor para a escola a forma de funcionamento do sistema febril, perdeu de vista a especificidade da educação, ignorando que entre a escola e o processo produtivo se dá de modo indireto e por meio de complexas mediações.

Como se pode verificar o próprio nome, pedagogia tecnicista se relaciona a

técnicas de ensino e nãomediação, acredita-se ser este o motivo de seu fracasso.

3.2.4 Pedagogias Crítico-Reprodutivista

No segundo grupo das pedagogias não críticas, surgiram no Brasil na década

de 70, as quais Saviani (2007) denomina de Teorias crítico-reprodutivistas. Segundo

ele, são críticas por alertarem não ser possível analisar a educação senão por seus

condicionantes sociais, isto é, há uma estreita relação de dependência da educação

para com a sociedade. Como reprodutora da sociedade, portanto, reproduz a

sociedade de classes e reforça o modo de produção capitalista. Estas teorias, não

se constituem em uma pedagogia por não apresentarem uma proposta pedagógica,

pois o caráter reprodutivista da escola impede que ela seja diferente.

[...] trata-se de uma tendência crítica porque as teorias que as integram postulam não ser possível compreender a educação senão a partir de seus condicionantes sociais. Empenham-se, pois, em explicar a problemática educacional remetendo-se sempre a seus determinantes objetivos, isto é, à estrutura socioeconômica que condiciona a forma de manifestação do fenômeno educativo. Mas reprodutivista porque suas análises chegam invariavelmente à conclusão que a função básica da educação é reproduzir as condições sociais vigentes. (SAVIANI, 2007, p.391)

As teorias que tiveram maior repercussão e que alcançaram um maior nível

de elaboração são as seguintes: "teoria do sistema de ensino como violência

simbólica;teoria da escola como aparelho ideológico do estado e teoria da escola

dualista". (SAVIANI, 2012, p.16)

Saviani (2012) faz sua análise a partir da obra de Baudieu e Passeron, como

referência teórica para fazer sua análise:

Os autores tomam como ponto de partida que toda e qualquer sociedade se estrutura como um sistema de relações de força material entre grupos ou classes. Sobre a base da força material e sob a determinação, erige-se um sistema de força simbólica cujo papel é reforçar, por dissimulação, as relações de força material. (SAVIANI, 2012, p.17-18)

É importante analisar essa violência a partir da concepção de uma sociedade

capitalista, dividida em classes antagônicas. Essa luta se trava nas relações de

produção, entre burguesia e proletariado numa relação de exploração da primeira

para com a segunda. Então, verifica-se que violência Simbólica, constitui-se no

controle feito por aqueles que detêm a força material, aqui representada pela

burguesia que estabelecem como verdades únicas àquilo que é de seu interesse.

Para isso lança mão dos meios de comunicação em massa, pregação religiosa,

atividades artísticas e literárias, moda e propaganda e a educação familiar.

A educação tem a função de reprodução cultural e pela reprodução das

desigualdades. Portanto, a superação da marginalidade não é possível, visto que a

educação é um dos instrumentos de marginalização.

Para Saviani (2012, p.21)"A luz da teoria da violência simbólica, a classe

dominante exerce um poder de tal modo absoluto que se torna inviável qualquer

reação por parte da classe dominada. A luta de classes resulta, pois, impossível".

Na teoria da escola como Aparelho Ideológico do Estado, esta materializa os

interesses da classe dominante,assim como a igreja, os meios de comunicação, os

partidos políticos, os sindicatos, a família, etc.., a escola é um dos mais profícuos

aparelho ideológico do estado.

"Como Aparelho Ideológico do Estado, dominante, vale dizer que a

escolaconstitui o instrumento mais acabado de reprodução das relações de

produção do tipo capitalista". (SAVIANI, 2012, p.22)

A escola trabalha para impetrá-la na cabeça do indivíduo de todas as classes,

desde a mais tenra idade e por muitos anos, as ideias dominantes em forma de

saber, que nada mais é do que a reprodução das relações de produção capitalista. A

escola é responsável pela reprodução da força de trabalho e pela inculcação da

ideologia. Nesta linha teórica, marginalizada é toda a classe trabalhadora.

