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Os Editores - jornaldosindico.com.br · administrador é de manter sempre atualizado o Regimento Interno, ... para que o controle de entrada e saída de pessoas da festa possa ocorrer

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2018 começou e com ele seabrem novas portas e possibilida-des. Olhe para este ano como umafolha em branco, na qual podere-mos escrever uma nova história,com desfechos diferentes dos queobtivemos em anos anteriores. Se-rão doze meses e 365 dias para co-locar em prática aquelas “resolu-ções de fim de ano” que todos nósfazemos, ainda que mentalmente,para projetar nossas expectativaspara o novo ano.

Otimismo deve ser a palavrade ordem para esse novo ciclo.Economia, trabalho, relaçõesafetivas... Tentemos olhar para ofuturo com mais boa vontade eforça para conquistar nossos ob-jetivos. No condomínio, o anonovo começa com mudança degestão para muitos e continuida-de para outros e, independente-mente de ser um síndico estreanteou veterano, o Jornal do Síndicodeseja a todos um excelente e pro-dutivo ano de trabalho.

Nessa primeira edição de 2018

trazemos um texto motivador so-bre finanças. Como anda a saúdefinanceira do seu condomínio? Ascontas estão equilibradas, sobraum pouquinho de dinheiro ao fimdo mês para poupar ou os dígitosestão no vermelho? Algumas ati-tudes pequenas na rotina da admi-nistração podem trazer maior cla-reza e discernimento na hora detratar das contas. Confira nossasdicas na matéria de “Finanças”.

Outro tema ainda relacionadoàs finanças você encontra na nos-sa seção de “Administração”: asdiferentes modalidades de cobran-ça de taxa condominial. Por uni-dade ou por fração ideal? Todossabem que ela é a cota paga men-salmente pelos usuários do con-domínio como forma de contribuirpara o custeio das despesas do pré-dio concernentes à manutenção deestruturas, limpeza, pagamento defuncionários e também contas deenergia, água, dentre outras obri-gações ordinárias.

Contudo, o que nem todo mun-

do conhece é que há duas diferen-tes formas de se cobrar esse valor.Você, síndico ou condômino, jáparou para refletir sobre como essataxa condominial é estabelecida?O que diz a Lei e o que é verifica-do na prática em relação a esse as-sunto? Você confere maiores de-talhes nesta edição do Jornal doSíndico.

Nossa equipe segue firme em2018, trabalhando com empenhoe dedicação em um projeto edito-rial o qual vem sendo bem suce-dido há mais de 20 anos, o que

nos orgulha verdadeiramente. Evocê, caro leitor, é parte funda-mental desse sucesso e também oque nos motiva a estarmos sem-pre nos aperfeiçoando, em buscade oferecer um material informa-tivo de qualidade e efetivamenteútil para auxiliar na rotinacondominial.

A todos os nossos fieis leito-res - e aos novos que se agregam acada dia - desejamos um feliz anonovo!

Os Editores

A taxa condominial é a cotapaga mensalmente pelos usuári-os do condomínio - sejam elesinquilinos ou proprietários (inde-pendentemente de o imóvel es-tar ocupado) - como forma decontribuir para o custeio das des-pesas do prédio concernentes àmanutenção de estruturas, lim-peza, pagamento de funcionári-os e também contas de energia,água, dentre outras obrigaçõesordinárias.

Você, síndico ou condômino,já parou para refletir sobre comoesse valor é estabelecido? Obvi-amente, parte-se de um cálculoinicial do que vem a ser a deman-da total do condomínio em ummês e, com isso, faz-se o rateioentre os condôminos. Mas, quaisos critérios para se proceder comesse rateio? Existem basicamen-te duas modalidades de cobran-ça, as quais serão detalhadasaqui.

A primeira delas é a cobran-ça por unidade. O cálculo é bas-

tante simples e objetivo: todas asdespesas previstas no orçamen-to são divididas igualmente pelonúmero de unidades, indepen-dentemente do tamanho delas.Contudo, esse método não levaem consideração as variáveis quedistinguem os imóveis.

