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este aviso.

Os grupos sanguíneos dos portugueses: contribuição para o estudo dos sistemas A1A2 B O e M N

Autor(es): Cunha, A. Xavier da; Morais, M. H. Xavier de

Publicado por: Universidade de Coimbra. Instituto de Antropologia

URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/35186

Accessed : 24-Dec-2020 22:29:53

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Os grupos sanguineos dos Portugueses.Contribuicao para 0 estudo dos

sistemas Al A2 B 0 e M N

por

A. XAVIER DA OmmA e M. H. XAVIER DE MORArS (1)

(Institute de Antropologi a da Faeuldad e de Cienciasda Universidade de Coimbra)

Introdu~iio

Ja em 1937 se iniciaram no Instituto de Antropologia daUniversidade de Ooimbra, os primeiros trabalhos para 0 estudoserologico sistematico da popu lacao portuguesa. Devem-se aoProf. Dr. E. Tamaguini alguns valiosos trabalhos sobre os grupossangulneos dos Portugueses mas nao abrangeram mais do que osquatro grupos classicos do sistema ABO. Possuimos ainda outrasseries de determinacoes dos grupos deste sistema, devidas a outrosinvestigadores.

Sabre as outros sistemas antigenicos os dados sao pClUCO nume­rosos ou ruesmo ausentes.

Perante a importancia de tais investigacnes e a sua utilizacao,ern escala cada vez maior, nas classifieacoes e analises etnicas,fomos levados a retomar esses trabalhos alargaudo-os a outras pro-priedades serologicas, alern das do sistema ABO. Nao possuia, noentanto, 0 nosso Instituto as instalacoes laboratoriais necessarias ;Ioi-nos possivel 0 seu apetrechamento, ainda que modesto, por meio

(1) Cornunicaeao aprese nta da ao XXIII Cong resso Luso- Espanhol parao Pro gr esso das Cieneias reuuido em Coimbra, de 1 a 5 de Juuho de 1956.

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70 Cnl1 tr ilm iraes para 0 Estudo da Antropoloqia Portuouesa

de uma dotacao extraordin aria nas verbas orcamentais e com 0

auxilio do 1. A. 0., por interrn edio do Oentro de Estudos de Cien­cias Naturais.

Este primeiro trabalho em que nos ocupamos dos sistemas A j

A2 B OeM N nao representa mais do que uma nota preliminar aoseu estudo ; estao em curso outros, abrangendo series mais extensase visando a distribuicao regional destes gru pos.

T'ecnica das dererminaeoes

S istema A j A2 B 0 - As determinacoes foram efectuadas pelometodo de S CIJI FF (centrifllgaQao em pequenos tubos). Os sorosanti-A e anti-B foram preparados por nos , segundo a tecnica habi­tual (l). Para a difereuciacao dos gru pos Aj e A2 e A j B e A2B

utilizamos soros anti-A, absorvidos, em parte adquiridos no Labo­ratorio BIOTE ST de Francfort do Meno. Empregou -se simultanea­mente, como contra-pro va, para 0 reconh ecimento dos A2 , urn soroanti-O, do soro sanguineo da enguia (A nguilla anguilla L ). Prepa­rarnos urn tal soro, selectiv e e suficientemente potente, por dilui­Qao conveniente, controlada por titulacao com hemacias testes0, A2, A j e B.

(1) POl' conse lho do Dr. A. E. MouRANT, Director do Medica l R esearch.Counc il Blood Gro up Refe rence L aboratoru, T he Li ster In stitute of Preoen­tive Medicine, de L ond res, a qu em nos diri gimo s sobre 0 problema dos soros,resol vemos pre pa ra- Ios no IlO SW Instituto , sempre qll e isso nos fosse possl­vel. Res ult a dai u ma notavel ecouomia, dado 0 seu elevado pre(.~o , e umauniformiz aeiio do tipo dos sores, de acordo com as tecui cas a ernpregar nasdetermi nacdes. Devemos-lhe, a lem dos se us valiosos conselhos, a determi­na yao das propriedadessercl cgi cas dos sis te mas A1 A2BO, Rh, ,',IN, S, P, Lu,Kelt, Left, L eu e l<'1l, de 42 in di viduos (pessoal deste Institnto, dos Servicesde Transfusfies de Sa ngue dos U. U. C. e alg uns dadores destes rnesrnos se r­vi eos) qu e se util izar am como pad roes. P Ol' tudo Ihe manifest amos 0 nossomai s vivo rec onhecime nto .

