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Cada peça é habilmente construída, combinando marcantes contrastes tonais com detalhes e pre-cisão. Há um humor evocado por essas peças, um testemunho visual para épocas marcantes da cul-tura americana e cubana. (Décadas de 40 a 70).
Alain, homenageia constantemente os ícones que ele ama, automóveis, músicos e seus instrumen-tos, ruas metropolitanas ianques e as calles cari-benhas. Além disso nota-se sua experiência pub-licitária com a Renault, e cinematográfica com Steven Spielberg e Francis Ford Coppola. Quando perguntado sobre sua obra recente- uma série de murais - ele responde: ...“ gosto de pintar murais - dão-me oportunidade de reunir todos os elementos que eu amo - música, lendas do rock, carros e histórias americanas, todos concentrados de uma maneira que se tornam genéricos. Estes murais são tecnicamente difíceis e eu adoro o de-safio.”
Alain BertrandNascido em 1946, logo depois da liberação de Paris na Segunda Guerra, Bertrand retrata de tudo, do extraordinário vigor americano da pós-guerra, a pictórica decadência cubana, de extraordinários pre-tos & brancos, sépias , ao technicolor grandioso da paisagem ameri-cana das décadas de 40 e 70Estamos apresentando aquí as duas características de um grande retratista da pintura atual, um lado noir e soturno e um lado esplen-doroso e colorido,
A formação publicitária de Bertrand fica clara na cena acima denominada o Sabor do Cohiba. A cena do posto é uma apologia a gasolina Mohawk.......Abaixo a esquerda, uma impressionante cena de um contrabaixista cubano, com um velho Chevrolet na ga-ragem, e uma paisagem do Times Square na década de cinquenta que lembra antigos cartões postais.
Artes Plásticas
híper-realismo, modernismo, bom gosto
FILM NOIR - A REVISTA DO CINECLUBE - MARÇO 2013 página 12