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PRINCÍPIOS E PROTOCOLOS EM MEDICINA SEMI-INTENSIVA / INTENSIVA MV. Larissa Nonato de Camargo Ethicus

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PRINCÍPIOS E PROTOCOLOS EM MEDICINA

SEMI-INTENSIVA / INTENSIVA

MV. Larissa Nonato de Camargo Ethicus

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BVECCS/ LAVECCS

Em 2003 Rodrigo Rabelo criou a BVECCS (Academia Brasileira de Medicina Intensiva)

Em 2007 fundada a LAVECCS (América Latina)

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CONCEITOS ESTABELECIDOS Medicina Veterinária Intensiva – crescimento

Paciente grave – risco de morte, descompensação ou fisiologicamente instável

Papel do clínico

Reconhecer precocemente

Abordar segundo ABC...

Reanimar Baseados em MetasPrincipalmente Otimizar Processos

• Cuidados Intensivos

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INTRODUÇÃO – AVALIAÇÃO INICIAL

Preparação Triagem Exame primário Reanimação Medidas auxiliares Exame secundário (ABORDAGEM) Reavaliação contínua e cuidados definitivos

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FASES DO ATENDIMENTO

Pré-Hospitalar (pet, pequenos consultórios, ambulatórios/

entrosamento/ notificação precoce/ ABC, imobilização e transporte/ abreviar permanência no local/ CAPUM e encaminhar com pertences)

Intra-Hospitalar

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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Verificar sinais e

consciência

VER, OUVIR E SENTIR

- ECG (avaliar) / AVDN < A- FR > 30 mpm ou < 10 mpm- PS < 100 mmHg- TEJ > 2 s / Delta T > 6ºC- Lactato > 3,2 mmol/L- < 3 Kg ou maior que 8 anos

Tórax volante Duas ou mais fraturas próximas a ossos

longos Amputação proximal Lesão penetrante em cabeça, pescoço,

tórax ou extremidades Paralisia de membros Fratura de Pelve Trauma + Queimadura Atropelamento Queda Mordedura, mesmo que com único

ferimento penetrante Câncer IR IC Diabetes Gestantes

Na dúvida, sempre encaminhe com rapidez!!

SIM: Pode estabilizar?

Encaminhar para um centro de

trauma e avise

NÃO: Avalie as repercussões

hemodinâmicas

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PACIENTE GRAVE: ESQUEÇA A ROTINA!

Anamnese objetiva

Exame físico rápido e dirigido

Trate primeiro o que vai matar o paciente!

(Lembrar que emergência não significa fazer às pressas e não se compensa falta de treinamento com maus atendimentos)

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O QUE TER EM MÃOS? Fármacos corretos

TUDO à mão!!!

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PROFISSIONALISMO

Presença do Intensivista

↓ Mortalidade

↓ Tempo de permanência hospitalar

(Pronovost P: JAMA 2002; 288:2151-2162)

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HUMANIZAÇÃO DO LOCAL

A humanização do ambiente de internação tem uma preocupação com o bem-estar físico e emocional dos pacientes, familiares e profissionais

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AMBIENTE DE TRABALHO

O ideal é evitar o trabalho excessivo

Ambiente agradável

Pessoas que se sentem bem, trabalham melhor!!

Ajudar as pessoas a alcançar seu potencial

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AO TRABALHO - EQUIPAMENTOS

Máquina de tosa: exclusiva da emergência, lâmina 40

Equipamentos de proteção: luvas, abridor de boca, proteção cervical

Aquecimento: toalha + secador/ colchão térmico

Material para aspiração: aspirador cirúrgico, pistola de sucção, peras de sucção

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AO TRABALHO – EQUIPAMENTOS

Oxigênio:

X Estetoscópio:

Laringoscópio, ambu com bolsa de oxigênio e traqueotubos:

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AO TRABALHO - EQUIPAMENTOS Doppler x Pet Map

Termômetros

Desfibrilador

Point-of-care

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LACTATO Produzido sobre condições anaeróbicas