Para a Teoria da Escola Dualista, a tese é que a escola está dividida em duas

grandes redes, as quais correspondem da sociedade capitalista em duas classes

fundamentais, a burguesia e o proletariado. "-Rede PP (primário profissional) -

destinada aos trabalhadores e -Rede SS(Secundário Superior) destinada à

burguesia; A escola é um aparelho ideológico da burguesia e está a serviço dos seus

interesses". (APP SINDICATO/PR, 2011, p.23)

Segundo Saviani (2012) nesta teoria é retomado o conceito de Altusser,

aescola comoaparelho ideológico do estado,cumpre duas funções básicas: contribui

para a formação da força de trabalho e para inculcação da ideologia burguesa.

"Cumpre assinalar, porém que não se trata de duas funções separadas. Pelo

mecanismo das práticas escolares, a formação das forças de trabalho dá-se no

próprio processo de inculcação da ideológica". (SAVIANI, 2012, p.26)

Como se pode constatar, esta teoria admite a ideologia do proletariado que

acontece fora da escola, nas massas operárias e suas organizações. A escola

também tem a missão de impedir o desenvolvimento da ideologia do proletário e a

luta revolucionária. Organizada pela burguesia ela trata diferentemente o trabalho

intelectual e o trabalho manual. Valorizando o trabalho intelectual e desqualificando o

manual, sujeitando o proletariado a ideologia burguesa sob um disfarce do pequeno-

burguês.

Pelas abordagens acima compreende-se que estas teorias exerceram forte

influência na América Latina e ainda é forte presença no discurso dos educadores,

mas como já foi dito, não se constituem em pedagogia elas limitam-se em explicar o

funcionamento da escola tal como ela é, ou parece ser.

3.2.5 Teorias Críticas

Pesquisas mostram que no segundo grupo, aparecem as teorias críticas, que

procuram entender o homem a partir das relações que este estabelece com o mundo

material, Isto é, o mundo do trabalho. Empenham-se, pois, em mostrar a lógica,

social e histórica da escola existente na sociedade capitalista. Para Saviani (2012,

p.4):

Nesse quadro, a marginalidade é entendida como um fenômeno inerente à própria estrutura da sociedade. Isso porque o grupo ou classe que detém maior força se converte em dominante se apropriando dos resultados da produção social, tendendo, em consequência, a relegar os demais à condição de marginalizado.

Aqui, percebe-se que dentro das teorias progressistas temos, consideradas

por Saviani (2012), como pedagogias críticas Libertária, Libertadora e a Pedagogia

Histórico-Crítica. Como escolas progressistas estão condicionadas as questões da

realidade social, política e cultural, compreendendo a realidade histórico-social e

papel do sujeito que constrói lutar pela transformação dessa mesma realidade.

Na pedagogia libertária o papel da escola é propor mecanismos para que

desenvolva no aluno a transformação da sua personalidade no sentido libertário e

auto gestionário. O professor e alunos são livres em relação ao outro e desenvolvem

com base na participação grupal, mecanismos institucionais de mudança

(assembléias, conselhos, eleições, reuniões, associações etc.), de tal forma que o

aluno, uma vez atuando nas instituições "externas", leve para lá tudo o que

aprendeu.

Sua modalidade também conhecida como, "pedagogia institucional", pretende

ser uma forma de resistência contra a burocracia. Rejeita toda a forma de governo e

o caminho da liberdade é a própria liberdade.

A pedagogia libertadora tem seus representantes os brasileiros Paulo Freire e

Moacir Gadotti. Também conhecida como concepção humanista moderna.

Formulada por Paulo Freire, a pedagogia humanista tem grande influência sobre os

planejamentos de ensino das escolas por todo o Brasil.

Para Paulo Freire, a maior preocupação era como a educação centrada nas

elites, e como eram tratados os oriundos das classes empobrecidas.

