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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO ANTÔNIO EDUARDO TEIXEIRA TENÓRIO THAIS MIRELLE PEREIRA OS DESAFIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO ALAGOANO PALMEIRA DOS ÍNDIOS AL 2019/2

OS DESAFIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO EM … · No critério de inclusão foram analisados os dados (2015 a 2017) fornecidos pelo sistema sobre a cobertura vacinal do município,

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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO

ANTÔNIO EDUARDO TEIXEIRA TENÓRIO THAIS MIRELLE PEREIRA

OS DESAFIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO

ALAGOANO

PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL 2019/2

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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO

ANTÔNIO EDUARDO TEIXEIRA TENÓRIO

THAIS MIRELLE PEREIRA

OS DESAFIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO

ALAGOANO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade CESMAC do Sertão, sob a orientação da Prof (a) Arlete Rodrigues de Farias e coorientação da Prof (a) Jaqueline Maria da Silva.

PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL 2019/2

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REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO

T289d Tenório, Antônio Eduardo Teixeira

Os desafios do programa nacional de humanização em uma região

do Sertão Alagoano / Antônio Eduardo Teixeira Tenório, Thais Mirelle

Pereira – Palmeira dos Índios: 2019.

24f.: il.

TCC (Graduação em Enfermagem) – Faculdade CESMAC do Sertão, Palmeira dos Índios – AL, 2019.

Orientadora: Arlete Rodrigues de Farias.

Coorientadora: Jaqueline Maria da Silva.

1. Humanização. 2. PNI. 3. Prevenção. 4. Vacina. I. Pereira, Thais Mirelle.

II. Farias, Arlete Rodrigues de. III. Silva, Jaqueline Maria da. III. Título.

CDU: 614.47

Bibliotecária: Ana Paula de Lima Fragoso Farias – CRB/4 - 2195

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AGRADECIMENTO

Quero agradecer primeiramente a Deus por ter me mantido forte para não desistir da

caminhada, por me ouvir, abençoar e cuidar. Agradeço ao meu marido, Rafael, pelo

apoio, amor, paciência, pela contribuição e dedicação diária, por esta sempre ao

meu lado e por ser meu parceiro de vida. Aos meus filhos, Davi e Arthur, por todo

amor e forças para seguir em frente. Agradeço a minha mãe, Vânia, por todo

incentivo, por sempre me manter firme e segura nos momentos que eu pedi. Ao meu

pai, Carlos, que mesmo não estando mais entre nós, esta sempre vivo no meu

coração me mantendo forte nos momentos difíceis. As minhas irmãs, Leticia e Maria

Clara, pelo amor, incentivo, e apoio incondicional. Meus agradecimentos aos meus

companheiros e amigos, Addan e Nathalia, que fizeram parte da minha formação e

que vou levar sempre em minha vida. Aos professores e orientadores, a minha

gratidão por todos os ensinamentos e por ter contribuindo na minha formação

acadêmica. Por fim, obrigada a todos que direta e indiretamente fizeram parte do

meu percurso acadêmico.

THAIS MIRELLE PEREIRA

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus pelo o dom da vida e por ter nos permitidos chegar

até aqui, pelo fim dessa etapa, pelos sonhos que se concretizam, por nunca nos

deixar, mesmo em meio ás dificuldades, o senhor estará conosco. Agradeço aos

meus pais Antônio Valter Tenório dos Santos e Vilma Teixeira de Oliveira Tenório,

pelo o apoio, amor e paciência comigo durante essa etapa de minha vida. Agradeço

também ao meu irmão Anderson Tenório e as minhas irmãs Aline Walnia, Arianne

Maria, pelo o incentivo e durante minha formação acadêmica e por todo amor e

paciência comigo. As Minhas tias Valquíria Teixeira e Dilma Teixeira, por me

apresentar a enfermagem e mostrar o quanto é importante essa para os pacientes,

por todo o incentivo incondicional. A Minha avó Dominice Teixeira in memorian que

está sempre presente em meu coração, aos meus amigos Addan, Leticia e Júlia que

fizerem parte da minha formação durante a vida acadêmica durante os cincos anos

de curso estudando, sempre apoiando e ajudando a levantar durante os obstáculos

encontrados nesse processo. Aos professores orientadores Arlete Rodrigues e

Jaqueline Maria pela paciência, contribuindo na minha formação.