Assim, o condômino de umapartamento de três quartos evaranda paga o mesmo valor queo morador de um apartamentosimples de um quarto. Esse é umponto polêmico frequentemente

discutido nos condomínios,questionado pelas partes que sesentem injustiçadas. Por outrolado, essa modalidade de cobran-ça é defendida pelos proprietári-os de unidades maiores, sob o ar-gumento de que as áreas comunssão igualmente utilizadas porqualquer morador do condomí-nio.

A segunda modalidade decobrança é a feita por fração ide-al, que busca contemplar e pon-derar as distorções do tipo ante-

rior. Ela consiste no seguinte: ataxa de condomínio é cobrada demodo proporcional ao tamanhodas unidades. Logo, apartamen-tos menores, com menos cômo-dos, possuem uma responsabili-dade menor na quantia geral dedespesas, pagando menos.

Esse tipo de cobrança, obvi-amente agrada aos proprietáriosdas unidades menores e desagra-da os demais, os quais argumen-tam estar pagando mais caro parater acesso aos mesmos equipa-

mentos e áreas comuns que osoutros. A legislação brasileiranão é taxativa neste assunto, massugere que a cobrança seja feitapor fração ideal.

O artigo 1.336 do Código Ci-vil estabelece várias regras notocante aos condomínios. Oinciso I deixa claro que é deverdo condômino “contribuir paraas despesas do condomínio naproporção das suas frações ide-ais, salvo disposição em contrá-rio na convenção”. Logo, com-preende-se que a regra geral paraa cobrança da taxa condominialé a modalidade por fração ideal.

Contudo, em 2004, a lei10.931 alterou o texto do Códi-go Civil, incluindo o trecho “sal-vo disposição em contrário naconvenção”. É justamente estaalteração que dá a qualquercondômino a possibilidade depropor um método diferente decobrança.

*Jornalista e colaboradora do JS

Taxa de condomínio: você sabe diferenciaras modalidades de cobrança?

Uma época de muita alegria,diversão e relaxamento para al-guns pode trazer grandes dores decabeça para os moradores egestores do condomínio.

O final de ano se aproxima e énecessário que o síndico e os ad-ministradores dos prédios tenhammuito cuidado. Só na capitalpaulista, mais de 1/3 das pessoasmoram em condomínios. Porexemplo, as churrasqueiras são oponto de encontro preferido entreos moradores para diversão, po-rém a utilização das mesmas emáreas comuns têm sido constantetema de discussão, uma vez queestá entre as campeãs de reclama-ções. A utilização da churrasquei-ra normalmente tem o consumo debebidas alcóolicas, e aquele quebebe pode se exceder e começar afalar alto, utilizando as áreas deforma irregular, inclusive provo-cando brigas físicas, necessitandode grande atenção do administra-dor.

A reserva do salão de festas edemais espaços no natal e final deano também ficam muito concor-ridos. A reserva deve ser feita paraquem procura antes, e osinadimplentes não podem ser im-pedidos de locação de espaçoscomuns. O que pode ser feito éexigir o pagamento antecipadopara a utilização da área em ques-tão, mas o procedimento deve sero mesmo também para osadimplentes.

Da mesma forma que ocorrenas férias, nos grandes feriados,tais como Natal e Ano Novo, osprédios precisam estar em alerta etentar minimizar o impacto noci-vo da movimentação desregradade visitantes e crianças dentro doscondomínios. Medidas comocontratação de monitores e eleiçãode síndico mirim ajudam aminimizar situações desagradá-veis com os menores, e o controledos visitantes e reforço dos pro-cedimentos do prédio nos eleva-dores, áreas comuns e comunica-dos ajudam a minimizar os pro-blemas.

A presença de crianças nomesmo recinto dos adultos, seja napiscina, churrasqueira e outros,sem a atenção dos pais ou até mes-mo na presença deles, já que, pormuitas vezes, quem está bebendo

são seus genitores, deve ser cer-cada de todo o cuidado para evi-tar que se ofereça bebida a meno-res, o que é crime conforme Lei13.106/2015, alterada pelo Artigo243 do Estatuto da Criança e doAdolescente (ECA - Lei 8.069/90).