Seu valor prognóstico na sobrevivência

Marcador de microcirculação

Lactato < 3,2 mmol/L cães

Lactato < 2,5 mmol/L gatos

Só não mais precoce que SvcO2

Equipamento portátil, resultado em 60”

Lactato x Glicemia

Hipoglicemia, hipotermia e anestesia

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METAS LACTATO

Trauma: redução de 63% entre o início e o fim do ABC

Sepse: diminuição de 10% em 6 h

Pacientes em geral: diminuição de 20% em 2 h e mantendo esse nível pelo menos por 8 h em pacientes admitidos na hospitalização

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∆T Hipócrates (400 a.C)

Monitorização baseada em resposta orgânica precoce

Quanto maior a vasoconstrição periférica, maior o delta – diretamente proporcional

Temperatura Central – Temperatura Periférica (“temperatura dos rins e intestinos”)

Uso de termômetros de contato

Nunca maior que 6º C

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MONITORES / OXIMETRIA / BOMBAS DE INFUSÃO

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CONJUNTO INDISPENSÁVEL

o Material de Vias aéreas e Ventilação;

o Oxigenioterapia;

o Pressão Arterial (Doppler) e Lactato;

o Termômetro de Periferia e Oximetria;

o Presença de pessoal especializado em tempo integral;

o Laboratório Básico

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LABORATÓRIO BÁSICO Hemograma

Bioquímica

Centrífuga e centrífuga de microhematócrito

Refratometro óptico

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LEMBRE-SE

“O valor de qualquer teste ou exame está em sua capacidade de prever com segurança a

presença ou ausência de uma doença.”

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O ATENDIMENTO

Deve ser padronizado! Geralmente é caótico

O organismo está em fase compensatória

Hora de ouro

Por onde começar? Atendimento ao telefone...

Orientações de primeiros socorros

Triagem (Classe I/ II/ III/ IV)

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ORIENTAÇÕES PARA O TRANSPORTE

oMantenha a coluna do animal sempre reta e não dobre o pescoço do animal;

oEvite que ele se mova bruscamente;

oSe ele não estiver respirando, estire a língua para fora, mantenha-o deitado do lado direito com o pescoço reto e comece a massagear o peito cerca de 100 vezes por minuto, sempre no centro do peito, com calma e sem parar até chegar à clínica, não realize respiração boca-a-boca e não pare de massagear nunca;

oCaso haja algum sangramento ou ferida, cubra com uma gaze (ou uma fralda, pano ou roupa) limpos, umedecidos com soro fisiológico. Caso esteja sangrando, faça pressão com a mão sobre o local por pelo menos 4 minutos;

oSe houve intoxicação, jamais ofereça leite ou água, o ideal é oferecer carvão ativado se disponível e somente se o animal estiver completamente acordado e puder deglutir sem risco de aspiração;

oSe possível, traga o animal sempre enrolado em um cobertor ou toalha grandes, cuidado com a cabeça e evite manipular para que ele não sinta dor e tente morder.

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ANAMNESE

Cena do trauma / acontecido

Alergia a alguma substância

Passado / Prenhez

Última refeição

Medicações em uso

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TRIAGEM

Classificação de doentes segundo tratamento necessário, recursos e gravidade;

Tratamento prestado segundo ABC;

Verificar: consciência, perfusão periférica, história e padrão respiratório

Também se aplica para determinar hospital de envio (verificar se o local ao qual será transportado têm condições para atender as exigências do paciente traumatizado)

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CLASSE I

Inconsciente Apnéia Ausência de pulso ou não detectável Hipotermia e midríase Ausência de choque cardíaco ou não

detectável Sempre prioridade Encaminhado diretamente à RCP Utilizar ECG precocemente

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CLASSE II: 5 – 20 MINUTOS “Ventila mal” – boca aberta, pescoço esticado,

não fica de pé

História pouco definida

Dispnéia (Inspiratória / Expiratória / Mista)

Atenção deve ser realizada no máximo em 20 minutos

Distrição ou falha respiratória e/ ou ventilatoria Prioridade total sobre a questão hemodinâmica

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CLASSE III : ATÉ 6 HORAS

“Dono vê” Estabilidade cardiovascular (?) Estabilidade respiratória (?) Normalmente trauma Lesões aparentes Atenção até 6 horas

Corrigir as alterações circulatórias o mais rápido possível

Ferimentos leves podem aguardar Lesões aparentes enganam

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CLASSE IV

Êmese, claudicação, câncer, doença renal

Óbito pouco provável em 12 h

Há tempo para estabelecer diagnóstico e tratamento

Atenção até 72 horas

OBS: SERÃO OS PRÓXIMOS CLASSE III, II, I ...