ANTÔNIO EDUARDO TEIXEIRA TENÓRIO

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OS DESAFIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO ALAGOANO

THE CHALLENGES OF THE NATIONAL IMMUNIZATION PROGRAM IN A

REGION OF ALAGOAN AGREST

Antônio Eduardo Teixeira Tenório Discente do curso de Enfermagem

E-mail: [email protected] Thais Mirelle Pereira

Discente do curso de Enfermagem E-mail: [email protected]

Arlete Rodrigues de Farias Docente do curso de Enfermagem

Jaqueline Maria da Silva Docente do curso de Enfermagem

RESUMO

Os desafios do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil criado em 1973 é uma referência internacional de política pública de saúde, que tem avançado ano após ano com a erradicação de doenças por meio da vacinação, doenças de alcance mundial como a varíola e a poliomielite (paralisia infantil). A referida pesquisa deve como objetivo abordar os desafios do PNI em uma região do agreste de Alagoas. A pesquisa se justifica pela importância das vacinas na prevenção e proteção da comunidade, realizando uma barreira contra as doenças preveniveis através dela. A metodologia foi uma revisão integrativa, que passou pelo processo de inclusão e exclusão de artigos e dados colhidos sobre a cobertura vacinal de uma cidade do sertão alagoano, mostrando assim dados que nos leva a entender que a cobertura vacinal é positica no referido município. Portanto, o PNI busca a inclusão social, assistindo todas as pessoas, em todos o país, sem distinção de qualquer natureza. As vacinas do programa estão à disposição de todos nos postos de saúde ou com as equipes de vacinação, cujo empenho permite levar a imunização mesmo aos locais de difícil acesso.

PALAVRAS-CHAVE: Imunização. PNI. Prevenção. Vacinas.

ABSTRACT

The challenges of Brazil's National Immunization Program (NIP) created in 1973 is an international benchmark for public health policy, which has advanced year after year with the eradication of diseases through vaccination, world-wide diseases such as smallpox and polio (childhood paralysis). This research should aim to address the challenges of PNI in a region of the wild of Alagoas. The research is justified by the importance of vaccines in the prevention and protection of the community, creating a barrier against preventable diseases through it. The methodology was an integrative review, which went through the process of inclusion and exclusion of articles and data collected on vaccination coverage of a city in the backlands of Alagoas, thus showing data that leads us to understand that vaccination coverage is positive in that municipality. Therefore, the PNI seeks social inclusion, assisting all people, in all the country, without distinction of any kind. The vaccines in the program are available to everyone in health centers or to vaccination teams, whose efforts allow immunization to be carried even to hard-to-reach places.

KEYWORDS: Immunization. NIBP. Prevention. Vaccines

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 MÉTODOS ............................................................................................................. 10

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 11

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 20

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 22

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1 INTRODUÇÃO

A vacina é uma ação integrada e rotineira dos serviços de saúde, que

pertence a Atenção Primária e tem um imenso impacto na saúde infantil, é um

grande avanço tecnológico onde tem bom custo e benefício no setor saúde

(GUIMARÃES, 2009). A vacinação promove erradicação e controle de doenças

imunopreviníveis e evita os acontecimentos de surtos epidêmicos. Objetivando

controlar e erradicar doenças com a vacinação, o Ministério da Saúde desenvolve

programas de imunização como o PNI e proporciona campanhas anuais. Mesmo

diante do PNI, e das campanhas, ainda existem crianças que não são vacinas, por

vários motivos, tais como: nível cultural, crenças, mitos e nível econômico dos pais

entre outros fatores, tais como questão religiosa (SOUSA, 2012).