Para não perder o controle dasituação, o síndico precisa saberlidar com situações adversas e amelhor maneira é a prevenção eorientação aos condôminos mora-dores. Algumas dicas podem evi-tar problemas:

1. A primeira ação do síndico/administrador é de manter sempreatualizado o Regimento Interno,com as proibições pertinentes;

2. Proibir o consumo de bebi-das alcoólicas na área das pisci-nas e demais áreas comuns de cir-culação (permitido somente em

locais destinados, tais como: sa-lão de festas, espaço gourmet, so-mente para maiores de 18 anos);

3. Limitar o número de visitan-tes nas reuniões e encontros naschurrasqueiras ou salão conformeconvenção de cada prédio;

4. É de bom modo deixar umalista de convidados na portariapara que o controle de entrada esaída de pessoas da festa possaocorrer de forma eficiente.

5. Reforçar orientações para alocação de salão de festas e chur-rasqueira nessa época do ano;

6. Ajustar o Regimento Inter-no para que as reuniões de cunhopessoal não se tornem grandes fes-tas, que não é a destinação dos es-paços internos do condomínio;

7. Reforçar as recomendaçõesde convívio em assembleias e asafixar em áreas comuns;

8. Oferecer gratificações empresente ou dinheiro aos funcio-nários responsáveis pela seguran-ça e limpeza do condomínio é es-sencial, já que os mesmos estãose empenhando para que tudoocorra dentro da normalidade nafesta. 9. Organize junto à sua ad-ministradora o esquema de plan-tão no Natal e Ano Novo. Paraaqueles que não possuem adminis-tradora, organizar o plantão, ofi-cializar a decisão com a assinatu-ra de todos e expor a tabela parafuncionários e moradores é a me-lhor saída. Caso tenha a necessi-dade de utilizar folguistas ou ter-ceiros, busque estes profissionaisem agências especializadas e co-munique aos moradores e funcio-nários.

10. Para aqueles que vão se au-sentar no período de festas é im-portante que sejam orientados anão deixarem as chaves na porta-ria, e sim com algum vizinho ouparente que more próximo. Certi-fique-se de que a portaria tem ocontato de todas as unidades paracaso de emergência.

A difícil tarefa de manter a or-dem em condomínios precisa seradministrada não somente pelosíndico, mas também por todosaqueles que habitam o condomí-nio. Uma convivência harmonio-sa é a garantia de um localtranquilo.

*Advogado e colaborador do JS

Final do ano e férias nos Condomínios

O período de férias, princi-palmente de verão, é notoria-mente a época do ano em quemais se verificam os ditos “alu-guéis por temporada”, ou seja,aqueles em que o dono do imó-vel loca seu espaço a alguém queo ocupará por um curto espaçode tempo. Isso se dá, com maisfrequência, em cidades com al-gum atrativo turístico, comopraias e eventos.

Pela Lei, essa modalidade dealuguel diz respeito a todo imó-vel - mobiliado ou não - o qual étemporariamente ocupado porum intervalo de tempo de até 90dias. Mais que isso, configura-se um aluguel comum.

O aluguel por temporada tempara o dono do imóvel a vanta-gem de um ganho rápido e semmuitos compromissos contratu-ais. Entretanto, quando essa prá-tica acontece dentro de condo-mínios residenciais, pode acabargerando alguns conflitos com osdemais moradores e síndico, já

que há quem se incomode coma resultante circulação de desco-nhecidos nos edifícios. Além doque, não habituados com o regi-mento local, os visitantes podeminfringir algumas regras.

Embora tal fato possa inco-modar e trazer transtornos, é im-portante ressaltar que o condo-mínio não possui autoridade paraproibi-lo. Em princípio, todo pro-prietário tem o direito de alugaro seu imóvel da forma e pelo pe-ríodo que lhe for conveniente,

inclusive temporariamente, des-de que a finalidade do imóvel -que é habitação - não seja des-virtuada.