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AVDN E ESCALA DE GLASGOW

A: animal Alerta

V: responde a estímulo Verbal

D: responde a estímulo Doloroso

N: Não responde

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ABC

A: ar (airways – vias aéreas)

B: boa respiração

C: circulaçãoo Durante abordagem primária

Proteger a coluna cervical Controle da via aérea Jamais rotar, levantar, hiperextender ou

hiperflexionar o pescoço Prevenir o fechamento da via aérea

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ABORDAGEM

ArBoa respiraçãoOxigênioRetroperitônio, Reto + Períneo + VaginaDor, DesidrataçãoAbdômenGlicemia, “Gânglios”Encéfalo (SNC)Membros

Após realização da ABORDAGEM – tubo, sonda e dedo em todos os orifícios (naturais ou não)!

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AR – CONTROLE DA VIA AÉREA

Felinos

Obesos

Braquiocefálicos

Trauma

Inconsciente

Obstrução

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MANEJO BÁSICO

Manobras simples para permear e melhorar oxigenação

Técnicas para desobstrução

-- Aspiração

-- Técnica do gancho

Métodos de oxigenação

-- Fluxo direcional

-- Máscara

-- Colar elisabetano

-- Câmara

-- Bolsa

-- Cateter nasal

Quem escolhe é o paciente!

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MANEJO BÁSICO Tubo – fluxo máximo aceito,

máximo 3 cm da narina. Imediato, suficiente até definir método final

Máscara: manter o suporte inicial

Colar – fluxo inicial alto até estabilizar FiO2. Saída para CO2.

Cateter Nasal / Cateter tipo óculos – 100 ml/kg/min fluxo. Mais efetivo, menos irritante. Impedir a iatrogenia.

Material Intensivet

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MANEJO BÁSICO

Câmara

Imagem de Dr. Rodrigo Rabelo

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Via aérea pérvea e protegida?

Oxigena e ventila adequadamente?

Progressão favorável?

NÃO

Manejo Avançado da Via Aérea

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MANEJO AVANÇADO = INTUBAÇÃO

Indicações: Apneia

Sofrimento respiratório importante com incapacidade de mobilizar

Hipotensão/ Choque com perda de consciência

Trauma cranioencefálico grave

Lesão toracopulmonar grave

Trauma grave das vias respiratórias craniais

Vantagens: Manter permeável a via

aérea

Permitir aspiração endotraqueal

Permitir aporte adequado de oxigênio

Ser uma via alternativa para administração de fármacos

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MATERIAIS

Tubos endotraqueais;

Abre-boca ou gaze/sonda para abrir a boca;

Lidocaína;

Laringoscópio.

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ESCALA DE CORMACK-LEHANE

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Imagens de Dr. Leandro Fadel

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Máscara Laríngea

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MANEJO CIRÚRGICO

Indicações:

Fracasso na tentativa de intubação

Trauma maxilofacial grave

Trauma grave das vias respiratórias superiores

Técnicas:

Punção cricotireoidea

Intubação retrógrada

Cricotiroidotomia

Traqueotomia

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PUNÇÃO CRICOTIREOIDEA

Utilizar cateter endovenoso (preferencialmente 14 G);

Inserido através da membrana cricotireoidea; Conectado ao:

AMBU Oxigênio

Material Intensivet

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Imagens de Dr. Leandro Fadel