Diante dessa intenção essa revisão buscou responder a seguinte

problemática: quais são os possiveis desafios enfrentados pelo Programa Nacional

de Imunização em uma cidade do Sertão Alagoano?

Supõe-se que o Programa Nacional de Imunização, ganhou espaço quando

surgiu durante a ação para erradicação da varíola foi alegada pela Organização

Mundial da Saúde em 1959, porém ganhou mais força em 1967, aumentou quando

ganhou investimento para elaborar os imunizantes em laboratórios localizados nos

países endêmicos, assim garantindo maior controle da qualidade dos produtos e

incluiu a vacina liofilizada e a agulha bifurcada em ampla escala (MUNIZ, 2011).

Criado em 1973, uma política pública com o objetivo de prevenir doenças por

meio de vacinas, denominada de Programa Nacional de Imunização (PNI) no

processo de elaboração de grandes projetos nacionais, na administração do ministro

Mário Machado de Lemos (1972-74). Apresentado oficialmente em Brasília, em

1973, com a presença de Vicente Amato Neto e Nelson de Moraes e outras

personalidades importantes na área de saúde publica, ficando assim ligado a

Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística de Saúde (DNEES) (TEMPORÃO,

2003).

O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira

e tem como missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças

imunopreveníveis. O plano e a campanha que merece destaque no Brasil foram: a

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Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) e o Plano Nacional de Controle da

Poliomielite (PNCP), as mesmas possuíam como tática básica a vacinação ampla da

população e solicitavam pequeno apoio da rede de serviços de saúde, na qual essas

ações eram corriqueiramente efetuadas (JÚNIOR, 2003).

O êxito do PNI colaborou de forma primordial para a aniquilação de doenças

como a poliomielite, o sarampo e rubéola, do tétano neonatal, diminuição e

contenção da meningite por Haemophilus influenzae e meningogoco C, etc

(DOMINGUES; TEIXEIRA, 2013).

De acordo com o Manual do Programa Nacional de Imunização (MINISTÉRIO

DA SAÚDE, 2014), os graus de capacidade e suas respectivas atribuições, no

alcance federal, o PNI está sob os cuidados da Coordenação-Geral do Programa

Nacional de Imunizações (CGPNI), do Departamento de Vigilância das Doenças

Transmissíveis (DEVIT), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério

da Saúde, a coordenação do PNI, o provimento dos imunobiológicos, insumos

estratégicos; a gestão do sistema de informação do PNI.

E a nível Municipal onde é o indicativo da cobertura vacinal, verifica estoque

de vacinas incluindo o armazenamento e o transporte e destino final dos materiais,

sistema de informação do PNI (SI-PNI), campanhas, bloqueio vacinal e as atividades

domiciliares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que pelo menos 95% da

população esteja vacinada para que ocorra uma boa cobertura vacinal no intuito de

ter o controle da erradicação ou eliminação de doenças imunopreveníveis, além de

parâmetros como a proporção de municípios e crianças convivendo no mesmo, com

coberturas vacinais corretas (BRAZ et al., 2016).

Segundo Sato (2015), mesmo com a progressiva expansão do PNI, ele

carrega desafios específicos do seu crescimento e sucesso, por exemplo: questões

de administração, controle de coberturas altas e iguais para todas as vacinas; risco

da doença e de eventos adversos pós-vacinação (EAPV); identificar a não adesão e

sua justificativa; a prevenção de reemergência de patologias já controladas. Com a

intenção de que o serviço de saúde assegure uma adequada cobertura vacinal,

sendo vital o implemento de normas e o planejamento de ações na administração

dos imunobiológicos (BARROS et al. 2015).

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Em crianças, é essencial que se tornem vacinadas ao longo de seus cinco

anos de vida para precautelar episódios de varias doenças imunopreviniveis, como a

difteria, tétano, coqueluche, meningite, poliomielite, hepatite B, rotavirus, febre

amarela, sarampo e rubéola (OLIVEIRA et al.2010).

