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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA CURRÍCULO NA ALFABETIZAÇÃO: CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS ANO 01

Pacto curriculo

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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA

IDADE CERTA

CURRÍCULO NA ALFABETIZAÇÃO: CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS

ANO 01

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INICIANDO CONVERSA

Os desafios são muitos! Nos últimos

anos a busca da garantia de uma escola

democrática, educação de qualidade para

todos os alunos, levou a escola a rever

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DIREITO GARANTIDO...

Aprender a ler e escrever é um

direito de todos que precisa ser

garantido por meio de uma prática

educativa baseada em princípios

relacionados a uma escola inclusiva.

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OBJETIVOS DESSA UNIDADE:

Entender a concepção de alfabetização na

perspectiva do letramento;

Aprofundar a compreensão sobre currículo

nos anos iniciais do Ensino Fundamental na

perspectiva da Educação Inclusiva e das

diferentes concepções de alfabetização.

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SUJEITOS DA EDUCAÇÃO

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O que é currículo?

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“O currículo é sempre o resultado de uma seleção, de um universo mais

amplo de conhecimento e de saberes;

Seleciona-se aquela parte que vai constituir precisamente

CURRICULO”

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CURRICULO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

Ao falar em alfabetizar no Brasil, pode-se

referir a práticas diversas de ensino da leitura e

da escrita, desde aquelas vinculadas ao ensino

de letras, sílabas e palavras com base em

métodos sintéticos ou analíticos que usam

textos de cartilhas, até as que buscam inserir os

alunos em práticas sociais de leitura e escrita.

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MÉTODO SINTÉTICO?

É uma metodologia de

alfabetização, que parte do estudo das

unidades menores da língua (letras,

fonemas ou sílabas), para só então

iniciarem o estudo das unidades

maiores da língua (palavras, frases ou

textos).

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VOCÊ SABIA QUE?

Estes foram os métodos predominantes em

toda a Antiguidade e Idade Média, desde a

Grécia Antiga e Império Romano até o início

do século XVIII.

No entanto, ainda hoje encontramos sua

aplicação em algumas salas de aula em nosso

país.

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MÉTODO ANALÍTICO

Em fins do século XVIII, no esforço de

motivar as crianças para o estudo da língua,

foram criados os “métodos analíticos”, nos

quais se parte do estudo de unidades

significativas da língua (palavras, frases ou

textos), para depois analisar as partes menores

(sílabas, letras, fonemas).

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MÉTODOS ANALÍTICO-SINTÉTICOS

Estes iniciam com o estudo da língua com as

unidades maiores e concentram-se logo

depois na análise silábica das palavras para,

em seguida, formar novas palavras com os

padrões (famílias) silábicos estudados. As

famosas cartilhas escolares são exemplo desse

método.

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RESSALVA AO MÉTODO PAULO FREIRE

O método de alfabetização criado por Freire foi

amplamente aplicado em experiências de

escolarização formal e não-formal, principalmente

nordeste brasileiro.

Apesar de possuir características dos métodos

analítico-sintéticos, sua concepção contextualizada e

crítica da educação, do homem como sujeito histórico

e cultural, da língua como produção viva e dinâmica

da sociedade, não se identifica com o mecanicismo

dos métodos de ensino descritos anteriormente.

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PRÁTICA EM DIFERENTES ESPAÇOS:

Na família; No trabalho; Na escola.

Porém, a escola é a instituição oficial responsável pelo ensino da leitura e da escrita, salientando que, mesmo nesse espaço, o ensino tem apresentado certa diversidade.

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ABORDAGEM DE CHARTIER (2000)

As mudanças nas práticas de ensino podem se

relacionar, dentre vários aspectos, a alterações

nas definições dos “conteúdos” a serem

ensinados, que constituiriam mudanças de

natureza didática, pedagógica (material

pedagógico, avaliação...), que corresponderiam

a mudanças pedagógicas.

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DIFERENTES PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO

As mudanças de naturezas didática e

pedagógica no ensino da leitura e da escrita,

são decorrentes de diferentes aspectos: Desenvolvimento científico em diferentes

áreas; Contexto socioeconômico; Organização escolar; Desenvolvimento tecnológico; Mudanças pedagógicas (material

pedagógico, livros didáticos, entre outros).

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CURRÍCULO NA VISÃO DE MOREIRA E SILVA (1994)

Para Moreira e Silva, currículo não é como um veículo que transporta algo a ser transmitido e absorvido, mas como um lugar em que ativamente em meio a tensões, se produz e se reproduz cultura. Refere-se, nessa perspectiva, a criação, recriação, contestação e transgressão.

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PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO

Até meados da década de 1980 a

discussão acerca das práticas de alfabetização

era sobre os métodos mais eficazes para

ensinar a ler e escrever, que envolviam os

sintéticos, analíticos e analítico-sintéticos.

Todos se baseavam em uma concepção de

leitura e escrita como decodificação e

codificação.

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ALUNO COMO SUJEITO PASSIVO

Partia do pressuposto de que todos os

alunos iniciavam o processo sem

conhecimento algum sobre a escrita e que

cabia aos professores o ensino das letras,

sílabas e palavras.

Aluno recebedor de algo pronto: a língua.

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MODELO DE ALFABETIZAÇÃO ENGESSADO?

Os professores alfabetizadores, no geral,

seguiam a cartilha à risca, garantindo que todos

os alunos fizessem as mesmas atividades de

forma correta. O erro precisava ser evitado, pois

era sinônimo de que o aluno não tinha aprendido

o que fora ensinado/transmitido.