Por exemplo, se for verifica-do que o inquilino está usando oespaço como ponto comercial,isso já se configura em uma si-tuação na qual o condomíniopode intervir e vetar tal locação.Práticas ilegais (como consumode drogas), antissociais e que vãode encontro aos bons costumestambém podem ser questiona-

das.A popularização de

aplicativos que facilitam a bus-ca por imóveis de temporada au-mentou significativamente a pro-cura por essa modalidade de alu-guel, inclusive por períodoscurtíssimos de ocupação, comoum fim de semana apenas. Se-gundo a advogada MarcelaPolesi, essa prática não é ilegal enão cabe ao condomínio interfe-rir no modo como o dono doapartamento utiliza sua proprie-

dade particular.“Aplicativos como o Air

BNB preveem pagamento de di-árias, mas há outros como oCouchsurfing que é apenas oempréstimo espontâneo do espa-ço sem configurar uma relaçãocomercial, é um direito do pro-prietário usá-lo dessa maneira”,afirma Polesi. “As infrações, seocorrerem, devem ser penaliza-das conforme previstas na Con-venção para qualquer outrocondômino”, conclui.

Desse modo, o melhor a fa-zer é instruir o visitante sobre asregras de convivência e alertá-lopara as penalidades previstas emConvenção para possíveis infra-ções. Cabe ao proprietário doimóvel, comunicar previamentea chegada de seus inquilinos,para que seja liberado o acessoao edifício. Os documentos pes-soais devem ser registrados.

*Jornalista e colaboradora do JS

Férias aumenta a modalidadede aluguéis por temporada

Janeiro começa e com eletambém tem início um novo ci-clo: o ano de 2018. Administrarum condomínio é ter que lidarconstantemente com limitaçõese saber equilibrar o que entra e oque sai do caixa.

Sabendo que, na maioria dosprédios, a única fonte de receitaé exclusivamente a contribuiçãomensal dos condôminos, temosum orçamento pouco variável,que certamente sofre abalosquando há uma despesa inespe-rada ou quando algumas pesso-as não cumprem com a obriga-ção.

Portanto, planejamento é fun-damental para preservar a saúdefinanceira do condomínio e nãocair no vermelho. Confira 5 di-cas de como manter as finançasem dia:

1-Registre detalhadamentetodas as despesas: saber manipu-lar planilhas é essencial para umbom gestor. Cada centavo quesair do caixa do condomínio deveconstar nela, desde as quantias

mais vultosas até os itens maisbaratos. Procure ser o mais des-critivo possível, ao invés de ano-tar genericamente “gastos commaterial de limpeza”, detalhe ositens. Além de ser mais transpa-rente na prestação de contas, issoserve para monitorar onde exa-tamente o dinheiro foi usado.

2-Classifique os pagamentos:quando se possui um rendimen-to limitado, ou mesmo insufici-ente, é importante categorizar oscompromissos financeiros porordem de prioridade. Use cores

diferentes na planilha para mar-car aqueles que devem obrigato-riamente ser pagos no prazo, osquais podem ser negociáveis, osquais é possível atrasar sem tan-to prejuízo. O valor de multas ejuros pode servir de critério paraessa eleição.

3-Cobrar inadimplentes: osíndico deve ter o controle rigo-roso de quem paga e não paga acota condominial, uma vez queela é - quase sempre - a únicafonte de receita do condomínioe, portanto, qualquer baixa nes-

se valor é significativo. Os débi-tos devem ser cobrados o quantoantes, para impedir o acúmulo dedívidas. A negociação amigávele o parcelamento, quando acor-dados mutuamente, são alterna-tivas a se pensar para evitar umdesgaste na Justiça.