Cumpre- nos ai nda sa lientar qu e a orgaui s acao dos services de pr epar a­yao de sor os nao nos t eria sido possiv el sem a colaboraciio dos Servi ces deT ran sfu sdes de sa ngue dos H. U, C. que nos tern Iorneci.Io, dos se us dado­res, a maie r parte do sa ng ue necessario 11 prep ar acao dos soros e sua absor­Qao. Ao Ex m o Sr P rof. D r. J oao P or to, Ilustre Direc tor dos H. U. C. eE x.rno Sr. Dr. T eodoro Mendes, Ilustre Chefe dos Servic es de 'I'ransfusd es, aquideixamo s registad a a nossa gr atidao pela va liosa colaboraeao prestad a.

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·O« .'JI'upos sanquineos dos Portuqueses; etc. rl

o titulo serologieo dos soros anti-A e anti-Bempregados nuncaera inferior a 1/64.

Sistema MN - Os soros de coelho, anti-M e anti-N, foram tam­bern, na sua maior parte, preparados pOl' nos, segundo a tecnica(com ligeiras modifioacoes: nsada no Medical Research Council,Blood Group Reference Laboratury (Miss ELIZABETH IKIN) e des­crita por RACE e SANGER (1954). Utiiizamos ainda soros prepara­dos a partir do SOl'O nao absorvido, anti-M e anti-N 'Rohserurn)cuja preparacao completavarnos pela absorcao e titulacao segundoa nossa tecnica .habitual. Estes soros foram tambern adquiridos noLaboratorio BIOTEST. Deste modo dispomos de urn tipo uniformede soros anti-M e anti-N, de duas origens.

As determinaeoes foram sernpre execntadas sob constante con­trole dos soros.

Material

As determinacoes foram efectuadas em amostras de sanguerecolhido em liquido anticoagulante, na diluicao de 2 - 5% e coma possivel antisepsia. Efectuaram-se no dia da colheita ou dentrodum periodo de 24 horas, com conservacao na geleira a + 4° C.

Grupos Al A2 B 0 - As determinacoes incidiram em 453 indi­viduos, na sua maioria estudantes de cursos seoundarios ouuniver­sitarios e naturais de Coimbra ou do Centro do Pais.

Alem da determinacao dos seis grupos nesta serie, efectuamostarnbern a separacao entre os grupos Al e A2 numa serie de 175dadores do grupo Ados Services de 'I'ransfusoes de Sangue dosHuspitais da Universidade de Coimbra.

Grupos lV! N - Os exames foram feitos em 698 amostras desangue, igualmente de eatudantes ede alguns dadores, tarnbernoriundos de Coimbra e arredores.

Resultados

Sistema Al A2 B 0 - A aerie de 453 individuos, tomando emconsideracao apenas os quatro grupos do sistema original ABO,mostrou acordo com a teoria de BERNSTEIN (X2 = 0,42174 que cor-

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72 Con t1'i!nd90es para 0 E studo da Aniropoloqia Portuguesa

responde, para urn grau de Iiberdade, a urna probabilidade maiorque 0.50).

A distribuicao verificada para os 6 grnpos do sistema A I A2 B 0foi :

a A I A2 B AlB 1\2B175 185 48 32 7 6

38,63134010 40,83885% 1,05960% 7,06402% 1,54525% 1,32-150%

A relacaoA2 e igual a 0,2060 e~ = 0,2595.

Al T A2 Al

A partir destes numeros caloulamos as frequen cias genicas pelasformu las de WELLI SCH e THoMsEx ; os valores obtidos, depois decorrigidos, foram :

PI = 0,246561)2 = 0.07980q = 0 05J25l' = O.G 1939

Total = 1,0000U

Os mirneros e frequencias observados e esperados e os valoresdo X2 para cada urn dos grupos, constam da TabeJa I.