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INTUBAÇÃO RETRÓGRADA Através de uma punção cricotireoidea passa-

se um fio guia no sentido cranial

Coloca-se o fio guia por dentro do tubo endotraqueal

Imagem de Dr. Rodrigo Rabelo

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CRICOTIREOIDOTOMIA

É uma via rápida para inserção de tubo de traqueostomia ou sonda endotraqueal

Usado quando outras técnicas falham

Consiste na incisão da membrana cricotireoidea

Imagens de Dr. Leandro Fadel

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TRAQUEOTOMIA Deve ser a ÚLTIMA técnica a ser utilizada

Possui as mesmas indicações da punção cricotireoidea

Procedimento com maiores riscos de complicação

Material Intensivet

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MANEJO DOS TUBOS TRAQUEAIS

Umidificação:

Ajuda a manter as defesas naturais da traquéia e facilita a eliminação das secreções;

Utilizar um nebulizador comercial;

Se está respirando ar ambiental, colocar em câmara umidificado durante 15 minutos ou instilar 0,1 mg/kg de salina estéril (1 a 5 ml) no tubo a cada 1-2 h.

Sucção:

Previne obstrução;

Técnica asséptica;

Pré-oxigenar com O2 a 100%;

Aplicar vácuo moderado por no máximo 10 a 15 seg;

Realizar o procedimento a cada 15 minutos até chegar a um mínimo de 4 vezes ao dia.

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MANEJO DOS TUBOS TRAQUEAIS

Recolocação do tubo:

A cada 24h ou com mais freqüência quando se obstrui

Pré-oxigenar com O2 a 100% pegar as suturas de referência, retirar o tubo e colocar outro tubo

Manejo da ferida

Extração do tubo:

Realizar de forma gradual, trocando por tubos menores

Quando chegar a um tubo com menos de 50% do diâmetro da traquéia, ocluir com a mão e observar o paciente

Não suturar a ferida e limpar diariamente

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BOA RESPIRAÇÃO

Inspeção: Movimento da caixa torácica Ferimentos/ Lacerações

Palpação: Cuidado! Busca de fraturas

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BOA RESPIRAÇÃO

Percussão: Patologias de ocupação do espaço pleural Sons

Maciço: líquido Hiperresonante: ar

Auscultação Buscar áreas de surdez, alterações do som

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MANOBRAS EM B

Toracocentese:

Procedimento simples Diagnóstica e terapêutica

Diagnóstica por identificar algumas coleções: sangue, ar e pus

Material para avaliação citológica e microbiológica

Terapêutica por aliviar os sintomas causados pela ocupação do espaço pleural

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MANOBRAS EM B

Toracocentese:

Materiais: Scalp ou agulha, torneira de 3 vias e

seringa de pelo menos 10 ml

Complicações

Laceração pulmonar/ Pneumotórax

Laceração do feixe vasculonervoso

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POSIÇÃO DO BISEL

Material Intensivet

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MANOBRAS EM B Tubo de toracotomia

Indicações: Quando há toracocentese repetidas

Paciente com piotórax

Pós de cirurgia torácica

Deve ser realizado no centro cirúrgico e paramentado

Não é um procedimento ambulatorial!

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CIRCULAÇÃOConsiderações: Sangramentos graves são identificados e contidos ainda no

ABC

Jamais usar torniquete

Perdas ocultas são perigosas (hemorragias torácicas, abdominais e fratura de ossos longos)

As respostas são individuais

Idosos tem capacidade limitada

Filhotes têm maior reserva e não demonstram clinicamente uma perda de forma tão aparente e quando deterioram, o quadro é súbito e catastrófico

Pinças podem danificar nervos e vasos, portanto devem ser utilizadas com muito cuidado e por pessoal experiente

Em casos de trauma,ele atinge a todas as populações e as respostas nunca são idênticas, principalmente em felinos, filhotes, idosos e gestantes

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PARTICULARIDADES DA HEMODINÂMICA FELINA

Não fazem contração esplênica

Pulmões menos complacentes

Fibras vagais junto com as do simpático

Muito sensíveis a hipotermia

Raramente tem fase hiperdinâmica

Resposta adrenérgica débil

Mais sensíveis a hipoxemia

5 – 6% do PV em volume sanguíneo

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ORDEM DE ACESSO VASCULAR

Palpe e veja v. cefálica

Se não possível, verifique a safena e se necessário disseque

Se não for efetiva, disseque a v. jugular

Caso não seja efetivo, realize o acesso facilitado

Com o sangue do canhão do cateter: Lactato, Hto, PT, Glicemia (quarteto da emergência)