4-Cortar gastos: essa é umadas medidas mais difíceis, mas oobjetivo é cortar o supérfluo, nãocomprar o desnecessário. Na prá-tica, pode-se começar por coisaspequenas, tais como produtos delimpeza: pesquise marcas, opte

por embalagens econômicas oucompre em lojas de atacado.Outros pequenos itens comomaterial de escritório podem serpoupados, reutilize folhas de pa-pel que não foram usadas emfrente e verso. Essas são peque-nas economias cujo dinheiro, aolongo do ano, pode ser destina-do a pequenos reparos como tro-car lâmpadas, por exemplo.

5-Se planeje para investir: seo balanço de entrada e saída estápositivo e chega a sobrar umpouquinho de dinheiro no fim domês, é hora de pensar em comofazer esse dinheiro render. Deixá-lo em uma poupança é a formamais fácil, porém o rendimentoé baixo. Pesquise outras formasseguras de fazer a reserva do con-domínio aumentar, uma dica éinvestir em títulos do TesouroDireto, que rende mais que a pou-pança, havendo modalidades emque a quantia pode ser resgatadaa qualquer momento.

*Jornalista e colaboradora do JS

5 dicas de como cuidar da saúdefinanceira do condomínio em 2018

Você sabia que uma pesqui-sa recente feita pelo Ministérioda Saúde revelou que o Brasilpossui a quinta maior populaçãoidosa do mundo? São cerca de29,3 milhões de pessoas com 60anos ou mais vivendo no país.Desse total, cerca de 30% têmalguma dificuldade para realizaratividades do dia a dia e, dessaparcela, 17,3% têm muita difi-culdade com os afazeres domés-ticos.

Assim como os portadores dedeficiência, os idosos tambémpossuem dificuldades de loco-moção e outros sentidos taiscomo visão e audição menosaguçados, o que ressalta a neces-sidade de uma estrutura predialapropriada para propiciar seubem-estar e melhor trânsito.

Uma dessas adaptações devese fazer presente já na entrada doprédio: a rampa de acesso. Eladeve ter as dimensões inclinaçãodeterminadas pela ABNT (Asso-ciação Brasileira de Normas Téc-nicas). Tão importante quanto elaé a presença de um corrimão fir-me que possa dar apoio para o

idoso se segurar na subida.Outro ponto importante diz

respeito à iluminação. As áreascomuns do prédio devem disporde iluminação adequada paraevitar quedas e choques contraobstáculos durante o tráfego.Durante o dia, se for se valer dailuminação natural solar, deve-se precaver de que o ambientenão fique na penumbra. À noite,o uso de sensores de presença são

indicados para economia deenergia, porém é necessário secertificar de que estejam funcio-nando por um intervalo de tem-po razoável.

O piso com textura é outraadaptação necessária para evitaras temíveis quedas, tão letais paraas pessoas idosas. O chão deveser revestido com uma superfí-cie que proporcione atrito neces-sário para caminhar com segu-

rança mesmo em dias de chuvaou quando o piso estiver molha-do em momentos de limpeza. Oenxágue, nesses casos, deve sereficiente, cuidando para não so-brar resíduos de sabão ou deter-gente que possam deixar a super-fície escorregadia e propícia aquedas.

Com relação ao banheiro deuso compartilhado das áreas co-muns, ambiente onde se registra

Idosos requerem adaptações estruturaisgrande número de acidentes, aarquiteta Renata Gomes faz re-comendações: “O banheiro é umdos locais mais perigosos de que-das, por ser um ambiente úmi-do. A colocação de barras de se-gurança e vasos sanitários em al-tura especial são alguns itens quepoderão contribuir para a segu-rança do idoso. Eliminar exces-so de móveis e adornos facilita oseu dia a dia, tendo menos ma-nutenção e limpeza”, orienta.

É válido salientar que a se-gurança e o bem-estar do idosonão dependem exclusivamentede adaptações físicas no condo-mínio, mas também do tratamen-to o qual lhe é destinado. É im-portante que os funcionários edemais condôminos estejamatentos às suas necessidades e ostratem com cordialidade e paci-ência, pois, embora muitos te-nham uma vida ativa e dinâmi-ca, ás vezes os idosos podem re-querer mais apoio que outros in-divíduos adultos.