O poder, que controla politicamente a ordem social que o sustenta, também determina ideologicamente o saber, o pensamento, valores, os símbolos com que se apresenta como legítimo. Ele cria e recria os instrumentos e artifícios para que as pessoas oprimidas por ele pensem como ele, pensando que pensam por si própria. (BRANDÃO, 1981, p.105)

Nessecontexto, a pedagogia libertadora a função da escola é a formação da

consciência política do aluno para atuar e transformar a realidade. Através da

problematização da realidade, das relações sociais do homem com a natureza e do

homem com os outros homens visando à transformação social.

"Educador e educandos são sujeitos do ato do conhecimento. Metodologias

se fazem e refazem na práxis". (APP SINDICATO/PR, 2012, p.27).

3.3Encaminhamento Metodológico

Para estudo deste tema, serão organizados dois encontros de quatro horas,

visando análise e reflexão das pedagogias não críticas e das criticas reprodutivistas,

sendo realizadas leituras dos textos organizados (em dois grupos) para que ambos

apresentem suas sínteses. Complementar as leituras se fará uso de vídeos

relacionados. Será respeitada a forma de organização e de apresentação de cada

grupo. Após a leitura as sínteses produzidas por cada grupo serão oportunizadas

momentos de socialização.

Materiaisestudados:

Livro: Escola e democracia. Educação e o problema da marginalidade(p.3-

34); Escola e Democracia I - A teoria da curvatura da vara (p.35-58); Escola e

Democracia II – Para além da curvatura da vara (p.59-90). Dermeval Saviani, 2012.

Vídeos:

1759-1932 – As histórias das idéias pedagógicas no Brasil. Demerval Saviani.

https://www.youtube.com/watch?v=k1fEaBza0Oo.

1932-1969 – Predomínios da Pedagogia Nova. Demerval Saviani.

https://www.youtube.com/watch?v=k1fEaBza0Oo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APP SINDICATO/PR - UFPR. CADERNO 1 - Programa de Formação Político-Sindical e Educacional. As concepções teóricas, ideológicas e pedagógicas da sociedade e da escola e seus impactos na gestão do estado. Curitiba: World Laser, 2011. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Método Paulo Freire. 11. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. LIBÂNIO, José Carlos. Democratização da Escola Pública, a Pedagogia crítico-social dos conteúdos. 23. ed. SP: Edições Loyola, 2009. SAVIANI, Dermeval.Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações. 8. ed. Campinas SP: Autores Associados, 2003. SAVIANI, D. História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007a. SAVIANI, Dermeval. Educação do senso comum à consciência filosófica.Campinas, SP: Autores Associados, 2009. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 42. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012. SAVIANI, Dermeval. Vídeo: 1759 – 1932 – As histórias das idéias pedagógicas no Brasil.Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=k1fEaBza0Oo>. Acesso em: 10 dez. 2014. SAVIANI, Dermeval. Vídeo: 1932- 1969 – Predomínios da Pedagogia Nova. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=k1fEaBza0Oo>. Acesso em: 10 dez. 2014.

4 UNIDADE III

As raízes da Pedagogia Histórico-Crítica.

4.1 Objetivo

Contextualizar a Pedagogia Histórico-Crítica relacionando-a ao atual contexto

educacional.

4.2 Fundamentação Teórica

Ao compreender que a organização da economia do país das últimas décadas

tem estreita ligação com as políticas educacionais do nosso país, nesta unidade far-

se-àuma reflexão sobre o momento histórico em que começam a aparecer os

ideários de uma educação socialista, assim como, as ideias de uma pedagogia

voltada à classe trabalhadora passam a ser concebidas.

No Brasil, a educação passou pela influência das mais diversas teorias

pedagógicas, entre elas a denominada por Saviani como “não-críticas".

As décadas de 1980 e 1990 foram marcantes para a sociedade brasileira que

saiu da euforia para a desilusão. Após o movimento pelas “Diretas Já”, o sonho de

participar da construção de uma sociedade mais justa e igualitária era o objetivode

muitos brasileiros. No entanto o que se viu, foi à abertura para a entrada e o domínio

do capitalismo externo.