Os valores encontrados nos seis grupos , estao de acordo corn ateoria de THOMSEN, FRIEDEXREICH e WORSAAE (1930), exteusao dateoria de BERNSTEIX. Corn efeito 0 valor do X2 total = 3,435 paradois graus de liberdade, corresponde a urna probabilidade proximade 0,20,

T ABELA I

I Grnpo I Nu meros F requencias IF r, qufmcias N (mlO TOS .,Iobsorvados obser vndas es poradas osporados 1.-

a 175 0,381\31 0,38:>64 173,79 0,08424A1 185 0,40839 0,40558 183,73 0.08771:lA z 48 0,10596 0,10523 47,66 0,00242B 32 0,07064 0,07015 31,78 0,00152AlB 'i 0,01545 0,02675 12,11 2,15624A23 6 0,01325 0,00866 3,92 1,10367

Total 453 1.00000 1,00001 452,9!l 3.4351-7 1

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AS [jn/pos sanquineos dos Portugueses, etc. 73

Os mimeros dos grupos A, B e A2B, especial mente os do pri­meiro, contribuem com as maiores parcelas para 0 valor do X2 total.

A deficiencia no total dos individuos dos grupos AB, compa­rado com 0 mimero esperado e relativamente pequena: apenas de 3.E de hft muito conhecida a dificuldade na determinacao dos gru­pos AB (THOMSEN, 1929). Como a sensibilidade do receptor A napresenca de B e inferior it de B e inferior it de A na presenca de 0,alguns individuos AB sao determinados como B, com soros anti-Anao suficientemente potentes. No nosso caso, porem, 0 mimero deindividuos B, observado, concorda bern 0 mimero esperado.

Pode haver ainda causas geneticas que alterem 0 equilibrio espe­rado: por exemplo, se uma subpopulacao e parcialmente endoga­mica, a frequencia dos AB tende a ser menor do que a pedida peloequilibrio genetieo.

As formulas de "VVELLISH e THOMSEN (I), empregadas para aestimativa das frequencias genicas. tendem a reduzir 08 efeitos doserros ou anomalias das frequencias de AR

Maior divergencia verifica-se nas proporcoes relativas de A, Be A2B. Ha excesso de A2B e defieieucia de A,B. Houve, semdrivida, uma causa de erro. A separacao nem sempre e Iacil poisos soros anti-AI' bern absorvidos, baixam bastante 0 seu titulo. Puroutro lado, a reaccao positiva anti-A 2, do soro anti-O de enguia quepermite confirmar a reaccao negativa do soro anti-Aj, nos sanguesA, e A2, nao e senao fracarnente positiva ou mesmo negativa nosA28, nao servindo para a sua diferenciacao, Deste modo, admiti-

( 1) As formulas de VVEL LISII e 'I'noassx, sao as seguintes:

P1= VU+A1 + A~ - VU + A~

q =VU+IT-VOP~=VO +A2 - V O

" = V O

oude 0, AllA2 e B repr esentam as freq uencias observadas, em percentagens.E stas es tirna tivas corrigem-se do seg uinte modo:

g rgc = 1 _ 0 ' 1' c = 1 - D .

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74 Contr ibuiciies pam 0 Estudo da Antropoloqia P ortuquesa

mos que uns dois ou tres casos de AtB foram erradamente classi­ficados como A2B.

.Na deterrninacao dos grupos At e A2 em 175 dadores do grupo Averificararn-se os seguintes resultados: 139 pertencem ao grupo At

e 36 ao A2• As relacoes A2 e A2 tern, respectivamente, osAt + A2 Al

valorss 0.2057 e 0.2589 que quase coincidem com 0" achados nasdeterminacoes anteriores, da serie total dus 453 individuos.

Gr upos il1N - A distribuicao observada pelos tres grupos Ieno­tipicos foi a seguinte :

MM

18626,64756%

MN

3ti~

51,86246%

NN

15021,48997%

As Irequeuci as genicas calculadas directamente dos valores abso­lutos das frequenci as dos grupos (I) furam :

m = 0.5257879n =04742120

Total = 0,99Y9999

As frequencies e nnmeros observados para cada grllpo encon­tram -sa na Tabeta II.