*Jornalista e colaboradora do JS

Câmeras de segurança nãosão obrigatórias em condomínios,mas hoje em dia é difícil encon-trar um prédio que não possua.

Infelizmente, o índice de vio-lência tem crescido consideravel-mente e adquirir equipamentos desegurança tornou-se ação básicapara quem busca proteção pesso-al e patrimonial.

Estão disponíveis no mercadodiversos mecanismos práticos desegurança, dentre eles câmeras desegurança, alarmes, cercas elétri-cas e outros.

Tratando-se de instalação decâmeras de segurança em condo-mínios, é preciso ficar atento paraalgumas regras, buscando sempreo equilíbrio entre a segurança e aprivacidade dos condôminos efuncionários.

O sistema de monitoramentoatravés de câmeras de segurançasempre gera dúvidas aos morado-res, e dentre elas a mais recorren-te é referente a quem pode teracesso as imagens.

E quem pode ter acesso as gra-vações das Câmeras de Seguran-ça do Condomínio?

Atualmente, é crescente o de-senvolvimento de novastecnologias como soluções alter-nativas a fim de oferecer maiorsegurança, principalmente emcondomínios.

Cada vez mais os condomíni-os têm optado por instalarcâmeras como medida de segu-rança, porém alguns síndicos etambém condôminos sentem-seinseguros quanto a privacidadedessas imagens.

Importante: a instalação decâmeras deve ser aprovada emassembleia, considerando-se o ní-vel de insegurança de cada pré-dio e a privacidade dos morado-

res e funcionários, para não cau-sar constrangimentos.

O local de monitoramentodeve ser o mais apropriado possí-vel, com acesso restrito, visandomaior controle quanto aoarmazenamento e acesso as gra-vações.

Referente a localização dascâmeras, estas devem ficar empontos estratégicos das áreas co-muns.

Tal conduta visa diminuir apossibilidade da alegação de in-vasão da privacidade ou intimi-dade pelos condôminos.

Dessa forma, os pontos maisindicados são guaritas, halls, cor-redores, escadas, área de serviços,elevadores, garagens, playground,muros, ou seja, os locais de mai-or movimentação, de pessoas eveículos, em geral.

Atenção: não é permitidomonitorar banheiros e vestiários!

Com relação a instalação decâmeras na área da piscina e sa-lão de festas, estas não são proi-bidas, mas também não são reco-mendadas.

Não há dúvidas que câmerasde vigilância ajudam a garantir asegurança nos condomínios.

Ocorre que por se tratar decondomínio, equivocadamente, amaioria dos moradores acreditaque as imagens das câmeras desegurança são de livre acesso a to-dos. Mas não são!

Na prática: cabe ao síndico oacesso e controle domonitoramento das câmeras, umavez que é o representante do con-domínio.

Porém, é necessário muito cui-dado com o armazenamento dasimagens obtidas através demonitoramento, justamente parapreservar os direitos à imagem,intimidade e vida privada doscondôminos.

É preciso ficar atento, poisnossa legislação é específica so-bre o uso de imagem, por isso, nãoé possível que qualquer pessoa di-vulgue ou tenha acesso atais gravações.

Assim, caso algumcondômino tenha interesse emobter as imagens das câmeras desegurança terá que pedir formal-mente à administração do prédio,especificando o motivo.

Após, uma assembleia votarátal pedido de acesso, podendo esteser negado caso a finalidade sejaapenas motivos pessoais do

condômino solicitante.Sempre observar que o

monitoramento através de ima-gens visa ao interesse e seguran-ça coletivo, ou seja, proporcionarmaior segurança aos condôminos.

Desse modo, as gravações nãodevem se prestar a fins pessoaisou particulares, salvo ordem ju-dicial.

Também, caso delegado ouórgão competente venha a solici-tar as imagens em razãode instauração de inquérito poli-cial, o síndico poderá cedê-las.

Importante: se não houver or-dem judicial, o condomínio nãoé obrigado a ceder ou mesmomostrar as imagens a policiais.