Segundo Oliveira (2010) além de ações de prevenção, como campanhas e a

busca ativa dos pais/cuidadores nas unidades básicas de saúde para vacinação

rotineira, a redução de morbimortalidade deve-se a expansão da cobertura vacinal e

da cobertura dos serviços de saúde da unidade básica.

Esse trabalho teve como objetivo geral analisar os desafios do Programa

Nacional de Imunização em um município do sertão Alagoano. E como específicos,

identificar os desafios encontrados pelo Programa Nacional de Imunização, em um

município do sertão Alagoano analisar a variação da cobertura vacinal em um

município do sertão Alagoano em e propor medidas para a manutenção da cobertura

vacinal elevada.

2 MÉTODOS

Foi elaborado um estudo de natureza descritiva de caráter retrospectivo com

abordagem qualiquantitativa. Sendo utilizados dados notificados nos últimos três

anos no sistema do Programa Nacional de Imunização (PNI) de um município do

Sertão Alagoano.

No critério de inclusão foram analisados os dados (2015 a 2017) fornecidos

pelo sistema sobre a cobertura vacinal do município, resumos e artigos publicados

em período indeterminado que citam o Programa Nacional de Imunização.

No critério de exclusão foram dados de outros municípios, artigos que

estavam indisponíveis e também que não tratavam do tema proposto.

Após a pré-seleção dos artigos, por meio da leitura dos resumos, uma

segunda análise foi realizada através da leitura minuciosa das publicações pré-

selecionadas para decidir a inclusão e a exclusão dessas produções de acordo com

critérios preestabelecidos.

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Através de uma leitura exploratória de todo o material que foi selecionado,

tendo uma leitura rápida (apesar de global), tendo como objetivo a verificação da

obra consultada visando o interesse para a temática do trabalho.

Em seguida realizou-se uma leitura seletiva onde se fez uma leitura mais

aprofundada de acordo com o tema, fazendo a releitura dos textos sempre

respeitando o tema, a sequência da leitura colocando nas bases de dados, e a

seleção a contecia primeiro com a leitura dos títulos, depois resumos, e por último

texto na íntegra.

E por fim, os registros das informações extraídas em instrumentos específicos

como: ano, métodos, resultados e conclusões daqueles selecionados após a leitura

na íntegra. Foram encontrados 37 artigos publicados entre os anos de 2016 a 2019,

depois de utilizados os critérios de inclusão e exclusão, 14 artigos do total foram

escolhidos para compor a discussão (Fluxograma 01).

Fluxograma: Esquema representativo da busca de artigos nas bases de dados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resultado obtido com a análise dos artigos encontrados demonstrou que

embora haja uma ampla discussão sobre o PNI, ainda há uma insuficiência de

estudos atuais sobre o assunto. A partir dessa perspectiva, com este estudo de

Busca Inicial

37 artigos

SCIELO 04

LILACS 05

BDENF 28

Excluídos 23

Inclusos

14

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revisão integrativa buscamos analisar o PNI para o controle das doenças e

erradicação de doenças imunopreviníveis e outras.

A partir dos resultados expostos com a busca por artigos atuais, houve um

maior número de publicações com relação ao nosso objeto de estudo no ano de

2015 e o que chamou a atenção foi não termos encontrado pesquisas de 2017 e

2018, direcionadas para o alerta da diminuição na cobertura vacinal. Abaixo será

apresentada a distribuição da amostra segundo a base de indexação totalizando 14

artigos.

TABELA 1: Distribuição da amostra segundo base de indexação

BASE DE INDEXAÇÃO TOTAL

LILACS 02

SCIELO 02

BDENF 10

Total 14

Fonte: Extraído de LILACS, SCIELO E BDENF, 2019

De acordo com a apresentação dos resultados da tabela acima apresentada,

percebemos que todos os artigos analisados para a construção dessa revisão

integrativa foram encontrados nas três bases, ou seja, demonstra uma distribuição

boa sobre o assunto nas bases de dados, apesar da escassez de pesquisas de

dados atuais 2019.