TABELA n

I F onot iposNume ros Froque ncias Freque ncins Nu mero s

Iobservados ouservadas es pe radns osporados

i\li\I 186 0,2664756 0,276453 192,97

l\I N 362 0, 51 86~46 0,-l98669 348,07

N N 150 0,2148997 0,224878 156,96II.E[ 698- 0,99(,9999 0,999999 698,00

II

2a + b 2c + b(1) In = - - - e n = --- ; n, b e e, sao os valor es absol utos

2V 2V(los individuos i\I M, j\f N e N N e V = a + b + c.

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Os gl'ttpos sanq uineoe dos P ort uqueses, etc. 75

A concord fincia com a teoria foi verificada pela formula do X2,

de Fisher (l J, que deu 0 valor X2 = 1.117; para um grau de liber­dade, indica uma probabilidade de 0,30.

Verifica-se, contudo , urn excesso, nao significativ o, da frequ eneiado grnpo MN, sobre 0 nl1mero espera c:l o. 0 excesso pode ser devidoa causas teouicas : 0 uso de soros anti-M e anti -N, imperfeitamenteabsorvidos, originando algumas aglutinacoes nao especificas. Sera

. 0 mais provavel, ainda que se tenh a, muitas vezes, verificado urnexcesso de criancas MN, nos cruzamentos M N X MN. Mas ' VlE­NEll (194 3) e R ACE and S AN GER (1954), do exame de nurnerosostais cruzamentos, concluem que DaO hi excesso de criau eas MN eadmitem causas tecnicas para 0 erro,

RACI'; and S ANGER notam, porem, que <'" it still remains apu zz le w h!J the same errors fail to appeal' in the figures publi­shed for ra ndo m samples . . . » (loc. cit., pag, 56).

Os valores das frequencias, obtidos DOS Portugueses, encon­tram-sa nas 'I'abelas III e IV ao lado dos valores de varias popula­90es europeias, respectivamente para os sistemas, Al A2 B 0 e M N.

(1,2 - 4nr)2. V(1) -2 = , para urn grau de liberdade.

(:!a + bF (6+ 2(; )2

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7G Contribuiciiee para 0 E studo da Antropoloqia Portuquesa

TABELA 111

Frequencias dos grupos A1 A~ R 0 em vcirias pop ula..oes europeias,dispostas segundo os valores crescentes da rela..ao A2/A1 (1)

IIN," do F enotipos °/0

A2/'\11P opulaeno irulivi-duos 0 A1 A2 13 AlB A2B

------ - - - -Alernaes 417 40,1 37,5 7,0 11,3 3,3 0,8 0,19

lngleses 345 46,4 35,9 7,5 8,4 1,2 0,6 0,21(Loud res )

- IRusso s flOO 32,0 6- 24,2 G,O 2,8 0,2228,0 ,<'

(Moscovo)

Ingleses 42 1 34,0 43,2 10,2 10,0 2,1 0,5 0,2 3(Sh efli eld)

Russos 763 33,7 30,8 7,6 20,8 4,0 3,1 0,25(Lenineg rado)

Portugueses 453 38,G '10,8 10,G 7,1 1,6 1,3 0 ,2G

Suecos 1200 37,9 36,9 9,8 10,a 3,9 1,2 0,27

Gregos . 9!) 38,4 32,3 9,1 15,2 3,0 2,U 0,2!:$

Dinarnarqueses 1.835 40,0 32,7 9,8 12, 4 2,8 2,3 0,30

Finlaudeses 7.120 33,9 32.3 10,7 158 4,4 2,9 0,33

Es pa nhois 161 47,2 34,8 11,8 5,0 1,2 ° 0,34

(S. Sebas ti an)

Irlandeses 399 55, '~ 21,7 9,5 11,8 1,0 0,8 0,44

tE°sG4 51,5 3 1,2 15,6 1,6 ° ° 0,

541

(S. Sebast ian) I

(1) Fre quencias citadas seg undo B OYD (1950) e M OURANT (1951) .

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Os grupos sutujuineos dos Portuqueses, etc.