Nesse período, e mesmo anteriores a ele, muitas ideias estavam sendo

gestadas, principalmente, no campo educacional e nascia uma nova teoria,

justamente para contrapor aos ideais neoliberais e a cultura escolar existente. A

PedagogiaHistórico-Crítica que foi apresentada porSaviani em 1979.

O que diferenciava esta pedagogia das demais, era a visão crítica e o método

dialético que aplicava para análise da organização da sociedade e a função da

educação neste contexto. Como afirma Saviani (2003, p.13):

(...) faz-se necessário retomar o discurso crítico que se empenha em explicar as relações entre a educação e seus condicionamentos sociais, evidenciando a determinação recíproca entre a prática social e a prática educativa, entendida, ela própria, como uma modalidade específica da

prática social. E é, sem dúvida, a marca definitiva da PedagogiaHistórico-Crítica.

Como se pode verificar o que faz dela uma pedagogia revolucionária é

justamente a forma como ela concebe a sociedade. A criticidade e a historicidade, a

materialidade e a concreticidade das relações estabelecidas no bojo da sociedade

capitalista é que está o princípio da contraditoriedade. Tendo como fundamento as

concepções do Método Dialético de Elaboração do Conhecimento, baseado em

Marx e na Teoria Histórico-Cultural elaborada por Vigotski o que dá credibilidade ao

seu caráter revolucionário.

O método caracteriza-se pelo movimento do pensamento através da

materialidade histórica da vida dos homens em sociedade. Consiste em analisar o

caráter material da organização dos homens em sociedade para produção e a

reprodução da vida, e o caráter histórico sobre a organização que os homens

constroem através da sua história.

Nesta lógica, o princípio básico é a contradição. Isto é, para pensar a

realidade é necessário aceitar que ela possui duas faces.

Como bem se expressa Saviani (2012, p.2):

Nesse sentido, mais do que nunca a educação torna-se um campo estratégico importantíssimo. (...) apoiada na análise de uma contradição, que marca a história da educação escolar na sociedade capitalista, trata-se da contradição entre a especificidade do trabalho educativo na escola – que consiste na socialização do conhecimento em suas formas mais desenvolvidas – e o fato de que o conhecimento é parte constitutiva dos meios de produção que, nesta sociedade, são propriedade do capital e, portanto, não podem ser socializadas.

Com essa concepção a escola retoma sua importância, o educando passa a

ser sujeito de sua aprendizagem, fazendo parte da história, ele é responsável pela

transformação da sociedade.

4.3 Encaminhamento Metodológico

Para compreensão deste tema, faremos a leitura dos textos:

Livro: Marxismo e Educação- Debates contemporâneos.2008.Texto 1 –

Marxismo, Crise do capitalismo Monopolista e Qualificação dos

Trabalhadores(p.182-189);Texto 2 – Educação socialista, PedagogiaHistórico-Crítica

e os desafios da sociedade de classe (p.225-273).

Para leitura serão organizados dois grupos, onde ambos lerão os dois textos,

intercalados com debates.

Para a conclusão dos trabalhos desta unidade será proposto um vídeo de

Diálogo sem fronteira. Os desafios da educação no Brasil atual - centro de estudos

avançado da Unicamp, por Freitas.https://www.youtube.com/watch?v=h-6gbijBIvc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, Luiz Carlos de. Vídeo: Diálogo sem fronteira - Os desafios da educação no Brasil atual. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=h-6gbijBIvc>. Acesso em: 12 dez. 2014. LOMBARDI, José Claudinei, SAVIANI, Dermeval (orgs). Marxismo e educação: debates contemporâneos. 2. ed. Campinas SP: Autores Associados:HISTEBR,2008. LUCENA, Carlos; LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI,Dermeval.Marxismo e Educação- Debates contemporâneos. Autores associados. p.182-189, 2008. SAVIANI, Dermeval.Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações. 8. ed. Campinas SP: Autores Associados, 2003. SAVIANI, Dermeval;LOMBARDI, José Claudinei.Marxismo e Educação- Debates contemporâneos. Autores associados,p.225-273, 2008. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 42. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.

5 UNIDADE IV

APedagogiaHistórico-Crítica.