Dentre os serviços da enfermagem, sala de vacina é um local que o enfermeiro

pode administrar a vacina, verificar o esquema vacinal da criança, e orientar os

pais/cuidadores sobre a importância da imunização (SOUSA, VIGO, PALMEIRA,

2012). Toda a equipe tem que elaborar com ações que tenha o intuito de resolver

uma boa parte dos problemas enfrentados pela população para vacinar seus filhos,

e instruir-la quanto à importância, eficácia, e segurança, com o proposito de

aumentar a adesão e consequentemente melhorar a qualidade de vida.

Entre esses desafios, se pode destacar, a manutenção das coberturas

vacinais para as antigas vacinas alcançando e mantendo a coberturas para as novas

vacinas introduzidas no calendário nacional, além da conquista de alta

homogeneidade de coberturas para todas as vacinas em todas as faixas etárias e

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em todas as esferas gestoras do programa nacional de imunização (DOMINGUES;

TEIXEIRA, 2013).

Compreender os contextos e fatores que contribuem para a hesitação, não-

vacinação e até deslegitimização de instituições e vacinas, e ao mesmo tempo

pensar novas formas de comunicação e debate com a população visando à

elaboração e fortalecimento de políticas públicas solidamente fundamentadas

(IRIART, 2017). Quando se trata de Programa Nacional de Imunizações (PNI) do

Brasil esse é uma referência internacional de política pública de saúde, levando em

consideração que segundo dados do Ministerio da Saúde o país já erradicou, por

meio da vacinação, doenças de alcance mundial como a varíola e a poliomielite.

A população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas

pela Organização Mundial de Saúde (OMS) através do PNI, que foi criado desde

1973, buscando a inclusão social, sem distinção de qualquer natureza. As vacinas

do programa estão à disposição de todos nos postos de saúde ou com as equipes

de vacinação, cujo empenho permite levar a imunização mesmo aos locais de difícil

acesso, no gráfico 01 podemos observar a cobertura vacinal de menores de 1 ano.

Grafico 01. Coberturas vacinais em menores de 1 ano de idade em uma cidade do Sertão Alagoano

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

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Os resultados do gráfico 01 demonstra que em 2015 a cobertura vacinal em

crianças menores de 1 ano passou dos 100%, com uma diminuição pregressiva no

ano de 2016 e restabelecendo em 2017 com uma cobertura aproximadamente 90%

para a maioria dos imunobiologicos.

Quando se trata de cobertura vacinal se percebe o aumento no número de

aplicação da BCG considerando aí a importância da mudança, onde a BCG passou

a ser aplicada na maternidade Santa Olímpia, com que os recém-nascidos já saiam

da mesma vacinados e efetivando assim essa importância.

Dados acima de 2015 -2017 em uma cidade do Sertão Alagoano, no periodo

de campanha mostra que a cobertura vacinal para determinadas doenças não

alcançaram, a meta de 95%. A saúde é responsabilidade de todos e, por isso, o

cartão de vacina deve ficar atualizado.

O Calendário Nacional de Vacinação contempla não só as crianças, como

também adolescentes, adultos, idosos gestantes e povos indígenas. A população

deve buscar as vacinas disponíveis nas salas de vacinação, nas Unidades Básicas

de Saúde (UBS) e esse é um dos maiores desafios da equipe da UBS, manter os

cartões em dia e sensibilizar a população para a necessidade dessas vacinas.

Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema

de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. A vacinação não

apenas protege aqueles que a recebe, mas também ajuda a comunidade como um

todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a

chance de qualquer uma delas, vacinada ou não, ficar doente.

Segundo a (SUVISA, 2017) o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDH-M) é médio (0,638). Esse índice leva em conta a longevidade, a educação e a

renda e guarda estreita relação entre condições de vida é o processo saúde-doença

vivenciado pela população.