Na maioria dos casos os con-domínios não resistem em aten-der tais pedidos, tendo em vistaque as imagens das câmeras mui-to colaboram para investigaçõese solução de crimes.

No entanto, é recomendávelque, ao ceder as imagens à auto-ridade policial, sem ordem judi-cial, o síndico faça uma declara-ção por escrito.

Esta declaração deverá deta-lhar a entrega das imagens à au-toridade, bem como que qualquer

exibição destas será de responsa-bilidade única e exclusiva dequem as recebeu.

Isso em razão de que, divul-gar imagens da vida privada deuma pessoa é passível de gerardano moral.

Veja que divulgações irres-ponsáveis podem causarresponsabilização do condomí-nio, da pessoa que forneceu a gra-vação e, também, daquele que di-vulgou as imagens.

O objetivo do sistema decâmeras não é vigiar condôminose sim transmitir maistranquilidade a eles, sem colocá-los em situações de constrangi-mento.

Diante disso, o síndico deveter pleno conhecimento quanto adivulgação das imagens, adminis-trando-as de forma responsável.

Assim sendo, tratando-se deassuntos que não visem a segu-rança dos moradores ou soluçõesde problemas internos do prédio,o acesso as imagens poderá sernegado pela assembleia.

Quanto a empresa a ser con-tratada para tal serviço, o síndicodeverá buscar empresa especi-alizada na colocação e manuten-ção periódica do sistema.

Ainda, a empresa contratadadeverá providenciar placas e avi-sos para que os condôminos e fun-cionários saibam que tal área émonitorada.

Como vimos não é aconselhá-vel sejam divulgadas as imagensdas câmeras a moradores ou ter-ceiros, salvo em casos de extre-ma necessidade ou ordem judici-al.

*Advogada e colaboradora do JSEmail:[email protected]

Quem pode ter acesso as gravações dasCâmeras de Segurança do Condomínio?

Férias de verão, calor, sol etempo livre para gastar comlazer: esse cenário combinacom um banho de piscina. Porisso, as áreas de lazer dos con-domínios costumam ficarlotadas nessa época do ano.Contudo, a atenção relaciona-da à segurança e uso adequa-do desses espaços - sobretudoas piscinas - é fundamentalpara garantir que oscondôminos desfrutem dolazer sem riscos.

Um dos aspectos elemen-tares a se tratar é em relação àlimpeza da água. A manuten-ção deve ser seguida com ri-gor, caso contrário os banhis-tas podem adquirir doenças depele frequentemente causadapor fungos que também afe-tam as unhas, ficar com os ca-belos danificados e até enfren-tar casos de infecções intesti-nais, especialmente crianças,as quais facilmente ingeremágua.

O verão é sabidamente aestação com maior demanda,

Temporada de verão acende alertapara uso adequado das piscinas

porém a rotina de cuidados deuma piscina deve ser cumpri-da o ano inteiro, levando emconta a frequência do uso. Sea piscina recebe poucas pes-soas por dia ou se fica movi-mentada o dia todo faz dife-rença na hora de planejar amanutenção, quantidade deprodutos e a frequência da lim-peza.

Em defesa da salubridadeda piscina - que é um equipa-mento de uso coletivo do pré-dio - é válido fazer campanhapelo bom uso da mesma, seja

por meio de cartazes ou infor-mativos em cada apartamen-to. Deve-se atentar para algu-mas questões: jamais urinar naágua (frisar isso principalmen-te com as crianças), evitar usode produtos cosméticos oleo-sos, usar a ducha antes de en-trar na piscina para retirar ex-cesso de suor e cremes e evi-tar entrar na água quando esti-ver com alguma doença depele, a exemplo de micoses.

Além dos aspectos relaci-onados à limpeza, é necessá-rio estar vigilante quanto à se-

gurança da piscina. Causado-ra de inúmeros acidentes fa-tais, sobretudo envolvendo cri-anças, a bomba de sucção deveestar funcionando de maneiracorreta. Muitas vezes, umdesajuste faz com que a bom-ba sugue com muita força,atraindo para o ralo parte docorpo e, eventualmente, cabe-los humanos, o que é extrema-mente perigoso.