5.1 Objetivo

Ampliar o conhecimento de pedagogos e professores do Colégio Estadual

Floriano Peixoto, com base na materialidade da ação pedagógica e os desafios da

PedagogiaHistórico-Crítica.

5.2 Fundamentação Teórica

Nesta unidade compreendeu-se que Pedagogia Histórico-Crítica emerge em

1979, como uma proposta contra-hegemônica e como reação as pedagogias não

críticas e as pedagogias crítico-reprodutivistas. Seu principal mentor e representante

é Demerval Saviani.

Pelos estudos realizados, verificou-se que o sentido básico da expressão

Pedagogia Histórico-Crítica, diz respeito à articulação de uma proposta pedagógica

que tem o compromisso, não apenas de manter a sociedade, mas de transformá-la a

partir da compreensão dos condicionantes sociais. É assim chamada, porque busca

analisar e compreender a educação a partir do desenvolvimento histórico-objetivo,

ancorado no materialismo histórico. Isto é, entende a possibilidade de compreender

a educação no presente como resultado do processo de transformação histórica,

compreendendo a realidade nas suas raízes históricas.

Nesse sentido, A prática social se põe, portanto, como o ponto de partida e o

ponto de chegada da prática educativa. A escola é, pois, a socializadora dos

conhecimentos e saberes universais.

[...] o saber que diretamente interessa à educação é aquele que emerge como resultado do processo de aprendizagem, com resultado do trabalho educativo. Entretanto, para chegar a esse resultado a educação tem que partir, tem que tomar como referência, como matéria prima de sua atividade, o saber objetivo produzido historicamente. (SAVIANI,2003, p.7)

Segundo Saviani (2003) a educação se constitui como um trabalho de

produção não material, mas de uma produção espiritual, pois o produto não se

separa do ato de produção e é através dele que se apreende o mundo.

Na afirmação abaixo se resume toda a reflexão que envolve a Pedagogia

Histórico-Crítica.

A natureza não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens.(SAVIANI, 2003, p.7)

Arroyo (2008, p.139) reforça a posição de Saviani, dizendo, "se tomamos

como objeto de nossas pesquisas as relações entre trabalho e educação,

assumimos o trabalho como princípio educativo e a centralidade do trabalho humano

como constituinte da condição humana[...]".

As palavras acima remetem a ideia de que a humanidade é conquistada

através da apreensão dos saberes que a constitui humana. Saberes e

conhecimentos, que, Saviani (2003) se refere, são tidos como: conhecimento

sensível, intuitivo, afetivo, intelectual, lógico, racional, artístico, axiológico, religioso,

prático, teórico e sem os quais é impossível alcançar a humanidade.

Do ponto de vista da educação, estes saberes não interessam a si mesmos; eles interessam, sim, mas enquanto elementos que os indivíduos da espécie humana necessitam assimilar para se tornarem humanos. Isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que implica trabalho educativo.(SAVIANI, 2003, p.7)

O saber se constitui no objeto específico do trabalho escolar e nisso implica:

a) Identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação. b) Conversão do saber objetivo em saber escolar, de modo que se torne assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares. c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. (SAVIANI.2003, p.9)

Ao que vemos, o processo histórico é o processo que se manifesta em toda a

produção cultural do homem, e os estudos das tendências pedagógicas permite

acompanhar a evolução do processo educativo destacando acentuadamente o papel

do professor, do aluno, da educação e da sociedade. Assim sendo, esses elementos

são necessários na medida em que oferecem apoio teórico-reflexivo para que se

possa encontrar bases ideológicas e metodológicas para a atual ou futura prática

pedagógica.

5.3 Encaminhamento Metodológico

Para aprofundarmos o conhecimento e a reflexão a cerca da Pedagogia

Histórico-Crítica, será tomado como base de leitura o livro “Pedagogia Histórico -

Crítica – Primeiras aproximações de Dermeval Saviani. As leituras serão do Capítulo

I - “Sobre a natureza e a Especificidade da Educação” (p.12-22); Capítulo II -

“Competência Político e compromisso Técnico”;Capítulo III - “A Pedagogia Histórico-

Crítica no Quadro das Tendências Crítica da educação Brasileira” (p.65-85); Texto 4:

A Pedagogia Histórico-Crítica e a Educação Escolar.

