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Alguns me chamam de sonhadora. Alguns me chamam de iludida. Outros pensam que sou pretensiosa. Muitos me dizem para desistir e cair na real. Mas pessoas como eu simplesmente morrem quando não podem sonhar. E sinceramente, é o que faço de melhor. Sonho, imagino, me iludo - sim! -, mas sou feliz em meio a meus próprios devaneios. Não me lembro ao certo que idade tinha quando meti na cabeça que queria seguir esse caminho. Mas sei que a transformação sempre me cativou. Eu pensava “meu Deus, como eles conseguem ser tantos personagens sem perder sua personalidade?”. E é isso o que me fascina até hoje. A capacidade que ser tantos e ainda ser um só. Eu decidi, é esse o meu destino. Se serei uma simples atriz de peças nunca vistas ou a protagonista de uma superprodução cinematográfica com a Merryl Streep? Não tenho respostas para nada. Tenho apenas sonhos - eles são o que me mantém viva, de pé. A esperança de um dia eles realizem é o que coloca um sorriso verdadeiro em meus lábios me motiva a cada nova aurora. Realmente, já desisti de muitas coisas que com o tempo julguei “inúteis”, ou que já não me atraíam mais. Entretanto, essa minha paixão cinematográfica e hollywoodiana, esse meu amor inesgotável é intenso demais para ser explicado. É muito mais que vestidos bonitos numa festa de gala, muito mais que flashes disparados, muito mais que glamour. Meus sentimento está voltado para esse magnetismo que o cinema exerce. De Vivien Leigh e Grace Kelly à Julia Roberts e Sandra Bullock. De Clark Gable e Charles Chaplin à Richard Gere e Tom Cruise. De “…E o Vento Levou” e “Levada da Breca” à “Grease” e “Titanic”. É isso o que tira meu fôlego e me faz arrepiar. Eu pertenço a esse mundo. Me deleito com tudo o que ele envolve - seus perigos, suas alegrias mais profundas. Pode parecer besteira para uma maioria significativa, mas é meu SONHO. E me pergunto se existe alguém que consegue entender como essa estatueta dourada faz meu coração disparar tão violentamente…

Oscar 2011

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Page 1: Oscar 2011

Alguns me chamam de sonhadora. Alguns me chamam de iludida. Outros pensam que sou pretensiosa. Muitos me dizem para desistir e cair na real. Mas pessoas como eu simplesmente morrem quando não podem sonhar.

E sinceramente, é o que faço de melhor. Sonho, imagino, me iludo - sim! -, mas sou feliz em meio a meus próprios devaneios.

Não me lembro ao certo que idade tinha quando meti na cabeça que queria seguir esse caminho. Mas sei que a transformação sempre me cativou. Eu pensava “meu Deus, como eles conseguem ser tantos personagens sem perder sua personalidade?”. E é isso o que me fascina até hoje. A capacidade que ser tantos e ainda ser um só. Eu decidi, é esse o meu destino. Se serei uma simples atriz de peças nunca vistas ou a protagonista de uma superprodução cinematográfica com a Merryl Streep? Não tenho respostas para nada. Tenho apenas sonhos - eles são o que me mantém viva, de pé. A esperança de um dia eles realizem é o que coloca um sorriso verdadeiro em meus lábios me motiva a cada nova aurora. 

Realmente, já desisti de muitas coisas que com o tempo julguei “inúteis”, ou que já não me atraíam mais. Entretanto, essa minha paixão cinematográfica e hollywoodiana, esse meu amor inesgotável é intenso demais para ser explicado. É muito mais que vestidos bonitos numa festa de gala, muito mais que flashes disparados, muito mais que glamour. Meus sentimento está voltado para esse magnetismo que o cinema exerce. De Vivien Leigh e Grace Kelly à Julia Roberts e Sandra Bullock. De Clark Gable e Charles Chaplin à Richard Gere e Tom Cruise. De “…E o Vento Levou” e “Levada da Breca” à “Grease” e “Titanic”. É isso o que tira meu fôlego e me faz arrepiar.

Eu pertenço a esse mundo. Me deleito com tudo o que ele envolve - seus perigos, suas alegrias mais profundas. Pode parecer besteira para uma maioria significativa, mas é meu SONHO.

E me pergunto se existe alguém que consegue entender como essa estatueta dourada faz meu coração disparar tão violentamente…