Sempre técnica asséptica (tricotomia + álcool)

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Material Intensivet

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AUTOTRANSFUSÃO

Coletar sangue na cavidade abdominal

Bolsa de transfusão sem anticoagulante

Acoplar a um equipo de câmara dupla

Contraindicações: Ruptura do TGI Ruptura de neoplasias

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ACESSO INTRAÓSSEO

Imagem de Dr. Leandro Fadel

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SELDINGER

Material Intensivet

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PROVA DE CARGA Não se esqueça:

Transporte = hematócrito e hemoglobinaBomba = contratilidade

Alíquotas pré-determinadas

Correção rápida

Depois de cada carga, avaliar a resposta

10 ml/Kg em 3 minutos para cães

10 ml/Kg em 6 minutos para gatos, filhotes, gestantes e idosos

SEMPRE com Ringer Lactato

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EXEMPLO - TABELA Cão adulto 7 kg 7 kg x 10 ml = 70 ml em 3 min 23 ml/min Como administrar esse volume?

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MELHOR PARA CIMA?

A expansão desnecessária mata mais:

Aumenta a congestão pulmonarAumenta a congestão sistêmica

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ABORDAGEM

Aquecer e repor volume

Prova de carga Monitorização

contínua Curva de Lactato PS > 100 mmHg

PAM > 65 mmHg

Repor volume e aquecer

Prova de carga Monitorização

contínua Curva de Lactato PS > 90 mmHg PAM

> 65 mmHg

Felinos Cães

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DESCOMPENSAÇÃO

Taquicardia e em felinos até bradicardia

Vasoconstrição periféricaDelta T > 6ºC, TPC > 2s, extremidades frias, consciência rebaixada, palidez e oligúria

TEJ > 2s = PVC baixa A HIPOTENSÃO É TARDIA!

Gatos aumentam o

Delta T quando melhoram

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Ficha de Internação

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PROTOCOLO – PRESSÃO ARTERIAL

Observador treinado

Procedimento padronizado

Ambiente calmo, silencioso, longe de outros animais, na presença dos proprietários (5’ a 10’ aclimatação) – ANIMAL ACORDADO

Posicionamento confortável – manguito próximo ao AD

Tamanho do manguito apropriado

Membro anterior, posterior ou cauda

Descartar 1º medida; 5 – 7 medidas (obtenção da média)

Anotar tudo – nº manguito, valores PA, posicionamento

animal, nível de estresse

Aferições feitas pelo mesmo observador

Calibração semestral

(American College of Veterinary Internal Medicine – Consensus Statement 2007)

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ADICIONAIS

Monitorização de Débito UrinárioDébito Urinário = volume de urina em ml peso (kg) x tempo (h)DU: 1 a 2 ml/ kg/ h sem fluidoterapiaDU: 4 a 6 ml/ kg/ h sob fluidoterapia

PAM = PD + (PS – PD) 3 Pacientes críticos → maior demanda de

energia → aumento de gliconeogênese → hiperglicemia

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PROTOCOLO MLK/ FLK - CONTROLE DE DOR

MLK: 12 mg de Morfina (1,2 ml Dimorf) + 150 mg de Lidocaína (7,5 ml Lidovet) + 30 mg de Ketamina (0,26 ml de Dopalen) em 500 ml de

SF a 0,9% ou RL

Taxa de infusão: 10 ml/kg/h

ou

60 mg de Morfina + 500 mg de Lidocaína + 50 mg de Ketamina em 500 ml de SF a 0,9% ou RL

Taxa de infusão: 1 – 3 ml/kg/h

FLK: 0,27 mg de Fentanil (3,5 ml de Fentanest)+ 150 mg de Lidocaína (7,5 ml de Lidovet) + 30 mg de Ketamina (0,26 ml de

Dopalen) em 500 ml de SF a 0,9% ou RL

Taxa de infusão: 10 ml/kg/h

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OBRIGADA!