A maior parte da população da cidade em pesquisa é de baixa renda 109

(57,6%) e registra taxa de analfabetismo (22,9%) e uma taxa de trabalho infantil de

8%. No município encontram-se 737 domicílios sem banheiro ou vaso sanitário

(3,6%), significando que para quase 2,950 pessoas o destino dos dejetos é

inadequado, contaminando solo, fontes de água etc e aumentando o risco de

doenças.

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Registro de nascimentos mensalmente, são esperados, em média, 105

nascidos vivos, alcançar esse número é fundamental para garantir que o município

receba recursos financeiros do Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS),

transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Para isso as equipes de atenção à saúde e de vigilância em saúde do

município, devem realizar de forma contínua a busca ativa de nascidos, a fim de

alcançar cobertura vacinal satisfatória (≥90%) do Sistema de Informações sobre

Nascidos Vivos (SINASC), de modo a evitar o bloqueio de recursos financeiros.

É necessário também captar as Declarações de Nascidos Vivos e registrá-las

no SINASC em tempo oportuno (em até 60 dias do nascimento) de modo também a

garantir o repasse dos recursos do Incentivo para o Fortalecimento das Ações de

Vigilância em Saúde (INVIG), transferidos pela SESAU.

As mães de cerca de 3% dos recém-nascidos não realizaram consulta de pré-

natal. Menos da metade das grávidas (48,1%) passaram por 7 consultas de pré-

natal, no mínimo. Falhas no pré-natal contribuem para o baixo peso ao nascer

(8,4%), para o aumento do parto cesáreo (63,7%) e para a elevada prematuridade

(11,7%), entre outros fatores.

Doenças e agravos dentre as internações registradas para residentes no

município em pesquisa 27%, aproximadamente, têm como causas condições que

são sensíveis à oferta de serviços na atenção básica, ou seja, são internações

evitáveis a partir da atuação efetiva e resolutiva dessas equipes, com destaque para

as internações devidas às Gastroenterites infecciosas e complicações (28,49%),

seguida pelo Diabetes (12,51%), pela Insuficiência cardíaca (9,77%) e pela

Hipertensão (8,86%).

Em relação às doenças transmissíveis, cabe destacar as que mais ocorrem,

que acometem maior contingente populacional e que resultam em maiores

complicações e óbitos, tais como: as Arboviroses (Dengue, Zika, Chikungunya), a

Leishmaniose, a Tuberculose, a Hanseníase, a Sífilis, a infecção pelo Vírus da

imunodeficiência (HIV) / Aidis e Esquistossomose, entre outras.

Para o controle dessas doenças é necessário que as equipes da atenção

básica programem com qualidade as visitas domiciliares, a busca ativa e o

acompanhamento dos casos, o tratamento adequado e oportuno e o registro ágil e

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sistemático nos sistemas de informação específicos. É obrigatória a notificação de

doenças por parte de todos os profissionais de saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) transmiti a SESAU, semanalmente,

os dados das notificações, por meio do Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (SINAN). Na ausência de casos a SMS deve realizar a notificação

negativa.

Para as doenças de notificação imediata, o prazo para realizar a investigação

e encerrar o caso é de 60 dias. Cumprir esse prazo evita o bloqueio de recursos

federais e estaduais. O município registrou 100% de cobertura da sua população

com a estratégia saúde da família (ESF) por meio da atuação de 22 equipes de

saúde. Dispõe de 4 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O município

conta com 7 pontos de acesso ao Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes,

importante estratégia de teleconsultoria, telediagnóstico e tele-educação,

A atenção materno-infantil do município dispõe do com 24 leitos para

assistência de risco habitual, 8 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

(UTIN), 2 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais e

Banco de Leite Humano.

O município em pesquisa vacinou e 100% da população alvo para o período

com as vacinas BCG e Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Para as demais

vacinas que compõem o calendário básico de vacinação da criança, a cobertura

vacinal ficou abaixo do preconizado.

Na campanha de vacinação contra a influenza alcançou a cobertura

preconizada (80% e +) para os grupos-alvo: 104,27% dos maiores de 60 anos e

80,64% em gestantes. Porém para o grupo de crianças menores de 2 anos a

cobertura foi de 76,81%, ou seja, abaixo do preconizado que é de 80%. O município

e a saúde do trabalhador.