TABELA IV

Frequencias dos grupos i\l N e dos genes 1n e n, em variaspoputacoes europei as (1)

77

I'F enotipos 'I, Gene~~

Po pulneao Autor X.O

I I I.\J)I M~ xx III I n

Obs. 28,43 49,88 21,6SAlemiies MAYSER (1951) 2.578 Esp. 28,48 49,77 ~1,74

53,37 46,63

HUIllNoNT e Obs. 29,33 50,88 1fl,79Belgas i\I.-GUIOT (1952) 283 Esp. 30,00 19,51 20,46 54,77 45,23

Obs, 28,45 50,07 21,47Cbecos RASKA et al. (1948) 4.038 Esp. 28,G1 49,76 21,G3 53,49 46,5 1

Espanh6is (Gal iza)Obs. 28,75 5H,50 17,75

44,50GUASCH et al. (1V52) 400 Esp. 30,80 49,40 10,80 55,50

Obs, 27,50 49,50 23,00Espanh6is (A ra gao) GUASCII et al, (1952) 400 Esp. 27,30 4O,90 22,80 52,25 47,75

MOUl .LEC e Ob s, 30,28 49,27 20,45Fr a ncesos KIIERumAN (1952) 4.151 Esp. 30, l G 40,5:l 20,:13 54,91 45,09

Van LOG IIE~( e Obs, 2 , ,Oil 50,50 :!2,50Holandeses BEllKOUT (1948) 200 Esp. 27,30 4O,90 22,80 52,25 47,75

Van der HElm: e Ous. 33,H3 4~1,42 17,25Holandeses Van LOGHE~1 (1951 ) 342 Esp. 33, 69 48,71 17,60 58,04 41,96

Obs 35,21 47,73 17,06ltalianos (Milao) CEPI'ELLlNI (1951) 727 Esp. 34,90 48,3.; 16,75 59,08 40,92

T ORT01U e LA T onnm-rx Obs. 27,20 50,SO 22,00Italianos (Napoles) (1951 ) 250 Esp . 27,67 49,86 22,47 52,60 47,40

HART~IANN e LUNDEV.~LL Ohs. 30,18 49,03 2/:,70Noruegueses (1944) 34.309 E sp , 29,92 49,56 20,52 54,70 45,30

Polaeos KELUS et al, (1952) 3.100()b ~. 35,52 48,2G 16,23

59,65 40,35Esp . 35,57 4 <,14 16,2 }j

IPortuguesesX. DA CUNHA e i\I. X. DE Obs. 26,65 51,86 21,49

i\l OItAIS (1956) 698 Esp. 27,65 49,86 22,49 52,58 47,42

Obs, 33,!J7 48, 13 17,90Su ecos W OLFF (194G) 4.000 Esp . 33,68 48,71 17,61 58,04 41,96

Obs. 2U,28 48,90 21,82S uieos LXm'l'I (1952) 4.225 Esp. 28,87 49,7:! 21,41 5il,73 46,27

I

(1) As frequencias relativas ils popul acs es europ eias desta tabela, '1ue cornparamos com asdos Po rtu gues es, foram extraid as da obra de ~IoURANl', "T he Distribution of th e Human BloodGroups.., Oxford, 1954, pags. 345-349.

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78 Contribuiciies para a Estudo da A ntropo loqia P ortuquesa

BLOOD GROUPS IN PORTUGUESE. CONl'RIBUTIO~

TO THE ~TUDY OF Al A2 B 0 AND .M N SYSTEMS

Summary

The distri bution of the blood samples of 453 unrelated people,mostly from Coimbra and surroundings, amongst the groups of theAl A2 B 0 system, was studied. The results agree with the genetictheory and are given in Table 1. In 175 blood-donors the distri­bution amongst groups Al and A2 gfave the result of 139 as belon­ging to Al group and 36 to A2. The proportions of the two groupsa1!ree with those obtained in the previous sample.

The distribution in M. N groups, of the blood samples of 698people, these also from Coimbra and surro undings, was studied aswell and the results are given in Table II.

B IBL IOG R A Ff A

1. CAU L, P. et COU RTIL, ilL, 1949 - Rec herc hes sur I'anti gcne 0 (Anti­gene I1 de Morgan et W atkins) a u moyen de serums d'anguille sLe Sa ny. T. 20, pags. 519-535.

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