Os Lusíadas_Resumo

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  • 7/29/2019 Os Lusadas_Resumo

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    RESUMO DE OS LUSADAS, DE LUS VAZ DE CAMES(CANTO I AO V)

    Classicismo (sc. XIV e XV) Valorizao da mitologia pag/cultura clssica; Razo; poca das grandes navegaes;

    Estrutura Potica Escrito em oitava rima (ABABABCC) Estrofes de 8 versos (versos decasslabos) Rimas alternadas (1 ao 6) e emparelhadas (7 e 8)

    1. As armas e os bares assinalados A2. Que da ocidental praia Lusitana, B3. Por mares nunca de antes navegados, A4. Passaram alm da Taprobana, B5. Em perigos e guerras esforados, A6. Mais do que prometia a fora humana, B7. E entre gente remota edificaram C

    8. Novo reino, que tanto sublimaram; C

    Versos Decasslabos:Mais | do | que | pro | me | ti | a a | for | a | hu | ma | naOBS: pra na slaba tnica da ltima palavra.

    Ao total: 1102 estrofes de oito versos, totalizando 8816 versosdecasslabos perfeitos!!!

    Modelo pico Clssico (5 partes do canto I ao X): Proposio: trs primeiras estrofes do canto I, em que

    se expe o assunto do poema; Invocao: estrofes 4 e 5 do canto I, em que o poeta

    pede auxlio s ninfas do Tejo para compor sua obra; Dedicatria: da estrofe 6 at a 18 do canto I, em que

    o poeta dedica sua obra a D. Sebastio; Narrao: da estrofe 19 do canto I at a estrofe 144do canto X;

    Eplogo: estrofes finais do canto X (145 a 156), emque o autor se desilude com a ptria que no mereceser mais cantada e elevada;

    Episdios a ressaltar (do canto I ao X):

    O Conclio dos Deuses Canto I Histria de Portugal: episdio de Ins de Castro

    Canto III

    Velho do Restelo Canto IV Ferno Veloso Canto V Gigante Adamastor Canto V Ilha dos Amores Canto IX A Mquina do Mundo Canto X

    Canto I

    Proposio (13): Nas trs primeiras estrofes do Canto I, o poeta delimita

    os assuntos a serem tratados no livro:

    Invocao (4-5): O poeta pede ajuda s ninfas (Tgides) para a

    composio do poema.

    Dedicatria (6-18): Nessa parte o autor dedica a obra a Dom Sebastio,

    ltimo grande rei portugus, que ao morrer levaconsigo o sonho portugus de seguir sendo um grandeimprio mundial.

    Conclio dos Deuses (19-41): Jpiter faz uma reunio para ver se permite os

    portugueses seguirem os mares em busca das ndias. Jpiter relembra que j foi dado apoio aos

    portugueses em outras batalhas e se posiciona a favordos portugueses; Baco se volta contra os portugueses - medo de perder

    sua glria no Oriente. Vnus concorda com seu pai, Jpiter e apia os

    portugueses - ela os achava parecidos com osromanos, inclusive na lngua (latim portugus):

    Sustentava contra ele Vnus bela,Afeioada gente LusitanaPor Quantas qualidades via nelaDa antiga to amada sua Romana;Nos fortes coraes, na grande estrela,Que mostraram na terra Tingitana,E na lngua, na qual quando imagina,Com pouca corrupo cr que a Latina.

    Marte tambm apoia os portugueses, por serapaixonado por Vnus:

    Canto II

    Chegada a Melinde e pedido do Rei local a Vasco da Gama (64-113)

    Os portugueses so muito bem recebidos em Melinde,com grandes festas;

    O Rei de Melinde comenta sobre as guerras quetiveram contra os rabes, reconhecendo a bravura dopovo portugus;

    Ento pede para que Vasco da Gama conte a suatrajetria e a Histria de Portugal:

    Mas antes, valoroso Capito,Nos conta, lhe dizia, diligente,Da tua terra o clima, e regioDo mundo onde morais distintamenteE assim de vossa antiga gerao,

    E o princpio do Reino to potente,Coos sucessos das guerras do comeo,Que, sem sab-las, sei que so de preo.

    Canto III

    Invocao a Calope (1-2) O poeta pede inspirao para Calope, um das musas

    de Apolo, inspiradora da poesia pica, para que revelea ele as palavras que Vasco da Gama disse ao Rei deMelinde, e que estas sejam verdade:

    Agora tu, Calope, me ensinaO que contou ao Rei o ilustre Gama: (...)

    MUDA O NARRADOR: VASCO DA GAMA, A PARTIR DEENTO, NARRAR TODA HISTRIA DE PORTUGAL AT

    A CHEGADA A MELINDE;

    Histria de Portugal (21-118) Vasco da Gama comea descrevendo a Europa e

    abordando a localizao de Portugal (2-20). Um dosreis de maior destaque nessa parte D. Afonso IV, quevai protagonizar o episdio mais dramtico da histriade Portugal: a morte de Ins de Castro.

    Histria de Portugal: Ins de Castro (118-135) EPISDIOL

    RICO Por ser lrico, este episdio no tem conotao poltica

    alguma; Ins de Castro amante do prncipe D. Pedro I e

    empregada de D. Constana de Castela; Morre a esposa do prncipe; Com medo de que o prncipe a conduzisse ao trono,

    alguns nobres convencem Afonso IV a mandar matarIns, apesar de ela ter trs filhos com Pedro;

    Queria perdoar-lhe Rei benino,Movido das palavras o magoam;Mas o pertinaz povo, e seu destino(Que desta sorte o quis) lhe no perdoam.