Bordas e revestimentos de-vem ser vistoriados em buscade possíveis rachaduras e las-cas que possam servir de su-

perfície afiada, provocandocortes. As bordas devem serrecobertas preferencialmentecom revestimentosantiderrapantes, a fim de evi-tar quedas e escorregamentosquando molhadas. O mesmose aplica a brinquedos comotobogãs e outros.

Um levantamento divulga-do pelo Núcleo de Trauma doHospital Samaritano de SãoPaulo apontou um aumento de25% no volume de acidentesdomésticos registrados emhospitais no período de fériasescolares. No tocante aos con-domínios, o que mais estáem foco em torno desse núme-ro é o uso da piscina. Portan-to, é válido reforçar a atençãoa ela, lembrando que, em casode acidentes, sendo comprova-da que a causa foi por negli-gência na manutenção do equi-pamento, o síndico pode serresponsabilizado.

*Jornalista e colaboradora do JS

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1030362-61.2015.8. 26.0577Data de publicação: 02/08/2017Decisão: advinda da habitação emcondomínio edilício não impõe aocondomínio a obrigação e a respon-sabilidade...-61.2015.8.26.0577, daComarca de São José dos Campos,em que é apelante CONDOMÍNIORESIDENCIAL SEVILHA, são...José dos Campos - 1ª Vara CívelApelante: Condomínio ResidencialSevilha Apelados: Cintia Akemi...TJ-SP - Inteiro Teor. Agravo deInstrumento: AI 21755721420158260000 SP 175572-14.2015.8.26.0000Data de publicação: 17/09/2015Decisão: . - Condomínio edilício -Ação relacionada à passagem deanimal de estimação por áreas co-

muns do condomínio...-14.2015.8.26.0000, da Comarca de Campi-nas, em que é agravante ELIKARINA FERNANDES, é agra-vado CONDOMÍNIO RESIDEN-CIAL VILLAGE...: CondomínioResidencial Village Monet Juiz de1º Grau: Celso Alves de RezendeVoto nº 19591TJ-SP - Inteiro Teor. : 10007493520168260100 SP 1000749-35.2016.8.26.0100Data de publicação: 12/12/2017Decisão: relativas a condomínioedilício, consoante o disposto noartigo 5º, inciso III.I da Resoluçãonº 623... Paulo, em que é apelanteCONDOMINIO TORRES DEGENOVA, são apelados FREUAADMINISTRAÇAO DE BENS...:

Condomínio Torres de GenovaApelado: Freua Administração deBens e Participações e OutroComarca...TJ-SP - Inteiro Teor. Agravo de Ins-trumento: AI 21108599320168260000 SP 2110859-93.2016.8.26.0000Data de publicação: 16/08/2016Decisão: - 93.2016.8.26.0000, daComarca de Ribeirão Preto, em queé agravante BANCO RIBEIRÃOPRETO S/A, é agravado CONDO-MÍNIO .... A. AGRAVADO: CON-DOMÍNIO RESIDENCIAL TRE-ZE DE MAIO INTERESSADOS:CLAUDIO HENRIQUE LOPESE OUTROS VOTO... Nº 31.483COBRANÇA Despesas de condo-mínio Cumprimento da sentença

Substituição do devedorTJ-RJ - Inteiro Teor. APELAÇÃO:APL 2803691420088190001 RIODE JANEIRO CAPITAL 20VARA CIVELData de publicação: 14/05/2013Decisão: DE EXIBIÇÃO DE DO-CUMENTO. CONDOMÍNIOEDILÍCIO. LIVRO DE OCOR-RÊNCIAS. Negativa da Síndicaem fornecer... CÍVEL Nº 0280369-14.2008.8.19.0001 AGRAVAN-TE: CONDOMÍNIO DO EDIFÍ-CIO EDITH AGRAVADO: CEL-SO ALÓ... e vias de fato. Sentençaprocedente. Apelo ofertado pelocondomínio réu. Decisão doRelator que negou...

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