A conclusão dos trabalhos será permeada de discussões e reflexões sobre os

estudos e leituras realizadas em cada encontro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARROYO, Miguel Gonzalez. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000. SAVIANI, Dermeval.Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações. 8. ed. Campinas SP: Autores Associados, 2003.

Anexo I ENCONTROS TEMAS

ESTUDADOS

MATERIAL DE APOIO REFERÊNCIA

BIBLIOGRÁFICA

CARGA

HORÁRIA

Unidade I Estudos das

Políticas

Educacionais

Texto1: Cap.I: Reformas de

Ensino, Modernização

Administrativa.

Cap. II :Os arautos da

reforma e a consolidação do

consenso:1990.

Texto 2:A reforma do Estado e da

educação no contexto da ideologia

da Pós- Modernidade

Texto 3: O Estado Liberal e a

política Educacional Brasileira :

Elementos para Análise.

Vídeo:1759-1932 Demerval

Saviani (A história das idéias

pedagógicas no Brasil).

SHIROM A, Eneide

Oto. MORAES, Maria

Célia Marcondes,

EVANGELISTA,

Olinda.

ZANARDINI. Isaura

Mônica –

Perspectiva,

Florianópolis, v. 25, n.

1, 245-270, jan/jun.

2007.

PELETTI. Amilton

Benedito.

ZANARDINI. Isaura

Mônica - UNOESTE,

Campus de

Cascavel, PR. Dia a

Dia Educação –

Portal do SEED- PR

https://www.youtube.c

om/watch?v=LL_W-

F1t2A8

08 horas

Unidade II Teorias de

Educação

Texto 1: As teorias de educação e

o problema da Marginalidade.

Texto 2: As teorias da educação e

o problema da marginalidade,

SAVIANI, Dermeval –

Escola e

Democracia. 2012

SAVIANI, Dermeval.

Escola e

Democracia. 42ª

edição - Campinas

08 horas

Vídeo: 1932-1969 Predominio da

Pedagogia Nova

SP: autores

Associados, 2012.

https://www.youtube.c

om/watch?v=k1fEaBz

a0Oo

Unidade III- Tendências

Pedagógicas

Fund...

Texto1: Marxismo, Crise do

capitalismo Monopolista e

Qualificação dos Trabalhadores.

Texto 2: Educação socialista,

Pedagogia Histórico Crítica e os

desafios da sociedade de classes.

A História da Educação Brasileira-

Educação na Colônia. no Império,

na República. Educação na

Ditadura Militar

LUCENA, Carlos.

José Claudinei

Lombardi, Dermeval

Saviani (orgs) -

Marxismo e

Educação- Debates

contemporâneos.

2008. Autores

associados P.182-

189

SAVIANI, Dermeval.

José Claudinei

Lombardi, Dermeval

Saviani (orgs) -

Marxismo e

Educação- Debates

contemporâneos.

2008. Autores

associados P.225-

273

https://www.youtube.c

om/watch?v=X3h7ivU

veS0

8 horas

UNIDADE IV Pedagogia

Histórico Crítica

Texto 1: Cap.I Sobre a Natureza e

a Especificidade da

Educação.p.12-22

Texto 2 : Cap.II. Competência

Política e Compromisso Técnico.

p.23-63

SAVIANI, Dermeval:

Pedagogia Histórico-

Crítica: Primeiras

aproximações, 8 ed.

Campinas SP:

Autores Associados.

2003.

8 horas

Texto 3 :Cap.III - A Pedagogia

Histórico Crítica no Quadro das

Tendências Críticas da Educação

Brasileira.p.65-85

Texto 4 : A Pedagogia Histórico –

Crítica e a Educação Escolar

Texto 5: Prática Social Inicial do

Conteúdo- o que o aluno e o

professor já sabem

GASPARIN, João

Luiz: Uma Didática

para a Pedagogia

Histórica Crítica e.ed.

Ver. – Campinas, SP;

Autores Associados,

2005, 3ª Edição.