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ENSINO FUNDAMENTAL DE OITO ANOS

As crianças passam todo o ano aprendendo

LETRAS, SÍLABAS, PALAVRAS E LENDO e

escrevendo textos cartilhados e, portanto,

artificiais, que não correspondiam àqueles com

os quais os alunos conviviam fora da escola.

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O QUE MUDAR?

Mudava-se a cartilha ou o método

utilizado, mas as práticas continuavam

pautadas em um programa curricular voltado

para a aprendizagem do código, desvinculado

dos usos sociais da leitura e da escrita, que

desconsiderava os conhecimentos que as

crianças possuíam sobre a escrita.

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EVOLUIR X APRENDIZAGEM

Muitos alunos iniciavam a 1ª série lendo e escrevendo palavras e textos, atividades escolares que, além de repetitivas, não faziam evoluir em suas aprendizagens. Portanto, estes eram excluídos do processo de ensino e aprendizagem.

Já as crianças que cometiam erros e concluíam o ano sem o domínio do código escrito, aumentavam cada vez mais o número de repetência e evasão escolar, ou seja, eram eram excluídos em seus direitos de excluídos em seus direitos de aprendizagem da leitura e da escritaaprendizagem da leitura e da escrita.

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AVALIADOS COMO DEFICIENTES

Nesse contexto, as crianças que

apresentavam necessidades especiais eram

segregadas em salas específicas e muitos dos

alunos que foram reprovados nas salas de aula

regulares eram avaliados como “deficientes”.

O sistema escolar era excludente e atendia

a uma pequena parcela da população.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Se a escola não promovesse a exclusão das diferenças, não precisaríamos definir aqui os princípios que fundamentam uma “escola inclusiva”, que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades e a elas responde com qualidade pedagógica”

(BRASIL, 2004, p.08)

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QUAIS PRINCÍPIOS ?

Principio da aceitação e respeito às

diferenças, como um dos pilares fundamentais

para uma educação para todos, uma vez que

estamos inseridos em um estado democrático e

de direito.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 PRINCIPIO FUNDAMENTAL:

a dignidade humana e, por conseguinte, o

exercício da cidadania.

No artigo 205, apresenta a educação como

“direito de todos”;

No artigo, 206, Inciso I, estabelece “a igualdade

de condições de acesso e permanência na

escola” como um dos princípios para o ensino.

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DESAFIO X ADVERSIDADE

Encontramos o direito instituído, mas

como viabilizá-lo?

Como garantir acesso ao ensino e

permanência no âmbito educacional de

qualidade?

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A PARTIR DOS ANOS 90...

Documentos internacionais, como por exemplo.

A Declaração Mundial sobre Educação para

Todos (UNICEF, 1990).

Declaração de Salamanca (BRASIL,1994)

Convenção de Guatemala (BRASIL,2012).

Influenciaram no Brasil a elaboração de

leis e ações relacionadas às políticas públicas

de educação inclusiva, as quais estão sendo

efetivadas gradativamente.

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•LEI DE DIRETRIZES E BASES DA

EDUCAÇÃO NACIONAL LDBEN/96

No artigo 59, preconiza que os sistemas de

ensino devem assegurar aos alunos:

CURRÍCULO;

MÉTODOS;

RECURSOS;

ORGANIZAÇÃO ESPECÍFICOS.

CURRÍCULO INCLUSIVO.

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REFORMULAR O CURRÍCULO

Para que a criança se aproprie do Sistema

de Escrita Alfabética (SEA), que se configura

como direito de aprendizagem, é imprescindível

a reformulação do CURRÍCULO que rege as

escolas, em função da realização de práticas

inclusivas.

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Se acreditarmos que é possível,

precisamos nos engajar no sentido de

repensar o fazer pedagógico na

alfabetização, visando ao atendimento de

todos e a garantia dos direitos de

aprendizagem.

COMO INCLUIR E ATENDER Á DIVERSIDADE?

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PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Acessibilidade e remoção das barreiras à aprendizagem;

Avaliação da aprendizagem numa perspectiva formativa;

Gestão participativa; Participação da família e da comunidade; Serviço de apoio especializado; Currículo multicultural; Professor com formação critico-reflexiva.

NAKAYAMA, 2007.

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SUPERAÇÃO DO “DALTONISMO CULTURAL”

O professor “daltônico cultural” é aquele que não

valoriza o “arco-íris de culturas” que encontra nas

salas de aulas e com que precisa trabalhar, não

tirando, portanto, proveito da riqueza que marca

esse panorama. É aquele que vê todos os estudantes

como idênticos, não levando em conta a necessidade

de estabelecer diferenças nas atividades

pedagógicas que promove.Moreira e Caudau – apud. Stoer e Cortesão(1999, p.31)

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CURRÍCULO MULTICULTURAL!

Page 37: Pacto  curriculo

[email protected]

9125-2153 – OI (das 17:30 às 21h)

3421-8670

CELL

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Presidência da República. Declaração de Salamanca e ação sobre

necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.

BRASIL. Presidência da República. Ministério da Educação. Lei de diretrizes e bases

da educação nacional. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasikia: MEC,

1996.

MOREIRA.Antônio Flávio B. CANDAU. Vera M. Currículo.conhecimento e cultura.In:

BEAUCHAMP. Jeanete. PAGEL. Sandra; NASCIMENTO. Aricélia R.do. Indagações

sobre currículo. Brasilia. Ministério da Educação, Secretaria de Educação

Básica.2007. Disponível

em:http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf.

NAKAYAMA,Antônio Maria. Educação Inclusiva: princípios e representação Tese

(doutorado) Universidade de São Paulo – Faculdade de Educação. 364p.2007.

UNICEF. Declaração mundial sobre educação para todos. Satisfação das

necessidades Básicas de Aprendizagem. Jomtiem.1990.