A vigilância em saúde do trabalhador são um dos componentes da Vigilância

em Saúde, cujo objeto é a relação da saúde com o ambiente e os processos de

trabalho. O município no período de 2011 a 2015, registrou 182 casos de

doenças/agravos relacionados ao trabalho, mas que podem ser prevenidas através

da vacinação, sendo 49 em 2011, 55 em 2012, 36 em 2013, 23 em 2014 e 19 em

2015 os demais anos não se tem registro, ou seja, se entende que houve uma

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redução nos casos e que a população de trabalhadores, destacando a da área da

saúde tem dado maior credibilidade e busca para serem vacinados mediante sua

idade.

No tocante à vigilância em saúde ambiental a questão da vigilância da

qualidade da água para o consumo tem como referencial um mínimo de análises

conforme estabelecido pela Diretriz Nacional do Plano de Amostragem. Nessa

perspectiva, em 2016, realizou 42% das 204 análises de cloro residual livre e 60%

das 204 análises de turbidez junto ao município e a vigilância sanitária, pois se

entende que a água contaminada e fator relevante para aumentar o número de

doenças diarreicas causadas pelo rotavírus, prevenidas pela pentavalente.

Com relação à vigilância sanitária, o município dispõe de Plano de Ação para

o ano de 2016, executa ações de baixo risco em vigilância sanitária de alimentos,

emite alvará sanitário, realiza processo administrativo sanitário, o município possui

código sanitário, mas desatualizado.

O município e a participação social no SUS O Conselho de Saúde é uma

instância colegiada, deliberativa e permanente do SUS, em cada esfera de Governo,

integrando a estrutura organizacional de cada órgão gestor nessas esferas, com

composição, organização e competências fixadas na Lei nº 8.142/90.

São espaços de participação da comunidade nas políticas públicas e na

administração da saúde, atuando na formulação e proposição de estratégias e no

controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos

econômicos e financeiros. Abaixo no grafico 02 se pode observar a cobertura vacinal

de crianças com 1 ano de idade.

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Grafico 02. Coberturas vacinais em crianças de 1 ano de idade em uma cidade do Sertão Alagoano

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Tanto em 2016 quanto em 2017, a cobertura da vacina contra a pólio ficou,

pela primeira vez, mais de 10 pontos percentuais abaixo da meta, que também é de

95%: 86,65 %, em 2016; e 85,56%, em 2017 .Para a primeira dose de reforço, dada

a partir dos 15 meses de vida, a cobertura foi de pouco mais de 77% em 2017, isso

significa que cerca de 23% das crianças que completaram um ano de idade naquele

ano não fizeram o esquema vacinal adequado e não estão corretamente imunizadas

contra a doença. Essa queda vacinal também é demostrada no gráfico acima entre

2015-2017

Segundo Stevanim (2019) no site da Fiocruz destaca que existe em 2018 uma

baixa cobertura alcançada para as principais vacinas do Calendário Nacional de

Vacinação, como o sarampo e a poliomielite (paralisia infantil). Também destaca em

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seu estudo que sarampo em 2018 retornou com o registro de 10.163 casos no país,

colocando em risco o título recebido pelas Américas, em 2016, de área livre da

doença, por um Comitê Internacional de Especialistas da Organização Pan-

americana da Saúde (Opas). Em 2017, a cobertura da primeira dose ficou abaixo da

meta de 95% (90,1%, de acordo com o último levantamento), enquanto a da

segunda ficou em 74,9%, segundo dados do PNI encaminhados à Radis que é a

revista conceituada da Fiocruz.

Os dados são ainda mais alarmantes se levarmos em conta a distribuição

desigual pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade das cidades

brasileiras não têm cobertura adequada para a maioria das vacinas do calendário

nacional. Apenas 44,6% dos municípios alcançaram a meta estipulada para a pólio,

algo semelhante ocorrendo com hepatite A, BCG (que previne contra formas graves

da tuberculose), rotavírus, meningocócica C e pentavalente.