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    OBS: D. Afonso IV, segundo a narrativa acima, no tinha ainteno de matar Ins de Castro, mas convencido pela corte.

    Ins ainda suplica por degredo na Ctia ou Lbia, mas sacrificada pelos nobres.

    (...) - Pe-me em perptuo e msero desterro,Na Ctia fria, ou l na Lbia ardente,Onde lgrimas viva eternamente.

    Histria de Portugal (136-143) CONTINUAO Finalizao do episdio de Ins de Castro: Desavenas entre D. Afonso e D. Pedro; Por causa da morte de Ins, D. Pedro, apoiado por

    Castela, estabelece um conflito blico; Pazes so feitas entre pai e filho, mas logo aps morre

    D. Afonso; D. Pedro I, agora rei, coroa rainha a j falecida Ins de

    Castro, pune os homicidas de sua amante e recebe aalcunha de D. Pedro I, o justiceiro ou o cruel;

    No correu muito tempo que a vinganaNo visse Pedro das mortais feridas,Que, em tomando do Reino a governana,

    A tomou dos fugidos homicidas.(...)

    Canto IVHistria de Portugal (1-65)

    Segue a narrativa, com o relato da morte de D.Fernando, filho de D. Pedro I e o reinado de D. Joo I;

    Batalha de Aljubarrota, entre Portugal e Castela(queria invadir terras portuguesas): destaque para afigura de Nuno lvares Pereira, grande guerreiro quecomanda a derrota sobre Castela;

    Dom Manuel I (66-93) Neste reinado que se dar a viagem de Vasco da

    Gama; Dom Manuel, que deseja conquistar as ndias, certa

    noite tem um sonho que para ele revela-se comoprofecia (ouve o Rio Ganges dizer que suas conquistassero muitas):

    Eu sou o ilustre Ganges, que na terraCeleste tenho o bero verdadeiro; (...)Custar-te-emos contuido dura guerra;Mas insistindo tu, por derradeiro,Com no vistas vitrias, sem receio,

    A quantas gentes vs, pors o freio.

    Despertando do sonho, D. Manuel I resolve ir s ndias,e para isso escolhe Vasco da Gama, para comandar afrota, acompanhado por Paulo da Gama e outros;

    O Velho do Restelo (94-104) Quando a frota est prestes a partir, acontece um dos

    mais importantes episdios do Canto IV - o episdio doVelho do Restelo;

    Surge na praia um velho que condena a expedio sndias prestes a iniciar, pregando que tudo isto era alvoda cobia e da ambio;

    nico momento em que Cames modifica seu olhararistocrtico da histria, dando destaque a quem sesacrifica (marinheiros, guerreiros, entre outros) em

    nome da glria dos nobres; O velho alerta para o fato de que tantos homens se

    empregaro nessa expedio e que, portanto, Portugalficar desguarnecido, ficando vulnervel a ataques dosrabes e de Castela;

    Deixas criar s portas o inimigo,Por ires buscar outro de to longe,Por quem se despovoe o Reino antigo,Se enfraquea e se v deitando a longe? (..)

    Esse, ainda, amaldioou o primeiro homem quelanara um barco no mar, desejando que esses feitosmartimos fossem esquecidos e no fossem tema denenhum poeta.

    Canto V

    Largada (1-3) Partem deixando pra trs o velho que amaldioava as

    embarcaes;

    Viagem pela Costa Ocidental Africana (4-30)Vasco narra o abandono da costa portuguesa e assucessivas ilhas pelas quais passam ao longo da

    jornada: Madeira, Aores, Senegal, Cabo Verde,Canrias, Serra Leoa, Ilha de So Tom, Congo; oponto em que cruza do Hemisfrio Norte para o Sul; omomento em que testemunham o Fogo de Santelmo(apario de fachos luminosos nos mastros dos naviosem momento de tempestade) e a Tromba dgua(uma espcie de furaco martimo);

    Gigante Adamastor (37-60) O momento mais importante deste Canto o contorno

    do Cabo das Tormentas ou da Boa Esperana,representado aqui, mitologicamente, pelo Gigante

    Adamastor;

    Eu sou aquele oculto e grande Cabo,A quem chamais vs outros Tormentrio, (...)

    O Gigante transformado em penedo conta sobre suaprpria existncia: fora transformado no Cabo e tentaraconquistar os mares pelo amor por Ttis;

    Aps revelar seu amor a Dris, me de Ttis,Adamastor enganado: ele se agarrou a um rochedo,pensando este ser Ttis, Adamastor vira outro rochedo

    Enquanto o Gigante chorava pela tragdia de suahistria (e a nuvem negra que permanecia sobre ele sedispersasse), Vasco da Gama cruza o Cabo dasTormentas;

    Por isso, ele amaldioa os portugueses pela ousadia depassarem por ali e dos castigos daqueles que seatravessem a navegar por ali;

    Sabe que quantas naus esta viagemQue tu fazes, fizerem de atrevidas,Inimigas tero esta paragemCom ventos e tormentas desmedidas.E da primeira aramada que passagemFizer por estas ondas insofridas,Eu farei dimproviso tal castigo,Que seja mor o dano que o perigo.

    Fim da navegao e chegada em Melinde (61-85) Segue a navegao, na qual Cames retoma a fala, at

    a chegada de Melinde, onde a histria de Portugal est

    sendo contada; O canto termina com Cames criticando quem novalorizava a poesia e o trabalho potico;