Em junho de 2018, o órgão fez um alerta de que 312 municípios haviam

vacinado menos de 50% das crianças na faixa etária recomendada contra a pólio. A

queda na cobertura também é percebida nos estados: do Rio Grande do Norte, por

exemplo, que vacinou apenas cerca de 68% da população pretendida contra a

doença, em 2017 enquanto antes de 2015, o estado sempre havia alcançado

cobertura acima de 90% (STEVANIM, 2019).

Todavia, os movimentos antivacinas querem mostrar a ineficácia das vacinas,

mas se faz necessário entender que as vacinas passam por um rigoroso processo

de produção, existem estudos cientificos que comprovam sua eficácia e estão

disponíveis na saúde pública ao acesso de todos. Não de forma gratuita porque o

cidadão paga impostos, mas de forma acessível a todos. O que se percebe é que

cresce o número de pessoas que se recusam a vacinar seus filhos, podendo ser um

risco muito grande para volta de doenças como sarampo e a poliomielite já

eradicadas.

O SUS, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferece todas

as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário

Nacional. Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o

país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos ao ano, para combater

mais de 19 doenças, em diversas faixas etárias.

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Ao longo do tempo, a atuação do PNI, ao consolidar uma estratégia de âmbito

nacional, apresentou consideráveis avanços. As metas mais recentes contemplam a

eliminação do sarampo e do tétano neonatal, além do controle de outras doenças

imunopreveníveis como difteria, coqueluche e tétano acidental, hepatite B,

meningites, formas graves da tuberculose e rubéola, assim como a manutenção da

erradicação da poliomielite.

O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores envolvidos no

programa uma avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou

epidemias, a partir do registro dos imunos aplicados e do quantitativo populacional

vacinado, que são agregados por faixa etária, em determinado período de tempo,

em uma área geográfica. Por outro lado, possibilita também o controle do estoque de

imunos necessário aos administradores que têm a incumbência de programar sua

aquisição e distribuição.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Contudo, observa-se que o município apresenta um bom respaldo positivo na

cobertura vacinal das crianças menores de 1 ano, porém, estas positividades não se

mantem quando analisamos a cobertura vacinal de crianças apartir de 1 ano de

idade, torna-se evidente a importância do desenvolvimento de estratégias para que

o município mantenha sua cobertura vacinal próximo aos 95% preconizado pelo PNI.

Como possível sugestão de plano estratégico se destaque a sensibilização

continua, semanal, visitas domiciliares, reuniões, palestras, redes sociais e todos

esses com foco de sensibilização, mostrando os riscos da não vacinação, das

doenças, os agravos e consequências na vida dos seus filhos.

Quando se trata dos desafios se faz uma alerta para os movimentos

antivacinas que querem mostrar a ineficácia das vacinas e a redução da cobertura

vacinal de alguns municípios, destacando o alerta especial para esses casos. Por

exemplo, os estudos de Estevam apresentados mostram que em junho de 2018, que

312 municípios haviam vacinado menos de 50% das crianças na faixa etária

recomendada contra a pólio. A queda na cobertura também é percebida nos estados

do Rio Grande do Norte, por exemplo, vacinou apenas cerca de 68% da população

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pretendida contra a doença, em 2017 enquanto antes de 2015, o estado sempre

havia alcançado cobertura acima de 90%.

Portanto, os desafios são constantes e precisam ser trabalhados de forma

continua através de campanhas, palestras, visitas domiciliares, não apenas uma vez

no ano, mas todos os meses o ano todo. Essa é a melhor forma de trabalhar esses

desafios, pois se entende que as politicas públicas voltadas para campanhas de

vacina só acontece uma vez ao ano, que não é o suficiente e apenas para um tipo

de vacina, o correto seria campanha de alerta de forma continua para todos os tipos

de vacina, mostrandos os riscos que corre a criança não vacinada e as

consequências e sequelas que podem ficar por toda uma vida.

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